Empreendedorismo

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Trabalho de administração

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  • Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

    Centro de Humanidades

    Unidade Acadmica de Administrao

    Disciplina: Administrao

    Professora: Sara Pontes

    Grupo: Ariadna Catherine

    Leonardo Albuquerque

    Matheus Dantas

    Viviane Martins

    Rodolfo Soares

    Campina Grande, 11 de Dezembro de 2013

  • Sumrio

    1. Consideraes Iniciais .................................................................................................. 3

    2. Talento e Empregabilidade (por Idalberto Chiavenato) ............................................... 4

    As bases da empregabilidade ........................................................................................ 5

    Como Melhorar a Empregabilidade .............................................................................. 6

    Voc Vai Dar Certo? ..................................................................................................... 9

    3. Empreendedorismo ..................................................................................................... 10

    O que significa ser empreendedor? ............................................................................. 11

    Caractersticas do empreendedor: ............................................................................... 11

    Teorias do Empreendedorismo ................................................................................... 12

    Empreendedorismo Atual ........................................................................................... 13

    Empreendedorismo no Brasil ...................................................................................... 13

    Empreendedorismo Social .......................................................................................... 13

    4. Intraempreendedorismo .............................................................................................. 14

    O Intraempreendedor .................................................................................................. 14

    Como incentivar novos intraempreendedores? ..................................................... 15

    5. Consideraes Finais .................................................................................................. 16

    O administrador e o empreendedor: diferenas e similaridades ................................. 16

    6. Referncias Bibliogrficas .......................................................................................... 18

  • 1. Consideraes Iniciais

    Para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo, necessrio

    apresentar competncias e habilidades que vo alm daquelas esperadas pelas

    organizaes. O perfil de profissional procurado atualmente no mercado deve apresentar

    um diferencial que promova a mudana e o desenvolvimento econmico.

    Esse novo profissional deve ter a capacidade de inovar continuamente, trazendo

    idias que revolucionem a maneira de administrar e decises que traro o sucesso para a

    organizao, ter a disponibilidade de assumir riscos. Esse perfil facilmente identificado

    nos empreendedores que se encontram nas organizaes

    O empreendedorismo comeou a ganhar foras no Brasil na dcada de 1990, e

    hoje ser um empreendedor quase imprescindvel, pois o seu talento e dedicao ao

    trabalho, somado com o planejamento e capacidade de implementao, so os fatores

    responsveis por uma trajetria de sucesso.

    O intraempreendedorismo um perfil de profissional que cada vez mais

    requisitado no mercado. Sua maneira de administrar supera as expectativas das

    organizaes tradicionais, pois ele trabalha com criatividade e iniciativa, alm de criar e

    alocar valores para os indivduos e para a sociedade.

    Neste estudo, so apresentados os conceitos de empregabilidade,

    empreendedorismo e intraempreendedorismo, bem como uma anlise do perfil de cada

    tipo de profissional, alm de uma comparao entre o administrador (gerente tradicional)

    e o empreendedor, focando a importncia de o administrador ser um empreendedor

    corporativo.

  • 2. Talento e Empregabilidade (por Idalberto Chiavenato)

    Talento era o nome dado ao peso e moeda corrente na antiguidade grega e romana.

    Denota algum que sabe fazer bem certa atividade com habilidade, engenho e sucesso. O

    talento est intimamente relacionado com a empregabilidade. A globalizao da

    economia, os ventos da competitividade, o desenvolvimento tecnolgico e os intensos

    programas de produtividade e de qualidade esto modificando o papel das pessoas nas

    empresas. E, em contrapartida, esto alterando profundamente o perfil profissional dos

    funcionrios, trazendo consigo uma verdadeira seleo natural das espcies profissionais.

    Quem no se ajusta a esse perfil est fadado a perder o emprego para outro candidato

    mais adequado as novas demandas e expectativas do mercado.

    A empregabilidade significa o conjunto de competncias e habilidades necessrias

    para uma pessoa manter-se colocada em uma empresa. Significa a capacidade de

    conquistar e de manter um emprego de maneira sempre firme e valiosa. E como a natureza

    do emprego esta mudando rapidamente, essa capacidade deve necessariamente incluir

    flexibilidade e inovao da pessoa para acompanhar essa mudana irresistvel. O emprego

    est se tornando temporrio, parcial, fugidio e passageiro. Mais do que isso:

    multifuncional, flexvel e mutvel.

    Alm disso, a tecnologia vai queimando velhas ocupaes e criando novos

    empregos. O importante agora no mais somente conseguir um emprego, mas assegurar

    a empregabilidade: tornar-se e manter-se empregvel ao longo do tempo apesar das

    mudanas na natureza do emprego. Conseguir manter-se surfando na crista das ondas que

    aparecem e se alternam continuamente neste tempestuoso mar de mudanas. Estamos

    vivendo na era da empregabilidade.

    Na verdade, o emprego est se tornando um artigo escasso nos tempos de hoje. A

    carteira assinada um documento que est rareando na praa. As empresas esto fazendo

    um intenso regime de recursos e suas estruturas organizacionais esto emagrecendo dia a

    dia, reduzindo nveis e cortando pessoas. Nessas condies, os gerentes que restam no

    tm condies de dar ateno carreira de sua equipe. A carreira tornou-se um bem muito

    precioso para ser relegado a terceiros. A direo da carreira foi devolvida a cada executivo

    ou funcionrio. Quem tem de cuidar da carreira cada um.

