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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
FABIANO DAROSSI
EMPREENDEDORISMO: ANÁLISE DA VIABILIDADE DE MERCADO PARA UMA
LOJA DE MATERIAIS ESPORTIVOS EM TIJUCAS/SC
Balneário Camboriú
2008
2
FABIANO DAROSSI
EMPREENDEDORISMO: ANÁLISE DA VIABILIDADE DE MERCADO PARA UMA
LOJA DE MATERIAIS ESPORTIVOS EM TIJUCAS/SC
Balneário Camboriú
2008
Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – Com habilitação em marketing, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientador: Prof. Manuel Carlos Pinheiro da Gama, MSc
13
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 15
1.1 Tema de estágio ...................................................................................... 17
1.2 Problema de pesquisa ............................................................................. 17
1.3 Objetivos da pesquisa ............................................................................. 17
1.4 Justificativa da pesquisa .......................................................................... 18
1.5 Contextualização do ambiente de estágio ............................................... 18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................. 22
2.1 Conceitos e Definições sobre Empreendedorismo................................... 22
2.2 O Conceito Histórico do empreendedorismo............................................ 26
2.3 O Empreendedorismo no Brasil................................................................ 32
2.4 O Perfil do Empreendedor....................................................................... 35
2.5 O Plano de Negócio.................................................................................. 39
2.5.1 Plano Financeiro...................................................................................... 42
2.5.2 Plano Operacional................................... ................................................ 44
2.5.3 Plano de Marketing................................................................................... 45
2.6 A Estruturado Plano de Negócio.............................................................. 47
2.7 O Conceito do Varejo.............................................................................. 48
3 METODOLOGIA CIENTÍFICA ................................................................. 50
3.1 Tipologia de pesquisa .............................................................................. 50
3.2 Sujeito do estudo e amostra..................................................................... 51
3.3 Instrumentos de pesquisa ........................................................................ 52
3.4 Análise e apresentação dos dados ......................................................... 53
3.5
Limitações da pesquisa ........................................................................... 53
4 RESULTADOS ........................................................................................ 54
4.1 Academias..................... ......................................................................... 54
14
4.2
4.2.1
4.3
4.3.1
4.3.2
4.4
4.4.1
Escolas............... ...................................................................................
Escolas pesquisadas................................................................................
Clubes e associações............................................................................
Clubes pesquisados................................................................................
Grupo de terceira idade (clube dos idosos).........................................
Mapeamento dos concorrentes..............................................................
Avaliação dos concorrentes................................................................
59
59
62
62
70
76
77
5
5.1
CONCLUSÕES e CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................
SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
80
84
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 85
15
1 INTRODUÇÃO
Antes da revolução tecnológica o desafio da maioria dos micros e pequenos
empresários era ter a idéia e o capital necessário para abrir seu próprio negócio, e
para manter a empresa em atividade, não era necessário preocupar-se tanto com a
satisfação do cliente.
Contudo, o crescimento econômico, as mudanças de hábitos e, como conseqüência,
a evolução do mercado, e o surgimento acelerado de novas empresas culminou com
maior exigência do consumidor. Assim sendo, intensificaram a concorrência e a
competitividade, obrigando as empresas a buscarem novos diferenciais
competitivos.
Com isso, o papel dos empreendedores, torna-se imprescindível, pois, esses
buscam diferenciais através da otimização dos recursos na ampliação do negócio.
Os empreendedores transformam algo de difícil definição, uma idéia abstrata, em
algo de concreto, que funciona, tornando o que é possível em realidade, sabem
agregar valor aos serviços e produtos que colocam no mercado.
Para a maioria das pessoas, as boas idéias são aquelas que as vêem primeiro, por
sorte ou acaso. Para os visionários, os empreendedores, as boas idéias são geradas
daquilo que todos conseguem ver, mas não identificaram algo prático para
transformá-las em oportunidades, por meio de dados ou informação.
É interessante observar que o empreendedor de sucesso leva consigo ainda uma
característica singular, que é o fato de conhecer como poucos o negócio em que
atua, o que leva tempo e requer experiência. Talvez esse seja um dos motivos que
levam à falência empresas criadas por jovens entusiasmados, mas sem o devido
preparo.
Uma ferramenta que contribui para que o empreendedor possa se direcionar, ter
visão do todo, perceber toda a complexidade que envolve um empreendimento e
15
16
que este não se desvie das metas pré-estabelecidas e como seqüência saiba qual
caminho já percorreu, qual o caminho tenha ainda que percorrer e se diferenciar dos
demais, é o Plano de Negócio. Ele contribui para que o mesmo identifique
oportunidades de negócio. Na visão de Salim, et al. (2003, p.34), “uma boa idéia
para o negócio é essencial para o sucesso, mas, não basta. É preciso um bom plano
de negócio para transformar uma boa idéia ou uma oportunidade em um bom
sucesso”.
O plano de negócio tem-se apresentado uma ferramenta completa e certamente
indispensável para o planejamento e a estruturação das micros e pequenas
empresas, tanto no início de suas atividades bem como depois de um certo tempo
de atuação no mercado. O plano de negócio tem sido adotado por grandes
empresas quando no início de um novo investimento e também na iniciativa de
abertura de filiais.
O plano de negócio também vem sendo adotado por empresas já constituídas no
que diz respeito a pesquisas financeiras que lhe dará melhores argumentos quando
na tomada de decisões, pois este lhes permite ter uma visão de um todo naquele
setor ou na empresa em geral, apresenta uma visão clara do conhecimento que a
empresa tem do mercado em que ela está inserida, permite as organizações a
identificarem as oportunidades e as ameaças, e, a partir, otimizar as vantagens
competitivas e avaliar a viabilidade do negócio e o planejamento operacional.
Segundo o IBGE, 2007 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a cada dez
empresas que abrem no Brasil, oito fecham em menos de dois anos de atividade. O
motivo é a falta de planejamento e administração, inexistência de um plano de
negócio, da declaração da razão de ser da empresa, o seu propósito e objetivos.
Portanto torna-se eminente nesta monografia a necessidade da concepção de um
plano de negócio, a fim de avaliar a viabilidade de um comércio varejista de
materiais esportivos em Tijucas. Para tanto os indicadores econômicos da cidade de
Tijucas, embora ainda pequena, apresenta-se atualmente em desenvolvimento
acelerado devido à instalação novas de empresas, conseqüentemente gerando uma
maior capacidade de consumo e aumento na economia da cidade.
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Diante disso, pode-se caracterizar como uma oportunidade de negócio, um
empreendimento que vise atender os desportistas de Tijucas e do Vale do Rio
Tijucas, nas suas necessidades evitando o deslocamento para outras praças.
Criando também oportunidades de emprego, contribuindo para que o município se
desenvolva através da participação com as obrigações tributárias.
1.1 Tema:
A presente monografia trata-se de um estudo em busca de um conjunto de
informações para se avaliar a viabilidade da instalação de um varejo de materiais
esportivo no Município de Tijucas/SC
1.2 Problema:
Qual a viabilidade da implantação de um comércio varejista do segmento de
materiais esportivos na cidade de Tijucas - Santa Catarina?
1.3 Objetivo Geral:
Desenvolver pesquisa de viabilidade econômica e operacional, buscando
indicadores para iniciar as atividades de um comércio varejista de materiais
esportivos na cidade de Tijucas.
1.3.1 Objetivos Específicos:
• Identificar e avaliar concorrentes diretos e indiretos.
• Desenvolver a avaliação da viabilidade de mercado através da
identificação dos grupos de praticantes de esportes para um varejo de
material esportivo.
• Mapeamento dos concorrentes, potenciais clientes e parceiros.
• Identificar as atividades esportivas mais praticadas dentre as
academias de ginásticas, escolas, clubes, associações e grupo de
terceira idade.
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1.4 Justificativa:
O presente trabalho se justifica num primeiro momento pela necessidade do
acadêmico aplicar os conhecimentos que vem sendo desenvolvido desde o ingresso
na academia e se findará certamente ao término da graduação.
O trabalho desta pesquisa visa aprimorar todas as técnicas, conhecimentos,
métodos, permuta de informações compartilhadas com os mestres que passaram
pela vida do acadêmico nos quatros anos vividos nesta universidade, na formação
profissional e pessoal do acadêmico, deixando assim, um misto de companheirismo
e amizade.
Em segundo momento, também contribuiu para esta decisão, à vontade e
necessidade do acadêmico de empreender um próprio negócio. Em pensar no
futuro, em ver que a idéia de ser seu próprio patrão além de melhores condições
financeiras pode vir a ser uma realidade.
Nesse sentido, tem-se a real possibilidade de captar dados e informações que
propicie a abrir uma empresa, informações estas que irão respaldar para a eficiência
e eficácia não só na implantação, como no gerenciamento de um possível
empreendimento, informações que auxiliarão fazer um estudo da exeqüibilidade do
negócio e avaliar se há existência de possíveis obstáculos ao seu sucesso. E, assim,
com esse estudo, espera-se obter oportunidade de avaliar e analisar todas as
facetas do novo negócio, já que este reúne ordenadamente as idéias que permitirá
uma visão do conjunto, evitando a parcialidade que pode induzir a erros.
