EM TEMPO - 5 de agosto de 2012

32
FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, ELEIÇÕES, ECONOMIA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, SAÚDE, ILUSTRÍSSIMA, PLATEIA, LANCE! E CONCURSOS MÁX.: 33º MÍN.: 25º TEMPO EM MANAUS Artigo faz um paralelo entre as obras do escritor Carlos Drummond de Andrade e o universo da tele- visão, incluindo novelas e outras interpretações do mundo, como as músicas. Ilustríssima 2 Interpretação global da obra de Drummond ILUSTRÍSSIMA A partir de hoje o EM TEMPO sai na frente e passa a editar diariamente, um caderno especial com entrevistas, reportagens, programas de governo e agenda dos candidatos. Especial 2 O dia a dia da campanha política Última Hora A2 LONDRES Última Hora A2 Vela traz mais uma medalha para o Brasil LONDRES 2 ANO XXIV – N.º 7.724 – MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012 PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES - DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO - PREÇO DESTA EDIÇÃO: R$ 2,00 R$ 11,7 MILHÕES Gasto com o pleito deste ano é 22% maior do que nas eleições de 2008, quando se investiu R$ 9,5 milhões. Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas espe- ra firmar parcerias públicas para an- gariar esses recur- sos. Política A6 Presidente da nova concessioná- ria de abastecimento de Manaus, Alexandre Bianchini, promete in- vestir R$ 1,2 bilhão só em água e R$ 2,2 bilhões em saneamento e esgoto. Com a Palavra A7 Água terá R$ 3,4 bi de investimento MANAUS AMBIENTAL REINALDO OKITA É o preço da eleição EDUARDO NICOLAU/AE Seleção vence e avança às semifinais JONNE RORIZ/AE

description

EM TEMPO - Caderno Principal do Jornal Amazonas EM TEMPO

Transcript of EM TEMPO - 5 de agosto de 2012

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, ELEIÇÕES, ECONOMIA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, SAÚDE, ILUSTRÍSSIMA, PLATEIA, LANCE! E CONCURSOS MÁX.: 33º MÍN.: 25º

TEMPO EM MANAUS

Artigo faz um paralelo entre as obras do escritor Carlos Drummond de Andrade e o universo da tele-visão, incluindo novelas e outras interpretações do mundo, como as músicas. Ilustríssima 2

Interpretação global da obrade Drummond

ILUSTRÍSSIMA

A partir de hoje o EM TEMPO sai na frente e passa a editar diariamente, um caderno especial com entrevistas, reportagens, programas de governo e agenda dos candidatos. Especial 2

O dia a dia da campanha política

Última Hora A2

LONDRES

Última Hora A2

Vela traz mais uma medalha para o Brasil

LONDRES 2

ANO XXIV – N.º 7.724 – MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES - DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO - PREÇO DESTA EDIÇÃO: R$ 2,00

R$ 11,7 MILHÕES

Gasto com o pleito deste ano é 22% maior do que nas eleições de 2008, quando se investiu R$ 9,5 milhões. Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas espe-ra fi rmar parcerias públicas para an-gariar esses recur-sos. Política A6

Presidente da nova concessioná-ria de abastecimento de Manaus, Alexandre Bianchini, promete in-vestir R$ 1,2 bilhão só em água e R$ 2,2 bilhões em saneamento e esgoto. Com a Palavra A7

Água terá R$ 3,4 bi de investimento

MANAUS AMBIENTAL

REIN

ALD

O O

KITA

R$ 11,7 MILHÕESÉ o preço da eleição

DID

A SA

MPA

IO/A

E

ltima Hora A2

EDUARDO NICOLAU/AESeleção vence e avança às semifi nais

JON

NE

RORI

Z/AE

Capa_DOMINGO 05_08.indd 2 4/8/2012 15:12:11

A2 Opinião/Última Hora MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

Para Vivian Amorim, Miss Amazonas, que usa sua beleza como recurso de solidariedade aos programas sociais, como o combate ao câncer.

MISS AMAZONAS

APLAUSOS VAIAS

Sem fusãoO presidente nacional do

DEM, senador José Agripi-no Maia (RN), tem dito à imprensa nacional que o partido está bem.

E, para acalmar os cora-ções, rechaçou rumores de fusão com o PMDB.

Esforço concentradoO senador Eduardo Braga

terá uma semana agitada.A primeira semana de es-

forço concentrado do Sena-do Federal durante o período eleitoral, prevista para ter início nesta terça-feira (7), será dedicada à votação de duas Medidas Provisórias (563 e 564), que tratam da contribuição previdenciária patronal relativa à folha de pagamento e de ações de estímulo à indústria nacio-nal, todas previstas no Plano Brasil Maior.

JanelaO líder do governo no Se-

nado, Eduardo Braga (PMDB-AM), explicou que os demais projetos que constam da pau-ta do Senado só poderão ser votados se houver uma “janela” de votação ao longo da próxima semana.

Se eleito, não roube!O candidato Henrique Oli-

veira (PR) tem repetido um discurso.

“É preciso acabar com essa história de dizer que Manaus não tem dinheiro. Isso é papo furado”.

— Nos temos dinheiro sim, basta não desperdiçar, não roubar. Basta combater a corrupção que o dinheiro vai sobrar!

E o orçamento, ó!...Vanessa Grazziotin (PCdoB)

não pensa assim.De acordo com a candidata

da coligação “Melhor para Manaus”, o orçamento da prefeitura não é sufi ciente para resolver todos os pro-blemas.

— Por isso estou me pro-pondo a fazer uma parceria forte com o governo Federal, a presidente Dilma e o gover-nador Omar Aziz!

PedalandoO candidato a prefeito de

Manaus, Arthur Virgílio, tem participado do Movimento Pedala Manaus,

Nas últimas semanas tem feito circuito de pedaladas pelas ruas da cidade, acom-panhado de aproximadamen-te 300 ciclistas.

CicloviasAntes da largada, Virgílio

disse aos ciclistas que, se che-gar à prefeitura, vai construir 20 quilômetros de ciclovia no primeiro ano como prefeito.

― Até o fi nal do mandato teremos mais de 100 quilôme-tros de ciclovias. Quero trans-formar a bicicleta num modal de transporte em Manaus.

GeladaManaus está prestes a

ganhar mais uma cerveja artesanal.

O jornalista Rodrigo Araújo está fi nalizando sua própria cerveja, uma Dunkel, de cor escura, espuma consistente e alto teor alcoólico. A primeira leva será destinada apenas para apreciadores da bebida, mas o projeto é montar uma microcervejaria na cidade.

Gelada 2O movimento de cervejas

artesanais no Brasil vem ganhando força a cada ano. Isso porque o público está descobrindo que o impor-tante é “beber pouco, mas beber bem”. As cervejas especiais já representam uma boa fatia do mercado brasileiro, e prova disso é o sucesso de marcas como a Devassa, Baden Baden e Petra, que foram compra-das por grandes cervejarias nacionais.

Fôlego fisiológico“Juridiquês”, termos e ex-

pressões técnicas do direi-to, usados pelos ministros do Supremo Tribunal Fede-ral (STF) durante suas falas no julgamento do mensalão, virou motivo de piadas nas redes sociais.

Principalmente no Twit-ter. Na tarde de sexta-feira, quando o procurador-geral da República Roberto Gur-gel, que lia há 2 horas e 10 minutos os argumentos da acusação, pediu mais tempo antes do tradicional intervalo, o ministro Marco Aurélio Mello contestou:

— Talvez não tenhamos fôlego fisiológico para aguentar mais 25 minu-tos.

Pipi básicoA expressão improvisada

pelo ministro para dizer que estava com vontade de ir ao banheiro gerou, risos no plenário do STF.

“Estou sem fôlego fisioló-gico” é o novo eufemismo para dizer que precisa ir ao banheiro.

Para os executivos que administram as operadoras de telefonia móvel que, apesar da punição da Anatel, continuam prestando um serviço de má qualidade.

OPERADORAS DE CELULAR

Nacionalmente, o partido Democrata (DEM) aposta suas fi chas nas Eleições 2012 para crescer pelo país.

A legenda tem candidatos competitivos em regiões estratégicas do Brasil e suas princi-pais apostas são as candidaturas de oito nomes de peso do partido, entre eles o candidato em Manaus, Pauderney Avelino.

Completam a lista Antônio Carlos Magalhães (ACM) Neto, em Salvador (BA), João Al-ves, em Aracaju (SE), Moroni Torgan, em Fortaleza (CE), Rodrigo Maia, no Rio de Janeiro, Mendonça Filho, em Recife (PE), Davi Alcolumbre, em Macapá (AP), e Jeferson Morais, em Macéio (AL).

Ficha limpa

DIVULGAÇÃO PLUTARCO BOTELHO/CMM

Scarllet Sposa inova em Manaus

A Scarllet Sposa surgiu em Manaus há quatro meses com uma proposta diferente: focar exclusiva-mente na noiva, tida pela empresa como a peça-cha-ve de qualquer casamento, e tratá-la como uma diva.

Na última semana, a loja Scarllet Sposa, que tem uma proposta diferente no tratamento às noivas, recebeu sua mais nova coleção, com 48 modelos europeus exclusivos.

NOIVAS

Brasil vira contra Honduras, escapa de vexame e vai à semi, em Manchester

Seleção vence e avança às semi

A Seleção Brasileira foi surpreendida por uma determinada Hondu-ras, mas prevaleceu,

vencendo por 3 a 2 após estar perdendo em duas oportunida-des, em jogo válido pelas quar-tas de fi nal do torneio olímpico masculino de futebol.

Com o triunfo, conseguido graças a dois gols de Leandro Damião e um de Neymar, o time comandado por Mano Mene-zes chega a mais uma semifi nal olímpica e fi ca a dois jogos do inédito ouro olímpico.

Na próxima fase, o Brasil pegará o vencedor de Reino Unido e Coreia do Sul. Na outra chave, México e Japão vão duelar pela outra vaga na grande fi nal da Olimpíada.

O primeiro tempo começou com o Brasil quase todo liga-do. À exceção de Damião, que

recebeu lindo passe, logo aos 30 segundos, e isolou a bola de frente para o goleiro.

Esse erro provaria ser qua-se fatal para a Seleção que, mesmo dominando, deixou Honduras chegar por duas vezes. Na primeira, nenhum perigo. Na segunda, golaço. Martínez recebeu passe na entrada da área e chutou, tirando de Gabriel, uma das duas alterações de Mano, no time titular.

Com a desvantagem, o de-senvolvimento de jogadas do Brasil sofreu. Se antes do 1 a 0, Oscar e Neymar faziam belas jogadas (o camisa 10, principalmente, deu passe pri-moroso para a “Joia santista”, que dominou mal), depois o time passou a se restringir aos lançamentos e chutões, obviamente sem sucesso.

Leandro Damião foi o grande destaque da classifi cação

GRAHAM STUART/AFP

Dupla tenta ouro hoje em Londres

A dupla Robert Scheidt e Bruno Prada tentará, hoje, em Londres, a medalha de ouro na classe star. Eles estão em segundo lugar com 26 pontos. Os atuais campeões olímpicos Iain Percy e Andrew Simpson lideram a classe, com 18 pontos. A matemática para o ouro está difícil para os brasileiros, mas não im-possível. Com oito pontos atrás, Robert e Bruno pre-cisam chegar quatro posi-ções à frente dos ingleses na Medal Race, que tem pontuação dobrada.

SCHEIDT

A02 - OPINIÃO - ÚLTIMA HORA.indd 2 4/8/2012 14:15:47

MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012 A3Opinião

Editorial

Pense-se nas torcidas que enfeitam as arquiban-cadas do bumbódromo de Parintins com a alegria do vermelho e do azul. É essa condição primária que origina uma lição de convivência que a sofisticada e cosmopolita cidade de Manaus não importa, como do seu perfil, por simples e puro preconceito (o que também a destaca). O vermelho e o azul sabem a hora exata de calar ou de gritar.

Quando um dos bumbás está ciscando na arena, os torcedores do outro mantém o silêncio absoluto – não interessa se de respeito, porque essa brinca-deira é levada muito a sério pelos parintinenses e o “contrário”, no fundo no fundo, sabe-se, não merece respeito nenhum; o contrário não existe, senão pela necessidade, muito humana, admita-se... de ter um adversário. Então, ao seu tempo e ao seu modo, cada um se cala, sem perder de vista o outro que balanceia e balanceia para o mundo ver (porque o contrário não merece nem essa demonstração de superestima; que se dane o contrário).

Pois bem: duas facções políticas, no primeiro debate entre os candidatos na televisão, quinta-feira, 2, apesar de admiradoras dos bumbás de Parintins demonstraram, para o mundo ver, o quanto necessitam da civilidade que as galeras (aqui, no bom sentido que o parintinense lhes empresta) demonstram para admiração de vermelhos e azuis, orgulho das nações parintintins.

Um espetáculo triste, depois que o debate (houve mesmo algum debate nessa noite?, perguntarão os telespectadores que desejavam uma noite mais aca-lorada) terminou com todos os seis candidatos crentes de que abafaram e teriam muito o que contar para os seus correligionários e, quem sabe, para os seus futuros netos e gerações. A porrada cantou fora do “curral” da emissora de televisão e foi necessário a intervenção da polícia. A Justiça Eleitoral também poderia aprender com o Festival Folclórico de Parintins e descontar pontos de quem se comportasse dessa maneira anticidadania. Quando um burro fala, o outro murcha as orelhas. Esta é a lição eleitoral dos bois de Parintins.

[email protected]

[email protected]

Charge

Olho da [email protected]

Fala [email protected]

Novos recursos tecnoló-gicos? Primeiramente, para os alunos mais velhos. La-boratórios de ciências so-fi sticados? Melhor priorizar o ensino médio. Formação de professores? Ah! For-maremos inicialmente os professores especialistas... Ao longo do tempo, as es-colas geralmente focaram os principais investimentos nos anos fi nais do ensino

em contato. É também ur-gente estabelecer coerên-cia entre o que consta nos documentos ofi ciais e o que se realiza no ambiente es-colar, assim como é urgente acreditar na importância do investimento – humano e material – nas escolas de educação infantil.

Anita Adas, por e-mail

www.emtempo.com.br

Que venha o sol e venha a chuva: quem extrai do dia a dia na rua o mínimo de sobrevivência, deve estar preparado para tudo. Felizmente, os rio não chegam até o boulevard Álvaro Maia, se não o fl anelinha teria que surfar também no banzeiro para continuar a respirar

Os bumbás de Parintins e as galeras partidárias

Houve quem se assustasse com o atrito entre o ministro relator, Joaquim Barbosa, e o revisor, Ricardo Lewandowski, logo no início do julgamento a respeito de uma questão de ordem apresentada pelo advo-gado Márcio Thomaz Bastos. Por que o susto se o assunto foi resolvido no voto mediante embate de ideias? Provavel-mente porque haja entre nós grande resistência em aceitar com naturalidade o exercício contraditório, habitualmente visto como algo condenável. Preferimos sempre a composi-ção à contraposição.

Não por outro motivo, o ofício da oposição visto com reservas. Tido não como algo indispen-sável à dinâmica democrática, mas como fruto de intenções menores, rebeldia à deriva sus-tentada em objetivos golpistas de irresponsáveis interessados exclusivamente em inviabilizar o governo em curso. A diver-gência inicial do julgamento foi recebida e interpretada como um sinal de que os procedimen-tos seriam tumultuados pela disposição do ministro revisor de se conduzir como contra-ponto ao revisor. Nada autoriza conclusão tão definitiva, mas, se for essa a opção feita pelo ministro Lewandowski é de se perguntar: que mal há?

Os ministros do Supremo não funcionam em sistema de cole-giado a não ser na contabiliza-ção do resultado em que vence a maioria. De resto, cada qual forma seu voto de acordo com suas convicções e diferentes in-terpretações dos textos legais. É justamente no antagonismo que reside a riqueza de uma discus-são que, por ser transmitida pela televisão, permite ao cidadão

acesso a um conhecimento que normalmente não teria. Todos os aspectos do processo são explicados à sociedade, esmiu-çados à exaustão como ocorreu na primeira sessão.

Quem se interessa mais por conhecer que por simplesmente torcer, teve acesso a informa-ções sobre o significado do instrumento do foro especial de Justiça, o que resultaria em prejuízos ou benefícios do des-membramento do processo e qual a razão de a maioria ter optado por afirmar a competên-cia do STF para julgar a ação conjunta dos réus. Momentos como aquele são proveitosos e devem se repetir ao longo do julgamento em que o menos relevante é o atraso de dias e até semanas. Essencial é que o Supremo destrinche o caso à sociedade, que fale ao cidadão e demonstre o valor do bom embate de ideias que tanto faz falta à cidadania no Brasil.

Conjunto da obra – A nar-rativa do procurador-geral da República em nome da promo-toria não constituiu novidade. Mas o relato feito com começo, meio e fi m, em linguagem clara e acessível, recupera e organiza na cabeça do público o fato em julgamento: a ação de um esquema comandando por José Dirceu com o objetivo de coop-tar parlamentares para a base de apoio do governo Lula em troca de vantagens fi nanciadas por empréstimos simulados do Banco Rural e desvio de dinheiro do Banco do Brasil. Para derru-bar o exposto pela acusação, a defesa precisará de mais que a justifi cativa de que a engrena-gem descrita por Roberto Gurgel funcionava para suprir o caixa 2 de campanhas eleitorais.

Dora [email protected]

Dora Kramer

Jornalista, escreve simultaneamente

no jornal “O Estado de S.Paulo”

Os ministros do STF não funcionam em sistema de colegiado a não ser na contabi-lização do resultado em que vence a maioria. Cada qual forma seu voto se-gundo suas convicções”.

O bom embate

fundamental e no ensino médio. Isso ocorre por di-versas razões, entre elas, pela crença de que o trabalho pedagógico nesses segmen-tos é mais complexo e que há uma demanda mais clara das famílias e da sociedade por qualidade de ensino.

Entretanto, é muito im-portante rever essas ideias. Os avanços da ciência e da pedagogia vêm mostrando

que é essencial concentrar esforços também na edu-cação de crianças pequenas. Para que se construa uma educação de qualidade, é ur-gente superar o nosso olhar “adultocêntrico”, como diria a educadora e doutora em psicologia Telma Weisz.

A escola de educação in-fantil é, muitas vezes, o pri-meiro espaço público com o qual os pequenos entram

JOEL ROSA

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

Os artigos assinados nesta página são de responsabilidade de seus autores e não refl etem necessariamente a opinião do jornal.

DO GRUPO FOLHA DE SÃO PAULO

CENTRAL DE RELACIONAMENTOAtendimento ao leitor e assinante

ASSINATURA e

[email protected]

CLASSIFICADOS

3211-3700classifi [email protected]

www.emtempo.com.br @emtempo_online /amazonasemtempo /tvemtempo/

[email protected]

REDAÇÃO

3090-1010

[email protected]

CIRCULAÇÃO

3090-1001

Presidente: Otávio Raman NevesDiretor-Executivo: João Bosco Araújo

Diretor de RedaçãoMário [email protected]

Editores-ChefesAldisio Filgueiras — MTB [email protected] Náis Campos — MTB [email protected] Cabral — MTB [email protected]

Chefe de ReportagemMichele Gouvêa — MTB [email protected]

Diretor AdministrativoLeandro [email protected]

Diretor de Marketing/ComercialRenato [email protected]

Diretor de ArteKyko Cruz [email protected]

EM Tempo OnlineYndira Assayag — MTB [email protected]

A03 - OPINIÃO.indd 3 4/8/2012 12:03:33

A4 Opinião MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

Passava-se do assis-tencialis-mo para a promoção humana, do entregar o peixe para o ensino e os meios de pescar. O passo se-guinte: atuar nas políticas públicas”.

