ENSINAMENTO DE MEIShU-SAMA “Sinto-me imensamente feliz ... · a felicidade que nós sentimos....

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S e salvarmos um grande número de pessoas e formos úteis a Deus, as nossas máculas irão sendo eliminadas, e por fim não mais se- remos submetidos a purificações. As diversas calamidades, os sofrimentos, irão acabando. Assim, começaremos a sentir paz e segurança e acabaremos por nos entregar a Deus. Não é fácil obter repentinamente a paz e a segurança. É preciso que a pessoa se purifique o suficiente. Entretanto, se ela conseguir entender, acreditar verdadeiramente e, aconteça o que acontecer, não se abalar o mínimo que seja, significa que já adquiriu paz e segurança. Mesmo que esteja a sofrer um pouco, acreditará que isso é purifi- cação e que, dessa forma, as suas toxinas di- minuirão. As pessoas que ingressam na Igreja Messiânica Mundial geralmente têm obtido paz e seguran- ça. Como a purificação está muito forte, alguns fiéis vacilam, pensando: “Por que é que isso está a acontecer comigo?” Mas o sofrimento é algo inevitável para o homem. Se a pessoa en- tender as suas causas, conseguirá ultrapassá-lo facilmente. No meu caso, por exemplo, quan- do fui maltratado pela polícia, no ano passa- do, cheguei a pensar: “Na realidade, Deus não precisava chegar a tal ponto”. Por outro lado, também pensei: “Como tenho uma missão mui- to importante, é natural que sofra mais que as pessoas comuns.” Registo de Orientações vol. 4 – (05/11/51) IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL BOLETIM INFORMATIVO AGOSTO 2016 38 “Sinto-me imensamente feliz, pois estou no caminho do Paraíso. O meu passado, que parecia um inferno, desvaneceu-se como um pesadelo.” “A Verdade é o Caminho, o Bem é a Ação e o Belo é o Sentimento” Meishu-Sama Shin Verdade Zen Bem Bi Belo ENSINAMENTO DE MEISHU-SAMA

Transcript of ENSINAMENTO DE MEIShU-SAMA “Sinto-me imensamente feliz ... · a felicidade que nós sentimos....

Se salvarmos um grande número de pessoas e formos úteis a Deus, as nossas máculas

irão sendo eliminadas, e por fim não mais se-remos submetidos a purificações. As diversas calamidades, os sofrimentos, irão acabando. Assim, começaremos a sentir paz e segurança e acabaremos por nos entregar a Deus. Não é fácil obter repentinamente a paz e a segurança. É preciso que a pessoa se purifique o suficiente. Entretanto, se ela conseguir entender, acreditar verdadeiramente e, aconteça o que acontecer, não se abalar o mínimo que seja, significa que já adquiriu paz e segurança. Mesmo que esteja a sofrer um pouco, acreditará que isso é purifi-cação e que, dessa forma, as suas toxinas di-minuirão.

As pessoas que ingressam na Igreja Messiânica Mundial geralmente têm obtido paz e seguran-ça. Como a purificação está muito forte, alguns fiéis vacilam, pensando: “Por que é que isso está a acontecer comigo?” Mas o sofrimento é algo inevitável para o homem. Se a pessoa en-tender as suas causas, conseguirá ultrapassá-lo facilmente. No meu caso, por exemplo, quan-do fui maltratado pela polícia, no ano passa-do, cheguei a pensar: “Na realidade, Deus não precisava chegar a tal ponto”. Por outro lado, também pensei: “Como tenho uma missão mui-to importante, é natural que sofra mais que as pessoas comuns.”

Registo de Orientações vol. 4 – (05/11/51)

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGALBoletim informativo

aGoSto 2016 nº 38

“Sinto-me imensamente feliz, pois estou no caminho do Paraíso. O meu passado, que parecia um inferno, desvaneceu-se

como um pesadelo.”

“A Verdade é o Caminho, o Bem é a Ação e o Belo é o Sentimento”Meishu-Sama

ShinVerdade

ZenBem

BiBelo

ENSINAMENTO DE MEIShU-SAMA

Bom dia a todos! Os senhores estão a passar bem?

(Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama!) Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama!

Estou aqui hoje mais uma vez, como re-presentante do nosso Presidente Min. Carlos Eduardo Luciow. Como foi comunicado no mês passado, ele esteve no Brasil e agora, juntamente com o grupo de caravanistas, está já no final da peregrinação aos Solos Sagra-dos do Japão e da Tailândia.

Em primeiro lugar, em nome do nosso Presidente, gostaria de agradecer a todos os senhores, pela sincera dedicação que, de inú-meras formas, vêm desenvolvendo no nosso país. Muito obrigado! (Palmas)

Agora, gostaria de fazer a leitura da men-sagem que ele enviou ontem para os senho-res.

"Bom dia a todos, os senhores estão todos bem?

Como é do vosso conhecimento estou a acompanhar a nossa caravana aos Solos Sa-grados do Japão e da Tailândia; com 40 mem-bros de Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido e Suíça.

Depois de peregrinar aos principais locais

CULTO MENSAL DE AGRADECIMENTO - AGOSTO / 2016

PALESTRA DO vICE-PRESIDENTE DA IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGALMINISTRO LUCIANO RIbEIRO vITA DA SILvA

sagrados, dia 1 de Agosto participamos do Cul-to Especial pela Salvação dos Antepassados, no Solo Sagrado de Atami, com a presença do nosso Líder Espiritual Kyoshu-Sama, que ao nos encontrar pediu-nos que vos transmitisse os seus cumprimentos e que do Solo Sagra-do está a orar pela felicidade de todos. Nessa ocasião também o nosso Presidente Mundial Reverendo Massayoshi Kobayashi, apresen-tou a todos os senhores os seus cordiais votos de crescente felicidade e que também ora por todos no Solo Sagrado.

Durante todo o tempo, temos orado e de-dicado por todos os senhores que estiveram sempre presentes nos nossos pensamentos e sentimentos. Hoje, participamos do Culto Especial pela Salvação dos Antepassados no Solo Sagrado de Sarabury, na Tailândia, onde também rezamos e dedicamos por todos, re-presentando-vos.

