Tec saude -_urgencia_e_emergencia para técnicos de enfermagem
Enfermagem Em Saude Coletiva
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ENFERMAGE M EM SAÚDE COLETIVA
1-Definições Gerais
1.1--A expressão saúde coletiva é uma
invenção tipicamente brasileira que
surgiu em fins da década de 1970, na
perspectiva de constituir uma nova
articulação entre as diferentes
instituições do campo da saúde.
1.2--Definição atual:
Compreende um conjunto complexo de
saberes e práticas relacionados ao
campo da saúde, envolvendo desde
organizações que prestam assistência à
saúde da população até instituições de
ensino e pesquisa e organizações da
sociedade civil. Compreende práticas
técnicas, científicas, culturais,
ideológicas, políticas e econômicas
(Carvalho, 2002).
1.3-Enfermagem em saúde Coletiva:
É o ramo da enfermagem que está
direcionado a saberes e práticas
aplicados em prol da coletividade.
2- SUS – SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE :
2.1-DEFINIÇÃO :
O Sistema Único de Saúde - SUS- foi
criado pela Lei Orgânica da Saúde n.º
8.080/90 com o objetivo de alterar a
circunstância de disparidade na
assistência à Saúde da população,
tornando obrigatório a assistência de
saúde, sem ônus a qualquer cidadão,
não sendo permitido qualquer cobrança
de dinheiro sob qualquer pretexto.
Assim, o SUS não é um serviço ou uma
instituição, mas um Sistema que
significa um conjunto de unidades, de
serviços e ações que interagem para um
fim comum. Esses elementos
integrantes do sistema referem-se ao
mesmo tempo, às atividades de
promoção, proteção e recuperação da
saúde.
2.2- Componentes do SUS : Do
Sistema Único de Saúde fazem parte os
centros e postos de saúde, hospitais -
incluindo os universitários, laboratórios,
hemocentros (bancos de sangue), além
de fundações e institutos de pesquisa,
como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo
Cruz e o Instituto Vital Brazil.
2.3- Benefícios para o cidadão : Por
meio do Sistema Único de Saúde, todos
os cidadãos têm direito a consultas,
exames, internações e tratamentos nas
Unidades de Saúde vinculadas ao SUS,
sejam públicas (da esfera municipal,
estadual e federal) ou privadas,
contratadas pelo gestor público de
saúde.
2.4-Financiamento do SUS: O SUS é
destinado a todos os cidadãos e é
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financiado com recursos arrecadados
através de impostos e contribuições
sociais pagos pela população em geral e
compõem os recursos do governo
federal, estadual e municipal.
2.5-Doutrinas do SUS:
Baseado nos preceitos constitucionais a
construção do SUS se norteia pelos
seguintes
princípios doutrinários:
1. UNIVERSALIDADE – É a
garantia de atenção à saúde por
parte do sistema, a todo e
qualquer cidadão. Com a
universalidade, o indivíduo
passa a ter direito de acesso a
todos os serviços públicos de
saúde, assim como àqueles
contratados pelo poder público.
Saúde é direito de cidadania e
dever do Governo: municipal,
estadual e federal.
2. EQÜIDADE – É assegurar
ações e serviços de todos os
níveis de acordo com a
complexidade que cada caso
requeira, more o cidadão onde
morar, sem privilégios e sem
barreiras. Todo cidadão é igual
perante o SUS e será atendido
conforme suas necessidades até
o limite do que o sistema puder
oferecer para todos.
3. INTEGRALIDADE - É o
reconhecimento na prática dos
serviços de que: cada pessoa é
um todo indivisível e integrante
de uma comunidade; as ações de
promoção, proteção e
recuperação da saúde formam
também um todo indivisível e
prestar assistência integral.
2.6-Princípios que regem a
Organização do SUS
1. REGIONALIZAÇÃO e
HIERARQUIZAÇÃO -
Os serviços devem ser
organizados em níveis de
complexidade
tecnológica crescente,
dispostos numa área
geográfica delimitada e
com a definição da
população a ser atendida.
Isto implica na
capacidade dos serviços
em oferecer a uma
determinada população
todas as modalidades de
assistência, bem como o
acesso a todo tipo de
tecnologia disponível,
possibilitando um ótimo
grau de resolubilidade
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(solução de seus
problemas). O acesso da
população à rede deve se
dar através dos serviços
de nível primário de
atenção que devem estar
qualificados para atender
e resolver os principais
problemas que
demandam os serviços
de saúde. Os demais,
deverão ser referenciados
para os serviços de maior
complexidade
tecnológica. A rede de
serviços, organizada de
forma hierarquizada e
regionalizada, permite
um conhecimento maior
dos problemas de saúde
da população da área
delimitada, favorecendo
ações de vigilância
epidemiológica,
sanitária, controle de
vetores, educação em
saúde, além das ações de
atenção ambulatorial e
hospitalar em todos os
níveis de complexidade.
2. RESOLUBILIDADE -
É a exigência de que,
quando um indivíduo
busca o atendimento ou
quando surge um
problema de impacto
coletivo sobre a saúde, o
serviço correspondente
esteja capacitado para
enfrentá-lo e resolvê-lo
até o nível da sua
competência.
3. DESCENTRALIZAÇÃ
O - É entendida como
uma redistribuição das
responsabilidades quanto
às ações e serviços de
saúde entre os vários
níveis de governo, a
partir da idéia de que
quanto mais perto do fato
a decisão for tomada,
mais chance haverá de
acerto. Assim, o que é
abrangência de um
município deve ser de
responsabilidade do
governo municipal; o
que abrange um estado
ou uma região estadual
deve estar sob
responsabilidade do
governo estadual, e, o
que for de abrangência
nacional será de
responsabilidade federal.
4. PARTICIPAÇÃO DOS
CIDADÃOS - É a
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garantia constitucional
de que a população,
através de suas entidades
representativas,
participará do processo
de formulação das
políticas de saúde e do
controle da sua
execução, em todos os
níveis, desde o federal
até o local. A
participação deve se dar
nos Conselhos de Saúde,
com representação
paritária de usuários,
governo, profissionais de
saúde e prestadores de
serviço.
5. COMPLEMENTARIE
DADE DO SETOR
PRIVADO - A
Constituição definiu que,
quando por insuficiência
do setor público, for
necessário a contratação
de serviços privados, isso
deve se dar sob três
condições:
1ª - a celebração de contrato, conforme
as normas de direito público, ou seja,
interesse público prevalecendo sobre o
particular ;
2ª - a instituição privada deverá estar
de acordo com os princípios básicos e
normas técnicas do SUS.
Prevalecem, assim, os princípios da
universalidade, eqüidade, etc., como se
o serviço privado fosse público, uma
vez que, quando contratado, atua em
nome deste ;
3ª - a integração dos serviços privados
deverá se dar na mesma lógica
organizativa do SUS, em termos de
posição definida na rede regionalizada
e hierarquizada dos serviços. Dessa
forma, em cada região, deverá estar
claramente estabelecido,
considerando-se os serviços públicos e
privados contratados, quem vai fazer o
que, em que nível e em que lugar.
3-História Natural da doença
História natural da doença é a
denominação dada ao conjunto de
processos interativos que engloba as
inter-relações do agente, do suscetível e
do meio ambiente que afetam o
processo global e seu desenvolvimento,
desde as primeiras forças que designam
o estímulo patológico no meio
ambiente, ou em qualquer outro lugar,
passando pela resposta do homem ao
estímulo, até as alterações que levam a
um defeito, invalidez, recuperação ou
morte.
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1. PERÍODO DE PRÉ-
PATOGÊNESE
O primeiro período da história
natural: é a própria evolução das inter-
relações dinâmicas, que envolvem, de
um lado, os condicionantes sociais e
ambientais e, do outro, os fatores
próprios do suscetível, até que se
chegue a uma configuração favorável á
instalação da doença. Envolve, como já
foi citado antes, as inter-relações entre
os agentes etiológicos da doença, o
suscetível e outros fatores ambientais
que estimulam o desenvolvimento da
enfermidade e as condições sócio-
econômico-culturais que permitem a
existência desses fatores.
2. PERÍODO DE
PATOGÊNESE
A história natural da doença tem
seguimento com a sua fundação e
evolução no homem. É o período da
patogênese. Este período se inicia com
as primeiras ações que os agentes
patogênicos desempenham sobre o ser
afetado. Seguem-se as reações
bioquímicas em nível celular,
prosseguindo com as perturbações na
forma e na função, evoluindo para
defeitos permanentes, cronicidade,
morte ou cura.
3.1-Prevenção é o conjunto de medidas
que visam evitar a doença na
coletividade, utilizando medidas que
acabem com a patologia, ou a
minimizem na população.
3.1.1-Tipos de Prevenção
Primária - quaisquer atos destinados
a diminuir a incidência de uma doença
numa população, reduzindo o risco de
surgimento de casos novos;
São exemplos a vacinação , o
tratamento da água para consumo
humano, de medidas de desinfecção e
desinfestação ou de ações para prevenir
a infecção por HIV , e outras ações de
educação e saúde ou distribuição
gratuita de preservativos , ou de
seringas descartáveis aos toxicômanos .
Secundária - quaisquer atos
destinados a diminuir a prevalência de
uma doença numa população reduzindo
sua evolução e duração;
Um exemplo é o rastreio do cancro do
colo uterino, causado pela transmissão
sexual do HPV . A prevenção
secundária consiste em um diagnostico
precoce e tratamento imediato.
Terciária - quaisquer atos destinados
a diminuir a prevalência das
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incapacidades crônicas numa
população, reduzindo ao mínimo as
deficiências funcionais consecutivas à
doença.
Como exemplo, podem-se citar ações
de formação a nível de escolas ou locais
de trabalho que visem anular atitudes
fóbicas em relação a um indivíduo
infectado pelo HIV . Outro exemplo, a
nível da saúde ocupacional seria a
reintegração daquele trabalhador na
empresa, caso não pudesse continuar a
exercer, por razões médicas, o mesmo
tipo de atividades.
4- Programas dos Centros de Saúde e
PSF:
4.1-PROGRAMA DE
ASSISTÊNCIA
INTEGRAL A SAÚDE
DA MULHER E DA
CRIANÇA – PAISMIC:
O objetivo maior do
PAISM é atender a
mulher em sua
integralidade, em todas
as fases da vida,
respeitando as
necessidades e
características de cada
uma delas.
4.1.1-As áreas de atuação do PAISM
são divididas em grupos baseados nas
fases da vida da mulher, a saber:
• Assistência ao ciclo gravídico
puerperal: pré-natal (baixo e alto risco),
parto e puerpério;
• Assistência ao abortamento;
• Assistência à concepção e
anticoncepção-;
• Prevenção do câncer de colo uterino e
detecção do câncer de mama; (Portaria
3040 de 21 de junho de 1998 do
Ministério da Saúde instituiu o
Programa Nacional de Combate ao
Câncer do Colo Uterino);
• Assistência ao climatério;
• Assistência às doenças ginecológicas
prevalentes;
• Prevenção e tratamento das
DST/AIDS;
• Assistência à mulher vítima de
violência.
4.2-TRO-TERAPIA DE
REIDRATAÇÃO ORAL
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Este Programa tem por objetivo corrigir
o desequilíbrio hidroeletrolítico pela
(restabelecendo em nível o mais
próximo possível, a água e os eletrólitos
reduzidos durante a diarréia), manter e
recuperar o estado nutricional.
4.3-IRA – INFECÇÃO
RESPIRATÓRIA AGUDA
Este Programa visa atender as crianças
com IRA que é um conjunto de
doenças, que acomete principalmente
crianças e que se espalha com
facilidade, passando de uma pessoa para
outra, dando mais de uma vez na mesma
criança. As infecções respiratórias
agudas, principalmente a pneumonia,
podem trazer risco de vida quando não
tratadas. A criança é acompanhada por
este Programa até a melhora do Quadro
patológico.
4.4-PCCU- PROGRAMA DE
CÂNCER DO COLO UTERINO
Este Programa consiste no
desenvolvimento e na prática de
estratégias que reduzam a mortalidade e
as repercussões físicas, psíquicas e
sociais do câncer do colo do útero e de
mama. ( com a introdução do programa
viva mulher).
4.5-PROAME- PROGRAMA DE
INCENTIVO AO ALEITAMENTO
MATERNO
É um Programa de saúde pública, de
atendimento ambulatorial, com atuação
de uma equipe multidisciplinar que
acompanha o crescimento e o
desenvolvimento de crianças de 0 a 6
meses de vida, orientando e
incentivando as mães para que
amamentem seus filhos exclusivamente
ao seio durante esse período.
4.6-AIDP-ASSISTÊNCIA
INTEGRAL AS DOENÇAS
PREVALENTES
O objetivo do Programa é reduzir a
morbimortalidade de crianças de zero a
cinco anos de idade. A estratégia AIDPI
incorporou as ações do Programa de
Assistência Integral à Saúde da Criança
(PAISC), porém introduzindo o
conceito de integralidade. Propõe um
novo modelo de abordagem à saúde da
criança no primeiro nível de atenção,
sistematizando o atendimento clínico e
integrando ações curativas com medidas
preventivas e de promoção da saúde.
4.7-DST-AIDS - PROGRAMA DE
DOENÇAS SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS E AIDS
A missão do Programa Nacional de
DST e Aids (PN-DST/AIDS) é reduzir a
incidência do HIV/aids e melhorar a
qualidade de vida das pessoas vivendo
com HIV/aids. Para isso, foram
definidas diretrizes de melhoria da
qualidade dos serviços públicos
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oferecidos às pessoas portadoras de aids
e outras DST; de redução da
transmissão vertical do HIV e da sífilis;
de aumento da cobertura do diagnóstico
e do tratamento das DST e da infecção
pelo HIV; de aumento da cobertura das
ações de prevenção em mulheres e
populações com maior vulnerabilidade;
da redução do estigma e da
discriminação; e da melhoria da gestão
e da sustentabilidade.
4.8-PSF- PROGRAMA SAÚDE DA
FAMÍLIA
A Saúde da Família é entendida como
uma estratégia de reorientação do
modelo assistencial, operacionalizada
mediante a implantação de equipes
multiprofissionais em unidades básicas
de saúde. Estas equipes são
responsáveis pelo acompanhamento de
um número definido de famílias,
localizadas em uma área geográfica
delimitada. As equipes atuam com
ações de promoção da saúde,
prevenção, recuperação, reabilitação de
doenças e agravos mais freqüentes, e na
manutenção da saúde desta
comunidade.
4.9-PACS-PROGRAMA DE
AGENTES COMUNITÁRIOS DE
SAÚDE
Ao Programa a de saúde da Família
também está associado o PACS, que
cria esse ator, o Agente Comunitário de
Saúde , morador da comunidade onde
trabalha e atua. Ele deve ser
instrumentalizado para desenvolver
ações de educação em saúde e apoiar a
comunidade na melhoria das suas
condições de vida. Desempenha papel
relevante de interlocutor com a
comunidade, que pode contribuir para
identificação mais cuidadosa de suas
necessidades e ainda estimular a
participação da comunidade no
controlede suas condições de saúde e de
qualidade de vida.
4.10- PLANEJAMENTO FAMILIAR
Programa que engloba a assistência ao
planejamento familiar deve incluir
acesso à informação e a todos os
métodos e técnicas para a concepção e
anti-concepção cientificamente aceitos,
e que não coloquem em risco a vida e a
saúde das pessoas.
4.11- PROGRAMA DE SAÚDE
MENTAL
O Programa de Saúde Mental busca
reverter o atual modelo baseado na
internação em hospitais psiquiátricos
por serviços que privilegiem o
atendimento fora dos hospitais.
5-DOENÇAS INFECCIOSAS
A doença infecciosa ou doença
transmissível é qualquer patologia
causada por um agente biológico por
exemplo: vírus, bactéria, parasita , em
contraste com causa física (por
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exemplo: queimadura , intoxicação,
etc.).
5.1-SARAMPO – É uma doença
exantemática.trabalhos de assistência, e
integração de
Epidemiologia: É um dos cinco
exantemas da infância clássicos, com a
varicela rubéola , eritema infeccioso e
roséola. É altamente infeccioso e
transmitido por secreções respiratórias
comoespirro e tosse
Sintomas: As manifestações iniciais
são febre alta, tosse rouca e persistente,
coriza, conjuntivite e fotofobia
(hipersensibilidade à luz). Surgem
manchas brancas na mucosa da boca
(que são diagnósticas). Surgem ainda
manchas maculopapulares
avermelhadas na pele, inicialmente no
rosto e progredindo em direção aos pés,
durando pelo menos três dias, e
desaparecendo na mesma ordem de
aparecimento..
Diagnóstico e tratamento: O
diagnóstico é clinico devido às
caracteristicas muito típicas,
especialmente as manchas de Koplik -
manchas brancas na mucosa da boca-
parte interna da bochecha. Pode ser feita
detecção de antiigenos em amostra de
soro.
A prevenção é por vacina Tríplice
viral , feita com cepa de vírus vivo
atenuado. O tratamento é sintomático.
5.2-RUBÉLOLA A Rubéola ou
Rubela é uma doença causada pelo
vírus da rubéola e transmitida por via
respiratória. É uma doença geralmente
benigna, mas que pode causar
malformações no embrião em infecções
de mulheres grávidas.
Epidemiologia A rubéola é um dos
cinco exantemas ( com marcas
vermelhas na derme) da
infância. Os outros são o
sarampo, a varicela, o eritema
infeccioso e a roséola.
