Enfermagem cirúrgica
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C E N T R O C I R Ú R G I C O
ENFERMAGEM CIRÚRGICA
I N S T I T U T O F O R MAÇ ÃO C u r s o Té c n i c o d e E n f e rm a g e mD i s c i p l i n a : Enfermagem C l ín i ca – C i rú rg ica
PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO CENTRO CIRÚRGICO
CIRURGIA
• É o ramo da medicina que lida com enfermidade
e condições que necessitam, de técnicas
operatórias.
• quanto a necessidade de realização.
• quanto a finalidade;
AS CIRURGIAS QUANTO A FINALIDADE
• Diagnostica – realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da doença (laparotomia exploradora, biopsia)• Curativa – tem por objetivo extirpar ou corrigir a
causa de uma doença (apendicectomia)• Corretiva – finalidade de reconstituir,
restabelecer a capacidade funcional perdida ou diminuída (fissura palatina)• Paliativa – tem o objetivo de atenuar, aliviar ou
corrigir provisoriamente a dor causada pela doença (colostomia)
AS CIRURGIAS QUANTO A NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO
• Emergência – deve ser realizada de imediato,
com a finalidade de salvar a vida do paciente
(hemorragia interna, amputação traumática)
• Urgência – sua realização é necessária, aguardar
de 24 a 48 horas(colecistectomia)
• Eletiva – sua realização pode aguardar ocasião
mais propícia, mas com necessidade (cistos
superficiais, herniorrrafia)
CENTRO CIRÚRGICO
É um conjunto de áreas e instalações agrupadas
dentro de um hospital, onde permite a realização
de atividades cirúrgicas nas melhores condições de
segurança para o paciente e de conforto para os
médicos e equipe de enfermagem.
FINALIDADES
• Realizar intervenções cirúrgicas e encaminhar o cliente à unidade de origem, na melhor condição possível de integridade;• Servir de campo de estágio para a formação e
aprimoramento de recursos humanos.• Prover recursos humanos e materiais para que o
ato seja realizado dentro de condições ideais e assépticas;• Desenvolver pesquisas objetivando o
desenvolvimento científico e tecnológico, em prol dos clientes.
LOCALIZAÇÃO
• O centro cirúrgico deve localizar-se em área
independente da circulação geral, livre de ruídos,
trânsitos de pessoas e materiais estranhos ao
serviço; próximo à Clínica Cirúrgica, UTI e
Recuperação Pós-Anestésica.
NÚMERO DE SALAS CIRÚRGICAS EM CADA HOSPITAL
• Tipo de cirurgia: eletiva ou urgência;• Duração da cirurgia;• Especialidade cirúrgica;• Horário de funcionamento;• Número de equipe cirúrgica;• Atividade de ensino.
• O critério estabelecido (MS) é de 01 sala de operação para cada 50 leitos gerais e 02 salas para cada 50 leitos especializados.
ESTRUTURAS DO CENTRO CIRÚRGICO
• Bloco Operatório – com salas de operação equipadas a depender da especialidade;
• Recuperação Pós-Anestésica – com leitos equipados para atender aos clientes no pós-anestésico, até a normalização dos sinais vitais;
• Cento de Material Esterilizados – local onde são preparados e armazenados os matérias para serem distribuídos a todas a unidades do hospital.
RECURSOS HUMANOS
• Enfermeira Coordenadora;
• Enfermeira Assistencial;
• Técnica de Enfermagem;
• Auxiliar de Higienização;
• Auxiliar Administrativo;
• Cirurgião;
• Anestesista;
• Auxiliar do cirurgião.
CONTROLE ASSÉPTICO
• Área restrita – área de trânsito privativo, com limites definidos para a circulação de pessoal e equipamentos, rotinas específicas para o controle e manutenção da assepsia. Compõe-se de:• sala para acondicionamento de sangue e órgãos, • lavabos, • CRPA, s• ala de anatomia patológica, • raios-X, • corredor interno, • sala de esterilização.
CONTROLE ASSÉPTICO
• Área Semi-Restrita – área na qual é permitida a circulação de pessoal e de equipamentos de modo a não interferis nas rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita.• Compõe-se de: • expurgo, • copa, • sala de estar, • secretaria, • sala de preparo de material.
CONTROLE ASSÉPTICO
• Área Não-Restrita (Irrestrita) – área de livre circulação, em que não exige trânsito privativo. • Compõe-se de: • Vestuários; e • corredor de transferência de macas.
