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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA EMENTAS 2019.1 CIÊNCIA DA LITERATURA PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: POESIA E PENSAMENTO: A MANIFESTAÇÃO DO REAL COMO EXPERIÊNCIA AMBÍGUA PROFESSOR: Alberto Pucheu Siape:1361618 CÓDIGO:LEL 855 PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: M/D ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO: 3ª Feira, 10H às 14H TÍTULO DO CURSO:Espantografias: entre poesia e filosofia Ementa: Contrariamente ao que se tornou preponderante em certa leitura que, na modernidade, se tornou hegemônica na história da filosofia e no pensamento ocidental, o curso buscará mostrar um desguarnecimento das fronteiras entre poesia e filosofia no momento mesmo do surgimento desta, seja este qual for. Entendemos que, na Grécia, a filosofia nasce como uma maneirade poesia, como uma variação interna e um de seus modos. Dentro do que foi, então, pensado, duas frases se colocam como epígrafes do percurso que faremos. Uma vem de Platão: no diálogo Teeteto,depois de Sócrates desconstruir a primeira resposta de seu interlocutor, este afirma que isso que está sendo dito pelo filósofo lhe causa “espanto” (θαυμάζω ) e “vertigem” (σκοτοδινιῶ ). Ao que Sócrates retruca: “Estou vendo, amigo, que Teodoro não ajuizou erradamente tua natureza, pois admiração [espanto] é a verdadeira característica [páthos] do filósofo. Não tem outra origem a filosofia”. A outra epígrafe desdobra a platônica, nos dando novos elementos. Na Metafísica, A2, 982b, 12 a 19, Aristóteles afirma:“Através do espanto, pois, tanto agora como desde a primeira vez, os homens começaram a filosofar [...]. Mas aquele que se espanta e se encontra em aporia reconhece sua ignorância. Por conseguinte, o filômito é, de certo modo, filósofo: pois o mito é composto do admirável, e com ele concorda e nele repousa”. No caminho que será percorrido, trata-se, exatamente, de pensar esse “de certo modo” através da aporia e do espanto. Seja a partir de poema de Arquíloco, em passagens de Píndaro, no Hino Homérico a Hermes, em Édipo Rei, tais palavras ganharão relevância, bem como suas aparições em pensamentos contemporâneos como de Jacques Derrida, Giorgio Agamben, Jean-Luc Nancy e, também, em certa poesia contemporânea brasileira. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: AGAMBEN, Giorgio. Estâncias. Tradução de Selvino José Assmann. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007. AGAMBEN, Giorgio.Infância e história; destruição da experiência e origem da história. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008. AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz.Tradução de Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo Editorial, 2008. ARENDT, Hannah: "O Interesse pela Política no Pensamento Europeu Recente (1954)". Tradução de C. Drucker, A. Abranches e C.A.R. Almeida. IN:O que nos faz pensar; Cadernos do Departamento de Filosofia da PUC-R.J, número 3, setembro de 1990. p. 105-121. (http://www.oquenosfazpensar.fil.puc- rio.br/index.php/oqnfp/issue/view/7 ) (http://www.oquenosfazpensar.fil.puc- rio.br/import/pdf_articles/OQNFP_03_07_hannah_arendt.pdf ). ARISTÓTELES. Poética. Tradução de Eudoro de Souza. São Paulo: Ars Poetica, 1993. ARISTÓTELES. Metafísica. Tradução de Giovanni Reale. São Paulo: Edições Loyola, 2013. BADIOU, Alain. Em busca do real perdido. Tradução de Fernando Scheibe. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017. CAEIRO, António de Castro. IN:Píndaro; Odes. Tradução, prefácio e notas de António de Castro Caeiro. Lisboa: Quetzal Editores, 2010.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

EMENTAS 2019.1 CIÊNCIA DA LITERATURA

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: POESIA E PENSAMENTO: A MANIFESTAÇÃO DO REAL COMO EXPERIÊNCIA AMBÍGUA PROFESSOR: Alberto Pucheu Siape:1361618 CÓDIGO:LEL 855 PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO: 3ª Feira, 10H às 14H TÍTULO DO CURSO:Espantografias: entre poesia e filosofia Ementa: Contrariamente ao que se tornou preponderante em certa leitura que, na modernidade, se tornou hegemônica na história da filosofia e no pensamento ocidental, o curso buscará mostrar um desguarnecimento das fronteiras entre poesia e filosofia no momento mesmo do surgimento desta, seja este qual for. Entendemos que, na Grécia, a filosofia nasce como uma maneirade poesia, como uma variação interna e um de seus modos. Dentro do que foi, então, pensado, duas frases se colocam como epígrafes do percurso que faremos. Uma vem de Platão: no diálogo Teeteto,depois de Sócrates desconstruir a primeira resposta de seu interlocutor, este afirma que isso que está sendo dito pelo filósofo lhe causa “espanto” (θαυμάζω) e “vertigem” (σκοτοδινιῶ). Ao que Sócrates retruca: “Estou vendo, amigo, que Teodoro não ajuizou erradamente tua natureza, pois admiração [espanto] é a verdadeira característica [páthos] do filósofo. Não tem outra origem a filosofia”. A outra epígrafe desdobra a platônica, nos dando novos elementos. Na Metafísica, A2, 982b, 12 a 19, Aristóteles afirma:“Através do espanto, pois, tanto agora como desde a primeira vez, os homens começaram a filosofar [...]. Mas aquele que se espanta e se encontra em aporia reconhece sua ignorância. Por conseguinte, o filômito é, de certo modo, filósofo: pois o mito é composto do admirável, e com ele concorda e nele repousa”. No caminho que será percorrido, trata-se, exatamente, de pensar esse “de certo modo” através da aporia e do espanto. Seja a partir de poema de Arquíloco, em passagens de Píndaro, no Hino Homérico a Hermes, em Édipo Rei, tais palavras ganharão relevância, bem como suas aparições em pensamentos contemporâneos como de Jacques Derrida, Giorgio Agamben, Jean-Luc Nancy e, também, em certa poesia contemporânea brasileira.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

AGAMBEN, Giorgio. Estâncias. Tradução de Selvino José Assmann. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007. AGAMBEN, Giorgio.Infância e história; destruição da experiência e origem da história. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008. AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz.Tradução de Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo Editorial, 2008. ARENDT, Hannah: "O Interesse pela Política no Pensamento Europeu Recente (1954)". Tradução de C. Drucker, A. Abranches e C.A.R. Almeida. IN:O que nos faz pensar; Cadernos do Departamento de Filosofia da PUC-R.J, número 3, setembro de 1990. p. 105-121. (http://www.oquenosfazpensar.fil.puc-rio.br/index.php/oqnfp/issue/view/7) (http://www.oquenosfazpensar.fil.puc-rio.br/import/pdf_articles/OQNFP_03_07_hannah_arendt.pdf). ARISTÓTELES. Poética. Tradução de Eudoro de Souza. São Paulo: Ars Poetica, 1993. ARISTÓTELES. Metafísica. Tradução de Giovanni Reale. São Paulo: Edições Loyola, 2013. BADIOU, Alain. Em busca do real perdido. Tradução de Fernando Scheibe. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017. CAEIRO, António de Castro. IN:Píndaro; Odes. Tradução, prefácio e notas de António de Castro Caeiro. Lisboa: Quetzal Editores, 2010.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

