Engels - Para a Questão Da Habitação

download Engels - Para a Questão Da Habitação

of 58

Transcript of Engels - Para a Questão Da Habitação

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    1/58

    Friedrich Engels

    Para a Questo da Habitao1

    Janeiro de 1873Escrito por Engels de Maio de 1872 a Janeiro de 1873.

    Publicado pela primeira vez no jornal Volsstaat! n"s #1! #2! #2! #3! 1$3 e 1$%! de 2& e 2' de Jun(o! 3de Jul(o! 2# e 28 de )ezembro de 1872* n."s 2! 3! 12! 13! 1# e 1&! de % e 8 de Janeiro! 8! 12! 1' e 22de +evereito de 1873* e em tr,s separatas! em -eipzig! em 1872 e 1873.

    +onte /bras Escol(idas em tr,s tomos! Editorial 0vante0. Publicado segundo o teto da edi45ode 1887.

    1 A obra de Engels Para a Questo da Habitao dirigida contra os sociais-reformadores burgueses e pequeno-burgueses que tenta!am dissimular as c"agas da sociedade burguesa# $riticando os pro%ectos proud"onistas desoluo da questo da "abitao Engels demonstra que imposs&!el resol!'-la no capitalismo# () o proletariadotriunfante di* ele resol!endo os problemas fundamentais da construo da sociedade socialista resol!er+ tambm aquesto da "abitao# ,'m um significado particularmente importante as ideias de Engels epressas nesta obra sobrea transformao socialista do campo e a supresso da oposio entre a cidade e o campo que s) se tornar+ poss&!elnas condi.es da sociedade comunista#

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    2/58

    6ndicePref+cio / (egunda Edio 0e!ista2 de 1334 #####################################################################################5

    Primeira (eco #################################################################################################################################16

    $omo esol!e Proud"on a Questo da Habitao ############################################################################16

    (egunda (eco #################################################################################################################################75

    $omo esol!e a 8urguesia a Questo da Habitao #########################################################################759######################################################################################################################################################7599#####################################################################################################################################################57999 ##################################################################################################################################################:1

    ,erceira (eco ##################################################################################################################################:5

    (uplemento (obre Proud"on e a Questo da Habitao ###################################################################:59 #####################################################################################################################################################:599 ####################################################################################################################################################:4999 ##################################################################################################################################################;79< ##################################################################################################################################################;=

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    3/58

    Precio 9 :egunda Edi45o ; escrito que se segue a reimpresso de tr's artigos que escre!i para o

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    4/58

    concepo filantr)pico-burguesa da questo com base num escrito do r# Emil (a ;# 0(egunda(eco C$omo resol!e a burguesia a questo da "abitaoD#2 Ap)s um longo inter!alo o sen"orr# JNlberger "onrou-me ento com uma resposta aos meus artigos= a qual me obrigou a umarplica 0,erceira (eco C(uplemento sobre Proud"on e a questo da "abitaoD2 com que entoc"egaram ao fim tanto a polmica como a min"a ocupao especial com esta questo# S esta agnese dessas tr's sries de artigos que se publicaram igualmente como separata em forma de

    broc"ura# (e agora se torna necess+ria uma no!a impresso ten"o de no!o a agradec'-lo semd!ida / ben!ola solicitude do go!erno imperial alemo que com a proibio promo!eu muitoas !endas como sempre e ao qual eu aqui eprimo o meu mais recon"ecido agradecimento#

    Para a no!a impresso re!i o teto introdu*i algumas notas e adi.es isoladas e corrigi um pequenoerro econ)mico na primeira seco uma !e* que o meu ad!ers+rio r# JNlberger infeli*mente noo descobriu#

    $om esta re!iso dou-me bem conta dos enormes progressos feitos pelo mo!imento oper+riointernacional nos ltimos cator*e anos# aquela altura era ainda um facto que Cos oper+rios del&nguas romGnicas no tin"am desde "+ !inte anos outro alimento espiritual seno as obras de

    Proud"onD e quando muito a ulterior unilaterali*ao do proud"onismo pelo pai do CanarquismoD8a?nine que !ia em Proud"on o Cmestre de todos n)sD notre matre nous tous# Embora os

    proud"onianos em Irana entre os oper+rios no fossem seno uma pequena seita eram contudoos nicos que tin"am um programa determinadamente formulado e que durante a $omunaconseguiram tomar a direco no campo econ)mico# a 8lgica o proud"onismo domina!a deforma incontestada entre os oper+rios !al.es e na Espan"a e na 9t+lia sal!o muito raras ecep.estudo aquilo que no mo!imento oper+rio no era anarquista era decididamente proud"oniano# E"o%eT Em Irana Proud"on est+ completamente posto de parte entre os oper+rios e %+ s) temseguidores entre os burgueses e pequeno-burgueses radicais que como proud"onianos se c"amamtambm CsocialistasD mas que so combatidos da forma mais !eemente pelos oper+rios socialistas#

    a 8lgica os flamengos desalo%aram os !al.es da direco do mo!imento derrubaram oproud"onismo e le!antaram poderosamente o mo!imento# a Espan"a como na 9t+lia a mar altaanarquista dos anos setenta refluiu e arrastou consigo os restos do proud"onismoB se na 9t+lia ono!o partido est+ ainda em fase de clarificao e formao na Espan"a o pequeno ncleo quecomo ue!a Iederaci)n Jadrilena4 se mante!e fiel ao $onsel"o Ueral da 9nternacionaldesen!ol!eu-se num poderoso partido que F conforme se pode !er pela pr)pria imprensarepublicana F est+ a destruir a influ'ncia dos republicanos burgueses sobre os oper+rios muito maisefica*mente do que o conseguiram os seus ruidosos predecessores anarquistas# Entre os oper+riosromGnicos para o lugar das esquecidas obras de Proud"on passaram O Capital o ManifestoComunistae uma srie de outros escritos da escola de Jar e a rei!indicao principal de Jar aapropriao de todos os meios de produo em nome da sociedade pelo proletariado ele!ado /

    dominao pol&tica eclusi!a "o%e tambm a rei!indicao de toda a classe oper+riare!olucion+ria nos pa&ses romGnicos#

    ; E# (a ie Oo"nungs*ustVnde der arbeitenden $lassen und i"re eform Oien 13= 0As $ondi.es de Habitaodas $lasses ,rabal"adoras e a (ua eforma per+rio (ocialista de Espan"a#

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    5/58

    (e portanto o proud"onismo foi tambm definiti!amente desalo%ado entre os oper+rios dos pa&sesromGnicos se ele %+ s) ser!e F correspondendo ao seu !erdadeiro destino F aos radicais burguesesfranceses espan")is italianos e belgas como epresso dos seus dese%os burgueses e pequeno-

    burgueses porqu' ento !oltar "o%e mais uma !e* a eleT Porqu' combater de no!o com areimpresso destes artigos um ad!ers+rio defuntoT

    Primeiro porque estes artigos no se limitam a uma mera polmica contra Proud"on e o seurepresentante alemo# Em consequ'ncia da di!iso de trabal"o que eistia entre Jar e eu coube-me defender as nossas opini.es na imprensa peri)dica ou se%a nomeadamente na luta contraopini.es ad!ers+rias para que Jar ti!esse tempo de elaborar a sua grande obra principal# Iiqueideste modo na situao de epor a nossa maneira de !er na maioria das !e*es em forma polmicaem oposio a outras maneiras de !er# ,ambm neste caso# As sec.es 9 e 999 cont'm no s) umacr&tica da concepo de Proud"on da questo mas tambm a eposio da nossa pr)pria concepo#

    Porm em segundo lugar Proud"on desempen"ou na "ist)ria do mo!imento oper+rio europeu umpapel demasiado significati!o para poder cair sem mais no esquecimento# efutado teoricamenteposto de lado na pr+tica ele conser!a porm o seu interesse "ist)rico# Quem se ocupar com uma

    certa profundidade do socialismo moderno ter+ de con"ecer tambm os Cpontos de !istaultrapassadosD do mo!imento# A Misria da Filosofia de Jar surgiu !+rios anos antes deProud"on apresentar as suas propostas pr+ticas de reforma da sociedadeB a& Jar no podia senodescobrir no germe e criticar o banco de troca proud"oniano# Assim neste aspecto o seu escrito completado pelo presente infeli*mente de forma assa* imperfeita# Jar teria feito tudo isto muitomel"or e de forma mais con!incente#

    Jas finalmente o socialismo burgu's e pequeno-burgu's tem estado at agora fortementerepresentado na Aleman"a# Por um lado por socialistas de c+tedra3e filantropos de toda a espcieentre os quais o dese%o de transformar os oper+rios em propriet+rios da sua "abitao continua adesempen"ar um papel importante e contra os quais portanto o meu trabal"o continua a seroportuno# Por outro lado porm no pr)prio partido social-democrata incluindo a fraco do

    Reichstag encontra a sua representao um certo socialismo pequeno-burgu's# E de uma forma talque de facto se recon"ecem como %ustas as !is.es fundamentais do socialismo moderno e arei!indicao da transformao de todos os meios de produo em propriedade social mas sedeclara que a sua reali*ao apenas poss&!el num tempo distante praticamente impre!is&!el#Assim no presente estar-se-ia limitado a meros remendos sociais e poder-se-ia mesmo simpati*arconforme as circunstGncias com as mais reaccion+rias aspira.es / c"amada Cele!ao das classestrabal"adorasD# A eist'ncia de uma tal orientao completamente ine!it+!el na Aleman"a o pa&sda pequena burguesiapar ecellence e num tempo em que o desen!ol!imento industrial arranca deforma !iolenta e macia as ra&*es a esta pequena-burguesia "+ tanto tempo enrai*ada# 9sso tambm

    no de forma nen"uma perigoso para o mo!imento dado o senso admira!elmente so dos nossosoper+rios que deu pro!as to bril"antes precisamente nos ltimos oito anos de luta contra a lei dossocialistas16a pol&cia e os %u&*es# Jas preciso ter bem claro que uma tal orientao eiste# E se

    3 (ocialismo de c+tedra uma das tend'ncias da ideologia burguesa nos anos 46-6 do sculo Y9Y cu%osrepresentantes - sobretudo professores das uni!ersidades alems - defendiam das c+tedras uni!ersit+rias o reformis-mo burgu's fa*endo-o passar por socialismo# Eles 0A# Oagner U# (c"moller @# 8rentano O# (ombart e outros2afirma!am que o Estado uma instituio supraclassista capa* de conciliar as classes inimigas e de introdu*irgradualmente o CsocialismoD sem atingir os interesses dos capitalistas# > seu programa redu*ia-se / organi*ao deseguros para os oper+rios contra a doena e os acidentes e / introduo de algumas medidas no dom&nio da legisla-o laboral# >s socialistas de c+tedra considera!am que sindicatos bem organi*ados tornam desnecess+rios a luta po-l&tica e o partido pol&tico da classe oper+ria# > socialismo de c+tedra foi uma das fontes ideol)gicas do re!isionismo#

    Em franc's no teto por ecel'ncia# 0ota da edio portuguesa#216 A lei de ecepo contra os socialistas foi adoptada na Aleman"a em 71 de >utubro de 1343# e acordo com a lei

    foram proibidas todas as organi*a.es do Partido (ocial-emocrata as organi*a.es oper+rias de massas e aimprensa oper+ria a literatura socialista foi confiscada e os sociais-democratas foram perseguidos# (ob a presso domo!imento oper+rio de massas a lei foi re!ogada a 1 de >utubro de 136#

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    6/58

    conforme necess+rio e mesmo dese%+!el esta orientao acabar por assumir mais tarde uma formamais s)lida e contornos mais determinados ela ter+ ento para a formulao do seu programa deremontar aos seus predecessores e fa*endo-o dificilmente Proud"on ser+ omitido#

