Empresário Acib / CDL / Sindilojas - Ed. 40

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VAREJO: Pesquisa traça o perfil dos consumidores blumenauenses A MELHOR DO BRASIL Cia. Hering recebe prêmio como a primeira empresa entre as Maiores e Melhores do País Vinhos finos Decanter se destaca na distribuição da bebida com 1 milhão de garrafas/ano Ivo Hering, da quarta geração da família, preside o Conselho de Administração da empresa Ano 3 nº 40 AGOSTO 2010 R$ 8,90

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Revista empresarial das associações Acib, CDL e Sindilojas. Produzida Pela Mundi Editora. Blumenau / SC

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varejo: Pesquisa traça o perfil dos consumidores blumenauenses

a melhordo brasilCia. Hering recebe prêmiocomo a primeira empresa entre as Maiores e Melhores do País

vinhos finosDecanter se destaca na distribuição da bebida com 1 milhão de garrafas/ano

Ivo Hering, da quarta geração da família, preside o Conselho

de Administração da empresa

Ano 3 nº 40AGOSTO2010R$ 8,90

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EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL

O SINDILOJAS - Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Blumenau e Região, que abrange 10 municípios, possui o privilégio de ter conquistado uma convivência harmoniosa com o Sindicato Laboral da categoria. Este relacionamento amigável é, inclusive, invejado por outras categorias e em todo o sistema sindical nacional. Graças a esta elogiável convivência, com provas de maturidade, a cidade dispõe de uma legislação sobre o horário do comércio desejada por todos.

Este acerto foi feito com o objetivo de fazer prevalecer a justiça para com as empresas e seus funcionários em Blumenau e região, podendo-se trabalhar no comércio todos os dias do ano, respeitando apenas quatro datas previamente fixadas e que constam na Con-venção Coletiva. Respeitadas as condições da legislação trabalhista e as da Convenção Coletiva da categoria, ambas as partes progra-mam com mais facilidade escalas de folgas e férias e não se sentem prejudicadas nas jornadas de trabalho acertadas, convenientemente, fora deste calendário. Esta liderança obtida pelo perfeito entendimento do laboral e do patronal, no que diz respeito à capacidade de administrar uma legislação, é uma das marcas que Blumenau possui no comércio. Como uma cidade pioneira, Blumenau se destaca, principalmente no turismo de compras, onde sempre buscou e se superou no melhor, firmando-se como um modelo, não só para a comunidade, como também para os visitantes e turistas. É um ganho fundamental para o desenvolvimento da comunidade e importante para o turismo e para a divulgação da cidade. As condições legais estão protegidas com a ação do SINDILOJAS, bem como a harmonia conquistada e cabe a cada loja, a cada segmento do comércio identificar a melhor oportunidade de fazer o seu expediente, para agradar a clientes e fazer frente aos novos empreendimentos que estão surgindo, bem como as grandes redes que veem nosso mercado como importante e promissor.

Marco Aurélio HirtPresidente do SINDILOJAS

HARmOnIA NO COMÉRCIO

Banco de Imagens

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A ImPORTÂnCIA DO ESTÁGIO PARA JOVEnS E PARA AS EmPRESAS

O presidente do Ciee, Mércio Felsky, fala sobre as mudanças trazidas pela nova legislação

8 OS bOnS VInHOS mAIS PERTO DO COnSumIDOR

18 InSTITuTO GEnE RECEbE DOAÇÕES DE SuCATA ELETRÔnICA

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SumÁRIO

ediTor-eXeCUTivoSidnei dos Santos - 1198 JP (mTb/SC) - [email protected] Scopel - 02807 JP (mTb/SC) - [email protected]ÓrTeresbeatriz Alves Gaviolli e mariana TordivelliGereNTe de arTe e deseNvolvimeNToRui Rodolfo Stüpp - [email protected] de CaPaIvan Schulze/Especial mundi EditoraediTora-CheFeDanielle Fuchs - [email protected] ComerCialEduardo bellidio - �7 3035.5500GereNTe-Geral ComerCialDenilson mezadri - �7 [email protected] mund - [email protected] TiraGem�.000 exemplares

Computadores e periféricos são recuperados e doados para instituições e pessoas carentes

A blumenauense Decanter está presente em quatro estados e distribui 1 milhão de garrafas/ano

Daniel Zimmermann Daniel Zimmermann Daniel Zimmermann

16 unificadas as leitoras de cartões de crédito

22 Pesquisa traça o perfil do comércio em blumenau

2� Crédito ajudou na recuperação das empresas

28 Seterb vai refazer cálculos do transporte coletivo

30 Artigo

32 Acib é notícia

3� CDL é notícia

38 Intersindical é notícia

�0 SInDILOJAS é notícia

�� memória

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CIA. HERInG é ELEITA A mELHOR EmPRESA DO bRASIL Empresa blumenauense se destaca por abrir o capital para o mercado de ações e promover uma grande mudança estratégica

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Conselho editorial acib: Ronaldo baumgarten Junior, Carlos Tavares D’Amaral, Cristiane Soethe Zimmermann, Charles Schwanke, Solange Rejane Schröder e Rubens Olbrisch Cdl:José Geraldo Pfau, Paulo Cesar Lopes, Jorge Luiz Caresia e Ana Paula Ruschel

intersindical:Leomir minozzo, Emil Chartouni neto, Hans bethe e maurílio Schmitt siNdilojas:Cid Steinbach, márcio Rodrigues, marco Aurélio Hirt, Rui Felsky e Juliana Pfau mundi editora:Sidnei dos Santos e Danielle Fuchs

Divulgação

Rua Ingo Hering, 20 – 8º andarCEP: 89010-205blumenau – SC�7 3326.1230

www.acib.net

Alameda Rio branco, 165CEP: 89010-300blumenau - SC�7 3221-5735

www.cdlblumenau.com.br

Alameda Rio branco, 165CEP: 89010-300

blumenau-SC �7 3221 5750

www.sindilojasblumenau.com.br

Rua XV de novembro, 550 – sala �03 �7 3037 �932

www.intersindicalpatronal.com.br

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Em 2008, o governo federal sancionou a nova Lei do Estágio. Alguns a viram como um avanço; outros, como um retrocesso. Polê-micas à parte, o fato é que todos os atores desse espectro tiveram de se adaptar. De um lado, as instituições de ensino superior, que preci-saram readequar seus projetos pedagógicos para possibilitar o direito de estágio aos estudantes. Do outro, as empresas agora são obrigadas a conceder recesso remunerado, vale-transporte, bolsa-auxílio e se-guro contra acidentes pessoais aos estagiários. Por fim, aos estudan-tes é limitada a carga horária de trabalho para, no máximo, 30 horas semanais, além da restrição da duração do estágio, que não poderá exceder a dois anos. O presidente do Centro de Integração Empresa Escola (Ciee/SC), Mércio Felsky, está otimista com a nova lei e acredita que o estágio é a principal porta para o mercado de trabalho.

méRCIO Felsky

eNTrevisTa Daniel Z

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revista empresário: Quais pontos da nova lei causaram mais polêmica?mércio Felsky: na imprensa foram divul-gados direitos que os estudantes não têm. Foi divulgado, por exemplo, que o estu-dante teria direito ao 13° salário. E ele não tem 13°. na verdade, ele tem direito ao recesso remunerado. Seria como férias, e não 13°. Acredito que este impacto deve-se ao mau entendimento da lei. Como ela trouxe muitas obrigações para as institui-ções de ensino, agentes de integração e para as empresas e entrou em vigor na data de publicação, pegou todo mundo de surpresa. Inclusive os agentes de in-tegração. Então, o brasil meio que parou para dar tempo de interpretar e entender a nova lei.

re: sob o ponto de vista do estudante, a nova lei significa um avanço?Felsky: Com certeza. Ela trouxe vários benefícios aos estagiários, como o recesso remunerado, a diminuição da carga horá-ria e a obrigatoriedade da empresa pagar o auxílio-transporte, bem como o paga-mento da bolsa-auxílio para os estágios não-obrigatórios. Além disso, profissiona-lizou o setor. Acabou o amadorismo.

re: Quando um jovem pode dizer que está pronto para estagiar? há requisi-tos que podem ser enumerados?Felsky: As exigências do mercado fazem com que o jovem procure uma formação complementar à formação acadêmica. Hoje, o idioma é considerado diferencial,

assim como o intercâmbio fora do País. Pesam ainda as questões comportamen-tais, as competências humanas de atitude e a disponibilidade de tempo. O jovem tem de estar no controle da carreira dele, mesmo estando num processo de desen-volvimento formativo. Quando dentro do ambiente empresarial, ele tem de ter atitu-de e se relacionar com os profissionais. Por isso, recomendamos que o estudante pro-cure o estágio a partir do segundo ano do curso, quando ele já tem um pouco mais de informação teórica sobre a profissão que pretende abraçar. Hoje, o mercado de trabalho tem menor espaço para o estu-dante que só se dedica à área acadêmica. Ele precisa estar atento para buscar uma vivência dentro da sua área de formação.

“65% dos esTaGiários são CoNTraTados”

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eNTrevisTa

Daniel Z

imm

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re: a partir de que idade o aluno pode co-meçar a estagiar? Como é feito o monitora-mento dos estágios?Felsky: A partir dos 16 anos para quem estiver cursando o Ensino médio, com carga horária diária de quatro horas; e seis horas para o En-sino Superior. O ministério Público do Trabalho fiscaliza o cumprimento da lei, evitando even-tuais desvirtuamentos de função por parte das empresas. A cada semestre, o aluno entrega um relatório com todas as funções desempenhadas durante o período do estágio.

re: em que áreas existem mais oportunida-des de estágio?Felsky: A área com maior destaque é Adminis-tração de Empresas; por outro lado, as áreas que oferecem as melhores bolsas-auxílio são as liga-das à informática.

re: o contrato de estágio tem duração mí-nima e máxima de quanto tempo? ele pode ser renovado? Quantas vezes?Felsky: De acordo com o artigo 11 da Lei 11788/2008, a duração do estágio, na mes-ma parte concedente, não poderá exceder dois anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência. Existem empresas que adotam contratos de estágios por seis meses podendo ser renovado até atingir o tempo má-ximo estipulado pela lei.

re: o número de estagiários é determina-do pelo tamanho da empresa. Como é essa proporção?Felsky: Para estudante de nível superior e téc-nico-profissionalizante não existe limite de nú-mero de estagiários proporcional ao número de funcionários. A lei definiu em seu artigo 17 que o número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções: de um a cinco empregados: um estagiário; de seis a 10 empregados: até dois estagiários; de 11 a 25 empregados: até cinco estagiários; aci-ma de 25 empregados: até 20% de estagiários. Considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores empregados existentes no esta-belecimento do estágio. na hipótese de a parte concedente contar com várias filiais ou estabele-cimentos, os quantitativos previstos nos incisos deste artigo serão aplicados a cada um deles. Fica assegurado às pessoas portadoras de defici-ência o percentual de 10% das vagas oferecidas pela parte concedente do estágio.

re: o estagiário deve desempenhar as fun-ções de um profissional? Como deve ser a atuação dele na empresa?Felsky: Existe uma máxima do ex-ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Almir