    As empresas tambm abandonaram a postura paternalista de garantia de emprego

    eterno que predominou durante dcadas a fio. Antes, a carreira exigia dedicao, lealdade

    e garra para galgar os patamares da hierarquia da empresa. Em troca, a empresa oferecia

    um emprego vitalcio at a aposentadoria e cuidava da carreira do empregado como se ele

    fosse seu dependente. Com a nova viso do mercado de trabalho, houve uma profunda

    mudana no contrato de trabalho e, em consequncia, a quebra do vnculo trabalhista,

    desestabilizando a relao entre empresa e empregado. Agora, a peteca est nas mos de

    cada funcionrio. Depende de cada um a administrao de sua carreira e das condies

    pessoais de sobrevivncia e crescimento nessa luta incessante. o autogerenciamento da

    carreira. Com a necessidade de funcionar com estruturas enxutas e simples, mas com o

    mesmo nvel de qualidade e de produtividade, o emprego tende a reduzir-se cada vez mais

    e as pessoas que nele permanecem tero suas funes e atividades modificadas para

    acompanhar a evoluo do mercado. A competitividade est exigindo de cada pessoa um

    incessante investimento em sua carreira e em sua preparao e qualificao profissional.

  • As bases da empregabilidade

    Conquistar e manter o territrio profissional requer muito jogo de cintura. Em meu

    livro A Corrida para o Emprego, cito alguns malabarismos profissionais que ajudam a

    no deixar a peteca cair. As bases da empregabilidade repousam sobre competncias que

    as empresas requerem de seus executivos em diferentes graus, como:

    Agregar valor e contribuir para a empresa:

    O primeiro dos malabarismos: no mais perguntar o que a empresa pode fazer por

    voc, mas sim o que voc pode fazer por ela e que seja relevante para o seu negcio e

    para o seu sucesso. A sua contribuio pessoal empresa deve ser valiosa e relevante. E

    diretamente relacionada com o sucesso empresarial. O seu desempenho profissional ser

    medido por isso. dando que se recebe, mas sobretudo, dando aquilo que relevante e

    bsico para a empresa. essa sua contribuio pessoal que ir determinar o seu sucesso

    na empresa. preciso agregar valor ao negcio e ao cliente. As pessoas que no o

    souberem fazer ou no o conseguirem certamente ficaro de lado na corrida para o

    sucesso.

    Ser responsvel:

    O segundo dos malabarismos: ser responsvel, assumir compromissos com a

    empresa e responder por eles, mesmo no tendo suficientes recursos pessoais para poder

    chegar l. O bom funcionrio no mais aquele que cumpre ordens e faz a sua rotina

    quotidiana exatamente da maneira como aprendeu na poca em que ingressou na empresa.

    Hoje, o bom funcionrio no o que localiza e aponta o problema, mas aquele que traz a

    soluo. No mais o que executa perfeitamente a rotina burocrtica, mas o que satisfaz

    a necessidade do cliente.

    Ser leal:

    O terceiro malabarismo ser leal empresa. Isto significa no somente vestir a camisa

    da empresa, mas aportar valor ao negcio, trazer contribuies efetivas para a empresa e

    torn-la mais criativa e valiosa a cada momento que passa. Lealdade no sinnimo de

    obedincia cega, mas saber dizer um no inequvoco nos casos em que um sim

    implicaria comprometer uma parcela grande demais de tempo e de recursos em algo que

    no traria proveito a ningum. Lealdade confiabilidade. A empresa precisa confiar em

    voc para continuar a mant-lo ativamente em seus quadros.

    Ter iniciativa pessoal e senso de empreendedor:

    Isto significa estar orientado para a ao, para fazer as coisas acontecerem, e se

    possvel de acordo com as expectativas da empresa e com os requisitos do cliente. Trocar

    o comportamento passivo e rotineiro pelo desempenho ativo e empreendedor. Botar a

    mo na massa. Assumir riscos. Apresentar solues e no apenas os problemas. Estar

    sempre no lugar onde acontecem as coisas. De que maneira? Um jornalista perguntou a

    um famoso jogador de futebol qual era o segredo do seu sucesso. A resposta foi simplria

    e eficaz: estar sempre onde a bola vai chegar. Antever o campo em toda a sua amplitude

  • e estar exatamente no local dos acontecimentos no tempo certo para fazer as coisas

    acontecerem.

    Como Melhorar a Empregabilidade

    Antigamente quem administrava a carreira dos funcionrios eram as empresas, em

    funo de suas necessidades, programas e convenincias. A descentralizao tambm

    chegou a. Agora, a batata quente ficou na mo de cada funcionrio. Como em qualquer

    negcio, cada pessoa tem um produto/servio a colocar no mercado, ou seja, o seu talento

    pessoal. O mercado so seus empregadores. Para manter o produto atualizado,

    necessrio um departamento de pesquisa e desenvolvimento (leia-se treinamento,

    atualizao, informao e novos conhecimentos e habilidades). Como em qualquer

    empresa, precisa de um marketing estratgico para vender o seu produto. Portanto, faa

    o seu papel de fornecedor de trabalho neste mundo de poucos empregos. Isto exige novas

    habilidades e novas competncias. Uma delas desenvolver uma boa rede de

    relacionamentos. De nada vale uma brilhante qualificao profissional se ela fica

    escondida e ignorada pelo mercado. Os princpios bsicos que devem ser desenvolvidos

    na trajetria para a empregabilidade so:

    Avalie e diversifique suas atividades:

    Faa continuamente uma avaliao e adequao de suas atividades. Procure manter

    alguma outra atividade rentvel fora do seu trabalho. Pense como um acionista ou

    investidor tpico procura de investimentos: nunca invista totalmente o seu patrimnio

    em um nico negcio. No se concentre em uma s fonte de renda e nem faa de sua vida

    um nico e isolado investimento. Abra seus horizontes e diversifique sua atividade, sem

    abrir um leque muito amplo e difcil de coordenar e administrar. Lembre-se que todo bom

    investimento deve obedecer a critrios de rentabilidade e de liquidez. Retorno garantido

    e converso rpida em moeda tangvel. A diversificao pode ser um investimento ou at

    mesmo um segundo emprego, seja formal ou informal.