Diante do exposto, acredita-se que com todos os conhecimentos recebidos
academicamente e com as informações captadas nesta pesquisa, se obtém a real
possibilidade de um empreendimento viável na cidade de Tijucas.
1.5 Contexto do ambiente de estágio:
O ambiente de estágio dá-se no município de Tijucas/SC e, de acordo com as
informações da Prefeitura Municipal de Tijucas, 2007, indica que o município está
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estrategicamente situado numa bela planície do litoral de Santa Catarina, as
margens do rio Tijucas e do principal eixo rodoviário do país, a BR-101 (duplicada).
Serve de portal de entrada para o Vale do Rio Tijucas, onde se inicia a rodovia SC-
411 que dá acesso as cidades vizinhas de Canelinha (terra das cerâmicas), São
João Batista (terra dos calçados) e Nova Trento (terra de Santa Paulina).
A 50 (cinqüenta) km ao sul de Tijucas está a cidade de Florianópolis, capital do
Estado, com um moderno aeroporto internacional e importante centro de compras do
sul do país. A 43 (quarenta e três) km ao norte da cidade de Tijucas encontram-se
as cidades de Itajaí e Navegantes, também dispondo de aeroporto e de um dos
maiores portos do país.
Tijucas situa-se entre a quarta e a quinta cidade mais visitada do país, Florianópolis
e Balneário Camboriú, segundo e EMBRATUR, tornando-se assim, uma verdadeira
vitrine para mais de um milhão de turistas que passam por aqui em temporadas de
verão. Outros municípios com praias famosas localizam-se próximos a Tijucas como
Itapema e Porto Belo.
““Tijucas é um município brasileiro do Estado de Santa Catarina, localizado a uma
latitude de 27º14’29” sul e a uma longitude de 48º38’01” oeste, estando a uma
altitude de 2 metros, com sua área central totalmente plana e o interior repleto de
leves montes e córregos, oferece a seu visitante uma aprazível estadia, desfrutando
da natureza junto a uma população particularmente hospitaleira. Tijucas pode ser
considerado um típico lugarejo do interior, onde todos conhecem todos, uma cidade
ainda com pouco turismo, mas com uma excelente qualidade de vida.
A cidade possui grandes casas antigas, algumas com cerca de 100 anos, uma vez
ao ano é realizado em frente a igreja matriz uma grande festa, a festa do Divino
Espírito Santo, quando realizada além do povo tijucano a festa conta com a
presença de pessoas da região. Em época de natal podemos até ver um presépio
vivo sendo encenado na frente da igreja. Uma cidade com vivência amistosa e
cultura açoriana, com clima temperado quente e com temperatura média entre 18º.C
e 29º.C tendo em sua principal etnia a Açoriana.
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Com uma população estimada em 26.344 mil habitantes em 2006, segundo IBGE,
com um total de 19.684 eleitores, uma área territorial de 278,91 km², e com suas
principais fontes de renda a indústria cerâmica e a agricultura, um PIB de R$
321.782 mil reais e um PIB per capta de R$ 25.474 mil reais por habitantes,
adicionado a agropecuária, com R$ 13.415 mil reais, a indústria com R$ 205.226 mil
reais e o serviço com R$ 94.681 mil reais.
Tijucas conta ainda com 05 (cinco) agências bancárias, 12 (doze) estabelecimentos
saúde entre atendimento nas ações básicas, médias e altas complexidades, uma
frota de aproximadamente 12.352 veículos automotores, tendo no ensino com uma
média de 2.000 mil matrículas / ano nos últimos três anos e que em 2004 teve como
recorde 7.118 alunos matriculados devido ao mutirão de conscientização feito pelo
poder público. Tendo como principais jornais de circulação na cidade os seguintes: -
Jornal de Santa Catarina, O Estado, A Notícia, Diário Catarinense, Zero Hora, Jornal
de Tijucas (semanário) e o Jornal A Razão Tijuquense (semanário)
Para 2008, Tijucas, segundo o IBGE terá uma média de 467 nascimentos/ano.
Tijucas teve sua emancipação política em treze de junho de mil oitocentos e
sessenta tendo com principais.
Ja a história do município de Tijucas começa em 1530, com a passagem do
navegador europeu Sebastião Caboto a serviço dos espanhóis, chegou na enseada
da costa catarinense. As custas dos esforços desse herói, se deve a fundação de
Tijucas que, só é povoada a partir de 1788, quando um grupo de colonizadores
decidiu subir o morro do rio Tijucas à procura de pinheiros.
Com foco no esporte, área de estudo desta monografia, Tijucas conta com
campeonatos de futebol de campo, campeonatos de futebol de salão, campeonatos
de voleibol, este masculino e feminino, com a copa Rádio Vale de futebol, além de
outros campeonatos de futebol para os desportistas com idade denominados sub-17
e com menos idade.
Conta ainda com olimpíadas esportivas nas escolas e no município, tendo, segundo
21
a Secretaria de Esportes daquele município, um envolvimento de cerca de 2.000
participantes. Também, segundo a mesma participam de todas as modalidades
esportivas do município, cerca de 4.000 munícipes, o que representam 15,38% da
população na prática de esportes e que estes encontram dificuldades de adquirir
materiais esportivos para a prática do mesmo. Além de 05 academias esportivas
com práticas nas diversas áreas de esportes e com uma associação que inclui várias
modalidades esportivas incluindo natação, tendo cerca de 2.000 sócios.
E, observando em primeiro momento, é percebível a necessidade de se instalar
neste município uma loja que possa disponibilizar materiais para a prática de
esportes em geral. Então, faz-se necessário a elaboração deste plano de negócio
para avaliar as reais possibilidades de abertura de um empreendimento do ramo.
Haja vista, que aparentemente, de acordo com a quantidade de praticantes e com a
dificuldade de aquisição destes materiais pode-se concluir que haverá possibilidade
de abertura.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O empreendedorismo vem crescendo cada vez mais, seja por empreender dentro de
uma organização já existente, seja por um novo empreendimento. Ambas mostram
os vários tipos e conceitos de empreendedores.
2.1 Conceitos e definições sobre Empreendedorismo.
Em uma época em que ser empreendedor é quase um imperativo, é muito
importante lembrar que por trás das novas idéias que vem revolucionando a
sociedade, existe muito mais que visão do futuro e talento individual. Análise,
planejamento estratégico-operacional e capacidade de implementação são
elementos essenciais no sucesso de empreendimentos inovadores.
A criação de negócios é uma das causas da prosperidade das nações. Com ela,
geram-se oportunidades, empregos e riquezas. A existência de indivíduos dispostos
aos riscos de empreender é um dos pilares do desenvolvimento econômico. Captar,
descrever e analisar o fenômeno do empreendedorismo é, portando, fundamental
para o desenho de ações de promoção do progresso e do bem-estar.
Numa visão histórica o conceito de empreendedorismo, segundo conceitua Dornelas
(2001, p.27),
“[...] a palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo. O autor diz ainda que ”Um primeiro exemplo de definição de empreendedorismo pode ser creditado a Marco Pólo, que tentou estabelecer uma rota comercial para o oriente. Como empreendedor, Marco Pólo assinou um contrato com um homem que possuía dinheiro (Hoje mais conhecido como capitalista) para vender as mercadorias deste. Enquanto o capitalista era alguém que assumia riscos de forma passiva, o aventureiro empreendedor assumia papel ativo, correndo todos os riscos físicos e emocionais.
Dentro do enfoque operacional, Dolabela (1999), diz que, empreendedorismo é um
neologismo traduzido da palavra entrepreneuship e serve como arcabouço para
designar todos os estudos concernentes ao perfil, origens, atividades.
23
Compreendendo o amplo universo de atuação do empreendedor.
Dentro de um conceito clássico, a definição que melhor reflete o termo é a de
(SCHUMPETER apud DORNELAS 2001, p.37) “o empreendedor é aquele que
destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços,
pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos
e materiais”.
Por outro lado, ampliando a visão do conceito de empreendedorismo para
diversificação de campos e áreas de atuação, temos:
Para Dolabela (1999, p.47), há muitas definições sobre o termo empreendedorismo, principalmente porque são propostas por diferentes pesquisadores de diferentes campos, que utilizam os princípios de suas próprias áreas de interesse para construir o conceito. Duas correntes principais tendem, no entanto, a conter elementos comuns à maioria delas. São as dos pioneiros do campo: os economistas, que associaram o empreendedor à inovação, e os comportamentalistas, que enfatizam aspectos atitudinais, como a criatividade e a intuição. Dois economistas, Cantillon e Jean-Baptiste Say, dedicaram atenção à criação de novas empresas e seu gerenciamento, Cantillon foi o primeiro a definir as funções do empreendedor.