Não temos palavras para descrever todas as emoções e alegrias que sentimos durante esta maravilhosa viagem e rogamos a Deus e ao Messias Meishu-Sama para que todos os senhores também possam, em breve, fazer essa peregrinação aos Solos Sagrados e sentir a felicidade que nós sentimos.

Omeu nome é Márcia Irene Francisco, tenho 20 anos e dedico no Johrei Center de Coimbra.Sou natural de Angola e o objetivo da minha famí-

lia é o de me conseguir uma formação superior aqui em Portugal, e, atualmente, estou no meu primeiro ano da universidade.

Sempre fui briosa nos estudos e o que me irrita mais são os obstáculos que acontecem à minha volta e que me impedem de estudar. Vivo desde o primeiro ano em Portugal, com os meus tios, meu primo e minha primita, Deni, de 8 meses. Tenho como tarefa ajudá-los o mais que puder e mais recentemente nos cuidados com a Deni.

Desde o início que se geravam conflitos entre mim e principalmente a minha tia. Ela dizia-me alguma coisa e eu respondia à letra, usando da franqueza, e era o que mais a irritava.

Outra coisa que mexia comigo, era o meu tio apon-tar-me falhas de comportamento que “não eram de mes-siânica”, de acordo com as informações que ele colhia junto ao meu pai que é ministro da Igreja Messiânica em Angola. Eu refletia sobre o que ele me dizia, e até sentia que eram mensagens de antepassados, mas achava que eles é que tinham que mudar.

Quando pedia ajuda aos meus pais, eles acabavam por pender para o lado dos meus tios. Na Igreja, o Minis-tro também me orientou para ceder, ser dócil e fazer o que eles me pediam.

Estava sempre em contacto por redes sociais, com uma amiga minha que vive em Espanha, e quando eu lhe peço ajuda sobre esta situação, ela também dizia a mesma coisa: “Tu precisas ser dócil, e nunca dizer “não” a qualquer coisa que os teus tios te peçam.”

Já sem outra opção, essas “contrariedades” leva-ram-me a mudar de atitude e a praticar o orientado. Deci-

do então ajudar mais os meus familiares e quando tomo essa decisão, reparo que fico mais calma e mais alegre.

Nos meus tempos livres, como vivo perto da facul-dade, regressava a casa e passei a ajudar nos cuidados com a minha prima. Passei a fazer as tarefas domésticas com sentimento de gratidão por eles cuidarem de mim, o que melhorou o ambiente da casa. À medida que o tempo passava, senti que era com eles que tinha de estar e que eu não estava a entender que eu é que precisava mudar! Percebi que tudo começou a mudar quando eu passei a ser obediente às orientações, e retomei práticas que estavam esquecidas.

Decidi comunicar aos meus tios que iria participar do Culto do Paraíso Terrestre na Sede e ainda comunicar a grande decisão, que entretanto tinha tomado: arranjar um emprego e alugar um quarto. Para grande espanto meu, o meu tio disse que entendia perfeitamente, e que isso só mostrava que estou a ganhar maturidade e res-ponsabilidade.

Ao sentir o apoio da minha família em relação à gran-de decisão que tomei, senti-me muito mais feliz e percebi que essa felicidade finalmente tinha chegado aos meus Antepassados e que a minha família é muito importante na minha vida.

Poucos dias depois, e após a participação na ativi-dade da visita Missionária do Presidente Ministro Carlos Eduardo Luciow ao Johrei Center de Coimbra, recebo com muita surpresa, um telefonema para uma entrevista de emprego e, para minha felicidade, neste momento, já estou a trabalhar!

Nestes últimos dias, estou a viver a melhor fase da minha vida. Todos os problemas que passei parecem tão insignificantes diante da felicidade que estou a sentir!

Tudo isto permitiu-me concluir, que eu sou a chave para a resolução de todos os meus obstáculos e pro-blemas; que para os resolver, basta mudar a maneira de pensar e agir, e estar convicta das decisões e compro-missos que assumimos com Deus e Meishu-Sama.

Como forma de agradecimento de toda esta apren-dizagem, já fiz o donativo integral do meu primeiro salá-rio.

Agradeço a Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos Senhores Antepassados pelas grandes graças recebi-das, e a todas as pessoas que me acompanharam neste processo, à minha família, ao Min. Jorge, à D. Alcinda, à Cátia e aos membros e frequentadores.

Muito Obrigada!

“Para resolver os meus problemas, basta mudar a maneira de agir e estar convicta dos compromissos que assumimos com Meishu-Sama.”

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experiência de fÉ

me relembrar de uma outra experiência que foi transmitida pelo nosso saudoso Presidente Mundial Reverendíssimo Watanabe, no Culto dos Antepassados, no ano de 2008. Eu gosta-ria de reler essa maravilhosa experiência, creio que muitos já devem ter esquecido, como eu. Relata factos de como nós precisamos lidar com a purificação. A importância que a purifi-cação tem nas nossas vidas.

Ele diz assim: “Outro dia, lá no Japão, veio um jovem casal pedir-me orientação. Eles têm três filhos pequenos, sendo que o caçula de quatro anos, vinha sofrendo com eczema, há mais de um ano! No começo, eram poucas fe-ridas mas, pouco a pouco, foram-se agravando cada vez mais e, ultimamente, ele vive acama-do, sem conseguir andar. Como eles são jo-vens, bem dedicados, além de ministrar Johrei no filho, vinham sempre fazendo a Prática do Sonen e a servir com o donativo, procurando encaminhar outras pessoas, mas não havia me-lhoras visíveis na purificação do filho.” Muitas das vezes, em situações assim, a pessoa pen-sa: “vou dedicar, vou fazer a limpeza na casa de banho”, mas o Sonen é de melhorar a situação. “Ah, vou fazer o donativo, vou fazer até com um valor expressivo”, mas o sentimento é de me-lhorar a situação, ver-se livre dela. Precisamos verificar, no íntimo, o nosso Sonen.

“Nesse dia, eles me perguntaram: “Reve-rendíssimo, será que esta purificação do nosso filho ainda vai demorar muito tempo?” Natural

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Experiência de Fé de Márcia Irene Francisco

Despeço-me com um forte abraço a todos e ao regressar a Portugal espero voltar a encon-trá-los felizes no cumprimento das vossas mis-sões.

