A resiliência no gerenciamento de enfermagem em oncologia resiliência
Engenharia de Resiliência - Complexidade, Emergência e Resiliência
-
Upload
avelino-ferreira-gomes-filho -
Category
Technology
-
view
157 -
download
5
Transcript of Engenharia de Resiliência - Complexidade, Emergência e Resiliência
ENGENHARIA DE RESILIÊNCIACAPÍTULO 4
COMPLEXIDADE, EMERGÊNCIA, RESILIÊNCIA...
O futuro é inevitável, mas pode não acontecerJorges Luis Borges
R
esiliência organizacional não significa necessariamente segurança. A
capacidade de uma organização para garantir a sua própria
sobrevivência/operação , contra circunstâncias adversas pode
também implicar em estar momentaneamente insegura para os seus
membros ou partes interessadas.Ex: Um país em guerra defendendo-se contra agressão militar
No entanto... Considerando a resiliência organizacional como
uma propriedade emergente de sistemas complexos• A segurança também pode ser vista como uma forma de resiliência , isto é, como o resultado
da robustez de todos os processos que mantém o sistema seguro para todos os tipos de
stress, patógenos e ameaças afins.
R
EDUCIONISMO X EMERGÊNCIAAfirma que objetos, fenômenos, teorias e significados complexos podem ser reduzidos ou seja, expressos em unidades diferentes a fim de explicá-lo.
O que vem de fora é mais do que se passa dentro (John H. Holland _ Emergence: From Chaos to Order)
È o que acontece quando tentamos entender as propriedades de um sistema que ultrapassa o nível de tamanho e complexidade que nosso intelecto pode compreender de uma só vez, de modo a compor o sistema em partes de componentes interativos
É fácil explicar o peso de um despertador a partir do peso de cada um de seus componentes, o que faz com que alguém seja acordado ao tocar o despertador . Agora explicar como se comporta cada átomo do corpo ao despertar é um desafio insuperável, pois átomos não podem despertar, somente um ser vivo composto por átomos pode.
O todo é maior do que a soma das partes
A noção de emergência é então simplesmente uma forma mais ampla de relação entre os níveis micro e macro, em que as propriedades de um nível superior são tanto dependentes quanto autônomas dos processos subjacentes dos níveis inferiores. (Bedau, 1997,2002)
EMERGÊNCIA NOMINAL:
Quando as propriedades de nível macro podem ser derivadas de propriedades do nível micro.
Grafite como lubrificante (macro) derivada estrutura molecular deslizante – laminar - (micro)
EMERGÊNCIA FRACA:
Uma parte microscópica de um comportamento macroscópico esperado ainda é possível, mas a compreensão detalhada do comportamento global não pode ser previsto se não através de uma simulação.
Cada participante (parte microscópica) sabe o que fazer, mas o resultado (parte macroscópica) pode não ocorrer como o esperado, sendo percebido somente na simulação.
EMERGÊNCIA FORTE:
Quando as propriedades de nível macro não podem ser explicada, e muito menos previstas, mesmo em princípio, por qualquer causalidade de nível micro.
e
Emergência forte
DA EMERGÊNCI À RESILIÊNCIA
Resiliência nominal emergente:Referem-se a características de resiliência “computáveis” de combinações de propriedades individuais dos agentes
Recursos humanos individuais
Cognição individual
Gerenciamento de erros
Gestão de stess
Medidas organizacionais Design de ambientes tolerantes a erros
Resiliência fracamente emergente:Remete para as características de resiliência de uma organização resultante de uma combinação de propriedades do agente individual, de tal forma que, embora, em princípio “computável” o detalhamento e a compreensão do comportamento resiliênte macroscópico não pode ser previsto sem a realização de uma simulação.
DA EMERGÊNCI À RESILIÊNCIA
Resiliência fracamente emergente (cont):Esses sistemas podem permanecer ‘simples’ se as relações mútuas entre os componentes básicos tendem a aniquilar desvios individuais: a variedade individual é então submersa por valores médios estatísticos, de modo que a complexidade microscópica desapareça em escalas macroscópicas.
Ex: Aquela única pessoa que durante a simulação não se dirigiu para o abrigo
Sistemas de grande porte também podem se tornar ‘complexos’ quando a variedade individual ao nível microscópico é combinado e amplificado para que ele cria novas propriedades a nível macroscópico. – Pânico
O mecanismo chave é o acoplamento indireto entre agentes componentes através de modificações que seu comportamento individual introduz no ambiente compartilhado. Ex: Pânico em Friburgo quando ocorreu o boato de rompimento de uma represa.
Seres humanos tendem a imitar uns aos outrosRené Girad (1961)
DA EMERGÊNCI À RESILIÊNCIA
A interação de agentes componentes produzem uma entidade agregada mais flexível e adaptativa do que seus agentes componentes.Eles estabilizam “à beira do caos”.
Distúrbio residual: Se nenhuma formiga se perdeu ao seguir a trilha de feromônio para a presa, nenhuma nova presa seria descoberta. Muita ordem leva a crise.
Visão de acidentes como um fenômeno de ressonância(Hollnagel, 2004): Assim, estes sistemas/processos não são otimizados para um determinado ambiente: eles não fazem o melhor trabalho possível, mas fazem o trabalho suficiente
DA EMERGÊNCI À RESILIÊNCIA
Resiliência fortemente emergente :É referente às características de uma organização resiliente que não pode ser explicada por uma combinação de propriedades de agentes individuais
A representação do futuro pode alterar o presente :A certeza de que o risco está totalmente erradicado provavelmente desencadeará comportamentos que irão reintroduzir a ameaça – Morro do Bumba.
De uma perspectiva de gestão de risco, a questão chave é como manter a preocupação com risco de vida, quando as coisas parecem seguras.
O núcleo de uma boa cultura de segurança é uma profecia auto-destrutiva