EM TEMPO - 9 de agosto de 2015

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VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 2,00 MÁX.: 34 MÍN.: 25 TEMPO EM MANAUS ANO XXVII – N.º 8.839 – DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR. Velocidade está no sangue Elenco Um palco maior para Geovanni Pla teia O ex-judoca e medalhista olím- pico Flávio Canto e a lutadora americana Ronda Rousey (foto), campeã de MMA, estariam juntos vivendo uma paixão. O casal já pensa em anunciar o romance. Última Hora A2 As brutas também amam R$ 350 MIL DE DESCONTO NA COMPRA DA CASA NOS DIAS 15 E 16 DE AGOSTO, A PDG REALIZARÁ EM MANAUS A 3ª EDIÇÃO DA CAMPANHA PDG “NA PONTA DO LÁPIS”, A MAIOR OPERAÇÃO DE VENDAS DE IMÓVEIS DO BRASIL. POR 20 HORAS, A EMPRESA ESTARÁ ABERTA PARA NEGOCIAÇÃO DE TODOS OS SEUS PRODUTOS, COM DESCONTOS DE R$ 350 MIL. SIMULTANEAMENTE, REALIZARÁ A CAMPANHA EM SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO, MINAS GERAIS, PARÁ E BAHIA, COM DESCONTOS DE ATÉ R$ 500 MIL. Economia B2 PAI HERÓI Neste domingo, Dia dos Pais, o EM TEMPO reúne histórias de vida entre pais e filhos. Histórias trágicas, como a do viúvo Iraúna Guimarães, que perdeu sua mulher, Francilva, para o câncer, e teve que criar os três filhos sozinho, virando “pãe”. Histórias de luta no empreendedorismo, onde homens que, diante de muitas dificuldades, conquistaram sucesso nos negócios e pas- saram o conhecimento para os seus filhos. Economia B1, Dia a dia C1 E C2 Iraúna Guimarães com os filhos Pedro Victor e Ícaro Henrique: duas crianças e um “pãe” A implantação de ciclovias tem estimu- lado as vendas de bicicletas no Brasil. Em Manaus, sede do parque industrial onde estão instaladas as principais fabricantes do país, alguns lojistas revelam que a co- mercialização de bikes “acelerou” e está bastante aquecida. Economia B4 e B5 PEDALADAS QUE ACELERAM A ECONOMIA DIEGO JANATÃ IONE MORENO Filho da floresta, o in- diozinho CURUMIM entra no mundo dos homens brancos para contar a história do Dia dos Pais no Brasil e no mundo. CURUMIM Tufão devasta e mata em Taiwan A passagem de um forte tufão em Taiwan neste sábado (8) deixou mais de 3,5 milhões de residências sem energia elétri- ca. Ao menos seis pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas. Última Hora A2 A passagem do tufão em Taiwan destruiu 3,5 milhões de casas DIVULGAÇÃO Apaixonados por automobi- lismo, pais explicam o orgu- lho que sentem dos filhos ao dividir a paixão. É o caso do piloto Antônio Pizzonia (foto), que passou essa paixão para o filho Antônio Neto. Geovanni Andrade, o pianista paulista que Manaus abraçou, con- ta como está sua carreira no Rio de Janeiro, seis anos depois de ter levado seus teclados para a cidade maravilhosa. Plateia D1 No futebol, tal pai, tal filho Ao dirigir o Rio Negro, na disputa da segunda divisão, técnico Sérgio Duarte reencontrou o filho, Serginho, como jogador do clube. A “tabelinha” deu certo: pai e filho recolocaram o Galo na Série A do Amazonense. Pódio E4 e E5 DIVULGAÇÃO A implantação de ciclovias em Manaus vem dando maior segurança aos ciclistas e estimula a venda de bikes DIVULGAÇÃO

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTEVENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

2,00

MÁX.: 34 MÍN.: 25TEMPO EM MANAUS

ANO XXVII – N.º 8.839 – DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR.

Velocidadeestá no sangue

Elenco

Um palco maior para Geovanni

Plateia

O ex-judoca e medalhista olím-pico Flávio Canto e a lutadora americana Ronda Rousey (foto), campeã de MMA, estariam juntos vivendo uma paixão. O casal já pensa em anunciar o romance. Última Hora A2

As brutastambém amam

R$ 350 MIL DE DESCONTONA COMPRA DA CASA

NOS DIAS 15 E 16 DE AGOSTO, A PDG REALIZARÁ EM MANAUS A 3ª EDIÇÃO DA CAMPANHA PDG “NA PONTA DO LÁPIS”, A MAIOR OPERAÇÃO DE VENDAS DE IMÓVEIS DO BRASIL. POR 20 HORAS, A EMPRESA ESTARÁ ABERTA PARA NEGOCIAÇÃO DE TODOS OS SEUS PRODUTOS, COM DESCONTOS DE R$ 350 MIL. SIMULTANEAMENTE, REALIZARÁ A CAMPANHA EM SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO, MINAS GERAIS, PARÁ E BAHIA, COM DESCONTOS DE ATÉ R$ 500 MIL. Economia B2

PAI HERÓINeste domingo, Dia dos Pais, o EM TEMPO reúne histórias de vida entre pais e fi lhos. Histórias

trágicas, como a do viúvo Iraúna Guimarães, que perdeu sua mulher, Francilva, para o câncer, e teve que criar os três fi lhos sozinho, virando “pãe”. Histórias de luta no empreendedorismo, onde homens que, diante de muitas difi culdades, conquistaram sucesso nos negócios e pas-saram o conhecimento para os seus fi lhos. Economia B1, Dia a dia C1 E C2

Iraúna Guimarães com os fi lhos Pedro Victor e Ícaro Henrique: duas crianças e um “pãe”

A implantação de ciclovias tem estimu-lado as vendas de bicicletas no Brasil. Em Manaus, sede do parque industrial onde estão instaladas as principais fabricantes do país, alguns lojistas revelam que a co-mercialização de bikes “acelerou” e está bastante aquecida. Economia B4 e B5

PEDALADAS QUE ACELERAM A ECONOMIA

DIE

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JAN

ATÃ

ION

E M

ORE

NO

Filho da fl oresta, o in-diozinho CURUMIM entra no mundo dos homens brancos para contar a história do Dia dos Pais no Brasil e no mundo.

CURUMIM

Tufão devasta e mata em Taiwan

A passagem de um forte tufão em Taiwan neste sábado (8) deixou mais de 3,5 milhões de residências sem energia elétri-ca. Ao menos seis pessoas morreram e mais de cem fi caram feridas. Última Hora A2

A passagem do tufão em Taiwan destruiu 3,5 milhões de casas

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AÇÃO

Apaixonados por automobi-lismo, pais explicam o orgu-lho que sentem dos fi lhos ao dividir a paixão. É o caso do piloto Antônio Pizzonia (foto), que passou essa paixão para o fi lho Antônio Neto.

Geovanni Andrade, o pianista paulista que Manaus abraçou, con-ta como está sua carreira no Rio de Janeiro, seis anos depois de ter levado seus teclados para a cidade maravilhosa. Plateia D1

No futebol, talpai, tal fi lho

Ao dirigir o Rio Negro, na disputa da segunda divisão, técnico Sérgio Duarte reencontrou o fi lho, Serginho, como jogador do clube. A “tabelinha” deu certo: pai e fi lho recolocaram o Galo na Série A do Amazonense. Pódio E4 e E5

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AÇÃO

A implantação de ciclovias em Manaus vem dando maior segurança aos ciclistas e estimula a venda de bikes

Última Hora A2

A implantação de ciclovias em Manaus vem dando maior segurança aos ciclistas e estimula a venda de bikes

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AÇÃO

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A2 Última Hora MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

General Manuel Contreras (no centro) morreu aos 86 anos

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AÇÃO

Ronda e Canto estão namorando

São Paulo (SP) - Atu-al detentora do peso galo feminino do Ultimate Fight Championship (UFC), a luta-dora norte-americana Ronda Rousey pode estar namoran-do o ex-judoca Flávio Canto. De acordo com o jornalista Leo Dias, o apresentador e a medalhista pan-americana estariam juntos.

Em um programa de te-levisão, o jornalista contou que o casal já pensa em anunciar o romance. Ele dis-se ainda que um almoço de aproximação entre os familiares de Canto e Ronda já teria acontecido.

A norte-americana tam-bém foi alvo do ex-BBB Klé-ber Bambam. Ao conhecer a loira, ele a convidou para jantar. Ela, claro, recusou a gentileza do rapaz.

Flavio Canto foi casado com Fiorella Mattheis duran-te três anos. A atriz atualmen-te namora o jogador do São Paulo, Alexandre Pato.

O amor de Ronda pelo apresentador não é recen-te. Em 2012, durante entre-vista para o SporTV, ela lis-tou cinco judocas favoritos e, de forma surpreendente, colocou Flávio Canto na pri-meira posição.

“Amo o Flávio Canto! Ele é incrível. Eu fui para o Brasil uma vez para um torneio e me lesionei num acidente. Não pude competir, mas fiquei para assistir a luta em sua clínica. Eu o vi dar uma aula de judô em quatro línguas di-ferentes! Ele dizia uma coisa em português, depois tradu-zia para o espanhol, francês e inglês. Foi a coisa mais incrível do mundo”, disse.

AFFAIR

Morre no Chile o ex-chefe da polícia secreta do país

São Paulo (SP) - O general Manuel Contreras – chefe da temida polícia secreta chilena, durante a ditadura de Augusto Pino-chet (1973-1990) – mor-reu na sexta-feira (7) à noite, sem ter jamais re-conhecido sua participa-ção na repressão. Desde o último dia 28 de ju-lho, ele estava internado em um hospital militar, porque sofria de câncer do cólon e não reagia aos tratamentos.

Ele foi condenado a 526 anos de cadeia, pelos cri-

mes na tortura, assassi-nato e desaparecimento de pessoas.

Segundo os organismos de Direitos Humanos, a polícia secreta foi respon-sável pela execução de 1,5 mil opositores. Mas o general atuava além das fronteiras chilenas. Ele é considerado o arquiteto da Operação Condor – um plano de cooperação com as ditaduras dos países vizinhos (Brasil, Argen-tina, Paraguai e Uru-guai), para perseguir e eliminar opositores.

DITADURA

Jovem morre com tiro na cabeça

Quatro casos de homíci-dos e um latrocínio foram registrados na madrugada de ontem (8), quatro por arma de fogo e um por arma branca em Manaus. Três das quatro vítimas morreram com tiro na cabeça.

No bairro Riacho Doce, o açougueiro Lucas Carlos Augusto, 19, foi vítima de latrocínio na noite da últi-ma sexta-feira (7). O crime aconteceu por volta das 22h na rua do Comércio. A famí-lia do jovem ainda acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), porém, Lucas não resistiu ao tiro recebido na cabeça e morreu antes de chegar ao hospital João Lúcio.

No bairro São José Ope-rário, Zona Leste, a Polícia Militar registrou mais duas vítimas de arma de fogo. O primeiro caso aconteceu na rua 17 do São José I. A vítima, identificada apenas

como “Sapo”, recebeu dois tiros na cabeça. O segundo ocorreu volta das 4h na rua Antônio Matias, São José II. Paulo Giovanne Barbosa Fi-lizzola, 33, também morreu com um tiro na cabeça. O caso foi registrado no 9º Distrito Integrado de Poli-cia (DIP). A autoria do crime ainda é desconhecida.

Às 5h, Jaime Corrêa Lo-bato, 41, deu entrada no hospital Platão Araújo, após receber um tiro na região do tórax. Os médicos de plantão ainda tentaram realizar uma cirurgia de emergência, porém, Jaime não resistiu ao grave feri-mento. O crime aconteceu na rua Amazonino Mendes, Tancredo Neves.

Na Zona Centro-Oeste, uma vítima não identifica-da acabou esfaqueada no bairro Alvorada. O jovem, que aparenta ter entre 20 e 25 anos, ainda foi so-corrido, mas não resistiu. A 10ª Companhia Intera-

tiva Comunitária (Cicom) registrou o caso.

Acidentes fataisA imprudência no trânsito

fez mais duas vítimas em Manaus na madrugada de ontem. Na rua 7 do bairro Santa Etelvina, Zona Norte da cidade, uma colisão por volta das 5h30 matou o soldado do Exército brasi-leiro, Guilherme de Freitas da Silva, 22. O jovem, que estava de motocicleta, se chocou de frente com um carro de modelo não iden-tificado. Devido as graves lesões cranianas, Guilher-me morreu no local.

Uma hora antes, em outro acidente envolvendo moto-cicleta, desta vez com um ônibus, mais um homem perdeu a vida. A vítima, que até o fechamento desta edição não havia sido iden-tificada, ainda foi levada ao hospital Platão Araújo, onde morreu devido a forte hemorragia interna.

LATROCÍNIO

Brasileiro conquista bronze

Kazan (Rússia) - O nadador brasileiro Bruno Fratus conquistou a me-dalha de bronze nos 50 metros livre no Mundial de Kazan, na Rússia.

O fluminense tocou a borda em 21s55, três cen-tésimos atrás do norte-americano Nathan Adrian (prata). O francês Florent Manaudou foi ouro, com 21s19, melhor marca da história sem o uso de tra-jes de poliuretano, que ajudavam na flutuação.

A prova não teve a pre-sença de Cesar Cielo, en-tão tricampeão mundial, que abandonou a competi-ção na quarta (5) sob ale-gação de lesão em tendão do ombro esquerdo.

Ao longo da competição, Fratus apresentou evolu-ção. Teve o melhor tempo do revezamento 4 por 100 metros brasileiro na final da prova, no último domin-go (2), com 48s08.

Na eliminatória dos 50 metros livre, na sexta-feira (7), foi o quinto mais rápido, com 22s01. Baixou quatro décimos na semi-final (21s60) e entrou na decisão com o terceiro melhor tempo.

Na final, não conseguiu o melhor registro da car-reira, mas o desempenho bastou para obter seu primeiro pódio em Cam-peonatos Mundiais.

NATAÇÃO

Com ventos fortes e chuva torrencial, tufão deixou mais de 3,62 milhões de casas sem eletricidade

Tufão Soudelor atinge Taiwan e faz seis vítimas

São Paulo (SP) - O tufão Soudelor cas-tigou Taiwan ontem (8) com ventos fortes

e chuva torrencial, cortando a eletricidade de 3,62 milhões de casas. O número de mor-tes subiu para seis.

Quatro pessoas estão de-saparecidas e 101 ficaram feridas, segundo autorida-des em dados divulgados até a manhã de ontem. Centenas de voos foram postergados ou cancelados, e mais de 9,9 mil pessoas foram retiradas de suas casas.

Imagens de televisão mos-tram árvores arrancadas, postes caídos, uma bicicle-ta motorizada sendo levada pelo forte vento e contêine-res empilhados uns sobre os outros no porto.

“A tempestade vai ficar mais fraca, mas esperamos mais chuva, particularmente no sul de Taiwan”, disse Wang Shih-chien, funcionário do Escritó-rio Central do Clima da ilha.

A tempestade chegou cedo aos condados de Yilan e Hua-lien, na costa leste da ilha, trazendo mais de mil milí-metros de chuva em áreas montanhosas e ventos de até 200 quilômetros por hora.

Embora o centro do tufão Soudelor tenha passado por Taiwan e esteja se dirigindo

para a China, a chuva deve continuar atingindo a ilha até a manhã deste domingo (9).

VítimasSegundo as autoridades

de Taiwan, entre os mor-tos estão um bombeiro em Pingtung, um homem que foi atingido por uma placa na cidade costeira de Suao, uma menina de oito anos e sua mãe, ambas arrastadas pela ondas. Um homem de 83 anos também morreu soterrado em um desabamento.

Na China continental, 250 mil pessoas foram evacua-das das províncias costeiras de Fujian e Zhejiang, onde o fenômeno chegaria mais en-fraquecido. Antes da chegada do tufão, a imprensa informou fortes ventos e chuvas, le-vando a cortes de energia e danificando várias culturas.

O Centro Meteorológico Na-cional Chinês (NMC) prevê que Soudelor atingirá a costa em Fujian, em um ponto entre as cidades de Fuzhou e Xiamen, mais enfraquecido.

“Quando tocar a costa de Fujian, estará significativa-mente mais fraco, com um grau de tufão ou tempes-tade tropical intensa”, in-formou à televisão estatal “Qian Chuanhai” o chefe da agência de meteorologia. Tufão Soudelor matou seis pessoas e deixou outras quatro desaparecidas em Taiwan

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AÇÃO

THIAGO FERNANDO

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MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 A3Opinião

O comandante militar da Amazônia, general Guilherme Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, durante reunião de diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) sintetizou uma preocupação que, embora latente nas nove unidades federativas da região, não tem conseguido unidade teórica nem prática. Guilherme Cals anunciou às lideranças empresariais a retomada do programa Pró-Amazônia, que alia, como foi divulgado, “a estratégia da defesa nacional com a pesquisa nas áreas de ciência, tecnologia e inovação”.

A fala do comandante militar acontece no momento em que a região ensaia chamar a atenção do governo federal para alguns dos seus problemas crônicos e que de tanto serem repetidos se tornaram uma espécie de mantra regional, sem que sejam, no entanto, ouvidos por seus desti-natários. Preocupa, e não apenas ao nacionalismo dos militares, a condição de arquipélago em que vivem as populações amazônicas em um território continental: cada Estado, cada município, cada fronteira, uma ilha, sem expressão política dentro da Federação. Que tipo de ignorância (ou má fé) é essa, que mantém em silêncio metade do território nacional?

O general abre uma excelente oportunidade para que no interior da Amazônia se quebre o isolamento entre os atores da região. Ele avalia que, a cada dia, uma parte da Amazônia é perdida, por desconheci-mento do Brasil. A verdade é que a Amazônia não pode mais fi car à espera de o governo federal (ou algum aventureiro avulso) lembrar-se de que ela faz parte não apenas do território, mas da geopolítica brasileira e internacional. Quem tem de dizer e fazer cumprir os efeitos que resultar disso são as populações da Amazônia. Já um pouco atrasadas no amadurecimento desse seu anúncio. O Comando Militar da Amazônia só está atualizando o calendário.

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

Para a bonita festa que o governo do Estado e a Prefeitura de Manaus prepararam, esta semana, na cerimô-nia de assinatura de contrato para a cidade sediar os jogos olímpicos de futebol da Rio 2016. Os representantes do COI saíram impressionados.

Cidade olímpica

APLAUSOS VAIAS

Data fatídica

Rumores ou não, coincidên-cia ou não, o fato é que a data é fatídica.

Além de ser o famigerado agosto, 16 é o dia convocado para a manifestação nacional que vai pedir o impeachment da presidente.

Fardo pesado

Apesar de dizer que aguenta pressões e até injustiças, a presidente não estaria aguen-tando o fardo, que fi cou muito pesado.

Quem assume

Que Deus nos livre de uma crise dessas!

Mas, no embalo dos rumores, muitos já se perguntam quem assume o país, em caso de afastamento de Dilma.

Chame o Temer

Sobre isso, a Constituição é clara.

Quem assume é o vice-pre-sidente da República, Michel Temer. Caso ele não possa, viria o presidente da Câmara dos Deputados, depois o pre-sidente do Senado Federal e por último o presidente do Supremo Tribunal Federal.

Outra hipótesePortanto, em caso de um im-

peachment, o novo presidente do Brasil seria Michel Temer.

A situação só muda se o vice-presidente também for alvo do impeachment.

Nova eleição

Nesse caso, se o titular e o vice forem afastados na pri-meira metade do mandato, é

convocada uma nova eleição.

Memórias de Ibsen

Comandante do processo de impeachment de Fernando Collor, em 1992, o deputado es-tadual Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), alerta que não vê agora uma crise política que justifi que afastar Dilma Rousseff .

— Mas que há, sim, potencial para isso.

Temas do Brasil

Ele conta que naquela crise do governo Collor teve de in-terromper tudo para receber parlamentares australianos.

Então, a chefe da delegação pediu licença para abordar te-mas do Brasil.

— Eles estavam muito li-gados na nossa crise – lebra ex-presidente da Câmara.

Mais fácil

E a australiana perguntou:— O senhor acha possível

que, após 20 anos de ditadura, o primeiro presidente eleito seja afastado? Acha possível somar dois terços de votos?

— Respondeu: “Dois terços, acho impossível. Mais fácil é a unanimidade.”

Exército nos jogos

Manaus está entre as cida-des que receberão reforços das forças federais durante os Jogos Olimpícos Rio 2016.

Cerca de 38 mil militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica vão reforçar a se-gurança da competição, infor-mou o Ministério da Defesa.

Contigente

No Rio de Janeiro, serão

mobilizados 20 mil homens.Além de 18 mil militares em

Brasília, Belo Horizonte, Ma-naus, Salvador e São Paulo, que receberão jogos de futebol.

Quanto custa

A operação deve custar, ao todo, R$ 580 milhões, valor aplicado desde o ano passado, conforme o ministério.

O custo total é menor que o gasto na Copa do Mun-do de 2014 pela Defesa (R$ 709 milhões), já que algu-mas estruturas do torneio devem ser aproveitadas nas Olimpíadas.

Made in Amazonas

Falando em jogos olímpicos, a festa de abertura do ano olímpico no Teatro Amazonas, mesclando popular e erudito teve criação, organização e controle da equipe da Secreta-ria de Estado da Cultura.

Da ópera ao rock

O sucesso foi tamanho que a SEC já prepara programa-ção cultural mais intensa e diversifi cada que a da Copa do Mundo.

A programação cultural das Olimpíadas em Manaus vai incluir do folclore à ópera, do teatro ao cinema, da dança ao rock.

As contas de Lewan-dowski

As contas do presidente do STF e do CNJ, Ricar-do Lewandowski, para o Estado economizar R$ 27 milhões no sistema judi-ciário com as audiências de custódia, são simples e fazem sentido.