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Pazzianotto Pinto: “Se não fosse para traba-lhar, de que serviria o estágio”. Assim sendo e para proporcionar um aprendizado prático na área de formação do estudante, ele passa a atuar dentro das organizações com ativi-dades que estejam previstas em seu plano de estágio e com complexidade crescente, sempre acompanhando o desenvolvimento curricular do seu respectivo curso. no caso dos estudantes de Ensino médio, no qual a educação profissional inexiste, o estágio é a sua formação profissional, na atividade da empresa, no convívio social com os colegas de trabalho, na disciplina regimental da or-ganização, no cumprimento de determina-ções, enfim, no preparo para o competitivo mundo do mercado de trabalho. Seja da forma que for encarado o estágio, o estu-dante deve aproveitar todas as oportunida-des para agregar valor à formação acadê-mica, ao mesmo tempo em que, mostrando seu potencial, poderá ser identificado pela empresa como futuro empregado. Temos pesquisas que apontam que 65% dos estu-dantes-estagiários do Ciee são contratados pelas empresas privadas, na própria empre-

sa em que estagiou ou em outras que lhes oferecem condições melhores de trabalho e remuneração.

re: Qual a importância do aluno exercer a profissão (através do estágio) antes de concluir o curso?Felsky: Para o aluno, representa uma opor-tunidade. Oportunidade de praticar o que está aprendendo na teoria. Hoje, as opor-tunidades são muitas, mas a competição

está maior ainda. Se o jovem não estiver preparado profissionalmente, a sociedade empurra-o para a informalidade, ou pior, para as drogas. O período da juventude é muito curto e delicado, inerente a essa fase da vida, por isso, precisa ser muito bem pla-nejado. Já para as empresas, representa a responsabilidade social. Além disso, com a contratação de estagiários a empresa tem ao seu alcance a seleção natural de novos talentos.

re: além de oportunizar o estágio, quais as outras contribuições que o Ciee oferece?Felsky: O Ciee disponibiliza workshops aos alunos preparando-os para a primeira entre-vista de emprego, para que ele saiba o que fazer, como falar, agir e também como se vestir. muitos jovens – na maioria rapazes – chegam ao Ciee junto com a mãe, devido à timidez. Com os workshops e treinamen-tos, desenvolvidos por psicólogos e peda-gogos os jovens sentem-se mais seguros e dispostos a encarar os desafios do mercado de trabalho.

A nova Lei dos Estágios é um avanço. Ela

profissionalizou o setor. Acabou com

o amadorismo

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Gisele [email protected]

Vencedora do prêmio Melhores e Maiores de 2009 da Revista Exame, a Cia. Hering vive um momento de orgulho e estímulo para o futuro da empresa. O prêmio alcançado, tradi-cional iniciativa da Editora Abril que chega à 37ª edição, é fruto do sur-preendente resultado dos últimos 12 meses, período em que a empresa se destacou no mercado, inclusive com a ampliação dos negócios.

A premiação foi realizada no dia 5 de julho, no Clube Monte Líbano, em São Paulo. A empresa também recebeu o títu-lo de melhor do setor têxtil. Mais de 3 mil empresas tiveram os dados apurados para concorrer ao prêmio. O levantamento foi feito pelo Instituto de Pesquisas Contábeis da Universidade de São Paulo (USP). O re-sultado desse trabalho aponta as melhores

empresas do País em 20 setores, além da-quela que recebe grande destaque como a melhor entre todas.

Com característica familiar, industrial e tradicional, a companhia de 130 anos mostrou-se versátil e arrojada, com capa-cidade de se reinventar, enfrentar as novas condições do mercado à medida em que elas foram aparecendo. Nos últimos anos, após a ida para o mercado de capitais, a empresa se capitalizou e se reestruturou, alcançando uma performance acima das concorrentes.

Para o presidente do Conselho de Administração da Cia. Hering, Ivo Hering, membro da quarta geração da família, a empresa se permitiu abandonar alguns dogmas e se recriar. O empresário afirma que essa não é uma tarefa fácil, mas, há muitos anos, a organização vem sendo di-rigida não só por membros da família, mas também por profissionais qualificados do mercado. “A participação dos controlado-res da empresa sempre foi provê-la dos

melhores recursos humanos possíveis, tra-zendo pessoas com mais atributos e mais adequadas para cada momento da empre-sa”, afirma Ivo.

O crescimento constante desde julho de 2007, quando a companhia se lançou no mercado de ações, colocou a empresa como a primeira no ranking que é a prin-cipal referência de informação no mundo dos negócios. Nesse período, a Cia. He-ring subiu 562%, atingindo quase R$ 2,5 bilhões. Em 2009, o faturamento chegou a um crescimento de 31,3%. A performance da cotação das ações em bolsa, bem acima do índice Bovespa, e toda a estrutura de capital, que analisa a saúde financeira da empresa, deram destaque à companhia.

O presidente do Conselho Adminis-trativo avalia o prêmio conferido pela Re-vista Exame como um reconhecimento do esforço de toda a equipe da Hering. “To-dos, desde o office-boy até o presidente da empresa, trabalharam para atingir esses índices tão favoráveis”, assinala Ivo.

REPORTAGEm DE CAPA

A mELHOR dO BRasIl

Fotos Divulgação

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Manter-se no mercado e, principal-mente, no gosto do cliente exige uma estratégia arrojada, desprendida de dou-trinas ultrapassadas. O segredo da Cia. Hering foi se aproximar cada vez mais do consumidor. Essa é a fase atual da empresa, que ampliou o contato direto com o consumidor final através de uma rede de lojas próprias e franqueadas, o que permite sentir o mercado e as ten-dências que irão nortear os ajustes mais rapidamente para atender a demanda.

Ao avaliar os índices de crescimento, Ivo ressalta que a companhia passou por diversas fases inerentes a uma indústria de 130 anos. Enfrentou o período cha-mado de década perdida, hiper-inflação, planos econômicos, mudanças de mo-eda, fatores que abalaram as estruturas das empresas no Brasil. A Cia. Hering ficou quatro anos sem registrar cresci-mento expressivo e fez ajustes. Quan-do recuperou a confiança para voltar a crescer, buscou solidificação financeira como embasamento, o que culminou no lançamento de ações, abertura de novas lojas e clientes multimarcas, além da repaginação das lojas e coleções. Essa atuação permitiu que a empresa voltasse a crescer nos níveis anteriores à crise e a companhia pôde voltar a explorar in-tegralmente o potencial das marcas, em especial da Hering, a que mais cresceu.

Ivo explica que a industrialização de um país passa por diversas fases. A pri-meira delas é a produção. “Quem é dono da produção é dono do mercado e acaba apresentando os melhores resultados”, aponta. À medida em que a economia fica mais sofisticada, essa ênfase se move em direção à ponta, ao mercado propria-mente dito. A empresa que é mais foca-da no mercado e tem maior capacidade de reagir ao que ele está pedindo é a que tem as melhores chances de sobrevivên-cia e de alcançar os melhores resultados.

No período voltado para a indus-trialização, a Cia Hering teve o principal ativo em prédios, máquinas e milhares de funcionários. Tendo que se adaptar a uma nova realidade, tornou-se mais flexível, deixando de produzir itens nos quais não

era tão eficiente. Assim, se reposicionou do ponto de vista industrial, abandonan-do atividades como a produção de fios e malhas. A nova forma de atuação trouxe a terceirização de processos e a busca de parceiros. De outro lado, conseguiu ampliar o leque de produtos, deixando de ser uma fabricante de malhas para ter uma coleção completa.

Foi aproximando-se da ponta da ca-deia que a Cia. Hering também conse-guiu driblar a invasão de produtos chine-ses no início da década de 1990. Ao abrir mão de produzir artigos muito básicos, que se pode chamar de commodities, e passar a produzir cada vez mais artigos de moda, a companhia conseguiu se ajus-tar e produzir coleções de acordo com a demanda. “Com seis coleções anuais, nós conseguimos ser mais eficazes do que al-guém que exporta e tem que levar quase um ano de preparação para atender às necessidades das exportações”, resume o presidente do Conselho Administrati-vo. No caso dos chineses, o tempo que a produção leva para chegar ao mercado faz com que o produto perca a efetivida-de e a coleção chegue atrasada ao con-sumidor final.

Passar da indústria para o varejo de-terminou o processo de reestruturação. Vender ativos, ajustar a produção à de-manda real de mercado e basicamente mudar a integração vertical na área in-dustrial para um núcleo de produção, concentrando apenas atividades nas quais a empresa é mais eficiente – como o aca-bamento das peças, que agrega valor ao produto. A companhia também investiu em duas outras marcas: a Dzarm, volta-da para o público masculino e feminino, é focada em um consumidor um pouco mais jovem que o da Hering. Destaca-se por ser um produto mais modal, mais ousado, com apelo mais tecnológico. E a PUC, marca infantil que, até o fim desse ano, deve contar com 80 lojas entre pró-prias e franqueadas. Segundo Ivo, ambas estão apresentando bom desempenho, mas ele acredita que há possibilidade de obter mais benefícios e alcançar os mesmos índices de crescimento da mar-ca Hering. Desde 2000, o principal ati-vo da empresa passou a ser as marcas, principal foco de investimento, que tem dado retorno muito positivo, atingindo crescimento de dois dígitos há alguns trimestres.

Cia. Hering investiu no design de moda para aproximar-se do consumidor final

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mais perto do consumidor final

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REPORTAGEm DE CAPA

Ivan Schulze

Atualmente, a cada dois meses é lançada uma nova coleção. Um gerente de produto é designado para cada marca que se divide em linhas acompa-nhadas por uma coordenadora de coleção. Essa profissional analisa mercado, a demanda, a opinião do representante e como está reagindo na loja. Ela está antenada às necessidades que o mercado aponta. Além desse trabalho, a Cia. Hering foi uma das primeiras empresas do Brasil a assinar com o Bureau WGSN, um dos mais conceituados escritó-rios que traz informações sobre moda de rua. Ele faz uma leitura mais elaborada para que a empresa pos-sa adaptar para a moda local, enquanto as gerentes depuram ainda mais para identificar o que está no DNA da Cia. Hering.

Essa virada para estar mais próximo do consu-midor exigiu uma dinâmica de organização interna, utilizando tecnologia, recursos e plataformas de comunicação, tanto com o varejo, quanto com o franqueado, um dos elos mais importantes dessa transformação. Foi através das franquias que a em-presa conseguiu mostrar a nova roupagem de moda, atualização e varejo. O sucesso dessa parceria vem desde a primeira franquia, em 1993, no Rio de Ja-neiro, ainda como um experimento bem diferente. O projeto atual compõe madeira, design atraente e uma equipe pensando em como o consumidor se movimenta dentro da loja.

Ivo Hering é bisneto do fundador da empresa. Formado em Direito e Eco-nomia em Curitiba, voltou a Blumenau para trabalhar na área administrativa da empresa, aos 25 anos. Sempre atuou na parte administrativa e financeira, galgando diversos postos até chegar à diretoria e presidência. “Meu coração está dentro da empresa e estou vivendo um momento muito feliz da minha vida em poder ver que todo o esforço que foi feito pela equipe da Cia. Hering, que eu também posso chamar de família Hering, está sendo reconhecido agora”, sintetiza Ivo.

hering no coração

1�

130 AnOS DE HISTóRIA

1878 o patriarca da família, hermann hering, vem para o brasil conhecer a região. abre uma loja na rua Xv de Novembro. depois, compra um tear circular movido à mão e alguns caixotes de fios de um francês que morava em joinville, para recomeçar as atividades que tinha na alemanha.

1880 a família vem para o brasil. junto, vem o irmão bruno, tintureiro. Produzem os primeiros produtos para serem vendidos para os colonos da região em uma casa instalada na atual rua Xv de Novembro.

1894 expansão. mudam-se para o bairro bom retiro, onde havia água e também uma serraria com uma roda d’água. Passam a usar a força motriz hidráulica nos teares ao invés da força humana.