Se olharmos para trás, veremos que cada presidente que deixou o poder soube se recolher e respeitar a ação presi-dencial do seu sucessor e assim foi, entre os elei-tos e entre os militares”.

João Bosco

Araújo

Houve um momento na história das pri-meiras comunidades cristãs que as coisas fi caram feias. Paulo e Barnabé defendiam que os chamados gentios (não judeus), ao se tornarem cristãos, não precisavam adotar o judaísmo antes do batismo. Tiago e a comunidade de Jerusalém exigiam o contrário. À beira de uma divisão, reuni-ram-se todas as lideranças em Jerusalém e decidiram a favor de Paulo e Barnabé, mas impuseram-lhes uma única exigência: “Que “nos lembrássemos dos pobres” (G1 2,10). Lembrar-se dos pobres e por eles lutar são condições absolutamente indis-pensáveis para viver na fé. Tiago é duro ao afi rmar: “Se alguém disser que tem fé, mas não tem obras, que lhe aproveitaria isso?” (Tg 2,14).

O amor aos outros e o amor a Deus estão intimamente ligados. “Quem não ama a seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê” (1 Jo 4,19). Essa é causa por que a Igreja de Jesus deve voltar-se para os marginalizados e excluídos. Sempre foi preocupação dos verdadeiros cristãos praticar as chama-das obras de misericórdia, que foram apresentadas por Jesus como critérios do Juízo Final. São elas, dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, acolher os migrantes, vestir os nus, cuidar dos doentes e visitar os presos (Mt 25, 34-35). A misericórdia começa com a justiça. Uma igreja mise-ricordiosa é também uma igreja que luta pelos direitos humanos. Fé, misericórdia e justiça se entrelaçam.

Foi no dia primeiro de maio de 1962 que nasceu em Manaus a Cáritas, como expressão de misericórdia, justiça e fé. Marina Puga, testemunha viva dos primeiros 30 anos da entidade, viveu ao lado de dom João de Souza Lima as lutas, dificuldades e vitórias do traba-lho de distribuir alimentos a famílias que passavam fome. Por várias razões, nossa Caritas foi desativada. Em 1998, para viabilizar a construção de centros comunitários nas periferias, foi rea-berta. Esses locais eram destinados à promoção de cursos, organização de associações de moradores e locais de encontros para as comunidades.

Passava-se do assistencialismo para a promoção humana, do entregar o peixe para o ensino e os meios de pescar. O passo seguinte foi a necessidade de atuar nas políticas públicas por meio dos con-selhos estaduais e municipais (de defesa dos direitos da criança e do adolescente, tutelares, da saúde, da segurança pública etc.). A tarefa foi preparar pessoas para ajudarem o Brasil e o Amazonas a serem outros. Um belo serviço da Cáritas é o reforço das escolas de formação sociopo-lítica. Partiu-se também para um trabalho com catadores de lixo que foram unidos em cooperativas, com seus fi lhos.

Em parceria com os governos estadual, municipal, federal e, com parcelas da sociedade, são inúmeras as iniciativas de promoção social. Destaco a formação do voluntariado, que constrói soluções para a sociedade. Conhecidas são as ações da Cáritas em caso de emergência, como foram a seca de 2009 e a cheia deste ano. Os 50 anos da Cáritas merecem ser agradecidos como presente de Deus.

PainelRENATA LO PRETE

Ministros enxergam duas estratégias em gestação na defesa dos réus para desqualifi car a acusação do mensalão. A primeira questionaria o poder investigatório do Ministé-rio Público, já em debate no STF. A segunda sustentaria a inexistência da fi gura da organização criminosa na lei brasileira, fragilizando a denúncia de formação de quadrilha e derrubando imputações de lavagem de dinheiro. O voto de Joaquim Barbosa, dizem os advogados, trará respostas a essas duas tentativas.

Cronologia Por defi -nição legal, o crime de lavagem exige outro an-terior. Defensores alegam que, como alguns réus não integram nenhum núcleo defi nido pelo procura-dor-geral da República, Roberto Gurgel, o crime precedente seria a própria organização criminosa.

Quem ganha Com isso, o ex-deputado Paulo Rocha deverá ser benefi ciado, já que ministros admitem nos bastidores rever o voto caso a questão venha à tona.

Preventivo Observado-res do STF dizem que Luiz Fux pediu vista do caso para evitar que, antes do julga-mento, a PGR tivesse seu trabalho anulado, caso o Supremo entendesse que o Ministério Público não tem legitimidade de investigar.

#Comofaz Ministros devem fazer reunião ad-ministrativa, antes do voto de Barbosa, para defi nir se cada um já indicará penas no próprio voto ou se o tema será tratado depois da decisão sobre condenações ou absolvições.

Ufa! Pela expectativa de ministros e advogados, o voto do relator terá mil pági-nas, e deverá consumir cinco sessões para ser lido. Já o do revisor Ricardo Lewan-dowski é estimado em 1.300 páginas, e deve ocupar um dia a mais.

Épico De um ministro descrevendo a união dos advogados em torno da mesma estratégia para atrasar o julgamento: “Vão vir para cima da gente como os 300 de Esparta. Temos de resistir”.

Time... Pressionado pela expansão de candi-daturas do PT e PMDB em redutos tucanos, Ge-raldo Alckmin escalou os

secretários de seu núcleo político para mutirão em cem cidades paulistas.

... em campo Julio Seme-ghini (Planejamento), Edson Aparecido (Desenvolvimen-to Metropolitano), Sílvio Torres (Habitação), Bruno Covas (Meio Ambiente), José Aníbal (Energia) e Sidney Beraldo (Casa Civil) turbina-rão campanhas de aliados nas regiões do Estado onde mantêm eleitorado cativo.

Flashes O governador também fará sessão de fotos com 45 candidatos do PSDB do interior, ama-nhã à noite.

Esplanada... O PT leva-rá a partir da segunda quin-zena do mês, cinco ministros aos polos estratégicos de São Paulo: Aloizio Merca-dante (Educação), Alexan-dre Padilha (Saúde), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), Miriam Bel-chior (Planejamento) e José Eduardo Cardozo (Justiça).

...itinerante A agenda será casada com demandas regionais de suas pastas.

Comigo não José Serra seguirá refutando o cha-mado de Gabriel Chalita para debater os modelos de gestão na Educação, em São Paulo. Embora se incomode com as críticas do peemedebista, eviden-ciadas no primeiro debate na TV, o tucano entende que essa polarização só interessa a Chalita.

Rewind Petistas com-pararam as estreias de Fernando Haddad e Dilma Rousseff em debates. A equipe de marketing do candidato considerou o ex-ministro mais solto e objetivo que a então can-didata à Presidência, que debutou neste formato de confronto televisivo, em agosto de 2010.

Tiroteio

No camarote do PSDB, faltou incluir placa dizendo que o evento era patrocinado pelas Organizações Cachoeira e Marconi Perillo.

Contraponto

Em cerimônia que selou aliança no setor de petróleo entre os governos da Argentina e da Venezuela, em Brasília, a presidente Cristina Kirchner voltou a defender a nacionalização da petroleira YPF, expropriada em abril da espanhola Repsol. Em seu discurso, ela reconheceu que a decisão não foi simples. Elegemos um caminho difícil... As mulheres são assim: gostamos das coisas difíceis. Para as fáceis, os homens são melhores!Na plateia, o venezuelano Hugo Chávez gargalhou. Em seguida, aplaudiu efusivamente a colega argentina.

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

DO LÍDER DO PT NA CÂMARA, JILMAR TATTO (SP), IRONIZANDO A SESSÃO PREPARADA POR TUCANOS PARA ASSISTIR O JULGAMENTO NO STF EM TELÃO.

Afi rmo que a prova é contun-dente quanto à atuação de José

Dirceu como líder do grupo crimino-so. Nada, abso-lutamente nada, acontecia sem a

prévia autorização de José Dirceu

Grande responsável pela restauração do Estado Democrático em Portugal, logo após a Revolução dos Cravos, que pôs fi m ao entulho do fascismo salazarista, conta-se que o presidente Mário Soares, cumprido o mandato e ao deixar o cargo, teria sido instado a manter-se ativo na política partidária e possivelmente voltar à Presidência da República. Mário Soares apenas respondeu que já cumprira seu dever e que quem já exercera a mais alta magistratura do país, não poderia expor-se a novas contendas partidárias, permitindo-se então somente presidir uma fundação empenhada na proteção às baleias.

Na mesma linha, não vejo o ex-presiden-te Bill Clinton tentar interferir na gestão de Barack Obama, como também não interferiu na do seu sucessor imediato, George W. Bush. Enquanto recebemos diariamente informações detalhadas das atividades de Hillary Clinton, sua mulher, hoje Secretária de Estado, nada sabemos a respeito do que anda a fazer o ex-pre-sidente, recolhido à sua condição atual com discrição e compostura.

François Mitterrand, socialista, sucedeu um presidente de centro-direita, Giscard d’Estaing, que soube afastar-se do poder com dignidade, do mesmo modo como Mitterrand o fez quando foi sucedido por Jacques Chirac e este por Sarkozy.

Para não estender a relação, que com certeza iria muito longe, importa saber que a regra geral e os bons costumes recomendam aos chefes de Estado e de Governo que saibam perceber a hora da retirada e executem-na com firmeza e dignidade.

Tanto a ética, quanto a própria etique-ta, que regem as relações políticas no âmbito do poder exigem que assim seja, por respeito ao sucessor e em nome até da governabilidade.

No Brasil do presente não é isso que pre-senciamos, embora não tenha sido sempre assim. Se olharmos para trás, veremos que cada presidente que deixou o poder soube se recolher e respeitar a ação presidencial do seu sucessor e assim foi, tanto entre os eleitos pelo voto popular, quanto entre os militares que passaram apenas por uma eleição indireta. Deixando de lado esses últimos, todos generais acostumados à disciplina, podemos voltar a Juscelino, a Jânio, a Sarney, a Fernando Henrique e, bons ou maus gestores, estadistas ou populistas, souberam deixar o poder e se afastar.

Aí vem o Lula, de quem muito se espe-rava como ícone da democracia e legítimo representante das massas populares, para fazer esse papelão que fez em oito anos de presidência, quando se tornou a blindagem do que há de pior e de mais atrasado no país e, ainda insatisfeito, não assume sua condição de “EX” e age como se o Brasil fosse um feudo e ele o senhor feudal, atropelando com seu indiscernimento a ética, a moral, a compostura e o respeito que deveria guardar diante das instituições do Estado e também frente à legítima detentora da presidência da República.

Quem sossegará o Lula? Se nem o Supremo consegue detê-lo e pô-lo no seu devido lugar, resta a esperança de que dona Marise lhe dê um jogo de dominó e consiga segurá-lo em casa e no barzinho da esquina.

O saber entrar e o sabersair na hora que é preciso

A Cáritas completa 50 anosde trabalho misericordioso

O que vem por aí

A vez da mulher

FrasesEstou de bobeira. Se eu estivesse formado, poderia

fi car de vez em Londres, se aparecesse alguma oportunidade de emprego defi nitiva. Vou ter de

voltar no ano que vem para terminar a faculdade

João Pedro Alves, que pretendia se mudar para Londres no fi m do ano, depois da formatura em jornalismo, lamenta a greve dos professores das

universidades públicas federais, que já fez com que alunos perdessem o semestre.

Na seca, não tem ocorrência de raio que poderia começar o incêndio. A origem não é o clima. O problema é que, com a seca, as pessoas come-çam a colocar fogo. A origem do fogo é claríssi-

ma. Não há dúvida que é a ação humana

Alberto Setzer, coordenador do Monitoramento de Queimadas do Inpe, explica que, este ano, as condições climáticas estão mais propícias aos incêndios, diferen-

temente de 2011, cujo cenário foi mais úmido.

Roberto Gurgel, procurador-geral da República, reafi rma, no segundo dia de julgamento do caso no STF, que o conjunto de provas da ação penal é

“contundente quanto à atuação de José Dirceu como líder” do suposto esquema.

Diretor Executivo do EM TEMPO

Dom Luiz Soares Vieira

Arcebispo Metropolitano de

Manaus

A04 - OPINIÃO.indd 4 4/8/2012 12:02:08

MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012 A5Política

Candidatos adotam nomes ‘diferentes’ para vencerNomes engraçados, estranhos ou incomuns são adotados por alguns candidatos na tentativa de fazer a diferença nas urnas

ÁQUILA SICSÚEspecial Em TempoEspecial Em Tempo

Como é tradicional em todo pleito eleitoral, candidatos apostam em nomes criativos

para marcar território e cha-mar a atenção dos eleitores. Confor-me a lista de pedi-dos de registro de candidaturas do site do Tribunal Regional Eleito-ral do Amazo-nas (TRE-AM),

os postulantes ao cargo do legislativo municipal apostam na originalidade para vencer nas urnas.

De olho na fama que os apelidos proporcionam em suas zonas eleitorais os candi-datos Hi-ghlander (PDT) ,

Baixinho Amigo do Povo (PP), Madona dos Rodoviários (PRP), Tambaqui (PSDC), Bo-lota Belo (PP), Papinha (PSB), Café (PMDB), Palhaço Quia-bo, Bode Ceará (PTC), Nota Dez (PSDC), Chegou Chegou

(PV) e Marreta (PSL) acredi-tam na popularidade dos

nomes estranhos e até engraçados para con-quistar o eleitorado e, consequentemente, uma cadeira na Câ-mara Municipal de Manaus (CMM).

Segundo o

candidato e escrivão da Polícia Civil, Alcimar Pessoa de Melo, ou simplesmente Highlander (PDT), ele ganhou o apelido por gostar de motocicletas e por ter o cabelo comprido como o do personagem Connor Ma-cLeod (Christopher Lambert), no fi lme “Highlander: o guerrei-ro imortal”. “Ganhei o apelido na época que atuava como policial civil em Manacapuru. E acabou pegando, tanto que hoje as pessoas só me conhe-

cem pelo apelido”, explicou.Porém, Highlander afi rma

que não vê no nome uma facilidade para conquistar a simpatia do eleitor ma-nauense. “Não acho que as pessoas vão votar em mim devido ao meu apelido. Acre-dito que quem votar em mim analisará minhas propostas e também por conhecer meu caráter”, ressalta.

Por outro lado, a candidata e cobradora de ônibus, Ma-

dona dos

Rodoviários (PRP), confi a no apelido para atrair os eleitores. “Meu apelido está me ajudando a conquistar votos, as pessoas gostam do nome e também porque sou muito simpática”, diz. Madona informou, ainda, que não tem medo de não ser levada a sério pelo elei-torado, devido ao apelido. “Muita gente me conhece pelo apelido, que automati-camente está ligado com os trabalhos que eu desenvolvo na minha comunidade e isso ajuda”, acredita.

De acordo com o as-sessor jurídico da corre-gedoria do TRE-AM, Le-land Barroso de Souza, os candidatos podem esco-lher o nome de urna que quiserem, seja um apelido ou nome próprio. “Só em situações em que o ape-lido escolhido ridicularize

ou cause constrangimento no eleitor ou ainda tenha conotação pornográfi ca é vetado pela Justiça Eleito-ral. No mais não há proble-mas nos nomes escolhidos pelos candidatos durante a campanha eleitoral e posteriormente na urna eletrônica”, acrescentou.

Quem determina é a lei O Brasil possui em sua

história eleitoral alguns políticos, que apesar de utilizarem os apelidos es-tranhos ou engraçados, conseguiram se eleger, por estratégia de marketing ou simplesmente por já terem caído na graça do público. É o caso do o ex-presidente

Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 2002 e reeleito em 2006, utilizando como nome na urna apenas o apelido, Lula.

Conforme dados do Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE), 106 candidatos deste plei-to, acrescentaram em seus nomes de urnas, o apelido

Lula. Outro caso “famoso” de candidato que se deu bem, utilizando o apelido como estratégica de marke-ting, foi o palhaço Francisco Everardo Oliveira Silva, o “Tiririca”, eleito em 2010 como o deputado federal mais votado do Brasil, com 1.353.367 votos.

Atualmente a CMM possui dois vereadores que ganha-ram o pleito de 2009 graças a seus apelidos “famosos”. São eles o Francisco da Jor-nada (PDT), eleito com 2.990 mil votos e Jaildo dos Rodo-viários (PRP), que se elegeu como representante dos tra-balhadores rodoviários.

Apelidos que deram certo nas urnas

A05 - POLÍTICA.indd 5 4/8/2012 12:00:44

A6 Política MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

Defesa teme ‘linha dura’ de Gilmar no mensalão

Advogados de “mensalei-ros” consideraram “muito duro” o discurso do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que afir-mou no primeiro dia do jul-gamento do mensalão que havia uma “lenda urbana de que o STF não condena”, mas que “isso já está des-mistificado aqui”. A defesa dos réus, que apostava no perfil e votos “técnicos” do ministro, entendeu que ele adotará linha favorável a condenações.

Proposta indecorosaEm abril, o ex-presidente

Lula pediu a Gilmar Men-des para adiar o julgamento do mensalão em troca de blindagem na CPI do Ca-choeira.

Briga públicaPerplexo com a pressão de

Lula, Gilmar Mendes revelou o caso e acusou o petista pela “central de divulgação” de boatos contra o STF.

Dois pesos...A mulher de Cachoeira será

processada pela ousadia de pressionar um juiz. Já Lula, o inimputável, que pressionou um ministro do STF...

Tô foraO ex-tesoureiro Delúbio So-

ares escreveu em seu blog: “creio em Deus, no povo e na Justiça”. Deus mandou avisar que não sabia de nada.

Peluso pode sair do STF sem votar no mensalão

Em menos de um mês, a 3 de setembro, o ministro Cezar Peluso vai se aposentar e certamente não participará da votação sobre o mensalão – processo que tramitou sob sua gestão, na presidência

do Supremo Tribunal Federal. A única possibilidade é se o processo de votação tiver começado e ele pedir ante-cipação de voto. Peluso não aparenta, mas completa 70 anos e pela Constituição será obrigado a se aposentar.

O retornoEx-prefeito do Rio, César

Maia (DEM) planeja dispu-tar o governo estadual em 2014, caso obtenha votação expressiva para vereador,

Aqui mando euCésar Maia ocupará um mi-

nuto do horário eleitoral de TV, este ano; os demais candi-datos a vereador dividirão os 20 segundos restantes.

Em campanhaCom o maridão Íris Rezen-

de (PMDB-GO) em repouso, após cirurgia, a deputada Íris de Araújo, sua mulher, tem ido à luta no interior goiano.