Numa abordagem diferente, Kirzner (1973 apud Dornelas 2001), o empreendedor é
aquele que enxerga e possibilita a criação de equilíbrio, buscando uma posição clara
e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidade na
momento presente. Porém, ambos são enfáticos em afirmar que o empreendedor é
um exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso e atento as
informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento
aumenta.
Segundo Dornelas (2001) em qualquer definição de empreendedorismo encontram-
se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor: Iniciativa para
criar um novo negócio e paixão pelo que faz, utilização dos recursos disponíveis de
forma criativa transformando o ambiente social e econômico onde vive e, aceitação
quanto a assumir riscos e possibilidade de fracassar.
O autor ainda complementa o processo de empreendedorismo, com o envolvimento
de todas as funções, atividades e ações associadas a criação de novas empresas.
24
Dessa forma, envolve o processo de criação de algo novo, de valor. Requer a
devoção, o comprometimento de tempo e o esforço necessário para fazer a empresa
crescer. Requer, também, ousadia para assumir riscos calculados, tomada de
decisões críticas e que não se desanime com as falhas e erros.
Para Dornelas (2001), o empreendedor revolucionário é aquele que cria novos
mercados, ou seja, o indivíduo que cria algo único, como foi o caso de Bill Gates,
criador da Microsoft. No entanto, a maioria dos empreendedores cria negócios em
mercados já existentes, não deixando de ser bem-sucedidos por isso.
Na concepção que Say ( apud Dolabela 1999) o empreendedor é alguém que inova,
agente de mudanças e se mantém ao longo do tempo. Filion, considera Jean
Baptiste Say o pai do empreendedorismo, mas foi Schumpeter quem deu projeção
ao tema, associando definitivamente o empreendedor ao conceito de inovação e
apontando-o como o elemento que dispara e explica o desenvolvimento econômico.
Entretanto, os economistas que se interessaram por empreendedorismo não
consideram o tema como o corpo central do pensamento econômico.
O empreendedorismo é hoje um fenômeno global, sobre o qual diversas instituições
públicas e privadas têm se preocupado em investir, pesquisar e incentivar. Percebe-
se uma clara correlação entre o empreendedorismo e o crescimento econômico. Os
resultados mais explícitos mostram-se na forma da inovação, desenvolvimento
tecnológico e geração de novos postos de trabalho. A riqueza gerada pelos
empreendedores contribui para a melhoria da qualidade de vida da população e, não
raras vezes, é reinvestidas em novos empreendimentos e, de maneira indireta, nas
próprias comunidades.
Na definição do contexto histórico, Dolabela (1999), descreve que, apesar de
popularizado através da importação do inglês, o empreendedorismo vem de
entrepreneur, palavra francesa usada no século XII para designar aquele que
incentivava brigas. No final do século XVIII, passou a indicar a pessoa que criava e
conduzia projetos e empreendimentos. Nessa época, Cantillon, que lhe deu o
significado atual, o termo se referia a pessoas que compravam matérias-primas
(geralmente um produto agrícola) e as vendiam a terceiros, depois de processá-las
25
identificando, portanto, uma oportunidade de negócios e assumindo riscos.
O maior exemplo recente da força empreendedora foi a criação de milhares de
novas empresas, que decorreram na geração de milhões de novos empregos na
economia norte-americana, em seu recente período de extraordinário crescimento,
conforme Drucker (1999) O surgimento da economia empreendedora é um evento
com traços tanto cultural como psicológico, quanto econômico e tecnológico. Estes
traços de dinamismos podem ser encontrados, com outras matizes, na economia
brasileira.
De acordo com o contexto presente, são muitas as definições sobre
empreendedorismo, com os quais, algumas se divergem quanto ao surgimento do
empreendedorismo e sua definição, mas, todos são unânimes em dizer que o
empreendedor necessita ser independente e não aceita a idéia de trabalhar para
outros como empregado, que os empreendedores são aqueles que fazem as coisas
acontecerem, sabem que assumir riscos faz parte da aventura empreendedora,
porém, o fazem de maneira calculada.
Tudo que é novo deixa o empreendedor apaixonado, pois, alimenta sua criatividade.
E a criatividade induz a inovação, que é um ingrediente indispensável ao processo
de se empreender.
Estatísticas mostram que a maioria dos empreendedores não se contenta em criar
apenas um negócio, independentemente do sucesso ou do fracasso. A sede pelo
novo faz com que os empreendedores estejam sempre pensando em novas formas
de se fazer a mesma coisa.
De acordo com essas definições apresentadas, pode-se dizer que algumas se
enquadram na associação com o presente trabalho, pois, na maioria fala-se que a
iniciativa de querer abrir seu próprio negócio e querer ser independente
financeiramente, ser seu próprio patrão, são atividades típicas de uma pessoa
empreendedora que através da construção de um plano de negócio pode-se avaliar
as reais possibilidades de um empreendimento.
26
2.2 O contexto histórico do Empreendedorismo.
A evolução do empreendedorismo é apresentada em quatro momentos, que se
acredita representarem seu contexto histórico mais relevante.
Nos primórdios da história onde se registra a visão de empreendedor é descrito,
segundo Dornelas (2001, p27), no seguinte contexto: “o primeiro exemplo de
definição de empreendedorismo pode ser creditado a Marco Pólo, Que tentou
estabelecer uma rota comercial para o oriente”. Como empreendedor, Marco Pólo
assinou um contrato com um homem que possuía dinheiro (hoje mais conhecido
como capitalista) para vender as mercadorias deste. Enquanto o capitalista era
alguém que assumia riscos de forma passiva, o aventureiro e empreendedor
assumia o papel ativo, correndo todos os riscos físicos e emocionais.
O quadro nº 01 apresenta a compilação da evolução do empreendedorismo sob a
perspectiva histórica.
Tempo/período Descrição
Idade Média
O termo empreendedor foi usado para definir aquele que
gerenciava grandes projetos de produção. Esse indivíduo
não assumia grandes riscos, ele apenas gerenciava os
projetos, utilizando os recursos disponíveis, geralmente
provenientes do governo do país.
Século XVII
Os primeiros indícios de relação entre assumir riscos e
empreendedorismo ocorrem nessa época, em que o
empreendedor estabelecia um acordo contratual com o
governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos.
Como geralmente os preços eram prefixados, qualquer
lucro ou prejuízo era exclusivo do empreendedor. Richard
Cantillon, importante escritor e economista do século XVII, é
considerado por muitos como um dos criadores do termo
empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a
diferenciar o empreendedor – aquele que assumia riscos –
do capitalista – aquele que fornecia o capital.
27
Século XVIII
Nesse século o capitalista e o empreendedor foram
finalmente diferenciados, provavelmente devido ao início da
industrialização que ocorria no mundo. Um exemplo foi o
caso das pesquisas referentes a eletricidade e química, de
Thomas Edison, que só foram possíveis com o auxílio de
investidores que financiaram os experimentos.
Séculos XIX
e XX
No final do século XIX e no início do século XX, os
empreendedores foram freqüentemente confundidos com
os gerentes ou administradores (o que ocorre até os dias
atuais), sendo analisados meramente do ponto de vista
econômico, como aqueles que organizam a empresa,
pagam os empregados, planejam, dirigem e controlam as
ações desenvolvidas na organização, mas sempre a serviço
do capitalista.
Quadro n.º 001 A evolução do Empreendedorismo ao longo do tempo. Fonte: Dornelas (2001.p.28)
Dessa forma, o mundo tem passado por várias transformações em curtos períodos
de tempo, principalmente no século XX, quando foi criado a maioria das invenções
que revolucionaram a vida das pessoas. Assim, Timmons (1990 apud DORNELAS
2001, p. 19) conceitua: “O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será
para o século XXI mais do que a revolução industrial foi para o século XIX”.
Geralmente essas invenções são frutos de inovação, de algo inédito ou de uma nova
visão de como utilizar coisas já existentes, mas que ninguém anteriormente ousou
olhar de outra maneira. Por trás dessas invenções, existem pessoas e equipes de
pessoas com características especiais, que são visionárias, que questionam, que
arriscam, que querem algo diferente, que empreendem.
O papel do empreendedor foi sempre de grande importância para a sociedade, mas
seu estudo está sendo intensificado só agora, para Dornelas (2001, p.20), “ Deve-se
ao fato de que o aumento tecnológico tem sido de tal ordem, que requer um número
muito maior de empreendedores”.
28
Também pode-se dizer que a economia, os meios de produção e os serviços se
sofisticaram, de tal maneira com os avanços tecnológicos que hoje exigem a
necessidade de se formalizar conhecimentos, que eram apenas obtidos de forma
empírica no passado. Então, a ênfase do empreendedorismo surge com muito mais
força pela conseqüência dos avanços tecnológicos, da competição dos mercados, e
não apenas um mero modismo.