1914 importam uma pequena fiação pouco antes de estourar a Primeira Guerra mundial. Passam a produzir o próprio fio sem depender da importação, dificultada pela guerra.

1920 reconhecimento. Passa a vender para o rio Grande do sul e, no final dessa década, os produtos já chegam até são Paulo, rio de janeiro e Nordeste do País.

1960 economia turbulenta. depois vem o período do milagre econômico, uma fase de crescimento acelerado da empresa, que montou sede em recife.

1990 volta para o desenvolvimento de relacionamento com o mercado.

2010 recebe o prêmio de melhor empresa do brasil da revista exame.

da peça aoponto de venda

meu coraçãoestá dentro da

empresa e estou vivendo um

momento muito feliz da

minha vida

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história, tecnologia e interatividade

“Olhar o futuro e estar antenado ao que ainda vai acontecer sem perder as raízes e jamais esquecer de onde tudo surgiu”. Com essa frase, Ivo Hering resume a importância da restauração e abertura ao público do Museu Hering, que comemora os 130 da companhia. O acervo extenso ficará à disposição do público e se destaca por não ser um local para guardar objetos antigos. Muita tecnologia e interatividade farão parte desse espaço que contará a trajetória dos imigrantes que fizeram história na indústria têxtil do Brasil.

Todas as campanhas, desde a primeira, na década de 1960; todas as estampas já criadas serão colocadas em uma tela touch screen, para que se possa ver a evolução e tudo que foi criado ali dentro. Em um painel chamado Tributo ao Colaborador serão colocados 130 depoimen-tos de pessoas que fizeram a história e que ainda estão na empresa. É a história da família, que se confunde com a história da empresa, da industrialização do Vale do Ita-jaí e do Brasil. A previsão para inauguração do museu é setembro deste ano.

PERFIL Razão Social: Cia. Hering

Fundação: 1880

Fundadores: Hermann e bruno Hering

Ramo de atividade: varejo e design de vestuário

matriz: blumenau

Filiais: 11 (SC, GO, Rn, SP)

Colaboradores diretos: 6 mil

Receita bruta em 2009: R$ 876,9 milhões, incremento de 39,�% em relação ao ano anterior

Franquias: Hering Store no 2° trimestre de 2010: 292

PuC no 2° trimestre de 2010: 75

Daniel Z

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Casa enxaimel vai abrigar o museu da Cia. Hering

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CARTÕES DE CRéDITO

COméRCIO COmEmORA A PRóPIA“leI ÁuRea”

Unificação é a palavra-chave para os lojistas de todo o Brasil desde 1° de julho. Agora, os empresários po-dem dispor de um mesmo sistema para uso de todos os cartões de cré-dito, mesmo que sejam de bandeiras diferentes.

A novidade é que será usada apenas uma máquina para todos os cartões de crédito. De acordo com o diretor da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Marcelino Campos, esse assunto já vinha sendo discutido há três

anos no Congresso Nacional. Após mais de 20 audiências públicas sobre o tema, o lojista agora tem a opção de utilizar uma ou outra credenciadora. “A medida traz inúmeros benefícios, já que aumentará o poder de negociação do comerciante, que poderá optar pelas melhores condi-ções: menor valor de aluguel de máquina, menores taxas de administração e me-lhores prazos para recebimento”, destaca o diretor.

Cerca de 96% deste mercado está nas mãos de duas bandeiras: Mastercard e Visa, que eram vinculadas a duas cre-

Daniel Z

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denciadoras (Cielo e Redecard), o que obrigava a empresa a pagar dois aluguéis de equipamentos. Segundo Campos, isso mudou, pois não há mais vinculação entre as operadoras e as credenciadoras, dei-xando a opção de escolha para o comer-ciante. “O lojista pode optar em utilizar a operadora que lhe custar menos, seja em aluguel, seja em taxa de desconto (aquele valor que é retido a cada venda). Isso tudo somado, segundo cálculos da CNDL, deverá resultar numa economia de mais de R$ 1,5 bilhão de reais nos pri-meiros 12 meses”, explica o dirigente.

Segundo Campos, o lojista não pre-cisa alterar ou trocar o equipamento que possui, basta colocar os cartões nas má-quinas – como operava antes. Os cartões Visa já são recebidos pelas máquinas da Redecard e os Mastercard, da mesma forma, pela Cielo. “A CNDL atenta ape-nas para que os comerciantes rescindam o contrato com uma das empresas adqui-rentes, negociando redução de aluguel e taxa com aquela que deseja permanecer. Com isso, a estimativa é que o lojista re-duza suas despesas, que podem variar de R$ 2 mil a mais de R$ 50 mil por ano”, pondera.

De acordo com Campos, essa me-dida trará mais competição ao mercado, colocando o lojista como ponto central deste sistema. “Agora temos opção, po-demos escolher entre vários concorren-tes. Hoje já temos três: Cielo, Redecard e Santander. Assim teremos menores cus-tos e melhor qualidade”, acredita.

Com essa mudança, a expectativa da CNDL é que no curto espaço de tempo – entre 24 e 36 meses – os efeitos destes ajustes possam reduzir os custos dos pro-dutos para o consumidor em índices que podem variar de 4% a 10%. “Essa medida é um marco na história da CNDL. Inclu-sive, temos usado a expressão Lei Áurea do Comércio pela possibilidade de nos livrarmos das amarras que tínhamos com estas empresas de cartões. No entanto, este trabalho feito pelas CDLs somente trará resultados se os lojistas realmente negociarem com as credenciadoras na busca por redução de taxas, desligarem uma delas e assim baixarem efetivamente seus custos”, finaliza Campos.

Agora, apenas uma máquina é necessária para cartões de diferentes bandeiras

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EmPREEnDEDORISmO

QuALIDADE eNgaRRaFada

Beatriz Alves [email protected]

Depois de 38 anos como diretor de uma empresa blumenauense, o empresário Adolar Leo Hermann resolveu fazer do hobby um negó-cio. Apreciador e pesquisador de vinhos finos há mais de 40 anos, Hermann foi fundador e presidente por oito anos da Sociedade Brasilei-ra dos Amigos do Vinho. Unindo o conhecimento à vontade de ter um negócio ligado à bebida, o empre-sário criou a Decanter Importadora de Vinhos, há 14 anos. Decanter,

palavra de origem francesa, é o re-cipiente de fundo largo e abertura estreita utilizado para separar se-dimentos do vinho ou de qualquer outro líquido.

Quando começou, a intenção era que o empreendimento fosse pequeno, sem grande ascensão. Com o conheci-mento que tinha, Hermann foi observan-do que existia um mercado de vinhos muito grande no Brasil. E, aos poucos, esse espaço foi sendo preenchido pela importadora blumenauense. “Por fazer parte da Associação do Vinho, eu fazia palestras sobre o assunto em todo o

País. Nesses encontros, conheci muita gente, inclusive da imprensa, e isso fa-cilitou a entrada no mercado, principal-mente em São Paulo”, conta.

O que teve início quase como um passatempo, transformou-se em negó-cio de verdade de 10 anos para cá. Her-mann conta que foi a partir dessa data que ele começou a investir na Decanter e trouxe dois dos filhos para colaborar na empresa. “Comecei a viajar pelo Chi-le e Argentina em busca de bons vinhos. Estava disposto a encarar o mercado com qualidade”, acrescenta. Atualmen-te, a Decanter possui 45 distribuidores em todo o Brasil.

Fotos Daniel Z

imm

ermann

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Com mais de mil rótulos de 12 diferentes países (Chile, Argentina, Uruguai, Itália, Fran-ça, Alemanha, Portugal, Espanha, Hungria, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia, além do Brasil), a Decanter resolveu inovar. Em 2005, criou a primeira enoteca, em Belo Horizonte. O projeto pioneiro trouxe para o Brasil o conceito europeu de lojas de vinhos, que oferecem espaço interno para degusta-ção de porções enogastronômicas. “Nos-sas enotecas – 10 e outras duas para breve – proporcionam ao cliente a possibilidade de apreciar um bom vinho degustando os mais requintados petiscos. Nesses espaços, a intenção é que o visitante possa fazer um agradável happy hour”, explica.

Um dos diferenciais das Enotecas De-canter é a presença do sommelier. É ele quem faz a combinação para cada tipo de prato ou evento. “O cliente não está sozi-nho. Ele faz sua escolha baseado nas consi-derações de um especialista”, aponta. Além disso, em todas as enotecas são realizadas palestras, degustação e ofertada culinária tí-pica da estação.

enotecas

De dois em dois anos, a Decanter Importadora promove o Decanter Wine Show. A feira promove o intercâmbio entre os amantes do vinho e os profissionais da área. Esse ano, o evento foi realizado entre 2 e 6 de agosto em quatro capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Florianópolis. A feira itinerante reuniu 70 produtores e cer-ca de 450 vinhos. “É um evento para discutir e trazer as novidades do vinho fino e o que cada produtor tem para apresentar e acrescentar ao público brasileiro”, diz Hermann.

decanter Wine show

Não se sabe ao certo como e quando surgiram os primeiros vinhos no mundo. Re-latos indicam que a bebida foi criada há pelo menos 5 mil anos no Oriente, nas regiões onde ficam atualmente a China e o Irã, mas não há consenso sobre datas e locais. No Brasil, o vinho é apreciado desde a época do descobrimento e, hoje, mais de 500 anos depois do desembarque dos portugueses por aqui, a bebida vive um importante mo-mento. “A palavra de ordem das vinícolas passou a ser qualidade e não mais apenas a produção em larga escala. O consumo do vinho fino vem crescendo gradativamente”, afirma o empresário.

O setor registra, lentamente, o aumento

da comercialização dos vinhos finos nacio-nais provenientes de uvas vitiviníferas – pró-prias para a produção de vinhos com padrão elevado – e a queda nas vendas dos vinhos de mesa, elaborados a partir das uvas ameri-canas e híbridas.

Dados divulgados pelo Instituto Brasi-leiro de Vinhos (Ibravin) mostram que, de 2006 a 2009, houve queda de 10% na co-mercialização dos vinhos de mesa proceden-tes do Rio Grande do Sul, Estado responsá-vel por mais de 90% da produção da bebida no Brasil, seguido do Vale do São Francisco, no Nordeste e Santa Catarina. No entanto, os vinhos finos começaram a ter maior parti-cipação no mercado. No ano passado, foram

produzidos 33 milhões de litros de vinhos finos e 234 milhões dos de mesa.

O plantio de uvas para elaboração de vinhos de alta qualidade também aumentou na comparação de um período a outro. Em 2006, 90% do que foi colhido eram de ver-sões convencionais da fruta, e os 10% eram de uvas vitiviníferas. No ano passado, das 534 mil toneladas colhidas, 86% eram co-muns e 13% vitiviníferas.

Para Hermann o setor de vinhos finos brasileiro vem se expandindo, mas em pas-sos lentos. “O aumento do consumo dos vi-nhos finos é uma questão ligada a mudanças de hábitos. Muitas pessoas preferem o vinho de mesa ou outras bebidas”, observa.

a tradição do vinho no brasil

Adolar Leo Hermann (D) e o filho Edson Livio Hermann: hobby que virou negócio

PERFIL razão social: Decanter Vinhos Finos Ltda.