Nova estratégiaO deputado Odair Cunha

(PT-MG), relator da CPI do Cachoeira, acha que o bichei-ro deverá “mudar de estraté-gia”, agora que o ex-ministro Márcio Tomaz Bastos dei-xou sua defesa. Quem sabe, abrindo o bico.

Toff oli e BattistiAlvo de polêmica por suas

relações pessoais com o go-verno petista e o próprio PT, o ministro Dias Toff oli alegou “foro íntimo” no julgamento do Supremo da decisão de Lula não extraditar Cesare Battisti, em 2009.

Atitude exemplarO prefeito de Licínio de

Almeida (BA), Alan Lacerda (PV), matriculou os fi lhos no ensino público e determinou que os secretários fi zessem o mesmo. Resultado: o mu-

nicípio está entre os cem melhores do Brasil.

Lá no interiorO PSDB cogita criar as-

sessorias de comunicação em municípios do interior, sobretudo onde o PT (Lula) é forte, para usar o julga-mento do processo do men-salão, a fi m de desgastar candidatos petistas.

Em casaO tiranete da Venezuela,

Hugo Chávez, era chegado à “marvada”. Na posse de Lula em 2003, beijou com “bafão” três servidoras do cerimonial e tirou chapéu dos Dragões da Independência.

Cidadão ludibriadoA divulgação do balanço do

PAC 2, sobre o andamento de 26 obras prioritárias, re-voltou o deputado Eduardo Gomes (PSDB-GO). Ela acha que o governo faz propa-ganda enganosa e “ludibria o cidadão”.

CPI do Kit GayO deputado Jair Bolsona-

ro (PP-RJ) articula uma CPI para esmiuçar o currículo do ensino fundamental, e apurar as responsabilida-des de quem impõe às crian-ças “livros que estimulam o homossexualismo”.

Legislação em LibrasPessoas com deficiência

auditiva poderão ter aces-so a provas eletrônicas de legislação de trânsito em formato de Libras, no Dis-trito Federal. O aviso de licitação foi publicado no Diário Oficial do DF.

Pensando bem......com a escassez de me-

dalhas nas Olimpíadas, o Brasil foi pegar “um bronze” em Londres.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Santo trote

www.claudiohumberto.com.br

Nada, absolutamente nada, acontecia sem sua prévia autorização”

ROBERTO GURGEL, procurador-geral, sobre o papel de José Dirceu no mensalão

O deputado Padre Nobre tomava banho de imersão todo fi nal de tarde, com di-reito a sais e espuma. Seu colega Nelson Thibau (MDB-MG) fez uma brincadeira: telefonou durante o banho dizendo ser o então arcebispo de Brasília, dom José Newton. O padre-deputado só descobriria o trote no dia seguinte. Ficou furioso. Após alguns dias, tocou o telefone de novo:

- Aqui é dom José Newton, Padre Nobre.- Vá arrumar o que fazer, vagabundo! – gritou e desligou com raiva.Levou tempo até conseguir o perdão do arcebispo. Dom José Newton

simplesmente não entendia o porquê da agressão ao telefone.

No último pleito, em 2004, o custo do TRE foi R$ 9,5 milhões em todo o Estado. Este ano, o valor será de R$ 11,7 milhões

Tribunal vai gastar 22% a mais nestas eleições

As eleições municipais de 2012 custarão 22,08% a mais do que o pleito municipal de

2004. Os dados foram divul-gados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), que espera fi rmar parce-rias públicas para angariar os recursos necessários para as eleições deste ano.

Em 2008, o tribunal investiu R$ 9,5 milhões em todo o Ama-zonas em gastos como aqui-sição de material, convênios, combustível, lubrifi cante, ener-gia elétrica, locação de veículos,

pagamento de diárias, paga-mento de pessoal e transporte de materiais e equipamentos - entre eles as urnas - para os municípios do interior.

Neste ano, os gastos saltaram para R$ 11,7 milhões sem que houvesse um acréscimo de itens nas despesas para realização do pleito. Segundo a assessoria de imprensa do TRE, o aumento é atribuído à infl ação do período — de 2004 a 2012 — que chegou a 25,53% e a criação de novas seções de votação em locais de difícil acesso, como nas comunidades rurais.

Nesse período, foram criados 847 novos locais de votação, sendo 386 no interior do Estado

e 461 em Manaus. Os valores que sofreram maior acréscimo foram os referentes a paga-mento de pessoal, diárias e os recursos disponíveis para trans-porte de equipamentos e urnas eletrônicas para o interior.

Em 2008, o tribunal gastou R$ 781,9 mil para levar urnas a to-das as 5.791 seções de votação. Este ano, o TRE investirá R$ 2,9 milhões para levar as urnas a todo Amazonas. Esse valor, R$ 947,6 mil é para o transporte das urnas a localidades con-sideradas de “fácil acesso” e aproximadamente R$ 2 milhões será usado para que as urnas cheguem aos locais denomina-dos “de difícil acesso”.

FOTOS: ARQUIVO EM TEMPO/MICHELL MELLO

Segundo a assessoria de comunicação do órgão, os gastos podem ser justifi ca-dos com o fretamento de aviões, barcos e carros para o transporte dos equipa-mentos. Em matéria dispo-nibilizada no portal ofi cial do TRE os gastos são justifi ca-dos porque “no Amazonas as difi culdades tendem a ser maiores, pois para muitos municípios e comunidades há apenas o transporte fl u-vial. Isso faz com que seja necessária infraestrutura de grande porte”.

Os gastos com pessoal são responsáveis por abo-canhar, desde 2008, R$ 3,7 milhões dos recursos disponíveis para as elei-ções. Neste valor não estão incluídos o pagamento de diárias, refeição e trans-porte dos servidores e me-sários que trabalharam no dia do pleito.

TRE monta operação de ‘guerra’

Levar as urnas para as 5.791 seções de votação irá custar R$ 2,9 bilhões este ano ao TRE

CAMILA CARVALHOEquipe EM TEMPO

As grandes distâncias fazem o pleito fi car mais oneroso

Hoje, Lula teria 70% dos votosSe as eleições presidenciais

de 2014 fossem hoje, o ex-pre-sidente Lula teria 69,8% das intenções de votos segundo pesquisa CNT/Sensus. Em se-gundo lugar na pesquisa apa-rece o senador Aécio Neves (PSDB-MG) com 11,9% das intenções de votos, seguido do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 3,2%. Num primeiro cenário apresentado pela pesquisa aos entrevistados apenas os nomes dos três foram postos

como possíveis candidatos. Num segundo cenário em

que o nome de Lula é trocado pela atual presidente Dilma, ela também vence os outros dois possíveis concorrentes. Conforme a pesquisa, Dilma teria 59% dos votos contra 14,8% de Aécio e 6,5% de Eduardo Campos. Se a disputa fosse apenas entre Dilma e Aécio, os números também são favoráveis à petista. Ela teria 63,8% contra 21,5% do tucano. Não souberam respon-

der ou votariam branco/nulo 14,6% dos entrevistados.

Quando trocado o nome de Dilma pelo o de Lula, a vantagem sobre Aécio numa possível disputa pela presi-dência aumenta. O petista teria 73,4% contra 15,2% do tucano. Não souberam respon-der ou votariam branco/nulo 11,4% dos entrevistados. No cenário de disputa entre Dilma e Eduardo Campos a petista teria 69,1% das intenções de votos contra 12,4% de Cam-

pos. Não souberam respon-der ou votariam branco/nulo 18,6% dos entrevistados.

Se a disputa fosse com Lula a distância entre Campos tam-bém aumenta. O ex-presidente teria 76,1% e o governador de Pernambuco 8,7%. Não sou-beram responder ou votariam branco/nulo 15,2% dos en-trevistados. A pesquisa CNT de Opinião foi feita entre 18 e 22 de julho. Foram en-trevistadas duas mil pessoas, segundo o levantamento.

POPULARIDADE

A06 - POLÍTICA.indd 6 4/8/2012 11:58:17

MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012 A7Com a palavra

O primeiro ponto a ser atacado é o problema de abaste-cimento de água nas zonas Les-te e Nor-te. Vamos sanear esse problema e na sequência resolver a questão do esgoto”

Já revitali-zamos 16 poços, au-mentando a capacidade de distribui-ção. Em dois meses esta-remos atin-gindo 80 mil habitantes com abas-tecimento contínuo de água”

A Manaus Ambiental, empresa do grupo Saneamento Am-biental Águas do Bra-

sil (Saab), tem um grande desafio pela frente: resgatar o abastecimento de água de Manaus, um dos assuntos mais polêmicos e cobrados pela população e pelos forma-dores de opinião. Para isso, a empresa anuncia um investi-mento de R$ 3,4 bilhões para os próximos 30 anos, sendo que R$ 1,2 bilhão será em água e R$ 2,2 bilhões em saneamento e esgoto.

Na entrevista que concedeu durante visita ao presidente do Grupo Raman Neves de Comunicação, empresário Otávio Raman Neves, o di-retor-presidente da empre-sa, Alexandre Biachini disse que este desafio se resume a capacidade técnica e ao investimento. “É isso que o grupo Águas do Brasil tem e é dessa forma que a gente tra-balha, trazendo os melhores profissionais que temos para cá”. De acordo com Bianchini, Manaus se tornou o projeto mais importante do grupo Águas do Brasil.

EM TEMPO – O que muda no abastecimento de água da cidade com a chegada da Manaus Ambiental?

Alexandre Bianchini – O grupo Águas do Brasil está chegando a Manaus e tem apenas dois meses de opera-ção. É o maior grupo privado do país e considerado o me-lhor grupo privado também. Atuamos em 14 cidades e em todas elas temos atestado de competência e de excelência na prestação de serviço, com aprovação acima de 96% por parte da população. E toda essa capacidade técnica de investimentos e esse conhe-cimento da área de sanea-mento vão ficar à disposição da cidade de Manaus.

EM TEMPO – Essas mu-danças já estão sendo co-locadas em prática?

AB – Sim, já começamos a trabalhar. Já revitaliza-mos 16 poços, aumentamos a capacidade de produção da ponta do Ismael e já investimos em versões de frequência para transfe-rir mais água para a Zona Leste. Acredito que em dois meses estejamos atingindo em torno de 80 mil habitantes com abas-tecimento contínuo, uma melhora significativa para a cidade de Manaus.

EM TEMPO – O abaste-cimento de água é um dos pontos mais polêmicos e mais cobrados da cidade de Manaus. Como a em-presa pretende enfrentar esse desafio e reverter esse quadro?

AB - O desafio do abaste-cimento de água se resume a duas coisas: capacidade técnica e investimento. E é isso que o grupo Águas do Brasil tem e é dessa for-ma que a gente trabalha, trazendo os profissionais que a gente está trazendo para cá. Manaus se tornou o projeto mais importante do grupo Águas do Brasil. Para você ter uma ideia, no último congresso do grupo nós fizemos uma conta sobre a experiência profissional de cada um dos nossos técnicos, de seu tempo de experiência em saneamento, e desco-brimos que nós temos mais de 500 anos de experiência em saneamento. E todo esse potencial, toda essa capa-cidade de investimento das sócias do grupo Águas do Brasil – Grupo Carioca Enge-nharia, Queiroz Galvão Par-ticipações-Concessões S.A., Trana Construções Ltda. –, está à disposição de Manaus. São empresas que já estão há 60 anos no mercado e há 15 anos trabalham no saneamen-

to. Todo esse potencial está à disposição da cidade.

EM TEMPO – E de quanto

será o investimento que o grupo pretende fazer em Manaus?

AB – O investimento pre-visto para os próximos 30 anos é de R$ 3,4 bilhões, sendo que R$ 1,2 bilhão será em água e R$ 2,2 bilhões em saneamento e esgoto.

EM TEMPO – No planeja-mento da Manaus Ambien-tal, qual o primeiro ponto a ser atacado?

AB - O primeiro ponto a ser atacado é água, sem dú-vida nenhuma, atingindo as zonas Leste e Norte. Vamos sanear esse problema e na sequência resolver a questão

do esgoto também.

EM TEMPO – Qual o pú-blico de consumidores que a Manaus Ambiental atin-ge hoje e qual o déficit que precisa suprir para, de fato, oferecer o serviço que a cidade precisa?

AB - Quando assumimos, em torno de 91% e 90% dos moradores tinha abas-tecimento contínuo. Nós es-tamos elevando esse abaste-cimento contínuo até o final do ano para 95% com áreas consolidadas. Os outros 5%, que correspondem em torno de 100 mil habitantes, é um número muito grande que nós pretendemos atingir ao longo do ano 2013.

EM TEMPO – É claro que num serviço essencial como esse existem perdas. Qual é a perda de água hoje que a companhia re-gistra?

AB - As perdas são muito grandes, principalmente em relação às ligações clandes-tinas. Já enfrentamos isso em outros municípios e a gente sabe muito bem como lidar com isso, principalmente na questão da aproximação ao cliente. Eu acho que isso é o mais importante que nós temos a fazer.

EM TEMPO – Em relação à rede, qual a perspectiva de investimento da em-presa?

AB - Com certeza vamos investir bastante em rede, na expansão do sistema e na consolidação das áreas que hoje são abastecidas.

EM TEMPO – De que forma serão divididos esses inves-timentos. Existe um crono-grama a ser seguido?

AB – Este ano são R$ 45 milhões, ano que vem serão R$ 70 milhões e depois R$ 80 milhões. Tem toda uma programação que é regida por um estudo feito pela Fun-dação Instituto de Pesqui-sa da Universidade de São Paulo, que rege o contrato de concessão ao qual vamos seguir fielmente, da mesma forma que fazemos em ou-tras concessões onde jamais deixamos de cumprir um item do contrato.

EM TEMPO – Será fei-to algum investimento na qualidade da água ou a que está chegando na torneira do consumidor está dentro dos padrões exigidos?

AB – A qualidade da água de Manaus é excelente. Nós fazemos em torno de 30 mil análises mensais e realmente não existe problema nenhum. A água é de excelente quali-dade e superconfiável.

Alexandre BIANCHINI

Água PARA TODOS até 2013

O desafio de abaste-cimento de água se resume em capacidade técnica e investimen-to. O grupo Águas do Brasil está trazendo os melhores profissionais para cá. Manaus se tornou o projeto mais importante do grupo Águas do Brasil. Todo nosso potencial está à disposição da cidade”

MÁRIO ADOLFO Equipe EM TEMPO

INVESTIMENTOA Águas do Brasil anunciou investimento de R$ 3,4 bilhões para os próximos 30 anos. Desse montante R$ 1,2 bilhão será aplica-do em água e R$ 2,2 bilhões em saneamento e esgoto

FOTOS: REINALDOOKITA

A07 - POLITICA.indd 5 4/8/2012 11:55:50

A8 Política MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

A08 - PUBLICIDADE ENGECO.indd 6 4/8/2012 11:54:05

EconomiaCa

dern

o B

[email protected], DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012 (92) 3090-1045Economia B3

‘Barreiras’ da portabilidadebancária

Decorar e mobiliar imóvelpode superar R$ 200 mil

RICHARD RODRIGUESEquipe EM TEMPO

Com esse valor, amazonenses investem na compra de móveis caros e artigos luxuosos para deixar o imóvel “dos sonhos”

Até quem pesquisou para mobiliar e decorar a casa não pagou barato. A bióloga Ro-berta Bezerra foi de loja em loja para dar a “sua cara” ao apartamento recém adquiri-do. “Até fi z um projeto de modelados para todo o imóvel,

mas como o preço era um pouco ‘salgado’ mudei de pla-nos. Apenas a minha cozinha tem móveis planejados, en-quanto o restante dos móveis e decoração da casa foram comprados separadamente”, diz, ao frisar que os gastos

com decoração davam para dar entrada em um carro.

A bióloga completa que não se arrependeu do “toque” dado ao novo lar, pois economizou quase R$ 10 mil na empreita-da. “Os dois quartos, o banhei-ro, cozinha e a sala de estar

tiveram o projeto de móveis planejados, orçado em R$ 25 mil, valor que foi reduzido para R$ 15 mil com o que foi comprado para mobiliar e decorar o ambiente com espelhos, luminárias, entre outros artigos”, explica.

Valor equivale a uma ‘entrada’ no carro zero

pode superar R$ 200 milRICHARD RODRIGUESEquipe EM TEMPO

Com esse valor, amazonenses investem na compra de móveis caros e artigos luxuosos para deixar o imóvel “dos sonhos”

Valor equivale a uma ‘entrada’ no carro zero

Procura por decoradores aquecida

REPRODUÇÃO

Após adquirir ou con-cluir aquela tão espe-rada reforma do imó-vel, os amazonenses

não medem esforços e gastos para mobiliar o bem em que vão morar. Prova disso é que as despesas com decoração, móveis e eletrodomésticos dos moradores no novo “lar doce lar” podem chegar a R$ 250 mil, valor que dá para comprar até dois apar-tamentos dentro do “Minha Casa, Mi-nha Vida”.

A professora Trícia Sobreira dispensou eco-nomizar para ter tudo do bom e do melhor no apartamento em que reside com o marido e os dois fi lhos. “O apartamento foi entregue em 1º de novem-bro do ano passado e, logo em seguida iniciamos o processo de escolha dos móveis e de-mais itens decorativos, que hoje compõem a nossa nova residência”, diz, ao salientar que tudo na nova morada é novo. “Desde as pane-las”, ressalta.

Trícia reconhece que o valor foi alto, mas garante que va-leu a pena desem-bolsar “um pouquinho mais” na nova decora-ção. “Iniciamos com a compra de móveis planejados, que custaram aproximada-mente, R$ 78 mil, e em seguida demos um ‘up’ no espaço com a aquisição de porcelanato para o piso, luminárias, entre ou-tros artigos que compõem o visual do apartamento”, destaca, ao frisar que na empreitada da escolha de móveis, até a troca da parte elétrica e hidráulica, contou com quatro arquitetos.

Casa nova, tudo novoQuem também investiu “pe-

sado” em decoração foi o empresário manauense Os-valdo Cardoso. “Resolvi fazer uma reforma no apartamento em que vou morar com a minha esposa e quis tudo novo. A reforma, que está em andamento, é orçada em R$ 70 mil, mesmo valor que será destinado à decoração do imóvel”, contabiliza o em-presário, que já deu o “start” na compra dos itens que vão compor o ambiente.

Sobre as aquisições deco-rativas, que também conta-ram com a ajuda de designer de interiores, Cardoso desta-ca que grande parte dos mó-veis da casa nova é exclusiva e de outros Estados. “A maio-ria dos artigos, como sofás e mesas, foi comprada em uma loja de artigos de decora-ção em Manaus, que trabalha com artigos de decoração e móveis importados do sul do país são um pouco mais caros em relação ao mobili-ário comercializados aqui na cidade, porém com detalhes únicos”, pontua.

Embora grande parte dos amazonenses opte por decorar o imóvel

por conta própria , a procu-ra por p r o f i s -s i ona i s

do ramo no Estado deu um “upg ra -de” de até 30%, nes-te ano, em re-lação ao

ano passa-do. Quem tem procurado esse serviço, segundo os próprios profi ssionais, são a nova classe mé-dia e a classe alta ama-zonense. “A busca pelos serviços de decoração em Manaus cresceu nos últimos anos, o que de-monstra que os serviços de decoração não são destinados apenas para os ricos”, ressalta a ar-quiteta Mylena Bonfi m, ao frisar que a demanda pelos seus serviços fo-ram elevados em 10%, de um ano para cá.