Na figura nº 01 é apresentado o desenvolvimento dos conceitos desde a origem até
o presente milênio:
1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000
Movimento de racionalização: foco na gerência administrativa
Movimento das relações humanas: foco nos processos
Movimento do funcionalismo estrutural: foco na gerência
por objetivos
Movimento dos sistemas abertos: foco no planejamento estratégico
Movimento das contingências ambientais: foco na competitividade
Observação: Movimento: refere-se ao movimento que se predominou no período. Foco: refere-se aos conceitos administrativos predominantes
Não se tem um movimento predominante, mas há cada vez mais foco no papel do empreendedor como gerador de riqueza para a sociedade.
Figura n.º 001 A evolução histórica até a concepção do empreendedorismo Fonte: Dornelas ( 2005 : p. 23) Portanto, o movimento atual pode ser chamado de a era do empreendedorismo, pois
são os empreendedores que estão eliminando barreiras comerciais e culturais,
encurtando distâncias, globalizando e renovando os conceitos econômicos, criando
novas relações de trabalho e novos empregos, quebrando paradigmas e gerando
riquezas para a sociedade, através dessas ações o empreendedorismo mostra toda
sua amplitude na evolução de uma sociedade.
29
A chamada nova economia, a era da internet, tem mostrado que boas idéias
inovadoras, um bom planejamento e, principalmente, uma equipe competente e
motivada, são ingredientes poderosos que, quando somados no momento
adequado, acrescidos do capital, podem gerar negócios grandiosos em curto espaço
de tempo, Dolabela (2001).
O ambiente atual é propício para o surgimento de um número cada vez maior de
empreendedores. Por esse motivo, é que em alguns países, dentre eles o Brasil, é
visível o aumento de empreendedores bem como, o aumento da capacitação para
os mesmos em escolas e universidades, por meio da criação de cursos e materiais
específicos de empreendedorismo, como uma alternativa aos jovens profissionais
que se graduam anualmente.
O empreendedorismo tem sido o centro das políticas públicas na maioria dos países.
Com isso, o crescimento do empreendedorismo no mundo, tem maior evidência a
partir da década de 1990 e pode ser observado através do quadro nº 02, que
apresenta o crescimento do empreendedorismo e apresenta o estudo do Global
entrepreneurship Monitor (GEM), citando alguns exemplos nesse sentido:
PAÍS
HISTÓRICO
PERÍODO
Reino Unido
No final de 1998, o Reino Unido publicou um
relatório a respeito de seu futuro competitivo, o
qual se enfatizava a necessidade de se
desenvolver uma série de iniciativas para
intensificar o empreendedorismo na região.
Fim de 1998
30
Alemanha
A Alemanha tem implementado um número
crescente de programas que destinam
recursos financeiros e apoio na criação de
novas empresas. Pra se ter uma idéia, na
década de 1990, aproximadamente duzentos
centros de inovação foram estabelecidos,
provendo espaço e outros recursos para
empresas iniciantes.
Década de 1990
Finlândia
Em 1995, o decênio do empreendedorismo foi
lançado na Finlândia. Coordenado pelo
Ministério de Comércio e Indústria, o objetivo
era dar suporte às iniciativas de criação de
novas empresas, com ações em três grandes
áreas: criar uma sociedade empreendedora,
promover o empreendedorismo como uma
fonte de geração de emprego e incentivar a
criação de novas empresas.
1995
Israel
Em Israel, como resposta ao desafio de
assimilar um número crescente de imigrantes,
uma gama de iniciativas tem sido
implementadas por meio do Programa de
Incubadoras Tecnológicas, com o qual mais
de quinhentos negócios já se estabeleceram
nas 26 incubadoras do projeto. Houve ainda
uma avalanche de investimento de capital de
risco nas empresas israelenses, sendo que
mais de cem empresas criadas em Israel
encontram-se com suas ações na NASDAQ
(Bolsa de ações de empresas de tecnologia e
internet, nos Estados Unidos).
2000
31
França
Na França, há iniciativas para promover o
ensino de empreendedorismo nas
universidades, particularmente para engajar os
estudantes. Incubadoras com sede nas
universidades estão sendo criadas. Uma
competição nacional para novas empresas de
tecnologia foi lançada e uma fundação de
Ensino do empreendedorismo foi estabelecida.
Atualmente
O quadro nº 02 apresenta um crescimento do empreendedorismo em alguns países segundo a Global entrepreneurship Monitor (GEM). Fonte: Dornelas ( 2005, P. 24)
Diante do apresentado pode-se dizer que em todo o mundo o interesse pelo
empreendedorismo,.se estende além de ações desenvolvidas pelos governos
nacionais, estaduais e municipais, que muitas vezes buscam incentivar novos
empreendimentos na tentativa de buscar amenizar questões sócio-econômicas de
uma sociedade, O empreendedorismo se estende também atraindo a atenção de
organizações multinacionais, conforme mostra o contexto acima que há uma
convicção de que o poder econômico, na Europa, depende de seus futuros
empresários e da competitividade de seus empreendimentos.
Segundo Dornelas ( 2005, p.25 ). A explicação para a focalização desses países no empreendedorismo pode ser obtida ao se analisar os números recentes da economia norte-americana: o maior exemplo de compromisso nacional com o empreendedorismo e o progresso econômico. Além de centenas de iniciativas dos governos locais e organizações privadas para encorajar e apoiar o empreendedorismo nos Estados Unidos, o governo americano gasta centenas de bilhões de dólares anualmente em programas de apoio a empreendedorismo. A conjunção desse intenso dinamismo empresarial e rápido crescimento econômico, somados aos baixos índices de desemprego e às baixas taxas de inflação, aparentemente aponta para uma única conclusão: o empreendedorismo é o combustível para o crescimento econômico, criando emprego e prosperidade.
Pode-se concluir que o empreendedorismo vem crescendo muito nos últimos anos
em todo o mundo, e cada vez mais está se intensificando a idéia de empreender nas
sociedades.
32
2.3 O Empreendedorismo no Brasil.
Com a virada do milênio, e o intenso desenvolvimento do empreendedorismo no
Brasil, já é possível de se formatar o contexto histórico vivenciado.
O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a ganhar evidência na
década de 90. Segundo Dornelas (2005), as entidades como o Sebrae e Sofrex
(Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. Antes disso,
praticamente pouco se discutia sobre empreendedorismo e em criação de pequenas
empresas. Os ambientes político e econômico do país não eram propícios para o
desenvolvimento de negócios, e o empreendedor praticamente não encontrava
informações para auxiliá-lo na jornada empreendedora.
O Sebrae é um dos órgãos mais conhecidos do pequeno empresário brasileiro, que
busca junto a essa entidade todo suporte necessário para iniciar um negócio, bem
como consultoria para resolver problemas pontuais de negócios existentes.
Para Dornelas (2005), foi com os programas criados em âmbito da Softex em todo
país, junto a incubadora de empresas e a universidades/cursos de ciências da
computação/informática, que o tema empreendedorismo passou a despertar
interesse na sociedade brasileira. Até então, o termo plano de negócios era,
praticamente, desconhecido e até ridicularizado pelos pequenos empresários.
Passados esses anos, pode-se dizer que o Brasil entrou no milênio com todo o
potencial para desenvolver um dos maiores programas de ensino de
empreendedorismo de todo o mundo, comparável apenas com os Estados Unidos,
onde mais de 1.100 escolas ministram a disciplina de empreendedorismo.
Vários programas e ações foram criadas para o incremento da educação
empreendedora, que para Dornelas (2005) são elencadas da seguinte forma:
1- Os programas Softex e GENESIS (Geração de Novas Empresas de Software,
informação e serviço), que apóiam atividades de empreendedorismo em
software, estimulando o ensino da disciplina em universidades e a geração de
novas empresas de software (start-ups).
33
2- Ações voltadas a capacitação do empreendedor, como os programas
EMPRETEC e Jovem empreendedor do Sebrae. E ainda o programa Brasil
empreendedor, do Governo Federal, dirigido à capacitação de mais de um
milhão de empreendedores em todo o país e destinando recursos financeiros
e esses empreendedores, totalizando um investimento de oito bilhões de
reais.
3- Os diversos cursos do programas sendo criados nas universidades brasileiras
para o ensino do empreendedorismo. É o caso de santa Catarina, com o
programa Engenheiro empreendedor, que capacita alunos de graduação em
engenharia de todo o país, Destaca-se também o programa REUNE, da CNI
(Confederação Nacional das Indústrias), de difusão do empreendedorismo
nas escolas de ensino superior do país, presente em mais de duzentas
instituições brasileiras.
4- A recente explosão do movimento de criação de empresas de Internet no
país, movimentando o surgimento de entidades como o Instituto e-cobra, de
apoio aos empreendedores das ponto.com (empresas baseadas em Internet),
com cursos, palestras e até prêmios aos melhores planos de negócios de
empresas start-ups de Internet, desenvolvidos por jovens empreendedores.