    > cerne da soluo tanto burguesa como pequeno-burguesa da Cquesto da "abitaoD apropriedade pelo oper+rio da sua "abitao# Este porm um ponto que nos ltimos !inte anos

    com o desen!ol!imento industrial da Aleman"a recebeu uma focagem muito particular# Emnen"um outro pa&s eistem tantos oper+rios assalariados que se%am propriet+rios no s) da sua"abitao mas tambm ainda de uma "orta ou campo alm ainda de numerosos outros que ocupamcomo arrendat+rios uma casa e "orta ou campo com uma posse de facto bastante garantida# Aindstria caseira rural praticada em ligao com a "orticultura ou a pequena eplorao agr&colaconstitui a ampla base da %o!em grande indstria da Aleman"aB no >este os oper+rios so

    predominantemente propriet+rios e no @este predominantemente arrendat+rios da suas "abita.es#Encontramos esta ligao da indstria caseira com a "orticultura e agricultura e portanto com"abitao garantida no s) em todos os lugares onde a tecelagem manual luta ainda contra o tearmecGnico como no 8aio eno e na

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    7/58

    $om a introduo da maquinaria tudo isto se modificou# > preo passou a ser determinado peloproduto feito / m+quina e com este preo desceu o sal+rio do oper+rio industrial caseiro# Jas ooper+rio tin"a de aceit+-lo ou procurar outro trabal"o e isso no l"e era poss&!el sem se tornar

    prolet+rio isto sem renunciar / sua casin"a "orta*in"a e campo*in"o F pr)prios ou arrendados#E s) em casos muito raros ele o queria# E assim a "orticultura e agricultura dos antigos tecelosmanuais rurais se tornaram na causa em !irtude da qual a luta do tear manual contra o tear mecGnico

    se prolongou tanto por toda a parte e na Aleman"a ainda no terminou# esta luta re!elou-se pelaprimeira !e* nomeadamente em 9nglaterra que a mesma circunstGncia que anteriormentefundamentara um relati!o bem-estar dos oper+rios F a posse pelo oper+rio dos seus meios de

    produo F se tin"a agora con!ertido para eles num obst+culo e num infortnio# a indstria otear mecGnico eliminou o seu tear manual no culti!o da terra a grande agricultura eliminou a sua

    pequena eplorao# Porm enquanto em ambos os sectores da produo o trabal"o associado demuitos e o emprego da maquinaria e da ci'ncia se torna!am regra social a sua casin"a "orta*in"acampo*in"o e o seu tear prendiam-no ao mtodo ultrapassado da produo indi!idual e do trabal"omanual# A posse de casa e "orta tin"a agora muito menos !alor do que a plena liberdade demo!imentos# en"um oper+rio fabril teria trocado a sua situao pela do tecelo manual rural quelenta mas seguramente ia morrendo / fome# A Aleman"a apareceu tardiamente no mercado

    mundialB a nossa grande indstria data dos anos quarenta recebeu o seu primeiro impulso com ae!oluo de 13:3 e s) conseguiu desen!ol!er-se completamente quando as re!olu.es de 13== e134615l"e "a!iam afastado do camin"o pelo menos os piores obst+culos pol&ticos# Jas encontrou omercado mundial em grande parte ocupado# A 9nglaterra fornecia os artigos de consumo macio e aIrana os artigos de luo de bom gosto# A Aleman"a no podia !encer uns no preo e outros naqualidade# Assim no l"e restou seno no imediato e de acordo com a !ia da produo alem deat ento inserir-se no mercado mundial com artigos que eram demasiado insignificantes para osingleses e de demasiado baia qualidade para os franceses# A apreciada pr+tica alem da intru%iceque consiste em en!iar primeiro boas amostras e depois m+ mercadoria foi de resto pouco depois

    punida com dure*a no mercado mundial e entrou considera!elmente em decl&nioB por outro lado aconcorr'ncia da sobreproduo empurrou gradualmente at mesmo os s)lidos ingleses para o planoinclinado da perda de qualidade fa!orecendo assim os alemes que neste campo so ineced&!eis#E deste modo l+ conseguimos finalmente possuir uma grande indstria e desempen"ar um papel nomercado mundial# Jas a nossa grande indstria trabal"a quase eclusi!amente para o mercadointerno 0ecepto a indstria do ferro que produ* muito para alm das necessidades internas2 e ogrosso da nossa eportao comp.e-se de uma enorme quantidade de pequenos artigos que so eles

    pr)prios fabricados em grande parte pela indstria caseira rural e para os quais a grande indstriafornece no m+imo os necess+rios produtos semiacabados#

    E aqui se re!ela em todo o esplendor a Cb'noD da posse de casa e campo pr)prios para o oper+riomoderno# Em lado nen"um quase nem mesmo na indstria caseira irlandesa se pagam sal+rios to

    infamemente baios como na indstria caseira alem# Aquilo que a fam&lia produ* na sua pr)pria"orta*in"a ou campo*in"o o que a concorr'ncia permite ao capitalista descontar do preo da forade trabal"oB os oper+rios t'm precisamente de aceitar qualquer sal+rio estipulado LA??ordlo"nM

    porque de contr+rio no recebem absolutamente nada e no podem !i!er apenas do produto do seuculti!o da terraB e porque por outro lado so precisamente esse culti!o e propriedade da terra queos amarram ao lugar que os impedem de ir procurar outra ocupao# E nisto que reside a ra*oque mantm a Aleman"a capa* de concorr'ncia no mercado mundial em toda uma srie de

    pequenos artigos# Todo o lucro do capital extrado de um desconto do salrio normal e toda amais-valia pode ser oferecida ao comprador.S este o segredo da espantosa barate*a da maioriados artigos de eportao alemes#

    15 Por Cre!olu.esD subentende-se a guerra austro-prussiana de 13== e a guerra franco-prussiana de 1346-1341 quecompletaram a unificao da Aleman"a Cpor cimaD sob a supremacia da Prssia#

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    8/58

    S esta circunstGncia mais do que qualquer outra que mantm os sal+rios e o n&!el de !ida dosoper+rios na Aleman"a abaio dos pa&ses da Europa ocidental mesmo em outros ramos daindstria# > peso morto destes preos do trabal"o tradicionalmente mantidos muito abaio do !alorda fora de trabal"o fa* tambm descer os sal+rios dos oper+rios das cidades e mesmo das grandescidades abaio do !alor da fora de trabal"o e isto tanto mais quanto certo que tambm nascidades a indstria caseira mal remunerada tomou o lugar do antigo artesanato e tambm a& fe*

    descer o n&!el salarial geral#

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    9/58

    pela maquinaria e a empresa fabril significa na Aleman"a aniquilamento da eist'ncia de mil".esde produtores rurais epropriao de quase metade do pequeno campesinato alemo transformaono s) da indstria caseira em empresa fabril mas tambm da eplorao camponesa em grandeagricultura capitalista e da pequena propriedade fundi+ria em grandes dom&nios LHerrengNterM Fre!oluo industrial e agr&cola em benef&cio do capital e da grande propriedade fundi+ria / custa doscamponeses# (e couber / Aleman"a passar tambm por essa transformao ainda sob as antigas

    condi.es sociais ento essa transformao constituir+ incondicionalmente o ponto de !iragem# (eat ento a classe oper+ria no ti!er tomado a iniciati!a em nen"um outro pa&s ser+incondicionalmente a Aleman"a a comear o ataque e os fil"os dos camponeses do CgloriosoercitoD a%udaro cora%osamente#

    E agora a utopia burguesa e pequeno-burguesa de pretender dar a cada oper+rio a propriedade deuma casin"a e desse modo amarr+-lo ao seu capitalista de forma semifeudal assume uma figuratotalmente di!ersa# $omo sua reali*ao aparecem a transformao de todos os pequenos

    propriet+rios de casa rurais em oper+rios industriais caseirosB o aniquilamento do antigo isolamentoe portanto da nulidade pol&tica dos pequenos camponeses que so arrastados para o Cturbil"osocialDB o alargamento da re!oluo industrial / plan&cie e desse modo a transformao da classe

    mais est+!el mais conser!adora da populao num !i!eiro re!olucion+rioB e como concluso detudo isto a epropriao dos camponeses industriais caseiros pela maquinaria que os empurra com!iol'ncia para a insurreio#

    Podemos de bom grado deiar aos filantropos burgueses-socialistas o go*o pri!ado do seu idealtanto tempo quanto eles na sua funo pblica como capitalistas continuarem a reali*+-lo nestamaneira in!ertida para benef&cio e pro!eito da re!oluo social#

    @ondon 16 de Raneiro de 1334#

    Iriedric" Engels

    Publicado no %ornal er (o*ialdemo?rat n#os 5 e : de 1; e 77 de Raneiro de 1334e no li!ro I# Engels Wur Oo"nungsfrage Hottingen-Wric" 1334#Publicado segundo o teto do li!ro#,radu*ido do alemo#

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    10/58

    Primeira :ec45o

    >omo

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    11/58

    forma nen"uma na sua qualidade de operario isto como !endedor de fora de trabal"o# Aaldrabice pode atingi-lo tal como / classe mais pobre em geral de forma mais dura do que /sclasses mais ricas da sociedade mas no um mal que o atin%a em eclusi!o que se%a pr)prio dasua classe#

    $om a falta de "abitao passa-se precisamente o mesmo# A epanso das grandes cidades

    modernas d+ um !alor artificial colossalmente aumentado ao solo em certas +reas particularmentenas de locali*ao centralB os edif&cios nelas constru&dos em !e* de aumentarem esse !alor fa*em-no antes descer pois %+ no correspondem /s condi.es alteradasB so demolidos e substitu&dos poroutros# 9sto acontece antes de tudo com "abita.es oper+rias locali*adas no centro cu%os alugueresnunca ou ento s) com etrema lentido ultrapassam um certo m+imo mesmo que as casaseste%am superpo!oadas em etremo# Elas so demolidas e em seu lugar constroem-se lo%asarma*ns edif&cios pblicos# Por intermdio de Haussmann o bonapartismo eplorou da formamais colossal esta tend'ncia em Paris para burla e enriquecimento pri!adoB mas o esp&rito deHaussmann passeou tambm por @ondres Janc"ester @i!erpool e em 8erlim e resultado que os oper+rios !o sendo empurrados do centro dascidades para os arredores que as "abita.es oper+rias e as "abita.es pequenas em geral se !o

    tornando raras e caras e muitas !e*es mesmo imposs&!el encontr+-las pois nestas condi.es aindstria da construo / qual as "abita.es mais caras oferecem um campo de especulao muitomel"or s) ecepcionalmente construir+ "abita.es oper+rias#

    Assim esta falta de loca.es atinge o oper+rio de uma forma seguramente mais dura do quequalquer classe abastadaB mas tal como a aldrabice de merceeiro ela no constitui nen"um mal queoprima eclusi!amente a classe oper+ria e na medida em que disser respeito / classe oper+ria ter+de encontrar ao atingir um certo grau e uma certa durao igualmente uma certa compensaoecon)mica#

    S sobretudo destes males comuns / classe oper+ria e a outras classes nomeadamente a pequenaburguesia que o socialismo pequeno-burgu's ao qual pertence tambm Proud"on se ocupa compredileco# E assim no de modo nen"um por acaso que o nosso proud"oniano alemo13escol"eantes de mais a questo da "abitao que como !imos no de forma nen"uma uma questoeclusi!amente oper+ria e a declara pelo contr+rio uma questo !erdadeira e eclusi!amenteoper+ria#

    !O operrio assalariadoest" para o capitalistacomo o inquilinopara oproprietrio da casa#$