Progressão e sintomas: A transmissão
é por contacto direto, secreções ou
pelo ar. O vírus multiplica-se na
faringe e nos órgãos linfáticos e
depois dissemina-se pelo sangue
para a pele. A infecção,
geralmente, tem evolução benigna
e em metade dos casos não produz
qualquer manifestação clínica. As
manifestações mais comuns são
febre baixa (até 38ºC), aumento
dos gânglios linfáticos no
pescoço, hipertrofia ganglionar
retro-ocular e suboccipital,
manchas (máculas) cor-de-rosa
(exantemas) cutâneas,
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inicialmente no rosto e que
evoluem rapidamente em direção
aos pés e em geral desaparecem
em menos de 5 dias. Outros
sintomas são a vermelhidão
(inflamação) dos olhos (sem
perigo), dor muscular das
articulações, de cabeça e dos
testículos, pele seca e congestão
nasal com espirros.
Atenção : O vírus da rubéola só é
verdadeiramente perigoso quando a
infecção ocorre durante a gravidez, com
colonização de vírus na placenta e
infecção do embrião, notadamente
durante os primeiros três meses de
gestação. Nestes casos a rubéola pode
causar aborto, morte fetal, parto
prematuro e malformações congênitas
(cataratas, glaucoma, surdez,
cardiopatia congênita, microcefalia com
retardo mental ou espinha bífida). A
infecção nos primeiros três meses da
gravidez pelo vírus da rubéola é
suficiente para a indicação de aborto
voluntário da gravidez.
Diagnóstico: O diagnóstico clínico é
complexo por semelhança dos
sintomas com os dos outros
exantemas. É mais
freqüentemente sorológico, com
detecção de anticorpos
específicos para o vírus, ou por
ELISA (teste imunoenzimático
que permite a detecção de
anticorpos específicos no soro).
Tratamento
• Não existe tratamento antiviral
especifico
• Normalmente é sintomático
(analgésicos como o
paracetamol)
Vacina: A vacina utilizada na idade
de 12 meses é a Tríplice viral , e
mais tarde em mulheres em
idade fértil não grávidas Dupla
Viral. A vacina é composta por
vírus vivos atenuados, cultivados
em células de rim de coelho ou
em células diplóides humanas.
Pode ser produzida na forma
monovalente, associada com
sarampo (dupla viral) ou com
sarampo e caxumba (tríplice
viral). A vacina se apresenta de
forma liofilizada, devendo ser
reconstituída para o uso. Após sua
reconstituição, deve ser
conservada à temperatura positiva
de 2º a 8º C, nos níveis local e
regional. No nível central, a
temperatura recomendada é de
menos 20º C. Deve ser mantida
protegida da luz, para não perder
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atividade. A vacina é utilizada em
dose única de 0,5 mL via
subcutânea.
5.3-HEPATITES
Hepatite é toda e qualquer inflamação
do fígado e que pode resultar desde uma
simples alteração laboratorial (portador
crônico que descobre por acaso a
sorologia positiva), até doença
fulminante e fatal (mais freqüente nas
formas agudas). Existem várias causas
de hepatite, sendo as mais conhecidas as
causadas por vírus das hepatite A, B, C,
D, E, F, G, citomegalovírus, etc). Outras
causas: drogas (álcool,
antiinflamatórios, anticonvulsivantes,
sulfas, derivados imidazólicos,
hormônios tireoidianos,
anticoncepcionais, etc), distúrbios
metabólicos (doença de Wilson,
politransfundidos, hemossiderose,
hemocromatose, etc), transinfecciosa,
pós-choque. Em comum, todas as
hepatites têm algum grau de destruição
das células hepáticas.
Sintomatologia :A grande maioria das
hepatites agudas são assintomáticas ou
leva a sintomas incaracterísticos como
febre, mal estar, desânimo e dores
musculares. Hepatites mais severas
podem levar a sintomas mais
específicos, sendo o sinal mais
chamativo a icterícia , conhecida
popularmente no Brasil por “trisa” ou
"amarelão" e que caracteriza-se pela
coloração amarelo-dourada da pele e
conjuntivas. Associado pode ocorrer
urina cor de coca-cola (colúria) e fezes
claras, tipo massa de vidraceiro (acolia
fecal). Hepatites mais graves podem
cursar com insuficiência hepática e
culminar com a encefalopatia hepática e
óbito. Hepatites crônicas (com duração
superior a 6 meses), geralmente são
assintomáticas e podem progredir para
cirrose.
Tipos de Hepatites :
Hepatite A: É uma hepatite infecciosa
aguda causada pelo vírus da hepatite A,
que pode cursar de forma subclínica.
Transmissão é do tipo fecal oral, ou
seja, ocorre contaminação direta de
pessoa para pessoa ou através do
contacto com alimentos e água
contaminados, e os sintomas iniciam em
média 30 dias após o contágio. É mais
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comum onde não há ou é precário o
saneamento básico. A falta de higiene
ajuda na disseminação do vírus. O uso
na alimentação de moluscos e ostras de
águas contaminadas com esgotos e
fezes humanas contribui para a
expansão da doença. Uma vez infectada
a pessoa desenvolve imunidade
permanente. A transmissão através de
agulhas ou sangue é rara.
Prevenção vacina segura para hepatite
A.
Os sintomas são de início súbito, com
febre baixa, fadiga, mal estar, perda do
apetite, sensação de desconforto no
abdome, náuseas e vômitos. Pode
ocorrer diarreia. A icterícia é mais
comum no adulto (60%) do que na
criança (25%). A icterícia desaparece
em torno de duas a quatro semanas. É
considerada uma hepatite branda, pois
não há relatos de cronificação e a
mortalidade é baixa. Não existe
tratamento específico. O paciente deve
receber sintomáticos e tomar medidas
de higiene para prevenir a transmissão
para outras pessoas. Pode ser prevenida
pela higiene e melhorias das condições
sanitárias, bem como pela vacinação. É
conhecida como a hepatite do viajante.
Hepatite B
Transmissão é através de sangue,
agulhas e materiais cortantes
contaminados, também com as tintas
das tatuagens, bem como através da
relação sexual. É considerada também
uma doença sexualmente transmissível.
Pode ser adquirida através de tatuagens,
piercings, no dentista e até em sessões
de depilação.
Os sintomas são semelhantes aos das
outras hepatites virais, mas a hepatite B
pode cronificar e provocar a cirrose
hepática.
A prevenção é feita utilizando
preservativos nas relações sexuais e não
utilizando materiais cortantes ou
agulhas que não estejam devidamente
esterilizadas. Recomenda-se o uso de
descartáveis de uso único. Quanto mais
cedo se adquire o vírus, maiores as
chances de ter uma cirrose hepática.
Existe vacina para hepatite B, que é
dada em três doses intramusculares e
deve ser repetida a cada 10 anos.
Hepatite C
Transmissão Hepatite que pode ser
adquirida através de transfusão
sanguínea, tatuagens, uso de drogas,
piercings, no dentista e em manicure, e
de grande preocupação para a Saúde
Pública.
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Sintomatologia : A grande maioria dos
pacientes é assintomática no período
agudo da doença, mas podem ser
semelhantes aos das outras hepatites
virais. A hepatite C é perigosa porque
pode cronificar e provocar a cirrose
hepática e o hepatocarcinoma, neoplasia
maligna do fígado.
Prevenção é feita evitando-se o uso de
materiais cortantes ou agulhas que não
estejam devidamente esterilizadas.
Recomenda-se o uso de descartáveis de
uso único, bem como material próprio
em manicures. A esterilização destes
materiais é possível, porém não há
controle e as pessoas que ‘dizem’ que
esterilizam não têm o preparo
necessário para fazer uma esterilização
real. Não existe vacina para a hepatite
C e é considerada pela Organização
Mundial da Saúde como o maior
problema de saúde pública, é a maior
causa de transplante hepático e
transmite-se pelo sangue mais
facilmente do que a AIDS.
Hepatite D
Transmissão Causada por RNA-vírus
(tão pequeno que é incapaz de produzir
seu próprio envelope protéico e de
infectar uma pessoa), só tem
importância quando associada à hepatite
B, pois a potencializa. Isoladamente
parece não causar infecção. Geralmente
encontrado em pacientes portadores do
vírus HIV e está mais relacionado à
cronificação da hepatite e também à
hepatocarcinoma.
Hepatite E
É uma hepatite infecciosa aguda
causada pelo vírus da hepatite E, que
pode cursar de forma subclínica. Sua
transmissão é do tipo fecal oral, através
do contato com alimentos e água
contaminados, e os sintoma iniciam em
média 30 dias após o contágio. É mais
comum após enchentes Não existe
vacina para hepatite E.
Os sintomas são de início súbito, com
febre baixa, fadiga, mal estar, perda do
apetite, sensação de desconforto no
abdome, náuseas e vômitos. Pode
ocorrer diarréia. É considerada uma
hepatite branda, apesar de risco
aumentado para mulheres grávidas,
principalmente no terceiro trimestre
gestacional, que podem evoluir com
hepatite fulminante.
Tratamento : Não existe tratamento
específico. O paciente deve receber
medicamentos sintomáticos e repousar.
Pode ser prevenida através de medidas
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de higiene, devendo ser evitado comprar
alimentos e bebidas de vendedores
ambulantes.
Hepatite F DNA-vírus, transmitido a
macacos Rhesus sp. em laboratório
experimentalmente, através de extratos
de fezes de macacos infectados. Ainda
não há relatos de casos em humanos.
Hepatite G A hepatite G foi a hepatite
descoberta mais recentemente (em
1995) e é provocada pelo vírus VHG
(vírus mutante do vírus da hepatite C)
que se estima ser responsável por 0,3
por cento de todas as hepatites víricas.
Desconhecem-se, ainda, todas as formas
de contágio possíveis, mas sabe-se que
a doença é transmitida, sobretudo,
pelo contato sanguíneo (transmissão
parenteral). Pode evoluir para infecção
persistente com prevalência de 2%
entre doadores de sangues. Não foi
ainda possível determinar com exatidão
– dado que a descoberta da doença e do
vírus que a provoca foram recentes –, as
consequências da infecção com o vírus
da hepatite G. A infecção aguda é
geralmente «suave» e transitória e
existem relatos duvidosos de casos de
hepatite fulminante (os especialistas
ainda não chegaram a uma conclusão
definitiva sobre as causas destas
hepatites fulminantes).
5.4-POLIOMIELITE
O poliovírus é um enterovírus, com
genoma de RNA simples . O vírus não
tem envelope bilipídico, é recoberto
apenas pelo cápsideo e é extremamente
resistente às condições externas.
Epidemiologia
É mais comum em crianças ("paralisia
infantil"), mas também ocorre em
adultos, como a transmissão do
poliovírus "selvagem" pode se dar de
pessoa a pessoa através de contato fecal
- oral, o que é crítico em situações onde
as condições sanitárias e de higiene são
inadequadas. Crianças de baixa idade,
ainda sem hábitos de higiene
desenvolvidos, estão particularmente
sob risco.
Transmissão : O poliovírus também
pode ser disseminado por contaminação
fecal de água e alimentos.Todos os
doentes, assintomáticos ou
sintomáticos, expulsam grande
quantidade de vírus infecciosos nas
fezes, até cerca de três semanas depois
da infecção do individuo.Os seres
humanos são os únicos atingidos e os
únicos reservatórios, daí a vacinação
universal poder erradicar essa doença
completamente.
Progressão e Sintomas
O período entre a infecção com o
poliovírus e o início dos sintomas
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(incubação) varia de 3 a 35 dias. A
descrição seguinte refere-se à
poliomielite maior, paralítica, mas esta
corresponde a uma minoria dos casos.
Na maioria o sistema imunitário destrói
o vírus em alguma fase antes da
paralisia.
Sintomas Podem ser semelhantes às
infecções respiratórias (febre e dor de
garganta, gripe) ou gastrointestinais
(náuseas, vômitos, dor abdominal). Em
seguida dissemina-se pela corrente
sangüínea e vai infectar por essa via os
órgãos. Os mais atingidos são o sistema
nervoso incluindo cérebro, e o coração e
o fígado. A multiplicação nas células do
sistema nervoso (encefalite) pode
ocasionar a destruição de neurônios
motores, o que resulta em paralisia
flácida dos músculos por eles inervados.
Diagnóstico é por detecção do seu
DNA com PCR ou isolamento e
observação com microscópio
electrônico do vírus de fluídos
corporais.
Tratamento : a poliomielite não tem
tratamento específico. No passado
preservava-se a vida dos doentes com
poliomielite bulbar e paralisia do
diafragma e outros músculos
respiratórios com o auxílio de máquinas
que criavam as pressões positivas e
negativas necessárias à respiração por
eles (respiração artificial ou pulmão de
ferro). Antes dos programas de
vacinação, os hospitais pediátricos de
todo o mundo estavam cheios de
crianças perfeitamente lúcidas
condenadas à prisão do seu "pulmão de
ferro".
Prevenção: Vacinação com vacina
Sabin a criança.A única medida eficaz é
a vacinação. Há dois tipos de vacina: a
Salk e a Sabin. A Salk consiste nos três
sorotipos do vírus inativos com
formalina ("mortos"), e foi introduzida
em 1954 por Jonas Salk. Tem a
vantagem de ser estável, mas é cara e
tem de ser injetada três vezes, sendo a
proteção menor.
5.5-VARICELA (CATAPORA) É
uma patologia infecciosa aguda, com
grande transmissibilidade, causada pelo
vírus varicela-zóster. A patologia é mais
comum em crianças entre um e dez
anos, porém pode ocorrer em pessoas
susceptíveis (não imunes) de qualquer
faixa etária. Esta patologia em crianças
pode evolui sem conseqüências mais
sérias.
Transmissão : O ser humano é o único
hospedeiro natural do vírus varicela-
zóster. A infecção, em geral, ocorre
através da mucosa do trato respiratório
superior (porta de entrada). A
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transmissão do vírus acontece,
principalmente, pela secreção
respiratória (gotículas de saliva, espirro,
tosse) de um indivíduo infectado ou
pelo contato direto com o líquido das
vesículas. É possível a transmissão da
varicela través da placenta.
Medidas de proteção : A doença pode
ser evitada através da utilização da
vacina contra a varicela.
Sintomatologia : Em crianças, em
geral, as manifestações iniciais da
varicela são as lesões de pele. É comum
em adultos ocorrer febre e prostração,
um a dois dias antes do aparecimento
das lesões cutâneas. As lesões de pele
surgem como pequenas máculo-pápulas
("pequenas manchas vermelhas
elevadas"), que em algumas horas
tornam-se vesículas ("pequenas bolhas
com conteúdo líquido claro"), das quais
algumas se rompem e outras evoluem
para formação de pústulas ("bolhas com
pus") e posteriormente (em 1 a 3 dias)
formam-se crostas, resultando em cerca
de 200 a 500 lesões, que causam intenso
prurido ("coceira"). As primeiras lesões
comumente aparecem na cabeça ou
pescoço, mas a medida que estas
evoluem, rapidamente vão surgindo
novas lesões em tronco e membros e
também em mucosas (oral, genital,
respiratória e conjuntival), sendo
freqüente que os diferentes estágios
evolutivos (pápulas, vesículas, pústulas
e crostas) estejam presentes
simultaneamente. A evolução para a
cura, comumente, ocorre em até uma
semana, embora lesões crostosas
residuais possam persistir por 2 a 3
semanas e algumas pequenas cicatrizes
permaneçam indefinidamente.
Tratamento: Todas as pessoas que
apresentam manifestações clínicas
compatíveis com varicela devem ser
avaliadas por médico tão logo possível.
Os antitérmicos (paracetamol,
dipirona), caso sejam necessários,
podem ser utilizados para controlar a
febre. Os medicamentos que
contenham em sua formulação o ácido
acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®,
Doril®, Melhoral® etc) não devem ser
usados em crianças com Varicela, pela
possibilidade de Síndrome de Reye
(doença rara, de alta letalidade,
caracterizada pelo comprometimento
do sistema nervoso central e do fígado
associado ao uso deste medicamento
durante infecções virais em crianças).
O uso do ácido acetil-salicílico, por
provocar alterações na função das
plaquetas, pode ainda aumentar o
risco de episódios de sangramentoem
pessoas de qualquer idade. O prurido
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pode ser atenuado com banhos ou
compressas frias e com a aplicação de
soluções líquidas contendo cânfora ou
mentol ou óxido de zinco. Quando
muito intenso, pode ser necessário
utilizar medicamentos (como a
dexclorfeniramina ou a cetirizina),
ajustando-se a dose pelo peso do
doente, para evitar sonolência
excessiva. Para reduzir o risco de
infecção bacteriana na pele,
principalmente em crianças, as unhas
devem ser cortadas para evitar
traumatismo durante o ato de coçar. A
higiene corporal deve ser observada,
bastando para isto a limpeza com água e
sabão. Não existe comprovação
científica de benefício do uso de
substâncias como o permanganato de
potássio e soluções iodadas para a
higiene das lesões de pele. Esta prática,
pode ainda resultar em danos, incluindo
queimaduras e reações alérgicas.
Quando ocorrerem, as complicações
bacterianas (infecção secundária da
pele, pneumonia e sepse) devem ser
tratadas com antibióticos adequados,
receitados pelo médico.
5.6-FEBRE AMARELA
A febre amarela é uma doença
infecciosa causada por um flavivírus (o
vírus da febre amarela , para a qual está
disponível uma vacina altamente
eficaz. A doença é transmitida por
mosquitos e ocorre exclusivamente na
América Central, na América do Sul e
na África. No Brasil, a febre amarela é
geralmente adquirida quando uma
pessoa não vacinada entra em áreas de
transmissão silvestre (regiões de
cerrado, florestas).