5- Finalmente, mas não menos importante, o enorme crescimento do movimento
de incubadoras de empresas no Brasil. Dados da ANPROTEC ( Associação
Nacional de Entidades Avançadas) mostram que em 2000, havia mais de 135
incubadoras de empresas no país, sem considerar as incubadoras de
empresas de Internet, totalizando mais de 1.100 empresas incubadoras, que
geram mais de 5.200 empregos diretos.
No relatório executivo do Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2000), o Brasil
aparece como o país que possui a melhor relação entre o número de habitantes
adultos que começam um novo negócio e o total dessa população: um em cada oito
adultos. Isso mostra que, apesar de ocorrer de forma não tão organizada como em
países mais desenvolvidos, o empreendedorismo no Brasil exerce papel
fundamental na economia, merecendo o tema estudos mais aprofundados.
Outro fator, que dependerá apenas dos brasileiros para ser desmistificado, é a
quebra de um paradigma cultural de não valorização de homens e mulheres de
34
sucesso que tem construído o país e gerado riquezas, sendo eles os grandes
empreendedores, que dificilmente são reconhecidos e admirados. Pelo contrário,
muitas vezes são vistos como pessoas de sorte ou que venceram por outros
atributos do que sua competência.
O relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM) – Monitor Global de
empreendedorismo, organizado pela Babson College, E.U.A e London School of
Business, Inglaterra, e realizado em 29 países, apontou os seguintes resultados
para o Brasil, descrito por (BRITO e WEVER, 2003), os seguintes indicadores:
• O Brasil possui um nível relativamente alto de atividade empreendedora: a
cada 100 adultos da PEA, 14,2 são empreendedores, colocando-o em quinto
lugar no mundo. No entanto, 41% deles estão envolvidos por necessidades e
não por oportunidade;
• As mulheres brasileiras são bastante empreendedoras: a proporção é de
38%, a maior entre todos os 29 países participantes do levantamento;
• A intervenção governamental possui duas facetas: tem diminuído, mas ainda
se manifesta como um fardo burocrático;
• A disponibilidade de capital no Brasil se ampliou. Mas muitos
empreendedores brasileiros ainda percebem o capital como algo difícil e
custoso de se obter. Para piorar, os programas de financiamentos existentes
não são bem divulgados;
• A falta de tradição e o difícil acesso aos investimentos continuam a ser os
principais impedimentos à atividade empreendedora no Brasil. Existe uma
necessidade urgente de estimular as práticas de investimento;
• O tamanho do país e suas diversidades regionais exigem programas
descentralizados. As diferenças regionais de culturas e infra-estrutura
também exigem uma abordagem localizada do capital de investimento e dos
programas de treinamento;
• Infra-estrutura precária e pouca disponibilidade de mão-de-obra qualificada
tem impedido a proliferação de incubação de novos negócios fora dos
grandes centros urbanos;
• O ambiente político e econômico tem aumentado o nível de risco e incerteza
sobre a estabilidade e o crescimento;
35
• Existe uma necessidade por aprimoramento no sistema educacional como um
todo o que estimulará a cultura empreendedora entre os jovens adultos. Os
programas existentes tem sido percebidos como desconectados da realidade,
com pouca integração à graduação e ensino básico;
• Não há proteção legal dos direitos de propriedade intelectual, altos custos
para registros de patentes no país e fora dele e poucos mecanismos de
transferências tecnológicas. As universidades ainda estão isoladas de
comunidade empreendedora.
Segundo Britto ( 2002, p.23), “ numa lista de 89 países, o Brasil está em 71ª.
Posição entre os que mais facilitam financiamento e o investimento empresarial, o
que explica por que o capital reluta em fazer o que dele se espera”.
Assim sendo, infelizmente percebe-se a pouca importância do Brasil no contexto de
nações que apóiam o estudo do empreendedorismo, indicando, também o alto grau
de burocracia que é apresentado nos países que encontram nas últimas
classificações da presente lista.
2.4 O perfil do empreendedor.
O processo de empreender envolve todas as funções, atividades e ações
associadas à percepção de oportunidades e à criação de organizações que buscam
organizadamente estas oportunidades.
Segundo Dolabela (1999), Cinco elementos/qualidades são fundamentais na
caracterização de um empreendedor:
- Criatividade de inovação: empreendedores conseguem identificar
oportunidades, grandes ou pequenas onde ninguém mais consegue notar;
- Habilidade ao aplicar esta criatividade: eles conseguem direcionar esforços
num único objetivo;
- Força de vontade e fé: eles acreditam fervorosamente em sua habilidade de
mudar o modo como as coisas são feitas e tem força de vontade e paixão para
alcançar o sucesso;
- Foco na geração de valor: eles desejam fazer as coisas da melhor maneira
36
possível, do modo mais rápido e mais barato;
- Correr riscos: quebrando regras: encurtando distâncias e indo contra ao
status quo.
Algumas idéias equivocadas ainda existem no senso comum uma delas é a de que o
empreendedor é um herói solitário. Na realidade, colaboração é a palavra chave
para que os empreendedores tenham sucesso, eles buscam se unir a grupos e
seguem trabalhando unidos em direção a um único objetivo.
Para Degen ( 1989, p. 8 ) “ os empreendedores, no primeiro estágio de crescimento,
acumulam recursos e procuram identificar oportunidades de negócios para iniciar um
empreendimento”.
Já Segundo Dornelas (2001, p. 32). “ficar rico não é o principal objetivo dos
empreendedores, eles acreditam que o dinheiro é a conseqüência do sucesso dos
negócios”. O autor diz ainda que: “os empreendedores são adorados e respeitados
por seus funcionários, pois sabem valorizá-los, estimulá-los e recompensá-los,
formando um time em torno de si”.
Para Hampton (1991), outro conceito errôneo é o de que um empreendimento necessariamente precisa ser muito grande para ser considerado como um sucesso. Muitas empresas que se encaixam no critério de pequena e média são bastante empreendedoras. A distinção está no resultado desejado: seus proprietários a administram com objetivo de manter seu estilo de vida e o da família ou eles reúnem esforços a fim de explorar oportunidades, criar novos produtos ou entregar serviços de modo inusitado. Pequenos negócios desempenham um papel muito importante na economia. É através da pequena empresa que obtemos os produtos e serviços já tradicionais. Muitos donos de pequenas empresas possuem qualidades empreendedoras ao buscar atender a demanda de produtos e satisfação dos clientes. Mas o conceito de empreendedorismo está baseado em indivíduos que misturam inovação com as melhores práticas de comercialização de novos produtos e serviços e que resultam em empresa de crescimento acelerado.
Existem ainda alguns mitos que fazem do empreendedor um ser fantástico e suas
empresas uma obra intangível aos simples mortais, para Dolabela (1999) alguns
mitos são:
- O mito do “Tomador de Risco”, a maioria dos empreendedores corre riscos
37
absurdos, incalculáveis ao iniciar suas empresas: os empreendedores bem
sucedidos estudam previamente os mercados/produtos em que vão atuar, planejam
suas ações ainda buscam investidores para compartilhar o risco do negócio e seu
retorno.
- O mito das invenções High-Tech, a maioria dos empreendedores inicia suas
empresas com uma invenção inusitada, normalmente de natureza ecológica: não é
necessária a existência de uma idéia fabulosa, uma “excepcional execução de uma
idéia comum” pode vir a ser um sucesso, o importante é se distinguir, uma pequena
variação ou a mudança no “pacote” já fará com que o empreendimento se torne
único. O importante é proteger essa vantagem movendo-se rápido e fazendo
aprimoramentos freqüentes, sempre mantendo um passo a frente dos concorrentes.
- O mito do “expert”, a maioria dos empreendedores possui um passado grandioso e
muitos anos de experiência no mercado em que atuam: 40% dos fundadores dos
500 maiores empreendimentos da história não tinham experiência anterior na
indústria que entraram, muitos deles aliás possuíam pouca experiência de modo
geral.
- O mito da “visão estratégica”, a maioria dos empreendedores possui um plano de
negócios muito bem estruturado e pesquisou e desenvolveu suas idéias antes de
tomar a decisão: apenas 4% dos fundadores dos 500 maiores empreendimentos da
história possuíam um plano de negócios. Por essa razão, os primeiros esforços de
muitos empreendedores não foram os produtos e serviços que trouxeram sucesso a
eles.
- O mito do “Venture Capital”, a maioria dos empreendedores começou seu negócio
com milhões de reais de investimentos no desenvolvimento de sua idéia, comprando
suprimentos e contratando funcionários: Venture capital é comum em setores da
indústria nos quais a necessidade de capital para sair dos estágios iniciais de
crescimento, como por exemplo, biotecnologia.
Segundo (DORNELAS 2005, p.32), Quando se analisam os estudos e as funções do empreendedor com relação ao administrador, efetuados por Mintzberg, Kotter, Stewart, e ainda sobre a abordagem processual do
38
trabalho do administrador, pode-se dizer que existem muitos pontos em comum entre o administrador e o empreendedor. Ou seja, o empreendedor é um administrador, mas com diferenças consideráveis em relação aos gerentes ou executivos de organizações tradicionais, pois os empreendedores são mais visionários que os gerentes.
