ENCEFALITES VIRAIS DOS EQUINOS - Cidadão · 6- Mato Grosso: Mocóca Exu Coremas Jaguaribe Ilha de...
Transcript of ENCEFALITES VIRAIS DOS EQUINOS - Cidadão · 6- Mato Grosso: Mocóca Exu Coremas Jaguaribe Ilha de...
Arbovírus - grupo de vírus que se mantém no ambiente
por meio da transmissão entre hospedeiros vertebrados,
viabilizada por artrópodes hematófagos. Esses vírus
multiplicam-se nos tecidos dos artrópodes e são transmitidos
por suas picadas a novos vertebrados, após período de
incubação extrínseca.
(SUZUKI, 1995)
Encefalites eqüinas, St. Louis, Febre do Nilo Ocidenta / Estudos ecológicos
ARBOVÍRUS - DEFINIÇÃO
Arbovírus
Arthropo-borne
viruses
ARBOVÍRUS
(vírus transmitidos por artrópodes)
Grupo A
(Encefalites Eqüinas e Sindbis)
Grupo B
(Encefalite Japonesa, Febre Amarela,
Dengue, Nilo Ocidental, St. Louis)
ICTV
1968
Família: TOGAVIRIDAE
- gênero: Alphavirus (Arbovirus A)
- gênero: Flavivirus (Arbovirus B)
- gênero: Pestivirus
Família: TOGAVIRIDAE
- gêneros: Alphavirus (EE)
Rubivirus (Rubéola)
Família: FLAVIVIRIDAE
- gêneros: Flavivirus
Pestivirus
Hepacivirus
ICTV
2005
TOGAVIRIDAE: gênero Alphavirus
Encefalite Eqüina Leste
Encefalite Eqüina Oeste
Encefalite Eqüina Venezuelana
FLAVIVIRIDAE: gênero Flavivirus
Febre Amarela
Dengue
Encefalite Japonesa
St. Louis
Febre do Nilo Ocidental
vírus contido na saliva do mosquito
vertebrado (aves, roedores, morcegos)
vírus penetra na musculatura esquelética
células de Langerhans
linfonodos
viremia
sistema nervoso central (SNC)
paralisia
óbito
PATOGENIA
Fonte de infecção : aves silvestres e infectadas
Via de eliminação : sangue
Via de transmissão : indireta, através de vetor – mosquitos (Aedes spp, Culex spp)
Porta de entrada: pele através da picada
Susceptível: principalmente aves. Os humanos e os equinos são hospedeiros acidentais (a viremia é baixa nestas espécies, por isto não
tem grande importância para a manutenção do agente)
Encefalites Equinas
Culiseta melanura
mosquito ornitofílico
Aedes
Coquillettidia
Culexhttp://www.cdc.gov/EasternEquineEncephalitis/Transmission.html
ENCEFALITE EQÜINA DO LESTE - EEL
Encefalites eqüinas, St. Louis, Febre do Nilo Ocidental / Estudos ecológicos
EEEV - Alphavirus
Togaviridae
Homem e cavalo
(não desenvolvem
viremia) –
hospedeiros
acidentais
6 casos humanos/ano em média, nos EUA
A presença desses vírus é conhecida em função:• isolamento viral
• indiretamente: sorodiagnóstico em eqüinos, aves silvestres e mosquitos nos
Estados de SP, MG, PE, BA, RJ e AM
• SP: Vale do Ribeira foram identificados anticorpos em humanos para os três
vírus
VEE: isolado em morcego: Carollia perspicilatta
mosquito: Culex
EEE e WEE: surtos epizoóticos em eqüinos nos Estados do PA, RJ e SP
• EEE: últimos isolamentos em eqüinos no Estado de SP: Itapetininga e Amparo
ocorrência em eqüinos no Paraná: sorodiagnóstico
HISTÓRICO NO BRASIL
Vale do Ribeira
ENCEFALITE EQÜINA DO OESTE - EEO
Encefalites eqüinas, St. Louis, Febre do Nilo Ocidental / Estudos ecológicos
639 casos confirmados nos EUA desde 1964