CORRÊA, Paula da Cunha. Armas e varões; a guerra na lírica de Arquíloco. São Paulo: Editora da UNESP, 2009. CORRÊA, Paula da Cunha. Um Bestiário Arcaico. Fábulas e imagens de animais na poesia de Arquíloco. Campinas: Editora Unicamp, 2010. DERRIDA, Jacques. Che cos’è la poesia? Tradução de Tatiana Rios e Marcos Siscar. Revista Inimigo Rumor, 10 (maio 2001). Rio de Janeiro: Editora 7 Letras, 2001. p. 113-116. DERRIDA, Jacques. Aporias; morrer – esperar-se nos “limites da verdade”. Tradução Piero Eyben e Fabrícia Walace Rodrigues. Vinhedo: Editora Horizonte, 2018. HESÍODO. Teogonia; a origem dos deuses. Tradução de Jaa Torrano. São Paulo: Editora Iluminuras, 1995. HÖLDERLIN, Friedrich. Observações sobre Édipo. IN:Observações sobre “Édipo”; observações sobre “Antígona”, precedido de Hölderlin e Sófocles. HÖLDERLIN, Friedrich e BEAUFRET, Jean. Tradução de Anna Luiza Andrade Coli, Maíra Nassif Passos, Pedro Sussekind e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008. p.69. Coleção Estéticas, direção Roberto Machado. HOMERO. “Hino Homérico a Hermes”.IN:Hinos Homéricos. Organização Wilton A. Ribeiro Jr. Tradução Maria Celeste C. Dezotti e Silvia M.S. de Carvalho. São Paulo: Editora UNESP, 2010. GROSSMAN, Evelyne. “Une ‘audace folle’”. Europe; revue littéraire mensuelle: Jacques Derrida. Número 901, maio de 2004. p. 3-7. LACAN, Jacques. O seminário; livro 8; a transferência. Versão brasileira de Dulce Duque Estrada. Revisão de Romildo do Rêgo Barros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992. LAÊRTIOS, Diôgenes. Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres. Tradução de Mário da Gama Kury. Brasília: Editora UnB, 1977. NAGY, Gregory. “Transmission of Archaic Greek Sympotic Songs: From Lesbos to Alexandria”. https://chs.harvard.edu/CHS/article/display/4248#n.84 . NAGY, Gregory.Pindar’s Homer; the lyric possession of an epic past. London: The John Hopkins University Press, 1994 (segunda edição). NANCY, Jean-Luc. “Apertura dell’aporia”. IN:Pensamento intruso; Jean-Luc Nancy & Jacques Derrida. Organização de Piero Eyben. São Paulo: Editora Horizonte, 2014. p. 15-27. ONELLEY, Glória Braga e PEÇANHA, Shirely. As Odes Olímpicas de Píndaro. Introdução, tradução e notas Glória Braga Onelley e Shirley Peçanha. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2016. Edição bilíngue. PÍNDARO. Píndaro; Odes. Tradução, prefácio e notas de António de Castro Caeiro. Lisboa: Quetzal Editores, 2010. PÍNDARO. As Odes Olímpicas de Píndaro. Introdução, tradução e notas Glória Braga Onelley e Shirley Peçanha. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2016. Edição bilíngue. PLATÃO. Diálogos; Teeteto, Crátilo. Tradução Carlos Alberto Nunes. Belém: Editora Universitária UFPA, 2001. PLATÃO. República. Tradução Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, s/d. SÓFOCLES. Édipo Rei. Tradução de Trajano Vieira. São Paulo: Perspectiva, 2007. VIEIRA, Trajano. Lírica grega, hoje. São Paulo: Perspectiva, 2017.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: O Pós-modernismo na Literatura: Riscos e Limites PROFESSOR: Beatriz Resende Siape:8360503 CÓDIGO:LEL 821 PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO: 4a FEIRA, 14h às 18h TÍTULO DO CURSO: A instabilidade das categorias analíticas no estudo da arte contemporânea. Ementa: O curso pretende discutir as novas epistemologias necessárias ao estudo teórico e à análise de temas contemporâneos ligados às artes plásticas, à ficção e à ensaística: as questões de gênero, raça, decolonização e territorialidade. Durante o correr do curso, pretende-se debater em conjunto as propostas dos alunos orientandos e de outros da Pós-Graduação em Letras e Artes que estejam desenvolvendo pesquisa em torno de questões emergentes na produção artística contemporânea. Novas metodologias de trabalho, revisão bibliográfica e análise partilhada dos objetos estudados serão o foco do trabalho. Pretende-se debater a necessidade de buscar diferentes reflexões teóricas procurandoformas de liberar trabalhos que estão sendo desenvolvidas dos modelos de pensamento dominantes, coloniais e dogmáticos. Com o modelo de grupo de trabalho o curso poderá valer como a disciplina Seminário de Pesquisa de Tese ou de Dissertação para os orientandos BIBLIOGRAFIA ANZALDÚA, GLORIA. “Falando em línguas: uma carta para mulheres escritoras

do Terceiro Mundo”. Rev. Estudos Feministas 229. 1/2000 APPADURAI, Arjun. The future as cultural fact. New York: Verso, 2013 BELTING,H; BUDDENSEIG, A; WEIBEL, P. The global Contemporary& The Riseof

New Worlds. EUA: MIT Press, 2012 BUTLER. Judith. Quadros de Guerra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,2015 ---------- Corpos em aliança e a política das ruas. Notas para uma teoria performativa de

assembleia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018 ------------ e SPIVAK, Gayatri. Quem canta o Estado-Nação? Língua, política e

pertencimento. Brasília: Ed. UNB, 2018 CANCLINI, Nestor Garcia. O mundo todo como lugar estranho. S.P.: EDUSP, 2016 DAVIS, Angela Mulheres, raça e classe. S P.: Boitempo, 2016 ------------------ Mulheres, cultura e política. S.P.:Boitempo, 2017 DANTO. ARTHUR C. O descredenciamento filosófico da arte. B.H.: Autêntica, 2014 DUMBADZE, Alexander& HUDSON, Suzane. Contemporaryart 1989 tothe presente.

USA/UK: Wiley-Blackwell, 2013

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

GROYS, BORIS. Arte poder. Belo Horizonte, ED. UFMG, 2015 --------- In theFlow.London/NY. Verso. 2016 HARDING, Sandra. “A instabilidade das categorias analíticas na teoria

feminista”. In: Revista Estudos Feministas n. 1/93 pp 7-3 INSTITUTO MOREIRA SALLES. Doze ensaios sobre o ensaio. Antologia Serrote.