O quadro nº 03, apresenta a comparação entre administrador e empreendedor, na
visão de Stewart, Mintzberg e Kotter..
PROCESSO
(STEWART) (MINTZBERG) (KOTTER)
Personalidade Fraco Forte Forte Forte
Uso do
Relacionamento
Interpessoal
Fraco
-
Forte
Forte
Foco nas
Organizações e
Ações
conjuntas
Forte
Fraco
Médio
Médio
Utilização da
Hierarquia
Forte
Forte
Média
Forte
Quadro nº 03 mostra a comparação entre administrador e empreendedor Fonte: Dornelas (2005, p. 32) Portanto percebe-se que a maioria dos autores indicam grandes variabilidades de itens entre administrador e empreendedor. No entanto, outros estudos indicam a correlação entre hierarquia e os administradores, observado da seguinte forma:
Hampton (1991) diz ainda que os administradores diferem em dois aspectos: o nível que eles ocupam na hierarquia, que definem como os processos administrativos são alcançados, e o conhecimento que detém, segundo o qual são funcionais ou gerais. Em relação aos níveis, o trabalho administrativo pode ser identificado como: de supervisão , médio e alto. Os supervisores tratam comumente de operações de uma unidade específica, como uma seção ou um departamento. Os administradores médios ficam entre os mais baixos e os mais altos níveis na hierarquia em uma organização. E os administradores de alto nível são aqueles que tem a mais alta responsabilidade e a mais abrangente rede de interações.
39
Para Schumpeter (1949), o empreendedor é aquele que quebra a ordem corrente e
inova, criando mercado com uma oportunidade identificada. Já Kirzner (1973 apud
Dornelas 2001), diz que um empreendedor é aquele que cria um equilíbrio,
encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou
seja, identifica oportunidades na ordem presente.
O empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo
curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu
conhecimento aumenta, eles implementam suas ações como total
comprometimento, atropelam as adversidades, ultrapassando os obstáculos com
uma vontade ímpar de “fazer acontecer” eles querem estar a frente das mudanças e
ser donos do próprio destino.
Os empreendedores de sucesso planejam cada passo de seu negócio, desde o
primeiro rascunho até a apresentação do todo para os investidores, com definição
das estratégias de marketing etc.,sempre tendo como base a forte visão de negócio
que possuem.
Acredita-se que, para empreender, pode até ter natureza prática e incontestável,
porém o empreendedor deve ser intrépido, além de tudo, e demonstrar
perseverança. Conforme Dornelas (2001, p.37), “O empreendedor é aquele que
destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços,
pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos
materiais”.
Portanto, pode-se concluir que o perfil do empreendedor, é um fator relevante e
pode contribuir de maneira significativa na execução e no sucesso de um
empreendimento.
2.5 O plano de negócio.
Todo plano advêm de um processo de planejamento. De acordo com Oliveira (1999,
40
p. 33), “o planejamento é um processo desenvolvido para o alcance de uma situação
desejada de um modo mais eficiente, eficaz, com melhor concentração de esforços e
recursos pela empresa”.
Quando se fala em empreendedorismo, remete-se naturalmente ao termo plano de
negócio. O plano de negócio é a parte fundamental do processo empreendedor. É
um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios
que sustenta a empresa, sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e
autoconhecimento, e, ainda, permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de
negócios. (DORNELAS, 2001).
Uma das primeiras coisas que se deve fazer, uma vez decidida a criação de uma
empresa, é a definição por escrito das principais variáveis do negócio. É isso torna-
se a essência na elaboração de um plano de negócio.
Segundo Chiavenato (2004), a elaboração de um plano de negócio é fundamental
para o empreendedor, não somente para a busca de recursos mas, principalmente,
como forma de sistematizar e otimizar suas idéias planejando de forma mais
eficiente, antes de entrar de cabeça em um mercado sempre competitivo.
O plano de negócio ajuda a responder questões importantes relativas ao negócio
antes de seu lançamento. Não é incomum mudanças profundas no projeto ou até
mesmo o abandono da idéia inicial, quando se começa a pesquisar e checar as
suposições iniciais para a montagem do plano de negócio. É justamente aí, que se
encontra o seu valor, é mais fácil modificar um negócio que está apenas no papel do
que quando já está inserido no mercado.
A abrangência do plano de negócio, quer no âmbito do empreendedor, quer no
âmbito das instituições indiretamente interessadas no projeto, mostra-se:
O plano de negócio tem-se revelado o mais completo e indispensável instrumento de planejamento para as micros e pequenas empresas, tanto nos primeiros momentos de atividades quanto no balizamento dos resultados depois de alguns anos de atuação no mercado. Por outro lado, o plano de negócio tem sido adotado pelas instituições financeiras como um documento de apresentação das empresas no momento da análise de um financiamento, pois a própria formatação do plano de negócio permite uma
41
análise da capacidade de pagamento da empresa, apresenta uma visão clara do conhecimento que a empresa tem do mercado onde está inserida e demonstra os benefícios que os investimentos resultantes do financiamento podem trazer, não apenas para os resultados da empresa, mas também à sociedade em geral, principalmente para o grupo social ao qual a empresa pertence, Biagio e Batochio (2005, p.1)
Assim sendo, o plano de negócio é o planejamento detalhado da empresa, mostra
qual é o seu produto ou serviço, suas estratégias, missão e visão, quais e quantos
são seus clientes, e as projeções financeiras como: fluxo de caixa, despesas, lucros
e outras.
Para Salim et al ( 2003, p. 03). “plano de negócio é um documento que contém a
caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano de
conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados
financeiros”.
No contexto atual, não se pode mais pensar em abrir um negócio sem antes pensar
em elaborar detalhadamente um plano de negócio, que abranja de forma ampla toda
a diversificação e o dinamismo que o mercado se caracteriza, modifica e evolui
fazendo deste instrumento uma ferramenta indispensável ao empreendedor que
tenha por objetivo alcançar o sucesso..
Conforme Dolabela (1999), existem dois motivos fundamentais para ser elaborado
um plano de negócio:
É um instrumento de diminuição de riscos. Ao fazer o plano de negócios, o
empreendedor estuda a viabilidade de seu projeto sob todos os aspectos;
É também uma linguagem de comunicação do empreendedor com outros e com ele
mesmo.
Seguindo a mesma abordagem, Dornelas (2005), apresenta que através da
realização de um plano de negócio é possível:
• Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, sebrae,
investidores, etc.
• Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a
42
empresa.
• Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário.
• Entender e estabelecer diretrizes para seu negócio.
• Gerenciar de forma eficaz a empresa e tomar decisões acertadas.
Pode-se dizer então, que o plano de negócio é o passo seguinte após a vontade de
abrir seu próprio negócio, pois, este apresentará todas as etapas para a abertura e
execução de um empreendimento, bem como, a viabilidade ou não do mesmo.
2.5.1 Plano Financeiro.
No plano financeiro, que apresenta-se, em números, mostram todas as ações
planejadas para a empresa. Nele o empreendedor responde algumas perguntas
chave que são: Quanto será necessário para iniciar o negócio? Existe
disponibilidade de recursos para isto? De onde virão os recursos para o crescimento
do negócio? Qual o mínimo de vendas necessário para que o negócio seja viável? O
volume de vendas que a empresa julga atingir torna o negócio atrativo? A
lucratividade que a empresa conseguirá obter é atrativa?
Para Biagio e Batocchio (2005, p.201) “ As decisões empresariais geralmente são
tomadas a partir de dados financeiros que refletem uma situação passada. Assim
sendo, procura-se encontrar soluções para o futuro com base no passado”.
O plano de financeiro mostra-se uma das etapas mais importante na preparação de
um plano de negócio, pois através do mesmo, o empreendedor tem uma análise
geral da situação financeira de sua empresa e assim, poderá tomar decisões futuras.
Ross (1997, p. 82) argumenta que “ o planejamento financeiro estabelece o modo
pelo qual os objetivos financeiros podem ser alcançados”.
A inclusão de um plano financeiro dentro de um plano de negócios procura demonstrar um conjunto de projeções abrangentes que possam refletir o desempenho futuro da empresa em termos financeiros. Se bem preparadas e fundamentadas, essas projeções transmitirão uma imagem futura de estabilidade e de ganhos dignos de créditos, tornando-se um dos principais pontos de avaliação da atratividade do negócio (BIAGIO E BATOCCHIO 2005, p.202).
43
Na concepção de Salim et al (2003, p. 105), “ as projeções financeiras de um
empreendimento comportam uma série de pressupostos que serão utilizados para
análise da sua viabilidade”. Pode-se dizer então, que com a elaboração do plano
financeiro o empreendedor tem a oportunidade de analisar se o negócio é viável ou
não.