Transmissão : A transmissão pode
ocorrer em áreas urbanas, silvestres e
rurais ("intermediária", em fronteiras
de desevolvimento agrícola).As
manifestações da febre amarela não
dependem do local onde ocorre a
transmissão. O vírus e a evolução
clínica são idênticos. A diferença está
apenas nos transmissores e no local
geográfico de aquisição da infecção.
Medidas de proteção individual :
Vacinação contra a febre amarela.
Manifestações :A maioria das pessoas
infectadas com o vírus da febre amarela
ntomas discretos ou não apresenta
manifestações da doença. Os sintomas
da febre amarela , em geral aparecem
entre 3 e 6 dias (período de incubação)
após a picada de um mosquito
infectado. As manifestações iniciais são
febre de início súbito, sensação de mal
estar, dor de cabeça, dor muscular,
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cansaço e calafrios. Em algumas horas
podem surgir náuseas, vômitos e,
eventualmente, diarréia. Após três ou
quatro dias, a maioria dos doentes
(85%) recupera-se completamente e fica
permanentemente imunizado contra a
doença.
Tratamento : não tem tratamento
específico. As pessoas com suspeita
desta, devem ser internadas para
investigação diagnostica e tratamento de
suporte, que é feito basicamente com
hidratação e antitérmicos. Não deve ser
utilizado remédio para dor ou febre,
acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®,
Melhoral® etc.), que pode aumentar o
risco de sangramentos. Pelo menos
durante os cinco primeiros dias de
doença é imprescindível que estejam
protegidas com mosquiteiros, uma vez
que durante esse período podem ser
fontes de infecção para o Aëdes aegypti.
As formas graves da doença necessitam
de tratamento intensivo e medidas
terapêuticas adicionais como diálise
peritonial e, eventualmente, transfusões
de sangue.
5.7-COQUELUCHE
é uma doença extremamente contagiosa
provocada pelas bactérias Bordetella
pertussis e Bordetella parapertussis que
ao entrar no organismo permanece
incubada até 14 dias. Se desenvolvem
no nariz, boca e garganta e após tal
período de incubação invade o aparelho
respiratório liberando nele suas toxinas
produzidas que fazem com que haja
superprodução do muco, impede a
fagocitose e desregula a ação das
células que fazem a fagocitose
(macrófagos). É transmitida duas
semanas antes até três semanas depois
do início da tosse após uma pessoa
doente espirrar, falar ou tossir. Também
pode se contrair a doença quando
compartilha-se lençóis, copos e outros
objetos pessoais.
Se manifesta em três fases: catarral que
dura até 14 dias, paroxística que dura
até 6 semanas e fase de convalescença
que permanece por até 3 semanas.
Sintomas :Inflamação dos brônquios,
febre baixa, tosse seca, coriza, espirros,
vômito, sudorese, expectoração e
posteriormente com a agravação da
doença manifesta perda de consciência,
convulsão, pneumonia, encefalite,
lesões cerebrais, óbito.
Tratamento :O tratamento utiliza
antibióticos para combater as bactérias,
onde normalmente utiliza-se a
eritromicina já que é eficaz e pouco
tóxica. Neste caso, o emprego de
imunoglobulina humana ainda não é
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comprovadamente eficaz. É importante
descansar muito, ingerir bastante
líquidos, utilizar oxigênio e sedativos
leves para controlar crises de tosse.
Prevenção :A doença pode ser
prevenida através da vacina tríplice que
é administrada na criança com dois
meses de vida com reforços
subseqüentes. Se uma pessoa sã for
exposta a um doente deve procurar
auxílio médico para que este prescreva
antibióticos para prevenir a doença.
5.8-ESQUITOSSOMOSE OU
BILHARZIOSE:é a doença provocada
por um parasita, o esquistossomo
(gênero Schistosoma). São três as
espécies que atacam o homem: S.
haematobium, agente da
esquistossomose vesical; S. mansoni,
responsável pela esquistossomose
intestinal; e S. japonicum, encontrada
no Extremo Oriente e responsável por
uma esquistossomose arteriovenosa, a
mais grave delas. Várias outras espécies
desse gênero parasitam outros
mamíferos e mesmo o homem.
Sintomas :4 a 8 semanas após a
contaminação começam a aparecer
sintomas como, febre, dor de cabeça,
náuseas, calafrios, dores abdominais,
inapetência, vômitos e tosse
seca.Dependendo da quantidade de
vermes, a pessoa contaminada pode se
tornar portadora do parasita sem
nenhum sintoma, ou ao longo do tempo
apresentar os sintomas iniciais de
forma mais crônica. Outros sintomas
são decorrentes da obstrução das veias
do baço e do fígado com aumento dos
mesmos e desvio de sangue podem
causar dores na parte superior
esquerda do abdômen e vômitos com
sangue
Tratamento: O tratamento é feito
usando antiparasitários(substâncias
químicas tóxicas ao parasita. O
medicamento mais indicado é o
Prazinquantel, que vem na forma de
comprimidos que normalmente é
ingerido via oral uma vez por dia, o que
já basta para eliminar o parasita e a
disseminação de ovos ao meio
ambiente. Nos casos de doença crônica
um tratamento específico é necessário.
A prevenção da esquistossomose é na
verdade muito simples, veja algumas
maneiras de se evita-la:
- Identificando as pessoas
contaminadas e dando-lhes tratamento.
- Melhorias no sistema de saneamento
básico das regiões de risco.
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- Eliminação do hospedeiro
intermediário(Caramujo).
- Distribuição de cartilhas sobre a
doença à população.
Diagnóstico :de infecção de
esquistossomose é importante saber
se a pessoa esteve em alguma área onde
há registro de casos da doença, além dos
sintomas apresentados desde então.
Além disso, exames de fezes e urinas
são essenciais. Recentemente há exames
que detectam no sangue a presença de
anticorpos que atuam contra o parasita.
5.9-MALÁRIA
A malária é uma das mais importantes
doenças tropicais do mundo e
apresenta-se bastante difundida no
mundo. Essa doença caracteriza-se por
desencadear acessos periódicos de
febres intensas que debilitam
profundamente o doente. A malária
provoca lesões no fígado, no baço e em
outros órgãos, além de anemia profunda
devido à destruição maciça dos glóbulos
vermelhos que são utilizados pelo
Plasmodium para reproduzir-se.
Tipos de Plasmodium que são
transmitidos por diferentes espécies
de mosquito.
Protozoário Tipo de malária Ciclo
(duração)
Plasmodium vivax terça benigna 48
horas
Plasmodium malariae quartã 72 horas
Plasmodium falciparum terçã maligna
(fatal) 24 a 48 horas
Profilaxia da Malária (Prevenção)
• Drenando-se
valas e banhados,
as fêmeas dos
mosquitos não
terão mais local
apropriado para a
postura;
• A criação de
peixes
larvófagos, isto
é, que se
alimentam de
larvas dos
mosquitos,
produz bons
resultados;
• O uso de
repelentes e a
utilização de tela
nas janelas
impedem que os
mosquitos se
aproximem do
homem;
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• Evitar o acúmulo
de pneus velhos,
latas, vasos e
outros
recipientes que
armazenam água,
possibilitando a
reprodução do
mosquito.
• Certas árvores,
como o eucalipto
podem ser
usadas como
plantas
drenadoras,
porque absorvem
muita água do
solo. Não
havendo água
estagnada, as
fêmeas dos
mosquitos não
terão local
adequado para a
postura;
• Educação
sanitária e o
tratamento
medicamentoso
(alcalóides) dos
enfermos são
medidas
indispensáveis.
Ainda não há
vacina contra a
malária.
Tratamento : visa principalmente a
interrupção da esquizogonia sangüínea,
responsável pela patogenia e
manifestações clínicas da infecção.
Entretanto, pela diversidade do seu ciclo
biológico, é também objetivo da
terapêutica proporcionar a erradicação
de formas latentes do parasita no ciclo
tecidual (hipnozoítos) do P. vivax,
evitando assim as recaídas tardias. Além
disso, a abordagem terapêutica de
pacientes residentes em áreas
endêmicas, pode visar também à
interrupção da transmissão, pelo uso de
drogas que eliminam as formas
sexuadas dos parasitos. Para atingir
esses objetivos, diversas drogas com
diferentes mecanismos de ação são
utilizadas, tentando impedir o
desenvolvimento do parasito no
hospedeiro. O Ministério da Saúde
através de uma política nacional de
medicamentos para tratmento da
malária, disponibiliza gratuitamente
essas drogas em todo o território
nacional através das unidades do
Sistema Único de Saúde (SUS).
5.10-CAXUMBA
É uma doença contagiosa ocasionada
por vírus, estes são transmitidos por
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gotas de espirros, tosse ou por contato
direto.
Sintomas :Os sintomas são inchaço da
glândula parótida em frente a orelha,
dor na glândula inchada com tato ou
pressão, dor aumentada com a
mastigação, febre acima de 37ºC, dores
de cabeça, e garganta inflamada. É uma
doença de transmissão respiratória e que
ataca normalmente as crianças.
A caxumba é uma doença inofensiva,
porém pode provocar complicações
como inchaço nos testículos e ovários, e
em casos raros resultar em esterilidade.
O coração e as articulações (juntas)
também podem ser acometidos.
O diagnóstico é feito através de exame
de sangue.
A prevenção é realizada devido a
eficácia da vacina tríplice viral.
5.11-DOENÇA DE CHAGAS
Trata-se de uma infecção generalizada
basicamente crônica, cujo agente
etiológico é o protozoário flagelado
Trypanosoma cruzi, habitualmente
transmitido ao homem pelas fezes do
inseto hematófago conhecido
popularmente como "bicho-barbeiro",
"procotó", "chupança", "percevejo-
do-mato", "gaudércio", etc.
A transmissão pode ser feita também
pela transfusão sangüínea, placenta e
pelo aleitamento materno. A
disseminação da doença está
profundamente relacionada com as
condições de vida da população,
principalmente de habitação, e com as
oportunidades econômicas e sociais que
lhe são oferecidas.
Modo de transmissão: O "barbeiro",
em qualquer estágio do seu ciclo de
vida, ao picar uma pessoa ou animal
com tripanossomo, suga juntamente
com o sangue formas de T.cruzi,
tornando-se um " barbeiro" infectado.
Os tripanossomos se multiplicam no
intestino do "barbeiro", sendo
eliminados através das fezes.
A transmissão se dá pelas fezes que o
"barbeiro"deposita sobre a pele da
pessoa, enquanto suga o sangue.
Geralmente, a picada provoca coceira e
o ato de coçar facilita a penetração do
tripanossomo pelo local da picada. O
T.cruzi contido nas fezes do "barbeiro"
pode penetrar no organismo humano,
também pela mucosa dos olhos, nariz e
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boca ou através de feridas ou cortes
recentes existentes na pele.
Quadro clínico:
Os sinais iniciais da doença se
produzem no próprio local, onde se deu
a contaminação pelas fezes do inseto.
Estes sinais, surgem mais ou menos de
4 a 6 dias, após o contato do "barbeiro
"com a sua vítima.
Os sintomas variam de acordo com a
fase da doença que pode ser
classificada em aguda e crônica.
Fase aguda: Febre, mal estar, falta de
apetite, edemas localizados na pálpebra
(sinal de Romanã) ou em outras partes
do corpo (chagoma de inoculação),
infartamento de gânglios, aumento do
baço e do fígado e distúrbios cardíacos.
Em crianças, o quadro pode se agravar e
levar à morte. Frequentemente, nesta
fase, não há qualquer manifestação
clínica a doença pode passar
desapercebida.
Fase crônica: Nesta fase, muitos
pacientes podem passar um longo
período, ou mesmo toda a sua vida, sem
apresentar nenhuma manifestação da
doença, embora sejam portadores do
T.cruzi . Em outros casos, a doença
prossegue ativamente, passada a fase
inicial, podendo comprometer muitos
setores do organismo, salientando-se o
coração e o aparelho digestivo.
Diagnóstico: O diagnóstico,
compreende o exame clínico e
laboratorial (pesquisa do parasito no
sangue), na fase aguda e exame clínico,
sorológico, eletrocardiograma e raio X,
na fase crônica. Nos dois casos, deve-se
levar em consideração a investigaçãop
epidemiológica.
Tratamento: As drogas hoje
disponíveis, são eficázes, apenas na fase
inicial da enfermidade, daí a
importância da descoberta precoce da
doença..
Vacinação: Ainda, não se dispõe de
vacina para uso imediato.
5.12-TUBERCULOSE
A Tuberculose é uma doença
infecciosa causada pelo Mycobacterium
tuberculosis ou bacilo de Koch em
homenagem ao seu descobridor, o
bacteriologista alemão Robert Koch, em
1882. . Apesar das inúmeras
localizações possíveis da doença, em
cerca de 90% dos casos, inicia-se pelos
pulmões.
Nas crianças, via de regra, a transmissão
ocorre pela ingestão de leite de vaca
contaminado, podendo aparecer a
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tuberculosa pulmonar, a renal, a óssea,
na pele, etc.
Sintomatologia :Na tuberculose
pulmonar, geralmente a primeira
infecção por bacilos se estabelece sem
apresentar sintomas ou com sintomas
discretos, como perda do apetite, fadiga,
irritação. Muitas vezes, os sintomas
assemelham-se aos da gripe ou do
resfriado comum. Podem surgir febre,
tosse seca, sudorese noturna e
emagrecimento.
Por outro lado, em alguns casos, a
evolução origina conseqüências
graves.Ocorre a reativação dos focos
primários, caseificação progressiva
(necrose do tecido) e cavernização,
caracterizando a tuberculose crônica.
Profilaxia : Na prevenção,
principalmente em crianças recém-
nascidas, usa-se a vacina BCG (bacilo
de Calmet-Guérin). Evitar o convívio
com tuberculoso contagiante e só
consumir leite pasteurizado ou fervido
adequadamente. Talvez a prevenção
mais eficaz seja melhorar o padrão de
vida da população, as condições de
habitação, trabalho,
alimentação.Também é importante a
descoberta de casos ocultos, através de
radiografias (abreugrafia) e teste
cutâneo (prova de tuberculina). O
tratamento, ao menos em seu início, é
feito num hospital especializado
(sanatório). Usa-se um verdadeiro
arsenal de antibióticos e, por vezes,
métodos cirúrgicos.
5.13-HANSENÍASE
A hanseníase é uma doença infecciosa
de evolução prolongada causada pelo
bacilo denominado Mycobacterium
leprae ou bacilo de Hansen, .
Transmissão : Relativamente pouco
contagiante, a forma de contágio mais
comum é a direta (pessoa a pessoa),
entre outras vias, por descargas nasais
infectadas. Existe maior predisposição
na infância, em condições sanitárias
deficientes e de subnutrição.
Sintomatologia
O período de incubação é de 3 a 5 anos.
A classificação das formas clínicas da
hanseníase divide-se basicamente em
quatro: indeterminada, tuberculóide,
dimorfa e virchowiana. Os dois tipos
mais importantes são a tuberculóide e a
virchowiana ou lepromatosa. A
formatuberculóide é carcterizada por
nódulos sob a pele e regiões de
anestesia circunscrita, pelas lesões dos
nervos periféricos. A forma mais grave
é a vichowiana ou lepromatosa que
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causa ulcerações e deformidades, com
mutilações de mãos, nariz e orelhas.
5.14-MENINGITE é uma inflamação
das meninges e do L.C.R. interposto. O
processo inflamatório estende-se por
todo o espaço sub-aracnoide em torno
do encéfalo e da medula espinal e
costuma envolver os ventrículos.
TIPOS DE MENINGITE MAIS
COMUNS – Bacteriana ou piogénica
meningococos ( bactérias formadoras de
pûs ) bacilos influenza pneumococos
# – Meningite Tuberculosa - bacilos
da tuberculose
# –Meningite Asséptica ou Viral –
agentes virais
MENINGITE BACTERIANA É uma
inflamação das membranas que cobrem
o cérebro e a espinal medula, causada
por microorganismos piogenicos e
caracterizada por L.C.R. turvo, com
proteinorraquia aumentada, glicorraquia
diminuída e hipercitose á custa de
leucócitos polimorfonucleares
alterados.>>
ETIOLOGIA Pode ser causada por
bactérias patogénicas e não patogénicas.
Todos os Mo podem causar meningite
desde que consigam atravessar a
barreira hematoencefalica. Agentes
mais frequentes:
- Neisséria meningitides
(meningococos)
- Haemophilus influenza tipo 3
- Streptococus pneumoniae
(pneumococo)
MANIFESTAÇÕES CLINICAS As
manifestações clinicas, dependem em
grande medida : - da idade do doente; -
da duração da doença; - da resposta á
infecção.Na maioria dos casos, há um
período de 3 dias de doença antes do
aparecimento incontestável de
meningite.
Sinais meningeos :
- rigidez da nuca
- Brudzinski
- Kernig
# Crianças com mais de 2 anos :
- mal estar geral;
- febre (38-40ºc );
- calafrios;
- cefaleia intensa;
- vómitos;
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- dores generalizadas;
- convulsão ( ocasionalmente )
irritação;
- sinais meningeos presentes;
- exantemas petéquiais ou
púrpuricos
Estes sintomas tendem a agravar-se,
podendo mesmo originar um estado de
coma.
# Lactentes e crianças pequenas :
Raramente é observado o quadro
clássico de meningite Os sinais
meningeos, não contribuem para o
diagnóstico por serem de difícil
avaliação.
Podem apresentar :
- febre; vómitos;
- irritabilidade;
- convulsões;
- choro;
- rigidez da nuca.
# - Período neonatal De diagnóstico
difícil. Por vezes pode ser definido com
um << a criança não está bem.