S.P.: IMS, 2019. MBEMBE, Achille. Necropolítica. S.P.: N-1 edições, 2018 MIGNOLO, Walter. “La colonialidad a lo largo y a lo ancho: el

hemisferiooccidentalenel horizonte colonial de lamodernidad” . In: LANDER Edgardo (org.)La colonialidaddel saber: eurocentrismo y cienciassociales. Perspectivas Latinoamericanas. CLACSO, Consejo Latinoamericano de CienciasSociales, Buenos Aires, Argentina. Julio de 2000. p. 246. http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/lander/mignolo.rtf

OSBORNE, Peter. The PostconceptualCondition. N.Y, Verso, 2018. RAGO, Margareth. Inventar outros espaços, criar subjetividades libertárias. S.P: Editora da

Cidade, 2015 SMITH, Terry. Whatiscontemporaryart? Chicago: Chicago Press, 2009. SOUSA, Boaventura de Sousa e MENESES, Maria Paula. Epistemologias do

Sul.Coimbra, Almedina, 2009

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PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: FORMAS DA CRISE PROFESSOR: EDUARDO COELHO Siape:2478182 CÓDIGO: LEL843 PROFESSORA: Siape: PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: M/D ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO: 3A feira, 14H às 18h, na sala do PACC/LIBRAS. TÍTULO DO CURSO: JUNHO DE 2013 E O QUE VEIO DEPOIS Ementa:1) Estudo sobre as manifestações de junho de 2013, levando em consideração outros acontecimentos tanto da história recente do Brasil (operação Lava Jato, impeachment contra Dilma Rousseff, “explosão feminista”,ascensão da direita e queda do lulismo), quanto da história internacional (crise do neoliberalismo e “recessão democrática”). 2) Reações da cena literáriaao contexto das revoltas populares: surgimento ou fortalecimento de coletivos de poesia e edição, multiplicação dos encontros de slam, princípio de ocupação, uso de redes sociais e outros canais de difusão de conteúdo. Problematização das relações entre crise político-econômica e surgimento de coletivos de diversas naturezas, à luz do cenário argentino no começo de século e na atualidade. (A aula acerca da “explosão feminista” será coordenada pela profa. Heloisa Buarque de Hollanda. As aulas em torno do cenário argentino serão coordenadas pela profa. Luciana di Leone.) BIBLIOGRAFIA RESUMIDA ALONSO, Angela. “A política das ruas: protestos em São Paulo de Dilma a Temer”. Novos Estudos, Cebrap, São Paulo, edição especial, p. 49-58, junho de 2017. Disponível em:<http://novosestudos.uol.com.br/wp-content/uploads/2018/07/Angela-Alonso_A-pol%C3%ADtica-das-ruas.pdf>. Acesso em: nov. 2018. ARANTES, Paulo. O novo tempo do mundo e outros estudos sobre a era da emergência. São Paulo: Boitempo, 2014. ASSIS, Ana Carolina et al. Almanaque rebolado. Rio de Janeiro: Azougue, 2017. BRAGA, Ruy. A rebeldia do precariado. São Paulo: Boitempo, 2017. CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. 2a edição, revista e atualizada. Rio de Janeiro: Zahar, 2017. ______. Ruptura. A crise da democracia liberal. Tradução de Joana Angélica d’Avila Melo. Rio de Janeiro: Jahar, 2018. GIUNTA, Andrea. Poscrisis. Arte argentino después de 2001. Buenos AIres: SIglo XXI, 2009. HARVEY, David.Cidades rebeldes. Do direito à cidade à revolução urbana. Tradução de Jeferson Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Explosão feminista. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. LAGOS, Marta. El fin de la tercera ola de democracias. Latinobarómetro, 2018. Disponível em: <http://www.latinobarometro.org/lat.jsp>. Acesso em: nov. 2018. MARICATO, Ermínia et al. Cidades rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. São Paulo: Boitempo; Carta Maior, 2013. MOVIMENTO PASSE LIVRE. “Carta de princípios do Movimento Passe Livre”. Disponível em:<www.forumjustica.com.br/wp.../carta-de-princ--pios-do-movimento-passe-livre.pdf>. Acesso em: nov. 2018. NEGRI, Antonio; HARDT, Michael. Declaração – Isto não é um manifesto. Tradução de Carlos Szlak. 2a edição. São Paulo: n-1 edições, 2016. NOBRE, Marcos. Choque de democracia. Razões da revolta. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. Coleção Breve Companhia. ______. “Junho, ano V”. Piauí, n. 141, jun. 2018. Disponível em: <https://piaui.folha.uol.com.br/materia/junho-ano-v/>. Acesso em: jun. 2018. ORTELLADO, Pablo et al. Vinte centravos: a luta contra o aumento. São Paulo: Veneta, 2013. RESENDE, André Lara. “O mal-estar contemporâneo”. Valor Econômico, São Paulo, 2013. Disponível em: <https://www.valor.com.br/cultura/3187036/o-mal-estar-contemporaneo>. Acesso em: nov. 2018. SAFATLE, Vladimir. Só mais um esforço. São Paulo: Três Estrelas, 2017. ______. “Protestos de 2013 foram o 11 de Setembro da direita brasileira”, Folha de S. Paulo, 4 nov. 2018. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2018/11/protestos-de-2013-foram-o-11-de-setembro-da-direita-brasileira.shtml>. Acesso em: nov. 2018. SILVA, Fernando de Barros e. “O som ao redor”. Piauí, n. 82, jul. 2013. Disponível em: <https://piaui.folha.uol.com.br/materia/o-som-ao-redor/>. Acesso em: jul. 2013. SINGER, André. Os sentidos do lulismo: reforma gradual e pacto conservador. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. ______. O lulismo em crise. Um quebra-cabeça do período Dilma (2011-2016). São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Literatura Comparada PROFESSOR: Eduardo F. Coutinho

Siape: 0368771 CÓDIGO: LEL891

PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO: 4a feiras, 9 às 13 h. TÍTULO DO CURSO: Literatura Comparada/ Literatura-mundo: novas visões Ementa: O curso tem como eixo uma discussão do campo da Literatura Comparada e de suas relações com o que vem sendo designado atualmente de “Literatura-mundo” ou “Literatura mundial”. A disciplina será focalizada em suas múltiplas vertentes teóricas e metodológicas e nas transformações por que vem passando nas últimas décadas em função do diálogo que tem estabelecendo com as correntes mais recentes do pensamento. Será dada especial atenção ao caráter multidisciplinar do comparatismo, em relação tanto às demais formas de manifestação estética quanto a outras áreas do conhecimento, como a História e a Filosofia, bem como ao seu cunho transcultural, responsável pelo entrecruzamento de culturas, particularmente naqueles locais antes à margem dos estudos comparados e hoje focos fundamentais de reflexões sobre a área, dentre os quais a América Latina. BIBLIOGRAFIA BASSNETT, Susan. Comparative Literature: a Critical Introduction. Oxford: Blackwell, 1993. BERNHEIMER, Charles, org. Comparative Literature in the Age of Multiculturalism. Baltimore: John Hopkins UP, 1995. BHABHA, Homi. The Location of Culture.Londres/N. York: Routledge, 1994. CHILDS, Peter & Williams, Patrick.An Introduction to Post-Colonial Theory.Londres: Prentice Hall, 1997. CARVALHAL, Tania. Literatura Comparada. São Paulo: Ática, 1986. COUTINHO, Eduardo F. Literatura Comparada na América Latina: ensaios. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2003. COUTINHO, Eduardo F. Literatura Comparada: reflexões. Saõ Paulo: Annablume, 2013.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

