Empreendedorismo

33
1 Empreendedorismo Manuel de Campos Silvestre Universidade de Aveiro

Transcript of Empreendedorismo

Page 1: Empreendedorismo

1

Empreendedorismo

• Manuel de Campos Silvestre• Universidade de Aveiro

Page 2: Empreendedorismo

2

MOTIVAÇÃO para o EMPREENDEDORISMO

• O empreendedorismo continua a ser um elemento importante do crescimento e desenvolvimento económico e da qualidade de vida da Humanidade

• Cremos que o espírito (atitude) empreendedor deve ser considerado como uma obrigação social e, portanto, fazer parte da educação cívica de todos

• Gostaríamos de tentar contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade mais empreendedora

• Contribuir para tentar reduzir o número de experiências empresariais inconsequentes.

Page 3: Empreendedorismo

3

EMPREENDEDORISMO e CRESCIMENTO ECONÓMICO

Fonte: Reynolds, Hay, Bygrave, Camp & Autio (2000). GEM - The Global Entrepreneurship Monitor.

Con-texto

social,

cul-tural

e

polí-tico

Condições gerais deenquadramento

nacional (Abertura, Governo,

Gestão, Tecnologia, I&D, Infra-estruturas,

Mercados Financeiros, Mercados de Trabalho,

Instituições)

Oportunidades empreendedoras

(Existência, Percepção)

Cresci-mento

Econó-mico

Nacional

(PNB,

empregos)

Dinâmicas de

Negócios (Empresas e empregos -

nascimentos, expansão,

mortes, contracções).

Capacidade empreendedora

(Competências, Motivação)

Condições de enquadramento empreendedor

(Financeiras, Políticas Governamentais,

Programas Governamentais,

Educação e Formação, Transferência de

Tecnologia e de I&D, Infra-estruturas

Comercial e Legal; Abertura do Mercado

Interno, Acesso a Infra-estruturas físicas, Normas

Culturais/ Sociais)

Principais empresas estabelecidas

(Economia Primária)

Micro, Pequenas e Médias Empresas

(Economia Secundária)

Page 4: Empreendedorismo

4

Principais indicadores das empresas não do sector primário, privadas, da Europa dos 15

• PMEs Grandes Total• Micro Pequenas Médias Total • Nº de empresas (x1 000) 18 040 1 130 160 19 330 38 19 370

(%) 93,13 5,83 0,83 99,79 0,196 • Emprego (x1 000) 38 360 21 320 14 870 74 550 38 680 113 230• (%) 33,88 18,83 13,13 65,84 34,16• Turnover (volume de negócios)• (mil milhões de EUR) 3 600 3 400 3 700 10 700 8 200 18 900 • (%) 19,1 18,0 19,6 56,6 43,4• Dimensão média por empresa• Pessoas por empresa 2 20 90 4 1 010 6• Turnover por empresa• (milhões de EUR) 0,2 3 23 0,5 215 1,0• Percentagem do Turnover• em exportações (%) 6 13 16 11 22 16• Valor Acrescentado por pessoa• (1 000 EUR) 30 50 95 45 90 6• Quota dos custos de trabalho no• valor acrescentado (%) 40 53 43 45 38 42• Nota: Micro 0-9 Pequena 10-49 Média 50-249 Grande > 249 empregados• Adaptado de The European Observatory for SMEs (6th Report, Executive Summary) (2000)

Page 5: Empreendedorismo

5

EMPREENDEDORISMO - PRINCIPAIS FACTORES

Contexto envolvente real e forças centrais do empreendedorism o .

Riscos e incertezas Paradoxos e contradições Excessos e escassez de recursos Caos, confusão, turbulência nos m ercados, tecnologia e recursos

Assim etrias no conhecim ento, consciência e informação.

Contexto do m ercado de capitais -- Im perfeições do m ercado -- vazios e assim etrias mais alvos m óveis Fonte: M odificado a partir de Tim m ons (1994)

INIC IADO R - FUNDADO R

Atitudes, M otivações, Em penham ento. Com petências de gestão

+ - Equipa

RECURSO S NECESSÁRIO S M inim izar, Organizar, Controlar, Negociar.