Os sintomas mais frequentes são:
- recusa alimentar;
- escassa capacidade de sucção;
- vómitos e/ou diarreia;
- tónus fraco;
- choro débil;
- hipotermia ou febre;
- icterícia;
- sonolência;
- convulsões;
DIAGNOSTICO : Em alguns casos,
as culturas de material colhido no nariz
e garganta, podem oferecer informações
valiosas
- exame físico
- Exame do Liquor (diag.
Definitivo)
TERAPÊUTICA : A conduta
terapêutica inicial compreende :
- isolamento;
- instituição de antibioterapia;
- manutenção de Hidratação;
- manutenção de ventilação;
- controle de convulsões;
- controle de temperatura;
- correcção de anemia.
PREVENÇÃO : Nas meningites
neonatais, a prevenção é feita com a
melhoria da assistência obstétrica. #
Pode ser feita através da vacinação, com
vacinas para meningococos tipo A e
tipo C. # Prevenção de infecções
respiratórias e dos ouvidos.
MENINGITE NÃO BACTERIANA
( ASSÉPTICA ) É um síndrome
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benigno causado porinumeros agentes,
principalmente vírus, e está
frequentemente associada a outras
doenças, como o sarampo, parotidite e
leucemia.
5.15-TÉTANO
O tétano é uma doença infecciosa grave
causada por uma neurotoxina produzida
pelo Clostridium tetani, uma bactéria
encontrada comumente no solo sob a
forma de esporos (formas de
resistência). O tétano, uma doença
imunoprevenível, pode acometer
indivíduos de qualquer idade e não é
transmissível de uma pessoa para outra.
A ocorrência da doença é mais
freqüente em regiões onde a cobertura
vacinal da população é baixa e o acesso
á assistência médica é limitado.
Transmissão: O tétano é uma doença
infecciosa, não transmissível de um
indivíduo para outro, que pode ocorrer
em pessoas não imunes ou seja, sem
niveis adequados de anticorpos
protetores. Os anticorpos protetores são
induzidos exclusivamente pela
aplicação da vacina antitetânica, uma
vez que a neurotoxina, em razão de
atuar em quantidades extremamente
reduzidas, é capaz de produzir a doença,
mas não a imunidade. O tétano pode
ser adquirido através da contaminação
de ferimentos (tétano acidental),
inclusive os crônicos (como úlceras
varicosas) ou do cordão umbilical.Os
esporos do Clostridium tetani são
encontrados habitualmente no solo e,
sem causar o tétano, nos intestinos e
fezes de animais (cavalos, bois,
carneiros, porcos, galinhas etc).
Também podem ser encontrados,
principalmente em áreas rurais, na pele
(integra), no intestino e fezes de seres
humanos, sem causar a doença. Quando
em condições anaeróbicas (ausência de
oxigenio), como ocorre em ferimentos,
os esporos germinam para a forma
vegetativa do Clostridium tetani, que
multiplica-se e produz exotoxinas.
Tipos de tétano
Tétano acidental - (decorrente de
acidentes) é, geralmente, é adquirido
através da contaminação de ferimentos
(mesmo pequenos) com esporos do
Clostridium tetani, que são encontrados
no ambiente (solo, poeira, esterco,
superfície de objetos - principalmente
quando metálicos e enferrujados). O
Clostridium tetani, quando contamina
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ferimentos, sob condições favoráveis
(presença de tecidos mortos, corpos
estranhos e sujeira), torna-se capaz de
multiplicar-se e produzir
tetanospasmina, que atua em terminais
nervosos, induzindo contraturas
musculares intensas.
Tétano Neonatal As gestantes que
nunca foram vacinadas, além de
estarem desprotegidas não passam
anticorpos protetores para o filho, o que
acarreta risco de tétano neonatal para o
recém-nato (criança com até 28 dias de
idade). Este tétano também chamado de
mal de sete dias é adquirido quando
ocorre contaminação do cordão
umbilical com esporos do Clostridium
tetani. A contaminação pode ocorrer
durante a secção do cordão com
instrumentos não esterilizados ou pela
utilização subseqüente de substâncias
contaminadas para realização de
curativo no coto umbilical (esterco,
fumo, pó de café, teia de aranha etc).
Medidas de proteção individual : É
uma doença imunoprevenível. Como
não é possível eliminar os esporos do
Clostridium tetani do ambiente, para
evitar a doença é essencial que todas as
pessoas estejam adequadamente
vacinadas..
A vacina contra o tétano (toxóide
tetânico) . A vacina está disponível nos
Centros Municipais de Saúde e PSFs
para pessoas de qualquer idade. O
esquema básico de vacinação na
infância é feito com três doses da
vacina tetravalente (DTP + Hib) , que
confere imunidade contra difteria,
tétano, coqueluche e infecções graves
pelo Haemophilus influenzae tipo b
(inclusive meningite), aos dois, quatro e
seis meses, seguindo-se de um reforço
com a DTP aos 15 meses e outro entre
quatro e seis anos de idade. Em
adolescentes e adultos não vacinados, o
esquema vacinal completo é feito com
três doses da dT (vacina dupla), que
confere proteção contra a difteria e o
tétano. O esquema padrão de
vacinação (indicado para os maiores
de sete anos) preconiza um intervalo
de um a dois meses entre a primeira e a
segunda dose e de seis a doze meses
entre a segunda e a terceira dose, no
intuito de assegurar títulos elevados de
anticorpos protetores por tempo mais
prolongado. Admite-se, entretanto, que
a vacinação possa ser feita com
intervalo mínimo de 30 dias entre as
doses. Para os que iniciaram o esquema
e interromperam em qualquer época,
basta completar até a terceira dose,
independente do tempo decorrido desde
a última aplicação. Para assegurar
proteção permanente, além da série
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básica, é necessária a aplicação de uma
dose de reforço a cada dez anos, uma
vez que os níveis de anticorpos contra o
tétano (e contra a difteria) vão se
reduzindo com o passar do tempo. A
dT pode ser administrada com
segurança em gestantes e constitui a
principal medida de prevenção do
tétano neonatal, não se eximindo a
importância do parto em condições
higiênicas e do tratamento adequado do
coto umbilical. Para garantir proteção
adequada para a criança contra o risco
de tétano neonatal, a gestante que tem o
esquema vacinal completo com a última
dose feita há mais de cinco anos deve
receber um reforço no sétimo mês da
gravidez.
5.16-LEPTOSPIROSE
febre dos pântanos, doença dos
porqueiros, tifo canino.
É doença infecciosa, uma zoonose,
causada por uma série de bactérias de
aspecto muito peculiar lembrando um
saca – rolhas, chamada leptospira. A
forma mais grave da doença e com mais
alta mortalidade é associada ao
Leptospira icterohaemorrhagiae,
chamada, com mais propriedade,
doença de Weil. O agente etiológico É
uma doença infecciosa causada por uma
bactéria chamada Leptospira presente
na urina de ratos e outros animais.
Transmissão : Em situações de
enchentes e inundações, a urina dos
ratos, presente em esgotos e bueiros,
mistura-se à enxurrada e à lama dos
alagamentos. A pessoa que tem contato
com água de enchente ou lama pode se
contaminar. As bactérias presentes na
água penetram no corpo humano pela
pele, principalmente se houver algum
arranhão ou ferimento.O contato com
água ou lama de esgoto, lagoas ou rios
contaminados e terrenos baldios com a
presença de ratos também podem
facilitar a transmissão da
leptospirose.As pessoas que correm
mais perigo são aquelas que vivem à
beira de córregos e em locais onde haja
ratos contaminados, lixo e também,
aquelas que trabalham na coleta de lixo,
em esgotos, plantações de cana-de-
açúcar, de arroz, etc.Também é possível
contrair a doença por ingestão de
alimentos contaminados ou pelo contato
direto da boca em latas de refrigerantes
e cervejas. Lembre-se que com enorme
freqüência as latas ficam estocadas em
armazéns infestados por roedores que
podem urinar e contaminá-las. A
mordida de ratos também pode
transmitir a leptospirose, pois os ratos
têm o hábito de lamber a genitália e
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assim poderia inocular a bactéria ao
morder uma pessoa. A rede de esgoto
precária, a falta de drenagem de águas
pluviais, a coleta de lixo inadequada e
as conseqüentes inundações são
condições favoráveis para o
aparecimento de epidemias. Assim, a
doença atinge em maior número pessoas
de baixo nível sócio-econômico, que
vivem nas periferias das grandes
cidades.
Quadro clínico Os sinais e sintomas da
leptospirose aparecem entre dois e trinta
dias após a infecção (período de
incubação), sendo em média de dez
dias.
Os primeiros sinais e sintomas :
Fraqueza, dor no corpo, dor de cabeça e
febre, sendo que, às vezes, a doença é
confundida com gripe, dengue ou algum
outro tipo de virose. Com o aumento da
febre podem ocorrer calafrios, mal-
estar, dor na batata das pernas
(panturrilhas), fortes dores na barriga e
também o aparecimento de cor
amarelada na pele (icterícia). Vômitos e
diarréia podem levar à desidratação.É
comum que os olhos fiquem muito
avermelhados. Em alguns pacientes os
sinais e sintomas podem ressurgir após
dois ou três dias de aparente melhora.
Nesse período, é comum aparecer
manchas avermelhadas pelo corpo e
pode ocorrer meningite, que geralmente
não é grave.
O diagnóstico da doença é confirmado
através de exames de sangue
(sorologia). Complicações Os pacientes
que têm icterícia geralmente
desenvolvem uma forma mais grave,
com manifestações hemorrágicas na
pele, sangramentos pelo nariz, gengivas
e pulmões e pode ocorrer insuficiência
dos rins, o que causa diminuição do
volume urinário. As formas graves
podem levar ao coma e à morte em 10%
dos casos.
Tratamento: . O tratamento se baseia
em hidratação, e o antibiótico deve ser
dado até o 4º dia de doença, devendo ser
receitado pelo médico. Podem ser dados
analgésicos, porém, está contra-
indicado o uso de ácido acetilsalicílico e
de antiinflamatórios, que podem
aumentar o risco de sangramentos.Os
casos leves podem ser tratados em casa,
após consulta médica. Os pacientes com
as formas com icterícia e hemorragias
devem ser internados.
Prevenção : Primeiramente não se deve
entrar em contato com água e lama de
enchentes, proibindo as crianças de
fazê-lo.Uso de EPIs para quem trabalha
em contato com esgoto ou lixo deve
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usar botas e luvas de borracha. Se o
contato for inevitável, usar as proteções
individuais citadas ou improvisar sacos
plásticos amarrados nos pés e mãos,
ficando o menor tempo possível em
contato com as águas.Objetos que
tiveram contato com águas de enchentes
devem ser desinfetados com água
sanitária (4 xícaras de café diluídos em
20 litros de água) e os alimentos devem
ser descartados. Água de poço deve ser
clorada ou fervida antes de beber.Se o
contato com águas de enchente já
ocorreu, o risco de contaminação da
pessoa será maior de acordo com:
• A concentração de bactérias na
água, o tempo que a pessoa
ficou em contato com as águas,
contato com mucosas, a
presença de lesões de pele e a
imunidade do indivíduo.
• Deve-se ficar atento por alguns
dias e, se a pessoa adoecer, deve
procurar o médico o mais breve
possível, contando sobre o risco
de contágio de leptospirose.
Como os ratos sãos os principais
transmissores da doença para o ser
humano, diversos cuidados devem ser
tomados para evitar a proliferação
destes roedores, tais como:
1. Manter os alimentos
guardados em
vasilhames tampados;
2. Colocar o lixo em sacos
plásticos resistentes e em
latões fechados;
3. Se tiver em casa cães,
gatos ou outros animais
de estimação, retirar e
lavar os vasilhames de
alimento do animal todos
os dias antes do
anoitecer, para não atrair
ratos;
4. Manter limpos e
desmatados os terrenos
baldios;
5. Não jogar lixo perto de
córregos, para não atrair
ratos e não dificultar o
escoamento das águas,
agravando as enchentes;
6. Fechar buracos de telhas,
paredes e rodapés;
Manter as caixas d’água,
ralos e vasos sanitários
fechados com tampas
pesadas;
7. Outros animais
domésticos também
podem transmitir a
Leptospira pela urina se
estiverem infectados,
portanto deve-se evitar
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contato com excreções
de animais, limpar as
áreas diariamente e de
preferência com a
proteção de luvas e
calçados emborrachados.
8. Cães, bovinos e suínos
devem ser vacinados
anualmente contra
leptospirose.
9. Deve-se evitar ingerir
bebidas diretamente de
latas ou garrafas sem que
essas sejam lavadas
adequadamente.
10. Deve-se usar copo limpo
ou descartável ou canudo
plástico descartável. -
Obs: Não existe vacina
disponível para seres
humanos.
5.17-DENGUE
A dengue é uma doença infecciosa
febril aguda causada por um vírus da
família Flaviridae e é transmitida
através do mosquito Aedes aegypti,
também infectado pelo vírus.
Atualmente, a dengue é considerada um
dos principais problemas de saúde
pública de todo o mundo.
Tipos de Dengue - Em todo o mundo,
existem quatro tipos de dengue, já que o
vírus causador da doença possui quatro
sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e
DEN-4.
No Brasil, já foram encontrados da
dengue tipo 1, 2 e 3. A dengue de tipo
4 foi identificada apenas na Costa Rica.
Formas de apresentação - A dengue
pode se apresentar – clinicamente - de
quatro formas diferentes formas:
Infecção Inaparente, Dengue Clássica,
Febre Hemorrágica da Dengue e
Síndrome de Choque da Dengue. Dentre
eles, destacam-se a Dengue Clássica e a
Febre Hemorrágica da Dengue.
Infecção Inaparente A pessoa está
infectada pelo vírus, mas não apresenta
nenhum sintoma. A grande maioria das
infecções da dengue não apresenta
sintomas. Acredita-se que de cada dez
pessoas infectadas apenas uma ou duas
ficam doentes.
- Dengue Clássica - A Dengue Clássica
é uma forma mais leve da doença e
semelhante à gripe. Geralmente, inicia
de uma hora para outra e dura entre 5 a
7 dias. A pessoa infectada tem febre alta
(39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço,
dor muscular e nas articulações,
indisposição, enjôos, vômitos, manchas
vermelhas na pele, dor abdominal
(principalmente em crianças), entre
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outros sintomas. Os sintomas da
Dengue Clássica duram até uma
semana. Após este período, a pessoa
pode continuar sentindo cansaço e
indisposição.
- Dengue Hemorrágica: A Dengue
Hemorrágica é uma doença grave e se
caracteriza por alterações da coagulação
sanguínea da pessoa infectada.
Inicialmente se assemelha a Dengue
Clássica, mas, após o terceiro ou quarto
dia de evolução da doença surgem
hemorragias em virtude do sangramento
de pequenos vasos na pelo e nos órgãos
internos. A Dengue Hemorrágica pode
provocar hemorragias nasais, gengivais,
urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na Dengue Hemorrágica, assim que os
sintomas de febre acabam a pressão
arterial do doente cai, o que pode gerar
tontura, queda e choque. Se a doença
não for tratada com rapidez, pode levar
à morte.
- Síndrome de Choque da Dengue:
Esta é a mais séria apresentação da
dengue e se caracteriza por uma grande
queda ou ausência de pressão arterial. A
pessoa acometida pela doença apresenta
um pulso quase imperceptível,
inquietação, palidez e perda de
consciência. Neste tipo de apresentação
da doença, há registros de várias
complicações, como alterações
neurológicas, problemas
cardiorrespiratórios, insuficiência
hepática, hemorragia digestiva e
derrame pleural.Entre as principais
manifestações neurológicas, destacam-
se: delírio, sonolência, depressão, coma,
irritabilidade extrema, psicose,
demência, amnésia, paralisias e sinais
de meningite. Se a doença não for
tratada com rapidez, pode levar à morte.
Medidas gerais de prevenção: O
melhor método para se combater a
dengue é e vitando a procriação do
mosquito Aedes aegypti, que é feita em
ambientes úmidos em água parada, seja
ela limpa ou suja.A fêmea do mosquito
deposita os ovos na parede de
recipientes (caixas d'água, latas, pneus,
cacos de vidro etc.) que contenham
água mais ou menos limpa e esses ovos
não morrem mesmo que o recipiente
fique seco.
Importante que sejam adotadas as
seguintes medidas:
- Não se deve deixar objetos que
possam acumular água expostos à
chuva. Os recipientes de água devem
ser cuidadosamente limpos e tampados.
Não adianta apenas trocar a água, pois
os ovos do mosquito ficam aderidos às
paredes dos recipientes. Portanto, o
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que deve ser feito, em casa, escolas,
creches e no trabalho, é:
• substituir a água dos vasos das plantas
por terra e esvaziar o prato coletor,
lavando-o com auxílio de uma escova;
• utilizar água tratada com água
sanitária a 2,5% (40 gotas por litro de
água) para regar bromélias, duas vezes
por semana*. 40 gotas = 2ml;
• não deixar acumular água nas calhas
do telhado;
• não deixar expostos à chuva pneus
velhos ou objetos (latas, garrafas, cacos
de vidro) que possam acumular água;
• acondicionar o lixo domiciliar em
sacos plásticos fechados ou latões com
tampa;
• tampar cuidadosamente caixas d'água,
filtros, barris, tambores, cisternas etc.
Medidas do governo: Para reduzir a
população do mosquito adulto, é feita a
aplicação de inseticida através do
"fumacê", que deve ser empregado
apenas quando está ocorrendo
epidemias. O "fumacê" não acaba com
os criadouros e precisa ser sempre
repetido, o que é indesejável, para matar
os mosquitos que vão se formando. Por
isso, é importante eliminar os
criadouros do mosquito transmissor.
