Enlevo leituras 31_12_2011

16
Enlevo de leituras

Transcript of Enlevo leituras 31_12_2011

Page 1: Enlevo  leituras 31_12_2011

Enlevo

de

leituras

Page 2: Enlevo  leituras 31_12_2011

_____a gaivota veio sozinha e parou

junto de outra, ligeiramente afastada da

orla marítima; uma aproximou-se da

faixa de espuma, e areia húmida _____

a outra voou:

Page 3: Enlevo  leituras 31_12_2011

voou por sobre a

praia, e veio parar num

rochedo ao meio de uma

camada pouco profunda

(…)

Page 4: Enlevo  leituras 31_12_2011

Cada gaivota voltou à praia. Eu ia cair no

erro de julgar que era sempre a mesma

gaivota, mas a maior parte das vezes era uma

gaivota diferente

Page 5: Enlevo  leituras 31_12_2011

cópia da imagem que tenho de uma gaivota

perfeitamente igual ao que eu julgo ser uma gaivota.

Maria Gabriela Llansol, O Raio sobre o Lápis

Page 6: Enlevo  leituras 31_12_2011

Foi no mar que aprendi o gosto da forma bela

Page 7: Enlevo  leituras 31_12_2011

Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim,

A tua beleza aumenta quando estamos sós

Page 8: Enlevo  leituras 31_12_2011

É por ti que se enfeita e consome,

Desgrenhada e florida, a Primavera

É por ti que a noite chama e espera

Page 9: Enlevo  leituras 31_12_2011

És tu quem anuncia o poente nas

estradas.

E o vento torcendo as árvores

desfolhadas

Canta e grita que tu vais chegar.

Page 10: Enlevo  leituras 31_12_2011

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo.

Mal de te amar neste lugar de imperfeição

Page 11: Enlevo  leituras 31_12_2011

Pudesse eu não ter laços nem limites

Page 12: Enlevo  leituras 31_12_2011

Um dia quebrarei todas as pontes

Que ligam o meu ser vivo e total,

À agitação do mundo do irreal,

Page 13: Enlevo  leituras 31_12_2011

E calma

subirei até à

s fontes.

Page 14: Enlevo  leituras 31_12_2011

Irei beber a luz e o amanhecer

Sophia de Mello Breyner Andresen

Page 15: Enlevo  leituras 31_12_2011

Realização

Mª Carla Crespo

Page 16: Enlevo  leituras 31_12_2011

FIM