Para a cultura da delação premiada, que vem transformando réu em dedo-duro e livrando a cara de muito pilantra. Nessa história não tem santo, mas o perigo é que já tem neguinho inventando denúncias para se dar bem e jogar desafetos no fogo.

Cultura da delação

Não existe clima para o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), é verdade.Mas correm fortes rumores nos corredores do Judiciário que a presidente estaria

disposta a entrar com um pedido de licença, forçada pelo risco de ingovernabilidade para onde caminha o seu governo.

Uma fonte de CONTEXTO chegou a confi denciar que está sendo solicitado às altas autoridades dos poderes Legislativo e Judiciário que não deixem Brasília no próximo dia 16 de agosto, porque deverá haver “grandes surpresas”.

RUMORES DE AGOSTO

DIEGO JANATÃ DIVULGAÇÃO

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Um chamado à realidade

O tema é delicado e, como tal, pode produzir melindres e ferir sus-cetibilidades, sobretudo nos mais sensíveis, ou mesmo em todos, se não for abordado e exposto com o mais atento dos cuidados. O eixo da questão, que se coloca como pressuposto e sem cuja aceitação seríamos só falaciosos, consiste em aceitar que o processo de formação, de educação das pessoas, sobretu-do crianças, mas também adultos, não é algo que se restrinja aos ambientes do lar e da escola.

Toda a sociedade atua como for-madora, embora nem sempre essa atuação mereça a qualificação de educativa. A força da sociedade é tamanha e age com tanta eficiên-cia sobre todos os seus membros que, mesmo preservados os traços individuais de cada um, acabará por transmitir-lhes caracteres comuns, visíveis claramente nos critérios, nos valores, nos padrões compor-tamentais. Autores há que chegam a cogitar uma “personalidade de base”, própria e característica de cada nação.

Quem de nós desconhece, por exemplo, que os alemães são deta-lhistas, meticulosos, extremamente disciplinados; que os franceses são libertários, humanistas por exce-lência; que os italianos são indis-ciplinados, extrovertidos, loquazes, devotados às artes.

E nesta linha vem a nossa grande preocupação e apreensão: deixa de ser tema de piadas e passa a ser uma verdade facilmente detectá-vel o fato de que nós, brasileiros, enquanto povo, somos avessos à disciplina, à ordem, ao cumprimen-to estrito da lei, sempre a tentar escapar das responsabilidades e a buscar caminhos tortuosos que designamos como “jeitinhos”, rara-mente aplicados ao trabalho árduo e à construção do futuro.

Como uma bola de neve que cresce

na medida em que rola montanha abaixo, nossas mazelas, defeitos e carências se exacerbam e se acu-mulam, pelo fato de que a nossa sociedade e a nossa cultura esti-mulam e alimentam essas caracte-rísticas, muitas vezes apresentadas e comentadas nos nossos veículos de comunicação como pitorescas, engraçadas, e mesmo positivas.

Chegam até a insinuar que, por serem os brasileiros assim, desliga-dos e inconsequentes, são pacífi cos, amáveis e cordiais. Ao mesmo tem-po, as páginas dos jornais aparecem cheias de assaltos, estupros, homi-cídios, violências sociais contra as minorias e outras coisitas mais.

Nesta concreta situação, é im-prescindível inferir que é na Edu-cação, ou melhor, na sua carência e na sua desqualificação que está a primeira de todas as causas dos nossos problemas e das dis-torções que nos fustigam. É a terrível má qualidade das nossas escolas, que passa também pela precária formação da maioria dos nossos professores.

Mas não é só isso. As famílias estão também aceitando o papel de partícipes na deformação dos seus próprios fi lhos, mercê da assi-milação das distorções que lhes são passadas sob uma capa dourada pelos veículos de massa, a televisão à frente, os mesmos que, legitima-mente, deveriam estar a participar da formação do povo brasileiro.

Os paradigmas oferecidos à in-fância e à juventude não são os bons exemplos disponíveis aqui e alhures. Expõem-se como modelos os jogadores de futebol que nem conseguem se expressar ou, pior ainda, os violentos e primitivos se-nhores dos ringues. Apenas porque um ou outro fi cou muito rico. E aqui estamos nós: duzentos milhões que ainda não conseguiram conquistar um só Prêmio Nobel.

João Bosco Araú[email protected]

João Bosco Araújo

João Bosco Araújo

Diretor Executivo do Amazonas

EM TEMPO

Formação ou deformação

[email protected]

As famílias estão tam-bém aceitan-do o papel de partícipes na deformação dos seus pró-prios fi lhos, mercê da assimilação das distor-ções que lhes são passa-das sob uma capa dourada pelos veículos de massa, os mesmos que, legitimamen-te, deveriam estar a par-ticipar da formação do povo brasilei-ro”

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A4 Opinião MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

FrasePainelVERA MAGALHÃES

Pessoas que tiveram acesso ao relatório produzido pela Kroll para a CPI da Petrobras relatam que a empresa identifi cou indícios de discrepâncias “signifi cativas” entre o que ela apurou e delações feitas por investigados na Lava Jato. O resultado da primeira fase da apuração da consultoria deve ser apresentado à comissão nesta semana –e será usado para respaldar a crítica do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado na operação, para questionar o teor das delações.

Bula O relatório prévio da Kroll será o ponto de partida para de-fi nir quais serão os alvos prioritá-rios da empresa na segunda fase da contratação, caso a comissão decida prorrogar o acordo.

Colateral Integrantes da CPI avaliam que as delações feitas à Justiça não serão anuladas ainda que o colaborador tenha omitido informações. O que pode perder efeito, dizem, é o benefício obtido com os depoimentos.

Memória... As delações tam-bém são alvos de advogados contrários ao princípio. Em uma petição antes de Renato Duque começar a negociar a colabo-ração, seus defensores com-paravam o recurso à doença de Alzheimer.

...curta Para a defesa do ex-diretor da Petrobras, os de-poimentos dos delatores “sa�o complementados no tempo, como se o criminoso tivesse o mal de Alzheimer”, “eivados de contradi-ções e oportunismos” e “tomados sem contraditório”.

Viadutos Emilio Odebrecht está preocupado com a recons-trução da imagem da empresa no pós-Lava Jato. Desde a prisão do fi lho Marcelo já teve várias con-versas com Lula e também com Fernando Henrique Cardoso.

Menos é mais Com as defec-ções de PDT e PTB, o Planalto trabalha com a perspectiva de re-arranjar sua base de sustentação no Congresso para que ela fi que menor, mas mais confi ável.

Davi e Golias Partidos aliados apontam o PT como principal entrave à conclusão das trocas nos cargos de segundo e terceiro escalões em curso para acalmar a base aliada no Congresso.

Encolheu “Eles tinham um es-paço quando Dilma tinha 90% de aprovação. Precisam ter consciên-cia de que, agora, o governo deles está com 7%”, diz um ministro.

Quem dá mais O Vem pra Rua estima que o programa de rádio e TV do PT na semana passada terá mais infl uência para infl ar os protestos do dia 16 que a convocação feita pelo PSDB em suas inserções comerciais.

Mesma tecla Rogério Chequer, porta-voz do movimento que ajuda a organizar os atos, diz que o par-tido de Dilma Rousseff “continua não assumindo seus erros”.

Pegou gosto Depois do ato de apoio a Lula na semana passada, o ex-ministro Luiz Dulci, diretor do instituto do ex-presidente, co-meçou a articular com centrais sindicais um evento com o mote

de defesa da democracia.

Chão de fábrica Geraldo Alck-min convocou para esta segunda reunião de emergência do go-verno com o Sindicato dos Me-talúrgicos do ABC para discutir demissões anunciadas pela Mer-cedes-Benz em São Bernardo.

Água mole... Depois do comu-nicado da Executiva do PT com críticas ao aumento da taxa de juros, a Fundação Perseu Abra-mo, ligada do partido, voltou a distribuir boletim condenando a política econômica do governo.

...em pedra dura O texto diz que é necessário “enriquecer” o debate sobre a origem da infl a-ção, “hoje restrito ao velho tripé macroeconômico e seu diagnósti-co de demanda, que pouco condiz com a realidade nacional”.

Sem aval Dani Dayan, esco-lhido como novo embaixador de Israel no Brasil, foi anunciado pelo premiê Benjamin Netanyahu sem o “agrément” do Itamaraty –consulta prévia que é praxe nas relações diplomáticas.

Histórico A decisão causou novo mal-estar diplomático, de-pois que um assessor da chan-celaria israelense chamou o Brasil de “anão diplomático” no ano passado.

Tira-teima em casa

Contraponto

O Inep divulgou na última quarta-feira o resultado por escola do Enem de 2014. O levantamento apontou novos indicadores, como a prática de colégios privados “importarem” alunos de outras unidades para fazer o exame.No final da entrevista, o ministro Renato Janine (Educação) se mostrou aliviado com a divulgação dos dados, após atraso:–Eu cheguei a sonhar com a manchete dos jornais: ‘MEC enrola, mas publica dados’ –disse, entre risos, diante dos jornalistas que cobriram o evento.

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Tensão pós-prova

Tiroteio

DO DEPUTADO LÚCIO VIEIRA LIMA (PMDB-BA), da ala oposicionista do partido, para quem a opção em caso de saída da presidente seria Michel Temer assumir.

O PSDB diz que quer o poder pelas eleições. Isso é só em 2018. Se insisti-rem na tese, vou concluir que eles estão satisfeitos com Dilma.

Na sua última encíclica, o papa insiste que retomemos o hábito de rezar antes e depois das re-feições. Estar ao redor da mesa, partilhar os alimentos é um mo-mento sagrado que nos coloca em comunhão uns com os outros e com a mãe e irmã terra de onde veio a comida, fruto também do trabalho humano. Neste Dia dos Pais, este apelo me veio à lem-brança porque na minha infância não se iniciava o almoço de do-mingo sem que todos estivessem ao redor da mesa, o que não era possível nos dias de trabalho, e a presença de papai era esperada e desejada.

Também me veio a memória uma oração de benção da mesa em que se cantavam algumas intenções. Uma delas dizia assim: “Pelos pais que perdem fi lhos sem podê-los socorrer”. No de-correr da vida, fui compreendendo as tragédias que aquela oração queria minimizar, trazendo ao menos o consolo divino àqueles que assistem, impotentes, seus fi lhos perderem a vida. Quando ouço falar de chacinas, execu-ções, acertos de contas, queima de arquivos, penso nas relações familiares despedaçadas.

Quanta revolta, quanto ódio elas provocam. Mas também quanta frustração da parte da-queles que não puderam evi-tar essas tragédias. Pais que viram seus fi lhos caindo nas mãos do crime organizado e trilhando caminhos de morte. O mal parece superar qualquer tentativa de compreendê-lo e evitá-lo superando qualquer possibilidade de reação.

Pais geram fi lhos para a vida plena. O dom de ser pai é dos que mais aproximam o ser humano da divindade. O poder criador é imen-so e traz consigo uma responsa-

bilidade infi nita. Ao mesmo tempo em que gera, o pai tem o dever de cuidar. O cuidado dos outros é fonte de realização humana e origem da ética. Por isso, os pais se realizam no cuidado dos fi lhos, providenciando alimento, segu-rança, saúde, educação. Para isso trabalham, produzem, renunciam aos projetos e prazeres pessoais, constituem família e perdem a vida por amor.

Feliz quem faz este caminho, feliz quem consegue ser pai. E mais feliz ainda quem pode con-tar com a presença paterna, viril, protetora, colocando limites que protegem da morte prematura, das escravidões dos vícios.

Hoje é Dia dos Pais, façamos festa, eles merecem. Se nem to-dos somos pais, todos somos fi lhos, qualquer que tenha sido a forma como fomos gerados. Um homem faz a ligação biológica entre nós e humanidade. Quando esse mesmo homem nos cria e cuida de nós, somos privilegia-dos. Quando não, talvez tenhamos tido a graça de ter muitos pais e experimentado que o amor é mais forte que qualquer rejei-ção, abandono, e que supera os limites e pecados porque vem de Deus e Deus é Pai.

Foi assim que Jesus O apresen-tou. Ele é o Pai de Jesus e nosso Pai. Jesus tinha confi ança absoluta no seu Pai porque sabia que o Pai o amava e o amor tudo supera. Que os pais que perdem fi lhos sem podê-los socorrer e que os fi lhos que perdem pais sem entender o porquê possam ter no Pai de Jesus o consolo e a misericórdia que curam e libertam. A parábola do fi lho pródigo que também é a do pai misericordioso seja sempre metáfora das nossas relações. Louvemos a Deus que nos deu tal poder, o de amar.

Dom Sérgio Eduardo [email protected]

Dom Sérgio Eduardo Castriani

Dom Sérgio Edu-ardo Castriani

Arcebispo Metropolitano de

Manaus

O dom de ser pai é dos que mais aproxi-mam o ser humano da divindade. O poder criador é imenso e traz consigo uma respon-sabilidade infi nita. Ao mesmo tem-po em que gera, o pai tem o dever de cuidar. O cuidado dos outros é fon-te de realiza-ção humana e origem da ética”

Pais e fi lhos

Olho da [email protected]

A perícia da Polícia Civil escolheu este fi m de semana para investigar a cena do crime e os seus boletins de ocorrência. A conclusão: a maré está mais para piranha do que para sar-dinha. E começaram a juntar as pedras. O melhor é que sábado e domingo passaram em branco, quer dizer, não houve um boom de assassinatos. Quem divulgaria a causa mortis?

JANAILTON FALCÃO

Os preços livres até que estão cedendo, em função do desaquecimento da demanda, mas ainda temos uma

pressão grande nos (produtos) monitorados. [...] A ques-tão é que o governo evitou subir esses preços no ano

passado por que era ano eleitoral, mas em algum mo-mento eles precisariam ser repassados ao consumidor

Thiago Biscuola, economista da RC Consultores, tenta uma explicação para a infl ação, sendo a principal, entre outras, a liberação dos aumentos dos preços adminis-

trados, como luz, água e combustíveis, que haviam sido represados no ano passado.

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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Page 5: EM TEMPO - 9 de agosto de 2015

MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 A5Com a Palavra

Nossa ideia nesta par-ceria com o jornal é criar um modelo de desenvol-vimento de sostware que permita criar a roteiriza-ção do jor-nal. Isso hoje não existe. Apenas na Europa se faz isso”

‘Hoje, o Itegam é referência em Manaus’

Jandecy LEITE

FOTOS: RAIMUNDO VALENTIM

EM TEMPO - Como sur-giu a ideia da fundação do Itegam?

Jandecy Leite - O Itegam surgiu de diversas pessoas que estavam realizando mes-trado e doutorado. É uma entidade sem fins lucrativos. Uma ONG, uma utilidade pública municipal, estadual e federal.

EM TEMPO - Qual é o foco de trabalho do Itegam?

JL - A ideia do Itegam é trabalhar com projetos de pesquisas e desenvolvimento para o Polo Industrial de Ma-naus (PIM), já que nós somos credenciados pelo Comitê Atividade de Pesquisa e De-senvolvimento na Amazônia (Capi) da Suframa. Nós so-mos credenciados em órgãos como a CAPs e CNPq como um grupo de pesquisa. Nós desenvolvemos projetos para o setor elétrico e para várias termelétricas do Amazonas. A ideia do Itegam não é ser somente uma instituição de ensino, mas também um ins-tituto de pesquisa e desenvol-vimento para a Amazônia.

EM TEMPO - Como se dá a parceria com outras universidades?

JL - Por uma exigência da Suframa, nós buscamos fir-mar uma parceria com a Uni-versidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da qual nós temos um doutorado em an-damento, que é de engenha-ria de produção. Nós temos um convênio com a Universi-dade Federal do Pará (UFPA), onde estamos iniciando a 14ª turma de mestrado envolven-do as áreas de engenharia de processo, engenharia de meio ambiente, engenharia elétrica, engenharia civil e gestão ambiental. Nós fomos os desbravadores na Amazô-nia, onde tivemos sucesso no mestrado em parceria com o governo do Estado do Acre, prefeitura, e o Crea. Nós le-vamos um mestrado profis-sionalizante para Rio Branco, e desse mestrado formamos 14 alunos. Fomos buscar tam-bém qualificar as pessoas no interior. Temos um projeto na área de engenharia civil, com a Ulbra de Santarém, UFPA e Instituto Federal do Pará. Temos convênios com quatro universidades de Cuba. Nós solicitamos ao governo cuba-no, por meio de um pedido ao Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Educação, que nos mandam

Fundado no dia 15 de abril de 2008, o Instituto de Tecnologia e Educa-ção Galileo da Amazônia (Itegam) já formou mais de 160 alunos em

mestrados e nove doutores em áreas es-tratégicas para o Amazonas.

O instituto é pioneiro em pesquisa e desenvolvimento tecnológico do país, des-tacando-se pelas atividades profissionais de seus fundadores na área de consultoria dentro das empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) e educação.

Em entrevista ao EM TEMPO, o pesqui-sador do órgão, Jandecy Leite, retrata a importância do desenvolvimento ocorrido nas últimas décadas nas atividades indus-triais da região amazônica, e em especial em Manaus, cujo Polo Industrial traduz esse crescimento por meio de importantes es-tratégias do governo federal, representado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Além de qualificar mestres e doutores, o Itegam também se destaca no setor produtivo e na qualificação profissional com convênios firmados com a Universi-dade do Pará (UFPA) e a Universidade de Santa Catarina (UFSC), além de quatro universidades cubanas.

“A ideia do Itegam não é ser somente uma instituição de ensino, mas também um instituto de pesquisa e desenvolvimento para a Amazônia”, disse Jandecy Leite, que é doutor em engenharia elétrica pela Uni-versidade Federal do Pará (ITEC-UFPA).

STÊNIO URBANO

A ideia do Itegam é trabalhar com proje-tos de pesquisa e de-senvolvimento para o Polo Industrial de Ma-naus (PIM), já que nós somos credenciados pela Capi da Suframa (...). Nós somos cre-denciados em órgãos como a CAPs e CNPq como um grupo de pesquisa”

os profissionais e eles pas-sam o tempo determinado para a conclusão do projeto. Eles utilizam toda a estrutura do Itegam, como alimenta-ção, moradia e salário, e a outra parte, 50%,é dada pelo governo de Cuba. Com essa junção, já formamos 160 alu-nos de mestrado e doutorado pelo Itegam.

EM TEMPO - E a parce-ria com o Polo Industrial de Manaus?

JL - Nós temos dois focos. Estamos trabalhando com algumas empresas, como a Carrier, a Samsung e Lenovo. Temos várias pessoas que trabalham em seus estudos de pesquisas dentro dessas empresas que se qualificam pelo Itegam. Uns já são for-mados e mestrandos e ou-tros, como os da Lenovo, estão fazendo doutorado em engenharia elétrica para qualificar a mão de obra da empresa. Pela exigência da Suframa, os institutos devem ter pessoas com mestrados e doutorados. Então, o Ite-gam tem hoje nove douto-res e, temos em média, 14 mestrandos que trabalham no Integam. Mas todos es-tão se encaminhando para o doutorado. A parceria com o Polo Industrial se dá também por meio de projetos para pesquisas e desenvolvimen-to pela Lei de Informática. Essa lei é muito importante para o nosso Estado porque permite que as universidades e os institutos credenciados

possam alocar esses recur-sos das empresas, 20% do valor bruto.

EM TEMPO – Mas, e a crise da Suframa?

JL - Estamos sofrendo com a turbulência política e todos os projetos que esta-vam em curso com algumas empresas, algumas recua-ram em função dessa crise. Tiveram empresas que pa-raram no final do ano. Isso ficou muito difícil. Nós já estamos chegando ao nono projeto de P&D para o setor elétrico. Hoje nós somos a referência em Manaus pela quantidade e qualidade.

EM TEMPO - Como são as linhas de pesquisa nos mestrados e como fazer as inscrições?

JL – No dia 31 de julho encerrou uma turma para engenharia de processos. Atualmente temos 109 alu-nos de mestrado em três turmas e já começaremos com o mestrado, que tam-bém permite que o aluno já pague as disciplinas do doutorado em biotecnologia. Essa turma tem 40 alunos. A ideia do Itegam não é ser somente uma instituição de ensino, mas também de um instituto de pesquisa e de-senvolvimento para a Ama-zônia. Nosso grande parceiro e aliado é a Fundação de Amparo à Pesquisa do Esta-do do Amazonas (Fapeam), porque todos os nossos alu-nos de doutorado têm bolsa

pela Fapeam. Meu doutorado já me rendeu vários artigos publicados no mundo. Esta-mos estudando sobre pactos harmônicos em alta tensão, para a Amazonas Energia, que irá usar em todas as re-des de alta tensão do Brasil. Inclusive, já foi aprovado o “cabeça de série”, que é o produto final. O sostware irá se profissionalizar para que a Eletrobrás use em outras dimensões de concessioná-rias, Brasil afora.

EM TEMPO - Como esse sostwa-re ajudaria na questão energética do Estado?

JL - Para falarmos numa linguagem mais simples, assim como o nosso corpo, que comemos um monte de gorduras, a rede elétrica é formada de vários tipos de poluição. No caso do meu projeto, que foi aprovado pela Amazonas Energia, a ideia é filtrar essas impurezas nas instalações industriais. Por-que o maior problema que temos hoje em Manaus, na rede de distribuição, é o se-tor industrial. É muito mal dimensionado a questão de distribuições de cargas nas redes das fábricas. Só que não existe uma legislação que puna as empresas. Um rouba, outra cede, uma polui, outra não polui a rede. Então, como a concessionária vai trabalhar isso? Então esse projeto é para medir essas condições e parâmetros.

EM TEMPO - Sobre a parceria com o jornal EM TEMPO, como o Itegam pode colaborar no desen-volvimento estratégico da empresa?