    Melhore e amplie sua capacidade de comunicao:

    Procure melhorar sua maneira de comunicar-se com os outros e, se possvel, dominar

    outro idioma. Trata-se mais de um pr-requisito indispensvel para entrar no jogo da

    aldeia global. O domnio de outra lngua, como o ingls, alemo ou espanhol, no garante

    absolutamente a vitria na disputa de uma vaga, mas certamente elimina um candidato

    do preo. Pode at no ajudar, mas atrapalha bastante se o candidato no tiver um segundo

    idioma bem desenvolvido. Em uma economia globalizada, uma segunda lngua constitui

    um imprescindvel instrumento de trabalho.

    Lembre-se que a lngua portuguesa representa um mercado bastante restrito. A

    dificuldade no relacionamento provocada pelo desconhecimento de uma lngua

    estrangeira pode tirar a empresa do negcio e bloquear incrveis oportunidades pela

    frente.

    Recicle-se constantemente:

    Capriche em uma constante e contnua atualizao profissional. A qualificao e a

    atualizao devem ser uma preocupao permanente do executivo que pretenda

  • conquistar e manter elevada a sua empregabilidade. Saiba tirar proveitos das modernas

    tecnologias, principalmente do computador e da tecnologia da informao. Assista a

    seminrios, volte de vez em quando aos bancos acadmicos, procure reciclar-se a todo

    momento. A leitura constante de livros e de revistas especializadas e, sobretudo, a

    interpretao cuidadosa dos textos essencial. O culto educao e informao. A

    informao est disponvel para todos e no mesmo momento. O mundo daqueles que

    sabem enxergar onde os outros nada vem, por que no esto preocupados em ver coisa

    alguma. Como dizia Olavo Bilac: saber ouvir e entender estrelas. Esquisitices que as

    pessoas normais no percebem na superficialidade do seu cotidiano. Nas entrelinhas das

    notcias sobre mudanas no mercado ou na economia, o executivo bem sucedido o que

    sabe melhor do que ningum garimpar algumas questes e pinar coisas como: Isso gerar

    problemas ou criar novas necessidades? Para quem? Eu tenho alguma competncia ou

    conhecimento para ajudar a esse algum? Como? Pescar oportunidades onde os outros

    apenas vem o rio e no os peixes que l esto. Obviamente, o anzol deve passar por

    guas prximas da sua rea de especialidade.

    Trate sua carreira como se fosse um verdadeiro negcio:

    Verifique novos mercados potenciais. Constitua uma diretoria de desenvolvimento de

    novos negcios da Voc & Cia. Procure algum espao desocupado dentro da sua

    companhia e tome conta dele, antes que outro aventureiro o faa. Verifique possveis

    nichos potenciais ou reas cinzentas onde possa ampliar suas atividades e ocupar novos

    mercados. Alguns desses nichos se coadunam com o core business de seu empregador?

    Se sim, venda a ideia de investir nessa rea. Se no conseguir localizar um

    produto/servio, ento descubra um problema. Ponha um turbo em sua carreira. Al Ries

    e Jack Trout, em seu livro Horse Sense, aconselham que o executivo deva encontrar um

    cavalo que o leve rapidamente para frente na sua carreira. Pode ser o cavalo da empresa,

    o cavalo de um bom casamento, o cavalo de uma boa ideia ou at o cavalo de algum

    problema, desde que o executivo saiba transform-lo em uma forma de ganhar dinheiro.

    Coisas desse tipo sempre acontecem. Foi quando perdeu a sua carteira em um restaurante

    e no sabia como pagar a conta que Frank McNamara teve a idia de criar o primeiro

    carto de crdito do mundo, o Diner's Club. Ele soube transformar um problema em uma

    nova empresa para solucion-lo todas as vezes que ele acontecesse. Peter Drucker dizia

    h tempos em seu livro Uma Era de Descontinuidade: amarre o seu vago em uma boa

    locomotiva. Ela o levar muito mais depressa para onde voc pretende ir e certamente

    economizar a sua energia pessoal. Veja em qual locomotiva voc pode amarrar o seu

    vago e faa-o bem depressa. Se houver alguma outra carruagem mais rpida, faa a

    substituio com critrio e dose de sabedoria. Se houver alguma tecnologia mais

    avanada, lance mo dela, antes que outros o faam.

    Desenvolva sua networking:

    Desenvolva uma intensa rede de relaes sociais. A chamada networking tem por

    objetivo ampliar o rol de amizades e de relacionamentos pessoais para tornar o executivo

    conhecido, dentro e fora da companhia onde trabalha e no mercado onde atua. Cultivar

    amizades um importante investimento de cada executivo para conquistar emprego,

    carreira, idias, sugestes, experincias e iniciativas. Isto pode significar a diferena entre

    ter ou no ter futuro profissional. A cada dia procure acrescentar um nome a mais em sua

    agenda de endereos importantes. Boa parte dos empregos futuros pode resultar de

    indicaes de sua rede de conhecimentos. Faa contatos com headhunters e envie

  • periodicamente a eles o seu currculo atualizado. Mostre o seu produto em todas as

    prateleiras possveis onde julgue necessrio. Ele deve ficar vista dos interessados.

    No pense como um mero funcionrio. Aja como fornecedor:

    Deixe de lado o antigo comportamento formal, burocrtico e focalizado no cargo. Isto

    coisa do passado. Trabalhe como se voc fosse um fornecedor de atividades e de

    solues para sua empresa. Adote uma roupagem de profissionalismo. No fique

    enclausurado em uma sala ou sentado eternamente na sua mesa, como o cacique Touro

    Sentado, mas circule pela empresa, fale com as pessoas, tome conhecimento dos

    problemas e situaes, sinta os clientes e suas expectativas. No se restrinja aos processos,

    s rotinas, aos meios, aos mtodos vigentes, mas focalize os objetivos, as metas, os

    resultados a alcanar e o cliente cujas necessidades devem ser satisfeitas. No seja apenas

    uma vaca de prespio e nem aceite passivamente as coisas, mas pratique ativamente o

    inconformismo deliberado. Isto significa que voc no deve aceitar as coisas como elas

    so ou esto, nem consider-las timas ou perfeitas, prontas e acabadas, mas sempre

    passveis de contnua melhoria e de aperfeioamento gradativo. Esta a mola do

    progresso. Ao abandonar a mentalidade rotineira e burocrtica de funcionrio, voc deve

    mirar metas e objetivos, saber vender seu produto, criar redes de fornecedores e

    prestadores de servios e fazer alianas estratgicas com outras reas para melhor atender

    sua empresa. Isto produz a capacidade de aglutinar pessoas em torno de um projeto e de

    formar e desenvolver equipes coesas e eficazes.