    9sto totalmente falso#

    a questo da "abitao temos duas partes frente a frente o inquilino e o sen"orio ou o propriet+rioda casa# > primeiro quer comprar ao segundo o uso tempor+rio de uma "abitaoB tem din"eiro oucrdito F mesmo que ten"a de comprar este crdito ao pr)prio propriet+rio da casa mais uma !e* aum preo usur+rio como um suplemento ao aluguer# S uma simples !enda de mercadoriaB no umneg)cio entre prolet+rio e burgu's entre oper+rio e capitalistaB o inquilino F mesmo que se%aoper+rio F surge como um homem de posses que precisa de %+ ter !endido a sua mercadoria

    pr)pria a fora de trabal"o para poder aparecer com a sua receita como comprador do usufruto deuma "abitao ou que tem de poder dar garantias da !enda iminente dessa fora de trabal"o# Ialtamaqui totalmente os resultados peculiares da !enda da fora de trabal"o ao capitalista# > capitalista

    p.e a fora de trabal"o comprada a produ*ir em primeiro lugar de no!o o seu !alor mas emsegundo lugar uma mais-!alia que pro!isoriamente e sob reser!a da sua repartio entre a classe

    dos capitalistas fica nas suas mos# Aqui portanto produ*ido um !alor ecedente aumentada asoma total do !alor eistente# S totalmente diferente o que se passa com o neg)cio dos alugueres#

    13 A# JNlberger#

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    12/58

    Por mais que o sen"orio engane o inquilino trata-se sempre apenas da transfer'ncia de um !alor %+existente, produzido antes e a soma total dos !alores possu&dos no conjunto por inquilino esen"orio permanece a mesma que antes# > oper+rio quer o seu trabal"o se%a pago pelo capitalistaabaio acima ou pelo seu !alor sempre le!ado numa parte do produto do seu trabal"oB oinquilino s) o se ti!er de pagar a casa acima do seu !alor# E portanto uma deturpao total darelao entre inquilino e sen"orio querer equipar+-la / que eiste entre oper+rio e capitalista# ,rata-

    se pelo contr+rio de um neg)cio de mercadorias de todo "abitual entre dois cidados e esteneg)cio processa-se segundo as leis econ)micas que regulam a !enda de mercadorias em geral e a!enda em especial da mercadoria propriedade do solo# Primeiro so tomados em considerao oscustos de construo e de manuteno da casa ou da parte de casa em questoB em segundo lugar!em o !alor do terreno condicionado pela situao mais ou menos fa!or+!el da casaB finalmente oque decide a posio momentGnea da relao entre procura e oferta# Esta simples relaoecon)mica eprime-se na cabea do nosso proud"oniano da forma seguinte

    !% casa& uma 'e( constru)da& ser'e como titulo jurdico eterno so*re uma certa frac+,o dotra*alho social& mesmo -ue o 'alor real da casa ." h" muito tenha sido mais do -ue

    suficientemente pago ao propriet"rio na forma de aluguer# %contece assim -ue uma casa

    constru)da& p# e#& h" /0 anos possa& durante esse tempo& com a receita do seu aluguer& co*rir duas&tr1s& cinco& de( 'e(es& etc& o seu pre+o de custo original#$

    ,emos aqui desde logo todo o Proud"on# Primeiro esquece-se que o aluguer da casa tem no s) depagar os custos da construo mas tambm de cobrir as repara.es e o !alor mdio de d&!idasincobr+!eis alugueres no pagos bem como de e!entuais per&odos em que a "abitao este%a !a*iae finalmente de pagarem amorti*a.es anuais o capital in!estido na construo de uma casa quecom o tempo se !ai tornando inabit+!el e sem !alor# (egundo esquece-se que o aluguer da"abitao tem igualmente de pagar o aumento do !alor do terreno em que a casa est+ isto queuma parte do aluguer consiste em renda fundi+ria# S certo que o nosso proud"oniano esclarece logoque esse aumento de !alor uma !e* que se !erifica sem inter!eno do propriet+rio fundi+rio pordireito no l"e pertence a ele mas sim / sociedadeB mas no repara que est+ desse modo a eigirna realidade a abolio da propriedade fundi+ria ponto que se analisado mais de perto nos le!ariamuito longe# Iinalmente ele no repara que em todo este neg)cio no se trata de comprar ao

    propriet+rio a casa mas apenas o seu usufruto durante um determinado tempo# Proud"on que nuncase preocupou com as condi.es reais factuais em que se processa qualquer fen)meno econ)micotambm no pode naturalmente eplicar como o preo de custo original de uma casa pode emcertos casos ser pago de* !e*es em cinquenta anos na figura de aluguer# Em !e* de analisareconomicamente esta questo nada dif&cil e de !erificar se ela est+ realmente em contradio com asleis econ)micas e de que modo ele socorre-se de um salto ousado da economia para a %uridiceLRuristereiM Ca casa uma !e* constru&da ser!e como ttulo jurdico eternoD sobre um determinado

    pagamento anual# $omo isto se !erifica como se tornaa casa um t&tulo %ur&dico acerca dissoProud"on cala-se# E no entanto precisamente isso que Proud"on de!eria ter esclarecido# (e oti!esse in!estigado teria descoberto que nem todos os t&tulos %ur&dicos do mundo mesmo queigualmente eternos poderiam conferir a uma casa o poder de receber de !olta o seu preo de custode* !e*es em cinquenta anos na figura de aluguer mas que apenas condi.es econ)micas 0que

    podem ser socialmente recon"ecidas na figura de t&tulos %ur&dicos2 podem produ*ir tal efeito# essemodo ele esta!a de no!o to longe como no in&cio#

    ,oda a doutrina de Proud"on assenta neste salto de sal!ao que !ai da realidade econ)mica para afrase %ur&dica# > !alente Proud"on sempre que deia escapar a coneo econ)mica F e istoacontece nele com todas as quest.es srias F refugia-se no campo do direito e apela para a justia

    eterna#

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    13/58

    CProud"on !ai buscar primeiro o seu ideal de %ustia eterna /s rela.es %ur&dicas correspondentes /produo mercantil com o que F diga-se de passagem F tambm fornecida a pro!a toconsoladora para todos os pequeno-burgueses L(piessbNrgerM de que a forma da produo mercantil to necess+ria como a %ustia# epois quer ao in!s remodelar a !erdadeira produo mercantil eo direito real que l"e corresponde de acordo com esse ideal# Que pensar&amos de um qu&mico queem !e* de estudar as leis reais do metabolismo e de com base nas mesmas resol!er determinadas

    tarefas quisesse remodelar o metabolismo pelas ideias eternas da naturalidade e do parentescoT(er+ que se fica a saber mais acerca do usur+rio di*endo que ele contradi* a %ustia eterna e aequidade eterna e a reciprocidade eterna e outras !erdades eternas do que aquilo que os

    padres da 9gre%a sabiam quando di*iam que ele contradi*ia a miseric)rdia eterna a f eterna e aeterna !ontade de eusTD 0Jar Capital p# :;#21

    > nosso proud"oniano76no anda muito mel"or do que o seu sen"or e mestre

    CO contrato de arrendamento uma das mil transac+2es -ue& na 'ida da sociedade moderna& s,ot,o necess"rias como a circula+,o do sangue no corpo dos animais# 3eria naturalmente dointeresse desta sociedade -ue todas estas transac+2es esti'essem penetradas de uma ideia dedireito& isto & fossem por toda a parte reali(adas segundo as rigorosas eig1ncias da .usti+a# 4uma

    pala'ra& a 'ida econmica da sociedade tem de& como di( 5roudhon& ele'ar6se altura de umdireito econmico# Como se sa*e& precisamente o contr"rio -ue na 'erdade se 'erifica#D

    (er+ de acreditar que cinco anos depois de Jar ter caracteri*ado o proud"onismo de forma toconcisa e certeira precisamente sob este aspecto decisi!o se%a poss&!el mandar imprimir aindacoisas to confusas em l&ngua alemT Que significa afinal este galimatiasT ada a no ser que osefeitos pr+ticos das leis econ)micas que regem a sociedade de "o%e ferem o sentimento de direito doautor e que ele alimenta o piedoso dese%o de que a coisa se possa compor de tal forma que issoten"a remdio# F 8em se os sapos ti!essem cauda no seriam sapos E no estar+ o modo de

    produo capitalista Cpenetrado por uma ideia do direitoD nomeadamente a do seu pr)prio direito /eplorao dos oper+riosT E se o autor nos di* que esta no a suaideia de direito ser+ que demosum passo em frenteT

    Jas !oltemos / questo da "abitao# > nosso proud"oniano d+ agora li!re curso / sua Cideia dedireitoD e fa* a como!edora declamao seguinte

    C4,o temos d7'idas em afirmar -ue n,o h" esc"rnio mais terr)'el de toda a cultura do nossofamoso sculo do -ue o facto de& nas grandes cidades& 80 por cento ou mais da popula+,o n,o ter-ual-uer lugar a -ue possa chamar seu# O centro peculiar da eist1ncia moral e da fam)lia& casa elar& arrastado pelo tur*ilh,o social### 4este aspecto& estamos muito a*aio dos sel'agens# O

    troglodita tem a sua ca'erna& o australiano tem a sua ca*ana de *arro& o )ndio tem o seu prpriolar 9 o prolet"rio moderno est"& de facto& suspenso no arD etc#

    esta %eremiada temos o proud"onismo em toda a sua figura reaccion+ria# Para criar a modernaclasse re!olucion+ria do proletariado era absolutamente necess+rio cortar o cordo umbilical queainda liga!a o oper+rio do passado / terra# > tecelo manual que alm do seu tear tin"a a suacasin"a "orta*in"a e campo*in"o era apesar de toda a misria e de toda a opresso pol&tica um"omem tranquilo e satisfeito Cmuito de!oto e "onradoD tira!a o c"apu aos ricos aos padres e aosfuncion+rios do Estado e era interiormente um escra!o de uma ponta a outra# Ioi precisamente agrande indstria moderna que fa* do oper+rio preso / terra um prolet+rio fora6da6lei71

    1 \# Jar]I# Engels Oer?e iet*

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    14/58

    completamente sem posses e liberto de todas as cadeias tradicionais foi precisamente essare!oluo econ)mica que criou as condi.es sob as quais somente a eplorao da classetrabal"adora na sua forma ltima na produo capitalista pode ser derrubada# E !em agora estec"oroso proud"oniano lamentar-se como se fosse um grande retrocesso da epulso do oper+rio dasua casa e lar que foi precisamente a condio primeir&ssima da sua emancipao espiritual#

    H+ 74 anos descre!i 03itua+,o das Classes :ra*alhadoras na ;nglaterra2 nos seus traos principaisprecisamente este processo de epulso dos oper+rios da casa e do lar tal como se completou nosculo Y

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    15/58

    decisi!o# @ogo ap)s a fora de produo do trabal"o "umano se ter desen!ol!ido a este n&!eldesaparece todo o preteto para a eist'ncia de uma classe dominante# S que a ra*o ltima comque se defendeu a diferena de classes foi sempre a de que tem de "a!er uma classe que no precisede cansar-se com a produo da sua subsist'ncia di+ria a fim de ter tempo de se ocupar do trabal"oespiritual da sociedade# A rai* destes disparates que ti!eram at agora a sua grande %ustificao"ist)rica foi cortada de uma !e* por todas pela re!oluo industrial dos ltimos cem anos# A

    eist'ncia de uma classe dominante torna-se diariamente um obst+culo maior para odesen!ol!imento da fora produti!a industrial bem como para o da ci'ncia da arte enomeadamente das formas cultas de con!i!'ncia unca "ou!e maiores labregos do que os nossos

    burgueses modernos#

    ada disto interessa o amigo Proud"on# Ele quer a C%ustia eternaD e nada mais# $ada um de!ereceber em troca do seu produto todo o rendimento do trabal"o o !alor completo do seu trabal"o#$alcul+-lo porm num produto da indstria moderna coisa complicada# A indstria modernaoculta precisamente a parte particular de cada um no produto global parte que no antigo trabal"omanual indi!idual se apresenta!a de forma e!idente no produto fabricado# Alm disso a indstriamoderna elimina cada !e* mais a troca indi!idual sobre a qual est+ constru&do todo o sistema de