5.18-RAIVA
A raiva , também conhecida como
hidrofobia (quando ocorre na forma
virótica) é uma doença causada por um
vírus da família rhabdoviridae, gênero
Lyssavirus. O agente causador da raiva
pode infectar qualquer animal de sangue
quente, porém só irá desencadear a
doença em mamíferos, como por
exemplo cachorros, gatos, ruminantes e
primatas (como o homem).
O vírus da Raiva é um Rhabdovirus
com genoma de RNA simples de
sentido negativo (a sua cópia é que é
lida como mRNA na síntese protéica).
O vírus tem envelope bilípidico, cerca
de 100 nanômetros e forma de bala.
Prevenção : A vacina contra a Raiva
deve-se ao célebre
microbiologista francês Louis
Pasteur, que a desenvolveu em
1886.
Sintomatologia : Na fase inicial há
apenas dor ou comichão no local da
mordidela, náuseas, vômitos e mal estar
moderado ("mau humor"). Na fase
excitativa que se segue, surgem
espasmos musculares intensos da
faringe e laringe com dores excruciantes
na deglutição, mesmo que de água. O
indivíduo ganha por essa razão um
medo irracional e intenso ao líquido,
chamado de hidrofobia (por isso
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também conhecida por este nome).
Logo que surge a hidrofobia a morte já
é certa. Outros sintomas são episódios
de hostilidade violenta (raiva),
tentativas de morder e bater nos outros e
gritos, alucinações, insônia, ansiedade
extrema, provocados por estímulos
aleatórios visuais ou acústicos. O doente
está plenamente consciente durante toda
a progressão. A morte segue-se na
maioria dos casos após cerca de quatro
dias
Diagnóstico : É usada a
imunofluorescência para detectar
antígenos o vírus em biópsias da córnea
ou pele. A observação microscópica
óptica ou electrónica de corpos
neuronais permite observar os
patognómicos corpos de Negri
inclusões citoplasmáticas escuras
Tratamento : Não há cura e após
surgirem os sintomas excitatórios
(hidrofobia) a morte é certa e a terapia
consiste apenas em aliviar os sintomas e
diminuir o sofrimento do doente.
5.19-TOXOPLASMOSE - Doença do
gato. Trata-se de doença infecciosa
causada por um protozoário chamado
Toxoplasma gondii. Este protozoário é
facilmente encontrado na natureza e
pode causar infecção em grande número
de mamíferos e pássaros no mundo
todo. Outro período particularmente de
risco para se adquirir a infecção é
durante a vida intra-uterina, da gestante
para o feto (transmissão vertical). O feto
pode ter afetada a sua formação quando
contaminado. Transmissão de quatro
formas:
Por ingestão de cistos presentes em
dejetos de animais contaminados,
particularmente gatos, que podem
estar presentes em qualquer solo
onde o animal transita. Mais comum
no nosso meio.Por ingestão de carne de animais
infectados (carne crua ou mal-
passada), mais comum na Ásia.Por transmissão intra-uterina da
gestante contaminada para o feto
(vertical).Uma quarta forma de transmissão
pode ocorrer através de órgãos
contaminados que, ao serem
transplantados em pessoas que terão
que utilizar medicações que
diminuem a imunidade (para
combater a rejeição ao órgão
recebido), causam a doença.
Obs: A apresentação desta doença
naqueles com imunidade diminuída,
como já se poderia imaginar é muito
mais agressiva. Particularmente mais
comum neste grupo são os pacientes
contaminados pelo vírus HIV-1 (vírus
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que causa a síndrome da
imunodeficiência adquirida, SIDA ou
AIDS em inglês). Em geral também
ocorre por reativação de infecção
latente. Os sintomas nestes casos são
manifestações de comprometimento do
cérebro, pulmões, olhos e coração.
Sintomatologia : A apresentação mais
comum decorre do comprometimento
cerebral manifesta por dores de cabeça,
febre, sonolência, diminuição de força
generalizada ou de parte do corpo
(metade direita ou esquerda) evoluindo
para diminuição progressiva da lucidez
até o estado de coma.
Diagnóstico : Por se tratar de doença
com sintomas muito inespecíficos e
comuns a muitas outras, o diagnóstico
geralmente é feito por médicos com
experiência na área. A confirmação do
diagnóstico é feito por diversos testes
sangüíneos, Os mais comuns são os que
detectam a presença de anticorpos no
sangue contra o Toxoplasma gondii.
Tratamento : A necessidade e o tempo
de tratamento serão determinados pelas
manifestações, locais de acometimento
e principalmente estado imunológico da
pessoa que está doente. São três as
situações:
Imunocompetentes com infecção
aguda:
- Somente comprometimento
gânglionar: em geral não requer
tratamento.
- Infecções adquiridas por transfusão
com sangue contaminado ou
acidentes com materiais
contaminados, em geral são quadros
severos e devem ser tratados.
- Infecção da retina (corioretinite):
devem ser tratados.Infecções agudas em gestantes:
- Devem ser tratadas pois há
comprovação de que assim diminui a
chance de contaminação fetal
- Com comprovação de contaminação
fetal: necessita tratamento e o regime
de tratamento pode ser danoso ao
feto, por isso especial vigilância deve
ser mantida neste sentido.Infecções em imunocomprometidos:
- Estas pessoas sempre devem ser
tratadas e alguns grupos, como os
contaminados pelo vírus HIV-1,
devem permanecer tomando uma
dose um pouco menor da medicação
que usaram para tratar a doença por
tempo indeterminado. Discute-se,
neste último caso a possibilidade de
interromper esta manutenção do
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tratamento naqueles que conseguem
recuperação imunológica com os
chamados coquetéis contra a AIDS.
Prevenção : Como a principal forma de
contaminação é via oral, de uma forma
geral a prevenção deve ser feita:
Pela não ingestão de carnes cruas ou
mal-cozidas.Comer apenas vegetais e frutas bem
lavados em água corrente.Evitar contato com fezes de gato.
As gestantes, além de evitar o contato
com gatos, devem submeter-se a
adequado acompanhamento médico
(pré-natal). Alguns países obtiveram
sucesso na prevenção da contaminação
intra-uterina fazendo testes laboratoriais
em todas as gestantes. Em pessoas com
deficiência imunológica a prevenção
pode ser necessária com o uso de
medicação dependendo de uma análise
individual de cada caso.
5.20-FEBRE TIFÓIDE
É uma doença infecciosa
potencialmente grave, causada por uma
bactéria, a Salmonella typhi.
Caracteriza-se por febre prolongada,
alterações do trânsito intestinal,
aumento de vísceras como o fígado e o
baço e, se não tratada, confusão mental
progressiva, podendo levar ao óbito. A
transmissão ocorre principalmente
através da ingestão de água e de
alimentos contaminados. A doença tem
distribuição mundial, sendo mais
freqüente nos países em
desenvolvimento, onde as condições de
saneamento básico são inexistentes ou
inadequadas.
Transmissão: A S. typhi causa
infecção exclusivamente nos seres
humanos. A principal forma de
transmissão é a ingestão de água ou de
alimentos contaminados com fezes
humanas ou, menos freqüentemente,
com urina contendo a S. typhi. Mais
raramente, pode ser transmitida pelo
contato direto (mão-boca) com fezes,
urina, secreção respiratória, vômito ou
pus proveniente de um indivíduo
infectado.
Medidas de proteção individual: Os
viajantes que se dirigem para uma área
onde exista risco de febre tifóide devem
adotar as medidas de proteção para
evitar doenças transmitidas através da
ingestão de água e alimentos. O
consumo de água tratada e o preparo
adequado dos alimentos são medidas
altamente eficazes.
A seleção de alimentos seguros é
crucial. Em geral, a aparência, o cheiro
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e o sabor dos alimentos não ficam
alterados pela contaminação com
agentes infecciosos. O viajante deve
alimentar-se em locais que tenham
condições adequadas ao preparo
higiênico de alimentos. A alimentação
na rua com vendedores ambulantes
constitui um risco elevado. Os
alimentos mais seguros são os
preparados na hora, por fervura, e
servidos ainda quentes.
Manifestações Clínicas : As
manifestações , especialmente na
primeira semana de doença, podem ser
semelhantes a de outras doenças febris
como a malária. Mesmo que tenham
história de risco para febre tifóide ,
pessoas que estiveram em uma área de
transmissão de malária, e que
apresentem febre, durante ou após a
viagem, devem ter essa doença
investigada. À medida que a febre
tifóide progride, é mais facilmente
confundível com infecções que podem
ter evolução lenta como a endocardite
bacteriana, a tuberculose ou, ainda,
com as doenças de natureza auto-imune,
como o lupus eritematoso sistêmico.
O tratamento : consiste basicamente
em antibióticos e reidratação. Nos casos
leves e moderados, o médico pode
recomendar que o tratamento seja feito
em casa, com antibióticos orais. Os
casos mais graves devem ser internados
para hidratação e administração venosa
de antibióticos. Sem tratamento
antibiótico adequado, a febre tifóide
pode ser fatal em até 15% dos casos.
CAPITULO II- DOENÇAS
SEXUALMENTES
TRANSMISSIVEIS
1-SÍFILIS-
Sinônimos
Cancro duro, cancro sifilítico, Lues.
Período de Incubação
1 semana à 3 meses. Em geral de 1 a 3
semanas Agente:Treponema
pallidum
Conceito: Doença infecto-contagiosa
sistêmica (acomete todo o organismo),
que evolui de forma crônica (lenta) e
que tem períodos de acutização
(manifesta-se agudamente) e períodos
de latência (sem manifestações). Pode
comprometer múltiplos órgãos (pele,
olhos, ossos, sistema cardiovascular,
sistema nervoso). De acordo com
algumas características de sua evolução
a sífilis divide-se em Primária,
Secundária, Latente e Terciária ou
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Tardia. Quando transmitida da mãe para
o feto é chamada de Sífilis Congênita.
Sífilis primária: trata-se de uma lesão
ulcerada (cancro) não dolorosa (ou
pouco dolorosa), em geral única, com a
base endurecida, lisa, brilhante, com
presença de secreção serosa (líquida,
transparente) escassa e que pode ocorrer
nos grandes lábios, vagina, clítoris,
períneo e colo do útero na mulher e na
glande e prepúcio no homem, mas que
pode tambem ser encontrada nos dedos,
lábios, mamilos e conjuntivas.
É frequente também a adenopatia
inguinal (íngua na virilha) que, em geral
passa desapercebida. O cancro
usualmente desaparece em 3 a 4
semanas, sem deixar cicatrizes. Entre a
segunda e quarta semanas do
aparecimento do cancro, as reações
sorológicas (exames realizados no
sangue) para sífilis tornam-se positivas.
Sífilis Secundária: é caracterizada pela
disseminação dos treponemas pelo
organismo e ocorre de 4 a 8 semanas do
aparecimento do cancro.
As manifestações nesta fase são
essencialmente dermatológicas e as
reações sorológicas continuam
positivas.
Sífilis Latente: nesta fase não existem
manifestações visíveis mas as reações
sorológicas continuam positivas.
Sífilis Adquirida Tardia: a sífilis é
considerada tardia após o primeiro ano
de evolução em pacientes não tratados
ou inadequadamente tratados.
Apresentam-se após um período
variável de latência sob a forma
cutânea, óssea, cardiovascular, nervosa
etc. As reações sorológicas continuam
positivas também nesta fase.
Sífilis Congênita: é devida a infecção
do feto pelo Treponema por via
transplacentária, a partir do quarto mes
da gestação. As manifestações da
doença, na maioria dos casos, estão
presentes já nos primeiros dias de vida e
podem assumir formas graves, inclusive
podendo levar ao óbito da criança..
Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto
prematuro, baixo peso, endometrite pós-
parto. Infecções peri e neonatal, Sífilis
Congênita. Neurossífilis. Sífilis
Cardiovascular.
Transmissão
Relação sexual (vaginal anal e oral),
transfusão de sangue contaminado,
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transplacentária (a partir do quarto mês
de gestação). Eventualmente através de
fômites.
Tratamento
Medicamentoso. Com cura completa, se
tratada precoce e adequadamente.
Prevenção
Camisinha pode proteger da
contaminação genital se a lesão estiver
na área recoberta. Evitar contato sexual
se detectar lesão genital no(a)
parceiro(a).
Lesão localizada no pênis (glande)
Lesão localizada na
vulva (grandes lábios)
2- Cancro Mole - Sinônimos
Cancróide, cancro venéreo simples,
"cavalo"
Agente
Haemophilus ducreyi
Período de Incubação
2 à 5 dias
Conceito: Ulceração (ferida) dolorosa,
com a base mole, hiperemiada
(avermelhada), com fundo purulento e
de forma irregular que compromete
principalmente a genitália externa mas
pode comprometer também o ânus e
mais raramente os lábios, a boca, língua
e garganta. Estas feridas são muito
contagiosas, auto-inoculáveis e
portanto, frequentemente múltiplas. Em
alguns pacientes, geralmente do sexo
masculino, pode ocorrer infartamento
ganglionar na região inguino-crural
(inchação na virilha). Não é rara a
associação do cancro mole e o cancro
duro (sífilis primária).
Complicações/Consequências
Não tem. Tratado adequadamente, tem
cura completa.
Transmissão
Relação sexual
Tratamento
Antibiótico.
Prevenção
Camisinha. Higienização genital antes e
após o relacionamento sexual. Escolha
do(a) parceiro(a).
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Lesões localizadas no pênis.
3-Herpes : Sinônimos
Herpes Genital
Período de Incubação: 1 a 26 dias.
Indeterminado se se levar em conta a
existência de portadores em estado de
latência (sem manifestações) que
podem, a qualquer momento, manifestar
a doença
Conceito: Infecção recorrente (vem,
melhora e volta) causadas por um grupo
de vírus que determinam lesões genitais
vesiculares (em forma de pequenas
bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias,
sofrem erosão (ferida) seguida de
cicatrização espontânea do tecido
afetado. As lesões com frequência são
muito dolorosas e precedidas por
eritema (vermelhidão) local. A primeira
crise é, em geral, mais intensa e
demorada que as subsequentes.
O caráter recorrente da infecção é
aleatório (não tem prazo certo) podendo
ocorrer após semanas, meses ou até
anos da crise anterior. As crises podem
ser desencadeadas por fatores tais como
stress emocional, exposição ao sol,
febre, baixa da imunidade etc.
A pessoa pode estar contaminada pelo
virus e não apresentar ou nunca ter
apresentado sintomas e, mesmo assim,
transmití-lo a(ao) parceira(o) numa
relação sexual.
Agente
Virus do Herpes Genital ou Herpes
Simples Genital ou HSV-2. É um DNA
vírus.
Observação: Outro tipo de Herpes
Simples é o HSV-1, responsável pelo
Herpes Labial. Tem ocorrido crescente
infecção genital pelo HSV-1 e vice-
versa, isto é, infecção labial pelo HSV-
2, certamente em decorrência do
aumento da prática do sexo oral ou oro-
genital.
Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto
prematuro, baixo peso, endometrite pós-
parto. Infecções peri e neonatais.
Vulvite. Vaginite. Cervicite. Ulcerações
genitais. Proctite. Complicações
neurológicas etc.
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Transmissão
Frequentemente pela relação sexual. Da
mãe doente para o recém-nascido na
hora do parto.
Tratamento
Não existe ainda tratamento eficaz
quanto a cura da doença. O tratamento
tem por objetivo diminuir as
manifestações da doença ou aumentar o
intervalo entre as crises.
Prevenção: Não está provado que a
camisinha diminua a transmissibilidade
da doença. Higienização genital antes e
após o relacionamento sexual é
recomendável.
Lesões
no pênis (fase inicial).
Lesões
no períneo feminino.
Lesões
localizadas no pênis.
Lesões
boca e face
4- Gonorréia
Sinônimos: Uretrite Gonocócica,
Blenorragia, Fogagem.
Agente: Neisseria gonorrhoeae
Período de Incubação
2 a 10 dias
Conceito: Doença infecto-contagiosa
que se caracteriza pela presença de
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abundante secreção purulenta
(corrimento) pela uretra no homem e
vagina e/ou uretra na mulher. Este
quadro frequentemente é precedido por
prurido (coceira) na uretra e disúria
(ardência miccional). Em alguns casos
podem ocorrer sintomas gerais, como a
febre. Nas mulheres os sintomas são
mais brandos ou podem estar ausentes
(maioria dos casos).
Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto
prematuro, baixo peso, endometrite pós-
parto. Doença Inflamatória Pélvica.
Infertilidade. Epididimite. Prostatite.
Pielonefrite. Meningite. Miocardite.
Gravidez ectópica. Septicemia, Infecção
ocular (ver foto abaixo) Pneumonia e
Otite média do recém-nascido. Artrite
aguda etc. Assim como a infecção por
clamídia, é uma das principais
causas infecciosas de infertilidade
feminina.
Transmissão: Relação sexual.
Tratamento
Antibióticos.
Prevenção
Camisinha. Higiene pós-coito.
5- HPV-Condiloma Acuminado
Sinônimos
Jacaré, jacaré de crista, crista de galo,
verruga genital.
Conceito: Infecção causada por um
grupo de vírus (HPV - Human
Papilloma Viruses) que determinam
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lesões papilares (elevações da pele) as
quais, ao se fundirem, formam massas
vegetantes de tamanhos variáveis, com
aspecto de couve-flor (verrugas). Os
locais mais comuns do aparecimento
destas lesões são a glande, o prepúcio e
o meato uretral no homem e a vulva, o
períneo, a vagina e o colo do útero na
mulher. Em ambos os sexos pode
ocorrer no ânus e reto, não
necessariamente relacionado com o
coito anal.
