Emergência de Incêndios na Faculdade de Engenharia da...

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I ABA Emergência de Incêndios na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Plano de emergência para evacuação Projecto FEUP ELE301 12-10-2009 90503197 Ana Rita Amaral Mendes 90503159 Diogo Machado Gomes 90503131 João António Marques de Sá Soares Pinto 90503049 João Tiago Teixeira Almeida 90504181 José Almeno da Silva Santos 90503117 Pedro Figueiredo Nogueira 90503155 Sara Daniela Magalhães Costa

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I ABA

Emergência de Incêndios na Faculdade de Engenharia

da Universidade do Porto Plano de emergência para evacuação

Projecto FEUP

ELE301

12-10-2009

Relatório do projecto FEUP

90503197 Ana Rita Amaral Mendes 90503159 Diogo Machado Gomes 90503131 João António Marques de Sá Soares Pinto 90503049 João Tiago Teixeira Almeida 90504181 José Almeno da Silva Santos 90503117 Pedro Figueiredo Nogueira 90503155 Sara Daniela Magalhães Costa

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Agradecimentos

Durante a execução deste nosso trabalho contamos com a ajuda de alguns elementos

exteriores ao grupo. Assim, gostaríamos de agradecer à Engenheira Paula Rego, responsável

pela higiene e segurança da faculdade, que nos forneceu informações importantes relativas ao

nosso tema.

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Índice

Conteúdo

Agradecimentos ............................................................................................................................... 2

Índice ............................................................................................................................................... 3

1.Introdução .................................................................................................................................... 4

3.Relatório ....................................................................................................................................... 5

3.a. Detecção ............................................................................................................................... 5

3. b. Locais de Maior Risco ........................................................................................................... 6

Equipamentos de segurança .................................................................................................... 6

3.c. Evacuação .............................................................................................................................. 8

3.c. Evacuação .............................................................................................................................. 8

3.c.i Procedimento em caso de emergência ............................................................................ 8

3.c.ii Pontos de Encontro ......................................................................................................... 9

3.c.iii Vias de emergência ...................................................................................................... 10

3.c.iv. Plantas de emergência ................................................................................................ 11

3.c.v Universalização do plano de emergência ...................................................................... 12

3.d. Simulacro ............................................................................................................................ 15

Conclusão ....................................................................................................................................... 16

Bibliografia ..................................................................................................................................... 17

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1.Introdução

Pretendemos, com este relatório, demonstrar o estudo feito sobre a capacidade que a

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) tem para evacuar os edifícios que a

constituem em caso de emergência.

Vamos fazer uma análise geral dos edifícios que constituem a FEUP analisando as

plantas de evacuação dos edifícios e planos de emergência que possam existir.

Identificar quais serão os locais e os momentos onde podem existir um maior risco

Necessidade da realização de eventuais simulações de evacuação ou exercícios de

segurança.

Assim, este trabalho é realizado com o intuito de analisarmos as condições de segurança da

FEUP em caso de necessidade de evacuação e também achamos que a divulgação de o que se

deve fazer em caso de emergência é bastante importante para que toda a gente possa saber

como agir, pelo que pretendemos também divulgar tudo o que se pode e deve fazer numa

situação de evacuação da faculdade.

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3.Relatório

3.a. Detecção

Em todas as salas da faculdade estão instalados Sistemas Automáticos de Detecção de

Incêndio (SADI), estes permitem a detecção rápida do início de um incêndio de forma

automática. Os SADI estarão sempre activos pois estes usam corrente eléctrica pública, e em

caso de necessidade, um acumulador que pode compensar a falha de rede pública.

Além de detectar e emitir um aviso aos bombeiros da região e aos responsáveis de vigilância

da FEUP, estes detectores podem ainda fechar portas e activar dispositivos necessários para a

evacuação.

Os SADI possuem sensores que detectam facilmente

fumo, gás e luz, ou seja, emissões de um possível fogo,

possui também um emissor de som de maneira a avisar a

unidade escolar sobre o perigo eminente. Devido à

sensibilidade dos SADI, por vezes são emitidos alarmes

falsos, activados por outros factores tal como o fumo de

cigarros.