Sinceramente,Ministro Carlos Eduardo Luciow”(Palmas)No próximo mês, se Deus quiser, já tere-

mos a presença do nosso querido Presidente e vamos fazer uma grande festa para recebê-lo, está bem? (Palmas) Já são dois meses sem a presença dele!

Quem está aqui hoje pela primeira vez, pode levantar a mão? Ah, uma senhora de França! Chama-se Alice! Seja muito bem-vin-da! (Palmas) Depois, querendo receber algumas informações sobre a nossa doutrina, o Min. Ro-drigo está responsável por atender as pessoas de primeira vez.

Como é já de praxe, nós estamos a receber pessoas oriundas de várias partes do nosso país: Lisboa, Amadora, Sintra, Coimbra, Avei-ro, Lixa e logicamente da região do Porto e de Gaia. Sejam todos bem-vindos! (Palmas)

Eu vejo que temos também visitas do exte-rior, além da D. Alice de França, temos a nossa querida membro Andrea, que saiu de Portugal juntamente com o seu namorado e que vivem há algum tempo em Angola. Sejam bem-vin-dos! (Palmas)

Muito obrigado e muitos parabéns Márcia pela maravilhosa experiência de fé! O que os

senhores acharam? Muito interessante, não é? (Sim) Quando comecei a ouvir, num determina-do momento, fiquei até a pensar: “Puxa vida, o Min. Jorge armou um cerco bonito! Ligou para Angola, ligou para a missionária amiga dela “olha, vamos falar a mesma coisa” (Risos) Dá até para pensar isso, não é mesmo? (Sim) Inte-ressante. Fala com um: “Ah, tem que ser dócil. Tem que obedecer aos tios.” Aí fala com o ou-tro… a mesma coisa.

Isso fez-me lembrar de uma antiga orien-tação do nosso saudoso Presidente Revmo. Watanabe “Ouvir a voz dos antepassados através dos nossos familiares.” Muitas vezes desprezamos essas mensagens, essas comu-nicações e ficamos presos ao nosso ego. “Pela lógica humana eu não estou a conseguir estu-dar!”. Não é assim? (Sim) E acabamos desperdi-çando oportunidades maravilhosas.

Mas, o ponto crucial, realmente, foi a deci-são que ela tomou. Quando ela decidiu praticar as orientações, as coisas começaram a abrir naturalmente, de uma forma muito suave.

Esta experiência tem muita ligação com o Ensinamento que acabámos de ouvir, que fala sobre a purificação. Como nós todos estamos a receber a divina purificação dada por Deus? Qual é a nossa atitude, o nosso pensamento, mediante as palavras do nosso Líder Espiritual Kyoshu-Sama, que ouvimos no mês passado sobre a importância do nosso Sonen, o poder do pensamento daqui por diante? Consegui-ram colocar em prática? Através do Johrei, através das Dedicações, na Agricultura Natu-ral, … Conseguiram fazer diferente? Isso é uma tarefa, ok! (Risos) Nós precisamos começar a fazer.

Esta experiência e o Ensinamento fizeram-

Ofertório de gratidão pela representante dos participantes, Sra. Irene Afonso Ribeiro Sacramento

também se aplica às outras atividades, por isso é importante trabalharmos nesses momentos difíceis. Mas também não é para “resolver pro-blema”, mas sim para, a partir dali, realmente, se tornar um instrumento, um exemplo de difu-são dessa Coluna tão importante.

“Além disso tudo, com a Prática do Sonen, passei a dar mais importância aos nossos ante-passados, sentindo que eles vivem junto con-nosco pois antes eu só lembrava deles em dias especiais”. Ou seja, em dias de Culto, anuais, 1º de Novembro ou dia do aniversário de fale-cimento.

Através dos dois Ensinamentos básicos do Messias Meishu-Sama: “Todos temos uma Partícula Divina dentro de nós.” e “Cada um de nós é a soma de milhares de antepassa-dos.” a qualquer instante, podemos estar sem-pre ligados na existência, reconhecendo a ma-nifestação deles e realizando esse trabalho de encaminhamento.

“E como entendi que os antepassados es-tão a ser salvos através do meu filho, já não fico ansiosa para que esta purificação termine logo, mas sim, que possa durar o tempo que for necessário, de acordo com a Vontade Divina”. Imaginem uma mãe ter esse tipo de sentimen-to… A ansiedade de querer ver logo o filho sair daquele problema e chegar a este ponto de en-trega total a Deus!

“Também nunca agradeci a Deus com tan-to sentimento como hoje. Realmente estou a sentir gratidão do fundo do meu coração, pois agora eu sinto que somos muito amados por Deus.” No final ela ainda falou bem claro “Hoje, Reverendíssimo, fico até arrepiada só de pen-sar como eu estaria se meu filho não tivesse tido esta purificação.”

Aí o Reverendíssimo respondeu “Meus pa-rabéns! Que bom que você está a pensar as-sim. Estou muito feliz por você ter conseguido descobrir tantos presentes de Deus, que Deus tinha preparado para todos vocês. E quando vocês conseguirem apanhar todos os presen-tes de Deus, quem sabe, a própria purificação possa mudar seu aspecto.” Maravilhosa experi-ência, não é? (Sim) (Palmas)

Que todos tenham um bom mês e boas fé-rias!

Muito obrigado e boa missão!

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uma vez e pronto. Mas agora eu leio várias ve-zes as suas palestras e descobri muitas coisas importantes. Graças a essa purificação meus filhos mais velhos passaram a cuidar do seu irmãozinho com mais carinho e começaram a se preocupar até com as outras pessoas. Coi-sa que não faziam tanto assim. E até o caçula, mesmo cheio de feridas, se alguém estiver a passar mal perto dele, ele estende a mão, mes-mo com dificuldade, e ministra Johrei.” Vejam como é maravilhoso! Uma família com um pro-blema desses, começar a preocupar-se com o problema dos outros, graças à purificação!