    Proud"on nomeadamente a troca directa entre dois produtores cada um dos quais troca o produtodo outro para o consumir# Por isso todo o proud"onismo atra!essado por um trao reaccion+riouma a!erso contra a re!oluo industrial e manifestando-se ora mais aberta ora mais ocultamente

    pelo dese%o de deitar fora toda a indstria moderna m+quinas a !apor m+quinas de fiar e outrosembustes e de regressar ao !el"o s)lido trabal"o manual# Que percamos ento no!ecentos eno!enta e no!e milsimos da fora de produo que toda a "umanidade se%a condenada / piorescra!ido do trabal"o que a fome se torne regra uni!ersal F que importa isso se conseguirmosorgani*ar a troca de tal forma que cada um receba o Crendimento completo do trabal"oD e se reali*ea C%ustia eternaDTFiat .ustitia& pereat mundus eio / !olta do qual gira a eplorao do oper+rio a!enda da fora de trabal"o ao capitalista e o uso que o capitalista fa* deste neg)cio na medida emque obriga o oper+rio a produ*ir muito mais do que o !alor pago pela fora de trabal"o# E esteneg)cio entre capitalista e oper+rio que produ* toda a mais-!alia que depois se reparte na figura derenda fundi+ria lucro comercial %uro do capital impostos etc pelas di!ersas categorias decapitalistas e seus ser!idores# E !em o nosso proud"oniano e cr' que se daria um passo em frente sese proibisse a uma "nica cate!oriade capitalistas F e nomeadamente de capitalistas que nocompram directamente qualquer fora de trabal"o isto que no le!am tambm / produo demais-!alia F de reali*ar lucros ou %uros A massa de trabal"o no pago arrancado / classe oper+ria

    permaneceria eactamente igual mesmo que aman" se retirasse aos propriet+rios de casas a

    possibilidade de cobrarem renda fundi+ria e %uros o que no impede o nosso proud"oniano dedeclarar

    !% a*oli+,o das casas de aluguer uma das aspiraes mais fecundas e grandiosas & nasce doseio da ideia re'olucion"ria e tem de tornar6se uma reivindicao de primeira ordempor parte dademocracia social#$

    Eactamente a mesma c"arlatanice do pr)prio mestre Proud"on cu%o cacare%ar est+ tambm semprena ra*o in!ersa do taman"o dos o!os postos#

    7: A# JNlberger#

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    17/58

    9maginai agora a bela situao que ter&amos se cada oper+rio pequeno burgu's e burgu's fosseobrigado a tornar-se por meio de amorti*a.es anuais primeiro propriet+rio parcial e depois totalda sua "abitao os distritos industriais da 9nglaterra onde "+ grande indstria mas pequenascasas de oper+rios e cada oper+rio casado "abita uma casin"a s) para si a coisa ainda poderia tersentido# Jas a pequena indstria de Paris bem como da maioria das grandes cidades do continente complementada por grandes casas em que !i!em %untas de* !inte trinta fam&lias# o dia do

    decreto libertador do mundo que proclama a abolio das casas de aluguer Pedro trabal"a numaf+brica de m+quinas em 8erlim# Ao cabo de um ano ele propriet+rio digamos de um quin*e a!osda sua "abitao composta por um quarto situado num quinto andar pr)imo da Porta deHamburgo# Ele perde o seu trabal"o e encontra-se pouco depois numa "abitao semel"ante com

    bril"antes !istas para o p+tio no terceiro andar %unto a Pot"of em Hanno!er onde ao fim de umaestada de cinco meses adquiriu eactamente 1]5= da propriedade quando uma gre!e o empurra

    para Junique e o obriga ap)s on*e meses de perman'ncia a possuir eactamente 11]136 do direitode propriedade de uma construo bastante escura ao n&!el do c"o por tr+s da >ber-Angergasse#>utras mudanas como "o%e to frequentemente acontece aos oper+rios se l"e !'m acrescentar4]5=6 de uma no menos recomend+!el "abitao em (t# Uallen 75]136 de uma outra em @eeds e5:4];=775 calculados com eactido para que a C%ustia eternaD no se possa queiar de uma

    terceira em (eraing# Jas que recebe ento o nosso Pedro de todas estas partes de "abita.esT Queml"e d+ o !alor correcto por elasT >nde !ai ele descobrir o ou os propriet+rios das partes restantes dassuas diferentes antigas "abita.esT E quais sero as rela.es de propriedade de uma qualquergrande casa que no con%unto dos seus pisos tem digamos !inte "abita.es e que depois dedecorrido o per&odo de amorti*ao e de terem sido abolidas as casas de aluguer pertence tal!e* atre*entos propriet+rios parciais espal"ados por todas as regi.es do mundoT > nosso proud"onianoresponder+ que at l+ eistir+ o 8anco de ,roca de Proud"on que a cada momento pagar+ a cada um

    por qualquer produto do trabal"o o rendimento completo do trabal"o e portanto tambm o !alorcompleto de uma parte de "abitao# Jas primeiro o 8anco de ,roca de Prou"don no nos importaaqui absolutamente nada uma !e* que no aparece mencionado em parte nen"uma sequer dosartigos sobre a questo da "abitaoB segundo ele assenta no estran"o erro de pensar que algumque queira !ender uma mercadoria encontra sempre necessariamente um comprador pelo seu !alorcompleto e terceiro antes de Proud"on o descobrir faliu %+ por mais de uma !e* em 9nglaterra sobo nome deLa*our Echange =a(aar7;#

    ,oda a concepo de que o oper+rio de!e comprar a sua "abitao assenta por sua !e* nareaccion+ria !iso fundamental de Proud"on %+ assinalada de que as situa.es criadas pela grandeindstria moderna so ecresc'ncias doentias e que a sociedade tem de ser le!ada pela fora F isto contra a corrente que segue "+ cem anos F a uma situao em que o antigo e est+!el trabal"omanual do produtor indi!idual se%a a regra e que no em geral mais do que uma reproduoideali*ada da pequena empresa %+ arruinada e que continua a arruinar-se# () quando os oper+rios

    esti!erem de no!o lanados nessa est+!el situao s) quando o Cturbil"o socialD ti!er sidoeliminado para bem que o oper+rio poder+ naturalmente fa*er tambm de no!o uso dapropriedade da Ccasa e larD e a teoria da amorti*ao atr+s indicada parecer+ menos absurda# () queProud"on esquece que para reali*ar isto tem primeiro de fa*er o rel)gio da "ist)ria mundial andar

    para tr+s cem anos e que desse modo tornaria os oper+rios de "o%e de no!o em almas de escra!osto limitadas raste%antes e "ip)critas como o foram os seus tetra!_s# a medida em que nestasoluo de Proud"on para a questo da "abitao reside um contedo racional praticamentereali*+!el ela %+ est+ "o%e em dia a ser reali*ada e essa reali*ao no nasce Cdo seio da ideiare!olucion+riaD mas### da pr)pria grande burguesia# >uamos a este respeito uma ecelente fol"aespan"olaLa Emancipacin7= de Jadrid de 1= de Jaro de 1347

    7; Engels refere-se aos c"amados ba*ares para a troca %usta dos produtos do trabal"o que foram fundados porcooperati!as oXenistas de oper+rios em !+rias cidades da 9nglaterra# estes ba*ares os produtos do trabal"o eramtrocados por meio de notas de trabal"o cu%a unidade era uma "ora de trabal"o# Estas empresas contudo depressaforam / fal'ncia#

    7= @a Emancipaci)n 0A Emancipao2 seman+rio oper+rio espan"ol publicado em Jadrid de 1341 a 1345 )rgo das

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    18/58

    !>" ainda um outro meio de resol'er o pro*lema da ha*ita+,o& -ue foi proposto por 5roudhon e-ue& primeira 'ista& deslum*ra mas -ue& com um eame mais de perto& re'ela a sua totalimpot1ncia# 5roudhon prop?s -ue os in-uilinos se transformassem em compradores a presta+2es&de modo -ue o aluguer pago anualmente fosse contado como amorti(a+,o do 'alor da ha*ita+,o eo in-uilino& aps o decurso de um certo tempo& se tornasse propriet"rio dessa ha*ita+,o# Estemeio& -ue 5roudhon considera'a muito re'olucion"rio& est" a ser posto em ac+,o em todos os

    pa)ses por sociedades de especuladores -ue desta forma& por meio do aumento do pre+o dasrendas& fa(em pagar duas a tr1s 'e(es o 'alor das casas# O senhor @ollfus e outros grandesfa*ricantes do 4ordeste da Fran+a reali(aram este sistema n,o s para sacar dinheiro mastam*m& alm disso& com uma inten+,o pol)tica oculta#

    !Os dirigentes mais inteligentes das classes dominantes sempre orientaram os seus esfor+os nosentido de aumentarem o n7mero dos pe-uenos propriet"rios com o fim de criarem um ercitocontra o proletariado# %s re'olu+2es *urguesas do sculo passado di'idiram a grande propriedade

    fundi"ria da no*re(a e da igre.a em pe-uena propriedade de parcelas 6 como ho.e os repu*licanosespanhis -uerem fa(er com a grande propriedade ainda eistente 6& e criaram assim uma classe de

    pe-uenos propriet"rios de terra -ue desde ent,o se tornou no mais reaccion"rio elemento da

    sociedade e num o*st"culo constante ao mo'imento re'olucion"rio do proletariado ur*ano#4apole,o ;;; tentou criar nas cidades uma classe semelhante pela diminui+,o do montanteindi'idual dos t)tulos de d)'ida p7*lica& e o senhor @ollfus e os seus colegas& 'endendo aos seusoper"rios pe-uenas ha*ita+2es a pagar em presta+2es anuais& procura'am a*afar todo o esp)ritore'olucion"rio nos oper"rios e& simultaneamente& por meio da propriedade da terra& amarr"6los

    f"*rica em -ue uma 'e( tra*alhassemA de modo -ue o plano de 5roudhon n,o s n,o troue-ual-uer al)'io classe oper"ria 6 como se 'oltou mesmo directamente contra ela#$74

    $omo resol!er ento a questo da "abitaoT Eactamente como se resol!e qualquer outra questosocial na sociedade de "o%e pelo equil&brio econ)mico gradual entre procura e oferta soluo quereprodu* constantemente a questo e que portanto no soluo# $omo uma re!oluo social poderesol!er esta questo no depende apenas das circunstGncias de cada caso mas tambmcon%untamente das quest.es muito mais profundas entre as quais a superao da oposio entrecidade e campo uma das mais essenciais# $omo no temos de fa*er nen"uns sistemas ut)picos

    para organi*ao da sociedade do futuro seria mais do que ocioso entrar nesse assunto# S pormcerto que %+ "o%e eistem nas grandes cidades edif&cios suficientes para com uma utili*aoracional dos mesmos se remediar de imediato toda a C falta de "abitaoD real# 9sto s) podenaturalmente acontecer por meio da epropriao dos actuais propriet+rios ou pelo alo%amento nosseus prdios de oper+rios que no t'm casa ou que t'm at aqui !i!ido apertados nas suas"abita.es e logo que o proletariado ten"a conquistado o poder pol&tico esta medida imposta pelo

    bem pblico ser+ to f+cil de eecutar como o so "o%e outras epropria.es e acantonamentos pelo

    actual Estado#

    __________

    sec.es da 9nternacionalB de (etembro de 1341 a Abril de 1347 )rgo do $onsel"o Iederal de Espan"aB lutou contraa influ'ncia anarquista em Espan"a# Em 1347-1345 publicaram-se no %ornal escritos de Jar e Engels#