WEEV - Alphavirus
Togaviridae
Culex tarsalis
homem
cavalo
(não desenvolvem
viremia)
http://www.dhpe.org/infect/wee.html
Vírus isolado nos EUA pela primeira vez em 1938
Vacina – EUA – somente para cavalos
Ciclo silvático
Ciclo epizoótico ou epidêmico
- Vacina tipo IAB, proibida em 1973Tsai T & Monath T, Clinical Virology, 1997
Vacina (1969)
Mudança de uma arginina em E2 transforma vírus
silvático em epizoótico(Weaver S, 2004)
Peru
Equador
Colômbia
Venezuela
Trinidad y Tobago
Costa Rica
Nicarágua
Honduras
El Salvador
Guatemala
México
Estados Unidos
Isolamento de Alphaviruspor inoculação intracerebral em
camundongos recém-nascidos
Animal com encefalite possuivírus isolado no SNC
Shope & Sather, 1976
2005 67 07 9,4%
2006 64 08 11,1%
1494 494 24,8%
2000 - 2010
2000 457 187 29,0%
2001 382 162 29,8%
2002 237 69 22,5%
2003 136 32 19,0%
2004 99 17 14,6%
2005 67 07 9,4%
2006 64 08 11,1%
2007 52 12 18,7%
2008 92 23 19,1%
2009 100 10 9,0%
2010 39 3 7,1%
NOVAS FERRAMENTAS
EMPREGO DE TÉCNICAS DE BIOLOGIA
MOLECULAR NO DIAGNÓSTICO E
CARACTERIZAÇÃO DO VÍRUS DA ENCEFALITE
EQÜINA, COMO UM IMPORTANTE INSTRUMENTO
DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DESTE AGENTE
CAUSAL EM EQÜINOS
Figure 1: Origin of samples used in this study
1- São Paulo: 2- Pernambuco:
3- Paraíba:
4- Ceará:
5- Pará:
6- Mato Grosso:
Mocóca Exu Coremas Jaguaribe Ilha de Marajó Cuiabá Campinas Poço José de Moura Várzea Alegre
Uiraúna Patos Paulista
1
2
3
4
5
6
Dados Recentes de EEEV
Fonte: M.L.C.R. Silva et al, Outbreaks of
Eastern equine encephalitis in northeastern
Brazil . J Vet Diag Invest, 2011
CONTROLE DAS ENCEFALITES EQUINAS
VACINAÇÃO
CONTROLE DE VETORES
CONTROLE DE TRÂNSITO
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Camundongos sentinelas
Aves silvestres
An. triannulatus
Culex (Culex) sp.
Estado de São Paulo - isolamentos
Evidência sorológica em humanos - 1996
Uma médica - S. Pedro, SP – 01/2004
Casos SJRP em 08/2006
Aves silvestres
Morcegos
Gambás
Culex quinquefasciatus
Culex pipiens
Culex tarsalis
Culex nigripalpus
EUA - isolamentos
4.651 registros casos nos EUA de 1964 a 2005
Aves
Macacos
Preguiças
Gambás
Cx. declarator
Cx. doronator
Cx. portesi
Cx. spissipis
Cx. aikenii
Ae. serratus
Ae. fluvus
Ma. pseudotitilans
Sa. belisarioi
Amazônia - isolamentos
Dois casos confirmados – um óbito
http://www.cdc.gov/ncidod/dvbid/sle/Sle_Transmission.html
Encefalites eqüinas, St. Louis, Febre do Nilo Ocidental / Estudos ecológicos
ENCEFALITE ST. LOUIS
Homem e
outros
mamíferos -
hospedeiros
acidentais
Distribuição mundial até 1999
Cam
pbel
l et
al.
, L
ance
t In
fect
Dis
, 2:
519, 2002
FEBRE DO NILO OCIDENTAL
Encefalites eqüinas, St. Louis, Febre do Nilo Ocidental / Estudos ecológicos
Isolado pela primeira vez em Uganda, em 1937
Flavivirus - Flaviviridae
ETIOLOGIA
• Família Flaviviridae
• Gênero: Flavivirus
• West Nile Virus (COMPLEXO DAS
ENCEFALITES JAPONESAS), vírus da
Encefalite da Saint Louis, vírus da encefalite
do Vale Murray, VÍRUS DA DENGUE, VÍRUS
DA FEBRE AMARELA.