“E eu, como ministro nele cinco a seis horas de Johrei por dia, coçando as suas costas para ele dormir, ganhei uma paciência que não tinha, tornando-me mais tolerante com as outras pes-soas.” Não há “curso” para ser paciente! Ou existe? A formação é essa… esse é o “curso”. Mas muitas das vezes não queremos fazer esse “curso”, participar dessa formação! Mas muitas vezes admiramos uma pessoa paciente.

“Graças a essa purificação de meu filho, nós começámos a preocupar-nos com os alimen-tos, passando a usar mais produtos naturais.” Lendo também essa parte, já ouvi várias pesso-as falarem “Ah não! Pode comer qualquer coisa que depois recebe Johrei e limpa tudo”. Nunca ouviram isso? (Sim) Porque é que é Coluna de Salvação a Agricultura/Alimentação Natural? Essa orientação sobre o poder do pensamento

esta pergunta, não é? (Sim) Aí veio a resposta. A resposta que esperamos no nosso conceito humano, dessa herança que trazemos dos nos-sos antepassados, é a “solução do problema”. Vamos ouvir a resposta do Revmo Watanabe: “Na verdade, eu não sei quanto tempo vai du-rar. Se fosse para purificar só o menino, talvez pudesse resolver em poucos meses. Mas como está a redimir as máculas de muitos antepassa-dos e também está a servir na evolução espiri-tual de seus familiares, não sei se vai durar um ano, três anos, cinco anos, ou mais. Eu entendo muito bem como vocês sofrem com essa puri-ficação. Não conseguem dormir direito à noite, nem conseguem dar atenção aos outros fami-liares. Sempre vivem amarrados, presos, nessa purificação. É muito doloroso, não é mesmo?

Mas Kyoshu-Sama orientou uma coisa que acho que será muito útil a vocês. Ele disse que quando Deus nos faz experimentar uma situa-ção de destruição, Ele está nos treinando para que reconheçamos a Obra de construção que ele está a realizar ali, naquele momento. Por isso, eu acho, por detrás dessa purificação há muitos presentes de Deus, que Deus já prepa-rou e que vocês ainda não conseguiram desco-brir.

Vocês já perceberam todos os pontos nega-tivos dessa purificação, não é mesmo? Por isso hoje quero pedir uma coisa a vocês. Procurem descobrir quais são os pontos positivos, as coi-

sas boas que essa purificação está a trazer para vocês. E cada vez que descobrirem um ponto positivo, quero que agradeçam de coração por essa manifestação do amor de Deus.

Depois de três meses, a mãe do menino ligou-me e logo perguntei: “Como está o seu filho?” Aí ela respondeu: “Reverendíssimo, ele ainda está a purificar mas eu só estou a ligar para agradecer pela sua orientação porque eu consegui realmente descobrir muitos pontos positivos através desta purificação”. “Ah, é? En-tão, por favor, diga-me o que você descobriu.” E ela respondeu, mais uma vez: “Pensando bem, nunca ministrei tanto Johrei como hoje estou a ministrar e ministrando assim, consegui perce-ber o verdadeiro valor do Johrei que Meishu-Sama nos deu. E também, consegui ler bastan-tes Ensinamentos do Messias Meishu-Sama e por isso consegui entender muitas coisas que antes não entendia.”

Eu até hoje, tenho coisas que realmente fi-caram marcadas, coisas de há muitos anos, de quando iniciei, mas porquê? Porque quando eu estava em purificação, com um problema de saúde, eu lia Ensinamentos de Meishu-Sama do livro “Outra Face da Doença” (que hoje es-tão no Alicerce do Paraíso), falando sobre todo o processo da purificação. Vivenciar a purifica-ção, lendo as palavras de Deus, é fantástico!

Ela continua: “E sobre as orientações de Kyoshu-Sama, antes eu não estudava, só lia

Entre os dias 24 de Julho e 8 de Agosto, reali-zou-se a Caravana aos Solos Sagrados do Japão e Tailândia.

Participaram nesta viagem 14 caravanistas de Portugal, 11 de Itália, 7 de Espanha, 7 do Rei-no Unido e 1 da Suíça. Foram no total 40 carava-nistas que pela primeira vez tiveram a oportuni-dade única de visitarem quatro Solos Sagrados

- Atami, Quioto, Hakone (Japão) e Saraburi (Tai-lândia) e de participarem em dois Cultos Espe-ciais pela Salvação dos Antepassados na mesma peregrinação.

Momentos inesquecíveis marcaram esta via-gem. Apresentamos, de seguida, um breve resu-mo fotográfico e as impressões dos participantes de Portugal nessa maravilhosa peregrinação.

Caravana aos Solos Sagrados do Japão e Tailândia

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Monte Nokoguiri

Mitamigaki no Monte Nokoguiri Mitamamigaki no Altar do Solo Sagrado de Atami

Oração no Santo Sepulcro

Solo Sagrado de Quioto

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“Sentimos o amor de Meishu-Sama nos quatro Solos Sagrados. A dedica-ção sincera dos Reverendos, Ministros e Membros, que nos receberam com muito Makoto, despertando em nós o desejo de servir com mais empenho na difusão e expansão da Obra Divina na Europa!”

“Estou a orar com muito fervor a Deus e Meishu-Sama para que todos os messiâ-nicos, especialmente os de Portugal, ganhem a permissão de peregrinar aos Solos Sagrados. Receber Johrei de Kyoshu-Sama, poder olhar nos seus olhos, apertar a sua mão, dizer que vim de Portugal! Meu Deus! Que emoção! Que privilégio! Que alegria! Palavras que definam com exatidão não existem! Pisar solo que Meishu-Sama pisou! Tocar objetos que Meishu-Sama usou! Abraçar pessoas que dedicaram a seu lado! É divino, é paraíso que fica gravado e vivo em nossas Almas!”

“Recebi de Deus e Meishu-Sama um maravilhoso presente. Quando “o” abri, senti-me envolvida em sentimentos que brotavam do meu interior. As palavras não sur-gem com facilidade para transmitir e agradecer esta grande permissão.”

“Senti o toque de Deus nos meus sentimentos mais profundos. Não é possível des-crever o amor que recebemos das pessoas e toda atmosfera e sintonia que vivemos. É um novo estágio de fé fundamental para o crescimento de qualquer messiânico.”