COUTINHO, Eduardo F. & CARVALHAL, Tania, orgs. Literatura Comparada: textos fundadores. 2ª ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2011. COUTINHO, Eduardo F., org. Comparative Literature as a Transcultural Discipline. São Paulo: Annablume, 2018. DAMSROSCH, David. What is World Literature? Princeton: Princeton UP, 2003. DURING, Simon, org.The Cultural Studies Reader.Oxford: Blackwell, 1994. GANDHI, Leela. Post-Colonial Theory.A Critical Introduction.N. York: Columbia UP, 1998. GOLDBERG, David Theo, org. Multiculturalism: a Critical Reader. Oxford: Blackwell, 1994. HALL, Stuart & DU GAY, Paul, orgs. Questions of Cultural Identity.Londres: Sage Publ., 1996. HEISE, Ursula, org. Futures of Comparative Literature. N.York: Routledge, 2017. JOBIM, José Luis, org. A circulação literária e cultural. Oxford: Peter Lang Ltd., 2017. LONGXI, Zhang. Aspects of World Literature.Letteratura e Letterature. Pisa/Roma: Fabrizio Serra Editore, 2017, pp. 59-70. MIGNOLO, Walter D. Histórias locais/ projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento linear. Trad. Solange Ribeiro de Oliveira. Belo Horizonte: UFMG, 2003. MORAÑA, Mabel, org. Nuevas persectivas desde/ sobre América Latina. 2ª ed. Pittsbourgh: Mabel Moraña Ed./ IILI, 2002. PALERMO, Zulma. Desde la otra orilla. Pensamiento crítico y políticas culturales en América Latina. Córdoba: Alción Editora, 2005. PAGEAUX, Daniel-Henri. Musas na encruzilhada: ensaios de Literatura Comparada, org. Marcelo Marinho et al. FredericoWestphalen, RS; URI, 2011. SAID, Edward.Culture and Imperialism.N. York: Vintage Books, 1993. SAUSSY, Haun, org. Comparative Literature in the Age of Globalization. Baltimore: John Hopkins UP, 2006. TOMICHE, Anne & ZIEGER, Karl, orgs.La rechercheenLittératureGénéraleetComparéeen France en 2007: bilan et perspectives. Le Mont-Houy: Presses UniversitairesValenciennes, 2007.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

PROGRAMA: Ciência da Literatura DISCIPLINA: HISTÓRIA E REPRESENTAÇÃO DA SEXUALIDADE

CÓDIGO: LEL804

PROFESSOR: Heloisa Buarque de Hollanda e Beatriz Resende

SIAPE: 6369663 E 83360503

PERÍODO: 2019.1 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Literatura Comparada

NÍVEL: Mestrado e Doutorado TÍTULO DO CURSO: Fórum Mulher na universidade: gênero, cânone e epistemologias Horário: 5ª feira, 14h às 18h EMENTA: Quem é o sujeito da ciência? Como se constroem os objetos de pesquisa? Métodos são sem gênero? Quais são as formas ideais do fazer científico? Sobretudo, quais são as reais condições de questionar o coração duro da ciência? Os modelos e discursos acadêmicos existentes começam a ser reformulados e interpelados pelo feminismo acadêmico. Pretendemos trabalhar estas questões e formatar um campo epistêmico específico para os estudos de gênero. A metodologia utilizada terá o formato de pesquisa-acão, buscando criar novas formas de produção de conhecimento compartilhado. Uma vez por mês o curso abrirá espaço para o Fórum Mulher na Universidade com palestras e debates. Os demais encontros serão dedicados a seminários com convidados especiais no esforço pela formulação de uma área interdisciplinar de estudos feministas. Pré-requisito: não há BIBLIOGRAFIA:

ALVARADO, Mariana. “ Epistemologias feministas latinoamericanas: un cruce en el camino junto-a-otras pero no-junta- a-todas “. Rev de Ciencias Sociales y Humanidades Vol. 1 n.3 pp 9-32 ANZALDÚA, Gloria. La La conciencia de la mestiza / Rumo a uma nova consciência . EstudosFeministas, Florianópolis,13(3):320,setembro-dezembro/2005 BANDEIRA Lourdes. “A Contribuição da Crítica Feminista à Ciência. In: Estudos Feministas, Florianopolis,16(1):288,janeiro-abril/2008 HARAWAY, Donna. “Situated Knowledges: The Science Question in Feminism and the Privilege of Partial Perspective Feminist Studies, Vol. 14, No. 3 (Autumn, 1988), pp. 575-599 ( em tradução nos Cadernos Pagu no. 5, 1995

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HARDING, Sandra. “A instabilidade das categorias analíticas na teoria feminista”. In: Revista Estudos Feministas n. 1/93 pp 7-3 --------- “Strong objectivity. : A response to the new objectivity question” Synthesee 104: 331-349. 1995 LUGONES, Maria. “Hacia un feminismo descolonial” Hypatia, vol 25, No. 4 (Otoño, 2010) RAGO, Margareth . “ Epistemologia feminista , gênero e história” . In: Pedro, Joana; Grossi, Miriam (orgs.) Masculino, feminino, plural. Florianopolis: Ed.Mulheres,1998 STENGERS, Isabelle & DESPRET, VINCIANE. Women Who Make a Fuss. Minneapolis: Univocal, 2014/ Les faiseuses d”histoires. Paris: La Découverte, 2011 SCOTT, Joan. “Gênero: uma categoria útil para análise histórica”. In: Educação e Realidade”, v.16, p. 5-22.pp. SILVA DIAS, Maria Odila. “Novas subjetividades na pesquisa histórica feminista. Uma hermenêutica das diferenças” . In: Revista de Estudos Feministas 2/94 ( Títulos de difícil acesso ou publicados no exterior serão disponibilizados)

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: MEMORIALISMO POÉTICO E IDEOLOGIA PROFESSOR: Luciana Villas Bôas

