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ENGENHARIA DO PRODUTO: UM ESTUDO SOBRE O CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS SHEILA APARECIDA GONCALVES (UNA ) [email protected] Roberto Nilton Machado de Oliveira (UNA ) [email protected] LARISSA FRANCO SILVA (UNA ) [email protected] Com as pressões ambientais e leis regulando o descarte de resíduos sólidos, o acompanhamento e registro do ciclo de vida dos produtos assume um papel importante na sustentabilidade da empresa. É nesse cenário, que surge a denominada Análise do Ciclo de Vida dos Produtos, na qual consiste em balanços materiais e energéticos, desde a extração da matéria-prima até a destinação final. Assim, nesse artigo será descrito um pouco da ACV - Avaliação do Ciclo de Vida do Produto considerada uma técnica relacionada à engenharia de produto ao se aplicar ao desenvolvimento de novos produtos bem como na melhoria de produtos já existentes e à gestão ambiental ao se relacionar a melhoria das condições ambientais e ao desenvolvimento sustentável. Palavras-chaves: Avaliação do Ciclo de Vida do Produto, Sustentabilidade, Meio ambiente. XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

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ENGENHARIA DO PRODUTO: UM ESTUDO

SOBRE O CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS

SHEILA APARECIDA GONCALVES (UNA )

[email protected]

Roberto Nilton Machado de Oliveira (UNA )

[email protected]

LARISSA FRANCO SILVA (UNA )

[email protected]

Com as pressões ambientais e leis regulando o descarte de resíduos sólidos, o

acompanhamento e registro do ciclo de vida dos produtos assume um papel

importante na sustentabilidade da empresa. É nesse cenário, que surge a

denominada Análise do Ciclo de Vida dos Produtos, na qual consiste em

balanços materiais e energéticos, desde a extração da matéria-prima até a

destinação final. Assim, nesse artigo será descrito um pouco da ACV -

Avaliação do Ciclo de Vida do Produto considerada uma técnica relacionada

à engenharia de produto ao se aplicar ao desenvolvimento de novos produtos

bem como na melhoria de produtos já existentes e à gestão ambiental ao se

relacionar a melhoria das condições ambientais e ao desenvolvimento

sustentável.

Palavras-chaves: Avaliação do Ciclo de Vida do Produto, Sustentabilidade,

Meio ambiente.

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

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1. Introdução

No mercado globalizado a inovação e a sustentabilidade são consideradas tendências iminentes para a

competividade das empresas. Os indícios sociais, econômicos e ambientais mostram que as atuais

abordagens utilizadas não atendem aos requisitos estabelecidos para o futuro. Para isso é necessária a

adoção de uma abordagem para gerenciar todo o ciclo de vida de um produto, de modo a acompanhar

os novos produtos desde a geração da ideia até retirada do mercado e destino final. (ROZENFELD,

2004)

Além disso, com as pressões ambientais e leis regulando o descarte de resíduos sólidos, o

acompanhamento e registro do ciclo de vida dos produtos assume um papel importante na

sustentabilidade da empresa. Cada vez mais, conhecer e gerenciar todo o ciclo de vida dos produtos

representa ganhos ambientais e econômicos e consequentemente representa melhoria da

competitividade.

Esta abordagem é denominada Análise do Ciclo de Vida dos Produtos consiste em balanços materiais

e energéticos, desde a extração da matéria-prima até a destinação final, com o intuito de se conhecer

melhor o produto e sua influência sobre o meio ambiente. A análise do ciclo de vida de um produto é

considerada um dos passos da busca do desenvolvimento sustentável nas empresas.

Neste sentido, este artigo tem como objetivo descrever um pouco da ACV – Avaliação do Ciclo de

Vida do Produto considerada uma técnica relacionada à engenharia de produto ao se aplicar ao

desenvolvimento de novos produtos bem como na melhoria de produtos já existentes e à gestão

ambiental ao se relacionar a melhoria das condições ambientais e ao desenvolvimento sustentável.

2. Fundamentação Teórica

2.1 Ciclo de Vida – Definição

O termo “ciclo de vida” refere-se à maioria das atividades no decurso da vida do produto desde a sua

fabricação, utilização, manutenção, e deposição final; incluindo aquisição de matéria-prima necessária

para a fabricação do produto até a disposição final do produto quando se encerra a sua vida útil.

(FERREIRA, 2004).