“Oportunidade única para agradecer junto com os meus antepassados a permissão de fazer parte da maravilhosa obra de Meishu-Sama. Não há palavras que possam descrever o que senti.”

“É impossível exprimir por palavras as sensações e emoções que sentimos ao peregri-nar aos Solos Sagrados. Dentro das inúmeras experiências que vivi, destaco a seguin-te: Não tinha qualquer expectativa em relação ao Solo Sagrado da Tailândia, uma vez que já tínhamos ido ao Japão e estes seriam mais importantes. No entanto, mesmo sem entender a língua, foram os Cultos mais fortes e emocionantes que vivi até hoje.”

Min. Cecília Pinto da Silva Rodrigues e David Augusto Rodrigues – Amadora e Sintra

Prof. Maria Helena da Silva Gonçalves Rodrigues - Lisboa

Dulce Helena Barros Martins - Lisboa

Vanessa Silva Lopes - Lisboa

Edite Castro Rio Robeiro Moreira - Porto

Maria da Graça Rodrigues da Cunha - Porto

Local de Nascimento de Meishu-Sama

Solo Sagrado de Saraburi - Tailândia

Aula com Rev. Nakai

Foto dos Caavanistas do Exterior com Kyoshu-Sama

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“Vim encontrar na Peregrinação aos Solos Sagrados do Japão e Tailândia o apri-moramento que procurava junto do Messias Meishu-Sama. Confirmei com o meu coração que este aprimoramento foi essencial para a minha evolução espiritual.”

“Só é possível sentir e apreciar a grandiosa obra do Messias Meishu-Sama com a peregrinação aos Solos Sagrados. O esforço, a dedicação, as purificações antes da viagem são ultrapassadas e o resultado é inesquecível. Reforcei dentro de mim o sentimento de ser um instrumento útil à Obra Divina, desejando ser utilizado pelo Messias Meishu-Sama na construção do Paraíso Terrestre, mais concretamente na Difusão e Expansão na Europa!”

Foi a primeira vez que fui a um Solo Sagrado e foi uma experiência maravilhosa e ines-quecível! Sinto-me renovado, feliz e grato! Esta peregrinação veio sem dúvida alicerçar a minha Fé e com um desejo reforçado de ser mais útil na Grandiosa Obra Divina. Sol do Oriente. Permissão. Amor. Paixão. Sentimento. Purificação. Meishu-Sama me Salva!

“Ao visitar os 4 Solos Sagrados, senti em todos a presença de Meishu-Sama através de uma grande emoção e felicidade. Ver a sua obra grandiosa fez-me sentir grata e compreender todos os Ensinamentos sobre os Solos Sagrados escritos por Meishu-Sama e Nidai-Sama. Senti-me mais perto de Deus e todos os pedidos de nova mis-são e pontos a trabalhar que fui pedindo, vinham automaticamente em resposta. Senti nos sepulcros um amor fraternal muito forte de Meishu-Sama e de Nidai-Sama que perdoa, ensina e guia no caminho da Salvação, nunca nos deixando sozinhos.”

“Estamos na Era da Luz... sim na Era da Luz preconizada por Meishu-Sama. Aperce-bemo-nos desta verdadeira realidade, quando nos predispomos a sair de nossa roti-na diária para a apreciarmos de fora. Peregrinar aos Solos Sagrados, permite, no sítio ideal, mergulhar a fundo, naquela viagem interior, banhando-nos na Luz que nos vai fazer despertar. Não há palavras para definir... É preciso sentir... O Mundo Espiritual

conta connosco! Vamos embora... meter mãos à Obra!”

Maria Clara Tribuzi Correia de Melo - PortoLopo José Vieira Rego – Vila Real

Joaquim António Marques Patacas – Amadora e Sintra

Liliana Sofia Reis Jacinto Coelho - Lisboa

Maria Leonor Pinto de Mesquita - Amarante

“Primeiramente quero agradecer a Deus e a Meishu-Sama a enorme permissão que tive em fazer parte desta magnífica caravana. Após 3 meses de receber o meu Ohikari tinha receio em fazê-la pois não conhecia ninguém. Mas no fim, com tantas dedicações e passeios turísticos tornámo-nos num grupo muito unido. Partilhámos muitas lágrimas, sorrisos, abraços e purificações. Não existem pa-lavras para descrever a nossa união em toda esta aventura. Fomos muito, mas mesmo muito bem recebidos por todo lado por que passámos. Desde todos os Solos Sagrados, aos hotéis em que ficamos hospedados, por todas as caravanas que se cruzaram connosco, e por todos os membros do Japão à Tailândia. Obrigada a todos os cara-vanistas por todo o Amor e carinho partilhado e aos Ministros responsáveis que nos acompanharam. Um bem-haja a todos!”

“Ter a permissão e o privilégio de vir aos Solos Sagrados é algo tão grandioso e profundo que é difícil transmitir. Vir cá, agradecer e orar pelos nossos antepassa-dos, por nós, pela nossa família, amigos, conhecidos e por toda a Humanidade é uma emoção tão grande que as lágrimas nos correm pela cara sem percebermos o porquê… O sorriso e o calor com que os membros nos receberam foram inexpli-cáveis e a ligação de "família" que criamos com quem nos acompanhou durante a caravana é indescritível! O poder estar nos sítios que Meishu-Sama esteve, poder conhecer Kyoshu-Sama, o Reverendíssimo Nakai, que dedicou ao lado de Meishu-Sama e ouvir, pela sua própria voz, como é que Ele era, o que fazia, como reagia, foi algo que nunca pen-sei que vivesse algum dia. Ter consciência de que somos tão "pequeninos" neste mundo, mas que todos temos uma missão gigante pela vida fora e que podemos mesmo contribuir para o bem-estar e felicidade de quem nos rodeia. Foi, sem dúvida, a melhor viagem (interior e exterior) que fiz até hoje!”