JL - Nossa ideia nesta par-ceria com o jornal é criar um modelo de desenvolvimen-to de sostware que permita criar a roteirização do jornal, isso hoje não existe. Apenas na Europa se faz isso. Te-mos que analisar qual é a dimensão que o jornal vai ter e quais os pontos mais prósperos em que ele pode chegar. O jornal é dinâmico, diário. Me parece que a partir de pontos estratégicos po-demos oferecer estratégias de vendas e a empresa vai ter isso com base em da-dos. Quem irá desenvolver isso será o Itegam. Vamos desenvolver o sostware ino-vador, trabalhando com uma estrutura computacional e modelos matemáticos.

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Page 6: EM TEMPO - 9 de agosto de 2015

A6 Política MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

Petistas querem de volta vaga do PDT no Trabalho

O Planalto atribui ao de-putado Eduardo Cunha a de-cisão do PDT de afastar-se da bancada governista, na Câmara. O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), já atuava contra o PDT, que tem as benesses de partido governista, mas no plenário mantém atitude “independente”. A ideia de Guimarães e de dez e cada dez petistas é fazer Dilma substituir o ministro Manoel Dias (Trabalho), do PDT.

Pela bola seteEspanta, nas brigas do PT,

é que o governo anda pela “bola sete” e não está exa-tamente em condições de hostilizar partidos aliados.

Reuniões tensasHouve reuniões muito ten-

sas entre PT e PDT, em que não faltaram acusações de “traição” de pedetistas e da “soberba” de petistas.

InutilidadeManoel Dias, o ministro

do Trabalho cuja gestão foi alvo de várias operações da PF, é considerado no Planal-to um “zero à esquerda”.

Ele não mandaO governo e o PT acham

grave que Carlos Lupi, dono e presidente do PDT, mande mais no ministério que o titular, Manoel Dias.

Governo já torrou R$ 35 milhões com cartões

O governo Dilma torrou, em apenas sete meses, R$ 34,9 milhões nos cartões de pagamento federais, os “cartões corporativos”. A conta, que tem mais de 90% do detalhamento de gastos escondidos sob a lorota de garantir a “segurança da sociedade e do Estado”, é do contribuinte. A Presi-

dência, incluindo a Agência Brasileira de Inteligência, é quem mais esbanja com os cartões: R$ 9,2 milhões gastos, e tudo sigiloso.

Cartões à mãoOs ministérios da

Justiça (com a Polí-cia Federal) e do Plane-jamento (com o IBGE) gas-taram R$ 8,7 milhões e 3,7 milhões, respectivamente.

Gastos modestosO gabinete do vice e

articulador-geral, Michel Temer, gastou modesta-mente, para os padrões Dilma: R$ 344,7 mil de janeiro a julho.

Vai crescerOs mais de R$ 34,9

milhões gastos pelo go-verno em 2015 represen-tam despesas de apenas 29 dos 39 ministérios do governo Dilma.

DestratoO Planalto não contava

com a deserção do PTB na Câmara. Apostava no cará-ter complacente do parti-do, cujo líder, deputado Jo-vair Arantes (GO), há muito se queixa do tratamento do governo Dilma.

PP na fi laOutro partido indócil é

o PP: seus 39 deputados estão na fi la da desfi lia-ção governista. Eles re-clamam de Dilma, do PT e se queixam de terem sido escolhidos como “bodes expiatórios” do petrolão.

Palavra de cavalheiro“Só haverá risco de der-

rota se formos traídos”, avisou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE). Ele diz acreditar no presi-dente da Câmara, Edu-ardo Cunha, que garantiu presidência da CPI dos Fundos ao DEM.

Pauta-bombaDelegados da Polícia

Federal surfam na onda de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Pedem apoio para a Câmara aprovar uma PEC que eleva os salários dos delegados para o teto do funcionalismo público.

Jogo de cenaTucanos evitam apoiar

publicamente o presiden-te da Câmara, Eduardo Cunha, temendo desgaste caso o Ministério Público o denuncie na Lava Jato. Nos bastidores, as reu-niões e acordos seguem o fl uxo normal.

Tal pai, tal fi lhoO deputado Eduardo

Bolsonaro (PSC-SP) fez questão de comemorar a prisão do ex-ministro José Dirceu na Lava Jato. Foi ovacionado na Câmara ao dizer que Dirceu “está fazendo milhagem no avião da PF”.

HomenagemTem torcida e militância

o aplicativo Uber. Após o governador Rodrigo Rol-lemberg (PSB-DF) vetar a lei que pretendia proibi-lo, o serviço bateu todos os recordes: Brasília passou o dia passeando de Uber.

Pizza vegetarianaOs vegetarianos podem

comemorar. Foi instalada na Câmara a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos aos Animais. Deverá ser a pri-meira CPI que vai terminar em pizza... vegana.

Dirceu, almirante,ex-tesoureiros...

‘Nunca antes na his-tória desse País’ um partido defendeu aber-ta e sistematicamen-te presos e criminosos condenados na Justiça.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Simon e seu acento

www.claudiohumberto.com.br

Eu interpretei mais como desabafo”

EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ), sobre o “apelo” do vice Michel Temer por união no Brasil.

Quando chegou ao Senado, em 1974, o senador gaúcho Pedro Simon estreou sob o signo da dúvida: como se deveria pronunciar corretamente o seu sobreno-me? A pergunta interessava até às taquí-grafas. Logo no primeiro dia Simon fez um discurso, já sublinhando as frases com gestos marcantes, até teatrais. Atacava duramente a ditadura. O senador Jarbas Passarinho, governista, com ar grave, pediu um aparte.

- Ouço o nobre senador Passarinho – aquiesceu o gaúcho.- Gostaria que V. Exa. esclarecesse de uma vez por todas: afinal, como devemos

chamá-lo? Símon ou Simón? Seu acento é na frente ou atrás?O plenário caiu na gargalhada. E Simon não respondeu.

Prestes a se aposentar do Tribunal de Contas do Estado, saída de Raimundo Michiles gera cobiça para cargo vitalício

Iniciam as articulações para a vaga de conselheiro

Conselheiro Raimundo Michiles completa 70 anos de idade no próximo dia 28 e irá se aposentar

Começou definitiva-mente a corrida para a vaga de conse-lheiro no Tribunal de

Contas do Estado do Amazo-nas (TCE-AM). O conselheiro Raimundo Michiles comple-tará 70 anos no próximo dia 28 de agosto e a lei determi-na sua imediata aposenta-doria neste dia. A indicação do sucessor para compor a corte cabe à Assembleia Legislativa do Estado (Ale-am) e os nomes começaram a ser especulados.

A chamada PEC da Benga-la (Emenda Constitucional 88/2015), que foi aprovada no último mês de maio no Se-nado, poderia mudar o qua-dro de substituição, dando a Raimundo Michiles mais 5 anos na função. No entanto, como apurou anteriormente EM TEMPO, a decisão só sairá quando for definido pelo Supremo Tribunal Fe-deral (STF) o novo Estatuto da Magistratura, algo sem previsão de término.

A reportagem consultou o próprio Michiles sobre a possibilidade de um recurso judicial para permanecer no cargo. O conselheiro negou e disse que se aposentará como determina a lei. Mes-mo a aprovação do Estatuto

em tempo hábil não mudará o quadro, segundo ele: “Sen-do uma lei administrativa, é praticamente impossível que haja efeito retroativo”, explicou. Sendo assim, a substituição é inevitável.

Procurado para comentar sobre mais responsabilidade da casa, o presidente da Aleam, deputado Josué Neto (PSD), não cogitou nomes e foi econômico ao tratar

a questão. “A casa só se manifestará no momento oportuno, quando houver a oficialidade da vacância do cargo”, limitou-se a dizer. Neste caso, cabe à Assem-bleia apenas a indicação. A aprovação ou não do nome “eleito” cabe ao governador José Melo (Pros).

Enquanto a vacância no pleno do TCE-AM não se oficializa, muitos postulan-

tes começam a se lançar à disputa de um cargo bem acobiçado. Além de ser vi-talício, o salário mensal em valores atuais alcança os R$ 30 mil.

Entre os nomes que já articulam nos bastidores sua possível “escolha” são o empresário Mário Mello, primo do ex-presidente da República e atual senador por Alagoas, Fernando Collor de Mello (PTB) e o do depu-tado federal Silas Câmara (PSC). Mas, dentro da própria Assembleia Legislativa sur-gem postulantes à cadeira de Michiles.

Os destaques vão para os deputados Wanderley Dallas (PMDB), que não foi encon-trado para comentar o as-sunto; Adjuto Afonso (PP), que informou pela sua asses-soria que iria se manifestar em outro momento. Mesma resposta foi dada pessoal-mente pelo deputado Bosco Saraiva (PSDB), que também especula-se estar interessa-do na vaga.

Outro nome cogitado na última semana foi o do depu-tado Vicente Lopes (PMDB). Entretanto, sua assessoria de imprensa negou que ele esteja interessado nesta vaga. Os planos de Lopes miram em outros projetos, acrescentou sua assessoria.

ARQ

UIV

O E

M T

EMPO

FRED SANTANA

COBIÇAMuito cobiçado, cargo de conselheiro do Tribu-nal de Contas é vitalício, com um dos salários mais altos da carreira pública e com a respon-sabilidade de julgar as prestações de contas de órgãos públicos

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Page 7: EM TEMPO - 9 de agosto de 2015

MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 A7Política

Política que passa como herança de pai para fi lhoDiz um velho ditado: “Filho de peixe peixinho é”. Assim são muitos políticos do Amazonas que imitaram seus pais nesta carreira pública

Quando pequenos, todos pensam em se-guir o caminho dos pais, e para eles, que

cresceram num ambiente em que a política era assunto co-mum nas rodas de conversas, inclusive à mesa, se tornou uma realização pessoal. In-fl uenciados ou não, acabaram seguindo os mesmos passos de seus pais e antepassados. Exemplos concretos são jovens políticos que ingressaram na carreira política, se tornando vereadores, deputados, e al-guns pensam, inclusive, em alçar voos mais altos rumo a um cargo majoritário.

A trajetória do deputado es-tadual Josué Neto (PSD) não é tão diferente de outras histó-rias de crianças que têm o pai como herói. Hoje presidente do Poder Legislativo estadual, ele revela que o fato de acom-panhar o pai, Josué Filho, que preside o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), durante sua infância e adolescência, em sua rotina política acabou infl uenciando bastante em sua decisão de adotar este mesmo caminho em sua vida.

O parlamentar relembra que seus primeiros passos na car-reira política iniciaram muito cedo, quando ainda trabalhava na rádio da família, participan-do dos eventos, tendo acesso ao público, se envolvendo nos momentos sociais e nos mo-vimentos estudantis. Segun-do ele, esses fatores foram fazendo com que se aproxi-masse deste mundo político, levando-o naturalmente para a política partidária. “Isso não surgiu num determinado dia. Veio surgindo desde minha infância”, contou.

“Eu sempre acompanhei meu pai. Não só nos eventos públi-cos, como durante a atuação

política dele. Mas em casa sempre teve a presença de grandes lideranças políticas. Os depu-tados frequentavam minha casa e eu tinha contato com eles, conversava com eles. Fui acompanhando, e isso foi surgindo naturalmente. A po-lítica é algo normal, como em todos os casos, onde há infl u-ência entre pai e fi lho, onde as crianças acham que seus pais são heróis”, acrescentou o deputado.

Ele revela que tem em seu pai um conselheiro para diversos temas e situações. “Pai é pai e, como todo pai, acredita que os fi lhos devam receber conselho em qualquer idade”, disse. “A relação com meu pai é a melhor possível. Ele já chegou a votar em um candidato que eu não estava apoiando e isso não interferiu em nada em nossa relação. Ao contrário, temos diálogo, uma compreensão. Sempre procuro receber con-selhos de pessoas mais expe-rientes e meu pai é exemplo disso”, afi rmou Neto.

Também oriundo de uma fa-mília com várias gerações de políticos, o prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), conta que veio de um período em que se enfrentou um regime autoritá-rio, e que teve essa infl uência da família, o que acabou sendo um ingrediente a mais para “engatar” neste caminho.

O prefeito conta que seu maior sonho na época de uni-versitário era ser diplomata e seguir a carreira acadêmica. Pensou até em ir para o México, fazer doutorado, mas desde aquela época as pessoas já viam nele a infl uência de ter um

pai político.“Eu tive um professor de

história quando estudava di-plomacia e ele dizia que eu nunca iria ser diplomata. Se-gundo ele, eu sempre falava e escrevia como se estives-se inaugurando uma estátua, como um cara que sempre tem opinião. Aí disse que eu iria seguir o caminho do meu pai, num momento que eu es-tava decidido a não seguir. Eu pensava em fazer uma carreira

acadêmica. Queria fazer dou-toramento em sociologia do desenvolvimento no México. Esse era meu grande sonho, e a vida acabou pegando ou-tros rumos”, conta Arthur. O pai do prefeito, Arthur Virgílio Filho, foi deputado estadual, federal e senador.

E essa infl uência não pa-rou por aí. Filho mais velho do prefeito, o hoje deputado federal Arthur Bisneto (PSDB) também não demorou a seguir os mesmos passos da família. Sua trajetória iniciou muito cedo. Aos 21 anos, Bisneto foi eleito vereador de Manaus

e, desde en-tão, há 15 anos, sua carrei-ra foi ascendendo: foi elei-to deputado estadual e, ano passado, arriscou um passo maior, uma vaga na Câmara Federal, onde já estiveram seu avô e seu pai, num passado não tão distante.

“O Bisneto é neto de um grande parlamentar, do sena-dor Arthur Virgílio Filho, que sempre respirou política, e as visitas na minha casa foram de pessoas ligadas à vida pública. E ele sempre teve facilidade de expressão, tem jeito para articulação, em seu primeiro mandato federal já é o vice-líder da oposição na Câmara”, disse, orgulhoso, o prefeito de Manaus.

Arthur Neto afi rma que troca muitas ideias com o fi lho de-putado federal, mas que tem outros três fi lhos que, segundo ele, não pensam em seguir a carreira na política. “Apenas o Bisneto tem vocação para ser político. Ele sempre pede opinião e opino. Mas, às vezes ele não pede e eu opino da mesma forma”, disse.

“Ele me tem como um compa-nheirão que viveu mais coisas. Se pudermos chamar isso de conselho, eu falei para ele o que meu pai me falou na época. Dis-se a ele que, quando chegasse lá (Brasília), que deveria deixar a primeira impressão no início, por que quem não entrega o cartão de visita logo no início, a casa fi ca menos interessada em receber esse cartão depois, e é discurso mesmo”, ressalta Arthur Neto.

História pa-recida também se

repete na família Serafi m. Aguerrido na carreira políti-ca, o vereador Marcelo Se-rafi m, fi lho do ex-prefeito e deputado estadual, Serafi m Corrêa, ambos do PSB, não vê a política como brinca-deira. Ele, inclusive, sonha em se tornar prefeito de Manaus, assim como seu pai foi um dia.

“Quando eu era mui-to pequeno e meu pai foi candidato em 1986, a vice-governador, eu o vi chegar com meu avô e contar, eu estava perto dele, meu avô não queria de forma alguma que ele entrasse na política. Meu pai dizia que não podia fi car parado como estava, pois isso faria com que não mudasse o futuro, não dele ou dos fi lhos dele, mas da sociedade como um todo”, relembra Marcelo.

Entretanto, mesmo res-pirando política em casa e tendo um pai envolvido com as questões partidá-rias, Marcelo Serafi m disse que, a princípio, seu pai foi contrário ao seu desejo. Se-gundo o vereador, seu pai sonhava ver o fi lho advogado ou economista. Mas, ele se formou farmacêutico.

Marcelo conta que tudo que faz ou as decisões que toma conversa com pai, e afi rma ainda que é um luxo ter um homem como Sera-fi m Corrêa sendo seu pai. “A pessoa inteligente aprende com o erro dos outros. E eu aprendo muito com tudo

que meu pai já passou para não seguir pelos mesmos erros. Quando há dúvidas, a palavra dele sempre tem que prevalecer porque ele é muito mais experiente”, enalteceu Marcelo.

Para Serafi m Corrêa, numa família onde tem um político a tendência é que mais alguém se interesse na politica, e que no caso do Marcelo, foi contra a vontade da mãe. “Eu sendo político, não posso criticar ninguém, muito menos o meu fi lho por querer participar da política, até porque eu acho que nós só vamos melhorar a polí-tica quando mais pessoas participarem. Não cabe mais aquele discurso de que políti-ca é coisa ruim”, disse.

Serafi m afi rma que é muito bom ter pessoas novas na po-lítica e fi ca feliz de ter um fi lho nesta carreira. “Eu sempre converso com ele, trocamos ideias. Nem sempre concor-damos. Em casa separamos as coisas, a relação familiar, a relação de pai para fi lho é uma coisa, na política a relação é de companheiros”, disse. Ele acrescentou que, em certos momentos, quan-do necessário, dá um puxão de orelha no fi lho.

Marcelo Serafi m afi rma que pretende trilhar o mes-mo caminho do pai, e um dia chegar ao cargo majo-ritário, mas que na política não tem que se precipi-tar, e que todas as coisas acontecem no seu tempo. Segundo ele, pretende es-perar o seu tempo.

‘Quero ser prefeito’

HENDERSON MARTINS

REFLEXOOs fi lhos, desde peque-nos, sempre veem nos pais a fi gura do herói e querem imitá-los de al-guma maneira. E isso, geralmente, se con-cretiza na juventude, quando resolvem seguir os passos de seus pais

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A8 Política MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

Câmara e Senado preparam homenagens a CamposMorto há um ano, o socialista também será lembrado com várias solenidades em Pernambuco, durante todo este mês

O Senado realiza na próxima quinta-fei-ra (13), às 9h (horá-rio de Brasília), ses-

são especial para reverenciar a memória do ex-governador de Pernambuco e ex-presi-dente do PSB Eduardo Cam-pos, pela passagem de um ano de sua morte.

Primeiro signatário do re-querimento para realização da solenidade, o senador Roberto Rocha (PSB-MA) afirmou que a sessão ho-menageará todos os homens e mulheres que continuam lutando por um Brasil melhor e que levarão adiante o sonho de justiça social e o respeito às instituições democráticas que marcaram a trajetória de Eduardo Campos.

Roberto Rocha lembrou que Eduardo Campos teve sua trajetória interrompida precocemente em um trá-gico acidente aéreo em 13 de agosto de 2014. Edu-ardo Campos era, na oca-sião, candidato a presidente da República pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), e já havia sido duas vezes governador de Pernambuco e ocupado o cargo de minis-tro da Ciência e Tecnologia. Foi ainda deputado federal e deputado estadual.

“Tornou-se também uma liderança política nacional e um gestor de competência reconhecida, tanto no perí-odo em que esteve à frente do Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2004, como na condição de governador do seu Estado, quando Pernam-buco registrou um crescimen-to de 3,5%, acima da média nacional e reduziu em média 30% os índices de violência”,

ressaltou Roberto Rocha.A Câmara dos Deputa-

dos também realizará uma sessão solene na próxima quarta-feira, em homena-gem à memória do socia-lista, com a presença de familiares e correligionários.

HomenagensA memória de Eduardo

Campos também receberá grandes homenagens em seu Estado natal, Pernambuco. Durante todo este mês de agosto, o ex-governador será alvo de solenidades, tanto pela passagem de um ano de sua morte quanto para lembrar a data em que com-pletaria 50 anos de vida, que seria amanhã.

A direção do PSB de Per-nambuco confirmou que o Banco Mundial enviou uma carta a Renata Campos, viúva de Campos, comunicando que a instituição decidiu criar um prêmio de gestão pública com o nome de Eduardo Cam-pos. A premiação acontecerá em Washington, nos Estados Unidos, no próximo ano, e

deverá ser entregue pela ex-primeira-dama.

MorteEduardo Campos morreu

no dia 13 de agosto do ano passado, vítima de um trági-co acidente aéreo na região de Santos, interior de São Paulo. Junto com ele morre-ram ainda seus assessores e

piloto e copiloto. Ele morreu três dias depois de completar 49 anos de idade.

Sua morte comoveu o país e o tirou precocemente da campanha presidencial em que ele era um dos candi-datos à vaga da presidente Dilma e aparecia em ter-ceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.

LACUNAConsiderado um dos po-líticos da nova geração e com grandes chances de fazer a diferença na política brasileira, Eduardo Campos saiu precocemente da cena, aos 49 anos, após mor-rer num acidente aéreo

Câmara Federal, Senado, Legislativos e governo de Pernambuco preparam homenagens a Eduardo Campos, morto há um ano

DIVULGAÇÃO

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EconomiaCa

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[email protected], DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 (92) 3090-1045Economia B3

Motéis com descontos e sorteios

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‘Filhos de peixes’ seguemos seus pais nos negóciosJovens empreendedores seguem profi ssões dos pais para manter as famílias nos empreendimentos conquistados por eles

ASAFE AUGUSTO

Industriário desde 2007, o técnico em logística Everton Castro, 29, viu como um meio de melhorar a renda familiar seguir a profi ssão do seu pai, Raimundo Brito. Há 3 anos, ele reveza a sua vida profi ssional como técnico entre os turnos da empresa que atua no Polo Industrial de Ma-naus, na Zona Sul, e como barbeiro nos fi nais de semana, na Barbearia São José, localizada no bairro de mesmo nome, Zona Leste.

Segundo Everton, ele começou a pegar gosto pela profi ssão do pai na adolescência, quando seu Raimundo começou a ensinas as técnicas na barbearia que tem mais de 30 anos no bairro. Salão com três cadeiras, o técnico em logística diz que atual-mente assume a cadeira do pai nos fi nais de semana e feriados, quando seu Raimundo tira folga.