Fundação: 1º de julho de 1996

Fundador: Adolar Leo Hermann

volume de vendas: 1 milhão de garrafas/ano

19

Div

ulga

ção

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O consumo per capita de vinho, seja fino ou de mesa, não passa de dois litros ao ano no Brasil – o consumo de cacha-ça, por exemplo, é de 11 litros por pes-soa ao ano, em média, e o da cerveja, de 44 litros anuais per capita. Em sentido oposto, o consumo de vinho per capita no Uruguai é de 30 litros, na Argenti-na é de 38 litros e na França e Itália de 60 litros. “Ainda falta conhecimento na hora dos brasileiros consumirem um vi-nho fino nacional. Falta cultura do vinho, não no sentido de poder aquisitivo, mas quem tem um pouco de conhecimento por si. Os melhores clientes são aqueles que sabem um pouco do vinho e não aqueles com poder aquisitivo”, acentua.

Outro fator que impede o cresci-mento mais acentuado do consumo do vinho fino no Brasil é o preço, seja

nacional ou importado. Hermann expli-ca que no País o vinho é taxado como bebida alcoólica, inibindo o consumo. Já em outros países ele é tributado como alimento. “Outro fator, como já foi le-vantado, é a cultura no Brasil. A maioria das pessoas acredita que o vinho é uma bebida de inverno e, somente nessa es-tação pode ser degustado”, afirma.

Por outro lado, o empresário con-firma que, aos poucos, o Brasil está conquistando respeito no mercado de vinhos. Nos últimos 10 anos, o País co-meçou a exportar a bebida. Mas, para consolidar-se nesse setor e conquistar uma posição no ranking mundial, Her-mann diz que o Brasil precisa vender muito ainda no mercado interno, para daí sim conquistar uma fatia maior do mercado internacional.

Questão de cultura

A partir de 1º de novembro desse ano, todos os vinhos comercializados no Brasil, nacionais ou importados, serão obrigados a usar um selo de controle fiscal, aprovado em abril deste ano. A me-dida normativa da Receita Federal inclui os vinhos, os espumantes e os champanhes na lista de bebidas que só podem ser comercializadas com o selo de controle. O vinho era a única bebida ‘quente’ que podia ser vendida no País sem o selo de controle. Para o proprietário da Decanter, a obrigatoriedade mostra “quanto o País ainda é retrógrado em al-guns aspectos”.

De acordo com Hermann, esse selo existe há mais de 100 anos e foi abolido em outros países. Ele acredita que com esse selo a burocracia vai aumentar e não resolverá o problema do setor. A justificativa do governo para essa implantação é auxiliar o combate ao contrabando. “Isso tudo vai acabar atrapalhando pequenos e médios produto-res de vinhos, que representam hoje mais de 80% da produção. Todo o produto importado que entra no Brasil já precisa ter anexado um selo com todas as informações em português”, afirma.

Com custos mais baixos e menos trabalho, o empresário acredita que campanhas na imprensa sobre essas etiquetas que já existem poderiam amenizar ou até mesmo acabar com o problema do contrabando. O custo estimado do selo será de R$ 0,02 por garrafa. Hermann afirma que em longo prazo o vinho certamente ficará 5% mais caro devi-do à medida. “Nós já pagamos uma cascata de im-postos. Lutamos para consolidar o vinho brasileiro no mercado externo e, com certeza este selo será um complicador a mais nesse processo”, finaliza.

selo fiscal

20

EnOTECAS

são Paulo (sP)

santos (sP)

marília (sP)

belo horizonte (mG)

Curitiba (Pr)

Campo Grande (ms)

balneário Camboriú (sC)

jaraguá do sul (sC)

joinville (sC)

Florianópolis (sC)

em breve: são bento do sul (sC)

Piracicaba (sP)

EmPREEnDEDORISmO

Daniel Z

imm

ermann

O charmoso endereço da Decanter no bairro Ponta Aguda, em blumenau

Page 21: Empresário Acib / CDL / Sindilojas - Ed. 40

A SUA EMPRESA PRECISA DE DIRECIONAMENTO

PROEEMPrograma de Estruturação Empresarial

(47) 3340.0566www.ffmblu.com.br

A solução para sua empresa crescer de maneira organizada e consistente é o

Programa de ESTRUTURAÇÃO EMPRESARIAL da Fundação Fritz Müller. O programa

tem como objetivo dar à organização flexibilidade para mudar suas regras de

negócios de maneira ágil e segura, alinhada à estratégia organizacional. Trabalhando

nos processos, a organização terá mudanças de forma sólida e integrada.

Page 22: Empresário Acib / CDL / Sindilojas - Ed. 40

PESQuISA

VAREJO TRAÇA peRFIl dO CONsuMIdOR

Uma pesquisa realizada entre os meses de abril e maio deste ano pela CDL e SINDILOJAS mostra o perfil do consumidor blumenauen-se. A pesquisa aplicada pelo Ins-tituto de Pesquisas Sociais (IPS), da Furb, entrevistou 384 pessoas de todas as regiões da cidade. De acordo com o presidente da CDL, Paulo Cesar Lopes, a mostragem procurou saber o que pensam as pessoas que compram no comércio de Blumenau.

O estudo mostrou que 55% dos en-trevistados estão satisfeitos com o aten-dimento dos vendedores do comércio. No entanto, existem 44,3% que classifi-caram essa questão como regular. Mes-mo considerando o número baixo, CDL e o Sindilojas planejam ações para trans-

formar o atendimento do comério da ci-dade em excelência. “Através do Centro Educacional Varejista (CEV) focamos di-retamente na qualidade total do varejo. Com cursos e palestras, qualificamos os varejistas. Queremos fazer do comércio de Blumenau um centro de referência no atendimento”, afirma Lopes.

O levantamento revelou também que o blumenauense gosta de pesquisar preços antes de comprar. 59% adotam esta prática. O horário de atendimento do comércio de segunda a sexta-feira agrada grande parte da população, 74,2%. Já o horário de atendimento dos finais de semana deixou 36,7% da população insatisfeita. Isso porque o comércio não abre aos domingos e aos sábados fecha por volta das 13h. “Esse quadro é difícil reverter. Por uma série de motivos, en-tre eles as questões trabalhistas e pelo

fato de não encontrar colaboradores. Ninguém quer trabalhar aos domingos e muitos não querem mais aos sábados”, afirma o presidente da CDL.

A avaliação colocou em evidência também pontos polêmicos em relação ao varejo. Os estacionamentos enca-beçam a lista de insatisfação: 89% dos entrevistados consideram o serviço re-gular, ruim ou péssimo. “Quanto a isso, não temos muito o que fazer. Mas, cer-tamente, serve de orientação para os lo-jistas que pretendem se mudar ou abrir uma loja. Dessa forma, os empresários se direcionam para locais que tenham estacionamento próprio”, diz Lopes.

Os preços praticados em Blumenau também não agradam 59% das pessoas. Para Lopes, isso é comum, pois as pes-soas têm a tendência de querer sempre preços mais baixos.

Stefanie Herz / A

rquivo Mundi Editora

Pesquisa constatou que maioria dos consumidores de blumenau costuma fazer pesquisa de preços antes de definir a compra

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As lojas de rua, no Centro ou nos bairros, são as preferidas por quase 50% dos consumidores blumenauenses

Stefanie Herz / A

rquivo Mundi Editora

A PESQuISA Em númEROS Qual dessas opções você prefere?

Lojas de rua (Centro ou bairro) – �9,2% Lojas de shopping – 21,1% Centros Comerciais – 15,9% Supermercados (fora alimento/limpeza) – 5,5% Internet – �,7% Lojas direto de fábrica – 3,1% Porta em porta/catálogos – 0,5%

horário de atendimento de segunda a sexta

ótimo – 8,6% bom – 65,6% Regular – 18,0% Ruim – 6,5% Péssimo – 1,0% não sabe/não respondeu – 0,3%

Com que freqüência você costuma fazer compras nas: lojas de rua (Centro ou bairro)

Sempre – �0,1% Às vezes – �5,1 Raramente – 1�,3% nunca – 0,5%

horário de atendimento nos finais de semana

ótimo – 6,3% bom – 5�,9% Regular – 20,8% Ruim – 11,2% Péssimo – �,7% não sabe/não respondeu – 2,1%

opções de estacionamento

ótimo – 0,8% bom – 7,6% Regular – 25,3% Ruim – 27,6% Péssimo – 36,2% não sabe/ não responderam – 2,6%

Preços praticados

ótimo – 1,0% bom – 39,8% Regular – �8,2% Ruim – 7,8% Péssimo – 3,1%

variedade de lojas

ótimo – 1�,1%

bom – 66,7% Regular – 15,1% Ruim – 2,6% Péssimo – 1,6%

você compra no comércio de outra cidade?

Sim, sempre – 5,2% Sim, às vezes – 19,3% Raramente – 25,3% nunca – 50,3%

você se informa ou faz pesquisa antes de decidir por uma compra?

Sempre – 59,6% Às vezes – 26,0 Raramente – 8,9% nunca – 5,5%

atendimento dos vendedores

ótimo – �,9% bom – 50,3% Regular – 3�,9% Ruim – 5,2% Péssimo – �,2% não sabe/não respondeu – 0,5%

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Page 24: Empresário Acib / CDL / Sindilojas - Ed. 40

CRéDITO

DInHEIRO PARA REVITALIZAÇãO Chega a R$ 193 MIlhões

Para tentar amenizar os estragos causados durante a tragédia que asso-lou Santa Catarina em 2008, o Minis-tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, utilizando recursos do Banco Nacional do Desenvolvimen-to Econômico e Social (BNDES) e, em menor escala, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), criou, em cará-ter emergencial, o Programa Revita-liza. De acordo com o presidente do Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE), Renato Vianna, o Revitaliza é um programa de apoio à revitalização de empresas. “A linha de crédito disponibilizada pelo BNDES foi criada para fortalecer determinados setores da economia, especialmente os exportadores atingidos pela desva-lorização do dólar”, explica.

Junto com o Revitaliza-SC o BRDE conseguia a criação do Programa de Refi-nanciamento de Créditos (Refin Especial) para atender as empresas que já tinham fi-nanciamentos vigentes e foram prejudicadas pelas chuvas. “Diante da tragédia de 2008, o BRDE, com o governo do Estado, foi um dos principais interlocutores junto ao BN-DES para ampliação do programa, de modo a atender as empresas atingidas pelas águas”, afirma Vianna.

De acordo com o presidente do BRDE, foram atendidas, apenas pelo Revitaliza, 60 empresas, de vários setores, no valor total de R$ 2,63 milhões – uma média de

Arquivo M

undi Editora

Capital de giro

Em Blumenau, uma das cidades mais atingidas pelas chuvas, os empresários fo-ram atendidos por duas instituições bancá-rias: a Cooperativa de Crédito do Vale do Itajaí (Viacredi) e o Banco do Brasil.

Desde a criação da linha, em 2009, o Banco do Brasil liberou mais de R$ 70 milhões em capital de giro para empresas de Santa Catarina, com prazos de até 36 meses e taxas anuais entre 6,8% e 8,5%.

“O Banco do Brasil, parceiro no Programa Revitaliza, foi o maior repassador dos re-cursos, oferecendo maior abrangência ge-ográfica e estrutura de suporte das agên-cias”, afirma a assessora de comunicação da instituição, Cristine de Barros.

Com o objetivo de atender as empre-sas localizadas nos municípios que declara-ram estado de calamidade pública ou situ-ação de emergência, em função das chuvas

do mês de novembro de 2008, o crédito foi concedido às que apresentaram perdas ou avarias de equipamentos, produção e estoques, bem como de estruturas físicas vinculadas à atividade. “Estes recursos fo-ram um importante impulso para a rees-truturação das empresas e da economia dos municípios atingidos no Vale do Itajaí”, assegura.