Sandra Micaela Costa Rato – Margem Sul Sofia Miguel Gomes Bernardino – Amadora e Sintra

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Johrei Center Coimbra Rua do Brasil, 222 D, R/c Esq. 3030-775 Coimbra 239 482 637 Min. Jorge Manuel Azevedo [email protected] 320 563De 2ª feira a 6ª feira das 10h às 19h - Sábado das 12 às 19h

Núcleo vila Real Rua Miguel Torga, 42 - 2º Dto, Frente 5000-524 Vila Real 912 201 419 Min. José Araújo Rego [email protected]ª feira das 16h às 19h

Núcleo AmaranteRua de Freitas - Edif. do Salto 3 Bloco 5 - 3º Esq. - São Gonçalo

4600-081 Amarante912 201 419 Min. José Araújo Rego

[email protected] 286 843 Sra. Mª. Leonor Mesquita5ª feira das 16h às 20h

Núcleo Lixa Largo do Terreiro - Edif. Mesquita, 72 4615-688 Lixa 912 201 419 Min. José Araújo Rego [email protected] 224 981 Sra. Paula Leite3ª feira das 16h às 20h

Núcleo Oliveira do bairro Rua Cândido dos Reis, 86 - 2º Esq. - T23770-209

Oliveira do Bairro912 201 419 Min. José Araújo Rego

[email protected] 136 936 Sra. Mª. de Jesus Afonso

Sábado das 14h às 16h30

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A FORMAÇÃO DO PARAISO NO LAR

Em entrevista à revista IZUNOME (Japão), o Revmo. Tetsuo Watanabe foi questionado sobre quais seriam os alicerces para edificar, em cada lar, um protótipo

do Paraíso. Esta é a primeira parte das orientações que ele concedeu.

O Paraíso Terrestre será construído paralelamente à formação do paraíso no lar

1ª Parte

O lar é um local muito importante para nós, e acredito que o Paraíso Terres-

tre, que é nosso ideal, será construído pa-ralelamente à formação do paraíso no lar, que, por sua vez, é uma comunidade.

A religião é o caminho pelo qual apren-demos a forma correcta de vivermos cen-tralizados em Deus, o que nos leva à ver-

dadeira felicidade. Portanto, se praticar-mos os Ensinamentos de Meishu-Sama em nossos lares, creio que cada família encontrará a chave da felicidade e, quan-do chegar o momento certo, terá a per-missão de formar o paraíso no lar.

Desejando ser útil nesse caminho a ser trilhado por cada família, gostaria de rever

e de repensar, aqui na revista Izunome, so-bre o que é o lar de acordo com o dese-jo de Meishu-Sama, tema que continuarei tratando ainda nas próximas edições.

Desejando ser útil nesse caminho a ser trilhado por cada família, gostaria de rever e de repensar, aqui na revista Izunome, so-bre o que é o lar de acordo com o dese-jo de Meishu-Sama, tema que continuarei tratando ainda nas próximas edições.

 A deStruIçãO dO lAr

e A deSeSperAnçA e SOlIdãO dOS jOvenS

Por intermédio dos mais variados meios de comunicação, ficamos sabendo que, atualmente, a situação dos lares em geral não é das melhores. O número de fa-mílias que têm que lidar com a separação de casais, com a violência doméstica e outros problemas vem aumentando.

O crescimento da delinquência juvenil, naturalmente, também é preocupante. En-tretanto, mais do que isso, preocupa-nos o perfil dos jovens contemporâneos. De modo geral, eles têm pouca resistência fí-sica, pouca vontade, pouca perseverança e falta-lhes capacidade de raciocínio e de ação. Eles não têm muita esperança em relação ao futuro, não têm ambição em se realizar nem nos estudos, nem nos seus relacionamentos com outras pessoas ou mesmo na sociedade.

Acredito que a pesquisa realizada pelo UNICEF com adolescentes na faixa dos 15 anos de países desenvolvidos refle-te a mesma realidade. A percentagem de adolescentes do Japão que responderam que “se sentem só” foi bastante alta se comparada com outros países. Mesmo na Islândia, que veio em segundo lugar, tal percentagem corresponde a um terço da japonesa, e o país que apresentou a per-centagem mais baixa foi a Holanda, que está em primeiro lugar no ranking mundial de felicidade nessa faixa etária.

Basta tomar conhecimento desta pes-quisa para que comecemos a pensar que os jovens e os adolescentes japoneses

são os mais infelizes do mundo. Acredito que, diante de tal resultado, nós, adultos e pais, devemos refletir profundamente sobre a situação atual. A desesperança e a solidão dos adolescentes são sentidas também pelos Antepassados. Se pensar-mos que os pais desses adolescentes também são seus ancestrais, torna-se impossível tentar fugir dessa responsabi-lidade.

Se os jovens, responsáveis pelo futuro do mundo, não têm alegria de viver, como conseguiremos construir o Mundo Ideal?

 nOSSOS FIlhOS

SãO FIlhOS de deuSAntes de falar sobre a alegria de viver,

creio ser necessário reafirmar um ponto: o que significa um filho para os pais?

“O homem vem a este mundo com um corpo físico recebido de seus pais e uma alma provinda de Deus.”

Como nos ensina Nidai-Sama no salmo acima, todas as crianças, que são seres muito importantes, receberam a Partícula Divina. Quanto a isso, Meishu-Sama nos ensina algo muito importante utilizando o “filho pródigo” como exemplo.

“Pode ocorrer o caso de dois irmãos com índoles diferentes: um é incorrigí-vel e malvado; o outro é leal e hones-to. Aparentemente, o primeiro é mau e desonra o nome da família, mas se ob-servarmos com um pensamento Daijo, vemos que é o contrário. Purificando a família e eliminando as máculas dos an-tepassados, sua missão assume maior importância que a do outro. Por essa razão, é dificílimo definir o bem e o mal usando critérios humanos”

(Alicerce do Paraíso – Conheça a Vontade Divina).

 Desta forma, o ser humano vem ao

mundo investido de diversas missões, mesmo que estas não convenham a ter-

Ao fundo, Meishu-Sama e a esposa, Yoshi, a Segunda Líder Espiritual da IMM. Em primeiro plano, da direita para a esquerda, os filhos Mihomaru, Shigueyoshi, Kunihiro, Itsuki (que viria a ser a Terceira Líder Espiritual da Igreja), Miyako e Michiko. A foto foi tirada no Fujimi-Tei (Solar da Contemplação

do Monte Fuji), no Solo Sagrado de Hakone.