O PORTUNIDADE Reconhecida, Indulgente, Duradoira, Com pensadora

AJUSTE versus FALTAS NOVO EM PREEND I

M ENTO

Page 6: Empreendedorismo

6

O PROCESSO EMPREENDEDOR EMPREENDEDORISMO NÍVEIS: PESSOAL PESSOAL SOCIOLÓGICO PESSOAL ORGANIZA- Necessidade de Assumir riscos Relacionamentos Empreendedor CIONAL realização, com êxito Empenhamento Modelos de papéis Líder Equipa Locus controlo interno Insatisfação emprego Equipas Gestor Estratégia Tolerância ambiguidade Perda emprego Pais Empenhamento Estrutura Assumir riscos Educação Família Visão Cultura Valores pessoais Idade Produtos Educação Género Experiência OPORTUNIDADE OCORRÊNCIA IMPLEMEN- RECONHECIDA E DESENCA- TAÇÃO CRESCIMENTO INOVAÇÃO DEADORA ENVOLVENTE ENVOLVENTE ENVOLVENTE Oportunidades Concorrência Concorrentes Consumidores Papéis modelo Recursos Recursos Fornecedores Criatividade Incubadora Investidores Banqueiros Política governamental Política governamental Advogados Fonte: Adaptado de Bygrave (1997)

Page 7: Empreendedorismo

7

TIPOS DE EMPREENDEDORES • SOLISTA

– - Aquele que gosta de trabalhar sozinho• PARCEIRO CHAVE

– - Indivíduos autónomos que possuem um parceiro estratégico. Que, por vezes, são unicamente um apoio para a área financeira.

• AGRUPADOR – - Preferem trabalhar em pequenos grupos, participando em igualdade de posições na tomada de decisão.

• PROFISSIONAL – - Profissionais que tradicionalmente não são considerados empreendedores, como por exemplo, contabilistas,

doutores, etc. Normalmente trabalham em pequenas empresas. • INVENTOR-PESQUISADOR

– - Inventores criativos que têm, ou não, a capacidade de transformar a criatividade em inovação. • HIGH – TECH

– - O desenvolvimento tecnológico criou oportunidades para aqueles que possuem capacidades técnicas.• DELEGADO

– - Gere as capacidades técnicas e de trabalho de outros.• INICIADOR

– - Só gosta de novos desafios. Após o arranque, perde o interesse o que o leva a vender a empresa.• MULTIPLICADOR DE CONCEITOS

– - Identifica conceitos de sucesso que podem ser copiados por outros (p.e, Franchising).• COMPRADOR

– - Prefere comprar um negócio existente do que começar do zero.

Page 8: Empreendedorismo

8

TIPOS DE EMPREENDEDORES (cont)• ESPECULADOR

– - Aproveita as oportunidades para comprar e mais tarde vender com lucro. Alguns desses negociadores são proprietários/gestores de empresas pequenas.

• ARTISTA – - Compra pequenas empresas com problemas, com potencial de lucro.

• MANIPULADOR DE VALOR – - Adquire bens a um preço baixo e, depois, através da manipulação da estrutura financeira, vende a um preço superior.

• ESTILO DE VIDA – - A pequena empresa é vista como um meio para atingir uma certa qualidade de vida. A prossecução desse objectivo é feita através

de cash flows consistentes e não pelo crescimento da empresa, pois esta significa maior empenho e disponibilidade.• COMPROMETIDO

– - Vê a empresa como um trabalho de uma vida. Satisfação pessoal é conseguida através do acompanhamento da empresa nos vários estádios de crescimento.

• CONGLOMERADOR – - Possui um conjunto de pequenas empresas. A aquisição pode ser feita através de recursos gerados através de recursos gerados por

uma das empresas que já possui.• AGREGADOR DE CAPITAL

– - Possui recursos financeiros suficientes para adquirir outras pequenas empresas com potencial.• MATRIARCA / PATRIARCA

– - Possui uma empresa, na qual emprega vários membros da família.• TORNAR PÚBLICO

– - Funda empresas com o objectivo de colocá-las na bolsa.• ALTERNATIVO

– - Aposta nas novas preferências e novos estilos de vida, por exemplo, maiores preocupações ambientais, para explorar novas oportunidades de negócios que lhe estão associadas.

Page 9: Empreendedorismo

9

MITOS SOBRE OS EMPREENDEDORES

• Os empreendedores nascem, não são feitos– Estes talentos empreendedores, por si, são como barro não moldado ou tela por pintar.

• Qualquer pessoa pode começar um negócio– Reconhecem a diferença entre uma ideia e uma oportunidade e pensam em grande.

• Os empreendedores são jogadores– Os empreendedores de sucesso são cuidadosos e assumem riscos calculados e partilhados.