“Ele me ensinou desde a minha adolescência, e com o tempo eu fui ganhando a confi ança dele para assumir a cadeira e depois veio a confi ança dos clientes”, conta. “Dos quatro fi lhos eu sou o único que seguiu a profi ssão do papai e tem orgulho de ter aprendido a profi ssão com ele”, afi rma Everton, que pensa na possibilidade de deixar de se con-centrar mais na pequena empresa do pai, para futuramente tomar conta da administração do negócio.

ENTRE O EMPREGO NO PIM E A BARBEARIA

ra, graças a Deus, nós cres-cemos e estamos bem divi-didos. Foi na luta que tudo começou”, lembra.

O empresário conta que o esforço do pai no trabalho o motivou a continuar o negócio da família. Aos 17 anos de idade já trabalhava com quem ele considera “inspiração”, e também com os irmãos, e os tios Eldon Rodrigues Pedroso, 38 e Elias Alves Pedroso Neto, 40, que ajudaram no início da empresa. “Meu pai sempre trabalhou no ramo de vendas. Foi representante comercial em diversas empresas locais e de outros Estados. Ele sem-pre teve uma visão holística sobre o mercado e espírito de liderança”, avalia Everaldo.

Segundo ele, o último em-prego do pai foi em uma empresa onde existiam sérios problemas trabalhistas, o que levou a empresa à falência.

Como não tinham como pagar todos os funcionários, muitos acordos foram fechados com os colaboradores.

Everaldo Júnior lembra que o seu pai aceitou como parte do pagamento algumas má-quinas e uma sucata velha de cadeiras, que a empresa iria jogar. “Daí veio a ideia de fundar a própria empresa. Com superação e persistência surgiu a Fênix, que tem esse nome porque realmente renas-ceu das cinzas. Os primeiros funcionários foram os colegas da antiga empresa”, ressalta.

MudançasApesar de gostar de traba-

lhar com o pai, Everaldo, que cursou administração, recor-da um momento da vida em que queria trabalhar fora do âmbito familiar, mas voltou para tomar conta do negócio no lugar do pai. “Trabalhei na Telemar, onde comecei como estagiário. Quando fui promovido para gerente de contas, vi a necessidade de ajudar o meu pai porque ele passava por problemas de saúde”, relata.

Há 10 anos seu Everaldo deixou a empresa para os três fi lhos. E segundo Ana Rosa, o sonho do pai é que os netos continuem o negócio da famí-lia. “É o sonho dele fazer com que se perpetue. Começou como família e vai continuar como família”, afi rma. Ela diz que os netos já abraçaram a ideia e demonstram vontade

de trabalhar na empresa.

“Filho de peixe pei-xinho é”. O ditado popular sempre é usado para

comparar pais e fi lhos que têm muitas semelhanças. E no mundo do empreendedo-rismo há grandes exemplos de homens que diante de muitas difi culdades conquis-taram sucesso nos negócios e passaram o conhecimento para os seus fi lhos.

Empresário do ramo de móveis, Everaldo José Rodri-gues Pedroso, 58, começou a construir o seu empreendi-mento há 20 anos, e agora a empresa Fênix da Amazônia ganha mais vida nas mãos dos fi lhos Everaldo Junior, 39, Ewerton Pedroso, 40, e Ana Rosa Brito Vieira, 46, que juntos trabalham para dar seguimento aos negócios ensinados pelo patriarca.

O caçula Everaldo Junior conta que o início da empresa foi difícil. Ele lembra que o pai e a mãe, dona Raimunda Lucizete Jerônimo Pedroso, 59, começaram num peque-no espaço de 12,5 por 25 metros. “Nesse pequeno espaço funcionava tudo, marcenaria, metalúrgi-ca, estufaria, escritório e o refeitório para os funcionários. A g o -

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Os irmãos empresários Everaldo Júnior e Ana Rosa seguram foto do pai que está em viagem

O técnico em logística Everton segue o pai na barbearia durante as suas folgas da indústria

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B2 Economia MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

Descontos de R$ 350 mil para ter a ‘casa própria’Abatimento é possível em Manaus, nos dias 15 e 16 de agosto, na terceira edição da campanha “Na Ponta do Lápis”, da PDG

Nos dias 15 e 16 de agosto, a PDG rea-lizará em Manaus a terceira edição da

campanha PDG “Na Ponta do Lápis”, maior operação de ven-das de imóveis do Brasil. Por 20 horas, a empresa estará aberta para negociação de todos os seus produtos na capital amazo-nense. Simultaneamente, a PDG também realizará a campanha nas suas unidades em Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará e Bahia, com descontos de até R$ 500 mil.

Em Manaus, as unidades possuem de um a três dor-mitórios. Os descontos vão até R$ 350 mil, em imóveis localizados em área nobre da cidade e podem ter maiores facilidades de aquisição nas compras realizadas a vista.

Para o diretor da área de incorporação da PDG na região Norte, Augusto Reis, “esta é uma ocasião única, com as me-lhores oportunidades de negó-cios na região”. Os interessados poderão ter mais informações sobre os produtos da campanha no stand da PDG instalado na avenida Via Láctea, conjunto Moradora do Sol, bairro Adria-nópolis, Zona Centro-Sul.

O lançamento da campanha, na cidade aconteceu no Dia-

mond Convention Center. O evento promovido pela PDG e a parceira local com a Aliança Incorporadora reuniu mais de 300 pessoas, que assistiram ainda a uma palestra motiva-cional proferida pelo Mestre Adamastor, administrador de empresa e especialista nesse case corporativo.

Os clientes poderão com-

prar imóveis residenciais (de 1 a 4 dormitórios, de 44m² a 269m²), unidades comerciais (de 30m² a 631 m²) e lotes em condomínios abertos e fecha-dos (de 126m² a 360m²). “‘Na Ponta do Lápis’ é a grande oportunidade do momento para quem quer comprar um imóvel excelente, por um preço muito especial”, diz Antônio Guedes, vice-presidente de

Operações da PDG.Segundo ele, a empresa tem

unidades para todos os pú-blicos. “Quem mora sozinho, aqueles que desejam comprar um terreno e construir uma casa, o sonho com o primeiro imóvel, sair do aluguel ou até para quem quer aumentar a família e precisa de mais es-paço”, aponta.

Para esta edição da campa-nha, a PDG oferece aos seus clientes, além dos descontos, um pacote de facilidades para a compra dos imóveis: “Em 2002, tivemos um momento econômico parecido ao que vivemos hoje, quando havia muita incerteza em relação à economia nacional”, avalia.

Atenta a isso, para a “Na Ponta do Lápis” deste ano, a PDG traz um pacote especial de facilidades: para os em-preendimentos prontos para morar temos a parcela única bonificada e a recompra da unidade, caso o financiamento bancário não seja aprovado e para os imóveis comerciais financiamento direto com a construtora. Queremos dar toda a segurança para que nossos clientes fechem co-nosco certos de que fizeram os melhores negócios de suas vidas”, destaca Guedes.

DIVULGAÇ

ÃO

Foco da empresa PDG está concentrado nos seus produtos localizados nas áreas nobres de Manaus

HISTÓRICOCom histórico de mais de 150 mil unidades entregues em todo o país, a PDG fechou o primeiro semestre de 2015 com volume de vendas 40% maior, em comparação ao mesmo período de 2014

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Page 11: EM TEMPO - 9 de agosto de 2015

B3EconomiaMANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

EMERSON QUARESMA

O lazer não poderia fi car de fora das promoções, uma

vez que, ele é cor-tado de imediato do orçamento das pessoas diante de

uma crise

Isper Abraim, empresário do ramo

Motéis sorteiam até carro para segurar a clientelaApostas se dão no momento em que a crise econômica força as pessoas a cortarem primeiro o lazer dos seus orçamentos

Um dos motéis mais tradi-cionais de Manaus, o Cê Ki Sabe está de cara nova. Com o objetivo de oferecer mais conforto, praticidade e bem-estar, as principais suítes do estabelecimento foram totalmente reformadas.

Como resultado da refor-

ma, o empreendimento lo-calizado na avenida André Araújo, Zona Centro-Sul traz ambientes modernos e aconchegantes. O preço da suíte “Simples” está R$ 30, por três horas, enquan-to a “Standard” custa R$ 50 (3 horas) e o pernoite,

de quinta a domingo, custa R$ 80. Na tabela, a suíte “Real” custa R$ 60, a VIP R$ 70 e a CKS, que tem ba-nheira de hidromassagem,sai por R$ 80.

Entre os serviços ofereci-dos, o Cê Ki Sabe destaca o almoço executivo como

uma referência na cida-de, com pratos cuidado-samente elaborados para lhe proporcionar uma ver-dadeira experiência gastro-nômica. A cozinha funciona 24 horas. O motel oferece ainda acesso gratuito eilimitado à internet.

Estabelecimento tradicional todo reformadoPara segurar a clientela no momento em que a crise econômica força o corte de itens de

lazer do orçamento, motéis de Manaus lançam promoções de descontos e até mesmo sor-teio de produtos. Entre as ofer-tas tem até mesmo sorteio de carro zero quilômetro.

É o caso do motel In Passion, que sorteará, no dia 30 de dezembro, um carro modelo UP. Segundo a diretora do estabelecimento, Elaine Ba-bilônia, o motel garante um cupom para qualquer suíte e mais um cupom a cada três produtos consumidos.

Inaugurando há dois anos e meio, o motel localizado na ave-nida do Futuro, bairro Tarumã, Zona Oeste, iniciou a promoção em janeiro deste ano na busca por fi delizar os clientes e por coincidência foi o momento em que a crise econômica se acentuar no país. “Janeiro foi um período muito ruim, porque as pessoas cortam logo o lazer quanto tem uma crise. Mas, a medida que as pessoas foram conhecendo o nosso motel e a promoção o ritmo foi melho-rando”, diz a diretora.

Babilônia conta que o menor preço de uma suíte do In Pas-sion era R$ 45, e para manter o movimento ela criou a suíte Vapt Vupt – a rapidinha-, que custa R$ 28, uma hora. A casa manteve, contudo, o preço da principal suíte, a Máster, R$ 109, por três horas.

Para se tornar mais atrativo, a direção do motel criou suítes com nomes que remetem à literatura erótica e ao cinema, como a “Fetiche”, por R$ 65, e a “Cinquenta Tons de Cinza”, por R$ 90, ambas por três horas.

Toda ornamentada com itens que remetem ao fi lme “Cin-quenta Tons de Cinza”, a suíte foi criada neste ano para o Dia

dos Namorados. Com o cresci-mento das buscas por reservas da suíte, Babilônia diz que de-cidiu construir mais uma para atender a demanda. Hoje, a “Cinquenta Tons”, que também tem pernoite ao valor de R$ 150, conta com uma prateleira erótica de suporte para a venda de itens como chicote, fantasias e caneta comestível.

FidelidadeHá 50 dias, o Playboy Motel

abriu ofertar de 30% de des-conto todos os dias nas suas suítes “Executiva”, que baixou de R$ 100 para R$ 70, a “Real” de R$ 110 para R$ 77, a “Pre-sidencial” de R$ 260 para R$ 182 e a “Imperial” de R$ 380 para R$ 266, com períodos que variam de três a 12 horas.

Segundo o proprietário, Isper Abraim, a promoção que come-çou com a previsão de encerrar em 30 dias, agora deve se estender até meados de outu-bro. “Depende muito de como a economia vai se comportar. Mas, acho que o momento exige novos modelos de fi deli-zação dos clientes. E hoje com o aperto da economia, as pro-moções acontecem nas mais diversas áreas do comércio

dos serviços”, aponta.

Inspirado no cinema, motel criou a suíte “50 Tons de Cinza”

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B4 Economia MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 B5

Ciclovias estimulam a venda de

bicicletasAlém dos espaços exclusivos para amantes da “magrela”, grupos de passeios e, até a prática de triatlo, também estimulam comercialização de bikes em todo o território nacional, incluindo o Amazonas, onde lojistas registram alta nos lucros graças ao prazer de pedalar dos ciclistas

PRODUÇÃOO PIM responde por parte signifi cativa da fabricação de bicicletas no país. Segundo a Abraciclo, há 1,8 milhão de bikes produzidas por pequenos fabricantes

4,4MILHÕES DE BICICLETAS

COMERCIALIZAÇÃOSegundo o mercado, a venda de bicicletas representa, em média, 80% do faturamento dos lojistas, enquanto que o resto vem dos serviços prestados com manutenção

20%É O LUCRO COM SERVIÇOS

LOCOMOÇÃOSegundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2012, só 2% da população fazem uso do transporte de bicicletas na capital amazonense

40MIL CICLISTAS EM MANAUS

A implantação de ciclovias tem estimu-lado as ven-

das de bicicletas no Brasil. Em Manaus, sede do parque

industrial onde estão instala-das as principais fabricantes do país, alguns lojistas re-velam que a comercialização de bikes “acelerou” e está bastante aquecida.

“As vendas mais que dobra-ram. Nosso lucro foi ampliado com a implantação das ciclo-vias”, revela o gerente Carlos Eduardo Nunes, o “Cadu”, da loja O Ciclista Elétrico (OCE Bike), situada no bairro São Jorge, na Zona Centro-Oeste da capital amazonense.

Segundo “Cadu”, a OCE Bike vende, em média, dez bicicle-tas por mês, quantidade consi-derada boa pelo mercado.

Conforme o gerente, a pro-cura maior tem sido por bici-cletas esportivas com valor agregado. “Quem não tinha acesso a bicicletas de alto pa-drão, agora possui condições de comprar um modelo com maior qualidade”, explica.

Hoje, as lojas que vendem bicicletas oferecem modelos com preços que variam entre R$ 699 (mais simples) e R$ 75 mil (geralmente, são mais leves e sofi sticadas).

IncentivosO diretor de Operações da

Caloi, Caetano Ferraiolo, afi r-ma que as ciclovias são “os

instrumentos mais importan-tes” para o incentivo do uso de bicicletas e para a mobilidade urbana das grandes cidades.

Na avaliação dele, o cresci-mento da procura pelas bikes ocorre mais em função de fatores como a segurança, por exemplo, do que pela questão do valor das “magrelas”.

“Pesquisas qualitativas e outros estudos mostram que o preço é o sexto fator que incentivaria o uso da bicicle-ta. Hoje, as pessoas usam a bicicleta em busca da segu-rança oferecida pelas ciclo-vias”, destaca o gerente da Caloi, empresa cuja fábrica está fi ncada no PIM.

ExpectativaConforme a Associação Bra-

sileira dos Fabricantes de Mo-tocicletas, Ciclomotores, Mo-tonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), no primeiro se-mestre do ano, houve aumento na produção de bicicletas que permitiu um estoque de 80 mil unidades. Essa reserva deverá atender a demanda do segun-do semestre do ano, que deve ser alta, segundo estimativas do segmento, por conta das vendas de fi nal de ano, em especial, as de Natal.

LegislaçãoA Política Nacional de Mo-

bilidade Urbana (lei federal 12.587 de 2012) favorece a construção de pistas exclu-sivas para ciclistas, benefi -ciando também o mercado de bicicletas no país.

Os investimentos públicos para a implantação de ciclo-vias são considerados insu-fi cientes pelos empresários, usuários de bicicletas e es-pecialistas no assunto.

Enquanto que, na cidade de São Paulo, por exemplo, a pre-feitura investiu na construção de quase 310 quilômetros de ciclovias (a meta é chegar a 400 quilômetros), em Manaus, a implantação de pistas ex-clusivas para os ciclistas não chega nem a 11 quilômetros, conforme dados repassados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf).

Atualmente, há 4,5 quilô-metros (ida e volta) de ciclo-vias implantados na avenida Álvaro Maia, na Zona Sul, e outros seis quilômetros (ida e volta) na avenida Natan Xa-vier, na Zona Leste. De acordo com a prefeitura, a meta é ampliar para 62 quilômetros de ciclovia em Manaus, fazen-do a interligação entre vários bairros em zonas diferentes da cidade, algo que pratica-

mente inexiste hoje. Os investimentos com a im-

plantação de mais 51,5 quilô-metros de ciclovias serão de, aproximadamente, R$ 6,5 mi-lhões. “Não adianta implantar ciclovias em áreas sem fun-cionalidade e com pouco fl uxo de ciclistas. Esperamos que a prefeitura consiga tirar do pa-pel esse projeto de interligar as ciclovias da cidade”, frisa o coordenador da ONG “Pedala Manaus”, Paulo Aguiar.

Segundo o proprietário da Ofi ce Bike, Erildo Pinheiro, a quantidade de ciclovias é insufi ciente em Manaus. “As ciclovias ajudam no aumento das vendas, que também são estimuladas pelos grupos de passeios e pelos atletas do triatlo”, salienta.

“A atual administração atua em parceria com a sociedade para realizar melhorias na ci-dade que possam impactar de maneira positiva o dia a dia dos manauenses”, afi rma a Seminf, por meio de nota da assessoria de imprensa.

Investimentos públicos são insufi cientes

Ciclovia foi construída em cima de calçada em Manaus

Apesar de polê-mica, ciclovia foi

implantada na avenida Paulista

A produção de bicicletas também é benefi ciada com a expansão das ciclovias país afora. Para o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abra-ciclo), Marcos Fermanian, a implantação de novos espaços destinados aos amantes das “magrelas” é motivo de come-moração para as fabricantes do produto no Polo Industrial de Manaus (PIM).

“O aumento das ciclovias no país, certamente, vai fortale-cer a indústria de bicicletas do PIM”, analisa.

Enquanto a expansão das ci-clovias não se consolida ainda no país, a produção de bicicle-tas amarga queda, embora, em termos quantitativos, o número de unidades fabrica-das continue alto no país.

De acordo com dados da Abraciclo, a produção de bi-cicletas, neste ano, será de 4,4 milhões unidades, 20% a menos do que o patamar

registrado há 5 anos, de 5,5 milhões de unidades.

Segundo o presidente da Abraciclo, essa queda é jus-tifi cada, principalmente, pela mudança de perfi l do consu-midor brasileiro. “Com o au-mento da renda, as pessoas tendem a comprar moto ou carro, ao invés de bicicletas”, conta, ao ressaltar que o usu-ário brasileiro, de modo geral, tem procurado modelos de bi-cicletas com maior valor agre-gado. “Antes, o uso da bicicleta era associado ao pessoal de baixa renda”, completa.

PreferênciaSegundo a Abraciclo, as

bicicletas esportivas são as preferidas no gosto do consu-midor brasileiro, enquanto que os modelos elétricos ainda são incipientes. Conforme a enti-dade, cinco empresas estão instaladas no PIM: Caloi, Prin-ce, Houston Audax, OX Bike e a Sense Eletric Bike. Juntas, as fábricas empregam em torno de 1,5 mil funcionários.

Produção sai fortalecida no polo industrial

Produção e venda de bicicletas crescem com as ciclovias

Produção sai fortalecida no polo industrial

, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 B5MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

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B4 Economia MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 B5

Ciclovias estimulam a venda de

bicicletasAlém dos espaços exclusivos para amantes da “magrela”, grupos de passeios e, até a prática de triatlo, também estimulam comercialização de bikes em todo o território nacional, incluindo o Amazonas, onde lojistas registram alta nos lucros graças ao prazer de pedalar dos ciclistas

PRODUÇÃOO PIM responde por parte signifi cativa da fabricação de bicicletas no país. Segundo a Abraciclo, há 1,8 milhão de bikes produzidas por pequenos fabricantes

4,4MILHÕES DE BICICLETAS

COMERCIALIZAÇÃOSegundo o mercado, a venda de bicicletas representa, em média, 80% do faturamento dos lojistas, enquanto que o resto vem dos serviços prestados com manutenção

20%É O LUCRO COM SERVIÇOS

LOCOMOÇÃOSegundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2012, só 2% da população fazem uso do transporte de bicicletas na capital amazonense

40MIL CICLISTAS EM MANAUS

A implantação de ciclovias tem estimu-lado as ven-

das de bicicletas no Brasil. Em Manaus, sede do parque

industrial onde estão instala-das as principais fabricantes do país, alguns lojistas re-velam que a comercialização de bikes “acelerou” e está bastante aquecida.

“As vendas mais que dobra-ram. Nosso lucro foi ampliado com a implantação das ciclo-vias”, revela o gerente Carlos Eduardo Nunes, o “Cadu”, da loja O Ciclista Elétrico (OCE Bike), situada no bairro São Jorge, na Zona Centro-Oeste da capital amazonense.

Segundo “Cadu”, a OCE Bike vende, em média, dez bicicle-tas por mês, quantidade consi-derada boa pelo mercado.

Conforme o gerente, a pro-cura maior tem sido por bici-cletas esportivas com valor agregado. “Quem não tinha acesso a bicicletas de alto pa-drão, agora possui condições de comprar um modelo com maior qualidade”, explica.

Hoje, as lojas que vendem bicicletas oferecem modelos com preços que variam entre R$ 699 (mais simples) e R$ 75 mil (geralmente, são mais leves e sofi sticadas).

IncentivosO diretor de Operações da

Caloi, Caetano Ferraiolo, afi r-ma que as ciclovias são “os

instrumentos mais importan-tes” para o incentivo do uso de bicicletas e para a mobilidade urbana das grandes cidades.

Na avaliação dele, o cresci-mento da procura pelas bikes ocorre mais em função de fatores como a segurança, por exemplo, do que pela questão do valor das “magrelas”.

“Pesquisas qualitativas e outros estudos mostram que o preço é o sexto fator que incentivaria o uso da bicicle-ta. Hoje, as pessoas usam a bicicleta em busca da segu-rança oferecida pelas ciclo-vias”, destaca o gerente da Caloi, empresa cuja fábrica está fi ncada no PIM.