Agente: Papilomavirus Humano (HPV)
- DNA vírus. HPV é o nome de um
grupo de virus que inclue mais de 100
tipos. As verrugas genitais ou
condilomas acuminados são apenas uma
das manifestações da infecção pelo
virus do grupo HPV e estão
relacionadas com os tipos 6,11 e 42,
entre outros. Os tipos (2, 4, 29 e 57)
causam lesões nas mãos e pés (verrugas
comuns). Outros tipos tem um potencial
oncogênico (que pode desenvolver
câncer) maior do que os outros (HPV
tipo 16, 18, 45 e 56) e são os que tem
maior importância clínica. O espectro
das infecções pelos HPV é muito mais
amplo do que se conhecia até poucos
anos atrás e inclui também infecções
subclínicas (diagnosticadas por meio de
peniscopia, colpocitologia, colposcopia
e biópsia) e infecções latentes (só
podem ser diagnosticada por meio de
testes para detecção do virus).
Complicações/Consequências
Câncer do colo do útero e vulva e, mais
raramente, câncer do pênis e também do
ânus.
Transmissão
Contacto sexual íntimo (vaginal, anal e
oral). Mesmo que não ocorra penetração
vaginal ou anal o virus pode ser
transmitido.O recém-nascido pode ser
infectado pela mãe doente, durante o
parto. Pode ocorrer também, embora
mais raramente, contaminação por
outras vias (fômites) que não a
sexual : em banheiros, saunas,
instrumental ginecológico, uso comum
de roupas íntimas, toalhas etc.
Período de Incubação: Semanas a
anos. (Como não é conhecido o tempo
que o virus pode permanecer no estado
latente e quais os fatores que
desencadeiam o aparecimento das
lesões, não é possível estabelecer o
intervalor mínimo entre a contaminação
e o desenvolvimento das lesões, que
pode ser de algumas semanas até anos
ou décadas).
Tratamento: O tratamento visa a
remoção das lesões (verrugas,
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condilomas e lesões do colo uterino).
Os tratamentos disponíveis são locais
(cirúrgicos, quimioterápicos,
cauterizações etc). As recidivas (retorno
da doença) podem ocorrer e são
freqüentes, mesmo com o tratamento
adequado.Eventualmente, as lesões
desaparecem espontaneamente. Não
existe ainda um medicamento que
erradique o virus, mas a cura da
infecção pode ocorrer por ação dos
mecanismos de defesa do
organismo.Já existem vacinas para
proteção contra alguns tipos
específicos do HPV, estando as
mesmas indicadas para pessoas não
contaminadas.
Prevenção: Camisinha usada
adequadamente, do início ao fim da
relação, pode proporcionar alguma
proteção. Ter parceiro fixo ou reduzir
numero de parceiros. Exame
ginecológico anual para rastreio de
doenças pré-invasivas do colo do útero.
Avaliação do(a) parceiro(a).
Abstinência sexual durante o
tratamento. Em 2006 foi aprovada pela
ANVISA (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) a utilização da
Vacina Quadrivalente produzida pelo
Laboratório Merck Sharp & Dohme
contra os tipos 6,11,16 e 18 do HPV,
para meninas e mulheres de 9 a 26
anos que não tenham a infecção. Esta
vacina confere proteção contra os
vírus citados acima, os quais são
responsáveis por 70% dos casos de
câncer do colo do útero (tipos 16 e 18)
e 90% dos casos de verrugas
(condilomas) genitais (tipos 6 e 11).
6-Candidiase
Sinônimos: Monilíase, Micose por
cândida, Sapinho
Agente: Candida albicans e outros.
Conceito: A candidíase, especialmente
a candidíase vaginal, é uma das causas
mais frequentes de infecção genital.
Caracteriza-se por prurido (coceira),
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ardor, dispareunia (dor na relação
sexual) e pela eliminação de um
corrimento vaginal em grumos
brancacentos, semelhante à nata do
leite. Com frequência, a vulva e a
vagina encontram-se edemaciadas
(inchadas) e hiperemiadas
(avermelhadas). As lesões podem
estender-se pelo períneo, região perianal
e inguinal (virilha). No homem
apresenta-se com hiperemia da glande e
prepúcio (balanopostite) e
eventualmente por um leve edema e
pela presença de pequenas lesões
puntiformes (em forma de pontos),
avermelhadas e pruriginosas. Na
maioria das vezes não é uma doença de
transmissão sexual. Em geral está
relacionada com a diminuição da
resistência do organismo da pessoa
acometida. Existem fatores que
predispõe ao aparecimento da infecção :
diabetes melitus, gravidez, uso de
contraceptivos (anticoncepcionais)
orais, uso de antibióticos e
medicamentos imunosupressivos (que
diminuem as defesas imunitárias do
organismo), obesidade, uso de roupas
justas etc.
Complicações/Consequências: São
raras. Pode ocorrer disseminação
sistêmica (especialmente em
imunodeprimidos).
Transmissão: Ocorre transmissão pelo
contato com secreções provenientes da
boca, pele, vagina e dejetos de doentes
ou portadores. A transmissão da mãe
para o recém-nascido (transmissão
vertical) pode ocorrer durante o parto. A
infecção, em geral, é primária na
mulher, isto é, desenvolve-se em razão
de fatores locais ou gerais que
diminuem sua resistência imunológica.
Período de Incubação: Muito
variável.
Tratamento: Medicamentos locais
e/ou sistêmicos.
Prevenção: Higienização adequada.
Evitar vestimentas muito justas.
Investigar e tratar doença(s)
predisponente(s). Camisinha.
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7-Linfogranuloma Venéreo-
Sinônimos:
Doença de Nicolas-Favre,
Linfogranuloma Inguinal, Mula, Bubão.
Agente: Chlamydia trachomatis.
Período de Incubação
7 a 60 dias.
Conceito: O Linfogranuloma venéreo
caracteriza-se pelo aparecimento de
uma lesão genital (lesão primária) que
tem curta duração e que se apresenta
como uma ulceração (ferida) ou como
uma pápula (elevação da pele). Esta
lesão é passageira (3 a 5 dias) e
frequentemente não é identificada pelos
pacientes, especialmente do sexo
feminino.
Complicações/Consequências
Elefantíase do pênis, escroto, vulva.
Proctite (inflamação do reto) crônica.
Estreitamento do reto.
Transmissão
Relação sexual é a via mais frequente de
transmissão. O reto de pessoas
cronicamente infectada é reservatório de
infecção.
Tratamento
Sistêmico, através de antibióticos.
Aspiração do bubão inguinal.
Tratamento das fístulas
Prevenção
Camisinha. Higienização após o coito.
.
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8-AIDS-SIDA
Sinônimos: SIDA, Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida, HIV-
doença.
Conceito: Síndrome (uma variedade de
sintomas e manifestações) causado pela
infecção crônica do organismo humano
pelo vírus HIV (Human
Immunodeficiency Virus). O vírus
compromete o funcionamento do
sistema imunológico humano,
impedindo-o de executar sua tarefa
adequadamente, que é a de protegê-lo
contra as agressões externas (por
bactérias, outros vírus, parasitas e
mesmo por celulas cancerígenas).
Com a progressiva lesão do sistema
imunológico o organismo humano se
torna cada vez mais susceptível a
determinadas infecções e tumores,
conhecidas como doenças
oportunísticas, que acabam por levar o
doente à morte.
Os sintomas da fase aguda são
portanto inespecíficos e comuns a várias
doenças, não permitindo por si só o
diagnóstico de infecção pelo HIV, o
qual somente pode ser confirmado pelo
teste anti-HIV, o qual deve ser feito
após 90 dias (3 meses) da data da
exposição ou provável contaminação.
Agente: HIV (Human
Immunodeficiency Virus), com 2
subtipos conhecidos : HIV-1 e HIV-2.
Complicações/Consequências:
Doenças oportunísticas, como a
tuberculose miliar e determinadas
pneumonias, alguns tipos de tumores,
como certos linfomas e o Sarcoma de
Kaposi. Distúrbios neurológicos.
Transmissão: Sangue e líquidos
grosseiramente contaminados por
sangue, sêmem, secreções vaginais e
leite materno. Pode ocorrer transmissão
no sexo vaginal, oral e anal. Os beijos
sociais (beijo seco, de boca fechada) são
seguros (risco zero) quanto a
transmissão do vírus, mesmo que uma
das pessoas seja portadora do HIV. O
mesmo se pode dizer de apertos de mão
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e abraços. Os beijos de boca aberta são
considerados de baixo risco quanto a
uma possível transmissão do HIV.
Período de Incubação: De 3 a 10 (ou
mais) anos entre a contaminação e o
aparecimento de sintomas sugestivos de
AIDS.
Tratamento: Existem drogas que
inibem a replicação do HIV, que devem
ser usadas associadas, mas ainda não se
pode falar em cura da AIDS. As
doenças oportunísticas são, em sua
maioria tratáveis, mas há necessidade de
uso contínuo de medicações para o
controle dessas manifestações.
Prevenção: Na transmissão sexual se
recomenda sexo seguro: relação
monogâmica com parceiro
comprovadamente HIV negativo, uso de
camisinha. Na transmissão pelo sangue
recomenda-se cuidado no manejo de
sangue (uso de seringas descartáveis,
exigir que todo sangue a ser
transfundido seja previamente testado
para a presença do HIV, uso de luvas
quando estiver manipulando feridas ou
líquidos potencialmente contaminados).
Não há, no momento, vacina efetiva
para a prevenção da infecção pelo HIV.
É necessário observar que o uso da
camisinha, apesar de proporcionar
excelente proteção, não proporciona
proteção absoluta (ruptura, perfuração,
uso inadequado etc). Repito, a maneira
mais segura de se evitar o contágio pelo
vírus HIV é fazer sexo monogâmico,
com parceiro(a) que fez exames e você
saiba que não está infectado(a).
9- Infecção por Trichomonas
Conceito: Doença infecto-contagiosa
do sistema gênito-urinário do homem e
genital da mulher. No homem causa
uma uretrite de manifestações em geral
discretas (ardor e/ou prurido uretral e
secreção brancacenta, amarelada ou
amarelo esverdeada), podendo,
eventualmente ser ausentes em alguns e
muito intensas em outros.É uma das
principais causas de vaginite ou
vulvovaginite da mulher adulta podendo
porém, cursar com pouca ou nenhuma
manifestação clínica. Quando presente,
manifesta-se na mulher como um
corrimento vaginal amarelo esverdeado
ou acinzentado, espumoso e com forte
odor característico. Não é incomum
também ocorrer irritação na região
genital bem como sintomas miccionais
que podem simular uma cistite (dor ao
urinar e micções frequentes).
Sinônimos: Uretrite ou vaginite por
Trichomonas, Tricomoníase vaginal ou
uretral, Uretrite não gonocócica (UNG).
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Agente: Trichomonas vaginalis
(protozoário).
Complicações/Consequências:
Prematuridade. Baixo peso ao nascer.
Ruptura prematura de bolsa.
Transmissão:Relação sexual
(principalmente). A mulher pode ser
infectada tanto por parceiros do sexo
masculino quanto do sexo feminino (por
contato genital). O homem por parceiras
do sexo feminino.É importante
considerar aqui que mesmo a pessoa
portadora da doença, mas sem sintomas,
pode transmitir a infecção.Fômites.
Período de Incubação: 10 a 30 dias,
em média.
Tratamento: Quimioterápicos. O
tratamento pode ser oral e local (na
mulher).
Prevenção: Camisinha, tratamento
simultâneo do(a) parceiro(a).
10-Infecção por gardenerella
Sinônimos: Vaginite inespecífica.
Vaginose bacteriana.
Agente: Gardnerella vaginalis.
Período de Incubação
De 2 a 21 dias.
Conceito: A gardnerella vaginalis é
uma bactéria que faz parte da flora
vaginal normal (ver explicação abaixo)
de 20 a 80% das mulheres sexualmente
ativas. Quando, por um desequilíbrio
dessa flora, ocorre um predomínio dessa
bactéria (segundo alguns autores em
associação com outros germes como
bacteróides, mobiluncus, micoplasmas
etc), temos um quadro que
convencionou-se chamar de vaginose
bacteriana.Usa-se esse termo para
diferenciá-lo da vaginite, na qual
ocorre uma verdadeira infecção dos
tecidos vaginais. Na vaginose, por
outro lado, as lesões dos tecidos não
existem ou são muito discretas,
caracterizando-se apenas pelo
rompimento do equilíbrio microbiano
vaginal normal.
Sintomatologia : A vaginose por
gardnerella pode não apresentar
manifestações clínicas (sinais ou
sintomas). Quando ocorrem, estas
manifestações caracterizam-se por um
corrimento homogêneo amarelado ou
acinzentado, com bolhas esparsas em
sua superfície e com um odor ativo
desagradável. O prurido (coceira)
vaginal é citado por algumas pacientes
mas não é comum. Após uma relação
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sexual, com a presença do esperma (de
pH básico) no ambiente vaginal,
costuma ocorrer a liberação de odor
semelhante ao de peixe podre. Foi
detectada uma maior incidência da
vaginose bacteriana em mulheres que
tem múltiplos parceiros sexuais. No
homem pode ser causa de uretrite e,
eventualmente, de balanopostite
(inflamação do prepúcio e glande). A
uretrite é geralmente assintomática e
raramente necessita de tratamento.
Quando presentes os sintomas
restringem-se a um prurido (coceira) e
um leve ardor (queimação) miccional.
Raramente causa secreção
(corrimento) uretral. No homem
contaminado é que podemos falar
efetivamente que se trata de uma DST.
FLORA MICROBIANA NORMAL :
Nosso organismo, a partir do
nascimento, entra em contacto com
germes (bactérias, virus, fungos etc) os
quais vão se localizando na pele e
cavidades (boca, vagina, uretra,
intestinos etc) caracterizando o que se
chama de Flora Microbiana Normal.
Normal porque é inexorável e porque
estabelece um equilíbrio harmônico
com o nosso organismo.
Existem condições em que este
equilíbrio pode se desfazer (outras
infecções, uso de antibióticos, 'stress',
depressão, gravidez, uso de DIU, uso
de duchas vaginais sem recomendação
médica etc) e determinar o predomínio
de um ou mais de seus germes
componentes, causando então o
aparecimento de uma infecção.
Complicações/Consequências:
Infertilidade. Salpingite. Endometrite.
DIP. Ruptura prematura de Membranas.
Aborto. Aumento do risco de infecção
pelo HIV se houver contato com o
vírus. Há aumento também do risco de
se contrair outras infecções como a
gonorréia, trichomoníase etc. Durante a
gestação pode ser causa de
prematuridade ou RN de baixo peso.
Transmissão: Geralmente primária na
mulher. Sexual no homem. Pode ocorrer
também transmissão pelo contato
genital entre parceiras sexuais femininas
Tratamento - Medicamentoso :
Metronidazol, Clindamicina. Pode
haver cura expontânea da doença.
Prevenção: Camisinha. Evitar duchas
vaginais, exceto sob recomendação
médica. Limitar número de parceiros
sexuais. Contrôles ginecológicos
periódicos.
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CAPITULO III- PARASITOSES
INTESTINAIS
1-Ascaridiase : A ascaridíase é
causada pelo Ascaris lumbricoides,
verme nematelminte (asquelminte),
vulgarmente denominado lombriga,
cujo corpo é alongado e cilíndrico,
com as extremidades afiladas. O
comprimento varia entre 15 e 35
centímetros. Os machos apresentam
a cauda enrolada e são menores que
as fêmeas. A dimensão do corpo
destes vermes varia de acordo com o
seu número e intensidade do
parasitismo.
Sintomatologia : Na fase pulmonar,
os principais sintomas são: dificuldade
respiratória, tosse seca, febre e irritação
brônquica.
Na fase digestiva, ocorrem desde
flatulência, dor abdominal, cólica,
digestão difícil, náusea, vômito, diarréia
e até presença de vermes nas fezes.
Podem ocorrer sintomas alérgicos,
como dermatoses, rinites e
conjuntivites. Complicações mais
graves podem ocorrer, como a
pneumonia, abscesso hepático e choque
anafilático. Nas parasitoses maciças em
crianças, pode ocorrer a oclusão
intestinal e até a morte. Há outras
espécies de lombrigas, como a Ascaris
suum, que parasita o porco.
Profilaxia e Tratamento : As
principais medidas profiláticas estão
relacionadas à higiene, tanto pessoal
quanto dos alimentos e da água.
No tratamento, o pamoato de pirantel e
mebendazol são muito eficazes e
possuem os menores efeitos
secundários. Como atuam apenas na luz
intestinal, não possuem efeitos sobre as
larvas, podendo ser necessária a
administração de corticosteróides.
2-Giardíase : A giardíase é uma
parasitose intestinal, também
denominada giardose ou lamblíase,
causada pelo protozoário flagelado
Giardia lamblia, que se apresenta sob
duas formas: a de trofozoíto, piriforme,
com disco suctorial, dois núcleos e oito
flagelos, que vive no intestino delgado
humano, e a de cisto, ovóide,
tetranucleado, eliminado aos milhões
com as fezes, contaminando a água e os
alimentos.
É cosmopolita, sendo uma doença
características das regiões tropicais e
subtropicais. Giardia lamblia é o
enteroparasita com maior número de
cistos encontrados em águas de
córregos usados na irrigação de
hortaliças, encontrando-se nas
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populações ribeirinhas freqüência
considerável da protozose.
Sintomatologia : O período de
incubação varia entre uma (ou menos) e
4 semanas.