    Aprenda a lidar com as pessoas:

    A habilidade com as pessoas outra exigncia dos tempos modernos. Como as

    empresas no tm mais estruturas rgidas e burocrticas, nem departamentos fixos e

    eternos, elas se apiam vigorosamente em um sistema orgnico e flexvel, onde os rgos

    cedem lugar para equipes multifuncionais de trabalho que nascem, crescem, desenvolve

    e desaparece de acordo com as necessidades que surgem e que so satisfeitas. Dessa

    maneira, os colegas de trabalho se revezam e se alteram, exigindo flexibilidade e

    ajustamento, pois em cada uma dessas equipes cada funcionrio ter de se comportar de

    uma maneira diferente, uma vez que tanto os assuntos como as pessoas sero tambm

    diferentes. Empresas de alta tecnologia, como a Hewlett Packard, onde todo o trabalho

    realizado atravs de equipes autogeridas, a facilidade de relacionamento humano

    condio muito mais importante do que os conhecimentos tecnolgicos na avaliao dos

    candidatos que ali disputam as vagas disponveis. A lgica que emerge dessa filosofia

    a de que mais fcil ensinar tecnologia do que ensinar a lidar com pessoas. Lidar com

    tecnologia envolve habilidades concretas enquanto lidar com pessoas envolve habilidades

    interpessoais abstratas e de difcil mensurao.

    Adicione mobilidade e multifuncionalidade:

    Existem dois aspectos que acrescentam pontos valiosos em qualquer currculo nos

    dias de hoje. Ambos podem ser sinnimos de flexibilidade. A mobilidade a facilidade

    de deslocamentos e mudanas. A multifuncionalidade a facilidade de acumular funes

    distintas e trabalhos diferentes. O executivo moderno desloca-se por diferentes cidades e

    participa de vrias equipes. Sua presena nas equipes praticamente virtual, pois no

    precisa estar presente a cada momento para tocar os projetos. Sem local fixo de trabalho,

  • os smbolos tradicionais de status e de posio perdem importncia. Seu escritrio

    itinerante, graas tecnologia da informao: os notebooks com fax e modem permitem

    conexo com a rede da empresa em qualquer lugar de trabalho, alm do celular no bolso.

    As fronteiras geogrficas para os negcios e carreiras esto desaparecendo. preciso

    empregar as habilidades pessoais ampliando-as para as outras funes.

    Voc Vai Dar Certo?

    A dvida que paira hoje em dia sobre a cabea dos profissionais quase sempre esta:

    Ser que eu vou dar certo? Estou na direo adequada? Vou conseguir um emprego novo?

    Vou conseguir mant-lo durante quanto tempo? Estou preparado para o futuro que est

    chegando? No vou ficar obsoleto em curto prazo? Para responder a essa pergunta, isto

    , para que seja bem sucedido profissionalmente voc precisa reunir trs coisas essenciais:

    conhecimento, perspectiva e atitude. O sucesso, em qualquer profisso depende

    fundamentalmente desse tringulo. ele que faz a diferena entre os que so realmente

    muito bons e os demais funcionrios que no conseguem decolar na carreira. E entre o

    sucesso e a mediocridade h uma diferena enorme. O profissional que vale ouro no

    mercado de hoje e do futuro precisa reunir esses trs requisitos. Vejamos eles:

    Conhecimento

    Ser um profissional que conhea bem o seu trabalho e mantenha constantemente

    atualizado esse conhecimento. A capacidade de continuar aprendendo o tempo todo um

    atributo valioso, frente certeza de que daqui a poucos anos o profissional estar lidando

    com realidades que nem sequer so hoje imaginadas. H muita gente com currculos

    maravilhosos e cursos de ps-graduao - que adquiriu conhecimento - mas que no

    dispara na frente. Falta-lhe perspectiva.

    Perspectiva

    fundamental para as empresas contar com profissionais dotados de uma viso

    prpria, individual e diferenciada na aplicao prtica de seus conhecimentos. As

    atividades de rotina esto se tornando um componente cada vez menor nos cargos

    modernos, pois elas podem ser automatizadas, transferidas ou eliminadas. Perspectiva

    a capacidade de colocar o conhecimento em ao. O conhecimento recurso; a

    perspectiva a sua aplicao. O importante no ato de agregar valor est em saber aplicar

    o conhecimento e a criatividade para situaes novas. Em suma, voc precisa ter

    perspectiva prpria. Isto , aprender a pensar. E pensar em empresas tradicionais nunca

    foi um requisito na hora de preencher um cargo. O profissional que tem luz prpria para

    pensar, por si s, diante das situaes que enfrenta tende a levar vantagem sobre o colega

    que, diante das mesmas situaes, somente sabe aplicar regras, usar solues do passado

    ou ento pedir a opinio do chefe. H muita gente que tem perspectiva e capacidade de

    colocar a teoria em prtica - mas que ignorada. Falta-lhe atitude.

    Atitude

    Os fatores que levam eficcia de uma empresa e que mudam seus resultados esto

    diretamente ligados aos valores e modo de pensar e agir das pessoas que compem a

    organizao. O conhecimento e a perspectiva dependem da atitude da pessoa. Uma atitude

  • passiva impede a sua exteriorizao. Para que possam acontecer necessrio que o

    executivo tenha uma atitude empreendedora e assertiva capaz de assumir riscos, negociar

    metas e objetivos, confrontar situaes de resistncia e ultrapassar obstculos pela frente.