ExpectativaConforme a Associação Bra-

sileira dos Fabricantes de Mo-tocicletas, Ciclomotores, Mo-tonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), no primeiro se-mestre do ano, houve aumento na produção de bicicletas que permitiu um estoque de 80 mil unidades. Essa reserva deverá atender a demanda do segun-do semestre do ano, que deve ser alta, segundo estimativas do segmento, por conta das vendas de fi nal de ano, em especial, as de Natal.

LegislaçãoA Política Nacional de Mo-

bilidade Urbana (lei federal 12.587 de 2012) favorece a construção de pistas exclu-sivas para ciclistas, benefi -ciando também o mercado de bicicletas no país.

Os investimentos públicos para a implantação de ciclo-vias são considerados insu-fi cientes pelos empresários, usuários de bicicletas e es-pecialistas no assunto.

Enquanto que, na cidade de São Paulo, por exemplo, a pre-feitura investiu na construção de quase 310 quilômetros de ciclovias (a meta é chegar a 400 quilômetros), em Manaus, a implantação de pistas ex-clusivas para os ciclistas não chega nem a 11 quilômetros, conforme dados repassados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf).

Atualmente, há 4,5 quilô-metros (ida e volta) de ciclo-vias implantados na avenida Álvaro Maia, na Zona Sul, e outros seis quilômetros (ida e volta) na avenida Natan Xa-vier, na Zona Leste. De acordo com a prefeitura, a meta é ampliar para 62 quilômetros de ciclovia em Manaus, fazen-do a interligação entre vários bairros em zonas diferentes da cidade, algo que pratica-

mente inexiste hoje. Os investimentos com a im-

plantação de mais 51,5 quilô-metros de ciclovias serão de, aproximadamente, R$ 6,5 mi-lhões. “Não adianta implantar ciclovias em áreas sem fun-cionalidade e com pouco fl uxo de ciclistas. Esperamos que a prefeitura consiga tirar do pa-pel esse projeto de interligar as ciclovias da cidade”, frisa o coordenador da ONG “Pedala Manaus”, Paulo Aguiar.

Segundo o proprietário da Ofi ce Bike, Erildo Pinheiro, a quantidade de ciclovias é insufi ciente em Manaus. “As ciclovias ajudam no aumento das vendas, que também são estimuladas pelos grupos de passeios e pelos atletas do triatlo”, salienta.

“A atual administração atua em parceria com a sociedade para realizar melhorias na ci-dade que possam impactar de maneira positiva o dia a dia dos manauenses”, afi rma a Seminf, por meio de nota da assessoria de imprensa.

Investimentos públicos são insufi cientes

Ciclovia foi construída em cima de calçada em Manaus

Apesar de polê-mica, ciclovia foi

implantada na avenida Paulista

A produção de bicicletas também é benefi ciada com a expansão das ciclovias país afora. Para o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abra-ciclo), Marcos Fermanian, a implantação de novos espaços destinados aos amantes das “magrelas” é motivo de come-moração para as fabricantes do produto no Polo Industrial de Manaus (PIM).

“O aumento das ciclovias no país, certamente, vai fortale-cer a indústria de bicicletas do PIM”, analisa.

Enquanto a expansão das ci-clovias não se consolida ainda no país, a produção de bicicle-tas amarga queda, embora, em termos quantitativos, o número de unidades fabrica-das continue alto no país.

De acordo com dados da Abraciclo, a produção de bi-cicletas, neste ano, será de 4,4 milhões unidades, 20% a menos do que o patamar

registrado há 5 anos, de 5,5 milhões de unidades.

Segundo o presidente da Abraciclo, essa queda é jus-tifi cada, principalmente, pela mudança de perfi l do consu-midor brasileiro. “Com o au-mento da renda, as pessoas tendem a comprar moto ou carro, ao invés de bicicletas”, conta, ao ressaltar que o usu-ário brasileiro, de modo geral, tem procurado modelos de bi-cicletas com maior valor agre-gado. “Antes, o uso da bicicleta era associado ao pessoal de baixa renda”, completa.

PreferênciaSegundo a Abraciclo, as

bicicletas esportivas são as preferidas no gosto do consu-midor brasileiro, enquanto que os modelos elétricos ainda são incipientes. Conforme a enti-dade, cinco empresas estão instaladas no PIM: Caloi, Prin-ce, Houston Audax, OX Bike e a Sense Eletric Bike. Juntas, as fábricas empregam em torno de 1,5 mil funcionários.

Produção sai fortalecida no polo industrial

Produção e venda de bicicletas crescem com as ciclovias

Produção sai fortalecida no polo industrial

, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 B5MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

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B6 País MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

Ilhas no Brasil estão à venda por até R$ 68 miEm tempo de crise, venda de terras parece um bom negócio. Nordeste e o Rio de Janeiro são as áreas mais disputadas

Não é só no exterior que o mercado de venda de ilhas está aquecido mesmo

com a recessão econômica. No Brasil, o comércio milionário de pedaços de terra banhados por água também existe e está em alta mesmo em tempos de crise. Com pequenas e gran-des ilhas, os preços variam entre US$ 250 mil (R$ 850 mil) e incríveis US$ 20 milhões (R$ 68 milhões).

Os valores vão crescendo proporcionalmente com a fa-cilidade de acesso, número de construções e tamanhos, além da beleza natural do lugar. Ao todo, são oferecidas 22 ilhas nacionais nos principais sites especializados que aten-dem ao luxuoso mercado. Com mais opções, os Estados do Rio de Janeiro e Bahia possuem ilhas para todos os gostos e bolsos e atraem também investidores internacionais interessados com a recente onda de desvalorização do real em relação ao dólar.

Nos dois extremos da tabela estão as ilhas de Pirichill e Alhambra, ambas no Nordeste e com uma diferença de pre-ço de aproximadamente R$ 67,15 milhões. Localizada no Estado da Bahia, em Itacaré,

com 9 acres, a ilha de Alham-bra possui a “tradicional” du-pla com águas translúcidas e areia branca. Os interessados terão que desembolsar cerca de R$ 840 mil (US$ 247 mil) por este paraíso.

No outro extremo da lis-ta está Pirichill, situada em Maceió (Alagoas), que possui 988 hectares e à fica cerca

de três quilômetros da área urbana da capital alagoana. Seu valor é de, aproximada-mente, R$ 68 milhões e há um estudo que indica que a região pode gerar até 133,5 MWH de energia com a instalação de uma usina solar. Outros peda-ços de terra que também se destacam por sua beleza são as ilhas de Esmeralda/RJ (R$ 25,8 milhões), Japão/RJ (R$

13,6 milhões), Itanhanga/RJ (R$ 47,6 milhões), Geraldo/PA (R$ 2,7 milhões) e Comprida/RJ (R$ 11,3 milhões).

Ao contrário das rotineiras negociações para a compra de terrenos e imóveis em terra firme, o comércio de ilhas é algo mais burocrático e exige atenção redobrada dos interessados em adquirir estes pedaços dos paraísos. Além de taxas extras a se-rem pagas ao governo, como o laudêmio e o foro, o novo proprietário necessitará de uma autorização do governo federal para adquiri-la. Esta documentação é necessária, pois as ilhas e ilhotas situadas na região litorânea do país são de propriedade da União.

A crise grega não está per-doando nem suas idílicas ilhas. Com o país quebrado e os bancos à beira da bancarrota, os milionários gregos estão se desfazendo de suas proprie-dades de luxo, entre elas as famosas ilhas particulares. Ao todo, estão sendo vendidas mais de três dezenas de ilhas no país da Península Balcânica com valores que variam entre € 3 milhões (R$11,1 milhões) e € 50 milhões (R$ 185 mi-lhões), conforme suas áreas, belezas e localização. Entre as áreas oferecidas está a ilha de Pirichill, no Nordeste, com 988 hectares de terra

DIVULGAÇ

ÃO

MERCADO Os preços das ilhas brasileiras variam en-tre R$ 850 mil até R$ 68 milhões. As maiores opções estão no Nordeste e Rio de Janeiro, como as ilhas de Pirichill e Alhambra

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B7MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 País

HAP VIDA

Reforma agrária responde por 13% do desmatamentoPesquisa aponta que as terras usadas para assentamento têm sido principal motivo de desmatamento na Amazônia

Assentamentos de refor-ma agrária localizados na Amazônia, apesar de ocuparem apenas

5,3% da área do bioma, foram responsáveis por 13% de todo o desmatamento na região. Os dados, revelados em uma pesquisa divulgada na semana passada pela revista PLoS One, reforçam o diagnóstico de que desmatamentos realizados em pequenas propriedades, mais difíceis de fiscalizar, têm de-sempenhado um papel decisivo na degradação da florestal.

A pesquisa analisou as taxas de conversão da vegetação natural para uso agropecuá-rio em 1.911 assentamentos criados desde 1970, que estão espalhados por 568 municípios da Amazônia. Para isso foram usadas imagens de satélite do sistema Prodes, do Instituto Na-cional de Pesquisas Ambientais, por meio das quais os pes-quisadores puderam comparar as taxas de redução da mata antes e depois da instalação do assentamento.

“O período e a distribuição espacial de desmatamento e das queimadas na nossa análise proveem evidência irrefutável cronológica e espacial de con-versão agropastoril tanto den-tro quanto imediatamente nos

arredores dos assentamentos ao longo da última década”, escrevem Maurício Schneider, da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados, e Car-los Peres, da Universidade de East Anglia. Schneider fez a pesquisa durante pós-doutora-do na universidade inglesa.

A dupla observou que os da-nos dentro dos assentamentos

são, em média, três vezes o ob-servado no município onde eles se encontram. E que, em média, essas propriedades perderam mais da metade (55,4%) da vegetação nativa que havia no local. Pelo Código Florestal, propriedades privadas dentro do bioma Amazônia só podem desmatar 20% da terra. Os localizados no Cerrado (que é parte da Amazônia Legal)

podem no máximo 50%.“Percebemos que os assen-

tamentos localizados na re-gião do arco do desmatamento (por onde a fronteira agrícola avança nas porção sudeste e sudoeste da Amazônia Legal) aumentaram essa pressão, e aqueles que estão em regi-ões mais remotas iniciaram o desmatamento nesses locais”, disse Schneider ao Estado.

“As repetidas migrações de pequenos agricultores oriundos do centro-sul do Brasil para a Amazônia é um verdadeiro contra-senso que só agrava o desmatamento. Por isso resol-vemos avaliar sistematicamen-te o histórico de desmatamento e degração florestal tanto antes quanto após a chegada dos colonos em cada assentamento para entender as trajetórias de perda e degradação de habitat florestal em cada um deles”, complementa Peres.

Outro ladoOs pesquisadores rebatem,

com esse estudo, o posicio-namento oficial do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que afirma que a maior parte do desmatamento nos assenta-mentos ocorreu antes de eles serem estabelecidos.

DIVULGAÇ

ÃO

Propriedades pequenas, que são mais difíceis de fiscalizar, são principais alvos do desmatamento

DADOS A pesquisa avaliou as taxas de conversão da vegetação natural em uso agropecuário em 1.911 assentamentos criados desde 1970 e que estão espalhados por 568 municípios da Amazônia

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B8 Mundo MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

População de cidade na Itália proibida de morrer Prefeito aprovou ordem que estabelece “proibição de morrer” aos moradores de Sellia. Meta é aumentar índice populacional

A cidade italiana de Sellia, na região suli-na da Calábria, apro-vou uma ordem que

estabelece a “proibição de morrer” a seus moradores, a maioria idosos, a fim de conter o despovoamento e amortizar seus serviços de saúde. Sellia é um pequeno município me-dieval no qual 60% da popu-lação é formada por idosos de mais de 75 anos, muitos deles mulhe-res viúvas.

A ordem mu-nicipal entrou em vigor na última quar-ta-feira (5) e, ao estabele-cer a “proibi-ção de mor-rer”, convida os cidadãos a se “preocu-parem com a saúde”, explicou o prefeito da cidade, Davide Zicchinella. “Nós fizemos este ordem não para brincar, mas seriamente. Porque Sellia, como muitas locais do sul da Itália, sofre com o despovoamento”, de-fendeu o regedor da ordem, pediatra de profissão.

A cidade explicou que foi criado “todo um sistema para

cuidarmos da saúde de nossos cidadãos” com a abertura de um centro de saúde, um am-bulatório e uma rede de trans-porte de pessoas ao hospital mais próximo, o de Catanzaro. Mas em troca destes serviços, os cidadãos deverão cuidar de sua saúde a fim de man-ter este serviço e de deter o despovoamento no lugar.

“A vida é um valor univer-sal, mas em uma cida-de pequena cada um deve cuidar de sua própria saú-de porque, além de ter um valor por si mesma, tem um valor coletivo. Se uma cidade for diminuin-do, não pode c o n t i n u a r

de pé”, sustentou.E, de acordo com a ordem,

os que não cuidam da saúde deverão, simplesmente, pa-gar mais impostos. Pergun-tado sobre como identificará os moradores que não se cuidam, o pediatra garantiu que a prefeitura “tem regis-tros, sabe quem faz exames e quem não, quem se cuida

ou se descuida”.Durante a conversa, o pre-

feito defendeu suas políti-cas, que, segundo sua opi-nião, fizeram com que seu município se situe à vanguar-da em muitos aspectos. Por exemplo, o prefeito ressaltou

que em 2010, quando ele só estava há um ano no cargo, Sellia foi a primeira cidade da região da Calábria ao separar para reciclar 73,6% de seu lixo, o que lhe valeu o prêmio da organização ambientalista Legambiente.

Além disso, entre outras conquistas, em 2011 Sellia foi a primeira cidade cala-bresa e uma das primeiras da Itália, segundo destacou a prefeitura, a oferecer gratui-tamente internet a todos os moradores. Na Itália, a idade

média dos moradores supera os 44 anos, segundo o Insti-tuto de Estatísticas italiano, Istat, e a população registra nos últimos anos um cresci-mento praticamente nulo que tem como consequência uma população envelhecida.

Cidade de Sellia tem, atualmente, 60% da população formada por idosos com mais de 75 anos e a maioria são senhoras viúvas

DIVULGAÇÃO

CRESCIMENTO A ordem municipal entrou em vigor na última quarta-feira, dia 6. Segundo o prefeito da cidade, a proposta é fazer com que os mora-dores comecem a cuidar mais da saúde para ter longevidade

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Dia a diaCade

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[email protected], DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 (92) 3090-1041

Vida nova no Dia dos PaisHá pelo menos 5 anos o

funcionário público Edieme Monteiro não sabe o que é comemorar o Dia dos Pais reunido em família. Isso por-que uma escolha errada na vida o conduziu ao mundo da dependência química. Hoje o paciente encontra-se em tratamento no Centro de Re-abilitação em Dependência Química Ismael Abdel Aziz, localizado no quilômetro 53 da rodovia AM–010 (Ma-naus - Rio Preto da Eva) e tenta retomar a vida fami-liar e social.

Vítima de uma prisão sem muros por conta do uso exces-sivo das drogas, o funcionário público só pensa em mudar de

vida e reconquistar o amor dos três fi lhos. Edieme relata que a pior consequência deixada pela droga foi a perda de controle sobre eles. “Quando experimentei a droga pela pri-meira vez há 6 anos, sacrifi -quei o que eu tinha de mais valioso, meus fi lhos”.

Para ter de volta o respeito deles, o funcionário público admitiu que estava doente e necessitava de ajuda e tratamento especializado. O primeiro passo seria a internação em uma clínica de reabilitação para depen-dentes químicos. No começo ele relutou, mas o que o encorajou a tomar a decisão de se internar e se tratar foi

o descontrole da fi lha adoles-cente na escola por conta de sua ausência como pai.

“Deixei de ser um pai pre-sente, perdi minha compostu-ra, deixando de proporcionar uma vida mais digna para meus fi lhos. Agora quero mostrar que posso ser uma pessoa melhor e assim dar exemplo de superação aos meus pequeninos”, pontua o funcionário público com lagri-mas nos olhos.

SurpresaNa manhã da última sex-

ta-feira (7), Edieme teve sua primeira visita terapêutica fa-miliar. Ele fi cou emocionado ao ser recebido pela família ao

chegar em casa, no município do Rio Preto da Eva (a 80 quilômetros de Manaus).

Emocionado ao ver o pai, após pouco mais de dois me-ses, o fi lho de oito anos não queria mais sair dos braços do “paizão”, como é chamado pelo menino. “Estou muito fe-liz de ter meu pai ao meu lado. Eu e minha irmã adoramos a surpresa”, diz o garoto.

A visita terapêutica consis-te na saída do paciente, du-rante um fi m de semana, para que ele retorne ao convívio familiar e social. Na manhã desta segunda-feira (10), o funcionário público retorna ao centro de reabilitação para concluir o tratamento.Visita terapêutica familiar faz parte do tratamento de Edieme

DIVULGAÇÃO

RECUPERAÇÃO

Três crianças e um ‘pãe’Viúvo aos 38 anos, o motorista de caminhão Iraúna Guimarães herdou a responsabilidade de criar e educar sozinho os três filhos pequenos, após perder a esposa para o câncer. Perda irreparável por pouco não destruiu a família

Iraúna com dois de seus fi lhos, Pedro Víctor e Ícaro Henrique. Pai e mãe em tempo integral, o motorista nos dois últimos anos vem se esforçando para dar conta da responsabilidade assumida

IONE MORENO

Recomeço. É a palavra que defi ne nos últimos 2 anos a vida do mo-torista de caminhão

Iraúna Macedo Guimarães, 40, que após ter visto a esposa, Francilva Almeida Leite, 27 - com quem viveu por mais de uma década -, morrer de câncer de fígado em agosto de 2013, assumiu sozinho a responsabilidade paterna e materna dos três fi lhos do casal. Em meio ao sofrimento pela perda da companheira, o caminhoneiro por pouco não sucumbiu à depressão e ao alcoolismo. Iraúna decidiu que não ia desistir e resolveu lutar para dar melhores condições de vida as três crianças.

O agora “pãe” de dois garotos e uma menina conta que um dos

maiores sonhos de Francilva era casar ofi cialmente. – com as bênçãos do padre e tudo devidamente registrado em cartório. Entretanto, o cenário para o enlace matrimonial não foi o tão esperado altar da igreja. Ao descobrir a doença em 2012, Francilva iniciou tra-tamento na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) e foi no ambulatório da unidade de saúde que, em 10 de maio de 2013, aconteceu um dos dias mais felizes da vida dela.

Três meses depois, na Uni-dade de Tratamento Intensivo (UTI) do FCecon, Francilva per-deu a batalha contra a doença, após três cirurgias para retirar tumores no fígado.

“Eles são a minha razão para viver”, afi rma o “pãe”, que pas-sou por momentos dolorosos e

acabou perdendo o emprego. Com dívidas e correndo o risco de perder a extensão de quem tanto amou, Iraúna se reergueu com ajuda da família para cui-

dar dos frutos de sua união.O “pãe” em processo contí-

nuo de recuperação ainda está se acostumando às responsa-bilidades maternais.

Com Pedro Victor, 8; Ícaro Henrique, 5; e Írian Vitória, 10, o motorista de caminhão reve-za as “dormidas” na residência da sogra, no bairro de Novo Israel e da mãe, na Cidade Nova, na Zona Norte.

Segundo Iraúna, a casa pró-pria era outro objetivo na vida de Francilva. A família está ins-crita na Superintendência Esta-dual de Habitação (Suhab) para receber um imóvel há quase 5 anos. Mas, por enquanto, o pai e os três fi lhos se revezam na casa de parentes.

“A minha fi lha mais velha mora com a avó e eu fi co com os dois na casa da minha mãe. Ainda não fomos contempla-dos na Suhab, mas eu tenho esperanças. Nunca é tarde, não é?”, declara o motorista de ca-minhão tentando esboçar um sorriso tímido.

Para manter viva a me-mória da mãe em seus fi lhos, Iraúna sempre leva as crianças para visitar o túmulo de Francilva, no ce-mitério Parque Tarumã, na Zona Oeste. Segundo ele, ao levar as crianças para aju-dar na limpeza do local, ele explica que a mãe descan-sa ali. “Os três costumam fi car caladinhos e dizem estar orando por ela”.

“No começo foi muito tris-te e eu fi quei sem rumo. O Pedro Víctor, na época com 5 anos, já entendia e fi cou desesperado quando viu a mãe dentro do caixão. A Írian

também. O Ícaro é mais novo e quieto, não lembra do que aconteceu”, conta.

Ele relata que ainda está em processo de recuperação e deu a volta por cima, conse-guindo um novo emprego. As crianças estão matriculadas em escolas públicas na Cida-de Nova. “A condução escolar busca os meninos meio-dia e depois traz de volta. Eles são muito carinhosos e amá-veis. Eu estou fi cando bem. Por enquanto, o que ganho no meu emprego dá para a gente se manter, meus fi lhos com saúde e isso é o que importa”, fi naliza Iraúna.

Memória é mantida viva

ENLACEO casamento de Iraúna e Francilva, em maio de 2013, foi o primeiro da Região Norte em um hospital público para o tratamento de câncer e o segundo do país. A história do ca-sal repercutiu à época

Dia a dia C7

Evento retira lixo do Mindu

CECÍLIA SIQUEIRA

IONE MORENO

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C2 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

Incentivo de filho faz mãe retomar os estudos Longe das salas de aula há 15 anos, mulher recebeu apoio do jovem, que encontrou nos livros forças para se livrar do vício

A família da dona de casa Simone Damas-ceno Araújo, 39, mu-dou de vida após a

matriarca voltar a estudar. Ela passou a seguir o ca-minho do filho, de 17 anos, e resolveu traçar um novo futuro por meio dos estudos. Dependente químico há pelo menos quatro anos, Rodrigo Damasceno Soares, voltou a estudar quando foi internado no Centro de Reabilitação em Dependência Química Ismael Abdel Aziz. Assim como outros pacientes, Rodrigo concluiu o ensino fundamental na unida-de de tratamento, por meio do Provão da Secretaria de Esta-do de Educação (Seduc).