Siape: 16855798

CÓDIGO: LEL840

PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada

HORÁRIO: 4a-feira, 14h às 18h TÍTULO DO CURSO: Reconceitualizações do político Ementa: A proposta deste curso parte da suspeita de que o repertório político de que dispomos para compreender as experiências recentes é inadequado ou mesmo obsoleto. Não apenas no Brasil, mas também nas democracias mais estabelecidas, há uma tendência avassaladora à indiscriminação conceitual. Tradições ou conceitos, antes delimitáveis, passaram a abranger os mais heterogêneos valores, âmbitos sociais, e atores concretos, p.ex. “marxismo cultural” ou “ideologia de gênero. As próprias instituições políticas e a ordem simbólica e espacial que as torna tangíveis parecem ameaçadas. As novas mídias digitais subvertem os preceitos e a ordenação espacial da “esfera pública”. Distinções entre público e privado, amigo e inimigo, dentro e fora, desde sempre controversas ou mesmo virulentas, parecem diluir-se. A descrença nos procedimentos e instituições da democracia participativa estende-se à linguagem, ao peso das palavras. Esse ceticismo, que atinge os mais diferentes espectros ideológicos, aparece na afirmação da força em detrimento do direito (ou seja, a letra da lei), ou na aposta no “afeto” e no “corpo” como alternativas ao status quo político. Independentemente do diagnóstico que se faça das eleições, do sistema de representação, ou do Estado de direito, o que está em crise, na situação atual, são as condições da inteligibilidade da própria política. Esse curso, de caráter investigativo e experimental, contará com a participação de docentes de diferentes instituições e programas e reunirá diversas perspectivas e tradições intelectuais. As aulas serão divididas em blocos, nos quais se revisitam conceitos, narrativas, e mídias, dando ênfase ao enlace entre teoria literária, história e teoria política. Na medida do possível, aliam-se a discussão de textos primários à análise de imagens e acontecimentos recentes. o político amigo vs. inimigo (Pedro Villas Bôas Castelo Branco, IESP/UERJ, João Marcos Duarte, IESP/UERJ) público vs. privado (Sérgio Alcides, UFMG, Tadeu Capistrano, EBA/UFRJ) violência vs. poder (Luciana Villas Bôas) representação teoria dos dois corpos (Bernardo Ferreira, UERJ) o corpo político e o lugar da língua (Luciana Villas Bôas) Estado/Direito (Antonio Martins, Direito/UFRJ) narrativas de origem empatia/simpatia (Thiago Bezerra Cass,UFRJ, André Cardoso, UFF) civilização e barbárie (Maísa Mäder, PUC-Rio) comunidade e sociedade (Sérgio da Mata, UFOP) tradições democracia (Cristina Buarque, IESP/UERJ, Flavio Limoncic, UFF) autoritarismo/totalitarismo (Pedro Duarte, PUC) mídias/meios política da estética vs. estetização do político (Carolina Sá Carvalho, Universidade da Carolina do Norte Chapel em Hill) imagens, mídias sociais (Tadeu Capistrano) crítica estética & cultura democrática (Nabil Araújo) BIBLIOGRAFIA

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

ABRAMS, M. H. O espelho e a lâmpada: teoria romântica e tradição crítica. São Paulo: Editora Unesp, 2010. AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer. O poder soberano e a vida nua. Trad. Henrique Burigo. Belo Horizonte: UFMG, 2010. ARAÚJO, Nabil. Julgamento inaugural, competência crítica e cultura democrática. In: LOPES, Alice C.; SISCAR, Marcos (Orgs.). Pensando a política com Derrida: responsabilidade, tradução, porvir. São Paulo: Cortez, 2018. p. 225-259. ARENDT, Hannah. Liberdade para ser livre. Trad. e org. Pedro Duarte. Rio de Janeiro, Bazar do Tempo, 2018. ______________. Origens do totalitarismo. Antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. Trad. Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. _______________. Entre o passado e o futuro. Trad. Mauro W. Barbosa. São Paulo: Perspectiva, 2003. BUARQUE DE HOLANDA, Cristina. Modos da representação política. O experimento da Primeira República Brasileira. Belo Horizonte: UFMG, 2009. CASTELO BRANCO, Pedro Villas Bôas. Secularização Inacabada: Política e Direito em Carl Schmitt. Curitiba: Appris, 2011. CHANDLER, James. An Archaeology of Sympathy: the Sentimental Mode in Literature and Cinema. Chicago: University Chicago Press, 2013 DERRIDA, Jacques. Força de lei: o fundamento místico da autoridade. Trad. de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Martins Fontes, 2007. FERREIRA, Bernardo. Sujeito e ordem. Romantismo e DEcisionismo no Pensamento de Carl Schmitt. Dados. 45,4 (2002) 599-648.

FISCHER, Bernd e May Mergenthaler. Cultural Transformations of the Public Sphere: Contemporary and Historical Perspectives. Peter Lang, 2015.

FRASER, Nancy. "Rethinking the Public Sphere: A Contribution to the Critique of Actually Existing Democracy", Craig Calhoun, ed. Habermas and the Public Sphere, Cambdrige: MIT Press, 1992, 122-138.

HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da esfera pública. São Paulo: Unesp, 2014.

HESS, Jonathan M. Reconstituting the Body Politic. Enlightenment, Public Culture and the Invention of Aesthetic Autonomy. Detroit: Wayne University Press, 1999.

HOHENDAHL, Peter Uwe. Öffentlichkeit. Geschichte eines kritischen Begriffs. Stuttgart: Metzler, 2000.

KANTOROWICCZ, Ernst. The King’s Two Bodies. A Study in Medieval Political Theology. Princeton: Princeton University Press, (1957)2016. KOSELLECK, Reinhardt. Estratos do tempo. Estudos sobre história. Trad. Markus Hediger. Rio de Janeiro: Contraponto, 2014.

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__________________. Crítica e crise. Patogênese da sociedade burguesa. Trad. Luciana Villas Bôas. Rio de janeiro: Contraponto, 1999. KOSCHORKE, Albrecht, Uwe Hebekus e Ethel Matala Mazza. Das Poltische. Figurenlehre des sozialen Körpers nach der Romantik. Munique: Fink, 2003.

LAMB, Jonathan. The Evolution of Sympathy in the Long Eighteenth Century. Londres: Routledge, 2016. LIMONCIC, Flávio e MARTINHO, Francisco Carlos Palomanes. (Orgs). Os intelectuais do antiliberalismo. Projetos e políticas para outras modernidades. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. MATA, Sérgio da. Ernst Troeltsch e a história: uma introdução. Locus (Juiz de Fora), v. 11, p. 7-10, 2005. MOSER, Christian e Markus Winkler. The Barbarian. Explorations of a Western Concept in Theory, Literature and the Arts. Stuttgart: Metzler, 2018. MOUFFE, Chantal. Sobre o político. Trad. de Fernando Santos. São Paulo: Martins Fontes, 2015. MOUFFE, Chantal. Por um modelo agonístico de democracia. Revista de sociologia e política, Curitiba, n. 25, p. 11-23, 2005. NORONHA DE SÁ, Maria Elisa. Civilização e barbárie. A construção da ideia de nação: Brasil e Argentina. Rio de de Janeiro: Garamond, 2008. SAFATLE, Vladmir. O circuito dos afetos: corpos políticos, desmparo e o fim do indivíduo. Belo Horizonte; Autêntica, 2016. SCHMITT, Carl. O conceito do político. Trad. Alexandre Franco de Sá.Edições 70, 2015. ____________Political Romanticism.Trad. Guy Oakes. Cambridge, MIT Press, 1988. VILLAS BÔAS, Luciana. “Koselleck”. Os historiadores: clássicos da história. Vol. 3. Org. Maurício Parada. Rio de Janeiro: PUC, Petrópolis: Vozes, 2014. 93-116. WARNER, Michael. "Publics and Counterpublics", Public Culture, 14, 1 (2002) 49-90.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: A NARRATIVA DO SÉCULO XX PROFESSOR: Luis Alberto Alves