ELEMENTOS
• Vestuários masculino e feminino;• Corredor periférico;• Lavabos;• Secretaria e posto de
enfermagem;• Copa;• Sala de material de
limpeza;• Expurgo;• Sala de estar e
repouso;
• Sala para guarda de aparelhos e equipamentos;• Rouparia;• Sala de reserva de
medicamentos;• Sala de anatomia
patológica;• Sala de cirurgia;• Sala de Recuperação
Pós-Anestésica.
SALA DE OPERAÇÃO
• Área física: o tamanho da sala deve oferecer
conforto e boa circulação para toda a equipe.
• Forma: deve ser retangular (6m x 7m) ou oval,
acompanhando a estrutura das mesas.
• Piso: deve ser condutivo, não poroso, não
absorvente, resistente a agentes químicos, sem
fendas ou fissuras, ter aspectos estéticos, realçar
a sujeira, resistente ao choque e de fácil limpeza.
SALA DE OPERAÇÃO
• Deve ter isolamento acústico e térmico.
• Paredes: devem ser revestidas com material
lavável, resistente e de cor neutra, os cantos devem
ser arredondados, a fim de facilitar a utilização de
aparelhos; devem permitir a instalação dos
dispositivos de iluminação, em número suficiente,
para maior facilidade na utilização de aparelhos.
• Teto: deve ser de material resistente, lavável, não
conter rachaduras e as interseções das paredes
arredondadas.
SALA DE OPERAÇÃO
• Portas: devem ser amplas a fim de facilitar a passagem das macas e equipamentos cirúrgicos. Tipo vaivém com visores, devendo manter-se fechadas.• Janela: devem estar localizadas de modo a
espalhar luminosidade em todo o ambiente, não permitindo a entrada de poeira e insetos. • Ventilação: o uso da ventilação artificial
proporciona um ambiente confortável, permitindo a renovação do ar, elimina odores e impurezas, temperatura em torno de 22ºC e umidade relativa do ar de 55 a 60%.
SALA DE OPERAÇÃO
• Iluminação: o mais natural ajuda a compensar o esforço visual e não altera a coloração da pele e mucosas do paciente. A iluminação artificial deve ser protegida contra interrupções bruscas e queda de energia elétrica, adaptada a uma fonte geradora. Deve ser adequada a iluminação do campo operatório, com ausência de sobras e reflexos.
• Lavabos: devem estar localizados próximo às salas de operação, podendo ser acionado com pé, cotovelo ou joelho.
EQUIPAMENTOS
• Devem ser de preferência de aço inox, de fácil limpeza, ter durabilidade e proporcionar segurança para o paciente e equipe. • Podem ser classificados em fixos e móveis.
• Equipamentos fixos:• Negatoscópio;• Interruptores e tomadas elétricas de 110 e 220 volts;• Oxigênio, oxido nitroso e vácuo canalizados;• Foco central;• Ar condicionado.
EQUIPAMENTOS MÓVEIS
• Mesa cirúrgica e acessórios;
• Foco auxiliar;• Escadinha dois degraus
e estrada; • Raio X portátil;• Bisturi elétrico e
aspirador;• Carro de anestesia
complexo e reanimação;• Aparelho de pressão e
garrote;
• Extensões;• Mesa auxiliar e de
Mayo;• Mesa do
instrumentador;• Suporte de soro e
alças;• Banco giratório;• Balde de lixo;• Aquecedor de soro;• Balde para roupa ou
hamper.
MATERIAL ESTÉRIL
• Aventais ou Lap;• Campos simples ou duplos;• Impermeável;• Compressas grandes ou
pequenas, gazes e ataduras;
• Material para antissepsia;• Aventa vestido com
abertura para gente;• Cuba rim, bacias, cúpulas
grandes e pequenas;• Luvas de diferentes
números;• Material de corte;
• Sondas e drenos diversos;• Cabo de bisturi elétrico;• Cabo de borracha para
aspirador;• Caixa de instrumental;• Fios de sutura;• Equipos de soro e sangue,
seringas, agulhas, cateteres de punção venosa;
• Material extra, específico a cada cirurgia;
• Esparadrapo.
SOLUÇÕES
• Álcool a 70%;• PVPI degermante e tópico;• Éter;• Soros:• fisiológico, • glicosado, • glicofisiológico, • ringer lactato;
• Pomadas;• Xylocaina spray e geleia;• Outras.