• Os empreendedores querem o show todo para si– Os empreendedores de maior potencial constróem uma equipa, uma organização.

• Os empreendedores são os seus próprios patrões– Os empreendedores têm de servir muitos patrões, incluindo sócios, investidores, clientes,

famílias, empregados, etc.• Os empreendedores trabalham mais que os gestores

– Alguns sim, outros não. Alguns relatam mesmo que trabalham menos.• Os empreendedores sofrem um grande stress.

– É “stressante” e exigente, mas há numerosos outros papéis altamente exigentes de alguns profissionais.

• Os empreendedores devem ser novos e enérgicos.– Pode ajudar, mas relevante é possuir o know-how, experiência e contactos que facilitam

Page 10: Empreendedorismo

10

MITOS SOBRE OS EMPREENDEDORES (cont)

• Iniciar um negócio é arriscado e muitas vezes, insucesso.– Os negócios falham, mas os empreendedores não. Os empreendedores talentosos e experientes

perseguem oportunidade atractivas, são capazes de atrair as pessoas certas e os recursos correctos.

• O dinheiro é o ingrediente mais importante no arranque.– O dinheiro está para o empreendedor como as tintas e os pincéis para o artista, mas isso não

basta.• Os empreendedores são motivados apenas pelo dinheiro

– Os empreendedores são mais impulsionados pela construção das suas empresas e por realizar ganhos de capital a longo prazo, do que pela gratificação instantânea através de elevados salários e emproamentos.

• Os empreendedores procuram poder e controlo sobre os outros– Os empreendedores de sucesso são mais dirigidos por questões de responsabilidade,

realização (êxito) e resultados, do que poder para si próprio.• Se um empreendedor for talentoso, o sucesso ocorrerá num ano ou dois.

– Os limões apanham-se em dois anos e meio, mas as pérolas levam sete ou oito.• Um empreendedor com uma boa ideia pode conseguir o capital para o

empreendimento– Apenas 1 a 3 em 100 dos empreendimentos com boas ideias são iniciados.

• Se um empreendedor tem o capital necessário para arrancar, ele não pode falhar.– Demasiado dinheiro no início geralmente cria euforia e esbanjamento.

Page 11: Empreendedorismo

11

ENSINO/APRENDIZAGEM dos EMPREENDEDORES1/3

• Assume-se que o espírito empreendedor se joga ao nível das atitudes

• Que as atitudes podem ser criadas e modificadas através da imersão dos sujeitos em programas organizados de formação

• Estes programas devem contemplar estratégias que favoreçam o desenvolvimento de atitudes positivas face ao empreendedorismo

• Ao mesmo tempo, devem proporcionar instrumentos expeditos de procura, desenvolvimento e avaliação de oportunidades

• Deve, ainda, facilitar o desenvolvimento das competências “técnicas”, necessárias para a concepção, organização e implementação de iniciativas empreendedoras.

Page 12: Empreendedorismo

12

ENSINO/APRENDIZAGEM dos EMPREENDEDORES2/3

No que respeita ao desenvolvimento dos processos formativos em empreendedorismo, acreditamos que:

• A acumulação de experiências iniciais será um caminho possível e pertinente para a generalidade dos actores empenhados

• Em especial, através de exercícios de implementação e reflexão de pequenas organizações “académicas” empreendedoras

• Na experiência pessoal (casos vivos) como oposta à próxima, mas alheia; papéis activos nas situações de aprendizagem (aprendizagem experiencial)

• Estes exercícios interagindo com alguma formação em sala poderão contribuir para desenvolver a auto-eficácia empreendedora percebida pelos actores.

Page 13: Empreendedorismo

13

ENSINO/APRENDIZAGEM dos EMPREENDEDORES3/3

As áreas estratégicas de formação de um verdadeiro programa de educação em empreendedorismo deve conter os ingredientes necessários para assegurar, com sucesso:

• identificação ou reconhecimento e desenvolvimento de uma oportunidade no mercado e geração de uma ideia de negócio (serviço ou bem) para satisfazer essa oportunidade;

• organização e afectação de recursos em face do risco, para perseguir a oportunidade; e

• criação de uma organização de negócios operante para implementar a ideia de negócio motivada pela oportunidade(Kourilsky, 1995).