    74 $omo esta soluo da questo da "abitao amarrando os oper+rios a um ClarD pr)prio nas proimidades dasgrandes cidades americanas ou das que esto em crescimento se torna espontGnea referida na passagem seguintede uma carta de Eleanor Jar-A!eling de 9ndian+polis 73 de o!embro de 13== CEm \ansas $it ou mel"or

    perto da cidade !imos miser+!eis barracas de madeira pequenas tal!e* com tr's quartos numa *ona aindasel!agemB o terreno custa!a =66 d)lares e tin"a precisamente o taman"o suficiente para p_r nele a pequena casin"aBesta custa!a outros =66 d)lares isto no total :366 marcos por uma coisin"a miser+!el a uma "ora de camin"o dacidade num deserto de lama#D este modo os oper+rios so obrigados a contrair pesadas d&!idas "ipotec+rias s)

    para conser!arem essas "abita.es passando a ser !erdadeiros escra!os dos seus patr.esB esto presos /s suas casasno podem afastar-se e so obrigados a aceitar todas as condi.es de trabal"o que l"es se%am oferecidas# 0ota deEngels / edio de 1334#2

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    19/58

    > nosso proud"oniano73 porm no est+ satisfeito com os seus resultados at agora na questo da"abitao# ,em de ele!+-la da ,erra c" / regio do socialismo superior para que ela tambm a&demonstre ser uma CfracoD essencial Cda questo socialD#

    !3uponhamos agora -ue a produti'idade do capital agarrada realmente pelos cornos& tal comomais cedo ou mais tarde tem de acontecer& atra's& por eemplo& de uma lei de transi+,o -uefixe o

    juro de todos os capitais em um por cento& com a tend1ncia& note6se& de aproimar estapercentagem cada 'e( mais do ponto (ero de tal modo -ue finalmente nada mais se pague do -ue otrabalho necessrio rotao do capital# Como todos os outros produtos& tam*m a casa e aha*ita+,o est,o naturalmente a*rangidas no -uadro dessa lei### O propriet"rio ser" ele prprio o

    primeiro a estender a m,o 'enda& pois de outro modo a sua casa ficaria n,o utili(ada e o capitalnela in'estido ficaria simplesmente in7til#$

    Esta proposio contm um dos principais artigos de f do catecismo proud"oniano e d+ umeemplo marcante da confuso nele dominante#

    A Cproduti!idade do capitalD um absurdo que Proud"on toma sem eame dos economistas

    burgueses# S certo que os economistas burgueses comeam tambm com a proposio de que otrabal"o a fonte de toda a rique*a e a medida do !alor de todas as mercadoriasB mas teriamtambm de eplicar como que o capitalista que adiante capital num neg)cio industrial ou deartesanato recupera no fim desse neg)cio no s) o capital que adiantou mas tambm para almdisso ainda um lucro# ,eriam portanto de enredar-se em toda a espcie de contradi.es e atribuirtambm ao capital uma certa produti!idade# ada pro!a mel"or quo profundamente Proud"on est+ainda preso no modo de pensar burgu's do que o facto de ele se ter apropriado deste modo de falarda produti!idade do capital# %uro do capital-dinheiro emprestado apenas uma parte do lucroB o lucro se%a do capitalindustrial se%a do capital comercial apenas uma parte da mais-!alia etra&da na figura de trabal"ono pago / classe oper+ria pela classe dos capitalistas# As leis econ)micas que regem a taa de %uroso to independentes das que regem a taa de mais-!alia quanto o podem ser entre si leis de uma e

    mesma forma de sociedade# o que respeita porm / repartio desta mais-!alia entre oscapitalistas indi!iduais claro que para os industriais e comerciantes que t'm nas suas empresasmuito capital adiantado por outros capitalistas a taa do seu lucro tem de subir na mesma medidaem que a taa de %uro cai se todas as outras circunstGncias permanecerem iguais# A descida efinalmente a abolio da taa de %uro no agarraria portanto de forma nen"uma a c"amadaCproduti!idade do capitalD realmente Cpelos cornosD antes regularia apenas de forma diferente arepartio entre os capitalistas indi!iduais da mais-!alia no paga etra&da / classe oper+ria e noasseguraria uma !antagem ao oper+rio face ao capitalista industrial mas sim ao capitalista industrialface ao rentier7#

    73 A# JNlberger#7 Em franc's no teto o que possui ou !i!e de rendimentos# 0ota da edio portuguesa#2

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    20/58

    o seu ponto de !ista %ur&dico Proud"on no eplica a taa de %uro como todos os factosecon)micos atra!s das condi.es da produo social mas atra!s de leis do Estado nas quaisessas condi.es recebem uma epresso geral# A partir deste ponto de !ista a que falta toda a nooda coneo das leis do Estado com as condi.es de produo da sociedade essas leis do Estadoaparecem necessariamente como ordens puramente arbitr+rias que podem a qualquer momento sersubstitu&das pelo seu contr+rio directo# Portanto para Proud"on nada mais f+cil do que fa*er um

    decreto F desde que ten"a poder para isso F atra!s do qual se baia a taa de %uro para umadeterminada percentagem# E se todas as outras circunstGncias sociais permanecerem tal como eramento este decreto de Proud"on s) eistir+ mesmo no papel# A taa de %uro continuar+ a regular-se

    pelas leis econ)micas a que est+ "o%e su%eita apesar de todos os decretosB as pessoas sol!entescontinuaro conforme as circunstGncias a aceitar din"eiro a 7 5 : e mais por cento tal comoanteriormente e a nica diferena ser+ que os rentierstomaro as suas precau.es s) adiantandodin"eiro /s pessoas das quais no ser+ de esperar nen"um processo# efira-se que este grande planode tirar ao capital a sua Cproduti!idadeD arqui!el"o to !el"o como as leis sore a usura queapenas !isam limitar a taa de %uro e que agora esto abolidas em toda a parte porque na pr+ticaeram sempre !ioladas ou contornadas e o Estado foi obrigado a recon"ecer a sua impot'ncia peranteas leis da produo social# E a reintroduo destas leis medie!ais e inaplic+!eis que de!e Cagarrar

    pelos cornos a produti!idade do capitalDT trabal"o a medida do !alor de todas asmercadorias e na sociedade actual F se abstrairmos das oscila.es do mercado F puramenteimposs&!el pagar-se pelas mercadorias na mdia total mais do que o trabal"o necess+rio ao seufabrico# o no caro proud"oniano o bus&lis est+ totalmente al"ures est+ em que Co trabal"onecess+rio / rotao do capitalD 0para usar o seu confuso modo de epresso2 precisamente n#o completamente pa!o Pode ler em Jar 0Capital pp# 173-1=6562 como isto se processa#

    Jas isto no c"ega# Quando o %uro do capitalL\apital*insM abolido fica desse modo abolidotambm o alu!uer LJiet*insM51# Porque Ccomo todos os outros produtos tambm a casa e a"abitao esto naturalmente abrangidas no quadro dessa leiD# 9sto !ai totalmente no esp&rito do!el"o ma%or que mandou c"amar um dos seus soldados com um ano de ser!io

    Ciga l+ ou!i di*er que doutor por isso !en"a de !e* em quando a min"a casa quando se temuma mul"er e sete fil"os "+ sempre qualquer coisa para remendar#D

    > soldado CJas desculpe sen"or ma%or eu sou doutor em Iilosofia#D

    > ma%or CPara mim totalmente igual um carniceiro um carniceiro#D

    56 \# Jar]I# Engels Oer?e iet*

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    21/58

    > mesmo se passa com o nosso proud"oniano aluguer LJiet*insM ou %uro do capital L\apital*insM para ele totalmente igual %uro %uro um carniceiro um carniceiro#

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    22/58

    > nosso proud"oniano coloca-nos aqui portanto perante toda uma srie de artigos sobre Cquest.essemel"antesD em perspecti!a e se ele as tratar a todas to pormenori*adamente como o presenteCto significati!o assuntoD ento o Volksstaatter+ manuscritos suficientes para um ano# Podemos

    porm antecipar-nos a isso pois tudo ir+ dar ao que %+ foi dito o %uro do capital abolido e dessemodo desaparece o %uro a pagar pela d&!ida pblica e pelas d&!idas pri!adas o crdito fica semencargos etc# A mesma pala!ra m+gica aplica-se a todos os assuntos que se queira obtendo-se em

    cada caso com uma l)gica implac+!el o espantoso resultado de que quando o %uro do capital abolido %+ no se tem de pagar quaisquer %uros por din"eiro recebido por emprstimo#

    e resto com belas quest.es que o nosso proud"oniano nos ameaa crdito e que crditoprecisa o oper+rio alm do crdito de uma semana para a outra ou do crdito da casa de pen"oresTQuer ele l"e se%a concedido sem encargos ou com %uros mesmo que %uros usur+rios da casa de

    pen"ores que diferena l"e fa*T E se ele considerado no geral tirasse da& alguma !antagem isto se os custos de produo da fora de trabal"o se tornassem mais baratos no teria de baiar o preoda fora de trabal"oT Porm para o burgu's e especialmente para o pequeno burgu's para eles ocrdito uma questo importante e especialmente para o pequeno burgu's seria uma bela coisa

    poder obter crdito a todo o momento e alm disso sem pagamento de %uros# C&!ida pblicaD A

    classe oper+ria sabe que no foi ela que a fe* e quando c"egar ao poder deiar+ o respecti!opagamento a cargo de quem a contraiu# F C&!idas pri!adasD F !er crdito# C9mpostosD $oisasque interessam muito / burguesia mas s) muito pouco aos oper+rios aquilo que o oper+rio paga deimpostos com o tempo inclu&do nos custos de produo da fora de trabal"o e tem portanto deser tambm reembolsado pelo capitalista# ,odos estes pontos que aqui nos so apresentados comoquest.es de alta importGncia para a classe oper+ria s) t'm na realidade interesse essencial para o

    burgu's e mais ainda para o pequeno burgu's e n)s afirmamos apesar de Proud"on que a classeoper+ria no tem qualquer !ocao para tomar a cargo os interesses destas classes#

    Acerca da grande questo que di* realmente respeito aos oper+rios acerca da relao entrecapitalista e oper+rio assalariado acerca da questo de como que o capitalista pode enriquecercom o trabal"o dos seus oper+rios o nosso proud"oniano no di* pala!ra# (em d!ida que o seusen"or e mestre se ocupou disso mas no l"e troue absolutamente nen"uma lu* e nem mesmo nosseus ltimos escritos est+ no essencial mais a!anado do que na 5hilosophie de la misBre0Filosofia da Misria2 que Jar %+ em 13:4 redu*ira de forma to marcante a toda a sua nulidade57#

    S bastante mau que os oper+rios de l&nguas romGnicas no ten"am tido desde "+ !inte e cinco anosquase nen"um outro alimento espiritual socialista seno os escritos deste Csocialista do segundo9mprioDB seria uma dupla infelicidade que a teoria proud"oniana ainda de!esse inundar agoratambm a Aleman"a# Jas disto %+ estamos preca!idos# > ponto de !ista te)rico dos oper+riosalemes est+ cinquenta anos / frente do proud"oniano e bastar+ tomar como eemplo esta "nica

    questo da "abitao para serem poupados ulteriores esforos a este respeito#

    57 $f# \# Jar Jis`re de la p"ilosop"ie# ponse / la p"ilosop"ie de la mis`re de J# Proud"on LJisria da Iilosofia#esposta / Iilosofia da Jisria do (r# Proud"onM# 0ota da edio portuguesa#2