O adolescente ganhou uma ‘parceira’ para os estudos, a própria mãe. Ele está prestes a terminar, também, o ensino médio e agora conta com essa ajuda na hora de estudar. Quando voltou à sala de aula, na unidade de tratamento, o rapaz começou a incentivar Simone a retomar também os estudos, que foram dei-xados para trás há mais de uma década e meia. “Estava adormecida. Não estudava há mais de 15 anos e para mim isso nunca mais aconteceria. Foi quando meu filho me deu o maior exemplo de que é por meio dos estudos que vence-mos na vida”, relata emocio-nada a dona de casa.

Hoje, mãe e filho estão ca-minhando juntos e querem concluir o ensino médio e depois iniciar uma faculdade. Todos os dias eles se reúnem na residência da família para colocar os estudos em dia e se preparar para o próximo Provão da Seduc. A dupla

conta com o apoio de pro-fissionais do Centro de Rea-bilitação para transformar os sonhos em realidade.

Há pouco mais de uma se-mana, mãe e filho foram à sede da Seduc, no Japiim, na Zona Centro-Sul de Manaus, para fazer o Provão. Mais experiente, por ter retoma-do os estudos no período em que esteve no Centro de Reabilitação, Rodrigo foi o primeiro a terminar a ava-liação. Com sorriso no rosto soube que teve aprovação de 60%. “Estou prestes a termi-nar meus estudos e sei que vou conseguir, pois sou de-terminado”, ressalta o jovem. A mãe demorou um pouco mais, mas saiu da sala de avaliação com a certeza de que também vai concluir os estudos ainda este ano.

Sonhos e mudançasSimone Damasceno preten-

de fazer faculdade de psi-cologia, pois se identificou com a profissão e pretende ajudar outras pessoas que tem a mesma doença que seu filho. “Quero cuidar de pessoas que lutam contra a dependência química, pois as drogas acabam não somen-te com o viciado, mas com a família como um todo”, afirma a mãe, ao lembrar do problema causado pela droga em sua família.

O adolescente pretende ini-ciar a faculdade de direito. O rapaz sonha em ser advogado e trabalhar nas causas cri-minais. “Sou jovem e tenho tudo para mudar minha vida. Comecei por retomar os meus estudos e agora quero ser advogado e trabalhar contra os que infringem a lei e não são punidos”, pontua. Parceiros nos estudos, Simone e Rodrigo realizam a prova juntos e também fazem planos para entrar na faculdade

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Durante o tratamento Osvaldo voltou a estudar e está determinado a cursar uma faculdade

Com a missão de res-gatar e reintegrar usuários de álcool e outras drogas a sociedade, o Centro de Re-abilitação em Dependência Química Ismael Abdel Aziz já realizou desde a implanta-ção da parceria com a Seduc, 12 provões, o que possibili-tou que, aproximadamente ,700 dependentes químicos retomassem os estudos na unidade de tratamento. Pelo menos 50 deles concluíram o ensino médio e fundamental por meio do Provão da Seduc e receberam o certificado de

conclusão de curso ainda na unidade de tratamento.

Os que iniciaram o Provão no Centro de Reabilitação, mas não conseguiram pas-sar em todas as discipli-nas, foram encaminhados à Gerencia de Educação de Jovens e Adultos (Geja), da Seduc para terminar os estu-dos e receber a certificação pelo órgão estadual.

“Minha vida mudou depois que eu entrei no Centro de Reabilitação, iria morrer, caso continuasse nessa vida louca de drogas, pois

sentia que meu organismo não suportava mais a carga exagerada de entorpecen-tes, que usava diariamente. Hoje quero viver muito. Ago-ra, longe das drogas, pois foi aqui que retomei meus estudos, era um analfabeto funcional. Hoje estou de-terminado a ir mais longe, depois de me formar”, de-clara Osvaldo Morais, que também se prepara para terminar as provas do en-sino médio e futuramente encarar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Tratamento auxilia dependentes

ANDRÉ MOREIRA

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C3Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

Aldeias SOS multiplicam o sentimento de paternidadeProjeto integra crianças e comunidade fazendo com que o pai social seja pai de inúmeros filhos acolhidos pelo programa

Com o passar do tempo, o campo de atuação foi amplia-do com programas para fa-mílias, comunidades, defesa de direitos e ações voltadas à saúde e nutrição, centros educacionais e promoção de direitos das mulheres, além do auxílio em emergências.

Atualmente, em 133 países e territórios, são crianças em situação de vulnerabilidade social, que perderam ou estão prestes a perder os cuidados de suas famílias. No Brasil, os serviços são desenvolvidos em 24 programas presentes em 12 Estados brasileiros e

no Distrito Federal.No acolhimento institucio-

nal, cada núcleo familiar é composto por até nove crian-ças, irmãos biológicos ou não, de diferentes idades e de ambos os sexos que ficam sob o cuidado de uma mãe social (cuidadora residente).

Cada núcleo familiar possui suas próprias características, ritmo e rotina.

No núcleo familiar esti-mula-se a convivência na comunidade, compartilhan-do responsabilidades, tra-balhando conflitos e limites da vida cotidiana.

Unidades têm características próprias

O ano de 1992 ficou marcado pela ECO 92, evento realiza-do no Rio de Janeiro

onde foram discutidos o clima e o meio ambiente do planeta. O encontro de autoridades do mundo inteiro teve uma con-sequência para Manaus.

“O Aldeias Infantis, através de um doador que veio para a ECO 92 no Rio, queria algo iné-dito no trato das crianças como conhecera em seu país. Pas-sando por Manaus, comprou o terreno muito perto da minha casa, onde foi construído o espaço que hoje é conhecido como Aldeia SOS de Manaus” relata Nélson de Castro Peixo-to, economista que se tornou gestor do projeto.

O resultado dessa experiên-cia é o sentimento da paterni-dade multiplicado dezenas de vezes. “Estou há 22 anos como guardião e pai social do Aldeia SOS de Manaus e de Brasília. Minha vida sente-se abaste-cida de carinho das crianças de hoje e dos adultos pais e mães de família que estiveram comigo. Com todos esses filhos sociais, a minha experiência de paternidade foi de bênção e gratidão. Cada criança que

amei me fez mais bem do que eu fiz por elas, junto com minhas equipes de mães e profissionais que se juntaram a mim para apoiá-las em seu desenvolvimento”, comemora Nélson, que possui ainda dois filhos biológicos.

ProjetoA Aldeias Infantis SOS

é uma organização sem fins lucrativos, de promo-ção ao desenvolvimento social, que trabalha desde 1949 na defesa, garantia e promoção dos direitos de crianças, adolescentes e jovens. A obra surgiu com o educador Hermann Gmei-ner, em Imst, Áustria, com o objetivo inicial de acolher crianças órfãs vítimas da II Guerra Mundial.

GUARDAAs crianças são enca-minhadas pelas auto-ridades da Infância, os irmãos biológicos não são separados. A orga-nização detém a guarda provisória das crianças adolescentes e jovens a ela confiada

FRED SANTANA

DIV

ULG

AÇÃO

Para o economista, a experiência como pai social trouxe para a sua vida a oportunidade de ser abastecido de carinho pelos filhos

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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 C5

Convívio social ajuda a tratar doentes mentaisAo contrário dos antigos tratamentos em que o paciente era isolado do mundo, os portadores de doenças mentais e do comportamento devem ser estimulados à integração social

Se de um lado a inte-ração com a família e terapias trazem bons resultados no

tratamento de quem sofre de transtornos mentais e do comportamento, do outro, a ausência dos parentes, a falta de in-formação e o isolamento

comprometem a saúde e a autonomia desses

pacientes.Em Manaus

é comum ver pessoas com esse c o m p r o -metimento mental e do compor-t a m e n t o v i v e n d o c o m o m e n -d i g o s . O EM T E M P O acompa-

nhou pa-cientes que

têm acesso a tratamento e outros que vivem nas ruas.

Há um enorme preconceito em relação às pessoas com transtornos mentais. Há quem se refi ra a elas de forma pejo-rativa, como se não tivessem o direito à dignidade. Chamam de “doido” ou “doidinho”. Mas o uso do diminutivo é um disfarce para a falta de respeito, criticam os especialistas. O modelo de assistência à saúde mental mu-dou no Brasil, mas muitos ainda acreditam que a segregação é o tratamento adequado.

“A promoção da inserção e interação social é importante para o portador de transtornos mentais, não a segregação e ao isolamento. A autonomia promove saúde e quando chega à estabilidade o paciente volta a ter vida social e até para o mercado de trabalho”, esclare-ce a técnica da Gerência Rede de Atenção Psicossocial da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Hillene Freire.

“Com a mudança na reforma psiquiátrica, os cuidados tam-bém se estendem à família. Antes elas jogavam os paren-tes nos centros psiquiátricos e lá eles fi cavam por anos. Agora essa responsabilidade é dividida com a família, e ela é essencial para a reabilitação. Elas são chamadas para dentro do Caps porque precisam ser cuidadas”, explica.

RecuperaçãoEm 2014, Leide Diana Nunes,

34, passou a participar das ativi-dades terapêuticas oferecidas pelo Centro de Atenção Psicos-social (CAPS), da Semsa e, desde então, só enumera benefícios. “Eu vivia internada no Eduardo Ribeiro (Centro Psiquiátrico) e hoje estou bem melhor. Faço ofi cina de desenho e teatro. É maravilhoso”, relata.

Leide apresentou quadro clí-nico de bipolaridade e a mãe dela, Idalbina Nunes, 49, por não saber lidar com as ne-cessidades da fi lha, apresen-tou um quadro de depressão. Juntas, as duas frequentam as ofi cinas do Caps. Na de tea-tro, por exemplo, elas estão sempre atentas às instruções e participam sem hesitar.

“Eu não sabia como lidar com a minha fi lha e acabei fi cando deprimida. Hoje ela está bem

e eu também. Juntas nós su-peramos”, diz Idalbina com um sorriso nos olhos para a fi lha. Além do teatro, Idalbina faz terapia de grupo e não perde as ofi cinas de karaokê. “Hoje eu canto e participo, mas antes eu me fechava”, conta.

Concentração, coordenação motora e criatividade são al-guns dos benefícios que Ione Santos, 35, adquiriu ao fre-quentar o Centro de Atenção Psicossocial. “Eu não penso em parar. Era nervosa e tinha muito medo. Agora está tudo bem melhor”, diz.

Quem tem transtornos men-tais e vive na rua não tem acesso a tratamento. Em frente ao Balneário do Sesc, Zona Centro-Oeste, todos os dias quando Sidney Macedo chega para trabalhar em uma

banca de camelô, um homem que ele não sabe o nome já está lá. “Ele tem transtorno, mas é tranquilo. Às vezes anda sujo e descalço, mas não mexe com ninguém. Não sabemos como ajudá-lo. O que podemos fazer?”, desabafa.

No terminal de ônibus da Matriz, no Centro, um homem conhecido como “Nazareno” vive entre os abrigos das pa-radas do transporte coletivo. “Há mais de 25 anos ele mora aqui, na rua. Ele não gosta de contato. Quando ele está mal chamamos o Samu”, diz o camelô Reinaldo Almeida. Há outros com transtornos men-tais pelo terminal, uma mulher que segundo os trabalhado-res da área é conhecida como “Maria” e que às vezes chega a andar nua.

O Centro Psiquiátri-co Eduardo Ribeiro, na avenida Constantino Nery, está em proces-so de desativação. No local funciona o pronto-atendimento Humberto Mendonça, serviço que funciona 24h, todos os dias da semana, prestan-do atendimento de ur-gência e emergência psi-quiátrica. Nos casos de crise, quando acionado, o Samu leva o paciente para ser atendido nesse pronto-atendimento.

O Eduardo Ribeiro foi desativado como local de internação perma-nente porque o modelo está fora dos padrões de tratamento. No bairro de Santa Etelvina, Zona Norte, foi criado o Servi-ço Residencial Terapêuti-co Lar Rosa Blaya, para receber os pacientes que lá viviam.

Residencial vai abrigar pacientes

Em caso de crise de um paciente com transtornos mentais e do comporta-mento, em casa ou na via pública, é preciso ligar para o Serviço de Atendi-mento Móvel de Urgência (Samu). Caso não esteja em crise, é preciso en-trar em contato com o Caps, orientam as téc-nicas da Gerência Rede de Atenção Psicossocial da Semsa, Thaís Lopes

e Hilene Freire.Manaus conta com três

Caps, o Sul, da rede muni-cipal de saúde, localizado na avenida Borba,1084, Cachoeirinha, Zona Sul, e tem como público-alvo pacientes adultos com transtornos mentais severos e persistentes.

O Caps atende crianças e adolescentes com até 17 anos com transtornos mentais severos e persis-

tentes, além de problemas decorrentes do uso abu-sivo de álcool e drogas. Está localizado na avenida Adolfo Ducke, 1221, Con-junto Acariquara, Coroa-do, Zona Leste.

O Caps Silvério Tundis, da rede estadual, atende pacientes com o mesmo perfil. Ele está localizado na avenida 7 de Maio, sem número, no Santa Etelvina, Zona Norte.

Caps e Samu fazem atendimentoHá casos em que pacientes estáveis voltam a trabalhar

Integração social é importante para quem está se tratando

Pelas ruas do Centro é comum a presença de pessoas abandonadas pela família e sem tratamento

Trabalhos manuais contribuem na evolução dos pacientes

Com a reforma psiquiátrica, família também é responsável

FOTO

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CLEIDIMAR PEDROSO

Se de um lado a inte-ração com a família e terapias trazem bons resultados no

tratamento de quem sofre de transtornos mentais e do comportamento, do outro, a ausência dos parentes, a falta de in-formação e o isolamento

comprometem a saúde e a autonomia desses

pacientes.Em Manaus

é comum ver pessoas com esse c o m p r o -metimento mental e do compor-t a m e n t o v i v e n d o c o m o m e n -d i g o s . O EM T E M P O acompa-

nhou pa-cientes que

Integração social é necessária para que o paciente possa se recuperar

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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 C5

Convívio social ajuda a tratar doentes mentaisAo contrário dos antigos tratamentos em que o paciente era isolado do mundo, os portadores de doenças mentais e do comportamento devem ser estimulados à integração social

Se de um lado a inte-ração com a família e terapias trazem bons resultados no

tratamento de quem sofre de transtornos mentais e do comportamento, do outro, a ausência dos parentes, a falta de in-formação e o isolamento

comprometem a saúde e a autonomia desses

pacientes.Em Manaus

é comum ver pessoas com esse c o m p r o -metimento mental e do compor-t a m e n t o v i v e n d o c o m o m e n -d i g o s . O EM T E M P O acompa-

nhou pa-cientes que

têm acesso a tratamento e outros que vivem nas ruas.

Há um enorme preconceito em relação às pessoas com transtornos mentais. Há quem se refi ra a elas de forma pejo-rativa, como se não tivessem o direito à dignidade. Chamam de “doido” ou “doidinho”. Mas o uso do diminutivo é um disfarce para a falta de respeito, criticam os especialistas. O modelo de assistência à saúde mental mu-dou no Brasil, mas muitos ainda acreditam que a segregação é o tratamento adequado.

“A promoção da inserção e interação social é importante para o portador de transtornos mentais, não a segregação e ao isolamento. A autonomia promove saúde e quando chega à estabilidade o paciente volta a ter vida social e até para o mercado de trabalho”, esclare-ce a técnica da Gerência Rede de Atenção Psicossocial da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Hillene Freire.

“Com a mudança na reforma psiquiátrica, os cuidados tam-bém se estendem à família. Antes elas jogavam os paren-tes nos centros psiquiátricos e lá eles fi cavam por anos. Agora essa responsabilidade é dividida com a família, e ela é essencial para a reabilitação. Elas são chamadas para dentro do Caps porque precisam ser cuidadas”, explica.

RecuperaçãoEm 2014, Leide Diana Nunes,

34, passou a participar das ativi-dades terapêuticas oferecidas pelo Centro de Atenção Psicos-social (CAPS), da Semsa e, desde então, só enumera benefícios. “Eu vivia internada no Eduardo Ribeiro (Centro Psiquiátrico) e hoje estou bem melhor. Faço ofi cina de desenho e teatro. É maravilhoso”, relata.

Leide apresentou quadro clí-nico de bipolaridade e a mãe dela, Idalbina Nunes, 49, por não saber lidar com as ne-cessidades da fi lha, apresen-tou um quadro de depressão. Juntas, as duas frequentam as ofi cinas do Caps. Na de tea-tro, por exemplo, elas estão sempre atentas às instruções e participam sem hesitar.

“Eu não sabia como lidar com a minha fi lha e acabei fi cando deprimida. Hoje ela está bem

e eu também. Juntas nós su-peramos”, diz Idalbina com um sorriso nos olhos para a fi lha. Além do teatro, Idalbina faz terapia de grupo e não perde as ofi cinas de karaokê. “Hoje eu canto e participo, mas antes eu me fechava”, conta.

Concentração, coordenação motora e criatividade são al-guns dos benefícios que Ione Santos, 35, adquiriu ao fre-quentar o Centro de Atenção Psicossocial. “Eu não penso em parar. Era nervosa e tinha muito medo. Agora está tudo bem melhor”, diz.

Quem tem transtornos men-tais e vive na rua não tem acesso a tratamento. Em frente ao Balneário do Sesc, Zona Centro-Oeste, todos os dias quando Sidney Macedo chega para trabalhar em uma

banca de camelô, um homem que ele não sabe o nome já está lá. “Ele tem transtorno, mas é tranquilo. Às vezes anda sujo e descalço, mas não mexe com ninguém. Não sabemos como ajudá-lo. O que podemos fazer?”, desabafa.

No terminal de ônibus da Matriz, no Centro, um homem conhecido como “Nazareno” vive entre os abrigos das pa-radas do transporte coletivo. “Há mais de 25 anos ele mora aqui, na rua. Ele não gosta de contato. Quando ele está mal chamamos o Samu”, diz o camelô Reinaldo Almeida. Há outros com transtornos men-tais pelo terminal, uma mulher que segundo os trabalhado-res da área é conhecida como “Maria” e que às vezes chega a andar nua.

O Centro Psiquiátri-co Eduardo Ribeiro, na avenida Constantino Nery, está em proces-so de desativação. No local funciona o pronto-atendimento Humberto Mendonça, serviço que funciona 24h, todos os dias da semana, prestan-do atendimento de ur-gência e emergência psi-quiátrica. Nos casos de crise, quando acionado, o Samu leva o paciente para ser atendido nesse pronto-atendimento.

O Eduardo Ribeiro foi desativado como local de internação perma-nente porque o modelo está fora dos padrões de tratamento. No bairro de Santa Etelvina, Zona Norte, foi criado o Servi-ço Residencial Terapêuti-co Lar Rosa Blaya, para receber os pacientes que lá viviam.

Residencial vai abrigar pacientes

Em caso de crise de um paciente com transtornos mentais e do comporta-mento, em casa ou na via pública, é preciso ligar para o Serviço de Atendi-mento Móvel de Urgência (Samu). Caso não esteja em crise, é preciso en-trar em contato com o Caps, orientam as téc-nicas da Gerência Rede de Atenção Psicossocial da Semsa, Thaís Lopes

e Hilene Freire.Manaus conta com três

Caps, o Sul, da rede muni-cipal de saúde, localizado na avenida Borba,1084, Cachoeirinha, Zona Sul, e tem como público-alvo pacientes adultos com transtornos mentais severos e persistentes.

O Caps atende crianças e adolescentes com até 17 anos com transtornos mentais severos e persis-

tentes, além de problemas decorrentes do uso abu-sivo de álcool e drogas. Está localizado na avenida Adolfo Ducke, 1221, Con-junto Acariquara, Coroa-do, Zona Leste.

O Caps Silvério Tundis, da rede estadual, atende pacientes com o mesmo perfil. Ele está localizado na avenida 7 de Maio, sem número, no Santa Etelvina, Zona Norte.

Caps e Samu fazem atendimentoHá casos em que pacientes estáveis voltam a trabalhar

Integração social é importante para quem está se tratando

Pelas ruas do Centro é comum a presença de pessoas abandonadas pela família e sem tratamento

Trabalhos manuais contribuem na evolução dos pacientes

Com a reforma psiquiátrica, família também é responsável

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Se de um lado a inte-ração com a família e terapias trazem bons resultados no

tratamento de quem sofre de transtornos mentais e do comportamento, do outro, a ausência dos parentes, a falta de in-formação e o isolamento

comprometem a saúde e a autonomia desses

pacientes.Em Manaus

é comum ver pessoas com esse c o m p r o -metimento mental e do compor-t a m e n t o v i v e n d o c o m o m e n -d i g o s . O EM T E M P O acompa-

nhou pa-cientes que

Integração social é necessária para que o paciente possa se recuperar

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C6 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

Alunos de graduação vão conhecer realidade do SUSProjeto da Fiocruz Amazônia leva mais de 90 estudantes de áreas diversas para uma imersão na saúde do interior do AM

Para entender como fun-ciona o Sistema Úni-co de Saúde (SUS) e vivenciar os gargalos

enfrentados pelos municípios do interior do Amazonas, 96 estudantes de graduação em-barcaram, neste sábado, para uma imersão de sete dias em 12 cidades do Estado. O projeto intitulado VER-SUS é uma ini-ciativa do Ministério da Saúde via Associação Brasileira da Rede Unida, coordenado pelo Instituto Leônidas e Maria Dea-ne (ILMD/Fiocruz Amazônia).

Os alunos retornarão à ca-pital no próximo sábado (15). Na segunda-feira (17), eles compartilharão as experiên-cias e apresentarão os resul-tados da vivência, em local a ser definido.