A Figura 1 exemplifica um ciclo de vida genérico de um produto, onde é possível notar que o ciclo

começa com a exploração do meio ambiente como fonte de matérias-primas, energia, água e uso do

solo, e termina com o uso do meio ambiente para a disposição final de resíduos não reaproveitados.

(Barbieri et al 2009).

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Figura 1 – Ciclo de Vida dos Produtos Fonte: Blog Sustentabilismo, 2013.

Assim, o ciclo de vida de um bem ou serviço contempla a totalidade da sua cadeia produtiva, que é um

conjunto de etapas consecutivas pelas quais passam e vão sendo transformados os diversos insumos,

sendo considerado que em cada etapa do ciclo novos recursos são utilizados e novos resíduos são

produzidos.

Para reduzir a necessidade de recursos naturais cada uma das etapas e os lançamentos dos resíduos não

aproveitados é necessário conhecer os impactos ambientais específicos de cada etapa da cadeia

produtiva. Desta forma, a visão do ciclo de vida permite atuar com mais eficácia tanto sobre os

problemas ambientais dos produtos e serviços quanto sobre a concepção e implementação de

inovações de produtos e processos, com vistas a reduzir os resíduos antes de gerados, e, assim, facilitar

a recuperação de materiais pós-consumo. (Barbieri et al 2009).

2.1.1 Análise do Ciclo de Vida – ACV

Segundo FERREIRA (2004) a Análise do Ciclo de Vida do Produto - ACV consiste em analisar de

forma sistemática os impactos ambientais dos produtos em todas as fases do seu ciclo de vida. A ACV

estuda a complexa interação entre um produto e o ambiente, utilizando para tanto a avaliação dos

aspectos ambientais e dos impactos potenciais associados ao ciclo de vida do produto (VALT, 2004).

A ACV deve ser vista como instrumento de gestão ambiental que permite às organizações

compreender as incidências ambientais dos materiais, dos processos e dos produtos, podendo a

informação obtida conduzir ao desenvolvimento de novos produtos e à detecção de áreas de

investigação e desenvolvimento. Esta abordagem permite às empresas determinar como melhorar os

seus produtos, desenvolver outros e formar estratégias comerciais específicas e desenvolver melhorias

nos aspectos ambientais diminuindo o consumo de recursos naturais e geração de resíduos

(FERREIRA, 2004).

A ACV também fornece motivação para o atendimento da legislação ambiental, atendendo às

exigências de contínuo aprimoramento nos sistemas de gestão ambiental que demandam as séries da

International Organization for Standardization (ISO), British Standard (BS) e European Eco-

Management & Audit Scheme (EMAS), além de ser útil como ferramenta de marketing para a obtenção

de declarações e rótulos ambientais.

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2.2 Histórico

Segundo FERREIRA (2004) o primeiro estudo que se tem referência foi conduzido pelo "Midwest

Research Institute" (MRI) para a Companhia Coca Cola em 1969, que realizou uma comparação com

os diferentes tipos de embalagens de refrigerante e para selecionar qual delas se apresentava a mais

adequada do ponto de vista ambiental e de melhor desempenho com relação à preservação dos

recursos naturais. Este estudo buscou quantificar as necessidades de recursos, emissões e resíduos

originados por diferentes embalagens de bebidas e ficou passou a ser conhecido como “Resource and

Environmental Profile Analysis” – REPA. (SANTIAGO, 2005).

No final do ano de 1972 o mesmo instituto MRI iniciou um estudo nas embalagens de cervejas e

sumos, encomendado pela "U.S. Environmental Protection Agency" (USEPA), que objetivou examinar

as implicações ambientais da utilização da embalagem de vidro reutilizável em vez de latas e garrafas

não reutilizáveis, este estudo marcou o início do desenvolvimento da “Avaliação do Ciclo de Vida do

Produto – ACV”. De acordo com FERREIRA (2004) após este se assumiu que uma garrafa

reutilizável seria claramente superior.

Em 1984 Laboratório Federal Suiço para Teste e Investigação de Materiais (EMPA) publicou um

importante relatório com base no estudo "Balanço Ecológico de Materiais de Embalagem" iniciado

pelo governo, que tinha como objetivo estabelecer uma base de dados para os materiais de embalagem

mais importantes: alumínio, vidro, plásticos, papel e cartão, chapas de lata. O estudo também

introduziu um método para normalizar e agregar emissões para o ar e para a água utilizando as normas

(legislação) para aquelas emissões e agregando-as, respectivamente nos chamados "volume crítico de

ar" e "volume crítico de água". (FERREIRA, 2004).