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ceiros ou sejam consideradas negativas aos olhos dos pais. Tudo isso é o “amor de Deus”, é a Obra Divina de eliminar as má-culas de nossos Antepassados e de fazer com que não só os pais, mas todos aque-les com quem essa pessoa tem afinidade, despertem. Por essa razão, não se deve tentar eliminar a purificação do filho como se fosse algo incômodo, devemos ser po-sitivos, amar esse filho como alguém que tem uma missão muito importante, aceitar seu sofrimento, compreendê-lo e, ao mes-mo tempo, entregá-lo a Meishu-Sama. Assim, o ato de continuar servindo à Obra Divina torna-se fundamental. Acredito também que o mais importante é acreditar piamente em Deus, que está preparando a salvação que se concretizará durante o desenrolar deste processo.

 CrIAndO uMA CrIAnçA

AMAdA pOr deuSNaturalmente, “prevenir é melhor que

remediar”, e o meio de prevenir que tal purificação ocorra com seu filho é a fé.

Para que os filhos possam viver com ale-gria, como verdadeiros seres humanos, os pais têm a missão de orientá-los e educá-los corretamente como representantes de Deus, uma vez que estes são filhos d’Ele. E tal educação é, nada mais nada menos, que o ensino dado em casa, a disciplina, as boas maneiras. Em japonês, a palavra utilizada para “educação do lar, disciplina, boas maneiras” é Shitsuke, que é tam-bém a palavra utilizada para “alinhavo”, ou seja, a costura em ponto largo feita como preparo para a costura em ponto miúdo que será feita depois. Ou seja, a educação para que, quando o filho se torne indepen-dente, possa continuar trilhando sua vida de maneira correta, voltada para Deus, é aquela transmitida no lar e que correspon-de ao Shitsuke.

Todavia, isso não quer dizer que bas-ta criar nossos filhos como crianças que sabem unir as mãos em veneração diante do altar. Em sua orientação, no Culto de Natalício do ano passado, Kyoshu-Sama nos disse o seguinte:

“Quando escuto a palavra ‘Paraíso’, levanto meu dedo indicador para cima e tendo a imaginar que ele existe em algum lugar muito distante lá no céu”.

Porém, por outro lado, ele nos orientou que, na verdade, o paraíso está dentro de nossos corações.

Sua orientação, ao mesmo tempo, nos permite vislumbrar o local onde Deus se encontra. Em outras palavras, devemos criar nossos filhos para que possam ser capazes de juntar as mãos diante das ou-tras pessoas, as quais também encerram em seu interior a Partícula Divina, ou seja, que possam respeitar a todos e que con-sigam amar. Resumindo, criá-los como pessoas “amadas por Deus”, conforme Meishu-Sama nos ensina.

 A eduCAçãO eSpIrItuAl AnteS dO nASCIMentO, pOr MeIO

dA FOrMAçãO dO pArAíSO dentrO dO próprIO COrAçãO.

Tal educação começa durante o perí-odo de gestação. A educação realizada durante o processo de desenvolvimento do feto é tão importante que se acredita que ela influencia grande parte da vida de uma pessoa. O Johrei nos foi concedido e, por meio dele, conseguimos transmitir de forma direta a luz e o amor de Deus. Meishu-Sama nos ensina que “o método para evitar a delinquência infantil é fa-zer com que o espírito da criança não adquira máculas”

(Alicerce do Paraíso, “O Mau Comportamento dos Filhos”). Sendo assim, junto com a constante

ministração de Johrei no bebê, os pró-prios pais também devem recebê-lo. Além disso, “é necessário que eles (os pais) pensem constantemente no bem e te-nham um comportamento correto, pre-ocupando-se sempre em elevar o pró-prio caráter. Este é o único método efi-ciente; não existe outro” é, pois, muito importante obedecer a este Ensinamento.

Sabemos que a medicina contemporâ-nea se aproxima cada vez mais da compro-vação da capacidade do feto de guardar recordações intra-uterinas. O feto compar-tilha com a mãe todas as experiências vivi-das por ela. Com base neste fato, compre-endemos que os sentimentos da mãe e do feto são um só. Ouvi o seguinte relato de uma parteira muito experiente: “Quando o casal vive brigando, o bebê, que ainda está na barriga da mãe, se suicida enrolando o cordão umbilical no próprio pescoço”.

  Explicando melhor, o feto, dentro do útero, sente tudo o que se passa no mun-do exterior com uma intensidade muito maior do que imaginamos. Para não fazer-mos com que o bebê sinta, já desde antes do nascimento, tanta desesperança, é ne-cessário que lhe ensinemos, por meio da formação do paraíso em nosso próprio co-ração, o seguinte: “O mundo em que você vai nascer é maravilhoso”. Para isso, a mãe, juntamente com o esposo, deve de-leitar-se com a beleza da natureza e com obras de arte, ministrar Johrei na crian-ça que está no ventre, dirigir-lhe palavras belas, cantar-lhe canções e transmitir-lhe constantemente sua própria felicidade.

No “Pássaro Azul” de Maeterlinck, já comentado por mim em outra ocasião, há uma passagem em que as crianças, antes de nascerem, ouviam as canções canta-das por suas mães e diziam que “ouviam de muito, muito longe uma canção de feli-cidade e esperança como que surgida do fundo de um abismo”. Sendo assim, acre-dito que a felicidade da mãe dá felicidade e esperança à criança que está por nascer. Assim, a união da família para o nascimen-to dessa nova vida e o estabelecimento de um ambiente paradisíaco é o primeiro pas-so para a formação do Paraíso no Lar.

 A BASe dA eduCAçãO

Se eStABeleCe Até AOS trêS AnOS de IdAdeMeu pai (o falecido Revmo. Katsuiti Wa-

tanabe, conselheiro da Igreja Messiânica Mundial) me ensinou que “a base da edu-

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Sorriso amplo: característica de uma família feliz

cação se concretiza aos 3 anos de idade”. Sem falar da fase intra-uterina da crian-ça, nós ministrávamos Johrei com maior afinco em nossos filhos até os três anos de idade. Minha esposa ministrava Johrei quando amamentava, quando os carrega-va no colo, quando eles estavam dormin-do; mesmo que acabasse cochilando, ela ministrava Johrei em cada um. Antes que o espírito secundário se instale, é importante educar a criança nos aspec-tos espiritual e material, os quais se torna-rão os alicerces da fé.