Siape: 0298259 CÓDIGO:LEL 801

PROFESSOR: Víctor Lemus Siape: 1525546 PROFESSOR: Luiz Montez Siape: 0366044 PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO: 2ª feira, 14h às 18h TÍTULO DO CURSO: As tramas do evento histórico: Literatura e Historiografia Ementa: A modernidade iluminista empenhou-se em fazer da literatura (e da arte em geral) uma esfera diferenciada de funções éticas e cognitivas. A reivindicação de “autonomia” da esfera literária, discutida como aspecto fundamental entre intelectuais alemães entre finais do século XVIII e inícios do século XIX, constitui ainda hoje tema de discussão quando se trata de definir o papel da literatura na vida social contemporânea. Esta discussão não pode nem deve eludir a construção teórica que desde aquele interregno histórico separa como opostos o campo literário, conceituado como o reino da subjetividade (e, com frequência, equivocadamente confundido com o da ficcionalidade), do campo historiográfico, qualificado como o reino da objetividade (e, em igual equívoco, frequentemente confundido com o da veracidade). Porém, a dinâmica social e a própria evolução das ciências sociais se encarregaram de tornar essa dicotomia problemática. Novas concepções de linguagem e do fazer historiográfico aproximaram o campo literário como lugar de conhecimento histórico, ao mesmo tempo em que problematizaram o estatuto de verdade da historiografia. Tanto em um campo como no outro a “linguagem” assume um importantíssimo estatuto epistemológico, revestindo o campo literário e o campo historiográfico de novos contornos e papéis sociais. Tendo em vista esses deslocamentos e mudanças o curso tem por objetivo explorar algumas implicações políticas e epistemológicas no interior das reconfigurações dos campos literárias e historiográficas e produzidas por sua interseção. BIBLIOGRAFIA

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

ADORNO, Theodor. A reconciliação extorquida. In: Machado, Carlos Eduardo Jordão. Um capítulo da história da modernidade estética. Debate sobre o Expressionismo. São Paulo: Editora UNESP, 2017. FONSECA, Rubem. Agosto. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. FONSECA, Rubem. Contos reunidos. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. HEINE, Heinrich. La escuela romántica. Traducción, introducción y notas de Román Setton. Buenos Aires: Editorial Biblos de la Alemania, 2007. JABLONKA, Ivan. La historia es uma literatura contemporánea, Manifiesto por lãs ciencias sociales. Trad. Horacio Pons. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2016. JENKINS, Keith. A história repensada. Trad. de Mário Vilela. São Paulo: Editora Contexto, 2007. LUKÁCS, George. Realismo crítico hoje. Brasília: Coordenadora Editora Brasileira, 1969. LUKÁCS, György. O romance histórico. São Paulo: Boitempo, 2011. MAINGUENEAU, Dominique. Discurso literário. Trad. de Adail Sobral. São Paulo: Editora Contexto, 2006. MENTON, Seymon. La nueva novela histórica de la América Latina, 1979 – 1992. México: Fondo de Cultura Econômica, 1993. SAFRANSKI, Rüdiger. Romantismo, uma questão alemã. Trad. de Rita Rios. São Paulo: Estação Liberdade, 2010. SCHWARZ, Roberto. Sequências brasileiras. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. ______ Martinha versus Lucrecia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. SOKAL, Alan e BRICMONT, Jean. Imposturas Intelectuais. Rio de Janeiro: Record, 1999. SAUNDERS, Frances Stonor. Quem pagou a conta. Rio de Janeiro: Record, 2008. TERTULIAN, Nicolas. Lukács e seus contemporâneos. São Paulo: Perspectiva, 2016. WHITE, Hayden. Ficción histórica, historia ficcional y realidad histórica. Selección, edición e introducción a cargo de Verónica Tozzi. 1ª ed. Buenos Aires: Prometeo Libros,2010.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: LITERATURA E PSICANÁLISE PROFESSOR: Marco Lucchesi Siape: 0365916 CÓDIGO: LEL832 PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: Mestrado/Doutorado ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária, Literatura Comparada HORÁRIO: 3ª feira, 9h às 13h TÍTULO DO CURSO: Onirocrítica Literatura e Antropologia e EMENTA: O sonho na literatura. Sonhar em grupo. A produção de sonhos e a história. Fundação da Utopia. A produção de sentido e novas abordagens da onirocrítica. Bibliografia básica: ARTEMIDORO. Il libro dei sogni(trad. de A Giardino). Milano: Rizzoli, 2006, edição bilíngue. BACHELARD, Gaston. Le droit de rêver. Paris: PUF, 2013. BERADT, Charlotte. The third reich of dreams: the nightmare of a nation, 1922-1939. Florida: Aquarian Press, 1985. COLONNA, Francesco (atrib.) Batalha de amor em sonho de Poliphilo. Tradução de Cláudio Giordano. São Paulo: Imprensa Oficial, 2013. FERENCZI, Sandor. Thalassa. São Paulo: Martins Fontes, 1990. FREUD, Sigmund. Obras completas. (trad de Luis Lopez-Ballesteros Y De Torres. Madrid: Biblioteca Nueva, 1973. LÉVY-BRUHL. A mentalidade primitiva. São Paulo: Paulus, 2014. HARRIS, William V.Dreams and experience in classical antiquity. Harvard: Harvard University Press, 2009. JASPERS, Karl. Strindberg Y Van Gogh. (trad. Manuel Vargas). Barcelona: Nuevo Arte Thor, 1986. SILVEIRA, Nise. Imagens do inconsciente. Petrópolis: Vozes, 2016. SWEDENBORG, Emanuel. Le livre desrêves. (tra,d Régis Boyer). Paris: Berg International, 1993. VICO, GIambattista. A ciência nova. Rio de Jnaeiro: Record, 1999. WINNICOTT , D.W. Playing and reality. Florence: Routledge, 2005.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: NOVOS SUJEITOS NA PÓS-MODERNIDADE PROFESSOR: Paulo Roberto Tonani do Patrocínio

Siape: 2144382

CÓDIGO: LEL 818

PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO: 2ª feira, 14h às 18h TÍTULO DO CURSO: IDENTIDADE E DIFERENÇA: TERRITÓRIOS CULTURAIS DA CONTEMPORANEIDADE Ementa: Temas e problemas de identidade cultural na contemporaneidade. Discussão sobre os processos de subjetivação e de construção de identidades acionados por grupos culturais e seus diferentes recursos discursivos na literatura, música, cinema e fotografia. Novos paradigmas da diferença, territórios de conflitos e disputas culturais. Narrativas contemporâneas dos deslocamentos e migrações transnacionais. Figurações de si e do outro. A questão do lugar da cultura: o lócus de enunciação e a produção cultural no “entre-lugar”. Diferença e desigualdade nos imaginários da cidade. A narração da nação em sua heterogeneidade. BIBLIOGRAFIA

1. BHABHA, Homi K. O local da cultura. Trad. Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis e Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

2. BRAH, Avtar. “Diferença, diversidade, diferenciação”. In: CadernosPagu, nº 26, Janeiro-junho de 2006: pp. 329-376.

3. CONNOLLY, William E..Identity/Difference; Democratic negotiations of political paradox. Ithaca: Cornell University Press, 1991.

4. DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Tradução de Luiz Orlandi e Roberto Machado. 1ª Edição. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2018.

5. DERRIDA, Jacques. Margens da filosofia. Tradução de Joaquim Torres Costa e Antonio M. Magalhães. Campinas: Papirus, 1991.

6. FOUCAULT, Michel. Os anormais. Tradução Eduardo Brandão. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010. (Coleção Obras de Michel Foucault).

7. HALL, Stuart. Cultura e representação. Tradução de Daniel Miranda e William Oliveira. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio/Apicuri, 2016.

8. LACLAU, Ernesto. Emancipação e diferença. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2011. 9. PIERUCCI, Antônio Flavio. Ciladas da diferença. São Paulo: Editora 34, 1999. 10. SANTOS, Boaventura de Sousa. Reconhecer para libertar. Os caminhos do

cosmopolitismo multicultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. Coleção reinventar a emancipação social para novos manifestos - Volume 3.

11. SILVA, Tomaz Tadeu da. (Org.) Identidade e diferença. A perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis: Editora Vozes, 2014, 15ª Edição.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: ARTE, MANIFESTAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DO REAL PROFESSOR: Priscila Matsunaga Siape: 2544259 CÓDIGO:LEL 846 PROFESSOR: Flavia Trocoli Siape: 2711100 PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO: 4ª feira, 9h às 13h TÍTULO DO CURSO: Ideias trágicas, leituras modernas Ementa: Raymond Williams afirma que “É no lugar onde vivemos que começamos a pensar”, em seu rastro, diríamos que é a partir de atos de leitura no presente que analisaremos algumas formas da tragédia e do trágico, sublinhando que, para Peter Szondi, o trágico sem ter uma essência, pode ser pensado a partir de um desaparecimento que deixa uma “ferida incurável”. Dividimos o curso em dois momentos. Em um primeiro momento, propomos a leitura de autores que refletiram sobre ideias trágicas e a filosofia do trágico, em especial Peter Szondi, Raymond Williams e Terry Eagleton. Embora possuam campos distintos de atuação e interesses próprios, Ensaio sobre o trágico (Szondi, 1961), Tragédia Moderna (Williams, 1966) e Doce Violência (Eagleton, 2003) dialogam com a experiência da leitura de obras, clássicas e modernas. Em seguida, trabalharemos, mais de perto, releituras de duas tragédias clássicas - Antígone (442 a.C.), de Sófocles, e Medeia (431 a. C.), de Eurípedes - em: Antígona de Sófocles, de 1948, de Bertolt Brecht, Medeia, 1969, filme de Pier Paolo Pasolini, Gota d’água, 1975, de Chico Buarque e Paulo Pontes. Esse segundo momento de leitura nos permitirá pensar detalhes da representação que atam o campo da destruição, que não se desvincula do campo do poder, ao campo das formas como barreira à morte, recolocando na cena de leitura a advertência que Williams leu em Brecht: “Temos de enxergar que o sofrimento nos esmaga, mas que ele também não tem, necessariamente, de nos esmagar.” (Sugere-se que os interessados pelo curso façam leituras prévias de Antígone e Medeia, nas traduções de Trajano Vieira.) BIBLIOGRAFIA ARISTÓTELES. Poética. Tradução Paulo Pinheiro. São Paulo: Editora 34, 2015. BRECHT, Bertolt. Antígona de Sófocles, vol. 10. Tradução: Angelika E. Kôhnke e Christine Roehrig. In: Teatro completo, em 12 volumes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993. BUARQUE, Chico, PONTES, Paulo. Gota d’água. Inspirado em concepção de Oduvaldo Vianna Filho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015. DERRIDA, Jacques. Glas. Paris: Galilée, 2004. EAGLETON, Terry. Doce violência: a ideia do trágico. Tradução Alzira Allegro.São Paulo: Editora Unesp, 2013. EURÍPIDES. Medeia. Ed. bilíngue; trad., posfácio e notas de Trajano Vieira. São Paulo: Ed. 34, 2010. HEGEL,G.F.W. A fenomenologia do espírito. Vol I, p.244-69, Vol II, p.7-34.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

Hölderlin. Reflexões. Seguidas de Hölderlin, Tragédia e Modernidade por Françoise Dastur. Organização: Antonio Branches. Tradução: Marcia de Sá Cavalcante e Antonio Branches. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 194. LACAN, Jacques. A ética da psicanálise 1959-1960. Texto estabelecido por Jacques-Alain-Miller. Versão brasileira: Antonio Quinet. Rio de Janeiro: Zahar, 1997. LORAUX, Nicole. Maneiras trágicas de matar uma mulher: imaginário da Grécia Antiga. Tradução: Mario da Gama Kury. Rio de Janeiro: Zahar, 1988. MARX, Karl. Sobre o suicídio. Tradução: Rubens Enderle e Francisco Fontanella. São Paulo: Boitempo, 2006. MENKE, Christoph., 2008, La actualidad de la tragedia. Ensayo sobre juicio y representación, Machado Libros, Madrid. REINHARDT, Karl. Sófocles. Tradução: Oliver Tolle. Brasília: Editora UnB, 20017. ROSENFIELD, Kathrin. Sófocles e Antígona. Rio de Janeiro: Zahar, 2002. SÓFOCLES. Antígone. Tradução Trajano Vieira. São Paulo: Perspectiva, 2009. ______. Édipo Rei. Tradução: Trajano Vieira. São Paulo: Perspectiva, 2009. SOUZA, Ricardo Pinto (org.). Dossiê Tragédia e Modernidade. Terceira Margem. Revista do PPG em Ciência da Literatura da UFRJ. Ano XVII, número 27, janeiro-junho, 2013. STEINER, George. Antígonas: a persistência da lenda de Antígona na literatura, arte e pensamento ocidentais. Tradução: Miguel Serras Pereira. Lisboa: Relógio D’Água, 2008. ______. A morte da tragédia. Tradução: Isa Kopelman. São Paulo: Perspectiva, 2006. SZONDI, Peter. Ensaio sobre o trágico. Trad. Pedro Süssekind. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004. ______. Teoria do drama moderno (1880-1950). Trad. Luiz Sérgio Repa. São Paulo: Cosac&Naify, 2001. WILLIAMS, Raymond. Drama em cena. Trad. Rogério Bretonni. São Paulo: Cosac&Naify, 2010. ______. Tragédia moderna. Trad. Betina Bischof. São Paulo: Cosac&Naify, 2002. VERNANT & VIDAL-NAQUET, Mito e tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Perspectiva.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