No escritório Offi ce Arquitetura, das sócias Erika Avelino e Karla Passos, o custo do pro-cesso de interiores vai de R$ 2 mil a R$ 40 mil. “A decoração deixou de ser supérfl uo e se tor-nou funcional pelo fato de proporcionarmos aos nossos clientes, acom-panhamento, que vai desde a compra de mó-veis até o processo fi nal da decoração”, observa a arquiteta Erika Aveli-no, ao pontuar que, nos projetos que desenvolve, os gastos dos clientes com os artigos decora-tivos podem chegar até R$ 200 mil.

B01 - ECONOMIA.indd 1 4/8/2012 00:20:44

B2 Economia MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

Nesta terça-feira, dia 7, a Amazônia celebra, às avessas, o fim da CCC, a Conta de Consumo de Combustíveis, que ajudava a iluminar a escuridão da floresta e que o Ministério das Minas e Energia decidiu cortar, sem a contrapartida eficaz adequada. Vai cobrir o santo da redução das tarifas energéticas do país, descobrindo o anjo do subsídio compensatório da precarieda-de energética que assola os Estados amazônicos, onde as distâncias geográficas camu-flam historicamente o descaso crônico federal. A medida, entre outros ajustes da composição tarifária, vai reduzir em 10% os custos de energia pelo país afora, e punir os municípios mi-seráveis do beiradão ribeirinho, onerando o acesso à energia neste fim de mundo florestal. Reafirma-se, assim, o rescaldo de um planejamento vesgo, das medidas alopradas de enfrenta-mento das mazelas energéticas da região, cujas potencialidades alternativas de energia solar, de biomassa e gás são escandalo-samente extraordinárias.

Este ano, a direção da Ele-trobras Amazonas Energia anunciou mais uma promessa, entre tantas que se repetem e frustram a população desde os anos 90, quando o apagão energético tomou dimensões catastróficas para a economia e para o cotidiano das pesso-as em Manaus: implantar, em parceria com o Estado, uma usina fotovoltaica, com 6 MW de capacidade instalada, até 2014,

na onda da Copa da FIFA para incentivar a utilização de ener-gia limpa no Estado. Energia solar é a alternativa mais viável e inteligente para as demandas e peculiaridades físicas e bió-ticas da Amazônia, onde o Sol apresenta média de radiação energética três vezes superior à de países como a Alema-nha, líder mundial em energia produzida por painéis fotovol-taicos. Uma solução factível, com operação relativamente rápida para substituir gradati-vamente as predatórias usinas termelétricas, dos geradores a diesel, que emitem 6 milhões de toneladas de CO2 por ano, duas vezes mais que os automóveis da capital paulista.

É contraditório constatar que, 45 anos após sua implantação, a Zona Franca produza sofisti-cados produtos eletrônicos e não tenha atraído e adaptado tecnologia capaz de incentivar unidades fabris de placas de energia solar, um polo indus-trial energético coerente com os compromissos de conservação ambiental da cobertura vegetal e preservação do bioma que descrevem o modelo industrial incentivado. É preciso, pois, e logo, unir os atores e gestores da empreitada e, de uma vez por todas, identificar e implantar a fábrica da “Luz para Todos” de verdade, solar e salutar, na perspectiva e de acordo com as efetivas e emergenciais neces-sidades locais e regionais, eco-nômicas e sociais... Voltaremos ao assunto.

Alfredo MR Lopes [email protected]

Alfredo MR Lopes

Filósofo e consultor ambiental

É contraditó-rio constatar que, 45 anos após sua im-plantação, a Zona Franca não tenha atraído e adaptado tecnologia capaz de in-centivar uni-dades fabris de placas de energia solar”

Amazônia – o descaso energético - Parte I

Ao quitar os débitos até novembro, consumidores terão tempo para recuperar o crédito e garantir as compras de fim de ano

Endividados pagam dívida parcelada em três meses

Em até três meses, 48,9% dos consumidores que tinham dívida em julho deverão quitar as presta-

ções, conforme levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV). No Amazonas, no acumulado até o último mês, há mais de 381 mil devedores, conforme dados da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus).

“A quitação dos débitos ajuda a economia brasileira, pois o con-sumidor pode voltar a ter maior disposição para comprar depois de pagar as dívidas”, explica a coordenadora do estudo da FGV, Viviane Seda.

Os demais consumidores com compras a prazo estão divididos entre os que possuem prestações com vencimento entre três e seis meses (28,4%), entre 7 e 12 meses (12,6%) e acima de

12 meses (10,1%). “Esse cenário é positivo na medida em que o vencimento de mais de 70% das parcelas está atrelado a um período de até seis meses, o que significa que o consumidor vai retornar em breve às compras”, avalia Viviane.

O levantamento da FGV analisa o endividamento das famílias a partir da Sondagem de Expectati-vas do Consumidor, realizada por amostra de, aproximadamente, 2 mil domicílios, entre os dias 2 e 20 de julho.

O estudo mostra, ainda, que apenas 3,3% dos entrevistados possuem dívidas que compro-metem entre 51% e 100% do orçamento. A parcela dos que têm prestações a pagar que superam a renda mensal é ainda menor, de 0,9%. A maior parte dos consu-midores (29,2%) afirmou que as

compras parceladas comprome-tem até 10% da renda do mês e para 24,8% o comprometimento fica entre 11% e 50%.

As famílias com menor poder aquisitivo são as mais endivida-das. Entre os que ganham até R$ 2,1 mil mensais, 6,8% compro-metem mais de 51% da renda com compras a prazo. No grupo dos que ganham mais de R$ 9,6 mil por mês, essa porcentagem cai para 1,5%.

Apesar disso, o grupo com maior parcela de consumidores (41,9%), que não têm compras parceladas em seu nome, é o daqueles que ganham até R$ 2,1 mil. “Esse é um grupo que não tem muito perfil de comprar parcelado, porque o maior gasto é com alimentação, luz, água. Sobra pouco para se endividar”, destaca a coordena-dora do estudo.

De acordo com a FGV, com a quitação dos débitos os consumidores terão mais “fôlego” para comprar

REPRODUÇÃO

B02 - ECONOMIA.indd 2 4/8/2012 00:25:12

B3EconomiaMANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

‘Barreiras’ da portabilidadeMudar uma conta-salário ou a dívida de um financiamento de uma agência bancária para outra requer uma série de exigências, o que pode fazer o cliente amazonense até desistir. Especialista alerta que é preciso analisar “prós e contras”

Embora exista há cinco anos, a portabilidade bancária impõe “bar-reiras” que podem fa-

zer o cliente amazonense até desistir da mudança. Transfe-rir dívidas, saldos de contas-salários, financiamentos tudo

isso é possível fazer com a troca, só é difícil fugir de algumas exigências.

Para se beneficiar do servi-ço, o cliente precisa procurar a instituição financeira e co-municar a decisão. É nessa hora que podem surgir os problemas. A “dor de cabe-ça” começa pelas exigências feitas. Se o usuário não for

cliente ou não tem um bom relacionamento com o banco para qual quer portar, tem de dar garantias de que terá como pagar a dívida, se a mudança for por esse motivo. Além disso, adquirir seguro, fazer capitalização e aceitar outros produtos do banco, que podem não ser úteis, estão entre os critérios.

Para o economista Antô-nio Galvão, nem sempre a portabilidade é garantia de vantagens. “Quando o cliente se interessa por esse ser-viço é preciso colocar as propostas na ponta do lápis e ver se realmente vale a pena, pois muitas vezes é mais vantagem para o con-sumidor negociar a dívida

com o próprio banco onde é cliente, com a possibilidade de garantir descontos de até 60% ou 70%”, orienta.

A servidora pública Dalva Reis ressalta que desistiu de transferir sua conta salário de um banco para o outro devido a burocracia. “Achei uma agência que me ofe-recia uma linha de crédito

maior, cartões de crédito e margem de empréstimo boa, mas quando fui ao meu banco para fazer a transferência encontrei muita resistência do gerente, porque tinha um empréstimo bancário ainda em aberto. Para evitar trans-torno estou esperando quitar minha dívida para fazer a troca”, diz.

ISABELLA SIQUEIRAEquipe EM TEMPO

A especialista na área financeira Silvia Soares recomenda que o cliente preste aten-ção nos “prós e con-tras”. A primeira dica é pesquisar a taxa de juros praticada em ou-tros bancos. Segundo ela, juros menores per-mitirão melhores con-dições de amortização da dívida.

De acordo com a es-pecialista, a demanda pela portabilidade ban-cária é maior que a capacidade dos bancos em absorvê-las, o que implica que haverá uma rigorosa análise de cré-dito. O consumidor que está com a dívida em atraso poderá não ser beneficiado. Ao encon-trar um banco com juros menores, o consumidor deverá abrir uma con-ta-corrente, solicitar a portabilidade e aguar-dar a aprovação.

“A simples abertura de conta não carac-teriza a portabilidade, e sim uma mudança de banco, e se não houver a quitação da dívida com o banco credor de origem, o banco lesado continuará debitando o saldo devedor, ou re-tendo o salário depo-sitado como forma de garantir o pagamento da dívida. E cuidado com a oferta de mais empréstimos”, alerta.

Cliente deve estar atento às entrelinhas

Atualmente, o volu-me de transações re-lativas à portabilidade ainda é muito baixo se comparado ao total de crédito disponibilizado. Segundo a Caixa Eco-nômica, a agência ainda não dispõe de controle dessa modalidade de operação, porém, afir-ma que os números são inexpressivos frente ao volume de novos contra-tos feitos diariamente.

Já o Banco Central aponta um pequeno crescimento no setor. Em março de 2010, volume de recursos movimenta-dos com a portabildiade bancária era menor que R$ 7 milhões. Em março do ano passado, o valor superou R$ 12 milhões.

Mudança tem baixaprocura

B03 - ECONOMIA.indd 3 4/8/2012 00:26:08

B4 Economia MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

Unimed abraça desafi os ao comemorar 33 anosMaior operadora de saúde do Estado chega à nova idade com a meta de otimizar os serviços para atender 200 mil usuários

No aniversário de 33 anos, a Unimed Ma-naus, maior operado-ra de planos de saúde

do Estado, faz um balanço dos serviços oferecidos à socieda-de local e dos avanços relacio-nados ao atendimento médico prestado por seus coopera-dos, por meio do presidente da empresa, Asdrúbal Melo. Em entrevista concedida ao EM TEMPO, o dirigente fala, ainda, sobre a atual infraestrutura do sistema de saúde disponibiliza-do pela operadora, da solução de problemas para otimizar os serviços Unimed e do qua-dro de médicos cooperados na capital amazonense.

EM TEMPO - Como o se-nhor avalia a importância da Unimed nesses 33 anos de atuação em Manaus?

Asdrúbal Melo - A Unimed Manaus veio atender um antigo anseio do amazonense por um serviço de saúde diferenciado, onde ele pode contar com um atendimento de qualidade em uma rede própria e credenciada de hospitais, clínicas e laborató-rios. Imagina se a rede pública de saúde tivesse que atender 200 mil clientes que hoje são nossos usuários. Além disso, a

Unimed gera aproximadamen-te 20 mil empregos diretos e indiretos em Manaus.

EM TEMPO - Quantos coo-perados a Unimed possui em Manaus? O senhor acredita que o número é sufi ciente para atender a demanda?

AM – Atualmente, temos 1.073 cooperados. Porém, ainda encontramos algumas difi culdades em determinadas especialidades. O Brasil todo enfrenta uma carência de mé-dicos e sofremos com isso aqui em Manaus. Na falta de médi-cos próprios temos ido buscar profi ssionais fora do Estado para não deixar nossos clientes desprovidos de atendimento.

EM TEMPO - Qual o dife-rencial da Unimed em rela-ção às concorrentes?

AM - A nossa rede de atendi-mento. Ela faz a diferença jun-to à concorrência. Atualmente, temos um complexo hospitalar com um hospital, uma materni-dade, um centro de oncologia, um pronto-socorro infantil, a central de consultórios e um ser-viço de medicina preventiva. Há menos de 1 ano inauguramos o novo hospital no Parque das Laranjeiras, com 21 mil metros

de área construída, 100 leitos e uma emergência que triplicou nosso atendimento de 750/dia para mais de três mil.

EM TEMPO - Quais são as estratégias que a Unimed utiliza para atrair antigos e novos clientes?

AM - Temos tido a grata sa-tisfação de receber o retorno de muitos clientes que procuraram a concorrência e agora estão de volta. Esse movimento motivou a criação da campanha “De Volta Pra Casa”, que benefi cia ex-clientes, em alguns casos até com redução de carência, que tenham plano anterior individu-al ou familiar com inadimplên-cia máxima de 1 ano, contados a partir das de vencimento da última mensalidade quitada. Em 1 ano de campanha regis-tramos o retorno de mais de 800 ex-clientes.

EM TEMPO - Alguns usuá-rios dos serviços da Unimed reclamam da demora para a marcação de consultas e realização de exames. Quais medidas a empresa tem tomado para reverter a situação?

AM - Temos carência de profi ssionais em diversas es-

pecialidades, o que ocasiona alguma difi culdade. Da mes-ma forma, também temos profi ssionais que têm grande procura e consequentemente uma agenda cheia, o que pro-voca esse contratempo aos usuários. Mas, temos procura-do atender as determinações e prazos determinados pela Agência Nacional de Saúde (ANS). O cliente confi a em de-terminado profi ssional e quer ser atendido apenas por ele, gerando um congestionamen-to. Outro fator que pode ser levado em consideração é o grande número de demissões no Polo Industrial de Manaus (PIM), o que gera uma corrida aos consultórios pela insegu-rança da perda do plano. Esta-mos abertos para receber as críticas e reclamações. O usuário pode nos ajudar ligando para o nos-so serviço de aten-

dimento ao c l i e n t e

(SAC) 08007029088.

EM TEMPO - Quais são as metas que a Unimed t e m

para Manaus nos próximos anos?

AM - Nossa principal meta é oferecer uma remuneração de acordo com o nível profi s-

sional de nossos médicos cooperados. Uma remu-neração adequada que certamente vai refl etir em um atendimen-to ainda melhor do nosso usuário, que é a razão de ser da Unimed Manaus.

profi ssionais que têm grande procura e consequentemente uma agenda cheia, o que pro-voca esse contratempo aos usuários. Mas, temos procura-do atender as determinações e prazos determinados pela Agência Nacional de Saúde (ANS). O cliente confi a em de-terminado profi ssional e quer ser atendido apenas por ele, gerando um congestionamen-to. Outro fator que pode ser levado em consideração é o grande número de demissões no Polo Industrial de Manaus (PIM), o que gera uma corrida aos consultórios pela insegu-rança da perda do plano. Esta-mos abertos para receber as críticas e reclamações. O usuário pode nos ajudar ligando para o nos-so serviço de aten-

dimento ao c l i e n t e

metas que a Unimed t e m

é oferecer uma remuneração de acordo com o nível profi s-

sional de nossos médicos cooperados. Uma remu-neração adequada que certamente vai refl etir em um atendimen-to ainda melhor do nosso usuário, que é a razão de ser da Unimed Manaus.

DIVULGAÇ

ÃO/UNIMED

B04 - ECONOMIA.indd 4 4/8/2012 00:29:55

B5EconomiaMANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

B05 - PUBLICIDADE ENGECO.indd 5 4/8/2012 00:16:12

B6 País MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

Pessoas com deficiênciaterão apoio profissionalOs programas de qualificação serão oferecidos pela rede federal de educação profissional e em entidades nacionais de aprendizagem

O Distrito Federal e os municípios bra-sileiros passaram a identificar a par-

tir de sexta-feira (3), pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Con-tinuada (BPC), entre 16 e 45 anos, para participar do pro-grama BPC trabalho, que visa a oferecer aos beneficiários acesso a trabalho, programas de aprendizagem e qualifica-ção profissional.

O BPC Trabalho irá interme-diar a oferta e a demanda de mão de obra de pessoas com deficiência, considerando as habilidades e os interesses dos trabalhadores e incentivando autônomos, empreendedores e cooperativas por meio do acesso a microcrédito.

Os programas de qualifi-cação serão oferecidos pela rede federal de Educação profissional e em entidades nacionais de aprendizagem, tais como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

O programa foi lançado por meio de portaria no dia 3, no Diário Oficial da União, pelo

Ministério do Desenvolvimen-to Social e Combate à Fome (MDS), em parceria com os ministérios da Educação, do Trabalho e Emprego, e com a Secretaria de Direitos Huma-nos (SDH). O “BPC Trabalho” integra o Plano Nacional dos Direitos da Pessoas com Defi-ciência – Viver sem Limite, de novembro de 2011.

De acordo com a portaria, o DF e os municípios serão os responsáveis por executar o programa. Deverão buscar e orientar beneficiários po-tencialmente interessados em participar, designar servido-res, fazer o registro de enca-minhamentos no âmbito do programa e garantir o acesso às pessoas com deficiência, a

serviços e benefícios.Os recursos do programa

serão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Pro-grama Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem).

Têm acesso ao BPC, para receber um salário mínimo (R$622), pessoas comprova-damente incapacitadas para a vida independente e o tra-balho – mediante avaliação do serviço social e de perícia médica do Instituto Nacio-nal do Seguro Social (INSS) – cuja renda mensal familiar per capita seja inferior a um quarto de salário mínimo (cerca de R$ 155).Esse bene-fício é pago pela Previdência por meio do Sistema Único de Assistência Social (Suas), e suspenso, caso a pessoa passe a ter renda maior.

Para a coordenadora da área de direitos da pessoa com de-ficiência do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD), Priscilla Se-lares, apesar de a expectativa em relação ao programa ser positiva, a portaria é genérica e contraditória, pois menciona que para participar do progra-ma a pessoa deve ter deficiên-cia que a incapacite para a vida independente e o trabalho.

QUALIFICAÇÃOOs programas de qualificação serão oferecidos pela rede federal de educação profissional e em entidades nacionais de aprendizagem, tais como o Senai, o Sesi e o Senac

RENATO ARAUJO/ABR

De acordo com a lei 8.742/93, que regulamenta o BPC, receberão o bene-fício aqueles que têm “im-pedimentos de longo prazo de natureza física, intelec-tual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com

as demais pessoas”.“A contradição está em

uma medida que visa a fo-mentar a oferta de traba-lho, mas estabelece como pré-requisito a não condição de trabalhar e de ter uma vida independente”, disse Priscilla. Segundo ela, o programa não contempla dificuldades importantes

que pessoas com deficiência enfrentam para entrar no mercado de trabalho, como a própria suspensão do BPC, caso haja aumento de renda derivada do trabalho.

“Hoje, independentemen-te da política, o que é mais importante é ter regula-mentado, de forma clara, a questão da suspensão”.