    Essas so as trs competncias durveis - aquelas que nunca iro tornar-se

    obsoletas neste mundo de mudanas e transformaes. O tringulo da excelncia - conhecimento, perspectiva e atitude - precisa ser seriamente considerado por quem

    pretende ser bem sucedido profissionalmente. E qual o mais importante dos elementos

    que compem o tringulo? Todos eles so importantes, mas decisivamente, o conjunto

    dos sinais que costumamos descrever como atributos de atitude saem disparados na

    frente. Pela simples razo de que tanto a aplicao do conhecimento como da perspectiva

    dependem da atitude e postura da pessoa. Cada vez mais, os rgos de RH, mesmo antes

    de entrar no exame das qualificaes tcnicas e profissionais dos candidatos no processo

    seletivo, esto tentando mapear a atitude e a postura da pessoa diante do trabalho. E por

    qu? A resposta elementar: de nada adianta ter na empresa um grande talento dotado de

    conhecimento e perspectiva, se a pessoa no tem uma atitude adequada frente s situaes

    importantes que surgem no trabalho. Sem a atitude, o conhecimento e a perspectiva ficam

    na berlinda e se apagam. A chama do sucesso proporcionada pela atitude. Ela

    fundamental e preciosa.

    3. Empreendedorismo

    A palavra empreendedor (entrepreneur) surgiu na Frana por volta dos sculos XVII e XVIII, e foi utilizada pela primeira vez para definir as caractersticas do

    explorador Marco Polo. Ele ao estabelecer uma rota comercial para o oriente assinou um

    contrato com um capitalista para que ao retornar, vender as mercadorias encontradas l.

    Desta forma, ele assumiu o papel de um empreendedor, correndo todos os riscos. Desde

    ento utilizada com o objetivo de designar aquelas pessoas ousadas que estimulavam o

    progresso econmico, mediante novas e melhores formas de agir.

    Empreendedorismo o estudo voltado para o desenvolvimento de competncias

    e habilidades relacionadas criao de um projeto (tcnico, cientfico, empresarial). O

    termo empreender significa realizar, fazer ou executar.

    Atualmente, existem vrias definies para empreendedorismo. Uma dela diz que

    empreendedorismo o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam transformao de ideias em oportunidade, Dornelas (2005, p.39).

    J Dolabela (1999a, p.43) define empreendedorismo como uma cincia onde so estudados os aspectos referentes ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema

    de atividades, seu universo de atuao. O conceito de Empreendedorismo foi popularizado pelo economista Joseph

    Schumpeter em 1945, para Schumpeter o empreendedor algum verstil, que possui

    habilidades tcnicas para saber produzir, e capitalista ao reunir recursos financeiros,

    organiza as operaes internas e realiza as vendas de sua empresa.

    Mais tarde, em 1967 com Kenneth Knight e em 1970 com Peter Drucker foi

    introduzido o conceito de risco, uma pessoa empreendedora precisa arriscar em algum

    negcio. Em 1985 surgiu o conceito de intra-empreendedor.

    Uma das definies mais aceitas atualmente dada pelo estudioso de

    empreendedorismo, Robert D. Hisrich, segundo ele empreendedorismo o processo de

    criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e esforo necessrios, assumindo riscos

  • financeiros, psicolgicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes

    recompensas da satisfao econmica e pessoal.

    O que significa ser empreendedor?

    Tendo em mente o que empreendedorismo e empreender, pode-se supor que o

    empreendedor aquele que empreende, porm esta definio simplista redundante. Dolabela (1999a, p.68) usa a definio de Filion (1991) para o termo empreendedor, por

    ser simples e abrangente: Um empreendedor uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza vises. Dornelas (2005, p.17) tambm diz que o empreendedor aquele que antecipa-se aos fatos, faz as coisas acontecerem e tem uma viso futura da organizao.

    Chiavenato (2006, p.3) vai mais alm, dizendo que o empreendedor a energia da economia. Para ele, o empreendedor a energia da economia, a alavanca de recursos, o impulso de talentos, a dinmica de idias. Alm disso, ele destaca: ele quem fareja as oportunidades fortuitas, antes que outros aventureiros o faam.

    Caractersticas do empreendedor:

    Segundo Fernando Dolabela (1999a, p.71-72), no livro Oficina do empreendedor, as caractersticas tpicas de um empreendedor so vinte e sete:

    Ter um modelo, uma pessoa que o influencia;

    Ter iniciativa, autoconfiana, autonomia, otimismo, necessidade de realizao;

    Trabalhar sozinho (o processo visionrio individual);

    Ter perseverana e tenacidade para vencer obstculos;

    Considerar o fracasso um resultado como outro qualquer, pois pode aprender com os prprios erros;

    Ser capaz de dedicar-se intensamente ao trabalho e concentrar esforos para alcanar resultados;

    Saber fixar metas e alcan-las;

    Lutar contra padres impostos;

    Diferenciar-se;

    Ter a capacidade de descobrir nichos;

    Ter forte intuio;

    Ter alto comprometimento, crendo no que faz;

    Criar situaes para obter feedback sobre seu comportamento e saber utilizar tais informaes para seu aprimoramento;

    Saber buscar, utilizar e controlar recursos;

    Ser um sonhador racional;

    Criar um sistema prprio de relaes com empregados;

    Ser orientado para resultados, para o futuro, o longo prazo;

    Aceitar o dinheiro como uma das medidas de seu desempenho;

    Tecer rede de relaes (contatos, amizades) utilizando-a intensamente como suporte para alcanar os seus objetivos e considerar a rede de relaes internas (scios,

    colaboradores) mais importante que a externa; conhecer muito bem o ramo de atuao;

    Cultivar a imaginao e aprender a definir vises;

    Saber traduzir pensamentos, emoes;

  • Ser pr-ativo: definir o que quer e aonde quer chegar, buscando o conhecimento que permitir o alcance de seus objetivos;

    Criar um mtodo prprio de aprendizagem: aprender a partir do que se faz; ter capacidade de influenciar as pessoas com as quais lida;

    Assumir riscos moderados;

    Ser inovador e criativo;

    Ter alta tolerncia ambigidade e incerteza;

    Manter um alto nvel de conscincia do ambiente em que vive.