Page 14: Empreendedorismo

14

OBJECTIVOSdo PROGRAMA

- compreender os “custos e benefícios” ligados às experiências dos empreendedores e individuais;

- construir capacidades de auto-reflexão sobre o potencial do próprio empreendedor;

- compreender a natureza e características do processo de formação de uma nova empresa;

- saber aplicar um modelo para analisar a viabilidade económica de uma ideia e oportunidade de mercado, com vista a criar uma nova organização;

- adquirir as competências necessárias para planificar uma tentativa empresarial com sucesso;

- realizar um plano de criação de micro-empresas “académicas” e levá-lo àprática durante o desenvolvimento do programa de formação.

Page 15: Empreendedorismo

15

1 – DESENVOLVER A REDE ESTRATÉGICA

Figura 1.4.3.2 - Modelo de desenvolvimento da rede

Fonte: Desenvolvido a partir de Butler & Hansen (1991).

Rede social

Rede focadano

negócio

Rede estratégica

Fase empreendedora Processo de identificação da

oportunidade

Fase de arranque do negócio Processo de formação do negócio

Continuação do negócio Ligar a empresa a outras organizações

Page 16: Empreendedorismo

16

Modelo sequencial de reconhecimento da oportunidade empreendedora

• Empreendedor• - Background• - Experiência• - Educação• - Rede social

• Ideia de Negócio Oportunidade Criação possível• empreendedora de organização• Envolvente• - Indústria• - Condições económicas• - Contexto social• - Problemas de regulamentação

• Fonte: adaptado de Singh et al (1999)

Page 17: Empreendedorismo

17

2 - OPORTUNIDADES - CRIAR e DESENVOLVER

Figura 1.3.3.4 – Modelo e unidades para a teoria de identificação e desenvolvimentoda oportunidade.

Fonte : Ardichvili et al. (2003)

Traços de personalidade: Criatividade Optimismo (auto-eficácia)

Redes sociais: Ligações fracas “Action set” Associados Círculo próximo

Conhecimento prévio: Domínio 1 (interesse especial) Domínio 2 (conhecimento do emprego): Conhecimento dos mercados Conhecimento problemas dos consumidores Conhecimento dos modos de os servir

Vigilância empreen-

dedora reforçada

Processo básico (core process)

Negócios Subsequentes Aborto

Formação de negócio

Tipo de oportunidade

PercepçãoDescoberta

Criação

Desenvolvimento

Avaliação

Page 18: Empreendedorismo

18

3 - O EMPREENDEDOR – CARACTERIZAÇÃO• O empreendedor é uma pessoa; não é uma equipa

• É o agente (líder) da nova iniciativa, podendo ou não ser o proprietário

• Está vigilante na procura e avaliação de oportunidades

• É inovador, criativo

• Cria uma organização ou iniciativa para explorar essa oportunidade, tendo em vista o crescimento

• É o principal responsável pela assunção de riscos pessoais e outros, calculados e moderados

• Vive pró-activamente, exibe um elevado locus de controlo interno, tolera a ambiguidade e manifesta uma grande necessidade de realização com êxito (achievement).

Page 19: Empreendedorismo

19

SUCESSO e COMPETÊNCIA• SUCESSO (PESSOAL)

– na ACTIVIDADE PROFISSIONAL– nos RENDIMENTOS– no NÍVEL (VIVÊNCIA) SOCIAL

• COMPETÊNCIA (PESSOAL)(característica subentendida que resulta no desempenho eficaz da tarefa)

– CONHECIMENTOS BÁSICOS RELEVANTES SABER– MESTRIAS (SKILL) RELEVANTES SABER FAZER

(prática comprovada com desempenho eficiente)

– ATITUDES e COMPORTAMENTOS RELEVANTESSABER SER / ESTAR

Page 20: Empreendedorismo

20

ATITUDES, COMPORTAMENTOS e

CARACTERÍSTICAS DOS EMPREENDEDORES

• INDESEJÁVEIS– Invulnerabilidade (arriscam-se muito) – Ser o “melhor” (macho) (lutas irracionais para vencer)– Ser autoritário (Não me diga o que fazer.!)– Impulsividade (fazer algo já!) – Controlado pelo exterior (se corre bem, é por sorte)– Perfeccionista (consome tempo e dinheiro, além do necessário)– “Sabem tudo” (não reconhecem o que não sabem)– Contra-dependência (tão independentes, que fazem pouco)

Page 21: Empreendedorismo

21

ATITUDES, COMPORTAMENTOS e CARACTERÍSTICAS DOS EMPREENDEDORES

DESEJÁVEIS• ADQUIRÍVEIS

– Envolvimento e determinação – Liderança – Obsessão pela oportunidade – Tolerância ao risco, à ambiguidade e à incerteza – Criatividade, auto-confiança, habilidade para se adaptar – Motivação para se exceder