A sintomatologia costuma ocorrer em
50% ou mais dos parasitados,
associando-se provavelmente a fatores,
como alteração da flora intestinal a
óbito.
Na maioria dos casos, costuma ser leve
ou moderada, raramente levando a
óbito.
O sintoma mais comum é a diarréia,
com muco e não sanguinolenta;
desconforto abdominal, cólica,
flatulência, náuseas e vômitos. Pode
ocorrer dor no epigástrio (acima do
estômago), simulando úlcera péptica.
Esta protozoose é mais freqüente em
crianças com menos de dez anos de
idade, principalmente no grupo ao redor
do cinco anos ou menos.
Profilaxia e Tratamento : A prevenção
consiste na educação sanitária, higiene
individual, proteção dos alimentos,
tratamento da água, combate aos insetos
vetores mecânicos, como moscas, etc.
O tratamento dos doentes consiste no
uso de nitroimidazóis (ormidazol).
4-Amebíase : amebíase se dá pela
infecção de protozoário (Entamoeba
histolytica), que pode se beneficiar de
seu hospedeiro sem causar benefício ou
prejuízo, ou ainda, agir de forma
invasora. Neste caso, a doença pode se
manifestar dentro do intestino ou fora
dele.
Sintomas : Seus principais sintomas são
desconforto abdominal, que pode variar
de leve a moderado, sangue nas fezes,
forte diarréia acompanhada de sangue
ou mucóide, além de febre e
calafrios.Nos casos mais graves, a forma
trofozoítica do protozoário pode se
espalhar pelo sistema circulatório e,
com isso, afetar o fígado, pulmões ou
cérebro. O diagnóstico breve nestes
casos é muitíssimo importante, uma vez
que, este quadro clínico, pode levar o
paciente a morte.
Transmissão : A amebíase é
transmitida ao homem através do
consumo de alimentos ou água
contaminados por fezes com cistos
amebianos, falta de higiene domiciliar e,
também, através da manipulação de
alimentos por portadores desse
protozoário.
Diagnóstico : Seu diagnóstico mais
comum se dá pela presença de trozoítos
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ou cistos do parasita nas fezes, mas
também pode ocorrer através de
endoscopia ou proctoscopia, através da
análise de abcessos ou cortes de tecido,
etc. .
Prevenção : Como na maioria das
doenças, a melhor medida ainda é a
prevenção, neste caso, a prevenção se dá
através de medidas higiênicas mais
rigorosas junto às pessoas que
manipulam alimentos, saneamento
básico, não consumir água de fonte
duvidosa, higienizar bem verduras,
frutas e legumes antes de consumi-los,
lavar bem as mãos antes de manipular
qualquer tipo de alimento, e,
principalmente após utilizar o banheiro.
5-Teníase
A teníase é uma doença causada pela
forma adulta das tênias (Taenia solium e
Taenia saginata, principalmente), com
sintomatologia mais simples.
As tênias também são chamadas de
"solitárias", porque, na maioria dos
caso, o portador traz apenas um verme
adulto. São altamente competitivas pelo
habitat e, sendo hermafroditas com
estruturas fisiológicas para
autofecundação, não necessitam de
parceiros para a cópula e postura de
ovos.
Sintomatologia :Muitas vezes a teníase
é assintomática. Porém, podem surgir
transtornos dispépticos, tais como:
alterações do apetite (fome intensa ou
perda do apetite), enjôos, diarréias
freqüentes, perturbações nervosas,
irritação, fadiga e insônia.
Profilaxia e Tratamento : A profilaxia
consiste na educação sanitária, em
cozinha bem as carnes e na fiscalização
da carne e seus derivados (lingüiça,
salame, chouriço,etc.)
Tratamento, este consiste na aplicação
de dose única (2g) de niclosamida.
Podem ser usadas outras drogas
alternativas, como diclorofeno,
mebendazol, etc.
O chá de sementes de abóbora é muito
usado e indicado até hoje por muitos
médicos, especialmente para crianças e
gestantes.
CAPITULO IV- MICOSES
Micoses superficiais da pele: As
micoses superficiais da pele, em alguns
casos chamadas de "tineas", são
infecções causadas por fungos que
atingem a pele, as unhas e os cabelos.
Os fungos estão em toda parte podendo
ser encontrados no solo e em animais.
Até mesmo na nossa pele existem
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fungos convivendo "pacificamente"
conosco, sem causar doença. A
queratina, substância encontrada na
superfície cutânea, unhas e cabelos, é o
"alimento" para estes fungos. Quando
encontram condições favoráveis ao seu
crescimento, como: calor, umidade,
baixa de imunidade ou uso de
antibióticos sistêmicos por longo prazo
(alteram o equilíbrio da pele), estes
fungos se reproduzem e passam então a
causar a doença.
Manifestações clínicas: Existem várias
formas de manifestação das micoses
cutâneas superficiais, dependendo do
local afetado e também do tipo de fungo
causador da micose. Veja, abaixo,
alguns dos tipos mais frequentes:
* Tinea do corpo ("impingem"):
forma lesões arredondadas, que coçam e
se iniciam por ponto avermelhado que
se abre em anel de bordas avermelhadas
e descamativas com o centro da lesão
tendendo à cura.
* Tinea da cabeça: mais frequente
em crianças, forma áreas arredondadas
com falhas nos cabelos, que se
apresentam cortados rente ao couro
cabeludo nestes locais (tonsurados). É
muito contagiosa.
* Tinea dos pés: causa descamação e
coceira na planta dos pés que sobe pelas
laterais para a pele mais fina.
* Tinea interdigital ("frieira"):
causa descamação, maceração (pele
esbranquiçada e mole), fissuras e
coceira entre os dedos dos pés. Bastante
frequente nos pés, devido ao uso
constante de calçados fechados que
retém a umidade, também pode ocorrer
nas mãos, principalmente naquelas
pessoas que trabalham muito com água
e sabão.
* Tinea inguinal ("micose da
virilha, jererê"): forma áreas
avermelhadas e descamativas com
bordas bem limitadas, que se expandem
para as coxas e nádegas, acompanhadas
de muita coceira.
* Micose das unhas (onicomicose):
apresenta-se de várias formas:
descolamento da borda livre da unha,
espessamento, manchas brancas na
superfície ou deformação da unha.
Quando a micose atinge a pele ao redor
da unha, causa a paroníquia ("unheiro").
O contorno ungueal fica inflamado,
dolorido, inchado e avermelhado e, por
consequência, altera a formação da
unha, que cresce ondulada. Veja mais.
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* Intertrigo candidiásico:
provocado pela levedura Candida
albicans, forma área avermelhada,
úmida que se expande por pontos
satélites ao redor da região mais afetada
e, geralmente, provoca muita coceira.
* Pitiríase versicolor ("micose de
praia, pano branco"): forma manchas
claras recobertas por fina descamação,
facilmente demonstrável pelo
esticamento da pele. Atinge
principalmente áreas de maior produção
de oleosidade como o tronco, a face,
pescoço e couro cabeludo.
* Tinea negra: manifesta-se pela
formação de manchas escuras na palma
das mãos ou plantas dos pés. É
assintomática.
* Piedra preta: esta micose forma
nódulos ou placas de cor escura
grudados aos cabelos. É assintomática.
* Piedra branca: manifesta-se por
concreções de cor branca ou clara
aderidas aos pêlos. Atinge
principalmente os pêlos pubianos,
genitais e axilares e as lesões podem ser
removidas com facilidade puxando-as
em direção à ponta dos fios.
Prevenção :Hábitos higiênicos são
importantes para se evitar as micoses.
Previna-se seguindo as dicas abaixo:
* Seque-se sempre muito bem após
o banho, principalmente as dobras de
pele como as axilas, as virilhas e os
dedos dos pés.
* Evite ficar com roupas molhadas
por muito tempo.
* Evite o contato prolongado com
água e sabão.
* Não use objetos pessoais (roupas,
calçados, pentes, toalhas, bonés) de
outras pessoas.
* Não ande descalço em pisos
constantemente úmidos (lava pés,
vestiários, saunas).
* Observe a pele e o pêlo de seus
animais de estimação (cães e gatos).
Qualquer alteração como descamação
ou falhas no pêlo procure o
veterinário.
* Evite mexer com a terra sem usar
luvas.
* Use somente o seu material de
manicure.
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* Evite usar calçados fechados o
máximo possível. Opte pelos mais
largos e ventilados.
* Evite roupas quentes e justas.
Evite os tecidos sintéticos,
principalmente nas roupas de baixo.
Prefira sempre tecidos leves como o
algodão.
Tratamento: O tratamento vai depender
do tipo de micose e deve ser
determinado por um médico
dermatologista. Evite usar
medicamentos indicados por outras
pessoas, pois podem mascarar
características importantes para o
diagnóstico correto da sua micose,
dificultando o tratamento.Podem ser
usadas medicações locais sob a forma
de cremes, loções e talcos ou
medicações via oral, dependendo da
intensidade do quadro. O tratamento
das micoses é sempre prolongado,
variando de cerca de 30 a 60 dias. Não
o interrompa assim que terminarem os
sintomas, pois o fungo nas camadas
mais profundas pode resistir.
Continue o uso da medicação pelo
tempo indicado pelo seu médico. As
micoses das unhas são as de mais
difícil tratamento e também de maior
duração, podendo ser necessário
manter a medicação por mais de doze
meses. A persistência é fundamental
para se obter sucesso nestes casos.
CAPÍTULO V- AÇÕES DA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM
RELAÇÃO A PRODUTOS
ALIMENTARES ,DOMICILIARES,
MEDICAMENTOS, SERVIÇOS DE
SAÚDE E MEIO AMBIENTE
1-AÇÕES DA VIGILÂNCIA
SANITÁRIA
Agrotóxicos e toxicologia: Envolve a
verificação da qualidade, da eficácia e
da segurança de agrotóxicos, pesticidas
e similares.
Alimentos: Envolve o registro de
alguns tipos de alimento e a fiscalização
de estabelecimentos de comércio de
alimentos - restaurantes, lanchonetes,
bares, supermercados etc.
Cosméticos: Envolve a verificação da
qualidade, da eficácia e da segurança de
cosméticos - shampoos, cremes,
alisantes etc.
Inspeção: Envolve a inspeção de
empresas que produzem ou
comercializam produtos ou serviços
que podem afetar a saúde da população,
como indústrias de medicamentos, de
produtos de limpeza etc.
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Medicamentos Envolve a verificação
da qualidade, da eficácia e da segurança
de medicamentos, tanto antes da
produção, quanto após a
comercialização, para verificar a
existência de efeitos colateriais não
previstos (a chamada
farmacovigilância).
Monitoração da Propaganda: Envolve
a fiscalização da propaganda de
produtos relacionados à saúde, como
medicamentos, alimentos etc.
Portos, Aeroportos e Fronteiras:
Envolve a fiscalização dos produtos ,
meios de transporte e viajantes que
saem e entram no país por meio de seus
portos, aeroportos e fronteiras.
Produtos para a saúde: Envolve a
vigilância de diversos produtos
médico-hospitalares, desde seringas até
equipamentos de tomografia. Assim
como os medicamentos, a Anvisa
acompanha esses produtos desde sua
produção até após sua comercialização,
para certificar que estão funcionando de
maneira correta (a chamada
tecnovigilância).
Regulação de preços: Envolve a
monitoração dos preços de
medicamentos e outros produtos que
podem afetar a saúde da população.
Relações Internacionais: Envolve a
manutenção de relação da Anvisa com
outros países, como os do Mercosul.
Saneantes: Envolve a verificação da
qualidade, da eficácia e da segurança de
produtos de limpeza.
Laboratórios: Envolve a fiscalização
dos laboratórios que fazem as análises
científicos de produtos sujeitos à
vigilância sanitária
Sangue, tecidos e órgãos: Envolve a
verificação da qualidade e da segurança
de sangue, tecidos e órgãos para
transfusão e transplantes.
Serviços de saúde: Envolve a
fiscalização sanitária de hospitais,
clínicas etc.
Fumo: Envolve o controle dos produtos
de tabaco comercializados no país e o
combate ao tabagismo.
2-Recursos da Comunidade para ações
coletivas –estratégias
• Meio de Controle Social;
• De Auto-Ajuda;
• Parceria Decisória.
3-PNI - Programa Nacional de
Imunização
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O Programa Nacional de Imunizações
(PNI) visa contribuir para o controle ou
erradicação das doenças infecto-
contagiosas e imunopreviníveis, tais
como a poliomielite (paralisia infantil),
sarampo, difteria, tétano, coqueluche,
tuberculose e outras, mediante a
imunização sistemática da população.
O Programa foi formulado em 1973, a
partir de uma proposta básica elaborada
por técnicos do Departamento Nacional
de Profilaxia e Controle de Doenças
(Ministério da Saúde e da Central de
Medicamentos CEME - Presidência da
República) e renomados sanitaristas e
infectologistas. O P.N.I é parte
integrante do Programa da Organização
Mundial de Saúde, com o apoio técnico,
operacional e financeiro da UNICEF e
contribuições do Rotary.
3.1-O objetivo fundamental do P.N.I
é possibilitar aos gestores envolvidos no
programa uma avaliação dinâmica do
risco quanto à ocorrência de surtos ou
epidemias, a partir do registro dos
imunos aplicados e do quantitativo
populacional vacinado, que são
agregados por faixa etária, em
determinado período de tempo, em uma
área geográfica.
Por outro lado, possibilita também o
controle do estoque de imunos
necessário aos administradores que têm
a incumbência de programar sua
aquisição e distribuição.
3.2-CADEIA DE FRIO: Os
procedimentos utilizados para garantir a
qualidade dos imunobiológicos durante
o armazenamento, conservação,
manipulação, distribuição e transporte -
desde sua produção até o momento em
que serão administrados - formam o que
denominamos cadeia ou rede de frio. Os
produtos imunológicos produzidos pelo
laboratório produtor,constantes do
Programa Nacional de Imunizações,
são distribuídos para as cadeias de frio
de esfera estadual e municipal , e depois
para os centros de saúde e PSFs.
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3.3-Calendário de Imunização -2008
Calendário básico de vacinação
(crianças)
Idade Vacinas
Ao nascer BCG-ID (1)Hepatite B (2)
1 mês Hepatite B
2 meses Tetravalente (DTP + Hib) (3)VOP (vacina oral contra a pólio, Sabin)
VORH (vacina oral contra rotavírus humano) (4)
4 meses Tetravalente (DTP + Hib)VOP (vacina oral contra a pólio, Sabin) VORH (vacina oral contra rotavírus humano) (5)
6 mesesTetravalente (DTP + Hib)VOP (vacina oral contra a pólio, Sabin)Hepatite B
9 meses Febre amarela (6)12 meses SRC (tríplice viral, MMR)
15 meses DTP (tríplice bacteriana)VOP (vacina oral contra a pólio, Sabin)
4 - 6 anos DTP (tríplice bacteriana)SRC (tríplice viral, MMR)
10 anos Febre amarela 10 anos
1.A aplicação da dose de reforço com a BCG-ID (intradérmica) foi suspensa a partir de junho de 2006. A segunda
dose da BCG continua recomendada para contactantes domiciliares de pessoas com qualquer forma de
Ver Nota Técnica no. 66.2.O esquema básico de vacinação contra a hepatite B é feito com 3 doses. A primeira dose deve ser administrada nas
primeiras 12 horas de vida do recém nascido. A segunda e a terceira doses devem ser aplicadas, respectivamente,
30 e 180 dias após a primeira.3.A vacina tetravalente (DTP+Hib) protege contra D ifteria
Haemophilus influenzae tipo b (inclusive meningite). Os reforços, o primeiro aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6
anos, são feitos com a DTP.4.A primeira dose da vacina oral contra rotavírus humano (
vida. O intervalo mínimo recomendado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas.5.A segunda dose da vacina oral contra rotavírus humano (
vida. O intervalo mínimo recomendado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas.6.Crianças a partir dos 9 meses de idade, que residam ou que irão viajar para
não vacinados, em caso de viagem para áreas de risco, inclusive no exterior
feita 10 dias antes da partida.
3.4—Transporte de Vacinas : as
vacinas devem ser retiradas da câmara
frigorifica, para o frigorífico
secundário; onde são colocadas num
frigorífico secundário, onde são
catalogados os lotes pelos destinos
definitivos, mantendo-se sempre a
temperatura compreendida entre 2ºC e
8ºC. Devem ser transportados em caixa
térmica e com termômetros de caixa
externo e interno, a vacina não pode ser
colocada direto em contato com o gelo
ou gelox.
3.5-Eventos Adversos de Imuno
Especiais
Imunibiológicos Especiais : São
aquelas vacianas dadas em condições
especiais .
1-Vacina de vírus inativado contra a
Poliomielite
Indicações:
• Imunodeprimidos
• pós transplante de medula óssea
• evento adverso da vacina de
vírus vivos atenuados
• Obs: Filhos de mãe HIV
positivo antes da definição
diagnóstica e crianças com HIV/
aids devem receber a VIP e,
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quando não disponível esta
vacina, deve-se utilizar a VOP.
Via de administração: intramuscular
ou subcutânea
Composição: vacina trivalente
inativada por formaldeído
Idade de aplicação: a partir de 2
MESES de idade
Esquema: 2 DOSES (inter. de 2 meses)
e 2 REFORÇOS
• 1º reforço 6 meses a 1 ano
depois da 2ª dose
• 2º reforço 3 a 5 anos após o
1º reforço
Contra-indicações
• Reação grave a dose anterior de
VIP ou anafilaxia a algum
componente da vacina.
Eventos adversos
• Locais: Eritema discreto no local
da aplicação.