    J Chiavenato (2006, p.6-7) as resumem: necessidade de realizao, disposio para

    assumir riscos e autoconfiana.

    Dornelas (2005, p.33-34), entretanto, tem uma viso mais ampla e objetiva, afirmando

    que para ser um empreendedor de sucesso so fundamentais caractersticas tais como:

    Ser visionrio;

    Saber tomar decises;

    Fazer a diferena;

    Explorar ao mximo as oportunidades;

    Ser determinado, dinmico, dedicado, otimista;

    Gostar do que faz;

    Ser independente; ser lder e formador de equipe;

    Ser bem relacionado;

    Organizar, planejar, assumir riscos calculados e agregar valor para a sociedade.

    Embora as caractersticas e abordagens sejam distintas entre os trs autores, percebe-

    se que a atitude do indivduo essencial para que este seja um bom empreendedor.

    Iniciativa, busca de informaes, rede de contatos, persuaso e excelncia em qualidade

    so apenas algumas das caractersticas comuns aos trs autores ao definir o perfil de um

    empreendedor.

    Teorias do Empreendedorismo

    A primeira teoria, tambm conhecida como schumpeteriana, demonstra que os

    primeiros a perceberem a importncia do empreendedorismo foram os economistas. Estes

    estavam primordialmente interessados em compreender o papel do empreendedor e o

    impacto da sua atuao na economia. Destacou-se nessa teoria Joseph Schumpeter, foi

    quem realmente lanou o campo do empreendedorismo, associando-o claramente

    essncia da inovao.

    A essncia do empreendedorismo est na percepo e no aproveitamento das novas

    oportunidades no mbito dos negcios, sempre tem a ver com criar uma nova forma de

    uso dos recursos nacionais, em que eles sejam deslocados de seu emprego tradicional e

    sujeitos a novas combinaes. Uma das principais crticas destinadas a esses economistas

    que eles no foram capazes de criar uma cincia comportamentalista.

    A segunda teoria, dos comportamentalistas, refere-se a especialistas do

    comportamento humano: psiclogos, psicanalistas, socilogos, entre outros. O objetivo

    desta abordagem do empreendedorismo foi de ampliar o conhecimento sobre motivao

    e o comportamento humano.

    Um dos primeiros autores desse grupo a demonstrar interesse foi Max Weber (1930).

    Ele identificou o sistema de valores como um elemento fundamental para a explicao do

  • comportamento empreendedor. Via os empreendedores como inovadores, pessoas

    independentes cujo papel de liderana nos negcios inferia uma fonte de autoridade

    formal. Todavia, o autor que realmente deu incio contribuio das cincias do

    comportamento foi David C. McClelland.

    Nessa linha, McClelland (1972) foi um dos primeiros autores a estudar e destacar o

    papel dos homens de negcios na sociedade e suas contribuies para o desenvolvimento

    econmico. Esse autor concentra sua ateno sobre o desejo, como uma forca realizadora

    controlada pela razo. Para McClelland, um empreendedor algum que exerce controle

    sobre uma produo que no seja s para o seu consumo pessoal.

    importante observar que os autores da teoria comportamentalista no se opuseram

    s teorias dos economistas, e sim ampliaram as caractersticas dos empreendedores.

    Empreendedorismo Atual

    Com a crescente evoluo informacional, cada vez mais aumenta a cobrana por

    resultados sobre o empreendedor, segundo Leite (2000), nas qualidades pessoais de um

    empreendedor, entre muitas, destacam-se: iniciativa; viso; coragem; firmeza; deciso;

    atitude de respeito humano; capacidade de organizao e direo.

    O empreendedor deve focalizar o aprendizado nos quatro pilares da educao:

    aprender a conhecer aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser, e com isso ser

    capaz de tomar a deciso certa frente concorrncia existente.

    Empreendedorismo no Brasil

    No Brasil, o empreendedorismo comeou a ganhar fora na dcada de 1990, durante

    a abertura da economia. A entrada de produtos importados ajudou a controlar os preos,

    uma condio importante para o pas voltar a crescer, mas trouxe problemas para alguns

    setores que no conseguiam competir com os importados, como foi o caso dos setores de

    brinquedos e de confeces, por exemplo. Para ajustar o passo com o resto do mundo, o

    pas comeou a mudar. Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que se

    modernizar para poder competir e voltar a crescer. O governo deu incio a uma srie de

    reformas, controlando a inflao e ajustando a economia, em poucos anos o Pas ganhou

    estabilidade, planejamento e respeito. A economia voltou a crescer. S no ano 2000,

    surgiu um milho de novos postos de trabalho. Investidores de outros pases voltaram a

    aplicar seu dinheiro no Brasil e as exportaes aumentaram. Juntas essas empresas

    empregam cerca de 40 milhes de trabalhadores.

    No Brasil, apenas 14% dos empreendedores tm formao superior e 30% sequer

    concluram o ensino fundamental, enquanto que nos pases desenvolvidos, 58% dos

    empreendedores possuem formao superior. Em 2011 o Brasil tinha 27 milhes de

    adultos entre 18 e 64 anos que j possuam ou estavam comeando seu prprio negcio -

    o que representa 1 empreendedor a cada 4 adultos brasileiros. Esses dados levaram o

    Brasil a uma posio destacada de terceiro pas mais empreendedor dentre os 54 pases

    estudados.