MEDICAMENTOS
• Analgésicos;
• Antipiréticos;
• Corticosteroides;
• Diuréticos;
• Eletrólitos (NaCl, KCl. Bicarbonato de sódio);
• Hipertensores;
• Cardiotônicos;
• Anticoagulantes;
• Anestésicos.
IMPRESSOS
• Folha de gráfico do anestésico;
• Folha de relação de gastos;
• Folha de controle de psicotrópicos;
• Receituário;
• Relatório de enfermagem;
• Prescrição médica;
• Ficha de notificação compulsória;
• Atestado de óbito.
ROUPAS
• Uso do uniforme privativo nas dependências do centro cirúrgico, destinados à proteção do paciente e equipe cirúrgica: calças, jaleco, gorro, máscara, propé.
• Além do uniforme privativo, as roupas incluem lençol móvel, lençol para cobertura do paciente, triângulo, cobertura da mesa cirúrgica.
• O tipo de pano pode ser de algodão resistente, malha de algodão, sintético ou algodão leve.
• Para aquisição de tecidos para a confecção de roupas do C.C. devem ser observados permeabilidade a vapor, boa durabilidade, resistência, baixo custo e cor firme.
ROUPAS
• Quanto a necessidade de esterilização as roupas
podem ser:
• Limpas: aquelas que necessitam apenas do processo
de lavagem e desinfecção;
• Assépticas: necessitam, para o seu uso, de serem
submetidas a processos de esterilização. São aventais,
campos cirúrgicos, cobertura para mesa de
instrumental e “opas” (proteção para costas dos
membros das equipes).
EQUIPE CIRÚRGICA
• Conjunto de profissionais e ocupacionais que, num processo dinâmico, prestam assistência sistematizada e global ao paciente durante sua permanência no centro cirúrgico.
• A equipe é composta por: • cirurgião, • anestesista, • auxiliar do cirurgião,• enfermeiro, • Instrumentador,• circulante.
ASSEPSIA HOSPITALAR
A assepsia é o processo de eliminar ou matar os
microorganismos patogênicos de uma determinada
superfície. Com o objetivo de conduzir o ato
cirúrgico dentro dos padrões de segurança,
evitando infecções, lançamos mão de recursos de
assepsia, anti-sepsia e de conceitos para elucidar
as diversas terminologias.
ASSEPSIA HOSPITALAR
• Assepsia: conjunto de meios usados para
impedir a penetração de germes em local que
não contenha (uso de luvas, campos operatórios
e instrumentos estéreis).
• Anti-sepsia: método usado para impedir a
proliferação de microorganismos em tecidos vivos
com o uso de substâncias químicas (escovação
das mãos com sabões antissépticos).
ASSEPSIA HOSPITALAR
• Esterilização: eliminação total dos microorganismos, eliminação dos esporos e inativação dos vírus. A esterilização é aplicada no instrumental e roupas, avental, campos e compressas.
• Sanificação: redução do número de germes a um nível julgado isento do perigo, aplicação realizada em objetos inanimados nas dependências hospitalares, refeitórios e lavanderias.
• Desinfestação: exterminação ou destruição de insetos, roedores ou outros que possam transmitir infecções ao homem e a outros animais ou meio ambiente.
DEGERMAÇÃO
• Consiste na remoção de maior quantidade de
bactérias, detritos e impurezas depositadas sobre
a pele.
• A pele normalmente possui bactérias resistentes
e transitórias, sendo que as transitórias podem
ser eliminadas facilmente com a lavagem das
mãos com água e sabão durante 7 a 8 minutos.
DEGERMAÇÃO
• A degermação das mãos e antebraços podem ser
realizados pelos métodos:
• Mecânicos: escova estéril + água corrente +
sabão
• Químicos: uso de antisséptico degermante +
escova estéril + água corrente.
DEGERMAÇÃO
• A degermação é importante pelas seguintes
razões:
• As luvas podem apresentar-se furadas ao final da cirurgia;
• Elas podem apresentar defeito de fabricação imperceptível
ao olho nu;
• As bactérias tendem a se multiplicar com o suor das mãos
e calor desta sobre as luvas;
• As luvas sofrem constantes traumas por agulhas, unhas e
outros.