Qualquer pessoa que presencie qualquer início de incêndio ou conduta perigosa deve alertar

tal ocorrência à segurança ou uma entidade que possa resolver o problema. Desta maneira,

juntando o elemento humano ao elemento automático de detecção de incêndios, consegue-se

um sistema muito mais eficiente para tal propósito.

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3. b. Locais de Maior Risco

O departamento de Engenharia Química é o local que apresenta maior risco de incêndio

porque possui materiais inflamáveis e diversos aparelhos que usados incorrectamente podem

provocar grandes estragos, pondo em risco toda a comunidade escolar. Contudo, a existência de

equipamentos apropriados e de docentes especializados para este tipo de situações garantem à

faculdade fiabilidade e segurança.

Os laboratórios desse departamento usufruem de equipamentos de segurança que devem

ser usados em caso de emergência, tal como lava-olhos e chuveiro de emergência, extintor,

manta anti-fogo e fichas que contêm informações sobre os cuidados a ter no manuseamento

dos reagentes entre muitos outros que serão apresentados a seguir.

Existem mais dois locais de risco, a cantina da faculdade e o anfiteatro no bloco A. O primeiro

local possui fornos e outros aparelhos de elevada potência que funcionam a elevadas

temperaturas; o segundo é um espaço que aglomera muitas pessoas, cujo um mau

comportamento numa situação de pânico, associada às exíguas portas de emergência pode

complicar o escoamento do recinto.

Equipamentos de segurança

Tal como foi dito anteriormente, os laboratórios de química ostentam uma serie de

equipamentos de segurança que deverão ser usados em casos de emergência. Estes são eficazes

e evitam que grandes desastres aconteçam.

Lava-olhos de emergência

Permite a lavagem dos olhos acidentados que tenham

entrado em contacto com substâncias perigosas.

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Extintor

Fichas de segurança

Telefone de emergência

Permite a lavagem de um sinistrado que tenha entrado

em contacto com um contaminante.

Permite o combate a incêndios numa fase inicial.

Permite o combate a um pequeno foco de chamas.

Possibilita contactar os serviços técnicos, a segurança da

FEUP e o número de emergência, 112.

Contém informações importantes sobre os cuidados a ter

com determinadas substâncias.

Manta anti-fogo

Chuveiro de emergência

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3.c. Evacuação

Durante uma evacuação devido a incêndio, há uma série de factores e medidas a ter em

conta:

3.c.i Procedimento em caso de emergência

Durante uma evacuação devido a incêndio, há um conjunto de regras que devem ser

seguidas para que a evacuação seja mais organizada e ordeira.

Pré-planeamento:

A FEUP deve comprometer-se a instruir o seu corpo docente de como proceder em caso de

incêndio e informá-lo sobre pontos de encontro, que vias de emergência usar, como utilizar o

extintor, entre outros conceitos importantes.

Todos os professores e entidades mais responsáveis devem estar conscientes dos seus

deveres. Têm de ter em conta a segurança de todos os presentes e por isso, em caso de

incêndio, devem guiar os presentes para um local seguro.

Durante o deslocamento, há duas medidas essenciais a tomar:

Andar sempre pelo lado direito dos corredores

Andar agachado o máximo possível

Aconselha-se deslocarmo-nos pelo lado direito para criar uma ordem parecida como a da

estrada, assim a deslocação torna-se mais fácil e menos confusa.

Devido a fumos criados pelo fogo, toda a gente deve deslocar-se de um nível baixo, pois os

fumos são quentes e tornam-se menos densos, ou seja, ficam acima do ar respirável.

Outra regra essencial de evacuação é nunca usar os elevadores, pois é possível que estes

tenham sofrido danos provocados pelo incêndio e por várias razões podem estar com a eficácia

comprometida, ou até mesmo representar perigo de morte, pois pode existir a possibilidade de

caírem. Por isso mesmo se deve usar apenas as escadas, e de preferência, as escadas de

emergência, aplicando-se sempre as duas outras duas regras.