A Viacredi também disponibilizou cré-

R$ 43,88 mil por empresa, nos municípios de Blumenau, Ascurra, Gaspar, Indaial, Ilho-ta, Itajaí, Massaranduba, Pomerode e Timbó. “Além disso, no Refin Especial foram aten-didas 44 empresas, com valores totais de

R$ 109,73 milhões, em 10 municípios atin-gidos pelas chuvas. Outras empresas foram beneficiadas pelas dezenas de linhas disponí-veis no BRDE. Foram atendidas empresas de todos os portes na região”, acrescenta.

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Chuvas de novembro de 2008 causaram estragos e atingiram muitas empresas

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dito para as empresas atingidas. De acordo com o diretor-executivo da cooperativa, Vanildo Leoni, durante um ano de opera-ções (de dezembro de 2008 a novembro de 2009), foram atendidas 54 empresas e mais de R$ 2,2 milhões foram liberados através da parceria com o BRDE. “Com o intuito de ajudar o empresariado, a Viacre-di liberou 9 milhões de recursos próprios para seus associados. Com a menor taxa do mercado (1, 45%) na época e para co-meçar a pagar em seis meses em até 48 vezes”, lembra Leoni.

Para o presidente do BRDE, os pro-gramas emergenciais tiveram importância vital para o empresariado catarinense, “que, no momento da tragédia, via a pro-dução prejudicada, os empregados direta-mente atingidos e a capacidade produtiva seriamente comprometida”. “Nesse mo-mento, o BRDE, como banco de fomento interessado exclusivamente no desenvol-vimento econômico e social catarinense, empenhou-se ao máximo para buscar um programa que atendesse de forma rápida

as principais necessidades destes empresá-rios, como, por exemplo, capital de giro e postergação de dívidas”, reitera Vianna.

O diretor-executivo da Viacredi com-partilha o pensamento de Vianna. Segundo ele, as ações como a do Programa Revita-liza Santa Catarina geram oportunidades e desenvolvimento econômico e social para

a comunidade. “A cooperativa orgulha-se muito de poder participar de projetos como este em um momento tão delicado como foi a enchente de 2008. Com esses recursos, a Viacredi gerou maiores opor-tunidades e esperança para quem, naquele momento, precisava de uma fonte para se reerguer”, finaliza.

FORÇA EXTRA

Instituições financeiras atenderam empresas da região com o Revitaliza SC e outros programas de crédito para minimizar as perdas em decorrência das chuvas de 2008

brde – R$ 2,63 milhões

banco do brasil – R$ 70 milhões

viacredi – R$ 2,2 milhões

viacredi (recursos próprios) – R$ 9 milhões

refin especial – R$ 109,73 milhões

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SuSTEnTAbILIDADE

DO LIXO PARA as salas de aula

A tecnologia evolui tão rápido que não demora muito para um com-putador tornar-se obsoleto. Por isso, é comum o acúmulo de lixo eletrô-nico em casa e, principalmente, nas empresas. Jogar no lixo computado-res quebrados não é ambientalmente correto. Os componentes eletrônicos são fabricados com metais pesados e altamente poluentes, cujo descarte em lixões não é admissível, uma vez que esses materiais demoram mais de 500 anos para se decompor.

Em janeiro de 2008, o Instituto Gene uniu o útil ao agradável ao criar, junto com o Programa de Inclusão Digital e Social, aulas de oficina e montagem de compu-tadores. Segundo o secretário-executivo do instituto, Horst Nilton Boeving, a ini-

ciativa ensina aos alunos um ofício rentá-vel e em dia com o mercado de trabalho. “Assim que começamos as aulas de oficina e montagem, usávamos os materiais que dispúnhamos. Entretanto, a procura pelo curso foi além das nossas expectativas, o que nos fez procurar esta matéria-prima nas empresas. Hoje, já é comum alguém telefonar ou trazer pessoalmente seu computador velho debaixo do braço para doação”, informa.

Segundo Boeving, os principais doado-res continuam sendo as empresas, pois é onde existe atualização tecnológica mais frequente. Ele conta que corporações de ponta chegam a renovar computadores e periféricos a cada três anos. Contudo, boa parte dos equipamentos recebidos pelo instituto procede de pessoas físicas também.

O que é descartável para uns, pode ser muito bem aproveitado por outros. No Instituto Gene, os computadores são desmontados pelos alunos, que aprendem a funcionalidade de cada peça. As partes em condições de uso são separadas para serem utilizadas na remontagem do equi-pamento.

De acordo com Boeving, após a etapa de desmonte e teste, começa a montagem do computador e, por fim, a aprendizagem é concluída com a instalação e configura-ção dos softwares. “Tudo isso é acom-panhado por um monitor que orienta os passos a serem seguidos com segurança. O resultado desse trabalho é a formação de um técnico com conhecimento com-pleto, que pode ser um empreendedor de sucesso, capaz de consertar e formatar equipamentos”, observa.

Daniel Z

imm

ermann

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O secretário-executivo do Instituto Gene, Horst nilton boeving, conta com doações de empresas para manter o programa

Page 27: Empresário Acib / CDL / Sindilojas - Ed. 40

O que se tornaria entulho tecnológico acaba tendo um final muito mais feliz. De tal modo que os computadores reciclados são doados para entida-des filantrópicas, escolas públicas ou pessoas que não têm condições finan-ceiras para comprar um computador, como alunos do próprio instituto.

O secretário-executivo do Gene garante que o lixo eletrônico resultan-te das aulas é classificado e enviado para empresas com certificados ambien-tais que reciclam metais, vidros, plásticos e outros materiais.

destino certo

Dar o destino certo aos produtos eletrônicos que não ser-vem mais é mais importante que se imagina. Descartados em lixões, os equipamentos oferecem sérios riscos para o meio am-biente, pois possuem na composição metais pesados altamente tóxicos, como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo. Em contato com o solo, estes produtos contaminam o lençol freático e, se queimados, poluem o ar.

Para piorar a situação, no Brasil não há legislação que define critérios para a reciclagem e o tratamento de resídios eletrônicos. Por isso, a melhor forma de dar um destino ecologicamente cor-reto aos produtos eletrônicos é doá-los. As doações podem ser feitas diretamente no Instituto Gene, que emite nota fiscal de do-ação para empresas e protocolo de doação para pessoas físicas.

benefício social e ambiental

InSTITuTO GEnE Rua Progresso, 167 - bairro Progresso

(�7) 3321-7800

InCLuSãO SOCIAL O Instituto Gene é uma associação civil sem fins lucrativos que

busca promover o desenvolvimento sustentável por meio da inovação. Abrange quatro áreas: incubação e empreendedorismo, transferência de tecnologia, capacitação e desenvolvimento e responsabilidade social.

Com essas linhas de ação, o Instituto Gene possibilita a geração de empresas e aperfeiçoa o desenvolvimento profissional através da inclusão social, por meio da difusão do acesso às novas tecnologias.

O Gene recebeu, em 2009, o Prêmio nacional de Empreendedorismo Inovador na categoria melhor Incubadora de Empresas de Produtos Intensivos de Tecnologia. Ao todo, �6 instituições concorreram ao prêmio, que é reconhecido como altamente criterioso.

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OdORIZZI

TRAnSPORTE uRbAnO

SETERb FARÁ nOVA peRíCIa NOs CustOs

Há quatro meses, os blumenauen-ses têm o direito de pagar a passagem de ônibus sem o reajuste, que havia alavancado a tarifa para R$ 2,55. A medida, que entrou em vigor no final de fevereiro, se dá por conta de uma liminar despachada pelo juiz da Vara da Fazenda Pública de Blumenau, Osmar Tomazoni. Desde então, o Se-terb, a Prefeitura e o Consórcio Siga tentam derrubar a liminar.

Segundo o diretor-presidente do Se-terb, Rudolf Clebsch, o Consórcio Siga apontou prejuízo de R$ 4 milhões devido

à suspensão do aumento da taxa tarifária. Para provar a necessidade do reajuste, Cle-bsch informa que foi feita uma perícia inde-pendente indicada pelo Judiciário. O valor final desta planilha de custos é ainda maior que o apresentado na primeira apuração: R$ 2,58 sem investimentos e R$ 2,90 com investimentos (que incluem renovação de frotas, manutenção dos terminais, entre ou-tros). “A perícia foi enviada ao juiz Toma-zoni que anulou o decreto”, lamenta.

O diretor afirma que outra perícia será feita, mas dessa vez pela equipe indicada pelo Tribunal de Justiça. “Teremos esse re-sultado possivelmente em agosto. A Prefei-

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uivo

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dito

ra

28

mobilidade urbana A implantação dos corredores de

ônibus, que vão do Terminal Fonte ao Terminal Aterro, está em andamento. Mesmo com o tempo chuvoso, o dire-tor prevê para setembro a conclusão do trecho da Rua 7 de Setembro.

O projeto busca proporcionar me-lhor mobilidade urbana, especialmente nos horários de pico. Para isso, foi plane-jada a implantação de nove corredores

de ônibus na área central – cerca de 10 quilômetros. “O próximo ponto a entrar em obras é a Rua Martin Luther”, avisa. Segundo Clebsch, a mudança permitirá que os transportes coletivos tenham uma faixa própria na qual poderão cir-cular com mais velocidade e chegar pró-ximo ao horário esperado pelo usuário, tanto nos pontos de rua quanto nos terminais.

“A credibilidade precisa ser conquis-tada junto aos usuários. O transporte público antes tinha 4 milhões de passa-geiros e agora esse número caiu para 3 milhões, sendo que a população cresceu cerca de 30%”, diz o diretor do Seterb. Clebsch acrescenta que o valor final da passagem é dividido pelo número total de usuários e, dessa forma, menos pas-sageiros é sinônimo de tarifa mais cara.

tura quer segurança ao fixar nova tarifa e o Consórcio Siga quer o cumprimen-to do contrato”, diz.

Tudo conta

De acordo com Clebsch, tudo é considerado no cálculo que define as tarifas do transporte coletivo: “Desde o papel higiênico nos terminais até o próprio ônibus”. A metodologia é fei-ta com a planilha Geipot, que calcula tarifas de ônibus urbano em âmbito nacional.

De todos os custos que compõem o valor final, o pagamento dos funcio-nários é o que abocanha a maior parte. Segundo o diretor, 44% correspondem à remuneração de pessoal. “Só a ma-nutenção dos cobradores correspon-de a R$ 0,39 do preço da passagem”, ressalta. Para Clebsch, a opção de des-locar os cobradores para outros seto-res, ou até promovê-los a motoristas é viável, uma vez que o sistema de catraca eletrônica funciona muito bem. No entanto, ele lembra que a medida só pode ser estudada se os vereado-res apresentarem projetos de lei neste sentido.

Para Clebsch, saber o que é pago na tarifa viária é direito da população, já que metade da arrecadação é ban-cada pelo trabalhador e 48% vem do Vale Transporte, pago pelas empresas.