PROCEDIMENTOS
• Estar paramentado com o uniforme privativo do C.C., usando gorro, máscara bucal e narinas, manter unhas curtas e sem esmalte;• Retirar joias das mãos e antebraços, inclusive
aliança;• Proceder degermação somente de pele íntegra e
sem solução de continuidade;• Abrir a torneira, lavar as mãos, antebraços e
cotovelos com degermante e água corrente para retirada de algum resíduo;
PROCEDIMENTOS
• Retirar a escova esterilizada do suporte e segurá-la pela metade inferior com a mão esquerda e embebê-la com degermante;
• Iniciar a escovação pelas unhas da mãe direita; em caso de pessoas canhotas pela esquerda, contando 15 movimentos;
• Escovar a palma da mão (região ventral), começando pela parte lateral do dedo mínimo, espaço interdigital de cada dedo, até o polegar, com movimentos de vaivém para cada área descrita, desde a extremidade dos dedos até o pulso;
PROCEDIMENTOS
• Virar a mão e escovar o dorso da mesma mão, começando pela região lateral externa do polegar e terminando no dedo mínimo com movimentos de vaivém;• Passar para o antebraço, escovando em toda a
sua extensão, desde o punho até o cotovelo, girando e mantendo a mão elevada, não podendo tocar em nada;• Escovar também o cotovelo com movimentos
circulares;
PROCEDIMENTOS
• Enxaguar a escova, passar para a outra mão, pegando-a pela extremidade oposta que segurava antes;• Ensaboar e iniciar a escovação da mãe esquerda
com os mesmos procedimentos adotados para a mão direita;• Ao terminar a escovação depositar a escova na
pia;• Proceder o enxague no sentido das unhas, mãos,
antebraço e cotovelo, em ambos os braços;
PROCEDIMENTOS
• Manter as mãos juntas e elevadas após o enxague,
deixando escorrer o excesso de água na pia;
• Ir para a sala operatória, mantendo as mãos juntas e
antebraços em posição vertical, acima da cintura e
sem tocar em nada;
• Enxugar com compressas esterilizadas as mãos,
antebraços e por último os cotovelos, primeiro o da
mão direita e depois o da mão esquerda, em
seguida desprezar no hamper.
PROCEDIMENTOS
VESTIR AVENTAL ESTERILIZADO
• Pegar o avental pela parte posterior superior junto às
tiras, elevá-lo e trazê-lo para fora da mesa;
• Abrir o avental sem encostar em nada, realizando
movimentos firma e rápido;
• Segurar o avental pela parte interna do ombro, e com
um movimento rápido e cuidadoso, introduzir os dois
braços nas mangas, ao mesmo tempo, conservando
as mãos para o alto e os braços em extensão;
VESTIR AVENTAL ESTERILIZADO
• Distanciar da cintura os amarrilhos para que o
circulante possa pegá-los e amarrá-los;
• Deixar os braços acima da cintura e na frente,
considerar esterilizados apenas a parte da frente
e acima da cintura.
CALÇAR LUVAS ESTERILIZADAS
• Abrir o envelope de luvas, de modo que os punhos
finquem voltados para a pessoa que vai calçar;
• Calçar a luva esquerda, segurando-a a com a mão
direita, tendo o cuidado de segurá-la sobre a
dobra do punho;
• Calçar a luva direita, com o auxilio da mão
esquerda, com os dedos introduzidos na dobra e
puxá-la até cobrir o punho da manga do avental;
CALÇAR LUVAS ESTERILIZADAS
• Ajeitar as luvas com ambas as mãos e sobrepô-las ao punho do avental, não deixar qualquer parte do punho do avental para fora nem pele exposta;
• Conservar as mãos enluvadas para o alto e acima do nível da cintura.
• Para Descalçar as luvas
• Dobrar os punhos das luvas, sem, contudo tocar n aparte interna;
• As luvas devem ficar pelo avesso, com a finalidade de proteger a equipe cirúrgica.
CALÇAR LUVAS ESTERILIZADAS
PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO
• Esporos: são formas inativas de bactérias;• Esterilização: é o processo de destruição de todos
os organismos patogênicos, eliminação dos esporos e inativação dos vírus;• Desinfecção: processo de destruição de todos os
organismos patogênicos, exceto os esporulados;• Desinfetante: substancia química usada para
fazer desinfecção;• Antisséptico: toda substância capaz de impedir a
proliferação das bactérias, inativando-as ou destruindo-as;• Bactericida: agente que mata as bactérias.
PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO
Métodos de esterilização
Físicos Calor
Calor úmido
Calor Seco
Químicos
GasesParafórmicoOxido de Etileno
Líquidos Produtos químicos
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR ÚMIDO
• Esterilização a calor úmido por meio de vapor
saturado e sob pressão constitui o processo de
esterilização mais variável e fácil de controlar.