PROGRAMA: Ciência da Literatura DISCIPLINA: MODERNISMO E PÓS-MODERNISMO CÓDIGO: LEL816 PROFESSOR: Roberto Bartholo SIAPE: 360497 PERÍODO: 2019.1 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria

literária e literatura comparada NÍVEL: Mestrado/Doutorado TÍTULO DO CURSO: Vilém Flusser e o Futuro da Escrita Horário: 4ª feira, 9h -13h EMENTA: O curso apresenta a contemporaneidade do pensamento de Vilém Flusser. Num primeiro momento é traçado um perfil político-filosófico do autor e sua trajetória de vida é mapeada. Num segundo momento é destacada sua contribuição para a compreensão dos desafios impostos pela emergência do novo “universo das imagens técnicas” como pilar da organização da cultura digitalizada contemporânea. O foco prioritário de atenção será a caraterização na perspectiva flusseriana dos elos entre escrita alfabético-fonética, pensamento em linha e consciência histórica. Por fim, o curso apontará para cenários possibilistas abertos pela dissolução desta configuração. Pré-requisito: não há Bibliografia: Brayner, André. Vilém Flusser: filosofia do desenraizamento. Clarinete, Porto Alegre, 2015. Flusser, Vilém. A escrita: há futuro para a escrita?. Annablume, São Paulo, 2010. Flusser, Vilém. Bodenlos: uma autobiografia filosófica. Annablume, São Paulo, 2007. Flusser, Vilém. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filosofia da fotografia. Annablume, São Paulo, 2011. Flusser, Vilém. O universo das imagens técnicas: elogio da superficialidade. Annablume, São Paulo, 2008. Flusser, Vilém. Writings. University of Minesota Press, Minneapolis, 2002. Vídeos do arquivo Vilém Flusser São Paulo https://www.youtube.com/channel/UCYDNj5FFM0hjkrNVyhr48zQ

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

DISCIPLINAS DE ORIENTAÇÃO PARA MESTRADO

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: PROJETO DISSERTAÇÃO MESTRADO PROFESSOR: ORIENTADOR Siape: CÓDIGO:LEL798 PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: Mestrado ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária, Literatura Comparada HORÁRIO:A combinar com orientador. PRÉ-REQUISITO: É exigido o cumprimento, em semestres anteriores, de 240 horas de aula (4 disciplinas, entre as da grade do Programa e eletivas) para inscrição nessa disciplina.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: SEMINÁRIO DISSERTAÇÃO MESTRADO PROFESSOR: ORIENTADOR Siape: CÓDIGO:LEL730 PERÍODO: 2019.1 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária, Literatura Comparada HORÁRIO:A combinar com orientador. PRÉ-REQUISITO: É exigido o cumprimento, em semestres anteriores, de 240 horas de aula (4 disciplinas, entre as da grade do Programa e eletivas) para inscrição nessa disciplina, a ser cursada, preferencialmente, após a disciplina PROJETO DISSERTAÇÃO MESTRADO (LEL 798).

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: PESQUISA DISSERTAÇÃO MESTRADO PROFESSOR: FLAVIA TROCOLI Siape: 2711100 CÓDIGO:LEL708 PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: Mestrado ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária, Literatura Comparada HORÁRIO:A combinar com orientador. PRÉ-REQUISITO: A inscrição nessa disciplina é exclusiva e obrigatória para manutenção da Matrícula de mestrandos que tiveram pedido de prorrogação de prazo de defesa aprovado pela Comissão de Pós-graduação e Pesquisa da Faculdade de Letras.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: LEITURA ORIENTADA MESTRADO PROFESSOR: FLAVIA TROCOLI Siape: 2711100 CÓDIGO: LEL744 PERÍODO: 2019.1 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária, Literatura Comparada HORÁRIO: A combinar com orientador. PRÉ-REQUISITO: A inscrição nessa disciplina deve ser feita exclusivamente em 1 situação: quando o aluno optar por inscrever-se em disciplina de outro programa cuja carga horária seja inferior a 60h.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

DISCIPLINAS DE ORIENTAÇÃO E CAPACITAÇÃO DIDÁTICA PARA DOUTORADO

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: PROJETO TESE DOUTORADO PROFESSOR: ORIENTADOR Siape: CÓDIGO:LEL898 PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: Doutorado ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária, Literatura Comparada HORÁRIO:A combinar com orientador. PRÉ-REQUISITO: Para inscrição nessa disciplina, é necessário ter cumprido a carga horária de disciplinas da grade do Programa e eletivas indicada pela coordenação do Programa na resposta à Solicitação de Distribuição de Créditos.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: SEMINÁRIO TESE DOUTORADO PROFESSOR: ORIENTADOR Siape: CÓDIGO:LEL830 PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: Doutorado ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária, Literatura Comparada HORÁRIO:A combinar com orientador. PRÉ-REQUISITO: Para inscrição nessa disciplina – a ser cursada, preferencialmente, após a disciplina PROJETO TESE DOUTORADO (LEL 898) –, é necessário ter cumprido a carga horária de disciplinas da grade do Programa e eletivas indicada pela coordenação do Programa na resposta à Solicitação de Distribuição de Créditos.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: PESQUISA TESE DOUTORADO PROFESSOR: FLAVIA TROCOLI Siape: 2711100 CÓDIGO:LEL808 PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: Doutorado ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária, Literatura Comparada HORÁRIO:A combinar com orientador. OBSERVAÇÃO: Para manutenção de matrícula de doutorandos que já tenham cumprido todos os créditos de disciplinas da grade do Programa, eletivas e demais disciplinas de orientação (LEL 898 e LEL 830), é obrigatória a inscrição nessa disciplina a cada semestre, até a defesa da tese.

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: CAPACITAÇÃO DIDÁTICA PROFESSOR: FLAVIA TROCOLI Siape: 2711100 CÓDIGO:LEL822 PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: Doutorado ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária, Literatura Comparada HORÁRIO:A combinar conjuntamente com orientador e coordenador do Programa. PRÉ-REQUISITO: A inscrição nessa disciplina é condicionada a aprovação prévia, pelo orientador e o coordenador do Programa, de plano de atividades docentes apresentado pelo doutorando no semestre anterior.

Page 23: EMENTAS 2019.1 CIÊNCIA DA LITERATURA...Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres. Tradução de Mário da Gama Kury. Brasília: Editora UnB, 1977. NAGY, Gregory. “Transmission of

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: LEITURA ORIENTADA DOUTORADO 1 PROFESSOR: FLAVIA TROCOLI Siape: 2711100 CÓDIGO: LEL844 PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: Doutorado ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária, Literatura Comparada HORÁRIO:A combinar com orientador. PRÉ-REQUISITO: A inscrição nessa disciplina deve ser feita exclusivamente em 2 situações: 1) quando exigida na resposta à solicitação de distribuição de créditos; 2) quando o aluno optar por inscrever-se em disciplina de outro programa cuja carga horária seja inferior a 60h. PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: LEITURA ORIENTADA DOUTORADO 2 PROFESSOR: FLAVIA TROCOLI Siape: 2711100 CÓDIGO: LEL848 PERÍODO: 2019.1 NÍVEL: Doutorado ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária, Literatura Comparada HORÁRIO:A combinar com orientador. PRÉ-REQUISITO: A inscrição nessa disciplina deve ser feita exclusivamente em 1 situação: quando exigida na resposta à solicitação de distribuição de créditos.