Page 22: Empreendedorismo

22

ATITUDES, COMPORTAMENTOS e CARACTERÍSTICAS DOS EMPREENDEDORES

DESEJÁVEIS• “NÃO” ADQUIRÍVEIS

– Energia, saúde, estabilidade emocional – Criatividade e inovacidade– Inteligência – Capacidade para inspirar – Valores pessoais e éticos

Page 23: Empreendedorismo

23

CONSELHOS “PSICOLÓGICOS”AOS CRIADORES DE EMPRESAS

• Criar uma empresa satisfaça as vossas motivações!• Criar uma empresa que permita explorar as vossas qualidades,

sem ser prejudicada pelos vossos defeitos.• Reorientar os vossos projectos em função do vosso temperamento!• Fixar os vossos objectivos de carreira em relação a vós próprios

e não em relação aos outros!• Aceitar começar em pequena dimensão.

Para aprender com menor risco. Devagar se vai ao longe!• Aprender com os vossos erros, em casa dos outros. Dói menos!• Prever sempre o pior para o curto prazo, para estar preparado;

mas ser optimista a longo prazo, para motivar!• Reflectir diariamente, confrontando objectivos e resultados,

para desenvolver e alimentar a vossa vivacidade intelectual.• Aprender a imaginar-se do outro lado. Tentar ser empáticos.• Tentar preservar a família (partilhando os vossos problemas, mas também os vossos sonhos)!

• Reflectir longamente antes de vos associardes. • – Não há alternativa? - É mesmo imprescindível?

Page 24: Empreendedorismo

24

EVOLUÇÃO das COMPETÊNCIAS

• Do SABER – Clarificar conceitos

(empreendedorismo, empreendedores, gestores, ideia, oportunidades)

• Para o SABER-FAZER– Aprender técnicas administrativas, financeiras e de marketing e outras

em empresariado– Ter uma primeira experiência (simulada) de empresalidade

• Para o SABER-SER – Desenvolver atitudes mais positivas sobre o empreendedorismo.

Page 25: Empreendedorismo

25

APRENDIZAGEM dos EMPREENDEDORES

A auto-eficácia empreendedora é um constructo que mede a crença que uma pessoa tem nas suas capacidades para enfrentar as várias exigências do empreendimento:

- reconhecimento e desenvolvimento de oportunidades,- de inovação e desenvolvimento de produto,- a competência de gestão do risco e da incerteza,- procura e alocação de recursos críticos,- gestão interpessoal e de redes de relacionamentos,- desenvolvimento e manutenção de um ambiente empreendedor

Como se desenvolve a auto-eficácia empreendedora?

• Os indivíduos acumulam gradualmente a sua auto-eficácia através das suas prévias experiências cognitivas, sociais e físicas .

Page 26: Empreendedorismo

26

- COMO SE DESENCADEIA O COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR?

• A acção empreendedora é um comportamento planeado!F igu ra 1 .2 .3 .5 - M o d elo d o co m p o r ta m e n to p la n e a d o

F on te : E la bor a d o p e lo a u tor a p ar t ir d e A jz en & M a d d en (1 98 6 ) e K r u eg er & C ar sr ud (19 9 3 )

N o r m a s so c ia is su b je c t iv a s

p e rce b id a s q u e g o ve rna m e ss a

a c ç ã o .

C o n t ro lo p e sso a l c o m p o r ta m e n ta l (a u to -e ficá c ia )

p e rc eb id o

In te n çã op a ra o

co m p o rtam e n to

d o in d iv íd u o

p e ra n te e sse

o b jec to /a c ç ã o

A c ç ã o /co m -p o rta

m en to a lvo

A tra c t iv id a d e (a t itu d e )

p e rce b id a p e lo c o m p o r ta m e n to

R esu lta d o s sa lie n te s

p e rc e b id o s

P ro ba b ilid a d e d o s re su lta d o s

C re nç a s no r m a t iv a s

M o t iv o s p a ra ac tu a r

In -

f lu -

ên -

c ia s

e xó

g e -

na s

E ve n to d e se nc ad e ad o r

Page 27: Empreendedorismo

27

Iniciação de desempenho empreendedor

Intensidade do evento desencadeadorx

[ Motivação x Competência x Auto-eficácia empreendedora ]

xContexto incubador

Page 28: Empreendedorismo

28

DEFICIÊNCIAS DE GESTÃO:

• Não saber identificar o mercado alvo nem os consumidores alvo.• Não conseguir delinear uma área para negociar (trading).• Não saber e/ou não conseguir delegar.• Acreditar que a publicidade é cara, não um investimento.• Ter apenas conhecimentos rudimentares da estratégia de definir os

preços (pricing).• Entendimento imaturo dos canais de distribuição.• Não planeiar.• Não saber motivar.• Acreditar que o problema é falta de outrem

e que um empréstimo resolveria tudo.