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR ÚMIDO
• Vantagens:
• Altamente efetiva;
• Rápido aquecimento e rápida penetração nos pacotes;
• Barata;
• Pode esterilizar.
• Desvantagens:
• O material deve ter resistência ao calor e a umidade;
• Não esteriliza pós e óleos.
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR ÚMIDO
• Os materiais são divididos em:
• Material de superfície: material pouco denso,
exposição de 15 min a 121°C. Exemplo: seringas,
agulhas, cubas, sondas, etc.
• Material de densidade: material espesso.
Exposição por 30 minutos a 121°C. Exemplo:
gazes, compressas, campos, etc.
CUIDADOS COM O CARREGAMENTO DA AUTOCLAVE
• Carregar o aparelho com material que requer o
mesmo tempo de exposição;
• Utilizar apenas 80% da capacidade da autoclave;
• Dispor o material na autoclave, de modo a
facilitar a penetração e circulação do vapor e
eliminação do ar.
ESTERILIZAÇÃO PELO AR SECO
• Estufa ou forno de Pasteur – caracteriza esse
método a ausência de umidade, o que o torna
menos eficiente e mais moroso, por aumentar a
termoresistência de esporos. Deve ser utilizado
apenas por material que não pode ser esterilizado
pelo vapor.
ESTERILIZAÇÃO PELO AR SECO
• Vantagens:
• Esteriliza pós, óleos e vidros;
• Pouco corrosivo;
• Baixo custo.
• Desvantagens
• A penetração do calor no material é lenta;
• Requer longo período de exposição;
• Limitações de artigos e utilização de invólucros;
• Inadequada para tecidos e borrachas.
ESTERILIZAÇÃO PELO AR SECO
• Para se efetuar a esterilização faz-se necessário
um período de 2 horas de exposição a 160°C.
• As substancias oleosas exigem 4 horas e 45
minutos para que haja aquecimento e
esterilização a 160°C .
• Durante a esterilização a estufa não pode ser
aberta.
ESTERILIZAÇÃO POR PRODUTOS QUÍMICOS
• A escolha deste método faz-se pela impossibilidade de determinados matérias não poderem sem expostos ao calor. Ao escolher um produto químico observar as seguintes propriedades:• Não ser irritante ou tóxico para os tecidos
humanos;• Ter poder para destruir os microorganismos
patogênicos;• Ser estável;• Não ser corrosivo.
ESTERILIZAÇÃO POR PRODUTOS QUÍMICOS
• Observar:• Emergir o artigo na solução adequada;• Utilizar EPI e garantir ventilação na sala;• Preencher o interior das tabulações e
reentrâncias com o auxilio de seringa, se necessário, evitando a formação de bolhas de ar;• Observar e respeitar o tempo de exposição• Enxaguar os artigos;• Secar com compressa estéril ou ar comprimido;• Acondicionar em invólucro adequado.
TEMPO CIRÚRGICO
• 04 tempos:
• diérese;
• hemostasia;
• cirurgia propriamente dita;
• síntese.
• Dependendo da cirurgia, acrescentamos: exérese,
drenagem, implantação de próteses, etc.
• Diérese – a abertura ou incisão. Preparar os tecidos ou
planos anatômicos para atingir uma região ou órgão. Pode
ser classificada em mecânica ou física.
DIÉRESE MECÂNICA
• Punção – introdução de uma agulha ou cateter
nos tecidos sem seccioná-los.
• Secção – segmentação dos tecidos com material
cortante.
• Curetagem – raspagem de superfície de um
órgão com o auxílio de cureta.
• Dilatação – processo através do qual se procura
aumentar a luz de um órgão tubular.
DIÉRESE FÍSICA
• Térmica: realizada com calor, cuja fonte é a
energia elétrica (bisturi elétrico)
• Crioterapia – consiste no resfriamento intenso e
repetido da área em que vai ser realizada a
intervenção cirúrgica.
• Raio laser – consiste em um bisturi que emprega
feixe de radiação infravermelho de alta
intervenção cirúrgica.
HEMOSTASIA
• Hemostasia: controle de hemorragia.
• Hemostasia temporária: após uma secção o vaso sangrante deve ser imediatamente comprimido com o dedo, compressa ou gaze enquanto se providencia seu pinçamento com pinça hemostática.
• Sangramentos difusos: a colocação de compressas por 5-10 minutos são suficientes. Dentro da cavidade as compressas deverão estar úmidas por SF 0,9%.