    Empreendedorismo Social

    Empreender significa mudar uma realidade em que se est inserido, ser feliz

    trabalhando com seu prprio empreendimento e buscar sucesso com ele, mas nem sempre

    a palavra empreender vem acompanhada da palavra lucro ou ganhos financeiros,

  • os objetivos podem ser outros, ajudar certo grupo de pessoas, uma comunidade, uma

    classe social, sem visar o lucro monetrio, mas sim algo de valor muito maior, um

    conhecimento adquirido, uma ajuda, um auxilio e com isso conseguir tornar as pessoas e

    a comunidade melhor.

    De maneira mais ampla, o termo pode se referir a qualquer iniciativa empreendedora

    feita com o intuito de avanar causas sociais e ambientais. Essa iniciativa pode ser com

    ou sem fins lucrativos, englobando tanto a criao de um centro de sade com fins

    lucrativos em uma aldeia onde no exista nenhuma assistncia sade, como a

    distribuio de remdios gratuitos para a populao pobre.

    O empreendedor social visa a maximizao do capital social (relaes de confiana e

    respeito) existente para realizar mais iniciativas, programas e aes que permitam para

    uma comunidade, cidade ou regio se desenvolverem de maneira sustentvel. Ele faz

    esses avanos disseminando tecnologias produtivas, aumentando a articulao de grupos

    produtivos e estimulando a participao da populao na esfera poltica. Para tanto utiliza

    tcnicas de gesto, inovaes produtivas e criatividade para fornecer produtos e servios

    que possibilitem a melhoria da condio de vida das pessoas envolvidas, atravs da ao

    dos empreendedores sociais externos e internos a comunidade.

    4. Intraempreendedorismo Do ingls intrapreneur, o intraempreendedorismo a prtica do

    empreendedorismo dentro de uma empresa. Popularmente, empreendedor aquele que

    abre o seu prprio negcio, rene capital ou busca financiamento para concretizar seus

    projetos, porm, o empreendedorismo tambm pode ser praticado pelo funcionrio e

    colaborador de uma empresa ou instituio pblica. Esses profissionais possuem uma

    capacidade diferenciada de analisar cenrios, criar ideias, inovar e buscar novas

    oportunidades para estas empresas. So eles que ajudam a movimentar a criao de ideias

    dentro das organizaes, mesmo que indiretamente.

    O termo intrapreneur foi criado e utilizado pela primeira vez entre os anos 1970 e 1980, por Gifford Pinchot III. Termo este que conceituou esse perfil de profissional

    como aquele que dentro da organizao assume a responsabilidade de promover a inovao de qualquer tipo, a qualquer momento e em qualquer lugar da empresa. Segundo ele, o conceito remete-nos ao talento criativo dos funcionrios em desenvolver

    produtos e servios inovadores sem a necessidade de abandonar seu emprego em uma

    grande empresa para se tornar um empreendedor.

    Porm, ainda nos anos 1980, a maioria das empresas ainda no se sentiam seguras para

    permitir maior liberdade aos seus funcionrios de implementar ideias e investimentos em

    inovao pois um novo projeto envolve comprometimento, risco e experincias a serem

    compartilhadas, a maioria dos planos de negcios levam tempo para darem certo e gerar

    retorno.

    A partir dos anos 2000, o intraempreendedorismo tem amadurecido em grande

    parte das empresas, principalmente, na formulao de novos produtos, servios e mtodos

    de gesto, afinal, empreender tambm ter boas ideias, ideias que facilitem a vida laboral

    de uma empresa e que atraia novas oportunidades.

    O Intraempreendedor

    Este tipo de profissional lida muito bem com a busca pelo novo, sem medo dos

    riscos que possa correr por gerar uma ideia e compartilh-la com seus superiores. Ele est

  • focado na melhora contnua de seu setor, departamento ou mesmo de toda a empresa,

    dependendo da abrangncia que sua ideia possa ter. Ele tem certa facilidade em descobrir

    oportunidades ocultas.

    A inquietao de quem est sempre inconformado com a situao atual

    caracterstica inerente de todo intraempreendedor. Ele busca se capacitar cada vez mais

    para superar os desafios que lhe so apresentados. , acima de tudo, ousado e bastante

    criativo. Para ele, colaborar com a empresa, ter bons salrios e elevar o seu nome dentro

    da organizao, so objetivos to importantes quanto ter sua prpria empresa.

    Hashimoto (2006, p. 23) afirma que O intra-empreendedor no pode ser visto

    como um gerente criativo. Um gerente possui um vnculo muito estreito com a

    organizao, enquanto o empreendedor quer FORMAR sua prpria organizao. O

    gerente implementa melhorias para aumentar o desempenho e a eficcia operacional; o

    empreendedor vai alm do melhor desempenho. O perfil do intra-empreendedor muito

    mais prximo do perfil do empreendedor do que do gerente tradicional.

    Pode-se afirmar que a liderana exerce um papel fundamental no surgimento de

    prticas de intraempreendedorismo nas empresas. A liderana inerente ao

    intraempreendedor, sendo essa liderana diferente de gerncia, pois os lderes

    intraempreendedores formam geralmente uma ligao direta entre gerente e executor.

    (Pinchot, 1989, p. 150).

    Como incentivar novos intraempreendedores?

    Para que esses profissionais se destaquem cada vez mais com essas caractersticas,

    necessrio que a empresa fique sempre atenta para desenvolver tais caractersticas, o

    que no fcil. Uma das maiores dificuldades no intraempreendedorismo so a alta

    hierarquia e administrao da empresa estar sempre permitindo que seus funcionrios

    empreendedores se destaquem, permitindo que opinem e sugiram melhorias, alm de

    estar sempre por dentro dos processos da empresa.