Analisando os autores citados, pode-se dizer que é o plano financeiro apresentará o
rumo das decisões financeiras de um empreendimento, e que este compreende:
balanço patrimonial, demonstração de resultados, plano de investimentos, fluxo de
caixa.
Na visão de Las Casas (2001, p. 119), “é o balanço patrimonial, que é uma fotografia
da saúde financeira da organização que engloba as atividades de investimentos e
financiamentos”.
Biagio e Batocchio ( 2005, p. 202), ainda acrescentam que “ é o balanço patrimonial
que demonstra como está a situação da empresa em um determinado momento ou
período”. Os autores concluem apontando que “ no caso de uma nova empresa,
apenas a situação projetada deve ser considerada e se divide em três partes
distintas”:
� Ativo: Todos os bens e direitos de empresa;
� Passivo: Obrigações e dívidas da empresa;
� Patrimônio Líquido: Recursos dos proprietários investidos na empresa.
Biagio e Batocchio (2005).
Para Ross (1997, p.38), “ o balanço patrimonial é um retrato instantâneo da
empresa. É o modo de organizar o que a empresa possui e o que a empresa deve”.
Pode-se dizer então, que o plano financeiro é uma etapa primordial na execução de
um empreendimento, ele mostrará a viabilidade financeira do negócio, bem como, as
diretrizes das ações financeiras.
44
2.5.2 Plano Operacional.
Essa parte do plano de negócio, está relacionada a forma de a empresa operar suas
atividades, incluindo desde a maneira de gerenciar o negócio até a maneira de
executar, distribuir e controlar bens e serviços.
[...] para qualquer tipo de leitor do plano de negócio, seja ele um investidor de risco ou um parceiro comercial, essa seção definirá as formas de como a empresa realiza o trabalho, como cuida da qualidade dos produtos e processos, como utiliza seus equipamentos e recursos, como se relaciona com as pessoas que fazem parte do quadro de colaboradores, como controla seus custos, e assim por diante [...] Biagio e Batocchio ( 2005, p. 167).
O empreendedor precisa encontrar as pessoas mais adequadas para ajudá-lo a
tocar seus negócios. E é com o plano operacional que o mesmo busca recursos
humanos que o auxiliarão na execução das tarefas operacionais da empresa.
O plano operacional deve refletir, assim, a estrutura organizacional que aponte os principais membros da equipe gerencial e suas inter-relações. As principais atividades como a propriedade entre os sócios será distribuída? Quem são os membros da equipe gerencial? Quais as habilidades, educação formal e experiência de cada um? Que outros investidores ou diretores estarão envolvidos e quais as suas qualificações? Que cargos existem e quais os planos para preenchê-los?. (MONTANA, 2000).
Segundo Roussel e Saad, “o plano operacional envolve especificamente as
operações e equipamentos internos necessários para produzir seus produtos e
serviços”. Ainda segundo os autores, as áreas mais importantes que precisam ser
descritas são:
- Localização, por mais virtual que a empresa seja, ela necessitará de um endereço
físico.
- Equipamento, descreva os equipamentos mais importantes e como eles serão
utilizados, incluindo custos.
- Mão-de-obra, quantos funcionários serão necessários? Quantos em tempo
integral? Quantos em tempo parcial? Quais os salários?
- Processos, descreva os seus processos administrativos e de manufatura de bens e
serviços.
O Plano Operacional, mostra como serão produzidos os produtos e serviços
45
prestados. Ele deve explicar a abordagem adotada para assegurar a qualidade da
produção, o controle do estoque e o uso de terceirização. As questões relativas às
matérias-primas críticas também devem ser abordadas aqui. PAVANI e
DEUTSCHER (2000).
Pode-se concluir que o plano operacional é onde as ações planejadas são
executadas, onde a empresa monta o layout de toda a estrutura operacional por
onde seus bens e serviços serão produzidos.
2.5.3 Plano de Marketing.
O Plano de Marketing apresenta como o empreendedor pretende vender seu
produto/serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e
aumentar a demanda, sempre de acordo com a estratégia definida anteriormente, do
posicionamento da empresa no mercado. Deve abordar seus métodos de
comercialização, diferenciais do produto/serviço para o cliente, política de preços,
projeção de vendas, canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação
e publicidade.
Para Westwood (1997), “ O planejamento de marketing é a técnica que permite a
uma companhia decidir sobre qual é o uso de seus escassos recursos para atingir
seus objetivos empresariais”.
Um plano de marketing identifica as oportunidades que podem gerar bons resultados
para a organização, mostrando como penetrar com sucesso para obter as posições
desejadas nos mercados (COBRA, 1992).
De acordo com Las Casas (2001, p. 18), “o plano de marketing estabelece objetivos,
metas e estratégias do composto de marketing em sintonia com o plano estratégico
geral da empresa”.
Para Westwood (1997): Um plano de marketing é um documento que formula um plano para comercializar produtos e/ou serviços. O plano de marketing global da companhia pode ser composto a partir de uma série de planos de marketing menores para produtos ou áreas individuais. Ainda Westwood (1997), o plano de marketing disciplina o planejador a colocar suas idéias, fatos e conclusões de uma maneira lógica que pode ser seguidos por outros.
46
O plano de marketing oferece vários benefícios. Se bem feito ajuda os membros do
departamento de marketing a distinguir onde seus esforços devem ser concentrados
e também a observar para tirar o melhor proveito das oportunidades que o mercado
oferece. Também proporciona um meio de medir o desempenho do departamento e
comparar seus resultados com os objetivos.
De acordo com Kotler (2002), o plano de marketing possui as seguintes etapas para
a formulação:
1. Missão do negócio;
2. Análise do ambiente externo (oportunidades e ameaças);
3. Análise do ambiente interno (pontos fortes e fraquezas);
4. Formulação de metas;
5. Formulação de estratégias;
6. Formulação de programas;
7. Implementação;
8. Feedback e controle.
Um plano de marketing possui as seguintes etapas a serem cumpridas: 1. Estabelecer objetivos corporativos; 2. Realizar pesquisa de marketing externa; 3. Realizar pesquisa de marketing interna; 4. Realizar uma análise de pontos fortes e fracos / oportunidades e ameaças; 5. Estabelecer objetivos de marketing e planos de ação; 6. Desenvolver estratégias de marketing e planos de ação; 7. definir programas que incluam propaganda / plano de promoções; 8. Estabelecer orçamentos; 9. Escrever o plano; 10. Comunicar o plano; 11. Usar sistema de controle para o plano; 12. Rever e atualizar o plano. (LAS CASAS, 2001),
Na visão de Hisrich e Peters (2002, p. 223), plano de marketing “é uma parte
importante do plano de negócio, uma vez que descreve como os produtos ou
serviços serão distribuídos, apreçados e promovidos”.
Para Biaggio e Batocchio (2005, p. 137), “ por melhor que seja o produto de uma
empresa, isso, por si só, não garante o mercado.Se a empresa não puder atingir
seus clientes, não conseguirá manter-se muito tempo no negócio”. Então o plano de
marketing define as ações que a empresa irá fazer para atingir o seu mercado.
Ainda para os autores, um bom plano de marketing deve conter:
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� A forma que a empresa utilizará para que seus produtos ou serviços tornem-
se conhecidos pelos clientes.
� A forma como a empresa despertará em seus clientes a necessidade de
adquirir seus produtos ou serviços.
� A forma que a empresa fará com que os consumidores lembrem-se da sua
marca no momento da compra.
� Como a empresa se comunicará com seus consumidores.
� A definição da estrutura de vendas e a estrutura de distribuição dos produtos
ou serviços.
No contexto apresentado, pode-se definir que é o plano de marketing que fará com
que a empresa seja mais conhecida, lembrada ao adquirir produtos ou serviços, seja
vista na mente dos consumidores como referência no segmento que ela atua.
2.6 A estrutura do plano de negócio.
Existem diferentes tipos de estruturas, para diferentes autores, mudando apenas as
nomenclaturas, porém os itens com que eles apresentam fazer parte da estrutura do
plano de negócio são sempre os mesmos.
Para Biaggio e Batocchio (2005, p. 322), na estrutura de um plano de negócios deve
conter:
- Sumário Executivo: Este deve ser claro, revisado várias vezes e deve conter uma
síntese das principais informações do plano de negócio.
- Descrição da Empresa: A composição do corpo do plano de negócio começa por
uma descrição da empresa, que explicitará o nível de organização empresarial do
negócio, a história, a constituição jurídica, a situação atual e as projeções futuras,
tanto para pesquisa e desenvolvimento como para atividades operacionais e
financeiras.
- Análise de mercado: O plano de negócio tem dois propósitos: demonstrar o
autoconhecimento da empresa e seu conhecimento sobre o ambiente em que está
inserida. A análise do mercado diz respeito ao conhecimento da empresa sobre seu
ambiente externo e as inter-relações com esse ambiente, além de fornecer subsídios
para o plano de marketing.