Inaptos receberão benefícios

O programa, apesar da boa expectativa, é contraditório por exigir que a pessoa seja incapacitada

B06 - PAIS.indd 6 3/8/2012 23:11:42

B7PaísMANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

B07 - PUBLICIDADE HITECH.indd 7 3/8/2012 23:12:23

B8 Mundo MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

Menor casa do mundo na Alemanha

A casa possui teto, porta com fechadura, janela, local para dormir e uma mesa dobrável, porém tudo isso em apenas um único comparti-mento, tamanho suficiente para sentar-se, ou quando inclinada, deitar e dormir. O arquiteto Le Mentzal, nasceu na cidade de Laos, na Ásia, e é um refugiado que cres-ceu na Alemanha, onde criou a casa, e durante grande parte de sua vida buscou o significado da palavra “lar”. Então se questionou o que de fato as pessoas ao redor do mundo precisam para vi-ver ou morar. Foi por meio desta reflexão, que Le Ment-zal criou este invento que denominou de “a casa mais pequena do mundo”.

Base centralPara Mentzel a casa se

torna pequena somente para aqueles que queiram passar o dia inteiro dentro dela. “Mas “se você definir a sua casa como uma espécie de base central e declarar o parque como seu jardim ou a cidade como sua sala de estar, esta casa é, possi-velmente, a maior casa que você pode imaginar.”

O moradia foi construí-da com materiais comuns, custando aproximadamente R$ 600. Além de pequena e barata, o lar possui ro-das facilitando dessa forma o deslocamento.

ARQUITETURA

Com medo dos conflitos, habitantes do país se viram obrigados a deixar suas casas para fugir da violência

Mais de 1,5 milhão de sírios buscam moradias

A Agência das Nações Unidas para os Re-fugiados (Acnur) aler-tou que mais de 1,5

milhão de pessoas na Síria se viram obrigadas a deixar suas casas em busca de locais se-guros, dentro do próprio país, devido à onda de violência.

Foram criados campos para refugiados, mas a maioria das pessoas está abrigada em escolas, centros de trei-namento, mesquitas e casas de parentes e amigos.

A porta-voz da Acnur, Me-lissa Fleming, disse que a es-timativa é que o número seja

ainda maior em decorrência do aumento da insegurança e do medo em todo o país. A onda de violência na Síria já tem 17 meses e matou mais de 20 mil pessoas, principal-mente civis, inclusive crianças e mulheres, segundo organi-zações não governamentais.A onda de violência na Síria já dura 17 meses e matou mais de 20 mil pessoas, a maioria civis

De acordo com o Cres-cente Vermelho Árabe Sírio, grupo ligado à Cruz Vermelha, 7,2 mil pessoas estão abriga-das em 45 escolas e seis dormitórios em Alepo, a segunda maior cidade da Síria, onde estão concentrados os principais embates. Há informações de que a violência se espalha na região de Damasco, ca-pital síria.Os embates na Síria começaram em março de 2011 quan-do a oposição passou a cobrar, por meio de protestos, a renúncia do presidente Bashar Al-Assad, há 11 anos no po-der. Assad reagiu com fortes ações repressi-vas. A comunidade in-ternacional recomenda uma transição política pacífica na região.

Abrigados em escolas e dormitórios

AP PHOTO

B08 - MUNDO.indd 8 3/8/2012 23:09:25

Dia a diaCade

rno

C

[email protected], DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012 (92) 3090-1041

Policiais vão a júri na terça

DIVULGAÇÃO

Página C3

Diante do assassinato dos colegas de profi ssão, taxistas recorrem a outras fontes de renda e deixam o volante no passado. Hoje, até donos de pizzaria eles já se tornaram

faz taxistas ‘deixarem a praça’

O medo da violência tem feito com que muitos taxistas deixem a pro-fi ssão e consigam ou-

tras áreas para atuar. Segundo estatísticas da Comissão dos Taxistas Auxiliares e Permissio-nários Autônomos de Manaus (CTAPAM), em Manaus, existem 7 mil taxistas, sendo 4 mil au-xiliares e 3 mil permissionários. Desse total, pelo menos 300 já abandonaram o volante nos últimos dez meses, somente na capital amazonense.

Semanalmente, são registra-dos entre dez e 14 assaltos. Somente em 2012, oito taxistas perderam suas vidas quando es-tavam em atividade.

Após atuar como motorista de táxi há mais de 15 anos, o ex-taxista Wilson Fernandes, 57, o “Gavião”, abandonou a “praça” depois de ver muitos amigos perderem suas vidas. O medo de sair para trabalhar e não saber se voltará para casa, é um dos fatores, que segundo ele, contribuíram para o abandono da profi ssão. A família também insistiu para que ele largasse o volante, ele admite.

“Eu não tenho mais disposição

para trabalhar como taxista. Depois que o último colega mor-reu, o “Baiano”, resolvi de vez sair da profi ssão. Você nunca sabe quem está transportando, muitas vezes é um bandido. As vezes fi cava escolhendo passa-geiros para pegar na rua, com medo de ser assaltado. Nos últimos meses de trabalho, eu pegava apenas pessoas cadas-tradas na associação, e isso era muito ruim, pois o lucro era baixo”, comenta.

O ex-taxista relata, ainda, que depois que parou de rodar, foi difícil alugar o carro para ou-tra pessoa, pois a maioria dos taxistas alimentam o mesmo medo. “Gavião” mudou até de profi ssão. Atualmente, junto com sua esposa, montou uma pizzaria em sua casa, e ainda fez um curso de corretor de imóveis para ajudar na renda mensal da família.

“Para eu voltar para a praça, eu teria de reestruturar minha vida. Vou ver se com essas ca-bines blindadas que inventaram terei coragem de ser taxista novamente, me sinto inseguro. Antes de eu parar, minha famí-lia pedia todos os dias para eu trabalhar com outra coisa. Fiz alguns cursos e vamos ver no que vai dar”, fi naliza.

LUCAS PRATAEquipe EM TEMPO

Outro taxista que abando-nou a “praça” foi Deoclécio Rodrigues da Silva, 40, que trabalhou 14 anos na profi ssão e há seis meses largou o táxi. Segundo ele, durante o tempo que atuou na área, sofreu três tentativas de assalto e, em uma, foi roubado.

“O taxista não tem segu-rança para trabalhar. Você sai de casa e não sabe se vai voltar. Vi alguns amigos morrerem trabalhando e isso me deixou com medo de rodar. Como eu tenho problema no coração, no último assalto que

sofri, fi quei muito nervoso e nem conseguia dirigir, o carro estancou. Ainda bem que os bandidos não fi zeram nada comigo”, relembra.

Deoclécio comenta que a fa-mília implorava para que ele deixasse a profi ssão. “Como eu trabalhava em um carro alugado, era quase obrigado a trabalhar, pois eu tinha que pagar o aluguel do veículo. A falta de segurança fez com que eu abandonasse a profi ssão e fosse para outra. Hoje sou motorista em uma empresa particular”, fi naliza.

Nervosismo atrapalha rotina

Segundo o presidente de honra da CTAPAM, Jorge Santana, antes da onda de violência con-tra a classe,os taxistas que não tinham carro próprio, encaravam difi culdades de alugar um carro para rodar. Ele que também era taxista, parou de rodar devido a violência.

“Bicos” “Antes era uma difi -

culdade de alugar um carro para trabalhar à noite, hoje ninguém quer. Estou fazendo “bico” para ajudar na minha renda mensal. Vou analisar se a cabine blindada vai melhorar mesmo, caso não, vou arranjar outra profi s-são, apesar de gostar do que faço”, explicou.

“Ninguém quer maisalugar táxi”

JOEL ROSA

Deoclécio decidiu abandonar a vida de taxista há seis meses

C01 - DIA A DIA.indd 1 3/8/2012 23:06:25

C2 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

MPT quer evitar ‘deslizes’ de sindicatos com debatesSemana sindical começa amanhã e segue até sexta-feira com palestras, cursos, seminários e audiência pública. Com inscrições gratuitas, evento visa capacitar as entidades de classe e aproximar sindicatos e o Ministério Público

O Ministério Públi-co do Trabalho no Amazonas e em Roraima (MPT 11.ª

Região) inicia amanhã, em Manaus, um debate sobre questões sindicais de modo a iniciar diversos agentes so-ciais envolvidos (trabalhado-res, sindicatos, fiscalização do Trabalho, Poder Judiciário e Ministério Público do Tra-balho), uma sensibilização sobre temática. A “Semana Sindical 2012” termina no dia 10 de agosto.

O evento, realizado no au-ditório Procurador-Geral de Justiça Carlos Alberto Ban-deira de Araújo, na sede do Ministério Público do Esta-do do Amazonas (MPE-AM), Zona Oeste, movimentará as entidades sindicais de todo o Estado e os órgãos envolvidos. Serão realizados cursos, semi-nários e audiência pública. As inscrições são gratuitas.

O procurador-geral do Tra-balho, Luís Antônio Camar-go de Melo; o assessor da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Admilson Moreira dos Santos; os procuradores regionais do

Trabalho, Ricardo José Mace-do de Brito Pereira e Gerson Marques de Lima; o procura-dor aposentado José Cláudio de Brito Filho; o presidente da Associação Nacional de Pro-curadores do Trabalho, Carlos Eduardo de Azevedo Lima; os procuradores do MPT 11ª Região; e de Juízes do Tra-

balho do TRT, confirmaram presença no evento.

O Amazonas possui cerca de 190 entidades sindicais atuando, incluindo as colônias de pescadores.

Segundo a procuradora do Trabalho e coordenadora no Amazonas da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liber-dade Sindical (Conalis), Alzira

Melo Costa, muitos sindicatos, por não terem conhecimento, cometem falhas na gerência dessas instituições. Entre os erros está a ausência de trans-parência na gestão financeira, a confusão patrimonial entre os bens do sindicato e dos gesto-res, a manutenção de modelos de negociação coletiva onde há a ingerência e financiamento direto das empresas para com os sindicatos.

“A finalidade maior da se-mana sindical é capacitar e aproximar as entidades de classe e o MPT para evitar esses deslizes. O objetivo do evento é também, além de promover a capacitação, demonstrar o compromisso do MPT com a emancipação e exercício pleno da autono-mia sindical por parte dos próprios trabalhadores”, ex-plicou a procuradora.

O curso de formação e qua-lificação de lideranças sindi-cais, ministrado pelo procu-rador regional do Trabalho, Gerson dos Santos, será reali-zado nos dias 6 e 7 de agosto. O objetivo é fomentar o sur-gimento de lideranças sindi-cais compromissadas com a missão dos sindicatos.

MPE-AMEvento será realizado no auditório Procura-dor-geral de Justiça Carlos Alberto Bandei-ra de Araújo, na sede do Ministério Público do Estado do Amazo-nas. Atividades vão durar toda a semana

Na quinta-feira será re-alizado um debate com os sindicatos e a comunida-de jurídica-acadêmica para discutir, por meio de painéis, “A organização sindical no Brasil: registro e liberdades sindicais”; “Direito de Greve e negociação coletiva”; “Elei-ções sindicais e represen-

tatividade dos dirigentes e fontes de custeio: visão dos atores sociais’.

Já a audiência pública ser-virá como canal de diálogo com a sociedade e com as entidades sindicais. A in-tenção é obter dados que auxiliem na instrução dos procedimentos de forma a

subsidiar a atuação dos pro-curadores Trabalho que pos-suam investigações e ações envolvendo a temática.

Os interessados podem se inscrever no site www.prt11.mpt.gov.br, onde tam-bém encontrarão todas as informações sobre a “Se-mana Sindical 2012”.

Programação da semana sindical

Membros da classe sindical terão a oportunidade de se especializar e tirar dúvidas na sua área

ARQUIVO EM TEMPO /ALEXANDRE FONSECA

C02 - DIA A DIA.indd 2 3/8/2012 22:57:00

C3Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012 Dia a diaa diaa

Defesa usará imagens da acusação para livrar réusPoliciais militares André Luiz Castilhos e Rosivaldo Pereira vão à júri popular sob acusação de matar um adolescente

O feitiço pode virar contra o feiticeiro. É com base nesse ditado popular que

a defesa dos soldados da Polícia Militar do Amazonas, André Luiz Castilhos Campos e Rosivaldo de Souza Pereira, vai tentar provar a inocência da dupla. Os PMs vão a júri popular nesta terça-feira (7), em um dos mais aguardados julgamentos da Justiça crimi-nal do Amazonas em 2012.

Os policiais sentarão no banco dos réus pela acusa-ção de tentativa de homicí-dio, atentado qualifi cado e roubo qualifi cado com uso de arma de fogo contra um adolescente de 14 anos. O crime ocorreu em agosto de 2010, no bairro Amazonino Mendes, Zona Leste.

A sessão está prevista para começar às 9h no plenário do Tribunal do Júri Popular, no Fórum Henoch Reis, avenida André Araújo, bairro São Fran-

cisco, Zona Sul, e não tem hora prevista para terminar. O júri será presidido pelo juiz da 3ª Vara do Tribunal do Júri Popular, Mauro Antony. Na acusação atuará o promotor de Justiça Edinaldo Medeiros. A defesa dos policiais será feita pelo advogado Damião Lisboa.

Lisboa, que vai atuar na de-fesa do soldado Rosivaldo de Souza, afi rmou que o “feitiço” será o vídeo que foi exaus-tivamente usado como prova para incriminar e até condenar antecipadamente os policiais militares. “Vamos usar as ima-gens contidas nesse vídeo para convencer os jurados a votarem pela inocência dos militares”.

Damião Lisboa afi rmou que, durante os debates, vai pedir para exibir o vídeo de sete mi-nutos na íntegra. “As imagens mostram claramente que só um policial atirou. Os demais não tiveram participação al-guma”, afi rma.

O promotor Edinaldo Me-deiros informou que recen-temente pegou o processo, mas adiantou que o caso é

de muita complexidade.“Além da tentativa de homi-

cídio e roubo, o caso envolve ainda crimes de tortura e violação grave de direitos humanos praticados por agentes públicos”.

De acordo com o juiz Mauro

Antony, além de Rosivaldo e Castilhos, outros policiais fo-ram denunciados no mesmo processo: os soldados Wilson Henrique Ribeiro; Wesley Sou-za; Marcos Teixeira de Lima; Wilson Cunha e Alexandre Sou-za Santos; e o cabo da Polícia Militar, Janderson Bezerra.

Cinco recorreramDos oito policiais denuncia-

dos, cinco continuaram como réus no processo. Desses, so-mente André Luiz Castilhos Campos e Rosivaldo de Sou-za Pereira estarão sentados no banco dos réus e serão submetidos ao júri popular no próximo dia 7. Os demais recorreram da denúncia de pronúncia e aguardam deci-são da Justiça.

O juiz explicou que Janderson e Wilson Ribeiro foram absol-vidos sumariamente por falta de provas. Durante a instrução processual, fi cou comprovado que eles não tiveram partici-pação e estavam distantes do local do crime. Os outros policiais eram motoristas, que fi caram na viatura e não par-ticiparam do atentado.

De acordo com os autos, Castilhos é acusado de ter efetuado três disparos contra o adolescente.

Rosivaldo aparece nas ima-gens puxando um cordão que a vítima tinha no pescoço na hora do crime.

NILSON BELÉMEquipe EM TEMPO

ARTIFÍCIOA defesa de Rosivaldo de Souza vai alegar que as imagens do vídeo mostram cla-ramente que apenas um policial efetuou os disparos. Militar aparece puxando um cordão da vítima

O crime ocorreu no bairro Amazonino Mendes, Zona Leste, em 2010, mas só se tornou público 1 ano depois, em agosto de 2011, com a divulgação das ima-gens do caso.

A repercussão foi tanta que as imagens foram di-vulgadas nacionalmente e internacionalmente.

Segundo os autos, os po-

liciais atiraram, causando ferimentos graves no ado-lescente, além de roubá-lo. O grupo ainda difi cultou o socorro, demorando em conduzi-lo até um hospi-tal. Na denúncia feita pelo procurador de Justiça João Bosco Sá Valente (já mor-to), é descrito que o objetivo era demorar para causar a morte do adolescente.

Policiais difi cultaram socorro

Muro próximo a casa do adolescente foi cenário para o crime

JOEL ROSA

Cenas do crime foram registradas pelas câmeras de um supermercado próximo à área do crime. Nele, adolescente é cercado por policiais, sofre agressões e é atingido por um tiro

IMAGENS: REPRODUÇÃO

C03 - DIA A DIA.indd 3 3/8/2012 23:08:33

C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 C5Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 5 DE FEVEREIRO DE 2012

C04 E C05 - PUBLICIDADE.indd 4-5 3/8/2012 22:57:17

C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 C5Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 5 DE FEVEREIRO DE 2012

C04 E C05 - PUBLICIDADE.indd 4-5 3/8/2012 22:57:17

C6 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

Anabolizantes, medida de risco adotada por mulheresAnteriormente utilizados apenas por homens, produtos são, hoje, procurados por mulheres que ignoram os riscos do uso

Ter o corpo perfeito. Esse é o sonho de mui-tas mulheres que en-tram em uma acade-

mia. O problema, identificado por profissionais de educação física e especialistas no as-sunto, é que a maioria delas, a fim de obter resultados ime-diatos, apela para o uso de anabolizantes, antigamente um produto de uso predomi-nantemente masculino.

E o que mais facilita a pro-pagação do uso desse produto é o denominado “mercado ne-gro”. Nele, é possível encon-trar anabolizantes nas mais diversas formas — líquido, pílulas ou injetável.

O consumo é ainda mais facilitado com a venda desse medicamento em drogarias da cidade – que de acordo com o Ministério da Saúde devia vendê-los somente sob prescrição médica. E sobre essa “facilidade”, as próprias usuárias do produto falam.

Segundo a autônoma Melis-sa Lopes*, 30, ela mesma já comprou os anabolizantes em drogarias da cidade sem o uso do receituário. Melissa entrou na academia há pouco mais de

um ano. Na época, ela pesava 95 quilos e viu na balança um incentivo a mais para aderir aos produtos, o que ocorreu há seis meses. Hoje, a autônoma pesa 60 quilos, considerado ideal para ela.

Melissa começou a tomar medicamentos após emagre-cer. Como era muito gorda, a pele ficou flácida e a fez

buscar alternativas para re-verter a situação.

No mesmo período, ela co-nheceu pessoas, na própria academia onde malha, que vendiam anabolizantes. Foi quando começou a utilizá-los. “Na época eu era obe-sa. Comecei a emagrecer e fiquei com os braços cheios de estrias. Tem certo tipo de remédio com bastante colá-

geno, então ele recupera a pele mais rápido. Por isso comecei a tomar”, diz.

De acordo com Melissa, os professores de educação físi-ca não aconselham ninguém a usar anabolizantes. Ela alerta, ainda, que a pessoa nunca deve aderir ao produto logo que começa a malhar. É ne-cessário um debate.

Melissa reforça, ainda, que para comprar o produto atu-almente, só se for de forma irregular. “Eles vendem por “baixo dos panos”, mas não te aconselham a tomar porque tem gente que pode ter algum tipo de reação. No meu caso, nunca senti problema de saú-de, a não ser quanto à mens-truação, que costuma atrasar até três meses”, alerta.