HEMOSTASIA
• Ligadura com fio cirúrgico: pode ser preventiva e anterior à secção do vaso, ou reparativa, após a secção do vaso e hemorragia.
• Hemostasia com eletrocautério: cirurgião encosta o eletrocautério na pinça, presa ao tecido. Entre cauterizar e ligar sempre preferir por ligar!
• Hemostasia com clipe ou grampo: fechamento vascular mais rápido.
SÍNTESE / SUTURA
• Síntese é a recomposição dos tecidos por suturas
ou grampeamento, com aposição das bordas da
incisão ou aproximação de duas estruturas
anatômicas.
• Excepcionalmente usa-se colas biológicas, tiras de
fitas adesivas ou enfaixamento.
• Suturas são usadas para o fechamento de
cavidades, paredes, serosas, aponeuroses, fáscias,
músculos, subcutâneo...
SÍNTESE / SUTURA
• Cruenta – união dos tecidos realizada por meio de sutura permanente ou removível.• Incruenta – é a aproximação dos tecidos, unindo
bordas por meio de gesso, adesivo ou atadura.• Imediata – realizada logo após o traumatismo.• Mediata – algum tempo após a lesão.• Completa – quando é feita em toda a extensão
da lesão.• Incompleta – a união dos tecidos não é realizada
em toda a extensão da lesão, mantendo-se uma pequena abertura para colocação de um dreno.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE
• Fatores que determinam o posicionamento:• Abordagem cirúrgica;• Tipo de anestesia;• Idade, altura e peso do paciente.
• Itens que influenciam na segurança do posicionamento:• Manutenção da boa função respiratória;• Manutenção da boa circulação;• Prevenção da pressão sobre músculos e nervos;• Boa exposição e acesso para o campo cirúrgico;• Bom acesso para a administração de anestésicos.
ACESSÓRIOS NECESSÁRIOS PARA O POSICIONAMENTO
• Braçadeiras;• Travesseiros;• Coxins;• Saco de areia;• Perneiras;• Suporte para ombros;• Esparadrapo;• Extensão para mesa;• Suporte para cabeça;• Suporte para os pés;• Cobertores.
POSIÇÃO DE LITOTOMIA
• O paciente fica em posição dorsal e as pernas são
colocadas no suporte. Usada para abordagem
perineal.
POSIÇÃO DE PRONA
• O paciente deita em decúbito ventral. Usada para
cirurgia na parte posterior do corpo.
POSIÇÃO LATERAL
• O paciente é colocado sobre um dos lados, tendo a perna inferior fletida e a superior em extensão, separadas por um coxim e o paciente é fixado a mesa cirúrgica por uma faixa larga passada sobre o quadril. • Usada para cirurgia de rins, pulmões e quadril
POSIÇÃO DE FOWLER
• O paciente é colocado em posição dorsal com o
tórax elevado e os ombros são mantidos eretos.
Usado para neurocirurgia.
POSIÇÃO SUPINA OU DORSAL
• O paciente fica deitado sobre o dorso com seus
braços em posição anatômica e as pernas
levemente afastadas. Usada para indução de
anestesia geral e acesso a cavidades maiores do
corpo.
POSIÇÃO DE TREDELENMBURG
• O paciente fica em posição dorsal, com a pelve e membros inferiores elevados. Usada para cirurgia de abdome inferior e algumas cirurgias de extremidades inferiores. Essa posição pode, às vezes, interferir na respiração, porque o peso adicional dos órgãos internos comprime o diafragma do paciente.
POSIÇÃO DE TREDELENMBURG REVERSA
• O paciente fica na posição dorsal com elevação
do tórax e da cabeça. Usada para cirurgia da
cavidade abdominal superior.
POSIÇÃO CANIVETE (KRASKE)
• É a posição derivada da ventral, na qual os MMII, tórax e MMSS são abaixados de forma que o corpo fique fletido sobre a mesa, mantendo-se a região a ser operada em plano mais elevado. • Utilizada para cirurgias da região proctológicas e
coluna lombar.
O QUE DEVEMOS OBSERVAR
• O corpo do paciente está bem alinhado;• Os pés não estão cruzados;• A cinta da coxa está passada corretamente;• Os braços estão posicionados anatomicamente;• As braçadeiras estão segurando os braços
apropriadamente pelo meio do braço até o punho;• Os cotovelos estão protegidos da pressão
excessiva; • Os coxins foram colocados adequadamente;• Conferir a posição da cabeça;• Se o paciente está bem fixado na mesa.