• TRANSMITIDA PRINCIPALMENTE POR MOSQUITOS (CULEX SP.)
• AVES: RESERVATÓRIOS E AMPLIFICADORES DO VÍRUS (ALTA VIREMIA)
• MAMÍFEROS: HOSPEDEIROS TERMINAIS
• INCIDÊNCIA: EUROPA, ORIENTE MÉDIO, ÁFRICA, INDIA, ÁSIA, AMÉRICA DO NORTE, AMÉRICA CENTRAL E CARIBE
• 1999-2004: 16.706 CASOS NOTIFICADOS PELO CDC (EUA)
EPIDEMIOLOGIA
SAZONALIDADE: MESES QUENTES E ÚMIDOS
(VETORES) – Culex sp
PRINCIPAL FATOR DE RISCO: EXPOSIÇÃO AOS
VETORES
TRANSMISSÃO TRANSVERSAL NOS HOSPEDEIROS,
TRANSFUSÃO SANGUINEA E TRANSPLANTES DE
ORGÃOS, PLACENTÁRIA, AMAMENTAÇÃO.
EPIDEMIOLOGIA
FNO
Países da América Latina e do Caribe com relato de atividade do vírus da FNO entre 2001-2004.
FONTE: Komar & Clark (2006)
VNO - Venezuela
Fevereiro 2004 – Maio 2006
Sorologia positiva em aves e eqüinos.
Primeira descrição de infecção VNO em aves, na América do Sul.
Maior soroprevalência na região de savanas, sugere a
introdução do vírus pela migração de aves pela rota leste.
FEBRE DO NILO OCIDENTAL
West Nile virus (WNV) collection sites in Venezuela, indicated by number (see Appendix Table). Symbols represent results of tests for
specific antibodies to WNV in serum samples of birds and horses (viral titers in a 90% plaque reduction neutralization test >40 and a
4-fold differential inhibition in a neutralization assay to WNV compared with other related flaviviruses). Source: Instituto Geográfico de
Venezuela Simón Bolivar, Caracas, Venezuela.
VNO - Argentina
Fevereiro 2006
4 amostras humanas
3 eqüinas
33 positivas para Flavivirus 29 VSL
4 VNO
Raiva Negativo
EHV 1 – Negativo
Alphavirus – Negativo
Flavivirus – Positivo
VNO positivoVSL negativo
VNO - Brasil
Segunda maior avifauna do planeta;
Centenas de aves migratórias do hemisfério norte;
Grande diversidade de espécies de vetores
FAVORECEM A ENTRADA E MANUTENÇÃO DO VÍRUS NO BRASIL
Durante o inverno boreal (outubro – março) a América do
Sul recebe centenas de espécies de aves migratórias vindas do
hemisfério norte, onde o vírus foi detectado recentemente.
DADOS ATUAIS (FNO em equinos)
Corumbá/MS;
Teste de ELISA e Soroneutralização
Pesquisa de anticorpos anti-VNO 5/168
Testes realizados no laboratório de Pergaminho/Argentina
FEBRE DO NILO OCIDENTAL
1937 –Isolamento do vírus em mulher febril UGANDA
1957- Epidemia em ISRAEL
1974 – Maior epidemia – AFRICA DO SUL
1999 a 2006 -NOVA IORQUE (PRIMEIRO RELATO NO
NOVO MUNDO)
2002 - Canadá e México
2003 – América Central
2005 – América do Sul (Colômbia)
2006 – Argentina
2010 – Brasil (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul)
2011 – Brasil ( Acre e Mato Grosso do Sul)
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
• Identificação de espécies de aves migratórias;
• Identificação dos ambientes propícios da passagem e permanência
das aves;
• Pesquisa de vetores;
• Aves mortas (SNC, coração e rins);
Sorologia
• Eqüinos e Humanos:
SNC