Mesmo consciente dos ris-cos, Melissa diz ter tomado anabolizantes somente por um tempo e os abandonou por medo de que, indepen-dentemente das razões que a levaram a adotar o medi-camento, eles a tornassem uma “viciada”.

“Tenho medo de prejudicar minha saúde no futuro, mas acho que já estou bem. Não preciso mais tomar, porque sei que isso vicia”.

*nome fictício

IZABEL GUEDES Equipe EM TEMPO

HUDSON FONSECA

Camila diz que anabolizantes causam uma boa forma ilusória

A professora de edu-cação física, Camila Fer-reira, se nega a indicar o uso de anabolizantes para os seus alunos.

Segundo ela, o uso desses produtos resul-ta em uma boa forma “ilusória”. “Muitas mu-lheres buscam um corpo perfeito e começam a consumi-los porque eles dão um resultado ime-diato, no entanto, é vi-ciante. Se a pessoa para de tomar, ela atrofia, perdendo a massa que ganhou. Vira um círculo vicioso”, alerta.

O retorno rápido à antiga forma, além de estimular a venda irre-gular de mais produtos, segundo a professora, causa danos aos usuá-rios, como problemas no fígado, de hormônios, entre outros.

O ponto de vista profissional

A venda irregular de ana-bolizantes é proibida pela Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária (Anvisa), segundo a lei 9.625/2000. Segundo a determinação “a dispensação ou a venda de medicamentos do grupo terapêutico dos esteróides ou peptídeos anabolizantes para uso humano estarão restritas à apresentação e retenção, pela farmácia ou drogaria, da cópia carbona-da de receita do médico”.

Segundo informações do

Departamento de Vigilân-cia Sanitária do Amazonas (DVisa-AM), neste ano fo-ram realizadas apreensões de produtos em drogarias da capital, mas porque eles eram falsificados.

O farmacêutico do ór-gão, Fábio Makandork, explica que a compra de anabolizantes pelo “mer-cado negro” impossibilita a identificação do vendedor. Segundo ele, as denúncias são necessárias para coi-bir a prática.

Vigilância sanitária ‘de olho’

ILEGALIDADEO mercado negro de anabolizantes é apontado como o grande responsável pelo círculo vicioso que mulheres têm entrado na busca por um corpo perfeito. Investimento pode levar à morte

C06 - DIA A DIA.indd 6 3/8/2012 22:58:10

C7Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

Comércio ignora proibição e vende veneno para rato“Chumbinhos” são encontrados principalmente nas bancas de camelôs no centro de Manaus. Veneno pode levar à morte

A distribuição e a co-mercialização de veneno para rato e outros produtos com

efeito semelhante, são total-mente proibidos por lei, por colocarem em risco a vida humana. No entanto, os ris-cos evidentes são ignorados pela população e os venenos podem ser encontrados nos supermercados, mercadinhos, mercearias e, até mesmo, nas barracas e carrinhos de ven-dedores ambulantes.

Todos ignoram a determi-nação e seguem com a venda indiscriminada desses produ-tos. O EM TEMPO foi até a área do terminal da Matriz e constatou a venda indiscrimi-nada do produto.

O Aldicarber (agrotóxico de alta toxicidade) é conhecido como “chumbinho” e geral-mente utilizado em lavouras. A sua utilização foi proibida por meio do projeto de lei (PL) aprovado pela Câmara dos De-putados (PL – 7586/2006) de autoria do deputado Fernando Coruja PPS/SC, consolidado pela artigo 3º da lei 7.802, de 11 de julho de 1989, que proíbe sua comercialização.

Na capital amazonense, de janeiro a maio deste ano fo-ram notifi cados 18% casos de exposições a raticidas le-galizados e 12% a “chumbi-nhos”, sendo que o último, antes mesmo do término do ano, já apresenta o mesmo percentual do registrado em 2011, de 12%. Ano passado, a exposição a raticidas lega-lizados foi de 34%.

Conscientes da proi-bição, muitos comer-ciantes vendem o veneno de forma escondida. Eles sabem que, ao ex-porem nas prate-leiras, o proibido fi cará evidente e sujeito a puni-ções, mes-mo que d e i x e m claro que a fi scaliza-ção não os assusta, sim-plesmente por não existir.

No Centro, no terminal da Matriz, a equi-pe do EM TEM-PO, confi rmou o comércio ilegal de raticidas. Ao abor-dar três vendedo-res ambulantes, a equipe percebeu que dois dos vendedores da área tinham ciência de que era proibida a comercializa-ção do produto. Apenas um

ISABELLE VALOISEquipe EM TEMPO

Centro de zoonoses combate pragasO Centro de Controle de Zo-

onoses tem trabalho voltado para o extermínio dos ratos. De acordo com o biólogo Felipe Pinheiro, assim que constatada a presença dos ratos, o correto é que espe-cialistas sejam contactados.

Eles farão um estudo para verifi car se há um bando maior do que o notado na região.

“É importante frisar que o uso do chumbinho para matar ratos só é permitido em lavouras. Nos outros ca-

sos isso é ilegal. Os únicos venenos liberados são os variados do “cumarínicos”, mas sempre é bom procurar os órgãos responsáveis que possam colaborar e informar os cuidados corretos que de-vem ser cumpridos”, explica

Pinheiro.O fi scal do Departamento

da Vigilância Sanitária (DVi-sa) do município, Sílvio Cha-ves, alega que o órgão realiza operações períodicas, mas que a população deve denun-ciar caso tenha conhecimen-

to da comercialização ilegal. “Emergencialmente, a forma mais efi caz de combater essa ilegalidade é fi scalizar e punir severamente os criminosos, inclusive, com o fechamento de seus estabelecimentos”, informa.

Os sintomas mais comuns de envenena-mento, são: bradicardia, miose, diurese aumen-tada, lacrimejamento e sialorreia, náusea, vômito, dor abdominal, hipersecreção brônqui-ca e hipotensão.

Fasciculações muscu-lares, cãibras, fraqueza muscular, tremores, ta-quicardia, hipertensão, palidez e hiperglicemia, sonolência, fadiga, le-targia, confusão men-tal, cefaléia, dispnéia, convulsões e coma, também são quadros comuns às vítimas.

Os sintomas comuns de envenamento

Na capital amazonense, de janeiro a maio deste ano fo-ram notifi cados 18% casos de exposições a raticidas le-galizados e 12% a “chumbi-nhos”, sendo que o último, antes mesmo do término do ano, já apresenta o mesmo percentual do registrado em 2011, de 12%. Ano passado, a exposição a raticidas lega-lizados foi de 34%.

Conscientes da proi-bição, muitos comer-ciantes vendem o veneno de forma escondida. Eles sabem que, ao ex-porem nas prate-leiras, o proibido fi cará evidente e sujeito a puni-ções, mes-

claro que a fi scaliza-ção não os assusta, sim-plesmente por não existir.

No Centro, no terminal da Matriz, a equi-pe do EM TEM-PO, confi rmou o comércio ilegal de raticidas. Ao abor-dar três vendedo-res ambulantes, a equipe percebeu que dois dos vendedores da área tinham ciência de que era proibida a comercializa-ção do produto. Apenas um

FOTOS: REINALDO OKITA

De acordo com o coordena-dor do Centro de Informações Toxicológicas do Amazonas (CIT/AM) do Hospital Universi-tário Getúlio Vargas, o farma-cêutico Victor Marques, o risco de comercializar esse tipo de produto é que o veneno chegue e seja comercializado por uma criança ou um adulto.

“O perigo do consumo des-sas substâncias é preocu-pante, pois as manifestações clínicas da intoxicação podem ser altas e levar à morte do indivíduo”, explica.

De acordo com Marques, o envenenamento é caracteriza-do pela perda dos sinais e sin-tomas de alteração no sistema nervoso central”, explica,

O farmacêutico alerta, ain-da, que em alguns casos, os sintomas podem nem existir ou se apresentar de forma leve porque as reações parecem estar diretamente associadas aos receptores afetados.

“Os óbitos ocorrem, na maio-ria das vezes, em casos em que o tratamento demorou a ser iniciado. Isso demonstra a importância de acessar o serviço do CIT/AM e encami-nhar as pessoas envenenadas às unidades de saúde com capacidade para esse tipo de atendimento, o mais breve pos-sível”, conclui.

Veneno para rato pode ser encontrado nas bancas de vendedores ambulantes no centro de Manaus

alegou desconhecer a deter-minação por ter começado a trabalhar com a venda deles recentemente.

Um comerciante informou que trabalha no local desde 1996, sabe da proibição, mas por não ser punido, segue com a comercialização do veneno. “Nós sabemos que é proibido comercializar, mas como a procura é grande e não é fi s-calizado, continuo a comercia-lizar”, admite o ambulante.

Outro homem, também ven-dedor ambulante no Centro, disse que vendia o “chumbi-nho”, mas retirou a merca-doria do expositor, após ter recebido informações de que o veneno não matava mais os ratos. “Sempre compramos nas casas veterinárias mais conhecidas de Manaus. De qualquer forma, nunca tive a venda “barrada”, ressalta.

Sintomas po-dem ser leves

DENÚNCIASNos casos de intoxicação, a população deve li-gar para o número 08007226001. Para denunicar a comerciali-zação de ‘chumbinhos’ o correto é ligar para o 08000920123

C07 - DIA A DIA.indd 7 3/8/2012 22:58:37

C8 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

C08 - PUBLICIDADE DB.indd 8 3/8/2012 22:59:08

PlateiaCa

dern

o D

MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012 [email protected] (92) 3090-1042

Cinquentaanos semMonroe

Plateia D3

DIVULGAÇÃO

Cisne NegroCompanhia apresenta espetáculo comemorativo no evento que inicia hoje, no Teatro Amazonas

é destaque no festival de dança

Dia 5 (domingo)Horário: 19h Local: Teatro AmazonasHomenagem à Marta Martí

Mostra Principal“Teia” - Cia. Ballet da Barra “CDA Um Outro Tempo” - Corpo de Dança do Ama-zonas

Dia 6 (segunda-feira)Horário: 19h Local: Teatro Amazonas

Mostra Principal “Hysteria” - Entre Corpus

Companhia de Dança“A Cruz e a Moça” - Cia. Cacos

Dia 07 (terça-feira)Horário: 19h Local: Teatro Amazonas

Mostra Principal“Teu Olhar” - Contém Dan-ça Cia, “Confl uências” - Cia. Rodri-go Vieira

Programação Paralela Local: Teatro da InstalaçãoHorário: 17h

“Caboclo Ribamar” - Grupo de Dança Arte Pela Arte

Mostra nas Escolas Escola Daisaku IkedaHorário: 9h“Balé Negro: A Origem”- Cia. Arnaldo Peduto

Dia 8 (quarta-feira)Horário: 19h Local: Teatro Amazonas Homenagem à Lia Sampaio

Mostra Principal“Bella”- Cia. de Intérpretes Independentes

“Co – Réu” - Artistas Inde-pendentes

Programação Paralela Local: Teatro da InstalaçãoHorário: 17h“MP Balé”- Companhia de Dança Encontro das Águas

Mostra nas Escolas Escola Estadual Zilda ArnsHorário: 9h“Dudi na Floresta” - Cia. Expressão e Vida

Dia 9 (quinta-feira)Horário: 19h

Local: Teatro AmazonasMostra Principal“Fake Tucumã” - Cia. Qua-sualidades “O Processo” - Índios.Com

Programação Paralela Local: Teatro da InstalaçãoHorário: 17h“Amanhecer da Estrela” - Pajé Cia. de Dança Belly

Mostra nas Escolas Escola Eldah Bitton Teles Horário: 9h“O Corsário” - Cia. Arte 21 Suíte

Dia 10 (sexta-feira)Horário: 19h Local: Teatro Amazonas

Mostra Principal“Amo-Te” - Amaral Cia. de Dança, com espetáculo “Noite de Gala” - Ballet Álvaro Gonçalves

Dia 11 (sábado)Horário: 19h Local: Teatro Amazonas

Mostra Principal“Além da Pele / Sabiá / Ca-lunga” - Cia. Cisne Negro

Manaus será uma das primeiras ci-dades fora do ber-ço da Companhia

de Dança Cisne Negro, que é São Paulo, a ver o espetácu-lo de comemoração dos 35 anos do grupo, considerado uma referência no Brasil e no exterior. Em entrevista ao EM TEMPO, a diretora artís-tica Hulda Bittencourt conta como será a apresentação da companhia no encerramento do 4º Festival Amazonas de Dança (FAD). O evento acon-tece de hoje até o dia 11, no Teatro Amazonas, com ingressos a R$ 10.

“A abertura do programa de comemoração foi no Teatro Municipal de São Paulo e vamos fazer uma turnê no Brasil. Adoramos Manaus e estamos felizes em poder le-var nossa dança a esse povo especial”, disse a diretora.

Hulda afi rma que todo o

grupo está feliz por voltar à ci-dade. A equipe da companhia é composta por 18 profi ssio-nais, entre 12 bailarinos fi xos e quatro deles substitutos. “É gratifi cante poder estar junto a um grupo por tanto tem-po. Sinto orgulho da união,

é um elenco bonito”, come-mora. Para a diretora, que comanda os trabalhos junto à fi lha Dany Bittencourt, a paciência, o amor e a vontade de vencer são os ingredientes essenciais para um traba-lho duradouro como a Cisne

Negro. “Tem que ser louca (sorri) e amar porque não é fácil segurar um trabalho sem investimento e apoio de terceiros. Trabalhamos por conta própria e mes-mo em meio às dificuldades acredito que conseguimos contagiar quem está ao nosso redor”, disse.

CrescimentoPara Hulda, que esteve na

última edição do FAD como homenageada, o desempe-nho artístico dos bailarinos amazonenses é surpreen-dente, o que, segundo ela, comprova a força da dança local. “O pouco que vi duran-te o festival me possibilita avaliar como um excelente trabalho. Manaus tem um corpo de balé muito forte, só lamento a falta de oportuni-dades para viajarem mais”, disse. A bailarina também disse que torce para que os diretores locais tenham âni-mo para continuar na luta por mais oportunidades.

PRISCILA CALDASEquipe EM TEMPO

De acordo com a dire-tora, o espetáculo reúne coreografias de várias fases do grupo.

A primeira coreografia a ser exibida é intitulada “Cherché, Trouvé, Perdú”, que traduzido significa “Procurar, Encontrar, Per-der”. Elaborada em 2002 pelo francês Patrick Del-croix, a montagem tem 18 minutos de duração e fala das aspirações pessoais, afetivas e profissionais do ser humano. A dança é baseada na música de Arvo Pärt.

O segundo trabalho cha-ma-se “Shogun”, de autoria de Ivonice Satie (in me-moriam), que chegou a atuar como coreógrafa na capital manauense. Criada em 1990, a coreografi a é

desenvolvida em seis mi-nutos e homenageia o avô de Ivonice, Mitsugui Sensei, que a ensinou a importân-cia do contato entre mestre e discípulo. “É um balé in-teressantíssimo com músi-cas de Milton Nascimento e Fernando Brandt ésempre fez parte de nosso repertó-rio”, comenta Hulda.

O terceiro número, “Cânticos Místicos”, foi elaborado em 1990 pelo português Vasco Wel-lenkamp. Com base na música clássica mundial, o espetáculo pode ser vis-to pelo público por pouco mais de 20 minutos.

Na última apresentação, a companhia traz a core-ografi a “Bailantas” desen-volvida pela bailarina gaú-cha, Ana Mondini. Criada

em 1988, ao som da música “Pra Ti Guria e Prelúdio de um beija-fl or”, de Gilberto Monteiro, o bailado retrata uma leitura subjetiva da dança folclórica da Região Sul do país. “Esse número fez muito sucesso no ano de criação e com ele vamos en-cerrar nossa participação”, comenta a diretora.

Passeio pela história do grupo

DESTAQUEManaus será uma das primeiras cidades fora do berço da Compa-nhia de Dança Cisne Negro, que o é São Paulo, a ver espetá-culo de comemoração dos 35 anos do grupo, referência no Brasil

4º Festival Amazonas de Dança - Programação

FOTO

S: D

IVU

LGAÇ

ÃO

D01 - PLATEIA.indd 1 3/8/2012 21:51:54

D2 Plateia MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

Fernando Coelho [email protected] - www.conteudochic.com.br

O projeto de padronização e melhoria da Feira da Aparecida, aprovada re-centemente pelos feirantes e encaminhada ao governador Omar Aziz, conta com o olhar cuidadoso da primeira-dama Nejmi Aziz, que durante a última reunião com os profi ssionais deixou uma mensagem marcante sobre a im-portância do “pensar coletivamente”, como o melhor caminho para avançar

. O presidente da Associação Internacional de Imprensa Espor-tiva nos continentes americanos, o paraguaio Gabriel Cazenave, acaba de confi rmar a relação dos jornalistas internacionais que es-tarão presentes ao 21º Congresso Internacional de Jornalistas Es-portivos Aips/América, que acon-tecerá entre os dias 1º e 5 de setembro deste ano, no Amazon Jungle Palace, em Manaus.

. Praticamente todos os países estarão representados no evento. Segundo Cazenave, 20 jornalistas das três Américas estarão presen-tes, distribuídos por Brasil, Argen-tina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Estados Unidos, Guatema-la, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, Reupública Dominicana, Uruguai, El Salvador e Suriname.

. Na programação, está incluída uma visita às obras da Arena da Amazônia, novo estádio que receberá jogos da Copa de 2014. Visita aos pontos tu-rísticos, como o Encontro das Águas e o Teatro Amazonas também está incluída no programa de atividades.

>> Congresso

Carol Sebbem e Juliana Queiroz enchendo de charme tarde de lulu-zinhas chiques

. Sete pesquisadores que tiveram suas propostas selecionadas ao RH-Doutorado Fluxo Contínuo (Edital n° 005/2012) irão trabalhar em projetos sobre a questão urbana em Manaus, fl uxo de carbono entre a atmosfera e igarapés, cidades indígenas e/ou índios na cidade, produção e caracterização de carvões ativados produzidos a partir de resíduos de madeira.

. Por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), o governo do Estado irá investir R$ 806,49 mil na formação de recursos humanos.

>> Doutorado

. Estilista renomado, Riccardo Tisci, liberou a ima-ginação para a criação do Dahlia Noir, nova fragrân-cia Givenchy que faz sucesso na Europa. O diretor criativo da Givenchy Couture materializa por meio de seu primeiro perfume a característica olfativa de uma mulher imaginária, esse anjo sedutor, uma heroína da alta-costura, aguerrida, desprendendo uma doçura “dark”, uma ternura fatal.

. François Demachy, criador olfativo, seguiu o ima-

ginário de Riccardo Tisci e sua história familiar para realizar essa fantasia. As notas atalcadas evocam a doçura maternal, uma feminilidade tradicional, generosa e protetora. Elas se inscrevem em um valor sentimental.

. Quem faz a

publicidade do perfume é a top vetera-na italiana Mar iacar la Boscono, que está lindíssi-ma, por sinal.

>> Objeto de desejo

. Quem faz a publicidade do

. Foi publicada na última terça-feira a aguardada lista das personalidades mais bem-vestidas da revista “Vanity Fair” norte-americana, e sabe quem está presente? Cacá de Souza, braço-direito e embaixador de Valentino.