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    23/58

    :egunda :ec45o

    >omo

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    24/58

    uma srie de escritos banalmente burgueses bem-intencionadamente pequeno-burguese e"ipocritamente filantr)picos ucptiau oberts Hole Huber as actas dos congressos ingleses deci'ncias sociais 0ou antes de disparates sociais2 a re!ista da Associao para o 8em-Estar das$lasses ,rabal"adoras da Prssia o relat)rio oficial austr&aco acerca da Eposio Kni!ersal deParis os relat)rios oficiais bonapartistas sobre a mesma o4ot)cias ;lustradas de Londres55 a *er

    Land und Meer5: e finalmente uma Cautoridade recon"ecidaD um "omem de Cconcep.es

    penetrantes e pr+ticasD de Ccon!incente acuidade de falaD a saber %ulius &aucher esta lista defontes faltam apenas a Dartenlau*e5;oladderadatsch5=e o Iu*ileiro \utsc"?e54#

    Para que no sur%a qualquer mal-entendido acerca do seu ponto de !ista o sen"or (a esclarece nap+gina 77

    !@esignamos por economia social a doutrina da economia nacional na sua aplica+,o s -uest2essociais ou& mais precisamente& o con.unto dos meios e 'ias -ue esta ci1ncia nos oferecepara! combase nas suas leis "de bron#e" dentro do quadro da ordem da sociedade presentemente

    dominante! elevar as chamadas$

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    25/58

    condi+2es de ha*ita+,o unicamente9& ele'ar a maior parte dessas classes do pHntano da suaeist1ncia& -ue muitas 'e(es mal chega a ser humana& s puras alturas do *em6estar material eespiritual$# 5"gina IJ#G

    iga-se de passagem que do interesse da burguesia encobrir a eist'ncia de um proletariadocriado pelas rela.es de produo burguesas e condicionante da sua manuteno# Assim o sen"or

    (a conta-nos p+gina 71 que por classes trabal"adoras se de!em entender alm dos oper+riospropriamente ditos todas Cas classes sociais despro!idas de meiosD Cgente modesta em geral talcomo artesos !i!as pensionistasD 02 Cfuncion+rios subalternos etcD# > socialismo burgu'sestende a mo ao socialismo pequeno-burgu's# Jas de onde !em a falta de "abita.esT $omosurgiu elaT $omo bom burgu's o sen"or (a no pode saber que ela um produto necess+rio daforma burguesa de sociedadeB que no pode eistir sem falta de "abitao uma sociedade em que agrande massa trabal"adora depende eclusi!amente de um sal+rio ou se%a da soma de meios de!ida necess+ria / sua eist'ncia e reproduoB na qual no!os mel"oramentos da maquinaria etcdeiam continuamente sem trabal"o massas de oper+riosB na qual !iolentas oscila.es industriaisque regularmente retornam condicionam por um lado a eist'ncia de um numeroso ercito dereser!a de oper+rios desocupados e por outro lado empurram temporariamente para a rua sem

    trabal"o a grande massa dos oper+riosB na qual os oper+rios so maciamente concentrados nasgrandes cidades a um ritmo mais r+pido que o do aparecimento de casas para si nas condi.eseistentes na qual portanto se t'm sempre de encontrar inquilinos mesmo para os mais infamesc"iqueirosB na qual finalmente o propriet+rio da casa na sua qualidade de capitalista tem no s) odireito mas tambm em !irtude da concorr'ncia de certo modo o de!er de etrair da sua

    propriedade os preos de aluguer m+imos sem atender a nada# uma sociedade assim a falta de"abitao no nen"um acaso uma instituio necess+ria e %untamente com as suas repercuss.essobre a sade etc s) poder+ ser eliminada quando toda a ordem social de que resulta forre!olucionada pela base# > socialismo burgu's porm no pode saber isto# o ousaeplicar afalta de "abitao a partir das condi.es# Assim no l"e resta qualquer outro meio seno eplic+-lacom frases morais a partir da maldade dos "omens ou por assim di*er do pecado original#

    !E a-ui n,o podemos ignorar 9 e& conse-uentemente& n,o podemos negar$ auda( conclus,os patin"os atiram-se para a +gua mesmo sem t+bua e os capitalistas

    precipitam-se para o lucro apesar de este no ter sentimentos# CEm quest.es de din"eiro no "+lugar para sentimentalidadeD %+ di*ia o !el"o Hansemann que con"ecia mel"or isso que o sen"or(a#

    !%s *oas ha*ita+2es t1m um pre+o t,o alto -ue& para a maior parte dos oper"rios& de todo

    impossvelfa(er uso delas# O grande capital### contm6se receosamente -uanto s ha*ita+2es paraas classes tra*alhadoras### %ssim& estas classes& com as suas necessidades de ha*ita+,o& ficam& na

    sua maioria& su.eitas especula+,o#$

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    26/58

    Abomin+!el especulao F o grande capital naturalmente nunca especula Jas no a m+!ontade e s) a ignorGncia que impede o grande capital de especular em casas oper+rias

    !Os propriet"rios de casas n,o sa*em de modo nenhum como grande e importante o papeldesempenhado por uma satisfa+,o normal da necessidade de ha*ita+,o& ### eles no sabem o que

    fa#em s pessoas-uando& como de regra& t,o irresponsa'elmente lhes oferecem casas m"s e

    noci'as& e& finalmente& n,o sabemcomo com isso se pre.udicam a si prprios#$ 5"gina K#G

    Jas para poder produ*ir a falta de "abitao a ignorGncia dos capitalistas necessita da ignorGnciados oper+rios# epois de concordar que as Ccamadas inferioresD dos oper+rios Cpara no ficaremtotalmente sem tecto se !'em obrigadasD 02 Cse%a onde e como quer que se%a a procurar um lugar

    para pernoitar e nesse aspecto esto completamente sem defesa nem a%udaD o sen"or (a conta-nos

    !5ois um facto conhecido de todos -ue muitos de entre eles$ os oper"riosG& !por le'iandade&mas so*retudo por ignorHncia& pri'am o seu corpo 9 -uase se poderia di(er -ue com 'irtuosismo

    9 das condi+2es de desen'ol'imento natural e de eist1ncia s,& na medida em -ue no fa#em amnima ideiade uma higiene racional e& especialmente& da enorme importHncia -ue nisto ca*e ha*ita+,o#$ 5"gina K#G

    Jas aqui aparecem as orel"as de burro do burgu's# Enquanto a CculpaD dos capitalistas se !olatili*ana ignorGncia a ignorGncia dos oper+rios precisamente o moti!o da sua culpa# Escutemos

    !%contece assim$ nomeadamente de'ido ignorHnciaG !-ue eles& desde -ue poupem alguma coisano aluguer& ',o para ha*ita+2es som*rias& h7midas& insuficientes& em resumo& um 'erdadeiroesc"rnio de todas as eig1ncias da higiene& ### -ue fre-uentemente '"rias fam)lias alugam emcon.unto uma 7nica casa e& mesmo& um 7nico -uarto 9 tudo para gastarem o menos poss)'el com aha*ita+,o& en-uanto dissipam o seu rendimento na bebida e em toda a espcie de pra#eres fteis!de um modo verdadeiramente pecaminoso&$

    > din"eiro que os oper+rios Cdesperdiam em aguardente e tabacoD 0p+gina 732 e a C!ida detaberna com todas as suas lament+!eis consequ'ncias que como um peso de c"umbo afundam ooperariado cada !e* mais na lamaD so de facto para o sen"or (a como um peso de c"umbo noest_mago# > que o sen"or (a ousa de no!o no saber que nas condi.es dadas a bebida entreos oper+rios um produto necess+rio da sua situao to necess+rio como o tifo o crime os

    parasitas os oficiais de dilig'ncias e outras doenas sociais to necess+rio que se pode calcularantecipadamente o nmero mdio das futuras !&timas da bebida# e resto %+ o meu !el"o professorda escola prim+ria di*ia CA gente ordin+ria !ai para a taberna e a gente fina para o clubeD e como

    eu %+ esti!e nos dois s&tios posso testemun"ar a correco destas pala!ras#

    ,odo aquele pala!reado acerca da CignorGnciaD de ambas as partes !ai dar aos !el"os discursossobre a "armonia de interesses entre o capital e o trabal"o# (e os capitalistas con"ecessem o seu!erdadeiro interesse forneceriam aos oper+rios boas "abita.es e em geral mel"or+-las-iamB e se osoper+rios entendessem o seu !erdadeiro interesse no fariam gre!es no praticariam a social-democracia no se meteriam em pol&tica antes seguiriam obedientemente os seus superiores oscapitalistas# 9nfeli*mente ambas as partes consideram seus interesses coisas muito diferentes dosserm.es do sen"or (a e dos seus numerosos predecessores# > e!angel"o da "armonia entre capitale trabal"o %+ anda a ser pregado "+ cinquenta anosB a filantropia burguesa gastou muito din"eiro

    para pro!ar essa "armonia atra!s de institui.es-modeloB e como !eremos / frente estamos "o%e

    eactamente no mesmo ponto que "+ cinquenta anos#

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    27/58

    > nosso autor passa agora para a soluo pr+tica da questo# Quo pouco re!olucion+ria era aproposta de Proud"on de fa*er dos oper+rios proprietriosdas suas "abita.es depreende-se desdelogo do facto de o socialismo burgu's %+ antes dele ter tentado e tentar ainda praticamente reali*aresta proposta# > sen"or (a tambm declara que a questo da "abitao s) pode resol!er-secompletamente por meio da transmisso da propriedade da "abitao para os oper+rios 0pp# ;3 e;2# Jais ainda com este pensamento ele cai num 'tase potico e arranca num &mpeto de

    entusiasmo para as pala!ras seguintes

    !>" algo de peculiar na Hnsia de propriedade de terra -ue eiste no homem& um impulso -ue nemmesmo a vida mercantil do presente& com o seupulsar febril& conseguiu de*ilitar# o sentimentoinconsciente do significado da con-uista econmica representada pela propriedade de terra# Comela& o homem o*tm um apoio seguro& como -ue ficando solidamente enrai(ado no solo& e toda aeconomia$ sen"or (a de!eria obser!ar bem os pequenos camponeses franceses ou os nossos pequenoscamponeses renanos as suas casas e campos esto sobrecarregados de "ipotecas as suas col"eitas

    pertencem aos credores antes de serem apan"adas e no seu Cterrit)rioD no so eles mas sim osusur+rios os ad!ogados e os oficiais de dilig'ncias que p.em e disp.em de forma soberana# Este de facto o grau supremo pens+!el de independ'ncia econ)mica F para os usur+rios E para que osoper+rios possam colocar a sua casin"a to depressa quanto poss&!el debaio dessa soberania dousur+rio o bem-intencionado sen"or (a indica-l"es como precauo o crdito realque est+ / suadisposio e que podem utili*ar em caso de desemprego e de incapacidade para o trabal"o em !e*de !i!erem / custa da assist'ncia aos pobres#

    53 Arbeitgeber no original alemo designao mistificadora do capitalista nos pa&ses capitalistas de l&ngua alem# efacto dador de trabal"o o oper+rio embora a contragosto nas "oras de trabal"o no pago em que produ* mais-!alia para o capitalista# 0ota da edio portuguesa#2

    5 9sto crdito com garantia de bens imobili+rios# 0ota da edio portuguesa#2

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    28/58

    e qualquer modo o sen"or (a resol!eu entretanto a questo colocada de in&cio o oper+rioCtorna-se capitalistaD por aquisio de uma casin"a pr)pria#