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OdORIZZI

CORREDORES EXCLuSIVOS

T1 – Rua Sete de Setembro

Trecho: Rua São José até Rua Amazonas

Total de linhas: 12

Total de viagens: 868

Passageiros estimados: 25 mil

T2a – Avenida beira-Rio

Trecho: Início até Ponte Adolfo Konder

Total de linhas: 12

Total de viagens: 893

Passageiros estimados: 25 mil

T2b – Avenida beira-Rio

Trecho: Ponte Adolfo Konder até Avenida martin Luther

Total de linhas: 8

Total de viagens: 662

Passageiros estimados: 20 mil

T3 – Avenida martin Luther

Trecho: Início até Rua Heinrich Hosang

Total de linhas: 5

Total de viagens: 356

Passageiros estimados: 12 mil

T� – Rua São Paulo

Trecho: Saída Ponte do Tamarindo até Rua Henrique Clasen

Total de linhas: 7

Total de viagens: 36�

Passageiros estimados: 13 mil

T5 – Rua Engenheiro Paul Werner

Trecho: Escola machado de Assis até Rua São Paulo

Total de linhas: �

Total de viagens: 3�7

Passageiros estimados: 12 mil

T6 – Rua São Paulo

Trecho: Rua Antônio da Veiga até Rua Pedro Zimmermann

Total de linhas: �

Total de viagens: 3�7

Passageiros estimados: 12 mil

T7 – Rua 2 de Setembro

Trecho: Ponte udo Deeke até Rua Santa Catarina

Total de linhas: 3

Total de viagens: 289

Passageiros estimados: 10 mil

T8 – Rua Dois de Setembro

Trecho: Rua 25 de Julho até a ponte da Parada 1

Total de linhas: 3

Total de viagens: 291

Passageiros estimados: 10 mil

*números mensais

Fonte: Seterb

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ARTIGO

Se fizermos uma reflexão sobre a história das empresas e a forma de administrá-las, certa-mente iremos nos deparar com uma série de mudanças e evoluções nos modelos de ges-tão. Como sabemos, é cada vez mais latente o emprego de tendências que indiquem a busca de maior eficiência, eficácia, uma es-tratégia de comunicação focalizada, técnicas e métodos de qualidade nos produtos e serviços que possam gerar e entregar valor percebível ao cliente. Dentro deste modelo, o direcionador utili-zado pela grande maioria das empresas vem sendo a busca de uma geração e entrega de valor baseada na informação. O interessan-te é que, apesar deste cuidado na geração e gestão de informação para os clientes, o es-paço no mercado parece estar cada vez mais apertado e a concorrência cada vez mais pró-xima. É preciso inovar. Mas, como?Entregar informação consistente, confiável, realista e em tempo hábil é, de certa forma, até menos complexo, pois uma informação é sempre decorrente de um fato ou uma con-juntura destes. A grande sacada é entregar conhecimento. Não falamos aqui apenas do conhecimento acadêmico, que podemos obter em centros de estudos e universidades, mas do conheci-mento proveniente da vivência, intercâmbio e aplicação prática (experiência) das várias soluções, conceitos e aplicações estratégicas que os profissionais vão desenvolvendo e im-plementando ao longo do tempo.Esta forma de conhecimento é cada vez mais disputada e adquirida pelas organizações “a peso de ouro”, uma vez que não é tão co-mum e disponível no mercado. O fator de-terminante para o sucesso ou não de uma empresa, além de um bom modelo de ges-tão, é o caminho que ele seguirá, ou seja, o seu direcionamento estratégico futuro.Buscar e atingir esta visão de futuro não é uma tarefa simples. É necessária uma grande capacidade de observar, aprender e prever o comportamento dos mercados, dos consu-midores e da tecnologia que será necessária para acelerar o uso do conhecimento, sem perder a racionalidade e, principalmente, o timing de um novo ciclo ou fase de um seg-mento.O conhecimento como inovação de valor é

Divulgação

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EnTREGAR VALOR é eNtRegaR CONheCIMeNtO

uma nova fórmula de pensar sobre a execu-ção de uma ou mais estratégias, que propor-cionem a criação de novos espaços de mer-cado/segmento formando uma lacuna entre o seu negócio e os concorrentes.O alvo é localizar o tipo de solução que está sendo demandada pelos mercados/segmen-tos quando estes forem escolher bens e ser-viços. Para tanto o modo mais coerente de se fazer isso é imaginar o que acontece ao longo da cadeia logística destes bens e servi-

ços. Normalmente, um valor ainda explora-do está em serviços que complementem um negócio, mercado ou conjunto de soluções já existentes e que giram em torno de modelos sempre iguais ou similares.

Demétrius Luis Franchiosi Consultor sênior em Negócios

Empresariais da HBSIS – Soluções em TI

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ACIb é nOTÍCIA

A Diretoria da Acib recebeu, em 19 de julho, a visita do presidente da Federa-ção das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Alaor Francisco Tissot, do diretor-executivo, Gilson Zimmermann, e do coordenador comercial, Sérgio Acy Kollet, para tratar de temas relacionados às atividades e gestão da Facisc 2009-2011.

integração do Util Card

Na reunião, foi anunciada a integração do Util Card para Ampe e CDL. Trata-se de um cartão de benefícios e vales da Facisc, disponibilizado em Blumenau pela Acib, que informatiza o sistema de vales da empresa. O desconto é feito em folha de pagamento sem ônus adicional para a em-presa nem para os colaboradores.

Causas empresariais

Alaor Tissot citou ações da Facisc em favor do empresariado catarinense, como a participação no movimento Brasil Efi-ciente, manifestações contra a Substituição Tributária, que resultou aumento de 50% na carga tributária das empresas enqua-dradas no Simples Nacional, infraestrutura de rodovias, entre outras. “Apenas unidos vamos poder enfrentar a classe política”, apontou Tissot.

Fotos Divulgação

FACISC APRESENTA GESTãO NA ACIB

SERVIçOS ACIB

FINANCIAMENTOS

A Acib possui convênios com o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Regional de Desenvolvimen-to do Extremo Sul (BRDE), que prevê linhas de crédito e atendimento diferenciados para associados. Informações podem ser obtidas com Char-les Schwanke, pelo e-mail [email protected] ou telefone (47) 3326-1230.

O presidente da Acib, Ronaldo baumgarten Junior, e o presidente da Facisc, Alaor Tissot

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Números da Facisc

A Federação conta com 145 associa-ções empresariais filiadas, com mais de 25 mil empresas associadas em Santa Catarina. Com 40 anos de existência, a federação nasceu com o objetivo de apoiar o desen-volvimento sustentável da economia e da sociedade de Santa Catarina, integrando o empresariado catarinense e promovendo o

associativismo. A Facisc possui assento em mais de 20 conselhos empresariais. Entre as bandeiras do Sistema Facisc estão a redu-ção da carga tributária e do gasto público, educação fiscal e financeira, entre outras.

A atual gestão (2009-2011) trabalha em quatro diretrizes: melhoria do ambien-te empresarial, fortalecimento do sistema, responsabilidade social e ambiental e repre-sentatividade.

Em 14 de julho, o Núcleo de Segurança no Trabalho e Saúde Ocupacional da Acib reuniu profissionais de diversas empresas para o 2º Encontro de Cipa’s, no auditório do bloco J da Furb. O objetivo do evento foi promover a troca de informações sobre a prevenção de acidentes no trabalho.

A apresentação musical de um grupo de colaboradores da Construtora Hahne marcou o início do encontro, assim como no primeiro evento, em 2009. Em seguida, a auditora fiscal do tra-balho, chefe do setor de segurança e saúde no trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Santa Catarina, Christine Sodré Fortes, ministrou palestra sobre o papel das Cipas’s dentro das empresas. Ela destacou os objetivos das comissões, como os grupos devem proceder diante das dificuldades encontradas, a relação entre empregados e empregadores, além da necessi-dade de criar planos, como seguir as metas estabelecidas e revisá-las sempre que for preciso.

Após o intervalo, houve uma apresentação teatral e a exposição de dois cases de empresas. A Hering falou do surgimento de problemas dentro da indústria e como a Cipa trabalha para buscar soluções, junto com os demais funcionários e também com as lideranças. A Blumenau Iluminação destacou, de forma geral, como a Cipa resolve as dificuldades, a importância dos relatórios fotográ-ficos e a interatividade, por meio de eventos para todos os funcionários da empresa.

EVENTO DISCUTE IMPORTâNCIA DA CIPA

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NOVOS ASSOCIADOS

ClÍNiCa CardioviTa lTda47 3222 0170www.cardiovita.com.br

diGra serviÇos diGiTais lTda47 3338 1002www.digra.com.br

dl ProjeTos e Com. de maTerial eleTrÔNiCo47 3337 5409www.dleletronica.com.br

G2Ka sisTemas lTda me47 3035 7882www.g2ka.com.br

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Nsi CUrsos e CoNsUlToria lTda47 9905 9909

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ABERTAS INSCRIçõES PARA O GUSTAV SALINGER

Estão abertas as inscrições para o 9º Prêmio Gustav Salinger. Este é o primeiro ano em que o prêmio acontece em âmbito estadual, com realização da Acib Jovem e apoio do Conselho Estadual do Jovem Empreendedor (Cejesc) e da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc).

A entrega do prêmio ocorrerá em Blume-nau, em 5 de novembro, data em que serão comemorados os 109 anos da Acib. O Gustav Salinger reconhece o empreendedorismo dos catarinenses em quatro categorias: indústria, co-mércio, serviços e jovem empreendedor.

As indicações e inscrições podem ser feitas pelo site www.cejesc.org.br/gustavsalinger.

SEGURANçA PúBLICA

Em 19 de julho, a Câmara da Mulher Empresária da Acib promoveu um debate com a presença da coordenadora de Ensino da Polícia Militar de Santa Catarina, tenen-te-coronel Claudete Lehmkuhl, que falou sobre a importância de uma polícia cada vez mais próxima da comunidade. A poli-cial apontou que, segundo o senso comum, segurança está diretamente ligada à polícia. No entanto, dentro de uma visão sistêmica, é necessário associá-la a políticas públicas de educação, saúde e programas sociais.

“A polícia é também uma promotora da paz e protetora da cidadania. Por isso, es-tamos trabalhando novas formas de pensar a segurança pública”, disse. Para Claudete, é preciso o enfrentamento à violência e à criminalidade, mas também um conjunto de ações de educação para o convívio social, prevenção de calamidades, espaços públicos reconstituídos para aumentar a segurança, profissionais de segurança capacitados para atuar em comunidades, apoio e orientação às famílias para resistência às drogas.

A tenente-coronel Claudete Lehmkuhl é apresentadora do programa institucional da PM/SC exibido pelo SBT, com matérias sobre educação, segurança pública, saúde e cidadania, e também trabalhou por dois anos no Rio de Janeiro, na coordenação dos jogos pan-americanos.

A tenente-coronel Claudete Lehmkuhl participou de palestra na Acib

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AGENDA

Palestra de Gestão de riscos em rhlocal:acibdata: 5 de agostohorário: 19horganizador: acib/lobe rückl & Gamba advogados associados Treinamento de exportação e

serviçoslocal:acibdata: 10 de agosto horário: das 8h30min às 17h30minorganizador:acib/banco do brasil

evento: a Gosto de mulherParceria da Câmara da mulher empresária com a Casa da amizadejantar beneficente em prol da Casa de apoio eliza e renal vidadata: 11 de agostolocal: Teatro Carlos Gomeshorário: 19h30minConvites à venda na acibinvestimento: r$ 50,00 Palestra sistema bsC

local:acibdata:17 de agostohorário: 19horganizador:acib/benner sistemas

Curso: métodos de medição da satisfação do Cliente-Consumidorlocal:acibdata: 18 de agostohorário: das 8h às 18horganizador:acib/Qualipró

Palestra: a prevenção de drogas na empresaministrante: Klaus rehfeldtdata: 19 de agostolocal: acibhorário 19h

Curso de marketing Pessoal local:acibdata: 26 de agostohorário: das 19h às 22horganizador:acib/dimensão

Treinamento em Cronometragem industriallocal:acibdata: 28 de agosto horário: das 8h às 18horganizador:acib/Tecnosul

as inscrições podem ser feitas pelo email [email protected] ou telefone (47) 3326-1230.