A partir de 1990 houve um notável crescimento das atividades ACV na Europa e nos EUA, o qual é

refletido no número de "workshops" e outros "fóruns" organizados principalmente pela "Society of

Environmental Toxicology and Chemistry" - SETAC. (FERREIRA, 2004).

Em 1992 a SETAC iniciou os primeiros trabalhos de sistematização e padronização dos termos e

critérios da ACV. Em 1993, a International Organization for Standardization (ISO) criou o Comitê

Técnico TC 207 tendo em vista a normalização de um número de abordagens de gestão ambiental e

suas ferramentas, incluindo ACV. Este Comitê foi o responsável pela série ISO 14000, que inclui as

normas de Avaliação de Ciclo de Vida. (SANTIAGO, 2005).

2.3 Normatização da ACV – ISO 14000

O surgimento da série 14000 estabeleceu-se a padronização de processos produtivos que utilizassem

recursos extraídos do meio ambiente ou que proporcionassem algum dano ambiental. O propósito

dessas normas é fornecer às empresas ferramentas para a tomada de decisão bem como a avaliação de

alternativas sobre métodos de manufatura. Também podem ser usadas para dar apoio às declarações de

rótulos ambientais ou para selecionar indicadores ambientais (NIGRI, 2012). A seguir são citadas

normas ISO relacionadas à ACV:

ISO 14040 – Environmental management – Life cycle assessment –Principles and framework

(ISO, 1997);

ISO 14041 – Environmental management – Life cycle assessment – Goal and scope definition

and inventory analysis (ISO, 1998);

ISO 14042 – Environmental management – Life cycle assessment – Life cycle impact

assessment

(ISO, 2000);

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ISO 14043 – Environmental management – Life cycle assessment – Life cycle interpretation

(ISO, 2000).

Ainda, segundo NIGRI (2012) a ISO também fornece relatórios definindo formatos de documentação

especificações técnicas e exemplos de aplicações, são eles:

ISO/TR 14047 – Environmental management - Life cycle impact assessment – Examples of

application of ISO 14042 - (ISO, 2003);

ISO/TS 14048 – Environmental management - Life cycle assessment – Data documentation

format (ISO, 2002);

ISO/TR 14049 – Environmental management - Life cycle assessment – Examples of

application of ISO14041 to goal and scope definition and inventory analysis (ISO, 2000).

2.3 Aplicações no Brasil

No Brasil os trabalhos sobre ACV são recentes, e segundo NIGRI (2012) tiveram início com a criação

do Grupo de Apoio à Normalização (GANA) junto à Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT), tendo como resultado o lançamento do primeiro livro relacionado ao tema, em 1998:

“Análise de ciclo de vida de produtos: ferramenta gerencial da ISO 14000”, de José Ribamar Chehebe,

que explica e comenta as normas da série ISO relativas à ACV. Pouco tempo depois do GANA foi

substituído pelo Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (CB-38) da ABNT.

Ainda, de acordo com o autor somente 2001 empresas e instituições brasileiras tiveram interesse pela

ACV para avaliação dos processos produtivos com ênfase ambiental, com o lançamento da primeira

norma ISO da série 14040 (NORMAS BRASILEIRAS - NBR ISO 14040, Ano 2001) traduzida pela

ABNT.

A partir daí, em 2002 partindo da necessidade de divulgação e do desenvolvimento e do uso da

ferramenta ACV no Brasil e também para a criação de um inventário nacional, foi criada a Associação

Brasileira do Ciclo Vida (ABCV). Segundo o site a ABCV é uma sociedade civil, de âmbito nacional

e sem fins lucrativos que tem por finalidade viabilizar a difusão e a consolidação da Gestão do Ciclo

de Vida junto às empresas e instituições acadêmicas de ensino e pesquisa, órgãos governamentais e

sociedade organizada.

Em 2004 a ABNT lançou as normas traduzidas NBR ISO 14041 e NBR ISSO 14042 e foi definida a

criação do projeto brasileiro de ACV, o qual está centrado em dois programas: formação de

competências em ACV e construção do banco de dados brasileiro para auxílio a estudos de ACV

realizados no e para o país.

A norma NBR ISO 14043 foi publicada em 2005 pela ABNT e a Associação Brasileira das

Instituições de Pesquisa Tecnológica (ABIPTI) publicou o livro “Avaliação do ciclo de vida: a ISO

14040 na América Latina”, que traz informações e abordagens metodológicas de ACV inseridas no

contexto de países latinos (RIBEIRO, 2009 apud VALT, 2004).