Em uma semana, os alunos visitarão associações, farão contato com os conselhos e gestores dos municípios e conhecerão, integralmente, como é o funcionamento do SUS nos municípios.

A experiência vai muito além de uma viagem, em virtude da oportunidade de conhecer cida-des do interior do Amazonas. O projeto possibilitará aos alunos uma troca de experiência entre as universidades e o município que os recebem.

O aluno de odontologia da Universidade Federal do Ama-zonas (Ufam), Quirino Neto, 19, é um dos que apostam na expe-riência. “A maioria de nós tem uma visão do SUS, muitas vezes, apenas dentro da sala de aula e na nossa comunidade. Esse projeto possibilita mais apren-dizado para nós que seremos futuros profissionais de saúde do Estado. Quero, dentro dessa experiência de ir para outra ci-dade, ter uma visão humanizada do meu atendimento”, avalia. Quirino, que veio do municí-pio de Tefé para cursar odon-tologia em Manaus, vai para Presidente Figueiredo.

Para Paula Daiane, 21, que cursa saúde coletiva na Univer-sidade do Estado do Amazonas (UEA), no campus de Presidente Figueiredo, o projeto é uma oportunidade de expansão. “Vou para Urucurituba e acredito que essa experiência vai acrescen-tar bastante na minha vida, pois vou ter oportunidade de ver neste local como o SUS funciona e a partir daí poder estudar políticas públicas para cada vez mais melhorar o sis-tema”, destaca.

Além de alunos da área de saúde, o projeto abraça outras áreas, como letras, ciências so-ciais e arquitetura.

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Após passar uma semana nas comunidades do interior do Amazonas, estudantes compartilharão a experiência no VER-SUS

Dentre os 96 estudantes que participam do projeto, cinco deles são de outros Estados: Pará, Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. O motivo para escolher vivenciar o SUS no Amazo-nas é semelhante: a opor-tunidade de conhecer uma realidade diferente da de outros locais do país.

A carioca Gabriela de Souza Amaral, 24, que cursa farmá-cia na Universidade Federal do Rio de Janeiro, e que vai para o município de Borba, conta que o Amazonas não foi uma escolha aleatória, mas uma vontade real desde quan-do soube do projeto. “Queria uma experiência que realmen-te fosse acrescentar. Poderia

ter escolhido o Rio de Janeiro, pela comodidade ou alguma cidade mais próxima, porém o VER-SUS busca esta troca de experiência e acredito que isso vai contribuir bastante para a minha formação”, destaca.

Os municípios que recebe-rão entre oito e nove alunos são Autazes, Beruri, Borba, Itacoatiara, Itapiranga, Mana-

capuru, Manaquiri, Parintins, Presidente Figueiredo, São Sebastião do Uatumã, Silves e Urucurituba. As vivências dos alunos são orientadas pelos facilitadores, que são ex-parti-cipantes do projeto e possuem experiência em organização de movimento estudantil, mo-vimentos sociais, projeto de extensão ou em pesquisas.

Vivências dentro do projeto serão únicas

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C7Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

“Temos um desafio muito grande, comum às grandes cidades brasileiras, que é o de tentar mudar comportamen-tos, mas acreditamos que a partir de iniciativas práticas como o Dia D isso é possível”, explica secretário municipal de Meio Ambiente e Susten-tabilidade, Itamar de Oliveira Mar. A intenção é juntar um

exército de voluntários, que se dividirão em grupos para fazer a coleta dos resíduos.

O igarapé do Mindu, no trajeto interno do parque, acumula uma quantidade enorme de resíduos lançados ao longo de seu curso, desde as cabeceiras até chegar ao parque. Esse volume aumen-ta com as chuvas que inun-

dam as bordas do igarapé fazendo com que o lixo fique retido nas árvores.

Os resíduos coletados se-rão adicionados à rede do Pescador de Ilusões, monu-mento instalado em fren-te ao parque e que chama a atenção para a proble-mática dos resíduos nos igarapés da cidade.

“Dia D Todos Contra os Resíduos Sólidos” mobiliza a comunidade para um problema comum em vários trechos do braço de rio que corta Manaus

Atividade recolhe lixo das margens do Mindu

No próximo domingo (16), a partir das 8h30, a Secretaria Munici-pal de Meio Ambiente

e Sustentabilidade (Semmas), promoverá a segunda edição do Dia D Todos contra os resíduos sólidos, evento cuja finalidade é promover uma grande ação de sensibilização visando a remo-ção de resíduos das margens do igarapé do Mindu, no trecho que corta o Parque Municipal do Mindu, no bairro Parque 10 de Novembro, Zona Centro-Sul.

A ação reunirá estudantes universitários de diversas ins-tituições de ensino superior, servidores públicos e os mo-radores do entorno do par-que, visando também uma reflexão sobre a importância da vida no igarapé do Mindu e as atitudes do homem que levam a esse tipo de situação. Na primeira edição, em 2013, foram retiradas das margens do igarapé aproximadamente 8 toneladas de resíduos, com mais de 500 participantes, demonstrando o compromis-so da sociedade para com a sobrevivência do igarapé.

A iniciativa conta com o apoio logístico da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp), que fornecerá as sacolas para a colocação dos resíduos coletados, e das pró-prias instituições de ensino.

Animais que habitam o parque são prejudicados com o lixo jogado ao longo do igarapé

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Resíduos irão para monumento

Renda arrecadada é destinada às crianças do GACC-AM

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AÇÃO

GACC começa a vender tíquetes da campanha

O Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC-AM) já iniciou a mobilização com voluntários e apoiadores em Manaus, para 27ª edição do McDia Feliz, cujos tíquetes antecipados já estão à ven-da. Coordenada nacional-mente pelo Instituto Ronald McDonald, a campanha, que é realizada sempre no último sábado do mês de agosto, será realizada no dia 29.

Este ano, o projeto “Oh de Casa” será beneficiado com a arrecadação do McDia Feliz por meio da venda de tíquetes antecipados, pro-dutos promocionais com a marca da campanha e a venda de Big Mac no dia 29 de agosto nos restaurantes do McDonald’s do Manaua-ra Shopping; Djalma Batis-ta; Amazonas Shopping e

Shopping Ponta Negra. Aproximadamente 500 ado-lescentes e crianças aten-didas pelo GACC-AM serão beneficiadas.

Para adquirir o tíquete antecipado, os interessados devem entrar em contato direto com a sede da enti-dade, localizada na avenida Domingos Jorge Velho, 14, próximo à Polícia Federal, no bairro D. Pedro II, Zona Oeste ou por meio dos telefones: 3659-5005/5010.

A campanha McDia Feliz mobiliza milhares de volun-tários que incentivam a so-ciedade a abraçar a causa em prol de adolescentes e crianças com câncer. Em 2015, 72 projetos de 58 instituições de todo o país receberão recursos da arre-cadação da campanha.

MCDIA FELIZ

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C8 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

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[email protected], DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 (92) 3090-1042 Plateia 3

Papais ‘nerds’ e seus pequenos seguidores

DIEGO JANATÃ

Quando o

precisa de um palco

maior...STENIO URBANO

Nascido em São Paulo, mas tendo passado boa parte da infância por Manaus, Geovanni

Andrade é formado em música pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Cantor e compositor transita por vários estilos musicais, sendo, além de tudo isso, considerado multi-instrumentista. Geovanni mora atualmente no Rio de Janeiro e conta sobre sua vida, seus planos e projetos para o EM TEMPO, nesta segunda entre-vista da série “Longe de casa”, que estreou domingo passado.

EM TEMPO – Primeiramen-te gostaria que você falas-se um pouco sobre você. Quando começou, como resolveu enveredar pelo caminho da música?

Geovanni Andrade – Tenho 31 anos. Sou paulista fi lho de cearenses e morei em Manaus dos 4 aos 26. Toco teclado desde os 9 e comecei profi ssio-nalmente aos 13 em bandas de boi-bumbá. Passei por pratica-mente todos os estilos e várias bandas/artistas.

EM TEMPO – Quais as suas infl uências musicais? Você teve apoio de alguém no início da sua carreira?

GA - Meu irmão teve banda de rock por um breve período na adolescência. Isso me infl uen-ciou um pouco, mas comecei autodidata, pegando tudo de ouvido. Como comecei muito novo, meus pais me levavam aos ensaios e shows. Tive bas-tante apoio da família, mas eles também se preocupavam com meu futuro (terminar os estu-dos, ter uma profi ssão estável, etc). Acabei fazendo faculdade de música mesmo (me formei na Ufam em 2006) e nunca tive outra profi ssão.

EM TEMPO – Você acre-dita na máxima que “santo de casa não faz milagres” e por isso escolheu viver em outro estado?

GA - Toquei na noite de Ma-naus de 1997 a 2009. Gravei inúmeros discos, viajei para cer-ca de 20 cidades do interior de barco, carro, avião, “voadeira” (risos). Eu toquei com todo mun-do que eu queria tocar, fi z todos os trabalhos possíveis, desde voz e violão na noite até ter uma composição gravada pelo Garantido. Manaus é uma ca-

pital isolada geografi camente, o mercado naturalmente fi ca restrito. Chegou uma hora em que tive que escolher fi car na cidade fazendo o que eu já fazia ou tentar coisas maiores. Aí vim pro Rio em 2010.

EM TEMPO – Quais os projetos musicais dos quais você participou em Manaus? E atualmente, como andas seus projetos?

GA - Acho que as bandas mais conhecidas e que passei mais tempo aí foram a Essence e a Casulo. Toquei 5 anos em cada. Também toquei com Glory Opera, Cileno, Overtime, dentre outros artistas e fi z 1 ano de carreira solo. Também toquei em muitos bares e eventos particulares fazendo voz/vio-lão. Atualmente, toco com a cantora Preta Gil, trabalho com produção de discos e trilhas so-noras para televisão e eventos e tenho um trabalho autoral com a banda Química. Temos um disco lançado e em breve teremos material novo. Espe-ro um dia poder tocar com a banda em Manaus.

EM TEMPO – Como você defi ne o seu estilo musical? Você tem alguma infl uência da sonoridade da música da Amazônia?

GA - Sou músico popular. Evito rótulos mais específi cos. A música da Amazônia me in-fl uenciou muito, adoro toadas e escuto até hoje. Tenho quase tudo do Garantido/Caprichoso desde 1994 a 2005. De vez em quando ponho para tocar e matar a saudade.

EM TEMPO – Você hoje transita entre os eixos São Paulo-Rio. É mais fácil o ce-nário musical do Sudeste do que o de Manaus?

GA - Sim, aqui a concorrên-cia é maior, mas as opções de trabalho são inúmeras. Traba-lho acompanhando artistas em shows, fazendo produção de discos e grandes eventos e até mesmo fazendo fi guração de músico em novelas. Também faço trilhas para televisão.

EM TEMPO – As pesso-as falam que viver da mú-sica é difícil. Como você avalia isso?

GA - A vida profi ssional não é fácil para qualquer pessoa que queira fazer o que ama e não simplesmente arrumar uma renda estável. Mas quem não

arrisca, nunca terá resposta de nada. Como eu comecei muito novo e sabia que era competen-te no que fazia (sem falsa mo-déstia), nunca tive muito receio em arriscar. Acho necessário ter uma boa dose de autoconfi an-ça, perseverança, organização e estudos sempre. Ser músi-co é ser um eterno estudante. Também aconselho músicos a serem bons com números e contabilidade. Num mês você está bem de grana, no outro nem tanto. Faz parte. Um dos pontos positivos é a fl exibilidade de horários. Sou dono do meu tempo. Isso não tem preço.

EM TEMPO – Como foi a re-cepção do público para o seu primeiro CD, “Infi nitivo”?

GA - Sinceramente, não tenho como calcular muito a recepção, pois foi um trabalho pequeno, fi z um ou dois shows de divul-gação, sem muito alarde ou grandes pretensões. Aprendi muito na época em que ele foi produzido. Quanto ao estilo, acho que é algo entre o pop e a MPB. Gravei um segundo disco chamado “Limiar” já mo-rando no Rio, mas engavetei por uns 3 anos. Atualmente, estou lançando esse disco faixa por faixa na internet. Algumas já podem ser ouvidas no meu Soundcloud (www.soundcloud.com/gigioandrade). Também lancei recentemente um vídeo com um grande parceiro meu, o Tuca Oliveira, compositor mi-neiro também morador do Rio. A música se chama “Jornada”.

EM TEMPO – Você tem planos em voltar a viver em Manaus?

GA - Não, mas volto duas ou três vezes por ano para matar a saudade dos familia-res, amigos, dos lugares que eu costumava frequentar e, claro, comer um tambaqui.

Um dos paulistas mais amazonenses que este Estado já abraçou, o músico Geovanni Andrade conta como está a carreira quase 6 anos depois de levar seus teclados para a Cidade Maravilhosa, onde reside e trabalha até hoje

Geovanni Andrade

sonha em poder trazer

sua banda autoral,

“Química”, a Manaus

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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D2 Plateia MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

Fernando Coelho [email protected] - www.conteudochic.com.br

. . Na próxima segunda-feira, o governador José Melo lança o programa estadual de microcrédito Banco do Povo nos municípios de Borba e Nova Olinda do Norte.

. O crédito se destina a trabalhadores au-tônomos, microempreendedores individu-ais, profissionais liberais, produtores rurais e micro e pequenas empresas. Também em Borba, o governador reinaugura três escolas estaduais, que receberam investimentos de R$ 3,2 milhões.

. O programa Ban-co do Povo objetiva incentivar o empre-endedorismo em ativi-dades produtivas que gerem trabalho e ren-da, através de crédito orientado aos em-preendedores que queiram iniciar, manter ou am-pliar seu pró-prio negócio em todo o Estado.

>> Ações

>>Objeto de desejo

. Expert quando a pau-ta é etiqueta, compor-tamento, cerimonial, pro-tocolo e organização de eventos, a paulista Claudia Matara-zzo, têm desembarque em Ma-naus marcado para o mês de outubro.

. Ela ministrará curso nos dias 1º e 2 de outubro, no Hotel Intercity Premium Manaus. Vale conferir.

>> Etiqueta

. Depois de 21 anos no ar o Pro-grama da Norma de Norma Araújo, mudou de nome

. Agora, será apresentado como ‘Manazinha Já’. O programa é trans-mitido pela TV EM TEMPO (SBT) às 8 hs da manhã.

>> Microfone

. A Versace divulgou mais um lançamento da Versus: o relógio Fire Island, super leve e com pulsei-ra decorada pelo logo do famoso Leão Versus Versace em 3D.

. Representando a marca para a geração online do século 21, o relógio de cores fortes, traduz o espírito revolucionário da Versus: o coração rebelde da

Versace em 3D.

. Representando a marca para a geração . Representando a marca para a geração online do século 21, o relógio de cores fortes, online do século 21, o relógio de cores fortes, traduz o espírito revolucionário da Versus: traduz o espírito revolucionário da Versus: o coração rebelde da

O presidente da Associa-ção dos Magistrados do Amazonas, Cássio Borges e o prefeito Artur Neto

R$ 3,2 milhões.

. O programa Ban-co do Povo objetiva incentivar o empre-endedorismo em ativi-dades produtivas que gerem trabalho e ren-da, através de crédito orientado aos em-preendedores que queiram iniciar, manter ou am-

. Expert quando a pau-ta é etiqueta, compor-tamento, cerimonial, pro-tocolo e organização de eventos, a paulista Claudia Matara-zzo, têm desembarque em Ma-naus marcado para o mês

. Ela ministrará curso nos dias 1º e 2 de outubro, no Hotel Intercity Premium Manaus. Vale conferir.

EtiquetaFlorência Ayub

durante evento que reuniu socialites do primeiro time no Parque das Laranjeiras

Helena e Julio Verne do Carmo Ribeiro, o prefeito Artur Neto, o desembargador Flávio Pascarelli e Lucia Viana

>>Posse. A Associação dos Magistrados do

Amazonas- AMAZON, reuniu convidados no Auditório Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro, no anexo do Tribunal de Justiça do Amazonas.

. O motivo da solenidade? A posse de sua nova diretoria, conselho consultivo e Fiscal para o biênio 2015-2017, com o juiz Cássio Borges na presidência. O evento movimen-tou a agenda social da cidade.

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D3PlateiaMANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

Sobre PAIS e HERÓISConsiderados por muitos (e por si mesmos) como “nerds”, pais repercutem nos filhos o gosto pelos universos fantásticos “geeks”

Vestida com o uniforme rosa, escrito “A pa-dawan do papai”, ela passa - entre uma so-

neca e outra - grande parte do dia entretida com a miniatura do sombrio Darth Vader e de outros personagens. Os sinais confirmam para nós, o que a pequena Evelin Damasceno, 1, já sabe: “A força nasceu com ela”. O pai dela, o jedi, digo, o empresário Elizandro Damas-ceno, 28, fã de Star Wars, vê crescer na filha a mesma pai-xão por super-heróis épicos e HQs, confirmando que “a saga continua” por gerações.

Fãs de histórias em qua-drinhos, sagas de super-he-róis, trilogias e séries de ci-nema, pais compartilham a “paixão geek” com os filhos de tenra idade.

Presentear a filha recém-nascida com um boneco do Darth Vader é, no mínimo, inusitado. O brinquedo foi dado no Dia das Crianças de 2014, exatos 85 dias após o nascimento da herdeira. “Eu colocava o boneco na cadei-rinha e ela olhava estranho, depois começou a brincar. Mandei uma foto no grupo da família pelo WhatsApp e as avós quase que me crucifica-

ram. Perguntaram que boneco preto era aquele que eu tinha dado para minha filha”, diver-te-se Elizandro.

Apesar de causar estranhe-za nas avós, o boneco e seu sabre-de-luz, caiu no gosto da pequena “padawan”, que vibra quando o pai põe em exibição a série de Guerra nas Estrelas. “O que ela assiste muito e ri é “Star Wars, a batalha dos clones” que está em exibição no (canal fechado) Cartoon. Ela acompanha mais que o Dragon Ball”, diz.

Após aprovar a série “Star Wars”, Evelin participa de um “intensivo”, onde conhece os super-heróis criados a partir do século 20. De segunda a sexta-feira das 8h às 18h, a menina acompanha o pai no trabalho, uma espécie de “parque de diversões” para ambos. A “batcaverna” onde a dupla convive a maior parte do tempo é a loja Tururi Super Hero, criada há 2 anos por Eli-zando, no conjunto Ajuricaba. Lá, o empresário transforma a paixão de infância em uma fonte de renda. No espaço ele oferece matéria-prima para que os heróis voem das revistas e telas para dentro da casa dos fãs, vendendo camisetas, revistas, buttons, canecas e miniaturas de su-

IVE RYLO

per heróis e personagens de filmes, desenhos e séries. “A mãe dela trabalha o dia inteiro fora. Então ela passa o dia comigo e vai crescendo neste universo de super herói. É bom que temos uma proximidade maior”, explica.

Lá, a menina começa a conhecer os heróis favoritos do pai, seja da Marvel ou da DC Comics, as arquiinimigas editoras norte americanas criadoras dos mutantes ou meta-humanos mais famo-sos do mundo. “Na loja tem um painel com os principais super heróis da Marvel e da DC, estão todos mistu-rados. Ela gosta do painel porque é muito colorido. E passa o dia comigo”, diz.

Universos vivem em harmoniaNa casa do analista de

controle de qualidade, Joa-quim Oliveira, 32, não exis-te rivalidade. O pai, fã do Batman, da DC Comics e o filho, Abel Vinicius Olivei-ra, 8, adotou o homem de ferro da Marvel, como seu super-herói favorito.

Os diferentes universos de ambos os heróis, aproximou pai e filho que compartilham quadrinhos, filmes e séries. “Eu trabalho das 7h as 17h, mas quando estou em casa, gosto de curtir com meu filho.

Ele gosta de vídeo game, jo-gos de matemática, revistas de super heróis e da turma da Mônica também. Ele assiste muitos filmes comigo”, diz. Os filmes favoritos da dupla são, Senhor dos Anéis, Star Wars, X-man, Homem Aranha e a saga do Super Homem.

A dupla também iniciou uma coleção de miniaturas dos personagens, camisas e revistas. “Colecionar virou nosso hobby”, completa.

O que Abel provavelmen-te não sabe ainda, é que a

paixão pelos HQs foi heran-ça do avô Herly Correa, 63. “Começou com meu pai que me influenciou na década de 1980 com filmes Star Wars, Batman, Super homem e aí adquiri o gosto pela coisa. Eu via meu pai curtindo e sentava junto com ele, para assistir os filmes, ler as revistinha e jogar vIdeogame. Nossa re-lação era muito boa. Passou do meu pai para mim e agora estou tentado passar para o meu filho, assim como meu pai me doutrinou”, reconhece.

O pai Elizandro e sua pequena Evelin se divertem com personagens da saga “Star Wars”, sobretudo com o temido Darth Vader

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Festival de Gramado começa com menos fi lmes inéditos

Exibido fora da competição, o longa “Que Horas Ela Volta”, com Regina Casé, abriu o Festival de Gramado, na sexta-feira

DIVULGAÇÃO

Organização admite que o ineditismo é sempre importante para o festival, mas neste ano o conceito fi xado no evento é a qualidade das obras cinematográfi cas. Além dos troféus Kikitos, serão distribuídos R$ 280 mil em premiações

São Paulo, SP - Dos sete longas que dis-putam na mostra competitiva de fi l-

mes nacionais do Festival de Gramado, apenas três são inéditos. O evento, tradicio-nal premiação de cinema que ocorre na cidade da ser-ra gaúcha, começou na noite de sexta-feira (7).

“Introdução à Música do Sangue”, de Luiz Carlos La-cerda, “Ponto Zero”, de José Pedro Goulart, e “Um Homem Só”, de Claudia Jouvin, são os únicos títulos inéditos na mostra competitiva.