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CDL é nOTÍCIA

CDL E SINDILOJAS LANçAM CAMPANHA DO DIA DOS PAIS

O clima de Dia dos Pais começa a tomar conta de Blumenau. A Câmara de Dirigentes Lojistas realiza, nos meses de julho e agosto, a campanha do comércio para a data, come-morada no dia 8 de agosto. A parceria com o Sindilojas serve para que as empresas associa-das possam adiantar estratégias promocionais. A campanha quer incentivar todos os associa-dos a decorarem de maneira personalizada as vitrines e empresas. “Assim, vamos fomentar o movimento no comércio e também, por consequência, fortalecer o segmento”, afirma o presidente da CDL, Paulo Cesar Lopes.

O período é de distribuição de cartazes

de divulgação. Eles podem ser aproveitados em vitrines, balcões de atendimento, escritó-rios, provadores, entre outros locais. “Contri-buindo também com a divulgação, a CDL está programando outdoors, além de inserções co-merciais em emissoras de TV, rádio AM e FM da região”, diz Lopes.

A expectativa é de que as vendas do Dia dos Pais aumentem em até 5,5% em relação ao mesmo período de 2009. “Em função do bom momento que vive a economia do País, do otimismo da população e das facilidades de crédito, prevemos resultados animadores para o varejo”, conclui o presidente da CDL.

O regime de substituição tributária, que atinge as micro e pequenas empresas inseridas no Simples em Santa Catarina foi o tema de novas discussões na Secretaria de Estado da Fazenda. O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), Sérgio Medeiros, sugeriu mudanças no projeto. Para ele, o aumento na carga tributária pode incidir justamente sobre o microempresário, o mais penalizado com esta situação. “Temos que preservar os empregos”, argumentou.

As propostas ainda serão analisadas em nova reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária. “É importante existir a possibilidade de discussão sobre o assunto. Espero que em breve seja anunciada uma solução favorável ao comércio”, afirma o presidente da CDL de Blumenau, Paulo Cesar Lopes.

A possibilidade de isentar as empresas optantes do Simples com faturamento de até R$ 240 mil da substituição tributária e garantir uma redução de 50% na Margem de Valor Agre-gado (MVA) cobrada das empresas com faturamento de até R$ 2,4 milhões são algumas das propostas apresentadas pela FCDL SC.

SUBSTITUIçãO TRIBUTÁRIA

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ulga

ção

NOVOS ASSOCIADOS

aGml Confecções luck silver Confecções red boutique Wj ar Condicionado auto mecânica Fit Car luçoli’s Presentes astrotech Grs borracharia aragon videolocadora NbC imobiliária mat. Constr. N.s. da Glória Yang modeladores Galfix Galvanização Tecnolixas dicargo autopeças lojas Popular bazar Central hPrinter informática ComputecTingimaq Ótica visorama Fixabras jj vidros Fixxar Central de decoração agropecuária Girassol montreal Tours romair malhas signativa design escritório Contábil hoppe orienter Turismo

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Acabar com as dívidas sem precisar gastar. Este é golpe que circula pela inter-net na região de Blumenau. A propagan-da falsa é enviada por e-mail e promete ensinar às pessoas como tirar o nome do SPC sem quitar a dívida.

O manual custaria R$ 39,90. Para comprar o produto é preciso fazer um cadastro com dados pessoais e o núme-ro do cartão de crédito. “É nesta hora que os golpistas se aproveitam”, alerta o presidente da CDL, Paulo Cesar Lopes.

Ele explica que não existe outra maneira de tirar o nome do SPC, só pa-gando o que se deve. “A CDL já investi-gou o e-mail e descobriu que a empresa não existe. Outro detalhe importante é que o SPC não envia e-mails para a população, só cartas encaminhadas pelos Correios. Então, se alguém receber esta mensagem, o melhor é não acessar e sim deletar na hora”, finaliza Lopes.

CDL ALERTA SOBRE GOLPE

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CDL é nOTÍCIA

DEFINIDOS LOCAIS PARAOS CONTêINERES DE LIxO

O assunto é polêmico, mas parece estar perto de acabar. O Serviço Autô-nomo Municipal de Água e Esgoto (Sa-mae) divulgou os pontos onde devem ser instalados os contêineres para re-colhimento de lixo nas ruas centrais da cidade, uma reivindicação da Câmara de Dirigentes Lojistas. “Estamos ansio-sos para este serviço começar. A ação é importante para evitar o acúmulo de resíduos e mudar para melhor o as-

pecto das ruas centrais. Agora vamos fazer um trabalho para conscientizar os lojistas de que é preciso levar o lixo até estes locais”, afirma o presidente da CDL, Paulo Cesar Lopes.

De acordo com o gerente de re-síduos sólidos do Samae, Marcos Fro-eschlin, seis contêineres passam por reformas. O projeto prevê, no total, 15 pontos de coleta de lixo comum e reciclável.

PONTOS DE COLETA

alameda rio branco, em frente ao número 40; alameda Presidente Castelo branco (beira-rio), próximo à Praça dr. blumenau; rua Nereu ramos, próximo ao estacionamento; rua Ângelo dias, próximo à esquina com a rua Xv de Novembro; rua Floriano Peixoto, próximo à esquina com a rua Xv de Novembro; rua Curt hering, próximo ao estacionamento; rua Paul hering, próximo ao estacionamento de motocicletas; beira-rio, próximo à esquina com a rua rodolfo Freygang; rua Padre jacobs, esquina com a rua Curt hering; rua Padre jacobs, próximo à esquina com a rua Xv de Novembro; rua Presidente john Kennedy, próximo ao estacionamento da Previdência social: rua Namy deeke, próximo à esquina com a rua Xv de Novembro; beira-rio, ponto de destinação de resíduos do shopping beira-rio; rua amadeu da luz, próximo à esquina com a rua Xv de Novembro; beira-rio, próximo ao setor de identificação/Polícia Civil.

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Blumenau tem como marca regis-trada as tradições européias. Entre elas, está a presença de flores nos edifícios, hábito que a Câmara de Dirigentes Lo-jistas quer resgatar. A entidade encami-nhou cartas aos proprietários de prédios e lojistas da Rua xV de Novembro. O foco são as construções que têm flo-reiras na fachada. “Observamos que a estrutura existe. Só faltam as flores. Por isso, decidi fazer um apelo para o plantio e manutenção das flores nestes locais. É uma maneira de embelezar e deixar nossa Cidade ainda mais agradável para moradores e turistas”, ressalta o presi-dente da CDL Blumenau, Paulo Cesar Lopes.

O RESGATE DAS FLORES

Estão abertas as inscrições para treinamentos do Centro Educacional Varejista (CEV) para agosto. Os cur-sos são realizados normalmente das 19h às 22h na Casa do Comércio e discutem os mais diferentes assuntos, como vitrinismo, técnicas de vendas e desenvolvimento de equipes.

O CEV foi criado em 2002 pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Blumenau. O Objetivo é oferecer treinamento e qualificação profissional nas áreas de gestão, vendas, finanças e marketing.

NOVOS CURSOS CALENDÁRIO

dia 2Workshop Formando Times: Coaching (*1�h às 22h) dias 2, 3, 4 e 5

Desenvolvimento de Equipes dias 4, 5 e 6

motivação e Vendas dias 9, 12, 16 e 19

Análise de Crédito dias 11, 12 e 13

Gestão de pessoas e competências gerenciais dias 16, 17, 18, 19 e 20

Oratória e comunicação moderna dias 23, 24, 25 e 26

Solucionando conflitos com clientes dias 30, 31 e 1/9

Excelência no AtendimentoEm outra iniciativa da CDL, os postesde luz da Rua XV ganharam floreiras

Divulgação

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InTERSInDICAL é nOTÍCIA

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A partir de 2011, a Texfair do Brasil será di-vidida em duas feiras, uma voltada a têxteis para o lar (Texfair Home) e outra para o setor do vestuário (Texfair Fashion). De 22 a 25 de fe-vereiro de 2011, será realizada a Texfair Home – Feira Internacional de Produtos Têxteis para o Lar. A Texfair Fashion – Feira Internacional do Vestuário – será de 14 a 17 de junho. Ambas são promovidas pelo Sintex e organizadas pela Vale Feiras e Eventos e serão realizadas no Par-que Vila Germânica, em Blumenau.

A segmentação e as datas de realização dos eventos foram baseadas em pesquisas entre expositores e lojistas. Além de atender à neces-sidade destes públicos, em função das datas de lançamentos, a divisão da Texfair em duas feiras visa à otimização do turismo de negócios em Blumenau. “Hotéis, restaurantes, táxis e outros serviços serão beneficiados e o turista que vem a negócios para a região será melhor recebido com a infraestrutura local disponível”, afirma o presidente do Sintex, Ulrich Kuhn.

DEFINIDAS AS DATAS DA TExFAIR EM 2011

A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) está dando continuidade ao Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), realizado com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O objetivo é am-pliar a representatividade e a sustentabilidade dos sindicatos industriais, por meio de uma atuação integrada das entidades do Sistema Fiesc. Os projetos desenvolvidos visam à modernização dos sindicatos e ao fortalecelimento da capacidade de ofertar produtos e serviços que proporcionem ganhos de com-petitividade para as indústrias. Os próximos eventos do PDA ocorrem em:

17/08 - Capacitação Sindical: Etapa 2 - Inovação14/10 - Capacitação Sindical: Etapa 2 - Política Tributária15/10 - Capacitação Sindical: Etapa 2 - Meio AmbienteMais informações no site http://www.fiescnet.com.br/dea

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ASSOCIATIVO

Uma parceria entre o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Blumenau e Região (Sihorbs), a Universidade Regional de Blumenau (Furb), Fundação Fritz Müller e o Hotel Plaza Blumenau resultou em formação de mão de obra qualificada. Jovens entre 15 e 24 anos receberam treinamento gratuito para os cargos de recepcionista de hotel e restaurante, garçom/garço-nete, governança e mensageiro. Esta iniciativa, segundo os organizadores, teve o intuito de contribuir para a inserção de novos profissionais no mercado de trabalho do turismo de Blumenau e região.

QUALIFICAçãO DA MãO DE OBRA

Jovens participaram do curso de formação de mão de obra

Fotos Divulgação

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CET

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Desde maio, está mantida a liminar que afasta das empresas associadas ao Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau e Região (Sintex) as novas regras do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) quando do cálculo da alíquota devida pelos acidentes do trabalho e doenças profissio-nais. Estão excluídas da sentença de mérito apenas as associadas da cidade de Massaranduba, cujo Mandado de Segurança tem curso em Joinville. Com a decisão, fica mantido o recolhimento da contribuição nos termos da Lei 8.212/91, inciso II, do art. 22.

ASSOCIADAS AO SINTEx ESTãO LIVRES DO FAP

Cinco entidades empresariais e o Senai estão em novo endereço em Timbó. Inaugurado no final de junho, o Centro Empresarial de Timbó (CET) atende, por enquanto, em fase inicial da obra, que contempla cerca de 2,6 mil metros quadrados. A meta do Sindica-to das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Timbó - que arcou com os custos da construção - é concluir a segunda etapa em três anos, com a abertura de um auditório para 480 pessoas. Todo o complexo terá 4 mil metros quadrados.