• Sistêmicos: Febre moderada
• Alérgicos: Anafilaxia é rara
2-Vacina contra Hepatite A
Indicações:
• Hepatopatias crônicas de
qualquer etiologia;
• Coagulopatias;
• Crianças menores de 13 anos
com HIV/aids;
• Adultos com HIV/aids que
sejam portadores do VHB ou
VHC;
• Fibrose cística;
• Trissomias;
Indicação :
• Imunodepressão terapêutica
ou por doença
imunodepressora;
• Candidatos a transplante de
órgão sólido, cadastrados em
programas de transplantes;
• Transplantados de órgão
sólido ou de medula óssea;
• Doadores de órgão sólido ou
de medula óssea, cadastrados
em programas de
transplantes.
Via de administração: intramuscular,
no deltóide
Composição: inativada, preparadas a
partir de culturas celulares em
fibroblastos humanos .
Idade de aplicação: a partir de 2
ANOS
Esquema: 2 DOSES com intervalo de 6
meses
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Contra-indicações
• história de reação anafilática a
algum dos componentes da
vacina.
• Não é recomendada durante a
gestação, apesar do risco teórico
para o feto ser baixo e ser vacina
inativada.
Eventos adversos
• Locais: dor, eritema ou edema
(20 a 50%);
• Sistêmicos: febre e fadiga (<
5%);
• Alérgicos: anafilaxia é rara.
3-Ig Humana anti hepatite B
Indicações:
• prevenção da infecção perinatal
pelo vírus da hepatite B;
• vítimas de acidentes com
material biológico positivo ou
fortemente suspeito de infecção
por VHB;
• comunicantes sexuais de casos
agudos de hepatite B;
• vítimas de abuso sexual;
• imunodeprimido após exposição
de risco, mesmo que
previamente vacinados.
Esquema
• Dose única.
Efeitos adversos
• Locais: eritema, enduração e dor
de intensidade leve;
• Sistêmicos: febre, sintomas
gastrointestinais, mal estar,
cefaléia, exantema
ocasionalmente.
• Alérgicos: Anafilaxia é rara.
4-Vacina contra a Varicela
Indicações:
• Imunocomprometidos
• profissionais de saúde
• candidatos a transplantes de
órgãos
• pacientes antes de quimioterapia
• HIV positivo
• Contatantes
• comunidades fechadas e surtos
Via de administração: via subcutânea
Composição: Vírus vivo atenuado
Idade de aplicação: a partir de 12
MESES de idade
Esquema:
• 12 meses a 12 anos 1 dose;
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• > 13 anos 2 doses (de 4 a 8
semanas)
Contra-indicações
• durante o período de três meses
após suspensão de terapia
imunodepressora, inclusive uso
de corticóides;
• gestação (mulheres em idade
fértil vacinadas devem evitar a
gravidez durante um mês após a
vacinação);
• reação anafilática a dose anterior
da vacina ou a algum de seus
componentes.
Eventos adversos
• Locais: dor, hiperestesia ou
rubor (20%) 1as horas após a
aplicação;
• Erupção leve semelhante à
varicela (3,5%) no local da
aplicação de 8 a 19 dias após
a vacinação;
• Sistêmicos: febre pode ocorrer
em torno de 15% dos vacinados,
até 40 dias depois da vacinação.
• Alérgicos: Anafilaxia é rara
5-Imunoglobulina humana
antivaricela-zóster
Indicações:
• Crianças ou adultos
imunocomprometidos;
• Grávidas;
• Recém-nascidos de mães
varicela nos 5 últimos dias de
gestação ou até 48 horas após o
parto;
• Recém-nascidos prematuros
28 ou + semanas de gestação
mãe nunca teve varicela;
• Recém-nascidos prematuros <
28 semanas de gestação (ou < 1
kg ao nascimento)
independente de história
materna de varicela.
Composição: Obtidas do plasma de
doadores selecionados com altos títulos
de anticorpos específicos.
Início da aplicação: Qualquer idade -
< 96 h após o contato.
Esquema: 1 dose
Via de aplicação: Intramuscular
Contra-Indicações
• Anafilaxia a dose anterior.
Eventos adversos
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• Locais: eritema, enduração e dor
de intensidade leve.
• Sistêmicos: febre, sintomas
gastrointestinais, mal estar,
cefaléia, exantema.
• Alérgicos: Anafilaxia é rara.
6-Imunoglobulina Humana Anti-
Rábica (IGHR)
Indicações
• Indivíduos que apresentaram
algum tipo de hipersensibilidade
quando da utilização de soro
heterólogo (antitetânico, anti-
rábico, antidiftérico);
• Indivíduos que não completaram
esquema anti-rábico por eventos
adversos à vacina;
• Indivíduos imunodeprimidos –
na situação de pós-exposição,
sempre que houver Indicações
de vacinação anti-rábica.
Esquema
• Dose única.
Contra-indicações
• Anafilaxia a dose anterior.
• Observação: Gravidez e
imunodepressão não constituem
contra-indicações.
Eventos adversos
• Locais: eritema, enduração e dor
de intensidade leve.
• Sistêmicos: febre, sintomas
gastrointestinais, mal estar,
cefaléia, exantema.
• Alérgicos: Anafilaxia é rara.
6-Vacina contra influenza, inativada
(INF) – “Vacina contra Gripe”
Indicações:
• Imunodeprimidos
• Profissionais da saúde
• Comunicantes domiciliares de
imunodeprimidos;
• Cardiopatias crônicas;
• Pneumopatias crônicas;
• Asplenia anatômica ou funcional
e doenças relacionadas;
• Diabetes mellitus;
• Fibrose cística;
• Trissomias;
• Nefropatia crônica / síndrome
nefrótica;
• Asma.
Esquema
1 DOSE anual -≥ 9 anos
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2 DOSES com intervalo de 4 a 5
semanas
Vacinações subseqüentes: 1 dose
anual - 6 m a 8 anos
Contra-indicações
• História de anafilaxia a proteínas
do ovo ou a outros componentes
da vacina.
Eventos adversos
• Locais: eritema, dor e
enduração, de pequena
intensidade, com duração de até
dois dias;
• Sistêmicos: febre, mal-estar e
mialgia;
• não agrava sintomas de
pacientes asmáticos nem induz
sintomas respiratórios.
• Sd. Guillan-Barré – 1/1.000.000
doses aplicadas
• Alérgicos: Reação anafilática é
rara.
7-Vacina pneumocócica 7 valente
Indicações:
• Crianças menores de 2 anos
basicamente imunocompetentes
• doença pulmonar ou
cardiovascular crônica
grave
• insuficiência renal
crônica, síndrome
nefrótica
• diabetes
• cirrose hepática
• fístula liquórica
• asplenia congênita ou
adquirida
• hemoglobinopatias
• imunodeficiência
congênita ou adquirida,
crianças HIV positivo
assintomáticas e com
aids.
• Composição: Cada 0,5 ml de
dose intramuscular é formulada
para conter 2 mcg de sacarídeo
por sorotipo 4, 9V, 14, 18C, 19F
e 23F, 4 mcg de sorotipo 6B,
aproximadamente 20 mcg de
proteína CRM197, e
aproximadamente 0,5 mg de
fosfato de alumínio como
adjuvante.
• Idade Aplicação: a partir dos 2
(dois) meses de idade até 23
(vinte e três) meses.
• Esquema básico:
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• Via de aplicação :
Intramuscular-
Dose : 2 doses (0/2 m) ≥ 24 meses
Dose : 2 doses (0/2 m) :
1− 12 a 23 meses
2− 12 a 15 m de idade
2 doses (0/2 m)
7 a 11 meses
12 a 15 m de idade
3 doses (0/2/4 m)
2 a 6 meses
Contra-Indicações
• Pn23 e Pnc7: Reação anterior de
hipersensibilidade imediata
(anafilaxia) à vacina.
Eventos adversos
• Locais: Rubor, enduração e dor
de intensidade leve.
• Sistêmicos: Irritabilidade,
sonolência e choro excessivo são
descritos, porém de intensidade
leve.
• Alérgicos: Anafilaxia é rara.
8-Vacina Polissacarídica 23 Valente
Indicações
• HIV/aids;
• Asplenia anatômica ou funcional
e doenças relacionadas;
• Pneumopatias crônicas, exceto
asma;
• Asma grave em usos de
corticóide em dose
imunossupressora;
• Cardiopatias crônicas;
• Nefropatias crônicas /
hemodiálise / síndrome
nefrótica;
• Transplantados de órgãos
sólidos ou medula óssea;
• Imunodeficiência devido a
câncer ou imunossupressão
terapêutica;
• Diabetes mellitus;
• Fístula liquórica;
• Fibrose cística (mucoviscidose);
• Trissomias;
• Imunodeficiências congênitas;
Idade Aplicação: a partir dos 2 ANOS
de idade.
Esquema
• Dose única.
• A revacinação é indicada uma
única vez, devendo ser realizada
5 ANOS após a dose inicial.
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• Obs: 1ª dose, pelo menos 6 a 8
semanas após a última dose da
Pnc7.
Contra-Indicações
• Pn23 e Pnc7: Reação anterior de
hipersensibilidade imediata
(anafilaxia) à vacina.
Eventos Adversos
• Locais: eritema, enduração e
dor.
• Sistêmicos: febre baixa, astenia,
cefaléia e mialgia, sendo mais
intensos e mais freqüentes na
revacinação.
• Alérgicos: anafilaxia é rara
9-DTP acelular
Indicações:
• crianças até 6 anos completos
após uma das doses DTP
apresentem os seguintes eventos
adversos:
- Convulsões nas primeiras 72
horas;
- Episódio Hipotônico
Hiporresponsivo (EHH) nas
primeiras 48 horas.
• Via de aplicação : Intramuscular
Composição: associação dos toxóides
diftérico e tetânico com imunógenos
derivados da Bordetella pertussis.
Idade Aplicação: < 7 anos
• 2, 4 e 6 meses, com um reforço
aos 15 meses e outro entre 4 e 6
anos.
• intervalo mínimo um mês.
• Crianças doses anteriores de
DTP celular ou Tetravalente
completar o esquema com
DTPa;
• DTPa substituindo a
tetravalente simultaneamente
receber vacina contra
Haemophilus influenzae tipo b,
aplicada com seringa individual,
em grupo muscular diferente.
Contra-indicações
• choque anafilático: tetravalente
ou da tríplice celular (DTP) ou
da tríplice acelular (DTPa),
antitetânico-diftéricas duplas
(DT e dT) e da vacina
antitetânica;
• encefalopatia até sete dias
depois da aplicação da vacina
tetravalente ou da vacina DTP
celular ou da DTP acelular,
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devendo o esquema nestes casos
ser completado com vacina
dupla (DT ou dT).
Eventos adversos
• Locais: são os mesmos das
vacinas celulares, dor,
enduração, hiperemia, porém
com enor freqüência e
intensidade.
• Sistêmicos: temp. axilar ≥ 40°C,
convulsões febris, choro com 3
horas ou mais de duração e
episódios hipotônicos;
• Encefalopatia evento raro.
• Alérgicos: Anafilaxia é rara
10-Vacina contra Haemophilus
influenzae do tipo b (Hib)
• * Para imunodeprimidos
(HIV/aids, imunossupressão
devido a drogas e câncer,
imunodeficiência congênita com
deficiência isolada de tipo
humoral ou deficiência de
complemento, transplantados).
Dose única
2 doses (intervalo de 4 a 8 semanas)*
1 a 19 anos
12 a 15 meses *
2 doses (intervalo de 4 a 8 semanas)
7 a 11 meses
12 a 15 meses *
3 doses (intervalo de 60 dias)
2 a 6 meses
Contra-indicações
• Anafilaxia a dose anterior ou a
algum componente da vacina
Eventos adversos
• 10% dos casos nas 1as 24 hs
• Locais: dor, eritema e enduração
• Sistêmicos: febre, irritabilidade
e sonolência.
• Alérgicos: anafilaxia é rara.
11-Vacina dupla infantil (DT)
Esquemas
• Em substituição às vacinas
Tetravalente, DTP e DTP
acelular, nos casos em que estas
vacinas são contra-indicadas.
Indicações:
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• Encefalopatia nos 7 dias
subseqüentes à administração de
dose anterior de vacina
tetravalente, DTP celular ou
DTP acelular.
Contra-indicações
• Reação anafilática anterior às
vacinas Tetravalente, DTP
celular, DTP acelular ou DT.
Eventos adversos
• Locais: Dor, rubor e enduração
locais são freqüentes. Nódulos
subcutâneos e abscessos
assépticos podem ocorrem
infreqüentemente.
• Sistêmicos: Febre de até 38,5
graus é relativamente freqüente.
Convulsões febris e
episódio hipotônico hiporresponsivo são
relatados com freqüência menor do que
os observados
com a vacina DTP celular.
• Alérgicos: Anafilaxia é rara.
11-Vacina meningocócica conjugada
Composição: Cada 0,5 ml de dose deve
conter: polissacarídeo meningocócico
do grupo C 10ug conjugado ao toxóide
tetânico (TT) 10-20 ug; ADJUVANTE:
Hidróxido de alumínio 1,4 mg
(equivalente a 0,5 mg de alumínio).
Indicações: a partir dos 2 meses de
idade, nos portadores de:
• Asplenia congênita ou adquirida
• deficiências do complemento
• anemia falciforme e talassemia.
Esquema básico:
• A partir de 2 meses de idade, 2
ou 3 doses com intervalo
mínimo de 30 dias, idealmente
de 60 dias, de acordo com as
indicações do fabricante.
• Em crianças maiores de 12
meses e adultos, dose única.
• Via de aplicação :
Intramuscular
Contra-indicações
• Pacientes com
hipersensibilidade a qualquer
um dos componentes da vacina.
Eventos adversos
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• Locais: eritema, enduração e
dor.
• Sistêmicos: febre baixa e
irritabilidade.
• Alérgicos: anafilaxia é rara.
12-Imunoglobulina humana
antitetânica (IGHT)
Indicações
• hipersensibilidade quando da
utilização de qualquer soro
heterólogo (antitetânico, anti-
rábico, antidiftérico, antiofídico,
etc.);
• Indivíduos imunodeprimidos,
nas indicações de
imunoprofilaxia contra o tétano,
mesmo que vacinado.
• Recém nascidos em situações de
risco para tétano cujas mães
sejam desconhecidas ou não
tenham sido adequadamente
vacinadas;
• Recém nascidos prematuros com
lesões potencialmente
tetanogênicas,
independentemente da história
vacinal da mãe.
• Gravidez e imunodepressão não
constituem contra-indicações.
Esquemas
• Dose única.
Contra-indicações
• Anafilaxia a dose anterior.
Eventos adversos
• Locais: eritema, enduração e dor
de intensidade leve são comuns.
• Sistêmicos: febre, sintomas
gastrointestinais, mal estar,
cefaléia, exantema.
• Alérgicos: Anafilaxia é rara.
13-Vacina contra Febre Tifóide
• Indicações: restrita as pessoas
sujeitas a exposição excepcional,
em decorrência de sua ocupação
(profissionais de laboratório
com contato habitual com
Salmonella typhi e trabalhadores
de rede de esgoto), ou viajantes
a áreas endêmicas.
• Idade Aplicação: a partir de 2
meses de idade
• Dose/Esquema básico: 1 dose
• Reforço: Após 3 anos
• Via de aplicação: Intramuscular
3.6-Entidades responsáveis pelo
controle de doenças transmissiveis
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SINAN- SISTEMA NACIONAL DE
AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO
Sistema Nacional de Agravos de
Notificação (SINAN) -É o sistema
que reúne todas os dados relativos
aos agravos de notificação,
alimentado pelas notificações
compulsórias .
Lista de Doenças de Notificação
Compulsória
I. Botulismo
II. Carbúnculo ou Antraz
III. Cólera
IV. Coqueluche
V. Dengue
VI. Difteria
VII. Doença de Creutzfeldt - Jacob
VIII. Doenças as (casos agudos)
IX. Doença Meningocócica e outras
Meningites
X.Esquistossomose (em área não
endêmica)
XI. Eventos Adversos Pós-Vacinação
XII.Febre Amarela
XIII. Febre do Nilo Ocidental
XIV. Febre Maculosa
XV. Febre Tifóide
XVI. Hanseníase
XVII. Hantavirose
XVIII. Hepatites Virais
XIX. Infecção pelo vírus da
imunodeficiência humana - HIV em
gestantes e crianças expostas ao risco
de transmissão vertical
XX. Influenza humana por novo
subtipo (pandêmico)
XXI. Leishmaniose Tegumentar
Americana
XXII. Leishmaniose Visceral
XXIII.Leptospirose
XXIV. Malária
XXV. Meningite por Haemophilus
influenzae
XXVI. Peste
XXVII.Poliomielite
XXVIII.Paralisia Flácida Aguda
XXIX.Raiva Humana
XXX.Rubéola
XXXI.Síndrome da Rubéola
Congênita
XXXII. Sarampo
XXXIII. Sífilis Congênita
XXXIV. Sífilis em gestante
XXXV. Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida - AIDS
XXXVI. Síndrome Febril Íctero-
hemorrágica Aguda
XXXVII. Síndrome Respiratória
Aguda Grave
XXXVIII. Tétano
XXXIX. Tularemia
XL. Tuberculose
XLI. Varíola
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Portaria Nº 5, de 21 de fevereiro de
2006
Referências :
Manuais do Ministério da Saúde :
Manual de rede de Frio
Manual de Vacinação
Manual de Imunos especiais
Manual de doenças infecciosas e
Parasitárias
Manual de vacina –OMS/OPAS
Sites :
http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/ep
ilista.ht hptt//saude.gov.br/editora/htm+
manuais
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