2.4 Fases da Análise do Ciclo de Vida de Produto - ACV

A ACV é uma metodologia que permite avaliar os aspectos ambientais e os impactos potenciais

existentes durante todo o ciclo de vida de um produto ou de um serviço, desde a sua fabricação,

utilização, manutenção e disposição final. A avaliação dá-se por meio do levantamento e da

compilação de entradas e saídas significativas de um sistema, da avaliação dos impactos potenciais

associados a essas entradas e saídas e de interpretação dos resultados das fases de levantamento e

avaliação, em relação aos objetivos traçados em um estudo (ABNT, 2009 apud Piekarski et al. 2012).

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O processo ACV é uma sistemática abordagem baseada composta por quatro componentes: definição

de objetivos e âmbito; análise de inventário; análise dos impactos; e, interpretação dos resultados,

como se ilustra na Figura 2.2 (ISO 14040: 2009).

Figura 2.2: Fases de uma ACV.

Fonte: ISO 14040: 2009

Definição de Objetivos e Âmbito – Define e descreve o produto, processo ou atividade.

Análise de Inventário – Identifica e quantifica a energia, água e materiais utilizados e

descargas ambientais (exemplo: emissões para o ar, disposição de resíduos sólidos, descargas

de efluentes líquidos).

Análise dos Impactos – Analisa os efeitos humanos e ecológicos da utilização de energia,

água, e materiais e das descargas ambientais identificadas na análise de inventário.

Interpretação – Avalia os resultados da análise de inventário e analisa os impactos para

selecionar o produto preferido, processo ou serviço com uma compreensão clara das incertezas

e suposições utilizadas para gerar os resultados. (FERREIRA, 2004).

Cabe citar, que devido à natureza iterativa da ACV, o escopo do estudo pode ser modificado à medida

que informações adicionais forem sendo coletadas e quando o sistema a ser estudado foi melhor

conhecido. (VALT, 2004)

Ainda, segundo FERREIRA (2004) a metodologia ACV tem numerosas aplicações, desde o

desenvolvimento de produtos, passando pela rotulagem ecológica e regulação, até à definição de

cenários de prioridade e de política ambiental.

2.4.1 Definição de Objetivo e Escopo

Segundo a (NBR ISO 14041) esta fase é crucial para o sucesso da condução do estudo e para a sua

relevância e utilidade. Deve partir da clara definição do sistema de produto ou serviço para que a

aplicação da metodologia seja viável.

Além disso, segundo NIGRI (2012) as razões para condução do estudo e o público-alvo também

devem estar claros. O objetivo pode ser a obtenção de uma visão mais clara de um sistema já

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estabelecido, identificando-se os pontos críticos do processo ou produto estudado, fornecendo a

possibilidade de melhorá-lo. E ainda permite a comparação com outros sistemas e seus impactos

potenciais. O escopo indica o sistema do processo ou produto que será analisado, delimitando suas

fronteiras e demais características funcionais do estudo.

Segundo a norma ISO 14041, na definição do escopo de um estudo da ACV devem ser considerados e

claramente descritos os seguintes itens:

a descrição das funções do sistema de produto, ou seja, a finalidade para a qual o produto

estudado se destina ou característica de desempenho do produto;

a unidade funcional tem como objetivo estabelecer uma referência com a qual as entradas e

saídas do sistema são relacionadas

o sistema de produto a ser estudado, ou seja, a finalidade para a qual o produto estudado se

destina ou, ainda, a característica de desempenho do produto;

as fronteiras do sistema de produto, que definem quais processos elementares ou subdivisões

dos sistemas de produto dentro do fluxo produtivo serão incluídos no sistema a ser modelado.

É ideal que as entradas e saídas sejam fluxos elementares;

procedimentos de alocação, que são necessários quando se lida com sistemas que envolvem

produtos múltiplos. Os fluxos de materiais e de energia, assim como as liberações ao ambiente

associadas, devem ser alocados aos diferentes produtos, de acordo com procedimentos

claramente estabelecidos;

tipos de impacto e metodologia de avaliação de impacto e interpretação subsequente a ser

usada;

requisitos dos dados, que especificam em termos gerais as características dos dados

necessários ao estudo;

limitações da análise, que envolvem qualidade dos dados, fronteiras do sistema, métodos

aplicados, etc.;

análise crítica, que é uma técnica para verificar se um estudo da ACV satisfez os requisitos

dessa norma quanto à metodologia, aos dados e ao relatório;

tipo e formato do relatório requerido para o estudo. Os resultados da ACV devem ser

relatados ao público-alvo de forma fiel, completa e exata. Devem ser definidos o tipo e o

formato do relatório na fase de escopo do estudo.