O CET contempla as seguintes enti-dades: Sindicato das Indústrias Metalúrgi-cas, Mecânicas e do Material Elétrico de Timbó (Simmmet), Associação Empresa-rial do Médio Vale do Itajaí (Acimvi), Jun-ta Comercial de Santa Catarina (Jucesc), Centro dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Timbó (Ceaat), Conse-lho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

TIMBó GANHA CENTRO EMPRESARIAL

Rua Duque de Caxias, 830, Centro Atendimento de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h30min

Líderes inauguram o Centro Empresarial de Timbó

Em 2010, a campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda” completa 15 anos de sucesso no Brasil e Blumenau terá a oportunidade de participar desta comemoração. No dia 22 de agosto, será realizada a 41° Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama, parte das comemorações dos 130 anos da Cia. Hering. É a segunda vez que a cidade recebe o evento. A primeira foi em 2009, com o Sintex como promotor. Nesta edição, o sindicato volta a apoiar a iniciativa como um dos patrocinadores. Interessados podem se inscrever pelo site www.ciahering.com.br/corridablumenau. A taxa de inscrição é de R$ 25, com renda revertida para o Instituto Brasileiro de Combate ao Câncer (IBCC) e para a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Blumenau.

CONTRA O CâNCER

Sensibilização e Atendimento para Projetos e Recursos de Inovação. Este é o tema de um encontro promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), entidade do Sistema Fiesc, e a In-tersindical Patronal de Blumenau e Região. O treinamento será realizado nos dias 16 e 17 de agosto no Senai Blumenau e é destinado a empresas em geral. Na programação estão assun-tos como Linha de Fomento para Inovação e Captação de Recursos. Mais informações no IEL pelo telefone (47) 3321-9613 ou pelo email [email protected].

INTERSINDICAL APOIA EVENTO DO IEL

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CONFIDENCIALIDADEO empregado tem acesso a informações da empresa e de seus

clientes, o que se traduz em um direito-dever, pois, dentro do cam-po de sua atuação, tem ele o direito de acesso a informações para a consecução das funções e o dever de administrar ética e profis-sionalmente a guarda e o uso delas, comportamento denominado confidencialidade.

A negligência ou a imprudência no trato das informações po-derá acarretar consequências devastadoras para cliente, empresa e empregado, podendo estes dois últimos responder por danos de ordem material e moral, assim como, criminalmente, por conta do que tais revelações venham a produzir (artigos 5º, x, da CF, 186 do CCB e 154 do CP).

Cabe salientar que a divulgação de dados ou documentos con-fidenciais por parte do empregado, desde que devidamente com-provada, dá ao empregador o direito de rescindir o contrato de trabalho por justa causa, conforme preceitua o artigo 482 da CLT.

COLUNA JURíDICA

A campanha nacional que distribuiu mais de 1,5 tonelada de gê-neros de primeira necessidade às vítimas das chuvas em Santa Catari-na, em 2008, agora vai beneficiar famílias nordestinas desabrigadas. O Serviço Social do Comércio (Sesc/SC) está retomando a campanha Sesc Solidário, iniciada em 2008, para arrecadação de alimentos não-perecíveis de pronto consumo, artigos de higiene pessoal e limpeza. As doações podem ser encaminhadas às unidades do Sesc e do Senac em todo o Estado, que estarão com postos de coleta à disposição.

Os donativos serão encaminhados à população vítima das chuvas nos estados do Nordeste, por meio das secretarias de Desenvolvi-mento Social e Defesa Civil dos estados atingidos. A ação tem por objetivo sensibilizar e mobilizar a sociedade em geral e, em especial, companhias, empresas e instituições em todas as regiões de Santa Ca-tarina a doarem gêneros de primeira necessidade. Onde doar Sesc BlumenauRua Dr. Amadeu da Luz, 165/181(47) 3322-5261 / 3322-5261

SINDILOJAS APOIA PROJETO SESC SOLIDÁRIO

Assembleia Geral Extraordinária formou uma comissão que terá poderes para negociar a Convenção Coletiva

Divulgação

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PONTO ELETRôNICOA partir do dia 25 de agosto de 2010, estará em vigor a Portaria

nº 1.510/09 do Ministério do Trabalho e Emprego, que estabelece regras quanto ao uso de sistema eletrônico de registro de ponto.

Dentre as várias exigências previstas, destacam-se:• O programa (software) somente será considerado váli-

do se possuir Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade;• O Relógio Eletrônico de Ponto (REP) somente será

considerado e aceito se possuir Certificado de Conformidade, de-vendo emitir, a cada marcação, comprovante impresso, onde cons-tarão dados de identificação do empregado e da empresa;

• As marcações deverão ser registradas fielmente, não sendo permitida qualquer ação que desvirtue os fins legais a que se destina;

• Qualquer erro ou ausência de marcação, somente po-derá ser ajustado mediante documentada justificativa.

Porém, é importante frisar que a portaria não proíbe o uso de outros tipos de controle de jornada, como o manual e o mecânico, descritos no artigo 74 da CLT, mas sim, que a obrigatoriedade da adequação à norma é somente para as empresas que fizerem uso do meio eletrônico.

Desta forma, as empresas que não quiserem investir no meio eletrônico, poderão utilizar-se dos dois outros sistemas (manual ou mecânico), lembrando que os estabelecimentos com até 10 (dez) empregados estão liberados do controle de registro, salvo disposi-ção em contrário prevista em Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho.

SInDILOJAS é nOTÍCIA

O SINDILOJAS realizou, em 30 de junho, uma Assembleia Geral Extraordinária que teve como objetivo discutir, propor e deliberar sobre as cláusulas econômicas e condições citadas na proposta de Convenção Coletiva de Trabalho para 2010 e 2011, formulada pelo Sindicato dos Empregados do Comércio de Blumenau. Os empre-sários associados debateram e aprovaram as propostas, sendo que a análise, deliberação e negociação das cláusulas econômicas, bem como a pertinência quanto à aceitação ou não das cláusulas propos-tas, passam a ser de competência dos negociadores.

Foi constituída uma comissão de empresários e assessores de vários segmentos do comércio que terá plenos poderes para nego-ciar a Convenção Coletiva 2010/2011, promover atos necessários à defesa dos interesses da classe empresarial perante o Ministério do Trabalho e Emprego e a Procuradoria Regional do Trabalho/Justiça de Trabalho, inclusive de constituir advogado.

CONVENçãO COLETIVA

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Os empresários e gestores do comércio varejista de Blu-menau participaram, em 12 de julho, da segunda etapa do Pro-grama Senac Varejo. O circuito de palestras e workshops é voltado exclusivamente aos gestores e empresários do varejo e promove uma nova maneira de atuar nos negócios.

As atividades foram comandadas pelo consultor e especia-lista em controladoria e finanças Cláudio Damasceno Júnior, associado à Gouvêa de Souza, uma das mais representativas consultorias brasileiras. A empresa tem mais de 20 anos de mercado com competência em estratégia, operação, processos e gestão; desenvolvendo, implantando, monitorando e geren-ciando projetos e negócios, com foco no resultado.

Blumenau foi a primeira cidade a receber a segunda etapa do Programa Senac Varejo, cujo tema é ‘Gestão de resultados no varejo’. De acordo com o presidente do SINDILOJAS, Mar-co Aurélio Hirt, “este projeto é de extrema importância para o varejo, pois proporciona aprimoramento e qualificação aos empresários e colaboradores, requisito indispensável nos dias de acirrada concorrência que vivemos”.

BLUMENAU TEM SEGUNDA ETAPA DO SENAC VAREJO

Gestores do comércio varejista participaram da segundaetapa do programa de capacitação promovido pelo Senac

NOVOS ASSOCIADOS

regata motos

lojas renner

Comércio de móveis arte e design

Divulgação

PRóxIMAS ETAPAS

Dia 09/08: Gestão de Perdas e Quebras Operacionais no Varejo – Mario Duarte (Etna) Palestra – das 20h às 21h30min Workshop – das 14h às 17h

Dia 13/09: Neoconsumidor – GS&MD Palestra – das 20h às 21h30min

As pesquisas de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgadas pela Confe-deração Nacional do Comércio (CNC), mos-tram que o percentual de famílias com dívidas caiu de 58,7% para 54%, em junho, o menor nível do ano. Já o percentual de famílias com dívidas em atraso passou de 25,1% para 23,5%, nível abaixo da média do primeiro trimestre (27,3%).

Também diminuiu o número dos que não terão condições de pagar suas contas, de 8,5% para 7,8%. A intenção de consumo das famílias brasileiras recuou 2% no segundo trimestre, em relação aos três primeiros meses de 2010. Por outro lado, os indicadores que medem a pers-pectiva de consumo e nível de consumo atual tiveram alta de 1,9% e 1,2%, respectivamente.

“As pesquisas mostram a realidade do País. A inadimplência deve continuar baixa por al-gum tempo e as pessoas ainda têm intenção de consumo, mesmo que menor”, afirmou o economista-chefe da CNC, Carlos Thadeu de Freitas. Ele explicou que a inadimplência no se-gundo semestre do ano chegou ao nível mais baixo dos últimos anos, devido ao aumento da renda, do crescimento do emprego formal e da redução das taxas de juros que os bancos estão cobrando.

“É óbvio que, na medida em que o Ban-co Central subir a Selic, vai haver impacto no crédito, mas será um impacto lento. Segundo o último relatório de crédito do Banco Central, o spread bancário tem caído, já que a inadimplên-cia é um componente importante da taxa. À medida que a inadimplência cai, não há necessi-dade de aumentar o spread”, enfatizou.

ENDIVIDAMENTO E INTENçãO DE CONSUMO CAEM

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SInDILOJAS é nOTÍCIA

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Um dos temas que mais merece-ram atenção da acib na década de 1950 foi a instalação de uma unida-de do Corpo de bombeiros na cidade. anteriormente, a entidade já havia ajudado a financiar a formação de uma unidade de voluntários, que, jun-tamente com as guarnições das indús-trias, era a responsável pelo combate aos incêndios. mas, essa estrutura já havia se tornado insuficiente para atender às crescentes demandas de blumenau. o próprio presidente da acib participava das brigadas forma-das pelas indústrias.

Em meados de 1950, numa reunião do Conselho Deliberativo, a associação mostra-

va-se preocupada com a falta de uma uni-dade do Corpo de Bombeiros na cidade. Foi nomeada uma comissão composta por Adolfo Wollstein e Carlos Koffke para estu-dar formas de contornar o problema.

Em julho de 1957, foi apresentado, numa reunião da Acib, o orçamento para constru-ção de um alojamento e aquisição dos equi-pamentos necessários para a instalação de uma unidade do Corpo de Bombeiros. O valor total era de 3 milhões de cruzeiros e os empresários aceitaram o desafio de ar-recadar o dinheiro por meio da venda de títulos públicos e campanhas organizadas pela associação.

Ainda no final daquele mês, o vice-presi-dente da Acib, Carlos Heinz Buschler, levou à apreciação dos diretores da entidade dois

anteprojetos para a construção do quartel do Corpo de Bombeiros, posteriormente enviados à Prefeitura para aprovação e ade-são do Executivo Municipal à obra. Depois de instalada a corporação, caberia ao Estado sua manutenção. A associação empresarial já havia conseguido, junto ao Comando da Polícia Militar, o comprometimento de envio de 20 homens especializados na prevenção e combate ao fogo.

Em agosto de 1958, o Corpo de Bom-beiros de Blumenau foi finalmente instalado, num prédio alugado pela Acib, na Rua São Paulo. A primeira grande prova da nova corporação aconteceu em 8 de novembro, quando um grande incêndio destruiu parte do prédio da Prefeitura, queimando a área onde funcionava o Fórum.

a INstalaçãO DO CORPO DE bOmbEIROS

A primeira unidade do Corpo de bombeiros instalou-se em blumenau usando equipamentos compradoscom recursos doados pelas empresas. O aluguel da sede, na Rua São Paulo, era pago pela Acib

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