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3.c.ii Pontos de Encontro

Em redor do recinto da faculdade existem três pontos de encontro, indicados a verde na

figura abaixo, para os quais as pessoas se devem dirigir em caso de emergência. Após uma

análise aos locais, podemos dizer que têm os três dois aspectos positivos em comum, são locais

amplos e relativamente afastados dos edifícios da faculdade.

Existem dois pontos que se situam em parques de estacionamento, no P1 e P3 mais

especificamente, o terceiro é no relvado em frente à cantina. Os dois primeiros têm a

desvantagem de, devido ao facto de os parques de estacionamento estarem lotados de viaturas,

haver pouco espaço para a organização e contagem das pessoas evacuadas. O terceiro ponto de

encontro tem a desvantagem de se situar do outro lado da faixa rodoviária adjacente aos

edifícios de aulas, pois, desta forma, existe o risco de atropelamento de pessoas que estão a ser

evacuadas, caso circule algum veículo na via.

Dito isto, podemos concluir que os pontos de encontro escolhidos pelos responsáveis que

elaboraram o plano de evacuação da faculdade, foram bem seleccionados, tendo em conta os

espaços disponíveis na vizinhança da faculdade, pois garantem a segurança das pessoas

evacuadas em casos mais extremos como a derrocada de algum edifício.

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3.c.iii Vias de emergência

Em caso de incêndio, a existência de vias de emergência que permitam uma evacuação

rápida e eficaz é crucial. Embora a FEUP possua um planeamento que permite uma evacuação

rápida, existem algumas vias que poderiam estar melhor preparadas para permitir uma

evacuação mais rápida por parte dos alunos e docentes.

Pontos Positivos:

Os corredores são bastante largos, de maneira que mesmo durante a manhã (hora durante a

qual o número de pessoas, no campus, é máximo), possibilitariam uma evacuação rápida e

eficaz.

A existência de muitas escadas, como por exemplo no edifício B, também é um ponto

bastante positivo no plano de evacuação da FEUP, dado que permite uma evacuação rápida aos

alunos e docentes presentes em pisos superiores.

A porta principal da FEUP conduz a um espaço exterior amplo onde, em princípio, está

garantida a segurança.

No edifício existem saídas alternativas à saída principal, o que permite várias hipóteses de

evacuação do mesmo.

As saídas de emergência não estão fechadas à chave e possibilitam uma abertura fácil.

As saídas de emergência estão assinaladas de forma bem visível, tendo iluminação autónoma

que permanece visível em caso de corte de energia.

Pontos Negativos:

Um exemplo de uma das vias que poderá provocar alguma confusão durante uma evacuação,

são as portas dos auditórios, dado que são pequenas demais para conseguir evacuar o número

de pessoas existente na sala durante, por exemplo, uma aula teórica ou uma apresentação no

auditório principal.

As portas principais da FEUP são um ponto bastante negativo no plano de evacuação. São

demasiado pequenas para evacuarem o grande número de pessoas que acaba por convergir

naquele ponto durante uma evacuação.

A cantina da FEUP não tem condições para efectuar uma evacuação rápida durante, por

exemplo, a hora de almoço, as portas são demasiado pequenas para a grande quantidade de

alunos e docentes que estão presentes a essa hora.

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3.c.iv. Plantas de emergência

As Plantas de Emergência são bastante importantes nos edifícios pois é através delas que as

pessoas recolhem informação de como deverá ser efectuada a evacuação do edifício. Se uma

Planta de Emergência estiver bem elaborada e for de simples compreensão, até mesmo uma

pessoa sem conhecimento algum de como proceder numa evacuação poderá sair ileso em caso

de acidente.

A Faculdade de Engenheira da Universidade do Porto tem em todos os edifícios plantas de

emergência e depois de uma análise as mesmas vamos analisa-las, tanto pelo aspecto positivo

como negativo.

Aspectos Positivos:

- As Instruções que se encontram nas plantas com o nome de "Instrução Geral de Segurança"

podem ajudar as pessoas a saber ou relembrar dos procedimentos a executar em caso de

acidente.

- Os Números de Emergência que se encontram nas plantas, tanto internos como externos,

são importantes para que seja possível que uma pessoa consiga rapidamente fazer um

telefonema a avisar do acidente.