. Vale dizer que Cacá é o único brasileiro da lista em 2012 – no ano passado, a elegante Andrea Dellal foi a representante brazuca da revista. Ah, e a eleita mais bem-vestida do mundo pela publicação? Kate Middleton, a duquesa de Cambridge. Chique!

>> Os mais mais

. Karl Lagerfeld, pelo visto, não aprendeu a lição depois de ter chamado Adele de gorda e, em segui-da, ter pedido desculpas à cantora. Agora, a vítima é Pippa Middleton, irmã da duquesa de Cambridge, Kate Middleton.

. “Eu não gosto do rosto dela, acho que Pippa só deveria aparecer de costas, mostrando a parte de trás de seu corpo”, disse Karl. Já em relação a Kate ele foi só elogios: “Ela tem a silhueta e o rosto perfeitos para estar ao lado do príncipe William. Ela sempre faz as escolhas certas, sabe o que fazer e o que usar”, comentou em entrevista ao “The Sun”. Vem confusão por aí...

>> Opinião

A chique Patrícia Akel em even-to que reuniu o primei-ro time feminino da cida-de, no JS Studio

Waldeni-ce Garcia

durante coquetel

com elen-co Vip

FOTOS: CÉSAR CATINGUEIRA

D02 - PLATEIA.indd 2 8/4/2012 11:23:14 AM

D3PlateiaMANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

Uma das não mui-tas personalidades que partiram des-se mundo deixando

uma marca tão profunda na sociedade, Norma Jeane Mor-tenson, ou simplesmente Ma-rilyn Monroe, completa hoje, cinco décadas de falecimento. A atriz e modelo norte-ameri-cana é muito mais conhecida e lembrada pela sensualida-de e por ser considerada uma espécie de estopim da chamada “revolução sexual”, sobretudo no Ocidente, do que pela melancolia sob a qual passou boa parte do auge da vida artística.

Moda e comportamento su-gerem as áreas de maior in-fl uência que o mito do cinema abrangeu até hoje. Segundo a consultora de moda Sônia Jinkings, cor, corte de cabelo e penteado causam hoje tanto interesse quanto na época em que surgiu. “Os lábios muito vermelhos até agora são uma marca indissociável de Mari-lyn. Suas roupas extravagan-tes, embora não as mesmas, continuam sendo referências para novos modelos. Em al-gumas ocasiões específicas, existem pessoas que aderem às suas características para

compor um visual, sem as-sumir esses elementos para todos os dias, porque são exuberantes em excesso”, diz a consultora.

Durante esses 50 anos de-pois de sua morte, Marilyn ainda coleciona interesse ge-ral, de homens e mulheres, sociólogos, escritores, pesqui-sadores, artistas e públicos de toda sorte. Pensamentos registrados em cartas e poe-mas, e confi ssões em diários e folhas soltas resultaram, in-clusive, em livro (“Fragmentos – Poemas, anotações íntimas e cartas de Marilyn Monroe”, organizado por Bernard Com-ment e Stanley Buchtahl), o que muitos admiradores pas-saram a classifi car como outro talento pertencente à atriz, o de escritora. As evidências mais recentes apontam sus-peitas de que a Marilyn fosse lésbica ou, pelo menos, acu-mulasse essa tendência.

CinemaNo cinema, sua carreira foi

marcada por pelo menos 30 fi lmes. Os papéis variavam de fi gurante a atriz principal, ganhando inclusive indicação para o Globo de Ouro pela in-terpretação de Lorelei Lee, em “Os homens preferem as loi-ras”, dirigido por Howard Ha-wks, em 1953, um ano depois

de ter estreado como protago-nista, em “Almas desesperadas”, de Roy Ward Baker. “Talvez, ela não tenha sido de fato uma atriz excepcional, embora tivesse boa atu-ação. Mas conseguiu reu-nir todos os atributos que a fi zeram uma estrela. Foi

ela quem construiu o conceito de diva que temos hoje. Seus papéis apelavam a isso. Em suma, ela personifi cou o que devia ser copiado. Contudo, acredito que foram suas histó-rias paralelas da vida pessoal que ajudaram a torná-la uma marca, incluindo os inúmeros casamentos e sua relação com o ex-presidente dos EUA, John Kennedy”, diz o professor de teoria de cinema da Universi-

dade Fe d e -ral do Amazonas (Ufam), An-tônio José Vale da Costa.

Norma Jeane morreu em 5 de agosto de 1962, aos 36 anos. A causa da morte nun-ca foi realmente esclarecida, embora prevaleça a versão de que tenha sido por overdose. Marilyn, por outro lado (como personagem), ainda está viva e presente no imaginário coletivo, deixando uma leve suspeita de que “o pecado ainda mora ao lado”.

GUSTAV CERVINKAEquipe EM TEMPO

DESTAQUESímbolo de beleza e sensualidade, Marylin Monroen morreu há 50 anos, mas continua sendo refêrencia para várias atrizes e, claro, para as pessoas que admiram o seu trabalho e estilo de vida até hoje

Norma Jeane, nome de batismo de Marilyn, mor-reu há 50 anos

Atriz norte-americana por várias décadas, teve tantas faces cobertas e descobertas, que até hoje garantem a vida de um mito

Adeus de

‘Tacacá com Pavulagem’, hojeDepois do sucesso do pri-

meiro semestre, as disputa-das noites de shows musi-cais no palco da Tacacaria Parintins estão de volta. O projeto “Tacacá Com Pavu-lagem” volta para a segunda temporada de eventos e pro-mete movimentar o CSU do Parque Dez, hoje, a partir das 19h. A entrada gratuita e não há cobrança de couvert.

No comando de palco por onde já passaram artistas como Nicolas Jr, Cileno, Már-cia Siqueira, Sebastião Júnior, David Assayag, entre outros, estará a dupla Zezinho Correa e Lucilene Castro.

A amazonense e o incensa-

do intérprete reúnem-se no palco, ao som do violão, para cantar um repertório reche-ado de clássicos da música amazonense e da atual cena musical brasileira.

Segundo Bruna Iannuzzi, sócia proprietária do empre-endimento, a volta das noi-tes musicais na tacacaria, é uma exigência da clientela. “Saborear um bom tacacá ao gosto de boa música é sem-pre uma boa pedida, e como aqui na Tacacaria Parintins os clientes se acostumaram a ter qualidade, não pode-mos negar os pedidos pela volta do projeto”, comenta com bom humor.

Ainda segundo Bruna, a temporada de acústicos está só começando. “Estamos com a Lucilene e o Zezinho na pauta para o primeiro domingo de agosto mas, já trabalhamos nomes para o restante do ano”, explica.

Questionada sobre que estilos estão mais ao gos-to do cliente, ela destaca. “Aqui o povo quer ouvir boa música e de preferência que seja algo que nos identifique afinal, o lema da tacacaria é exaltar nossa amazonida-de”, finalizou.

EspaçoA Tacacaria Parintins é um

empreendimento referência em Manaus, quando o as-sunto é tacacá. Democrático, o espaço serve a iguaria ge-nuinamente amazônica, em dois estilos: o tacacá ao sabor Manaus e o tacacá ao sabor Parintins. A diferença está no tucupi que ora é azedinho para os que o preferem mais manauara ou mais adocica-do, aos que o curtem no gosto parintinense. A cebolinha que aromatiza a cuia é opcional assim como a goma que pode ser “pouca ou muita” depen-dendo do gosto do cliente. O camarão levemente salgado e o jambú, são acompanhan-tes indispensáveis.

DIVERSÃODIVULGAÇÃO

A cantora Lucilene Castro é uma das atrações de hoje

completa 50 anosMarilyn Monroe

FOTO

S: D

IVU

LGAÇ

ÃO

D03 - PLATEIA.indd 3 3/8/2012 21:57:06

D4 Plateia MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

Inscrições para o festival de cinema estão abertasOs interessados em participar com seus filmes deverão procurar o regulamento no site oficial do evento. A programação está prevista para iniciar dia 3 de novembro

Estão abertas desde a última terça-feira, dia 31, as inscrições para as três mostras

competitivas da 9ª edição do Amazonas Film Festival (AFF). Será considerado inscrito o filme, cuja cópia em DVD acompanhada da ficha de inscrição devidamente pre-enchida e assinada chegar ao comitê, no prazo estabeleci-do, segundo o regulamento disponível no seguinte ende-reço eletrônico: www.amazo-nasfilmfestival.com.br.

A cópia em DVD não será devolvida. Os interessados em concorrer devem abrir o regulamento do evento para conferir as exigências e pre-encher a ficha de inscrição até o dia 3 de setembro de 2012 (considerando a data de postagem). O Amazonas Film Festival é realizado pelo governo do Amazonas por meio da Secretaria de Es-tado de Cultura.

Este ano, o festival será realizado entre os dias 3 e 9 de novembro. Os nomes dos filmes indicados para o AFF serão divulgados no dia 5 de outubro. As datas e horários de projeção dos filmes sele-cionados são decididos pelos organizadores do Festival e comunicado aos participan-tes por meio de e-mail até o

dia 15 de outubro de 2012. A novidade é que este ano o Festival oferece ao melhor filme indicado pelo júri, em cada Mostra Competitiva, uma premiação financeira, distribuída nas seguintes ca-tegorias e respectivos valo-res para premiação: Melhor Longa-Metragem: o valor bruto de R$ 20 mil; Melhor Curta-Metragem – Brasil: o valor bruto de R$ 7 mil e Melhor Curta-Metragem – Amazonas: valor bruto de R$ 3 mil.

IncentivoPara o governador Omar

Aziz, a realização do Amazo-nas Film Festival representa muito mais que um incentivo do Estado à cultura, pois con-solida novas oportunidades de emprego e renda na região a partir da valorização das produções cinematográficas. De acordo com o secretário de Cultura do Amazonas, Robé-rio Braga, o resultado do Ama-zonas Film Festival pode ser visto todos os anos de forma gradativa. “Cumprimos mais uma determinação do gover-no Omar Aziz que anunciou, no ano passado, a consolidação do curso de cinema da UEA que já é uma realidade, que visa a qualificação de novos profissionais do ramo.

Além de projetar o Es-tado no cenário interna-cional do cinema, a maior satisfação é saber que o festival abre oportunida-des para quem produz no Amazonas”, destaca o se-cretário Robério Braga. O Secretário Robério Braga ressaltou ainda o esforço do governador Omar Aziz, em trazer a indústria de cinema e produzir gran-des filmes no Amazonas, o que não acontece do dia

para noite lembrando que o festival está no caminho certo e que a criação do curso de cinema para a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) vai abrir esse caminho. “Agora, com o curso de cinema da UEA, vamos ter gerações sendo formadas e futuramente profissionais de alto ga-barito fazendo filme na nossa região com qualida-de”, conclui o secretário, Robério Braga.

Oportunidade para produzir

Além de curtas, longas nacionais serão exibidos no festival

DIVULGAÇÃO

Pnau valoriza a herança da música clássica em CD

Uma audição do CD “Pnau”, lançado em 2007 pelo grupo australiano de mesmo nome, fez o can-tor e compositor inglês Elton John apadrinhar a dupla e promover o quarto álbum de estúdio do voca-lista Nick Littlemore e do guitarrista Peter Mayers, “Sost Universe”, lançado no ano passado.

Em um gesto de genero-sidade, Elton John resolveu levar adiante a parceria e abriu o baú para que os garotos mexessem à von-tade nas fitas masters de suas gravações. Nick e Peter, espertos, foram atrás dos primeiros regis-tros, produzidos por Gus Dudgeon, canções que não

se tornaram tão populares como “Skyline Pigeon” ou “Rocket Man”, mas peças ambiciosas como “Sixty Years On” ou “Indian Sun-set”, para citar apenas dois títulos “conceituais”. Como o negócio do duo é re-mix, o Pnau chegou a usar oito canções na faixa de abertura, a dançante “Good Morning to the Night”, que trouxe Elton John de volta à parada inglesa.

Não se trata de simples reciclagem. O Pnau tenta recriar na faixa inicial o clima “disco” dos anos 1970, quando Elton John começou a carreira.

Por Antonio Gonçalves Filho

MÚSICA

DIVULGAÇÃO

A Pnau conta com apadrinhamento de Elton John

D04 - PLATEIA.indd 4 3/8/2012 21:59:25

D5PlateiaMANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

Zé Modesto é internacionalO artista, que trabalhou com Chico Anysio e que já teve a oportunidade de se apresentar no Arizona, Estados Unidos, retorna pela terceira vez a Manaus para apresentar o seu espetáculo com piadas curtas mas bastante inteligentes

troca muito boa”, frisa. De acordo com o humorista,

Zé Modesto deve trazer muitas inovações como as piadas in-terrompidas, como ele mesmo defi ne as histórias narradas até certo ponto, e atiradas para a compreensão da plateia. Netto comenta que gosta de brincar com a assimilação das pessoas e fazê-las pensar no fi nal da história, mesmo que os risos só aconteçam minutos após. “Eles gostam de receber a piada pronta, mas proponho a entrega do sugestivo. Brinco com isso e os faço entender por gestos. É legal ver os maridos explicando a mo-ral da história às es-posas, mexo com elas também”, a d i a n t a . Durante a

performance, o ator afi rma que relata experiências próprias, ironiza suas características e não esquece do povo ma-nauense, nem dos habitantes de outras regi-ões, que de-vem estar

na plateia. “Não falo nada que possa magoar alguém. Tudo é na brincadeira. Cito as carac-

terísticas dos amazo-nenses, de como

é o contato com os bi-

chos e in-setos”.

Ele tem 30 anos de pro-fi ssão e provoca risos por onde passa. Ta-lento nato, o cearense

João Netto traz na bagagem o personagem principal “Zé Mo-desto”, fi gura que com simpli-cidade contagia ao público que o assiste. Toda essa descontra-ção e improviso poderão ser conferidos no próximo dia 11, no palco do Teatro Direcional, no Manauara Shopping. Em entrevista ao EM TEMPO, o ator fala do início da carreira, da projeção nacional e inter-nacional, da oportunidade de contracenar ao lado de Chico Anysio e dos preparos para a apresentação em Manaus.

Pela terceira vez com o show solo em Manaus, Netto afi rma que prepara um roteiro cheio de boas histórias, com piadas curtas, que segundo ele prome-tem fazer a plateia esquecer todos os problemas e interagir com o artista. Para o cearense, a participação do público é fundamental para o verdadeiro show. “A apresentação feita em bar ou restaurante difi culta a interação do público. O palco do teatro é o local que casa com o artista por ter um clima próprio para a transmissão da informa-ção a quem assiste. Fica mais fácil arrancar a alegria, o bem -estar e os aplausos. É uma

PRISCILA CALDASEquipe EM TEMPO

Zé Modesto foi criado há 20 anos e além de ser co-nhecido nacionalmente, já foi encenado na Flórida e no Arizona, nos Estados Uni-dos. Ao iniciar a carreira, em 1980, na cidade de Recife (PE), com a peça “Nós pre-cisamos suar”, o ator ainda não pensava em seguir para o lado cômico e nem imagi-nava que ia conseguir tanta expressão por meio de Zé Modesto, criado 12 anos depois. “Modesto é uma

fi gura que conta a histó-ria de vida do interior.

Narro os fatos em primeira pessoa,

o que permite a visualização pessoal do pú-

blico porque se veem

na situ-ação,

gera muitas gargalhadas”.De acordo com Netto, sua

ambição sempre foi chegar aos estúdios da TV Globo e ainda contracenar com o ator que mais admirou, Chico Anysio. Em 1993, os dois sonhos foram realizados. O comediante recebeu o con-vite de Chico para integrar o elenco do programa “Escoli-nha do Professor Raimundo”. “Chegar a Globo é o ideal de qualquer ator e comigo não foi diferente. Fiquei muito feliz de poder ter trabalhado ao lado de um dos maiores atores que o Brasil já teve. A aparição na TV foi só o primeiro de muitos passos que Zé Modesto alcançou”, comemora. O cearense tam-bém afi rma que a passagem pela televisão o fez ser co-nhecido internacionalmente e que até hoje, aonde chega, as pessoas reconhecem o Zé Modesto. “Nossa programa-ção é transmitida a outros

países e isso nos dá uma projeção muito boa. Ao fazer apresentações no Arizona, nos Estados Unidos, traduzi as pia-das para o inglês e foi muito engraçado”.

Carreira iniciou no teatro

Zé Modesto estará em Ma-naus no próximo dia 11 de agosto, no Teatro Direcional

DIVULGAÇÃO

D05 - PLATEIA.indd 5 3/8/2012 22:01:20

D6 Plateia MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

HoróscopoGREGÓRIO QUEIROZ

ÁRIES - 21/3 a 19/4Apesar de toda a pressão para o convívio e a

participação em grupos sociais, sua tendência hoje talvez seja esquivar-se, afastando-se. Você se mostra mais melancólico.

TOURO - 20/4 a 20/5Um dia para se dedicar ao que precisa ser

cuidado junto aos amigos ou a seus problemas pessoais. Você terá que tomar alguma atitude, se quer que os problemas se resolvam.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6Há uma forte tendência a fi car imerso nos

próprios pensamentos, e não caminhar para alguma direção útil. Será mais proveitoso se relacionar com os amigos e grupos sociais.

CÂNCER - 22/6 a 22/7Apesar do feriado, é favorável a cuidar

da carreira profi ssional Algum investimento, nem que seja de seu próprio tempo, para o trabalho pode ser opção acertada. As boas companhias são a melhor forma de distração para este dia.

LEÃO - 23/7 a 22/8Mais do que se dispersar em meio a mui-

tas pessoas, seria interessante dedicar algum tempo ao estudo, ao trabalho intelectual e ao cultivo dos valores do espírito. Os afazeres cotidianos tendem a consumir ou dispersar boa parte do tempo.

VIRGEM - 23/8 a 22/9As diversões, o lazer e as relações afetivas

podem ser fonte de alegria neste dia, mas podem também ser causa de bastante dispersão. Talvez tenha que concentrar esforços para cumprir um compromisso moral ou material.

LIBRA - 23/9 a 22/10O atendimento aos desejos ou às necessidades

da pessoa amada deveriam ser colocados em primeiro lugar. Assim também com a proteção às pessoas queridas. Esta dedicação tende a ser, para você, fonte de uma especial realização.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11Ao invés de se fi xar nos temas de sua pre-

ferência, por vezes repetidos à exaustão, que tal abrir-se para os afazeres práticos, como cuidar do corpo, da alimentação, de arrumar suas coisas? Estes podem ser temas para uma realização pessoal neste dia.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12Você, sempre tão romântico, pode hoje tender

a se negar a mostrar este lado. No entanto, o dia pede justamente a extroversão dos sentimentos, dos desejos e dos caprichos da imaginação. Momento para lutar por aquilo que você mais gosta.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1Um dia excelente para estar com a família e dar

a ela o melhor de sua participação. Procure fazer esforços na linha dos interesses ou necessidades dos familiares, e não dos seus próprios.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2Há tanto o que dizer e fazer que é bem pos-

sível que você se constranja e se tensione. Vale o esforço para expressar o que está passando consigo, mesmo que não dê ainda para mostrar tudo o que pretende.

