Ensaio sobre a cegueira - 3ª E - 2011
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- 1. E.E Irene Dias Ribeiro
Ensaio Sobre a Cegueira
Jos Saramago
Camila Selfas
Andressa Rodrigues,
Lucas Ferraz e Kamilla Rodrigues
3 E- 2011
2. 3. Biografia
Jos de Sousa Saramago nasceu em 1922, em Azinhaga, aldeia ao sul de
Portugal, numa famlia de camponeses.Autodidata, antes de se dedicar
exclusivamente literatura trabalhou como serralheiro, mecnico,
desenhista industrial e gerente de produo numa editora.
4. Iniciou sua atividade literria em 1947, com o romance Terra do
Pecado, s voltando a publicar (um livro de poemas) em 1966.Atuou
como crtico literrio em revistas e trabalhou no Dirio de Lisboa. Em
1975, tornou-se diretor-adjunto do jornal Dirio de Notcias. Acuado
pela ditadura de Salazar, a partir de 1976 passou a viver de seus
escritos, inicialmente como tradutor, depois como autor.Em 1980,
alcana notoriedade com o livro Levantado do Cho, visto hoje como
seu primeiro grande romance. Memorial do Convento confirmaria esse
sucesso dois anos depois.
5. Em 1991, publica O Evangelho Segundo Jesus Cristo, livro
censurado pelo governo portugus - o que leva Saramago a exilar-se
em Lanzarote, nas Ilhas Canrias (Espanha), onde vive at hoje. Foi
ele o primeiro autor de lngua portuguesa a receber o Prmio Nobel de
Literatura, em 1998.Entre seus outros livros esto os romances O Ano
da Morte de Ricardo Reis (1984), A Jangada de Pedra (1986), Ensaio
sobre a Cegueira (1995), Todos os Nomes (1997), e O Homem Duplicado
(2002); a pea teatral In Nomine Dei (1993) e os dois volumes de
dirios recolhidos nos Cadernos de Lanzarote (1994-7).
6. Enredo
O Ensaio sobre a cegueira uma crtica aos valores sociais, expondo o
caos a que se chega quando a maioria da populao cega. Revela traos
da sociedade portuguesa contempornea, vislumbrando a maneira como
as pessoas vivem atravs de suas descries das casas, dos utenslios,
das roupas.As personagens no tm nomes, sendo descritas por
caractersticas prprias o primeiro cego, o mdico, a mulher do
primeiro cego, a rapariga de culos, entre tantos outros que
aparecem no desenrolar da narrativa, onde uma epidemia se alastra a
partir de um homem que cega esperando o semforo abrir.
7. Inexplicvel a imunidade da mulher do mdico, parecendo que sua
bondade, sua preocupao com o marido, mesmo convivendo entre os
cegos sem medo de cegar, a impede de contrair a molstia.
Mas a solidariedade da mulher do mdico estende-se, ainda, queles de
convvio mais estrito, sendo verdadeiro anjo de guarda dos que
dividem com ela a enfermaria do hospcio abandonado em que so
confinados os primeiros a contrair o mal.
8. De caracterstica onisciente, a narrativa leva-nos a refletir
sobre a moral, os costumes, a tica e o preconceito, pois faz com
que a mulher do mdico se depare com situaes inadmissveis s pessoas
em condies normais.
Exposta sujeira, a uma existncia miservel em todos os sentidos, ela
mata para preservar a si e aos demais, e se depara com a morte de
maneira bizarra aps a sada do hospcio: os cadveres se espalham
pelas ruas, o fogo ftuo aparece debaixo das portas do armazm onde,
dias antes, ela buscou vveres.
9. Exposta sujeira, a uma existncia miservel em todos os sentidos,
ela mata para preservar a si e aos demais, e se depara com a morte
de maneira bizarra aps a sada do hospcio: os cadveres se espalham
pelas ruas, o fogo ftuo aparece debaixo das portas do armazm onde,
dias antes, ela buscou vveres. A igreja com os santos de olhos
vendados pode ser caracterizada como um dos momentos poticos da
obra: se os cus no vem, que ningum veja, numa aluso velada s idias
do filsofo FriderichNietzshe, "se deus est morto, ento tudo
posso".