Page 29: Empreendedorismo

29

PROBLEMAS MAIS VEZES CITADOS

PELOS PEQUENOS EMPRESÁRIOS

– taxas de juro – tesouraria e pagamentos – baixa facturação– falta de empregados especializados – sobrecarregados de taxas – instalações, alugueres e taxas – inflação – regulamentos oficiais e papelada – acesso às finanças – competição das grandes empresas – elevadas taxas de retribuição

Page 30: Empreendedorismo

30

INCERTEZA NAS PME- FACTOR CHAVE DA SUA ENVOLVENTE

• FACTORES QUE DETERMINAM ONÃO CONTROLO DA ENVOLVENTE• FALTA DE RECURSOS• INCAPACIDADE PARA CONTROLAR OS PREÇOS

(FALTA DE PODER SOBRE O MERCADO)• DEPENDÊNCIA DE POUCOS CLIENTES

• PORTANTO• MAIS INCERTEZA DO QUE NAS GRANDES

Page 31: Empreendedorismo

31

- COMO PODEM AS PME LIDAR COM ENVOLVENTE INCERTA E EM MUTAÇÃO?

• ADAPTANDO-SE:– desenvolvendo o mercado

• procura contínua de novas oportunidades de mercado

• alargamento da base de clientes do negócio– processos de produção– processos de emprego e trabalho– tipo de propriedade– localização

Page 32: Empreendedorismo

32

BLOCOS DO EMPREENDEDORISMO DE SUCESSO

• MESTRIAS TÉCNICAS– Conhecer o produto / serviço– Perceber o mercado / indústria– Saber organizar as operações

• COMPETÊNCIAS DE GESTÃO– Relações e recursos humanos– Negociação– Marketing– Finanças

• ATRIBUTOS PESSOAIS– Líder de equipa– Inovativo / criativo– Determinado / incansável– Focado no exterior / cliente

Page 33: Empreendedorismo

33

UMA SEQUÊNCIA DE ABORDAGEM• Passo 1 - CONHECER-SE A SI PRÓPRIO

• Requisitos pessoais e qualidades para o sucesso

• Passo 2 - IDENTIFICAR A SUA ÁREA DE OPORTUNIDADE• Área de oportunidade é uma área geral de oportunidades que tenha não só o potencial para satisfazer as suas exigências, que

use os seus pontos fortes, mas que tenha espaço para novas soluções para problemas na envolvente externa ou novas maneiras de satisfazer as necessidades do mercado. É o foco para concentrar o pensamento criativo.

• Passo 3 - INVESTIGAR A SUA OPORTUNIDADE• Já seleccionou a oportunidade e identificou um grupo alvo de consumidores. A seguir deve refinar a oportunidade, sabendo

mais sobre os consumidores alvo, sobre a concorrência a enfrentar e as características da envolvente onde opera o mercado. O objectivo global da pesquisa é proporcionar-lhe mais informação para avaliar a exequibilidade (viabilidade) da sua oportunidade para vir a ser uma empresa viável. Isto pode ser estruturado à volta de duas questões:

– - Que oportunidades e ameaças existem hoje, no local do mercado, e no futuro, para a minha ideia?– - Quanto me comprará o consumidor nos primeiros três anos de negócio?

• Passo 4 - SUMÁRIO DO ESTUDO DE EXEQUIBILIDADE• DEFINIR O PROPÓSITO DO NEGÓCIO OU DA EMPRESA

– Escreva numa ou duas frases, simples, precisas e não vagas, cobrindo as principais características, a natureza do seu negócio ou empresa.

• TESTAR A EXEQUIBILIDADE– As estratégias de sucesso nos pequenos negócios assentam em três factores cruciais:

» GESTÃO Objectivos Forças Fraquezas» MERCADO (ajustar as necessidades dos consumidores às forças da empresa)» DINHEIRO (previsão financeira para um contínuo assegurar de suficientes recursos)

• CALCULAR O RISCO