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- Plano de marketing: Este define a forma com que a empresa atuará para levar seus
produtos aos consumidores. Por meio do plano de marketing a empresa deve
demonstrar sua capacidade em tornar o produto/ serviço conhecido.
- Plano operacional: Neste plano, está relacionado a forma da empresa operar,
incluindo desde a maneira de gerenciar o negócio, até a maneira de executar,
distribuir e controlar produtos e serviços.
- Plano Financeiro: A inclusão de um plano financeiro dentro de um plano de negócio
procura demonstrar um conjunto de projeções abrangentes que possam refletir o
desempenho futuro da empresa em termos financeiros
A estrutura do plano de negócio pode ser extensa, e a melhor maneira de apresentá-
la é dividindo em seções, sendo assim o índice se apresenta como um esqueleto
que reúne as seções, facilitando a tarefa de localização da seção desejada. Degen
(1989).
Pode-se dizer então, que a estrutura do plano de negócio é onde são descritas as
etapas do empreendimento. Nela deve conter todos os itens que serão
fundamentados minuciosamente no decorrer do plano de negócio.
2.7 O contexto do varejo
A atividade de vender produto para o consumidor final vem crescendo visualmente
nos últimos tempos, haja visto, que a população como um todo vem crescendo e
cada vez mais necessita de produtos e serviços. Então, pode-se dizer que o
comercio varejista é o método mais usado para satisfazer o as necessidades do
consumidor e influenciar sua tomada de decisão.
Apesar das atividades das grandes corporações de varejo dominarem a imprensa de
negócios, o varejo continua oferecendo oportunidades para pessoas começarem
seus próprios negócios. (LEVY e WEITZ).
Para Levy e Weitz ( 2000, p. 44), “ Uma instituição de varejo é um grupo de
varejistas que fornece um composto de varejo similar criado para satisfazer as
necessidades de um segmento específico de clientes”.
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Orientação de gerenciamento que defende que a tarefa-chave do varejista é determinar as necessidades e desejos de seus mercados-alvo e direcionar a empresa para satisfazer essas necessidades e desejos mais eficaz e eficientemente que os concorrentes. (LEVY e WEITZ : 2000)
Varejo, um dos maiores setores da economia global, está atravessando um período
de mudanças dramáticas. Empresários do varejo inovadores estão usando novas
tecnologias e alterando as necessidades dos clientes para formar a próxima geração
de gigantes da indústria.
O surgimento do varejo eletrônico é o potencial desse novo mercado. Todos os
grandes varejistas tem uma página na internet, muitas das quais vendem
mercadorias e serviços. O chamado e-comerce, mostra-se como um excelente
atrativo para oferecer um produto ao consumidor, sendo na maioria das vezes mais
baratos que no local físico do comércio.
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3 METODOLOGIA
No presente capítulo é abordado a metodologia utilizada para a realização do
trabalho, demonstrando a caracterização da pesquisa, a população pesquisada, bem
como a forma da coleta de dados na execução do trabalho e análise dos dados.
A metodologia é um ramo da filosofia que se ocupa do estudo dos métodos
adequados à transmissão do conhecimento. Portanto, pode-se dizer que
metodologia é o conjunto de procedimentos que servem como instrumento para
alcançar os objetivos finais de uma investigação, (DEMO, 1980). Para se ter um
projeto de pesquisa é necessário definir o método que melhor conduzirá o executor
a alcançar os resultados esperados. Para tanto, é necessário saber o que realmente
a metodologia pronuncia.
Existem diversos enfoques para a conceituação de metodologia, Longenecher
(1997), define como sendo “ordem que se segue na investigação da verdade, no
estudo de uma ciência para alcançar um fim determinado” assim, a metodologia
traça o caminho para se desenvolver uma pesquisa.
Segundo Roesch (1999), descreve metodologia como o trabalho que será realizado,
partindo dos objetivos para verificar que tipo de projeto torna-se mais apropriado.
Para Demo (1987, p. 19), metodologia “é uma preocupação instrumental. Trata-se
das formas de se fazer ciência. Cuida dos procedimentos, das ferramentas, dos
caminhos. A finalidade da ciência é tratar a realidade teórica e pratica”
3.1 Tipologia de pesquisa:
O fator motivador da pesquisa é compreender o conjunto de conhecimento
necessário para uma avaliação criteriosa da viabilidade do empreendimento,
portanto a abordagem se dará sobre o conjunto de informações sócio econômicas
51
da cidade e da população em geral.
Para alcançar os objetivos propostos, o presente trabalho se desenvolve através da
pesquisa exploratória descritiva com abordagem quantitativa. Para Hoesch (1999), o
delineamento das pesquisas exploratórias pode ter como finalidade julgar a
efetividade de plano ou programas.
A autora complementa ainda que, estudo quantitativo, que implicam em contar
quantos, ou em que a proporção de pesquisados apresentem certa preferências ou
característica.
Como o enfoque da pesquisa também indica a busca preliminar de informações em
base de registros documentais, Vergara (2003, p.48) descreve que a pesquisa
documental “é a investigação realizada em documentos conservados no interior de
órgãos públicos, ou privados de qualquer natureza, ou com pessoas como: registros,
anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes e comunicações
informais”.
Complementando a tipologia, o presente estudo utiliza de modo operacional, a
pesquisa caracterizada por Gil (2007) de estudo de campo, uma vez que esse tipo
de estudo, recolhe informações dos integrantes de um universo pesquisado
mediante análise quantitativa.
Desta forma, pode-se concluir que as proposições acima dão validade científica ao
desenvolvimento da presente proposta deste trabalho.
3.2 Sujeito de estudo e amostra:
Conforme Vergara (2000, p. 53), “os sujeitos da pesquisa são as pessoas que
fornecerão os dados que você necessita”. Para o conjunto de informações do
levantamento, foram pesquisados os potenciais consumidores de material e
equipamento esportivo, consistindo de clubes, escolas e academias da cidade e a
ACIT Associação Comercial e Industrial de Tijucas.
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Para Hoesch (1999, p.138), “uma população é um grupo de pessoas ou empresas
que interessa entrevistar para o propósito de um estudo” este é o responsável pela
obtenção dos resultados.
Com relação à amostra, o presente estudo é definido como censo, uma vez que
busca a informação com todos os participantes indicados pelas fontes de registros.
Assim sendo, o universo da presente pesquisa se apresenta em dois grupos, o
primeiro nos órgãos municipais, para obtenção do universo a ser pesquisado e os
estabelecimentos atualmente em operação no comércio varejista do Município de
Tijucas que atuam no ramo de material esportivo.
3.3 Instrumentos de pesquisa:
Inicialmente busca-se, através de entidade regulamentada da cidade e região,
entidade denominada de ACIT (Associação Comercial e Industrial de Tijucas), e a
Secretaria Municipal de Esportes e Secretaria Municipal de Educação de Tijucas, a
coleta de informações através da pesquisa documental, obtendo-se a relação
nominal das academias, escolas e clubes filiados à instituição e que operam no
comércio municipal.
Segundo Gil, (1989) O questionário se constitui como uma das mais importantes técnicas disponíveis para obtenção de dados em pesquisas sociais. Pode-se definir como a técnica de investigação composta por uma quantidade de questões apresentadas por escrito que tem por objetivo o conhecimento de opinião, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas. De forma geral serve como a quantificação de fenômenos sociais.
Num segundo momento, utiliza-se da entrevista semi-estruturada, para a obtenção
do número de praticantes de esportes na cidade de Tijucas, que estejam ligados a
academias, clubes, associações, bem como suas preferências quanto ás práticas
esportivas.
E finalmente, com o estudo de campo, se obtém as informações dos atuais
potenciais concorrentes do presente projeto, segundo Gil (2007), tipicamente o
estudo de campo é desenvolvido por meio da observação direta das atividades do
53
grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar explicações e
interpretações do que ocorre no grupo. Como é desenvolvido no próprio local em
que ocorrem os fenômenos, seus resultados costumam ser fidedignos.
3.4 Análise e apresentação:
Para se fazer a análise das respostas obtidas, na entrevista do estudo do presente
trabalho, fora usada a técnica da análise estatística que segundo Roesch (1996), “ é
a forma pela qual os dados obtidos são analisados”. Os resultados da entrevista
através do questionário fora tabulados através de uma planilha utilizando o software
Excel da empresa microsoft e em seguida apresentados os gráficos com o
percentual de cada questão.
O resultado documental, tabulado através de textos esclarecendo todas as
incertezas que aferem a viabilidade do empreendimento.
3.5 Limitações da pesquisa:
O fator que em princípio foi percebido é que somente foram consideradas as
empresas, clubes e associações que estejam ligadas ou a Associação Comercial e
Industrial de Tijucas ou a Secretaria Municipal de Esportes, sendo desconsiderado
atividades principalmente comerciais que estejam na informalidade.
85
REFERÊNCIAS
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