Ainda, segundo a ABNT (2009) a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é uma técnica interativa.

Durante o decorrer do estudo, em função de uma série de fatores, pode ser necessária a modificação do

escopo do estudo.

2.4.2 Análise de Inventário

A “Análise do Inventário” (NBR ISO 14041) refere-se à coleta de dados e ao estabelecimento dos

procedimentos de cálculo para que se possa facilitar o agrupamento destes dados em categorias

ambientais normalmente utilizáveis e comparáveis, de modo semelhante a um balanço contábil.

Considera-se nessa fase que tudo que entra deve ser igual ao que sai do sistema em estudo, em termos

de energia ou massa, desde a extração das matérias-primas até o descarte final do produto (ABNT,

2009).

Os dados coletados nesta etapa são provenientes do monitoramento de um determinado processo de

produção ou de estimativas realizados por meio de modelos divulgados em literatura especializada

(VALT, 2004).

Para a coleta adequada de dados, é necessário desenvolver fluxogramas representando todas as etapas

de processo e suas inter-relações. Cada etapa deve ser descrita listando todos os aspectos ambientais

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existentes e definindo as unidades de medidas. Além disso, todos os procedimentos de coleta de dados

devem ser documentados através de confecção de formulários, para se evitar a não inclusão de dados

importantes (VALT, 2004).

Ainda, segundo a ABNT (2009) esta fase da Análise do Ciclo de Vida pode se tornar uma das mais

difíceis e trabalhosas em função da não-disponibilidade de dados, da qualidade dos dados disponíveis

ou da necessidade de estimá-los.

2.4.3 Avaliação dos Impactos

A Avaliação do Impacto (NBR ISO 14042) refere-se à identificação e avaliação em termos de

impactos potenciais ao meio ambiente que podem ser associados aos dados levantados no inventário.

De acordo com NIGRI (2012) nesta etapa é calculado o impacto ambiental gerado durante o ciclo de

vida do produto ou processo em questão. Para isso, são selecionadas categorias de impacto em que se

utilizam indicadores para quantificar emissões, uso de recursos e demais impactos de acordo com as

categorias escolhidas. Os indicadores fornecem os potenciais impactos ambientais.

Algumas avaliações mais simples podem ser realizadas apenas com os dados obtidos na fase do

inventário. Entretanto quando forem detectadas grandes diferenças nos vários parâmetros de impacto

ou quando houver necessidade de se relacionar os dados do inventário aos problemas ambientais, o

uso de uma metodologia específica, como a estabelecida na norma NBR ISO 14042 será de grande

utilidade (ABNT, 2009).

A norma ISO 14042 propõe uma estrutura para o processo de avaliação incluindo basicamente três

etapas:

Seleção e definição das categorias: as categorias devem ser estabelecidas com base no

conhecimento cientifico;

Classificação: os dados são classificados e apurados nas diversas categorias selecionadas;

Caracterização: os dados são modelados por categoria de forma que cada um possa ter o seu

indicador numérico.

Alguns técnicos poderão atribuir pesos aos resultados da avaliação de impacto. Como a ponderação é

um processo baseado em valores e pode envolver critérios subjetivos, essa etapa é considerada como

não científica e sujeita a distorções (ABNT, 2009).

2.4.4 Interpretação

A interpretação dos resultados de ACV (ISO 14043) é uma das etapas mais sensíveis, pois as

hipóteses estabelecidas durante as fases anteriores, assim como as adaptações que podem ter

ocorrido em função de ajustes necessários, podem afetar o resultado final do estudo.

Essa é a fase da ACV, em que os resultados obtidos nas fases anteriores são analisados de

acordo com o objetivo e o escopo previamente definidos para o estudo. As conclusões obtidas

após a análise dos resultados possibilitam a identificação de pontos críticos do ciclo de vida

do produto que necessitam de melhorias, permitindo a implementação de estratégias de

produção, como a substituição e recuperação de materiais e a reformulação ou substituição de

processos, visando à preservação ambiental (VALT, 2004).