    Talvez o fato mais importante neste processo seja a compreenso por parte dos

    chefes de que estes profissionais podem, e devero ser melhores que eles. A alta

    gerncia precisa enxergar os intraempreendedores como um ativo de luxo para a empresa

    e no um concorrente. Porm, sabemos como difcil esta convivncia nas organizaes

    hoje. Neste caso, uma liderana descentralizadora ideal para o surgimento dos novos

    intraempreendedores.

    A motivao interna essencial para que os funcionrios se sintam vontade para

    trabalhar desta maneira. Afinal, qualquer pessoa que possua um perfil empreendedor pode

    desenvolver as habilidades de um intraempreendedor. Mas, para que isso acontea de

    forma perfeita, preciso que a empresa crie programas de coaching ou mentoring para

    realizar o acompanhamento destes colaboradores que se destacam.

  • 5. Consideraes Finais A empregabilidade baseia-se numa recente nomenclatura dada capacidade de

    adequao do profissional s novas necessidades e dinmica dos novos mercados de

    trabalho. Com o advento das novas tecnologias, globalizao da produo, abertura das

    economias, internacionalizao do capital e as constantes mudanas que vm afetando o

    ambiente das organizaes, surge a necessidade de adaptao a tais fatores por parte dos

    empresrios e profissionais. Significa o conjunto de competncias e habilidades

    necessrias para uma pessoa manter-se colocada em uma empresa.

    Empreendedorismo o principal fator promotor do desenvolvimento econmico

    e social de um pas. o estudo voltado para o desenvolvimento de competncias e

    habilidades relacionadas criao de um projeto (tcnico, cientfico, empresarial). Tem

    origem no termo empreender que significa realizar, fazer ou executar. O empreendedor

    tem como caracterstica bsica o esprito criativo e pesquisador. Ele est constantemente

    buscando novos caminhos e novas solues, sempre tendo em vista as necessidades das

    pessoas. A essncia do empresrio de sucesso a busca de novos negcios e

    oportunidades, alm da preocupao com a melhoria do produto.

    O intraempreendedorismo significa empreendedor interno, ou seja, a prtica do

    empreendedorismo dentro dos limites de uma organizao j estabelecida, dentro de uma

    empresa. Esses profissionais possuem uma capacidade diferenciada de analisar cenrios,

    criar ideias, inovar e buscar novas oportunidades para estas empresas. So eles que

    ajudam a movimentar a criao de ideias dentro das organizaes, mesmo que

    indiretamente, que assumem a responsabilidade de promover a inovao de qualquer tipo,

    a qualquer momento e em qualquer lugar da empresa.

    O administrador e o empreendedor: diferenas e similaridades

    O administrador um executivo que se concentra nos atos de planejar, organizar,

    dirigir e controlar. Ele o conhecido gerente tradicional que se encontra em uma

    determinada posio na escala hierrquica da empresa, motiva-se por recompensas

    tradicionais da corporao, preocupa-se com a maneira pela qual visto na empresa e

    com o status, age com cautela, tentando evitar erros e surpresas, delega tarefas e

    supervisiona sua equipe.

    O empreendedor no simplesmente a pessoa que abre seu prprio negcio,

    conforme afirma Chiavenato (2006, p.3), mas todo aquele que est preocupado e

    focalizado em assumir riscos e inovar continuamente. Desta forma, surge nas

    organizaes um novo perfil de liderana: o empreendedor corporativo.

    O empreendedor corporativo ou intra-empreendedor aquele funcionrio que

    apresenta caractersticas empreendedoras e utiliza sua criatividade para promover

    mudanas e inovaes dentro da organizao da qual faz parte.

    Segundo Dornelas (2005, p.34), o gerente voltado para a organizao de

    recursos, enquanto o empreendedor voltado para a definio de contextos. Ele faz uma

    anlise entre os domnios empreendedores e administrativos e afirma que as diferenas

    desses domnios podem ser comparadas em cinco dimenses distintas de negcio:

  • Orientao estratgica: o empreendedor dirigido pela percepo de oportunidades enquanto o administrador est dirigido pelos recursos atuais de controle;

    Anlise de oportunidades: o empreendedor um revolucionrio de curta durao e o administrador um revolucionrio de longa durao;

    Comprometimento dos recursos: o empreendedor no trabalha com uma previsibilidade enquanto que o administrador tem suas decises tomadas com base em

    oramentos;

    Controle dos recursos: o administrador tem habilidade no emprego de recursos enquanto o empreendedor tem uso mnimo dos recursos existentes;

    Estrutura gerencial: o empreendedor tem uma relao informal com muito relacionamento pessoal, j o administrador possui respeito a uma hierarquia e atua com

    certa formalidade.

    Dolabela (1999a, p.38-39) realiza um comparativo entre o gerente tradicional, o

    empreendedor e o intra-empreendedor. Com relao motivao, por exemplo, a autor

    afirma que o gerente motivado pelo poder; o empreendedor automotivado; enquanto

    o intra-empreendedor automotivado, mas sensvel s recompensas organizacionais. Em

    relao a suas atividades, o gerente delega sua autoridade, deve saber fazer, conjunto de

    conhecimentos prticos, decorrentes da experincia, e identificar a pessoa certa para

    determinada posio, para delegar tarefas, etc. O intra-empreendedor pode delegar, mas

    coloca a mo na massa quando necessrio. Percebe-se, ento, que o empreendedor

    possui caractersticas alm dos atributos do administrador, ou seja, o empreendedor um

    administrador, mas com diferenas considerveis em relao aos gerentes ou executivos

    de organizaes tradicionais, pois os empreendedores so mais visionrios que os

    gerentes.

    Por conseguinte, pode-se concluir que um bom administrador deve ir alm dos atos

    de planejar, organizar, dirigir e controlar. Ele deve tambm ser visionrio e inovador, ser

    o agente de mudanas, ou seja, deve ser tambm um empreendedor, buscando trazer o

    desenvolvimento e a lucratividade para as organizaes.

  • 6. Referncias Bibliogrficas

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