- O facto de as instruções e as legendas se encontrarem em Português e em Inglês pode

ajudar muita gente, já que nem todos falam a língua portuguesa.

- O mapa geral da faculdade é uma mais-valia pois dá a noção de onde nos encontramos no

edifício e mostra com clareza os pontos de reunião, para onde as pessoas se devem dirigir.

- O facto de o mapa ser branco e as setas verdes dá um bom contraste, e não há maneira de

nos enganarmos seguindo as setas.

Aspectos Negativos:

- Existe pouco contraste nas instruções e na legenda da língua inglesa o que poderá levar a

uma mais lenta compreensão do que está escrito

- Alguns símbolos da legenda quando em contacto com as paredes do edifício ficam um

pouco confusos e de difícil compreensão.

- Falta de legenda para a cor verde com que se preenche alguns locais em certas plantas.

- Alguns locais estão demasiado preenchidos e é difícil perceber o que são.

- O símbolo de boca-de-incêndio podia ser melhor representado.

- O símbolo de "você está aqui" não se encontra no mapa e deveria ser trocado por um

quadrado de cor castanha, cor que marca o local da planta no mapa global do edifício.

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3.c.v Universalização do plano de emergência

Numa situação de emergência é necessário tomar decisões de forma rápida e correcta, no

entanto esta acção está dependente das características psicológicas e físicas de cada ser

humano fazendo com que a forma de reagir face a uma mesma situação seja diferente de

pessoa para pessoa.

O plano de emergência é formado por um conjunto de normas e procedimentos que visam

orientar a comunidade a que se destinam de modo a evacuar os locais onde esta se encontra

com rapidez e segurança, a fim de minimizar o mais possível as consequências negativas de um

eventual acidente. No caso específico da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto,

uma vez que este plano se dedica a todos aqueles que a frequentam diariamente, ele deve ter

em conta o facto de nesse grupo se poderem incluir todo o tipo de pessoas nomeadamente

pessoas com mobilidade reduzida; pessoas com deficiências físicas, sensoriais e/ou cognitivas e

pessoas pertencentes a sectores etários mais vulneráveis como é o caso dos idosos e das

crianças.

No entanto a capacidade de resposta de um indivíduo não está sobretudo dependente dos

factores físicos e psicológicos que o condicionam mas da forma como foi preparado ou não para

reagir numa emergência, ou seja, deve ser feita uma divulgação eficaz e uma actualização

constante dos procedimentos de segurança bem como devem existir entidades específicas

preparadas para actuar sempre que necessário.

Desta forma o plano de emergência deve ser abrangente e garantir que as orientações sobre

os procedimentos a serem adoptados são conhecidas de todos e contemplam a generalidade da

população a que se destinam, pois, os planos de emergência por vezes podem ser vagos nas

suas orientações, quanto aos aspectos de segurança, no que diz respeito a pessoas com

deficiência e com mobilidade reduzida tendo por vezes algumas recomendações que, na prática,

se transformam em “barreiras” e se opõe à segurança da pessoa com deficiência.

Assim, numa faculdade com o prestígio da FEUP para além da diversidade de pessoas

que possam visitá-la é necessário que quando pessoas com necessidades especiais são

admitidas e até convidadas a fazer parte desta instituição tenham as suas condições de trabalho

garantidas, bem como as condições de segurança que requerem alguns cuidados aos quais têm

direito tal como está previsto em diversas convenções adoptadas internacionalmente.

Desta forma devem ser adoptadas medidas que garantam a funcionalidade dos edifícios de

modo a remover todos os obstáculos (barreiras arquitectónicas, de sinalização, etc.) às pessoas

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com deficiência. As pessoas com deficiência terão um tratamento prioritário e adequado às suas

condições individuais, sem privilégios, visando apenas assegurar-lhes o pleno exercício dos seus

direitos básicos e a sua inclusão social. Consideram-se assim apoios especiais às pessoas com

deficiência a orientação, a supervisão e as ajudas técnicas, entre outros elementos, que as

auxiliem ou permitam compensar as suas limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais

de modo a superar as barreiras da mobilidade e da comunicação, possibilitando a plena

utilização das suas capacidades.