    $apital comando sobre trabal"o al"eio no pago# Portanto a casin"a do oper+rio s) se tornacapital quando ele a aluga a um terceiro e se apropria sob a figura de aluguer de uma parte do

    produto do trabal"o desse terceiro# Precisamente pelo facto de ele pr)prio "abitar a casa que esta

    no pode transformar-se em capital tal como uma saia deia de ser capital no preciso momento emque a compro / modista e a !isto# > oper+rio que possui uma casin"a no !alor de mil t+leres %+ no de facto um prolet+rio mas preciso ser-se sen"or (a para l"e c"amar capitalista#

    > trao capitalista L\apitalistentumM do nosso oper+rio tem no entanto ainda um outro lado#(upon"amos que numa dada *ona industrial se tin"a tornado regra cada oper+rio possuir a sua

    pr)pria casin"a# este caso a classe operria dessa re!i#o tem haita#o !ratuitaB os gastos coma "abitao %+ no entram no !alor da sua fora de trabal"o# ,oda a diminuio dos custos de

    produo da fora de trabal"o isto todo o abaiamento duradouro dos preos das necessidades!itais do oper+rio equi!ale porm Ccom base nas leis de bron*e da doutrina da economia nacio-nalD a uma reduo do !alor da fora de trabal"o e por esse moti!o acaba por ter como conse-

    qu'ncia uma queda correspondente no sal+rio# > sal+rio desceria portanto em mdia tanto como aquantia poupada na mdia dos alugueres isto o oper+rio pagaria o aluguer da sua pr)pria casano em din"eiro como anteriormente mas sim em trabal"o no pago pelo fabricante para quemtrabal"a# este modo as economias do oper+rio in!estidas na casin"a tornar-se-iam de facto emcerta medida em capitalB porm no em capital para ele mas sim para o capitalista que o emprega#

    > sen"or (a no consegue portanto nem sequer no papel transformar o seu oper+rio emcapitalista#

    ote-se de passagem que o que atr+s foi dito se aplica a todas as c"amadas reformas sociais quecondu*em / poupana ou ao embaretecimento dos meios de !ida do oper+rio# >u elas se tornamgerais e ento segue-se-l"es a correspondente diminuio salarial ou no passam de eperi'nciastotalmente isoladas e ento a sua mera eist'ncia como ecepo isolada pro!a que a sua reali*aoem grande escala incompat&!el com o modo de produo capitalista eistente# (upon"amos quenuma regio se conseguia por meio da introduo geral de associa.es de consumo tornar osmeios de !ida dos oper+rios mais baratos 76 por centoB nesse caso os sal+rios dessa regio teriam alongo pra*o de baiar em cerca de 76 por cento i# e# na mesma proporo em que os meios de !idaem questo entram no oramento dos oper+rios# (e o oper+rio gasta p# e# em mdia tr's quartosdo seu sal+rio semanal nesses meios de !ida os sal+rios acabaro por cair em 5]: Y 76 1; porcento# Em suma logo que uma semel"ante reforma de poupana se torna geral o oper+rio recebeum menor sal+rio na mesma proporo em que as suas economias l"e permitem !i!er mais barato#

    ai a cadaoper+rio um rendimento independente poupado de ;7 t+leres e o seu sal+rio semanalacabar+ necessariamente por baiar um t+ler# Portanto quanto mais poupa menos sal+rio recebe# Eleno poupa pois no seu pr)prio interesse mas sim no do capitalista# Que mais necess+rio para neleCestimular da forma mais poderosa a primeira !irtude econ)mica o sentido da poupanaDT 0P# =:#2

    e resto o sen"or (a di*-nos tambm logo a seguir que os oper+rios de!em tornar-se propriet+riosde casas no tanto no seu pr)prio interesse mas no dos capitalistas

    !4,o s o estado oper"rio %r*eiterstandS mas tam*m a sociedade no seu todo -ue tem o maiorinteresse em 'er o maior n7mero poss)'el dos seus mem*ros ligados$

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    29/58

    Por outras pala!ras o sen"or (a espera que com uma mudana da sua posio prolet+ria queocorreria necessariamente com a aquisio de casa os oper+rios percam tambm o seu car+cter

    prolet+rio e se tornem de no!o ser!os obedientes tal como os seus antepassados que eramigualmente propriet+rios de casas# >s proud"onianos de!eriam ter isto em mente#

    > sen"or (a cr' ter resol!ido a questo social da maneira seguinte

    !* repartio mais justa dos bens& o enigma da esfinge& cu.a solu+,o ." muitos tentaram em ',oencontrar& n,o estar" agora diante de ns como facto tang)'el& n,o ter" sido desse modoarrancada s regi2es dos ideais e passado para o dom)nio da realidadeT E& -uando esti'erreali(ada& n,o se ter" desse modo alcan+ado um dos o*.ecti'os supremos -ue mesmo os socialistasde orientao mais extrema apresentam como ponto culminante das suas teorias+$ 5# QQ#G

    S uma !erdadeira felicidade termos conseguido c"egar at este ponto# E que este grito de %biloconstitui nomeadamente o Cponto culminanteD do li!ro de (a e a partir daqui comea-se de no!oa descer sua!emente das Cregi.es dos ideaisD para a c" realidade e quando c"egarmos abaiodescobriremos que nada mas absolutamente nada se modificou durante a nossa aus'ncia#

    > nosso guia manda-nos dar o primeiro passo da descida ensinando-nos que "+ dois sistemas de"abita.es oper+rias o sistema de cottage em que cada fam&lia oper+ria tem a sua pr)pria casin"ae onde poss&!el uma "orta*in"a como em 9nglaterra e o sistema de caserna com grandes edif&cioscontendo muitas "abita.es oper+rias como em Paris

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    30/58

    Antes de mais porm cada re!oluo social ter+ de tomar as coisas tal como as encontra e deremediar os males mais gritantes com os meios eistentes# E a esse respeito %+ !imos que a faltade"abitao pode ser de pronto remediada pela epropriao de uma parte das "abita.es de luo

    pertencentes /s classes possuidoras e pelo acantonamento da restante parte#

    E nada muda na questo quando o sen"or (a prosseguindo !olta a sair das grandes cidades e fala

    com todos os pormenores acerca das col)nias de oper+rios que de!ero ser instaladas perto dasgrandes cidades ou quando descre!e todas as bele*as de tais col)nias com a sua C+gua canali*adailuminao a g+s aquecimento central por +gua ou !apor la!adouros secadouros balne+rios etc#Dcomuns com um Cestabelecimento para tomar conta das crianas pequenas escola sala de oraoD02 Cquarto de leitura biblioteca### restaurante e cer!e%aria sala de baile e de msica com toda adistinoD com a fora do !apor le!ada a todas as casas e podendo assim Cem certa medidatransferir de no!o a produo das f+bricas para a oficina domsticaD# A col)nia como ele adescre!e foi retirada directamente pelo sen"or Huber dos socialistas >Xen e Iourier e totalmenteaburguesada pelo despo%amento de tudo o que tin"a de socialista# S precisamente por isso que ela setorna completamente ut)pica# en"um capitalista tem interesse em construir tais col)nias quealm disso tambm no eistem em parte nen"uma do mundo sal!o em Uuise na IranaB e esta foi

    constru&da por um fourierista no como especulao rend&!el mas como eperi'ncia socialista:6# >sen"or (a teria igualmente podido citar em fa!or dos seus pro%ectos burgueses a col)niacomunista>armonU >all:1fundada em Hamps"ire no in&cio dos anos quarenta por >Xen e quedesapareceu "+ muito tempo#

    Assim todo este pala!reado acerca da coloni*ao no passa de uma desa%eitada tentati!a de subirde no!o at /s Cregi.es dos ideaisD tentati!a que de pronto de no!o deiada cair# sen"or (a demonstra agora que aqui do interesse dos pr)priosfabricantes a%udar os seus oper+rios a conseguir "abita.es suport+!eis por um lado como boaaplicao de capital por outro porque da& resulta infali!elmente uma

    !ele'a+,o dos oper"rios### -ue tem de tra(er consigo um aumento da sua for+a de tra*alho f)sica eespiritual& o -ue naturalmente### n,o fa'orece menos### o dador de tra*alho# Mas deste modo ficatam*m dado o ponto de 'ista correcto para a participa+,o dos 7ltimos na -uest,o da ha*ita+,oela aparece como emana+,o da associao latente& da preocupa+,o& escondida na maioria das

    'e(es so* a capa de esfor+os humanit"rios& -ue os dadores de tra*alho sentem pelo *em6estarf)sico e econmico& espiritual e moral dos seus oper"rios& preocupa+,o -ue se compensa a simesma pecuniariamente atra's dos seus 1itos& recrutamento e conser'a+,o de um operariadodiligente& h"*il& dcil& satisfeito e devotado#$ 5# I0P#G

    :6 E mesmo esta acabou por tornar-se num mero lar de eplorao de oper+rios# (ocialista2 seman+rio franc'sB de 133; a 167 )rgo do Partido >per+rio de 167 a 16; )rgo do Partido(ocialista de Irana a partir de 16; )rgo do Partido (ocialista Iranc'sB Engels colaborou no %ornal#

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    31/58

    A frase Cassociao latenteD:7 com a qual Huber tentou emprestar um Csentido mais ele!adoD aosseus disparates filantr)pico-burgueses nada altera / questo# >s grandes fabricantes ruraissobretudo em 9nglaterra compreenderam "+ muito tempo mesmo sem esta frase que a construode "abita.es oper+rias no s) uma necessidade uma pea da pr)pria f+brica mas que tambmrende muito# a 9nglaterra surgiram deste modo aldeias inteiras algumas das quais sedesen!ol!eram mais tarde como cidades# Jas os oper+rios em !e* de estarem agradecidos aos

    capitalistas filantropos t'm desde ento posto significati!as ob%ec.es a este Csistema de cottageD#o s) porque t'm de pagar pelas casas preos de monop)lio em !irtude de os fabricantes noterem concorrentes mas tambm porque ficam imediatamente sem tecto no caso de qualquer gre!e

    pois o fabricante pode p_-los na rua quando quiser tornando assim mais dif&cil qualquer resist'ncia#>s pormenores podem ser lidos na min"a obra 3itua+,o das Classes :ra*alhadoras na ;nglaterra

    pp# 77: e 773# Jas o sen"or (a ac"a que tais coisas Cquase nem merecem respostaD 0p# 1112# Jasno quer ele assegurar a cada oper+rio a propriedade da sua casin"aT $ertamente que sim mascomo Cos dadores de trabal"o t'm de estar na situao de sempre dispor da "abitao para teremespao para o substituto quando despedem um oper+rioD F bem mas ento teria de Cse pre!er

    para esses casos mediante acordo, a revo!ailidade da propriedadeDM 0P# 115#2:5

    esta !e* descemos com inesperada rapide*# Primeiro di*-se propriedade do oper+rio da suacasin"aB depois !erificamos que isso imposs&!el nas cidades e s) reali*+!el no campoB agora -noseplicado que tambm no campo esta propriedade de!e ser Crevo!velmediante acordoD $omesta no!a espcie de propriedade para os oper+rios descoberta pelo sen"or (a com esta suatransformao em capitalistas Cre!og+!eis mediante acordoD c"egamos de no!o feli*mente a terrac" e temos de in!estigar aqui aquilo que os capitalistas e outros filantropos realmente fi*eramcom !ista / soluo da questo da "abitao#

    BB

    A acreditarmos no nosso r# (a da parte dos sen"ores capitalistas %+ foram feitas coisas muitosignificati!as para remediar a falta de "abitao e fornecida a pro!a de que a questo da "abitaose pode resol!er na base do modo de produo capitalista#