Na fase de interpretação devem-se identificar os pontos significativos baseados nos resultados

do estudo tais como emissões, energia e outros. Além disso, deve-se assegurar que toda a

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informação relevante para a interpretação esteja completa, verificando se os resultados são

afetados pela incerteza durante a aplicação de métodos ou cálculos. Por fim, verificar se as

conclusões estão consistentes com os requisitos do objetivo e âmbito do estudo, incluindo, em

particular, requisitos de qualidade dos dados, suposições e valores pré-definidos (NIGRI,

2012).

Uma vez que já se tenha considerado o estudo terminado, seus resultados devem ser relatados

ao público-alvo de forma fiel, completa e exata, conforme definido na etapa de definições do

estudo (RIBEIRO, 2009).

2.5 Benefícios da ACV

Os resultados de um estudo ACV em conjunto com outras informações podem auxiliar na

tomada de decisões na seleção de produtos ou processo que resultem em menor impacto para o meio

ambiente. Além disso, esta metodologia permite identificar a transferência de impactos ambientais de

um meio para outro ou de um estágio de ciclo de vida para o outro, evitando o deslocamento de

problemas ambientais de um setor para outro quando se foca em apenas determinadas etapas do

sistema (FERREIRA, 2004).

Segundo SAIC apud FERREIRA (2006), ao realizar uma ACV podem ser feitos:

Análise sistêmica dos impactos ambientais de um produto;

Opção entre as opções existentes na escolha de produtos ou processos para apoio à decisão de

governos, entidades e sociedade;

fornecer análises quantitativas de lançamentos de descargas ambientais por etapa ou total do

ciclo de vida de um produto ou processo;

determinar os danos ambientais gerados localmente e/ou globalmente pela extração e consumo

de recursos naturais;

analisar comparativamente diferentes produtos que atendam a uma mesma demanda,

identificando seus benefícios e impactos ambientais para suporte à escolha;

identificar agentes geradores de impacto ambiental em áreas específicas de interesse

governamental.

E ainda, conforme informações da NIGRI (2012) acrescentam-se como benefícios a indicação

de pontos fortes e fracos do produto na busca de sua melhoria; o projeto de produtos; a

formulação da política da companhia; o atendimento à legislação e as informações do produto

para questões de marketing e a possibilidade de sua utilização para rotulagem ambiental;

subsídios e taxações em favor da produção mais limpa e em políticas gerais como na

determinação de combustíveis para a geração de eletricidade e meios de transporte.

2.6 Limitações da ACV

A realização de uma ACV pode ser dispendiosa. Dependendo das características do processo

ou produto analisado, a coleta de dados pode ser problemática e a disponibilidade dos mesmos

pode ter forte impacto na precisão dos resultados finais. Portanto, é importante ponderar a

disponibilidade de dados, o tempo necessário para realizar o estudo, os recursos financeiros

necessários e os benefícios previstos da ACV (NIGRI, 2012).

Torna-se importante, portanto, uma avaliação criteriosa da relação custo-benefício para se

atingir a qualidade desejada para o estudo, levando-se em consideração que tipo de dado

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deverá ser pesquisado, o custo e o tempo para sua coleta e os recursos disponíveis para a

condução do estudo. (SANTIAGO, 2007).

O ACV, por sua vez, não é uma ferramenta capaz de medir qual produto ou processo é o mais

eficiente em relação aos custos ou em relação a outros fatores, já que não se mede, por

exemplo, impactos reais ambientais, e sim impactos potenciais.

Ainda, de acordo com SANTIAGO (2007) a ACV é uma ferramenta técnica ainda em

evolução, e em virtude de sua complexidade, podem existir ainda incertezas na qualidade dos

dados e nos seus resultados, além de haver um certo grau de subjetividade decorrente da

necessidade de julgamento e discernimento por parte dos especialistas encarregados da

condução do estudo, como também limitações de conhecimento científico disponível.

3 Considerações Finais

A ACV é uma ferramenta importante no aprimoramento do processo produtivo e dos produtos

de uma empresa, pois auxilia o processo de tomada de decisão ao identificar os impactos

ambientais e impactos na saúde humana que tradicionalmente não são considerados quando se

analisa um produto ou processo. Além disso, a abordagem realizada em todo ciclo de vida do

produto permite a identificação e avaliação das fases críticas do produto, sendo a ACV

considerada uma ferramenta constitui-se em uma técnica e gerenciamento ambiental e

desenvolvimento sustentável.

4 Referências Bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CICLO DE VIDA – ABCV. Quem somos - História da ABCV.

Disponível em: < http://abcvbrasil.org.br/index.php/quem-somos>. Acesso em: 01 de outubro de 2013.

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