Os quatro restantes - “O Último Cine Drive-In”, de Iberê Carvalho, “O Outro Lado do Paraíso”, de André Ristum, “Ausência”, de Chico Teixei-ra, e “O Fim e os Meios”, de Murilo Salles - já foram exibidos no ano passado ou no Festival de Cinema do Rio ou na Mostra de Cinema de São Paulo. Os três últimos, por sinal, marcaram presença em ambos os eventos do Sudeste em 2014.

Na edição do ano passado do Festival de Gramado, dos oito longas na mostra com-petitiva nacional, apenas dois não eram inéditos: tanto “In-fância”, de Domingos Oliveira,

quanto “Sinfonia da Necrópo-le”, de Juliana Rojas, já tinham sido exibidos no mês anterior, durante o Festival de Paulínia, no interior paulista.

“Para o festival é sempre importante o ineditismo, mas não adianta ter fi lmes inédi-tos sem qualidade”, justifi ca Chania Chagas, diretora de eventos da Gramadotur, que organiza a premiação gaú-cha. “O conceito que qui-semos fi xar neste ano foi a qualidade das obras”. Ela frisa que este é o segundo ano em que o festival distri-buirá premiação em dinheiro: total de R$ 280 mil, além dos troféus Kikito.

Drama socialFora da competição, o iné-

dito “Que Horas Ela Volta”, de Anna Muylart, abriu o festival. O drama social, premiado em Sundance, traz Regina Casé no papel de uma emprega-da doméstica de uma família paulistana abastada.

A atriz Marília Pêra, os di-retores e produtores Daniel Filho e Zelito Viana, além do cineasta argentino Fernando Solanas, serão homenagea-dos nesta edição.

Veja, ao lado, a lista com-pleta dos longas e curtas que

competem em quatro catego-rias. O valor da entrada é de R$ 30 (ou R$ 15 a meia entrada) para as noites de exibição e R$ 100 para a premiação (preço único).

Por Guilherme Genestreti

FILMES BRASILEIROS“Ausência”, Chico Teixeira“Introdução à Música do Sangue”, Luiz Carlos Lacerda“O Fim e os Meios”, Murilo Salles“O Outro Lado do Paraíso”, André Ristum“O Último Cine Drive-In”, Iberê Carvalho“Ponto Zero”, José Pedro Goulart“Um Homem Só”, Cláudia Jouvin

FILMES ESTRANGEIROS LATINOS“Ella”, Libia Stella Gómez (Colômbia)“En La Estancia”, Carlos Armella (México)“La Salada”, Juan Martin Hsu (Argentina)“Ochentaisiete”, Anahi Hoeneisen e Daniel Andrade (Equador)“Presos”, Esteban Ramírez Jímenez (Costa Rica)“Venecia”, Kiki Alvarez (Cuba)“Zanahoria”, Enrique Buchichio (Uruguai)

CURTAS BRASILEIROS“Bá”, Leandro Tadashi“Como São Cruéis os Pássaros da Alvorada”, João Toledo“Dá Licença de Contar”, Pedro Serrano“Enquanto o Sangue Coloria a Noite, Eu Olhava as Estrelas”, Felipe Arrojo Po-roger“Haram”, Max Gaggino“Heroi”, Pedro Figueiredo“Macapá”, Marcos Ponts“Miss & Grubs”, Camila Kamimura e Jonas Brandão“Muro”, Eliane Scardovelli“O Corpo”, Lucas Cassales“O Teto Sobre Nós”, Bruno Carboni“Quando Parei de Me Preocupar Com Canalhas”, Tiago Vieira“S2”, Bruno Bini“Sêo Inácio (ou O Cinema Imaginário)”, Helio Ronyvon“Virgindade”, Chico Lacerda

CURTAS GAÚCHOS“Arte da Loucura”, Karine Emerich e Mirela Kruel“Atrás da Sombra”, Luciana Mazeto e Vinícius Lopes“Bruxa de Fábrica”, Jonas Costa“Consertam-se Gaitas”, Ana Cris Paulus, Boca Migotto e Felipe Gue Martini“Da Vida Só Espero a Morte”, Júlia Ramos“De Que Lado Me Olhas”, Carolina de Azevedo e Elena Sassi“Kaali”, Gabriel Motta Ferreira“Nes Pas Projeter”, Cristian Verardi“O Corpo”, Lucas Cassales“O Sonho, o Limiar e a Porta que Metamorfoseia”, Gustavo Spolidoro“Pele de Concreto”, Daniel de Bem“Plano”, Virginia Simone, Carlos Dias e Matheus Walter“Quanto Mais Suicida, Menos Suicida”, Maurício Canterle Gonçalves“Rito Sumário”, Alexandre Derlam

DIVULGAÇÃO

A diretora Libia Stella Gómez, do fi lme “Ella”, representante da Colômbia

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Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV TudoEndoidou de vez“Babilônia”, acusando o

golpe, está atirando para tudo quanto é lado.

Numa bolsa de apostas dentro da Globo e do jeito que vai, já tem gente apos-tando que as personagens da Glória Pires e Adria-na Esteves acabam como namoradas no final.

Por sua vez“A Regra do Jogo” estreia

dia 31, mas não será possível à sua equipe abrir uma frente confortável de gravações.

Para se ter uma ideia, ainda tem muita coisa faltando dos 10 primeiros capítulos.

Vem que vemE todos aqueles que acom-

panham esses primeiros tra-balhos de “A Regra do Jogo” têm destacado o desempe-nho do Alexandre Nero.

Nada mais lembra o Impe-rador, tanto no seu desempe-nho como no tipo criado.

Por falar nisso...Vale destacar a qualidade

das chamadas de “A Regra do Jogo”. Estão todas muito bem feitas, criando para o telespectador uma expecta-tiva interessante sobre o que a novela irá apresentar.

Está dentroO descanso de Débora

Nascimento, entre uma no-vela e outra, desde “Avenida Brasil”, está sendo sempre muito curto.

Já está confirmada a sua escalação em “Candinho”, do Walcyr Carrasco, a próxima da faixa das 6.

Descanso da peleWilliam Bonner, em todo

esse período de recesso na Globo, em viagem com a família pelos Estados Uni-dos, deixou crescer a sua barba grisalha.

Que só foi retirada na

terça-feira. Minutos an-tes do “Jornal Nacional” entrar no ar.

Postura corretaEm se tratando da Glo-

bo se faz necessário des-tacar o trabalho da Iza-bella Camargo, repórter e apresentadora.

Saiu da Bandeirantes, teve convite para voltar, mas acabou ficando e hoje é um modelo a ser segui-do como jornalista de TV. Tem boa presença e uma voz convincente.

Bate – Rebate• Desempenho da Grazi

Massafera em “Verdades Se-cretas” já fez as atenções se voltarem para ela...

• ...O nome dela já aparece em duas reservas de novelas.

• Claudia Leitte vai in-vestir muito forte em carreira fora do Brasil.

• Um bom programa da RecordNews é o “Bora Via-jar”, apresentado pelo Patriolino Ribeiro Neto...

• ...O programa mos-tra as melhores opções no turismo internacional.

• Hoje, no “Domingão”, começa mais uma “Dança dos Famosos”...

• ...É um quadro que sempre chama a atenção da galera.

• Mateus Solano tem se mos-trado bastante determinado quanto ao direcionamento da sua carreira...

• ...Já de algum tempo de-cidiu se dedicar inteiramente ao cinema...

• ...E ele só tem feito isso, apesar dos tentadores cha-mados da televisão. Ele tem resistido heroicamente.

“MasterChef” já causa incerteza

Como já foi anunciado, o vitorioso “MasterChef” terá uma nova edição, normal, na Band, no ano que vem. Nem poderia ser diferente.

A diferença é que a sua realização estará por conta da Endemol Shine, que é dona do formato, e não mais da Cuatro Cabezas como aconteceu até agora.

Não deixa de ser um tiro no escuro. Basta apenas ter a sabedoria de seguir a cartilha.

RENATO ROCHA MIRANDA/GLOBO

Milhem Cortaz já está con-cluindo sua participação no fi lme sobre a trajetória de José Aldo, com José Loreto no papel do lutador.

Ficamos assim. Mas ama-

nhã tem mais. Tchau

C’est fi ni

MÁRIO ADOLFO

GILMAL

ELVIS

E, mais uma vez, a Funarte lança o Edital para criadores e produ-tores negros. Lembremos que, há cerca de dois anos, o juiz federal do Maranhão, José Carlos do Vale Madeira, solicitou a suspensão do edital alegando que este “destina-do exclusivamente aos negros abre um acintoso e perigoso espectro de desigualdade racial”.

Sou descendente de negros vindos de Barbados (meu bisa-vô paterno) e meus documentos identifi cam-me como branco ou pardo. Embora não tenha qualquer tipo de militância específi ca na questão negra, sempre reconheci a identidade brasileira como uma identidade negra, branca, índia, em suma, mestiça, diversa, rica e singular, e rechaço qualquer tipo de preconceito, inclusive as tentativas de ofi cialização do racismo, como o regime de cotas e o recente Edital da Funarte.

A questão das cotas, para co-meço de conversa, surge com a justifi cativa de que temos uma dívida histórica com os negros. Ora, até onde eu sei e a história nos conta, temos uma dívida his-tórica com negros, índios, pobres, imigrantes, nordestinos, homosse-xuais, defi cientes físicos etc. Em suma, o Brasil tem uma dívida histórica com os brasileiros, vili-pendiados em seus direitos básicos como cidadãos e seres humanos nos requisitos mais elementares e, por conta disso, entregues a toda sorte de infortúnios. Logo, se o “Brasil é um país de todos”, ou o que a dobradinha Lula/Dil-ma queira isto, a igualdade – um dos princípios básicos dos Direitos Humanos –, deveria ser tratada de forma com que se entendesse que a afi rmação de uma identidade não se dá através da corporativização dos guetos, mas justamente no estreitamento dos laços com o

Outro, na relação com o Outro, para juntos, deixarmos de ser o Outro e sermos apenas Nós, o superlativo sonhado pela Revolução Francesa e manipulada inescrupulosamente pelos populistas.

E isto serve para todo tipo de cota. Se as cotas para alunos oriundos de escolas públicas forem adotadas pela Universidade de São Paulo(USP), Universidade de Cam-pinas (Unicamp) e Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) estaremos dando um passo à fren-te ao círculo vicioso do assisten-cialismo em detrimento de uma política educacional de qualidade e que promova a igualdade entre todos cidadãos, sem exceção.

E como exemplo deste populis-mo assistencialista, exige como um dos documentos obrigatórios a declaração do proponente e dos artistas envolvidos no projeto de que são negros, ou seja, quer nos fazer engolir que a história dos negros no Brasil é linear em todos os Estados, é uma realidade presente em todas as regiões, que os processos de miscigenação são iguais, e que em todos os Estados e cidades brasileiras há um núme-ro expressivo de “artistas negros” (fi gurinistas, cineastas, diretores teatrais, cenógrafos, coreógrafos etc) conforme as categorias artís-ticas a que se queira concorrer.

Portanto, se existe alguma coisa de democrática no Brasil é a falta de princípios éticos em muitos de nossos governantes. A pobreza, a má distribuição de renda e a educação precária, infelizmente, acometem a todos, de negros a brancos, de índios a imigrantes, ferindo os princípios republicanos e universais dos Direitos Humanos. Um Sistema Nacional de Inovação são objetivos a serem perseguidos, e revidemos às tentativas racistas dos oportunistas.

Márcio BrazE-mail: [email protected]

Márcio Brazator, diretor e

cientista social

Sou descen-dente de ne-gros vindos de Barbados (meu bisavô paterno) e meus docu-mentos iden-tifi cam-me como branco ou pardo”

Um convite ao racismo

No lixão Em “A Regra do Jogo”, substituta de “Babilônia”, um

momento de emoção entre os personagens Djanira (Cássia Kis) e Zé Maria (Tony Ramos).

Quando eles se encontrarem na história, esse amor precisará ser interrompido, uma vez que Zé Maria está sendo acusado de um crime que ele jura que não cometeu.

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Programação de TV

HoróscopoÁRIES - 21/3 a 19/4 Um momento de fé e vontade para superar os obstáculos. Procure unir a fé a ações fi rmes e corajosas. As empreitadas mais difíceis podem assim se realizar por suas mãos.

TOURO - 20/4 a 20/5 O apoio de um amigo ou uma pessoa que lhe proteja pode ser decisivo para concluir ou se libertar de uma situação complicada Coloque-se nas mãos dos que podem lhe ajudar.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Suas conquistas na profi ssão e na vida mate-rial estão positivamente aliadas. Você pode conseguir as duas coisas. E estas conquistas terão também algo de humanitárias.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 Uma perspectiva positiva surge na ativi-dade profi ssional ao aliar seus interesses pessoais com interesses ou necessidades de grupos maiores. Ser idealista está na ordem do dia.

LEÃO - 23/7 a 22/8Um sentimento positivo e generoso surge mesmo no enfrentamento de situações ad-versas. As condições à sua volta guiam sua vontade, mesmo sem você perceber.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Os desejos das outras pessoas tendem a se impor em seus relacionamentos. E isto tende a lhe ser benéfi co, pois levará a uma união mais profunda entre vocês. Aproveite o dia.

LIBRA - 23/9 a 22/10 O trabalho cooperativo leva a experiências mais interessantes e a melhores resul-tados em seu trabalho. Ao agir sozinho, por sua conta, você pode perder o melhor deste dia.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11A melhor expressão dos sentimentos e desejos amorosos está em servir à pessoa amada naquilo que ela necessita. Um dia para se vocês dois se unirem em torno da boa vontade.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12Um dia para você experimentar sensações maiores no convívio amoroso. A realização mais plena entre vocês está na conquis-ta de um espaço conjunto onde reine a harmonia.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Um dia para cuidar da casa e das rotinas con-ferindo vigor e harmonia a estes ambientes e situações. Uma forte sintonia emocional aproxima você das pessoas queridas.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 Você se dispõe a lutar por interesses maiores do que os seus próprios. Não obstante, fará também boas negociações em causa própria, com situações que se põem a seu favor.

PEIXES - 19/2 a 20/3Momento em que você tem os recursos necessários para realizar seus pequenos desejos imediatos. Faça suas conquistas materiais e se sinta bem realizado com isso.

Cruzadinhas

SBT GLOBO4H45 JORNAL DA SEMANA SBT

6H BRASIL CAMINHONEIRO

6H30 TURISMO & AVENTURA

7H15 ACELERADOS

8H CHAVES

10H DOMINGO LEGAL

14H ELIANA

18H RODA A RODA JEQUITI

18H45 SORTEIO DA TELESENA

19H PROGRAMA SILVIO SANTOS

23H CONEXÃO REPÓRTER

0H SÉRIE: ARQUEIRO

1H SÉRIE: NIKITA

2H SÉRIE: GAROTO DE OURO

3H BIG BANG

3H30 IGREJA UNIVERSAL

RECORDBAND5H SANTO CULTO EM SEU LAR

5H30 DESENHOS BÍBLICOS

7H55 RECORD KIDS – SÉRIE:

TODO MUNDO ODEIA O CHRIS

10H DOMINGO SHOW

14H30 HORA DO FARO

18H30 DOMINGO ESPETACULAR

22H15 REPÓRTER EM AÇÃO

23H15 ROBERTO JUSTUS +

0H15 PROGRAMAÇÃO IURD

5H POWER RANGERS – FÚRIA DA SELVA6H30 SANTA MISSA NO SEU LAR7H30 POWER RANGERS8H30 MASKATE NA TV9H30 GAME MANIA10H45 VERDADE E VIDA11H PÉ NA ESTRADA11H30 BAND ESPORTE CLUBE - 112H FÓRMULA TRUCK – AO VIVO – ETAPA DE SANTA CRUZ DO SUL/RS13H30 BAND ESPORTE CLUBE - 214H GOL: O GRANDE MOMENTO DO FUTEBOL14H30 FUTEBOL 2015 – AO VIVO – CAMPEONATO BRASILEIRO – PONTE PRETA X FLAMENGO16H50 3º TEMPO19H SABE OU NÃO SABE20H SÓ RISOS21H15 PÂNICO NA BAND0H15 CANAL LIVRE1H15 COMO EU CONHECI SUA MÃE1H50 FILHOS DA ANARQUIA2H40 IGREJA UNIVERSAL

Cinema

DIV

ULG

AÇÃO

5H29 SANTA MISSA

6H30 AMAZÔNIA RURAL

6H58 PEQUENAS EMPRESAS, GRANDES

NEGÓCIOS

7H32 GLOBO RURAL

8H29 AUTO ESPORTE

9H ESPORTE ESPETACULAR

12H ESQUENTA

13H10 TEMPERATURA MÁXIMA. FILME:

GENTE GRANDE

15H FUTEBOL 2015: CAMPEONATO BRA-

SILEIRO – PONTE PRETA X FLAMENGO

17H DOMINGÃO DO FAUSTÃO

20H FANTÁSTICO

22H17 TOMARA QUE CAIA

23H17 DOMINGO MAIOR. FILME: CON-

TROLE ABSOLUTO

1H13 SESSÃO DE GALA. FILME: BRAVURA

INDÔMITA

3H04 MENTES CRIMINOSAS

ESTREIAS

No SBT, a aventura é garantida com a série “Arqueiro”, às 0h

Quarteto Fantástico. EUA. 12 anos. Um reboot con-temporâneo do time de super-heróis tradicional da Marvel, centrado em quatro jovens desajustados que são teleportados para um universo alternativo e perigoso, que altera sua forma física de maneiras inesperadas. Com suas vidas transformadas, o time precisa aprender a aproveitar suas novas habilidades e trabalhar junto para salvar o planeta de um inimigo já conhecido por eles. Kinoplex 1 – 14h30, 16h50, 19h10, 21h30 (dub/diariamente), Kino-plex 3 – 14h, 16h20, 21h (dub/diariamente), 17h30, 22h (dub/somente sábado), 18h40 (leg/diariamente), 19h40 (leg/somente sábado); Playarte 1 – 13h30, 15h50, 18h10, 20h30 (dub/diariamente), Playarte 5 – 13h, 15h20, 17h40, 20h (dub/diariamente).

CONTINUAÇÃOPixels: EUA. Livre. Kinoplex 5 – 16h05, 18h35, 21h05 (3D/dub/somente quinta-feira, sexta-feira e sábado), 13h40 (3D/somente sábado, do-mingo e segunda-fei-ra); Playarte 3 – 12h40, 14h50, 17h, 19h10 (dub/diariamente).

Magic Mike XXL. EUA. 16 anos. Kino-plex 5 - 18h35 (dub/diariamente); Playarte 3 – 21h20 (dub/dia-riamente), 23h40 (leg/

diariamente).Sobrenatural – A Ori-gem. EUA. 14 anos. Kinoplex 4 – 16h30, 18h50, 21h10 (dub/diariamente); Playar-te 4 – 13h20, 15h20, 19h20 (dub/diaria-mente), 23h30 (dub/somente sexta-feira e sábado), 21h25 (leg/diariamente).

Homem Formiga: EUA. 12 anos. Kino-plex 2 – 18h55, 21h25 (dub/diariamente).

Carrossel: BRA. Livre. Kinoplex 2 – 15h05, 17h (dub/diariamente); Playar-te 2 – 13h10, 14h55, 16h50 (diariamente).

Minions: EUA. Livre. Kinoplex 4 – 14h20 (dub/diariamente).

A Forca: EUA. 14 anos. Playarte 2 – 18h40, 20h40 (dub/diariamente), 22h40 (leg/somente sexta e sábado).

Hermógenes, Professor e Poeta do Yoga. BRA. Livre. A trajetória do prof. Hermógenes, um dos pioneiros do Yoga e terapia holística no Brasil e autor de trinta livros. Um personagem brasileiro que inspirou a vida de diversas pessoas por meio da fi-losofia oriental, Yoga e meditação. Kinoplex 2 – 13h (diariamente).

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Tenho um amigo que nos anos 60 “causou” aqui em Manaus! Além de sua beleza era um criador de fantasias de Carnaval incríveis! Somos de uma época que as pessoas se conheciam pela placa do carro, e se reuniam nas praças pra conversar e saber as novidades, Bôsco Fonseca era uma dessas pessoas que “puxava” a troupe. Nos anos 70 lançou sua primeira coleção de jeans no badalado Hotel Tro-pical e a partir daí não parou mais. Se firmou como estilista e fez roupas para toda sociedade de Manaus, inquieto lançou o primeiro festival de moda e foi seguindo. Em 2000 sentindo a necessidade de mão de obra es-pecializada em costura meteu a cara e criou o INSTITUTO MARI-NA FONSECA (que leva o nome de sua mãe). Esse Instituto é sem fins lucrativos e se mantém com o apoio da iniciativa privada, hoje já tem os certificados de utilidade pública Municipal e Es-tadual. Bôsco criou um método

de modelagem simples e funcio-nal e iniciou com esses cursos para capacitar costureiras , o sucesso foi tão grande que ele foi introduzindo outros como: Curso de bonecas, bolsas custo-mização de camisetas e flores. TUDO GRÁTIS para os alunos. Já atendeu 1625 pessoas no estado e na capital. Já esteve em Urucará, S. Sebastião do Uatumã, Benjamin Constant e Borba. O Centro de Treinamento fica na Cidade Nova com fun-cionamento de segunda a sexta no horário de 9 ao

meio dia. Bôsco hoje conta com um quadro de professo-ras em várias categorias e os cursos estão abertos para toda cidade. O que acho incrí-vel nessa estória toda é como as pessoas do BEM se sentem felizes em poder ajudar outras pessoas a se desenvolver. Um agradecimento vale mais que tudo diz Bôsco , tão bom ver a pessoa podendo seguir sua vida com uma profissão!

GENTE DO BEM

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