10. Saramago ainda brinca com a imaginao do leitor nas ltimas
linhas, deixando implcita a cegueira daquela que foi a nica que viu
em meio treva branca, justamente no momento em que todos recuperam,
aos poucos, a viso.
11. Personagens
Jos Saramago no faz a distino de personagens pelos seus nomes, mas
sim pelas suas caractersticas e particularidades. Entre os
personagens principais, temos o primeiro cego, a mulher do primeiro
cego, o mdico, a mulher do mdico (que v), a rapariga dos culos
escuros, o velho com a venda no olho e o rapazinho estrbico. Vo
aparecendo ao longo do livro outros personagens secundrias, como o
cego da pistola, o cego que escreve em braile, o ladro, os
soldados, a velha do primeiro andar,o co de lgrimas
12. Tempo
Formas de tempo de cronotopo no romance
Utiliza-se do tempo cronotopo para referir-se indissolubidade de
espao e tempo na literatura uma vez que considera uma quarta
dimenso daquele.
Alm disso, no desenrolar da trama, observa-se que as personagens
centrais do romance realizam uma srie de viagens. Pode se
referir
As suas deambulaes pelas ruas, supermercados, igrejas e casas, as
quais so essenciais a formao de sua autoconcincia .
13. Espao
Em ensaio sobre a cegueira apresenta trs espaos fundamentais da
obra ; o Manicmio, as Ruas e as Casas.
14. Foco Narrativo
O livro aparece em 3 pessoa .
15. Estilo
Pode-se afirmar que a obra dificil de ser lida no apenas pelo seu
filosfico, mas pelo estilo de Jos Saramago: as falas entre vrgulas
foram o leitor a um verdadeiro mergulho em suas idias, pois
impossvel parar em meio as idias do autor. A desconstrues do tempo
linear em suas idas e vindas nas memrias das personagens , as
caractersticas nicas, a mesquinhez presente evocam a reflexo sobre
os valores que cada um de ns tem da vida, da moral , dos costumes e
at mesmo do que nos caro.
16. Verossimilhana
Este ensaio constitui uma tentativa de abordar a anttese viso /
cegueira que h... Para evoluo do homem ; Se quer advogar para si a
verossimilhana.
17. Concluso
Aos olhos de Saramago (autor)
"Este um livro francamente terrvel com o qual eu quero que o leitor
sofra tanto como eu sofri ao escrev-lo. Nele se descreve uma longa
tortura. um livro brutal e violento e simultaneamente uma das
experincias mais dolorosas da minha vida. So 300 pginas de
constante aflio. Atravs da escrita, tentei dizer que no somos bons
e que preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso.
Aos olhos do leitor
Esta obra, de Jos Saramago, faz uma intensa crtica aos valores da
sociedade, e ao que acontece quando um dos sentidos vitais falta
populao.
18. Saramago mostra, atravs desta obra intensiva e sofrida, as
reaces do ser humano s necessidades, incapacidade, impotncia, ao
desprezo e ao abandono. Leva-nos tambm a refletir sobre a moral,
costumes, tica e preconceito atravs dos olhos da personagem
principal, a mulher do mdico, que se depara ao longo da narrativa
com situaes inadmissveis; mata para se preservar e aos demais,
depara-se com a morte de maneiras bizarras, como cadveres
espalhados pelas ruas e incndios; aps a sada do hospcio, ao entrar
numa igreja, presencia um cenrio em que todos os santos se
encontram vendados: se os cus no vem, que ningum vejaA obra acaba
quando subitamente, exatamente pela ordem de contgio, o mundo cego
d lugar ao mundo imundo e brbaro. No entanto, as memrias e rastros
no se desvanecem.
19. Referncias Bibliogrficas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensaio_sobre_a_Cegueira
http://resumos.netsaber.com.br/ver_resumo_c_2662.html
http://www.webartigos.com/articles/6945/1/Analise-Da-Obra-Ensaio-Sobre-A-Cegueira-De-Jose-Saramago/pagina1.html