    > sen"or (a cita-nos antes de mais### a Irana bonapartista $omo se sabe @ouis 8onapartenomeou no tempo da Eposio Kni!ersal de Paris uma comisso aparentemente para fa*er umrelat)rio acerca da situao das classes trabal"adoras de Irana mas na realidade para descre!eressa situao como !erdadeiramente paradis&aca para maior gl)ria do 9mprio# E no relat)riodessa comisso composta a partir dos instrumentos mais corruptos do bonapartismo que se baseiao sen"or (a especialmente em !irtude de os resultados do seu trabal"o serem Cbastante completos

    para a Irana segundo as pr'prias declara(esdo comit dele encarregadoD E quais so essesresultadosT e 3 grandes industriais ou sociedades por ac.es que forneceram dados 51 noconstru&ram nenhumas "abita.es oper+riasB as "abita.es constru&das albergam segundo os

    :7

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    32/58

    c+lculos do pr)prio (a no m+imo ;6 666 F =6 666 pessoas e as "abita.es comp.em-se quaseeclusi!amente de apenas duas di!is.es para cada fam&lia

    S e!idente que qualquer capitalista amarrado a uma determinada localidade rural pelas condi.es dasua indstria F fora "idr+ulica situao das minas de car!o dep)sitos de minrio de ferro eoutras minas F tem de construir "abita.es para os seus oper+rios se no "ou!er nen"umas# Jas

    para !er nisso uma pro!a da eist'ncia da Cassociao latenteD Cum testemun"o re!elador de umaumento de compreenso das coisas e do seu ele!ado alcanceD um Ccomeo muito promissorD 0p#11;2 preciso ter um "+bito fortemente desen!ol!ido de se enganar a si pr)prio# e resto osindustriais dos diferentes pa&ses tambm neste ponto se distinguem segundo o respecti!o car+cternacional# Assim p# e# o sen"or (a conta-nos na p# 114

    C)a *n!laterra s' nos tempos mais recentesse fa* notar um aumento da acti!idade dos dadoresde trabal"o nesta direco# esignadamente nas po!oa.es do campo mais afastadas### AcircunstGncia de os oper+rios terem pelo contr+rio de percorrer frequentemente desde a localidademais pr)ima um longo camin"o at / f+brica e de c"egando a ela %+ esgotados produ*irem umtrabal"o insuficiente a raz#omotri* $ue levaos dadores de trabal"o + constru#ode "abita.es

    para a sua mo-de-obra# Entretanto aumenta tambm o nmero daqueles que com uma apreens#omais profundadas condi.es ligam tambm + reformada "abitao mais ou menos todos osoutros elementos da associao latente e a eles que aquelas florescentes col)nias t'm a agradecero seu aparecimento### o eino Knido so bem con"ecidos por esse moti!o os nomes de um As"tonem Hde As"Xort" em ,urton Urant em 8ur Ureg em 8ollington Jars"all em @eeds (trutt em8elper (alt em (altaire Ac?rod em $ople e outros#D

    (anta ingenuidade e ainda mais santa ignorGncia () nos Ctempos mais recentesD que osfabricantes rurais ingleses constru&ram "abita.es oper+rias o caro sen"or (a os capitalistasingleses so realmente grandes industriais no s) segundo a bolsa mas tambm segundo a cabea#Juito antes de a Aleman"a possuir uma indstria realmente grande eles tin"am compreendido queno caso da produo fabril rural o in!estimento em "abita.es oper+rias uma parte necess+riadirecta e indirectamente muito rend&!el do con%unto do capital in!estido# Juito antes de a lutaentre 8ismarc? e os burgueses alemes ter dado aos oper+rios alemes a liberdade de coali*o %+ osfabricantes e propriet+rios de minas e fundi.es ingleses tin"am aprendido pela pr+tica a pressoque podem eercer sobre oper+rios em gre!e se simultaneamente forem sen"orios desses oper+rios#CAs florescentes col)niasD de um Ureg de um As"ton de um As"Xort" pertencem tanto aosCtempos mais recentesD que %+ "+ mais de :6 anos eram trombeteadas pela burguesia comomodelos conforme eu pr)prio o descre!i "+ %+ 73 anos 03itua+,o das Classes :ra*alhadoras

    p+ginas 773-756 nota2# As de Jars"all e A?rod 0 assim que se escre!e o nome do "omem2 somais ou menos da mesma idade e a de (trutt ainda muito mais !el"a remontando nos seus

    comeos ao sculo passado# E como na 9nglaterra a durao mdia de uma "abitao oper+ria est+estimada em :6 anos o sen"or (a pode contar ele pr)prio pelos dedos e !er o estado dedecad'ncia em que se encontram actualmente essas Cflorescentes col)niasD# Alm disso a maioriadessas col)nias %+ no ficam no campoB a colossal epanso da indstria cercou a maioria delas detal modo com f+bricas e casas que elas ficam agora no meio de cidades c"eias de lio e de fumo de76 666 a 56 666 e mais "abitantesB o que no impede a ci'ncia burguesa alem representada pelosen"or (a de repetir ainda "o%e com maior fidelidade os !el"os cGnticos laudat)rios ingleses de13:6 que %+ no so aplic+!eis#

    E logo ento o !el"o A?rod Este bom "omem era sem d!ida um filantropo de primeira +gua#Ama!a tanto os seus oper+rios e particularmente as suas oper+rias que os seus concorrentes de

    or?s"ire menos filantr)picos que ele costuma!am di*er dele ele fa*ia funcionar a f+bricaunicamente com os seus pr)prios fil"os > sen"or (a afirma que nessas florescentes col)nias Cosnascimentos ileg&timos se esto a tornar cada !e* mais rarosD 0p+gina 1132# (im nascimentos

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    33/58

    ileg&timos fora do casamento que nos distritos fabris ingleses as raparigas bonitas casam muito%o!ens#

    a 9nglaterra a construo de "abita.es oper+rias mesmo ao lado de cada grande f+brica rural eao mesmo tempo com a f+brica tem sido a regra desde "+ =6 anos e mais# $onforme %+mencion+mos muitas dessas aldeias fabris tornaram-se o ncleo em !olta do qual se %untou mais

    tarde toda uma cidade fabril com todos os males que uma cidade fabril tra* consigo# Portanto essascol)nias no resol!eram a questo da "abitao antes foram elas $ue a criaram nas suaslocalidades#

    Em contrapartida nos pa&ses que no campo da grande indstria foram coeando atr+s da 9nglaterrae que propriamente s) a partir de 13:3 con"eceram o que era uma grande indstria na Irana e

    particularmente na Aleman"a a situao totalmente di!ersa# Aqui s) as siderurgias e f+bricascolossais se decidiram ap)s longa "esitao / construo de algumas "abita.es oper+rias Fcomo por eemplo a f+brica de (c"neider em $reusot e a de \rupp em Essen# A grande maioriados industriais rurais obriga os seus oper+rios a andar !+rias mil"as ao calor / ne!e e / c"u!a deman" a camin"o da f+brica e ao fim da tarde no regresso a casa# 9sto acontece especialmente em

    *onas montan"osas F nos

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    34/58

    Jas a cidade oper+ria de JNl"ausen na Als+cia no ser+ ela um 'itoT

    A cidade oper+ria de JNl"ausen o grande ca!alo de parada dos burgueses do continente tal comoas antigamente florescentes col)nias de As"ton As"Xort" Ureg e consortes o eram para osingleses# 9nfeli*mente ela no um produto da associao ClatenteD mas sim da associao abertaentre o (egundo 9mprio Iranc's e os capitalistas da Als+cia# Ela foi uma das eperi'ncias

    socialistas de @ouis 8onaparte para a qual o Estado adiantou 1]5 do capital# Em 1: anos 0at 13=42ela construiu 366 pequenas casin"as segundo um sistema deficiente e imposs&!el em 9nglaterraonde estas coisas se compreendem mel"or e ap)s 15 a 1; anos de pagamento de um ele!adoaluguer mensal entrega-as aos oper+rios como propriedade sua# Esta forma de aquisio de

    propriedade %+ "+ muito tempo introdu*ida conforme !eremos nas sociedades cooperati!as deconstruo inglesas no precisou de ser descoberta pelos bonapartistas alsacianos# >s suplementosao aluguer destinados / aquisio das casas so bastante ele!ados em comparao com os inglesesBo oper+rio depois de ter pago aos poucos durante quin*e anos por eemplo : ;66 francos recebeuma casa que !alia quin*e anos antes 5 566 francos# (e o oper+rio quiser mudar ou se atrasarmesmo que apenas um m's no pagamento do aluguer 0caso em que pode ser posto fora2 calcula-se-l"e um aluguer anual de === do !alor original da casa 0p# e# 14 francos mensais no caso de o

    !alor da casa ser de 5 666 francos2 e de!ol!e-se-l"e o restante mas sem um centavo de juros#$ompreende-se que nestas condi.es a sociedade possa engordar independentemente da Ca%udaestatalDB compreende-se igualmente que as "abita.es fornecidas nestas circunstGncias em !irtudede ficarem %+ fora da cidade sendo semi-rurais so mel"ores do que as !el"as "abita.es-casernasituadas na pr)pria cidade#

    o diremos uma pala!ra sobre o par de deplor+!eis eperi'ncias feitas na Aleman"a cu%a pobre*a recon"ecida pelo pr)prio sen"or (a na p+gina 1;4#

    Que pro!am afinal todos estes eemplosT (implesmente que a construo de "abita.es oper+riasmesmo quando no so espe*in"adas todas as leis da "igiene rend&!el do ponto de !istacapitalista# 9sto porm nunca foi contestado %+ todos o sab&amos "+ muito tempo# Todo oin!estimento de capital que satisfaa uma necessidade rend&!el se eplorado racionalmente# Aquesto precisamente saber por que moti!o apesar disso se mantm a falta de "abitao por quemoti!o apesar disso os capitalistas no pro!idenciam "abita.es saud+!eis suficientes para osoper+rios# E neste ponto o sen"or (a limita-se tambm a fa*er eorta.es ao capital ficando ade!er-nos a resposta# A !erdadeira resposta a esta questo %+ a demos mais atr+s#

    > capital est+ agora definiti!amente constatado no $uerabolir a falta de "abitao mesmo quepudesse fa*'-lo# estam s) dois outros epedientes a mutualidade oper+ria e a a%uda do Estado#

    > sen"or (a admirador entusi+stico da mutualidade tambm capa* de nos contar os prod&giosque esta operou no campo da questo da "abitao# 9nfeli*mente tem de recon"ecer logo de in&cioque ela s) pode reali*ar alguma coisa nos lugares onde o sistema de cottageou %+ eiste ou reali*+!el isto de no!o apenas no campoB nas grandes cidades mesmo em 9nglaterra apenas o em escala muito limitada# Por isso di* o sen"or (a soluando que

    !a reforma por essa 'ia$ a mutualidadeG !s pode reali(ar6se fa(endo um desvio e& portanto&semprede forma imperfeita& nomeadamente na medida em -ue fa( parte do princ)pio da posse

    prpria uma for+a -ue reage so*re a -ualidade da ha*ita+,o$#

    e!eria tambm p_r-se isto em d!idaB de qualquer forma o Cprinc&pio da posse pr)priaD no reage

    de nen"uma maneira reformadora sobre a CqualidadeD do estilo do nosso autor# Apesar de tudo amutualidade produ*iu em 9nglaterra mara!il"as tais

  • 5/24/2018 Engels - Para a Quest o Da Habita o

    35/58

    !-ue& gra+as a ela& tudo a-uilo -ue a) se fe( com 'ista solu+,o da -uest,o da ha*ita+,o delonge ultrapassado# 3,o estas as *uilding societiesJJ inglesas$& -ue o senhor 3a trata comespecial pormenor por-ue& entre outras ra(2es& !acerca da sua ess1ncia e ac+,o est,o& em geral&espalhadas ideias muito insuficientes ou erradas# %s *uilding societies inglesas n,o s,o de formanenhuma### sociedades de constru+,o ou cooperati'as