PEIXES - 19/2 a 20/3Um momento de recolhimento, e mesmo de

sensação de fechamento, está começando. É o encerramento de uma fase de vida que está acontecendo. O dia favorece as atividades físicas e o cultivo da saúde, mesmo que custe um esforço extra.

Programação de TV

05h00 – Aventura Selvagem – reprise

06h00 – Pesca Alternativa

07h00 – A Grande Ideia

07h30 – VRUM

08h00 – PGM Manazinha – local

08h30 – Chaves

09h00 – Sorteio Amazonas dá Sorte

(local)

10h00 – Domingo Legal

14h00 – Eliana

18h00 – Vamos Brincar de Forca

18h40 – Sorteio da Telesena

18h45 – Programa Sílvio Santos

23h00 – De Frente com Gabi

00h00 – Série: O Mentalista/ The

Mentalist

01h00 – Série: O Alvo / Human

Target

02h00 – Série: Agentes Secretos /

Undercovers

03h00 – Encerramento da Progra-

mação

SBT GLOBO

REDE TV

04h45 – Santa Missa em Seu Lar

05h45 – Sagrado: Compacto – Orien-

tações Sobre Sexo

05h55 – Amazônia Rural

06h25 – Pequenas Empresas – Gran-

des Negócios

07h00 – Globo Rural

07h55 – Auto Esporte

08h30 – Esporte Espetacular

11h20 – As Aventuras de Didi

11h55 – Os Caras de Pau

12h45 – Temperatura Máxima. Filme:

Ratatouille

15h00 – Futebol 2012: Campeonato

Brasileiro – Coritiba x Flamengo

17h00 – Domingão do Faustão

19h45 – Fantástico

22h05 – Domingo Maior. Filme: Carga

Explosiva 2

23h37 – Sessão de Gala. Filme: O

Preço da Coragem

01h26 – Corujão I. Filme: O Último

Túnel

03h14 – Corujão II. Filme: A Progra-

mar

07h00 – Olimpíadas

18h30 – A Fazenda 5ª Temporada – HD

19h30 – Domingo Espetacular – PGM

22h15 – Repórter Record

23h15 – Série: Todo Mundo Odeia o

Chris (1ª temporada) HD

00h15 – Programação Iurd

TV CULTURA05h55 – Abertura da Estação / Hino Nacional06h00 – Via Legal06h30 – Brasil Eleitor07h00 – Palavras de Vida08h00 – Santa Missa09h00 – Viola, Minha Viola09h15 – Curta Criança09h30 – Nova Amazônia – local – reprise

10h00 – Escola Pra Cachorro

10h15 – Meu Amigãozão

10h30 – A Turma do Pererê

11h00 – ABZ do Ziraldo

11h30 – Anima TV Tromba Trem

11h45 – Anima TV Carrapatos e

Catapultas

12h00 – A Turma do Pererê

13h00 – Dango Balango

13h30 – TV Piá

14h00 – Stadium

15h00 – Os Protetores do Planeta

16h00 – Ver TV

17h00 – De Lá Pra Cá

17h30 – Cara e Coroa

18h00 – Papo de Mãe

19h00 – Conexão Roberto D’Ávila

20h00 – Esportvisão

21h30 – MPTV – Reprise – local

22h00 – Roda Viva Amazonas – local

ao vivo

23h00 – Doc. Especial

00h00 – Hino Nacional / Encerramen-

to da Emissora

RECORD

BAND05h00 – Igreja Mundial06h 30 – Santa Missa no Seu Lar07h30 – Fé na Verdade08h30 – Desenho09h00 – Esporte Total09h30 – Auto +10h00 – Infomercial11h00 – Fala Malafaia12h00 – Fórmula Truck

06h30 – Igreja Internacional da Graça – local07h30 – Igreja Internacional da Graça – local09h45 – Break Obrigatório10h00 – Show de Ofertas da Cidade – local10h30 – TV Kids – local11h00 – Igreja da Graça – local12h00 – Fique Ligado – local13h00 – Esporte Performance – local14h00 – Luta Tribal – reprise14h30 – TV Kids – local

15h30 – Despertar – local

16h00 – Break Obrigatório

16h05 – TV Kids

16h45 – Ritmo Brasil

17h15 – O Último Passageiro

18h30 – Super Bull Brasil

19h30 – Saturday Night Live

21h00 – Cine Total

22h30 – Dr. Hollywood

23h15 – É Notícia

00h15 – Bola na Rede

00h45 – Igreja Internacional da Graça

– local

13h30 – Fórmula Indy

14h45 – Futebol 2012

16h50 – Terceiro Tempo

19h00 – Um Tio da Pesada

20h00 – Conversa de Gente Grande

21h00 – Pânico na Band

00h00 – Canal Livre

01h00 – Série

02h20 – Show Business – reap.

03h00 – Loucos ou Loucuras

03h30 – Igreja Mundial

CruzadinhasCinemaESTREIA

Batman: O Cavaleiro das Tre-vas Ressurge – 12 anos: Playarte 1 – 20h45 (leg/diariamente) e 23h59 (leg/sex e sáb); Playarte 3 – 14h, 17h15, 20h30 (leg/diaria-mente) e 23h45 (leg/sex e sáb); Playarte 4 – 14h01, 17h16, 20h31 (leg/diariamente) e 23h46 (leg/sex e sáb); Playarte 6 – 13h30, 16h45, 20h (dub/diariamente) e 23h15 (dub/sex e sáb); Playarte 7 – 13h31, 16h46, 20h01 (dub/dia-riamente) e 23h16 (dub/sex e sáb); Cinemark 1 – 11h (dub/somente sex, sáb e dom), 14h20, 17h40 e

21h (dub/diariamente); Cinemark 5 – 13h10, 16h40, 20h (dub/dia-riamente) e 23h20 (dub/sex e sáb); Cinemark 6 – 12h, 15h30, 18h50 e 22h10 (dub/diariamente); Cine-mark 7 – 11h30 (dub/somente sex, sáb e dom), 14h40, 18h e 21h40 (dub/diariamente); Cinemas Ama-zonas 6 – 14h, 17h15 e 20h30 (dub/diariamente).

Valente – Livre: Playarte 1 – 12h, 14h10, 16h20 e 18h30 (3D/dub/diariamente); Playarte 5 – 12h30, 14h45, 17h, 19h15, 21h30 (dub/diariamente) e 22h45 (dub/

sex e sáb); Cinemark 2 – 12h40, 15h e 17h20 (dub/diariamente); Cinemas Amazonas 5 – 16h30 e 18h40 (dub/diariamente).

Chernobyl – 14 anos: Playarte 2 – 17h40 (leg/diariamente).

E Aí, Comeu? – 14 anos: Playar-te 2 – 13h20 e 15h30 (dia-riamente); Cinemark 2 – 19h40 e 22h (diariamente); Cinemas Amazonas 5 – 14h20 e 18h40 (dub/diariamente).

Na Estrada – 16 anos: Playarte 2 – 19h40 (leg/diariamente) e 22h25 (leg/sex e sáb).

O Espetacular Homem-Ara-nha – 10 anos: 13h, 15h45, 18h30, 21h15 (dub/diariamen-te) e 23h59 (dub/sex e sáb); Cinemas Amazonas 4 – 20h50 (dub/diariamente).

As Aventuras de Agamenon, O Repórter – 14 anos: Cinemark 3 – 13h20 e 15h10 (diariamen-te).

A Era do Gelo 4 – Livre: Cinemark 8 – 11h50, 18h10 e 22h30 (dub/diariamente); Cine-mas Amazonas 4 – 14h50, 16h50 e 18h50 (dub/diariamente).

CONTINUAÇÕES

REPRODUÇÃO

A Guerra de Botões: FRAN. 10 anos. Em 1960, em uma aldeia no sul da França, um bando de meninos com idades entre sete e 14 anos, liderados pelo audacioso Lebrac , está em guerra com as crianças da aldeia vizinha. Trata-se de uma batalha sem piedade, que dura por gerações. Eles lu-tam pela honra e lealdade, mas utilizam-se dos meios necessá-rios para vencer. O exército de pequenos homens tenta de todas as formas não ser percebido por pais e mães, o que é complicado quando voltam para casa com as roupas rasgadas e sem botões. Playarte 8 – 13h55, 16h10, 18h25, 20h40 (leg/diariamente) e 22h55 (leg/sex e sáb).

Ato de Coragem: EUA. 10 anos. Os conhecidos Navy SEALs são a divisão de elite da Marinha dos Estados Unidos e também os prota-gonistas desta produção, que conta a história da tentativa dos militares em resgatar um agente da CIA que foi sequestrado. O elenco conta com as presenças de verdadeiros ofi ciais da Marinha. A direção é da dupla Mike McCoy e Scott Waugh. Playarte 9 – 13h40, 15h55, 18h10, 20h25 (leg/diariamente) e 22h40 (leg/sex e sáb).

O Que Esperar Quando Você Está Esperando: EUA. 12 anos. O fi lme mostra a rotina de cinco casais que se preparam para serem pais. A personagem de Diaz é uma mulher de

42 anos que comanda um programa de TV sobre perda de peso. Morrison vive seu marido. Rock será Vic, um futuro pai. Kendrick vive Rosie, grávi-da após passar uma noite com o ex. Decker viverá a esposa de um idoso (Quaid), que está muito assustadora-mente tranquila em relação a parir gêmeos. Santoro vive o marido da personagem de Lopez, uma mulher que quer adotar uma criança, mesmo sabendo que o marido não está pre-parado. Cinemark 3 – 17h10, 19h50 e 22h20 (leg/diariamente).

Katy Perry – Part Of Me 3D: EUA. Livre. É um documentário mu-sical exibido em 3D sobre a vida pes-soal e profi ssional da cantora Katy Perry. Dirigido por Dan Cutforth e Jane Lipsitz e produzido pela artista juntamente com Brian Grazer, Mar-tin Kirkup, Bradford Cobb, Steven Jensen; o fi lme foi lançado em 5 de julho de 2012 nos Estados Unidos. Cinemark 4 – 12h20, 14h30, 16h50, 19h20, 21h30 (leg/diariamente) e 23h40 (leg/sex e sáb).

31 minutos: BRA. Livre. Juanín é o produtor do famoso noticiário de TV 31 Minutos, e o último de sua espécie. Mal sabe ele que sua raridade desperta o interesse de Cachirula, uma malvada coleciona-dora de animais em extinção que precisa dele para completar sua exótica coleção. Com a ajuda de Tio Careca, ela inicia uma caçada pelo último membro dos juanines. Cinemark 8 – 14h, 16h e 18h (dia-riamente).

D06 - PLATEIA.indd 6 3/8/2012 22:02:21

D7PlateiaMANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012 D7Plateia

Jander [email protected] - www.jandervieira.com.br

Na sessão autógrafo concorrida do seu livro “Quelés”, o empresário e líder sindical Roberto Caminha, o Robertinho, divide os holofotes com Rui Machado, a sorridente Menga Junqueira mais Lúcia Viana – nos domínios da Fieam

Xsxs

::::: Xsxs

Jeane Glay, Helena Brito, Shirley Assis, Wesley Andrade e Gleyss Frei-re estão trocando de idade hoje. Os cumprimentos da coluna.

O grupo TvLar está com campanha na rua direcionada para o Dia dos Pais. Uma das datas mais expressivas para o comércio promete aquecer as vendas com preços e formas de pagamentos facilitadas para os fi lhos que pretendem presentear os pais com eletroeletrônicos, celulares, vídeo e som.

No próximo dia 28, o Centro Lite-ratus oferece o curso gratuito “Como quebrar paradigmas e se adaptar às mudanças” para os ex-alunos, por meio do Programa de Acompanha-mento ao Egresso.

Anteontem, em mesa animada, Evelise Pessoa, Rosiane Lima, Dacy Venâncio, Lúcia Viana e Menga Junqueira curtiram as delícias do disputado almoço do Villa Casa de Comidas.

O Grupo Celebridade apresentará o melhor da música instrumental, amanhã, às 18h30, na praça de ali-mentação do Manaus Plaza Shopping. Clássico, jazz, MPB e bossa nova fazem parte do repertório do show gratuito. A apresentação termina às 20h30.

Para comemorar os 52 anos de fundação

da Federação das Indústrias do Amazonas, a Aleam realiza, no próximo dia 21, sessão especial para homenagear a entidade, atendendo a requerimento do deputado estadual Adjuto Afonso (PP).

Com direito a bossa e muita chi-queria, os bonitos Suellen Herrera e Marcos Pacheco agendaram para o próximo dia 1°, o tão esperado casório. Onde? Na piscina Vitória-Régia do Tropical Hotel, às 20h. Merci pelo convite.

::::: Sala de Espera

Um brinde à vida: Yasmin, Zeca e San-dra Nascimento com Dorinha Medina em noite divertida na Terra da Garoa

O projeto Sonora Brasil: formação de ouvintes musicais – traz a Manaus o Duo Ferragutti e Kramer composto por dois dos principais acordeonistas da atualidade - Toninho Ferragutti e Alessandro “Bebê Kramer”, ambos compositores e instrumentistas. As apresentações acontecerão na pró-xima terça-feira, em Manacapuru, no Sesc Restauração, às 19h, e no dia seguinte em Manaus, no Teatro Ofi cina do Sesc Centro, a partir das 19h30. Ambas têm entrada franca.

::::: Sarau

Com o patrocínio do Banco da Amazônia, a escritora-jornalista Regina Melo lança, nos próximos dias 11 e 14, respectivamente em Manaus e Belém, às 10h, a segunda edição do livro “Ykamiabas – Filhas da Lua, Mulheres da Terra”. Em Ma-naus, o lançamento será realizado no Museu Etnográfi co Crisantho Jobim, do Instituto Geográfi co e Histórico do Amazonas e, em Belém, no Museu do Forte do Presépio/Ci-dade Velha, pelo Sistema Integrado de Museus. O lançamento nas duas capitais, segundo a autora, é justifi -cado pela área de abrangência dos muyrakytãs, objeto lítico encontra-do no baixo Amazonas, na fronteira do Amazonas com o Pará. Os locais dos dois eventos também têm uma justifi cativa: o livro será lançado em museus que contam com coleções dos tais amuletos regionais.

::::: Autógrafo

Já casados, Marneelle – nascida Aguiar – e Renato Oliveira, emoldurados pelo

diplomata Arthur Neto e o vereador Hissa Abrahão, os prefeituráveis, du-

rante a recepção concorrida dos noivos no Buff et Paulo Marinho

A empresária Bruna Iannuzzi dá o start para a segunda temporada do projeto “Tacacá Com Pavulagem”, hoje, fi ncado no CSU do Parque Dez, a partir das 19h. Entrada gratuita e não há cobrança de couvert, viu? No menu musical a dupla Zezinho Corrêa e Lucilene Castro cantarão muita MPB, toadas e afi ns animados.

::::: Tacacaria Parintins está de volta

Manaus foi a cidade esco-lhida para fi ncar a primeira loja (no Brasil) da desejada grife Diesel Kid. A inaugura-ção acontecerá no próximo dia 1°, no Manauara Shopping, e quem assina são os em-presários-visionários Cileide e Janary Rodrigues. A ala puro poder da grife italiana estará no coquetel-desfi le, que terá o serviço do Empório dos Reis.

::::: Verdadeira bossa

Anna e João Kaleb Moussal-lem Rodrigues protagonizam os personagens Stephanie e Spartacus, da série infan-til Lazy Town, em encontro divertido de bambinos

FOTO

S: P

EDRI

NH

O A

GU

IAR

D07 - PLATEIA.indd 7 4/8/2012 00:08:50

D8 Plateia MANAUS, DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012

PRISCILA CALDASEquipe EM TEMPO

Estreia dupla na dança Bailarina Adriana Góes apresenta sua primeira coreografi a, “Um Outro Tempo”, composta para o Corpo de Dança do Amazonas, durante a abertura do Festival Amazonas de Dança, na noite de hoje, no palco do Teatro Amazonas

O Corpo de Dança do Amazonas (CDA) estreia sua nova coreografi a “Um

Outro Tempo”, que recebe a assinatura da bailarina Adria-na Góes, na noite de hoje durante a abertura da quarta edição do Festival Amazonas de Dança (FAD), às 19h, no Teatro Amazonas.

Baseado na teoria do fi -lósofo Henri Bergson, que trata dos conceitos de tempo e espaço, o novo trabalho mostra os movimentos a par-tir da experiência individual dos bailarinos e é a estreia de Adriana Góes como co-reógrafa. Ela relata que já teve experiências em coreo-grafar, mas sempre em tra-balhos externos. “A proposta surgiu em 2008 e abordava os movimentos por outro foco, um solo sobre ques-tões virtuais. Após pesquisas, houve mudanças”, disse. Se-gundo ela, o projeto recebeu um contexto menos fi losófi co até pela complexidade dos textos do autor.

“Bergson defende que o ser adquire o conhecimento e consegue modifi car algo

de acordo com a vivência, o contato imediato e a em-patia construída. Como re-sultado do estudo, retive o básico. Procurei incluir tudo o que indica tipos de movi-mentação”, explica a bailari-na. A nova coreografi a conta com a participação de todo o elenco do CDA, formado por 16 bailarinos. A apre-sentação tem o comando musical do DJ Marcos Tu-barão, que produziu a trilha sonora com as composições de John Cage e Arvo Part. O espetáculo tem duração média de 35 minutos.

PreparaçãoPara garantir que tudo saia

dentro do planejado, os pro-fi ssionais têm mantido uma rotina de quatro horas de ensaios diários. Adriana Góes afi rma que para qualquer apresentação coreográfi ca o artista precisa ter consciên-cia corporal, adquirida a partir da assimilação de técnicas. “Isso propicia o conhecimen-to dos ângulos e planos de movimento, dentro de cada estilo. As técnicas corporais são pautadas na consciência corporal e fazem com que cada pessoa tenha manejo sobre os movimentos”.

A bailarina também disse que o grupo está em fase de construção conjunta e que a dança a ser apresentada tem como base os estilos clássico e contemporâ-neo. “O texto do movi-mento é comum a todos, mas a for-ma de interpre-tação é inerente a cada indiví-duo. Cada um elabora uma leitura em cima do que proponho, isso é a questão da empatia com o ob-jeto”, disse Góes.

Amadurecimento Para a diretora do CDA,

Monique Andrade, a nova produção mostra o alto nível profi ssional dos integrantes do grupo. Ela ressalta que Adriana tem anos de expe-riência e é reconhecida pelo profi ssionalismo. “Analisa-mos a proposta e logo em seguida começamos a pro-duzir. Adriana é uma bailarina antiga na casa e criou uma experiência promissora que, agora, vem acompanhada de um trabalho de leitura, que considero interessante”.

SHANA REIS

Adriana Góes ensaia o Corpo de Dança do Amazonas

construção conjunta e que a dança a ser apresentada tem como base os estilos clássico e contemporâ-neo. “O texto do movi-mento é comum a todos, mas a for-ma de interpre-tação é inerente a cada indiví-

proponho, isso é a questão da empatia com o ob-jeto”, disse Góes.

Amadurecimento

D08 - PLATEIA.indd 8 3/8/2012 22:03:57