Só é considerado acessível um local que ao nível do espaço, do mobiliário, do equipamento,

das instalações, dos sistemas e dos meios de comunicação, esteja ao alcance de todo o tipo de

pessoas que o frequentam nomeadamente pessoas com deficiência e que estas possam faze-lo

com segurança e autonomia.

Desta forma para garantir a acessibilidade nas situações de emergência, os edifícios devem

estar adaptados com as seguintes condições:

- ter um piso táctil direccionado para a área de circulação;

- ter calçadas rebaixadas e/ou rampas acessíveis nas saídas de emergência;

- ter escadas com piso táctil direccional e corrimão em ambas as laterais;

- ter áreas de circulação sem qualquer tipo de barreiras;

- ter características ao nível do desenho e da instalação do mobiliário que garantam a saída

segura e rápida e o seu uso por pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida;

- garantir o alcance visual e manual dos sistemas de alarme de incêndio atendendo às

pessoas com deficiência, em especial aquelas em cadeira de rodas e com deficiência visual;

- os elementos de alerta e sinalização de emergência devem estar adaptados às pessoas com

deficiência, em especial devem ter concomitantemente indicação sonora e luminosa;

- junto aos botões externos do elevador, deve existir sinalização em Braille, a uma altura

acessível, com a indicação do andar em que a pessoa se encontra;

- os auditórios, as salas de aula e similares, devem ter, pelo menos, dois por cento da sua

lotação reservada para pessoas em cadeira de rodas, distribuídos pelo recinto em locais

diversos, com boa visibilidade, próximos aos corredores (devidamente sinalizados), evitando-se

áreas segregadas de público e a obstrução das saídas;

- ter pelo menos um dos itinerários que ligue horizontal e verticalmente todas as

dependências e serviços de um edifício, entre si e com o exterior, que cumpra os requisitos de

acessibilidade.

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Na FEUP estas condições estão previstas pela Unidade de Orientação e Integração dos

Serviços Académicos e pelos órgãos responsáveis pela higiene e segurança e são

maioritariamente cumpridas sendo apenas de salientar o pormenor de não existir um corrimão

em ambas as laterais das escadas de emergência, dificultando a circulação de pessoas com

mobilidade reduzida. No entanto o balanço final é positivo na medida em que na nossa

faculdade se verificam a generalidade dos aspectos acima referidos.

Independentemente de tudo isto as pessoas com deficiência, os idosos com idade igual ou

superior a sessenta e cinco anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por

crianças de colo deverão ter um atendimento prioritário em quaisquer situações

nomeadamente em situações de emergência.

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3.d. Simulacro

Um simulacro de incêndio visa preparar a instituição sobre a qual se realiza o teste, para uma

situação real. O simulacro deve se aproximar o mais possível da realidade e tem por objectivo

detectar os pontos fracos e fortes da instituição.

Deve ser realizado com a pareceria dos bombeiros e da polícia.

Geralmente num simulacro de incêndio existem vítimas falsas que dificultam o trabalho das

entidades competentes.

Numa instituição como uma universidade existem pessoas competentes e formadas para

enfrentar situações de risco. Essas pessoas tem por obrigação lidar com a situação de maneira a

assegurar que os bombeiros e polícia sejam chamados o mais rápido possível e prestar o devido

auxílio a todas as pessoas, especialmente aquelas que sofrem de alguma deficiência.

Existem diferenças entre simulacro e evacuação, sendo que uma evacuação visa apenas

testar e melhorar o tempo em que determinada instituição consegue evacuar todos os seus

utentes.

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Conclusão No balanço final do trabalho realizado chegamos à conclusão que a FEUP está bem equipada

e preparada para no caso de uma emergência que possa surgir espontaneamente, no entanto,

vimos que existem algumas falhas que podem ser corrigidos, como por exemplo, um

melhoramento das plantas de emergência que são divulgadas em todos os edifícios.

Pensamos que a única incógnita que existe será: saberão os utentes da faculdade o que fazer

em caso de emergência? Apesar de os docentes receberam formação neste sentido, não

sabemos o que aconteceria na prática pois nunca se realizaram simulacros ou evacuações na

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

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