Meishu-Sama nos ensina que “na maioria das vezes, [o espírito secundá-rio] é agregado por volta dos 2, 3 anos de idade”. Logo que meus filhos come-çavam a andar e a entender melhor as coisas, eu passava a pedir que me aju-dassem. Por exemplo, quando pedi pela primeira vez “traz o café para mim”, eles derramaram a bebida e sujaram o tapete. Porém, depois de repetir a mesma coisa por três vezes, eles já não derramaram nem uma gota, trazendo tudo direitinho. E quando dizemos “obrigado” a uma criança com um sorriso, quando lhe fazemos um carinho, a pegamos no colo ou damos um beijo, ela se alegra e sorri e começa a es-perar que lhe peçamos algo.

A criança se alegra quando vê os pais, que ela tanto adora, felizes, e quer agradá-los, e aí começa a se oferecer para aju-dar. Quando vejo uma criança assim, não posso deixar de sentir que, na verdade, o ser humano, originariamente, tem em si a vontade de amar o próximo. Podemos tro-car um tapete sujo de café, mas o desejo altruísta de “querer fazer algo pelo pró-ximo”, que fica gravado no inocente cora-ção infantil, é um tesouro sem preço, que dura por toda a vida.

Meishu-Sama também nos ensina o seguinte:

“Enfim, não podemos ‘mimar exa-geradamente’. (...) No amor também há Daijo e Shojo”

(23 de abril de 1950).

 Ou seja, naturalmente, temos que cha-mar a atenção da criança quando ela faz alguma arte ou se comporta mal.

 O sentimento, a mente e o corpo de uma criança pequena são como uma es-ponja e, a começar pela Luz do Johrei, absorve o que é bom e também o que é ruim; resumindo, tudo. O mestre Matsu-bayashi Tenjyo, que foi meu professor de caligrafia, sempre dizia: “Deve-se aprender tudo o que for possível na época em que se pode aprender”, e creio que tal época é o período da tenra infância. E esta é a razão pela qual, durante essa fase, junto com a ministração do johrei, é impor-tante ensinar a diferença entre o bem e o mal, cultivar o sentimento de que a alegria do próximo corresponde à nossa própria alegria.

Como uma criança não entende bem o que dizemos quando ainda é muito pe-quena, se a menosprezarmos, não a con-siderarmos com a seriedade necessária, depois poderemos passar por grandes problemas. A criança vê, escuta e sente muito, mas muito mais do que um adulto imagina. Por isso, temos que ter cuidado – o máximo cuidado! horário da refeição, momento de Confraternização  com to-dos os membros da família.

Um ponto importante da educação no lar é, no momento dos cultos diários, os pais se mostrarem de mãos postas a Deus e aos Antepassados e deixar com que as crianças ouçam as orações. Esta postura é bela e, com certeza, as orações ento-adas ressoarão de maneira agradável no Paraíso que existe dentro da criança. Uma forma de tal “culto” transformar-se em um hábito diário pode ser visto à mesa. Não podemos deixar que a refeição se trans-forme somente em um momento de apla-car a fome. A saborosa comida caseira preparada com verdadeiro sentimento, com o desejo de que “a família possa ser abençoada com saúde”, é essencial. Na-turalmente, a criança ajuda a pôr a mesa. E depois, quando todos estiverem à mesa, a família inteira, de mãos postas, expres-

sa sua gratidão à tamanha bênção: “Muito obrigado, meu Deus, por esse alimento!”.

Quando, durante a refeição, um assun-to faz com que o clima fique mais alegre, a comida fica ainda mais gostosa. Da mes-ma forma, quando estamos preocupados, perdemos o apetite; a alegria abre nosso apetite e, obviamente, a digestão também melhora e nos tornamos mais saudáveis.

Meishu-Sama também, apesar de sua rotina diária tão atarefada, ao fazer as re-feições com a família, mostrava sua faceta de pai, fazia a família rir com suas brinca-deiras e, envolvido num turbilhão de ale-gria, aproveitava esse momento.

Eu acredito piamente que a Luz do Pa-raíso é derramada nos locais onde há riso e alegria. Segundo a famosa lenda japonesa sobre a abertura da porta do Ama-no-Iwa-to, conta-se que realizaram um banquete em frente à caverna, e os deuses riram ao verem o deus Ame-no-Uzume-no-Mikoto fazendo uma dança cômica, caricatural.

Essa alegria fez com que a deusa Ama-terassu saísse para ver o que acontecia e assim o mundo das trevas deu lugar ao mundo de luz.

Se o lar tiver o altar dos Antepassados entronizado, oferecemos a eles a mesma comida que comemos, não é? Isso signi-fica que milhares de Antepassados, jun-to com a família, estão compartilhando a mesma mesa abençoada pela Luz de Deus.

A expressão “sentar à mesma mesa” mostra que compartilhar uma refeição com alegria fortalece o elo entre pais e fi-lhos e aumenta no filho a noção de per-tencer a essa família, de ser parte dela, sendo um momento muito importante. Eu também, quando vivia e dedicava no Rio de Janeiro, apesar da intensa rotina diária me empenhava em fazer as refeições com meus filhos.

 O SentIMentO InFAntIl

é CultIvAdO pOr várIAS peSSOASHoje, meus filhos já estão criados, in-

dependentes, já possuem seus próprios lares e vivem felizes. Eu os considero pes-soas de muita sorte. E digo isso porque, quando eles eram pequenos, nossa casa era um constante entra-e-sai de meus companheiros, também ministros, que es-tavam fazendo difusão, de amigos e de conhecidos. Além disso, havia os que vi-nham passar um tempo em nossa casa. Como eu também fui criado num ambiente semelhante ao dos meus filhos, compre-endo isso perfeitamente.

Ao terem contato não só com a família, mas com pessoas das mais diversas po-sições, ao terem a oportunidade de con-versar com pessoas de outros países, de irem no seu colo, eles conseguem apren-der como estabelecer boas relações com os demais o que, em um lar convencional, fica mais difícil.

Há algum tempo virou moda entre os jovens japoneses a gíria “KY”: eles usa-vam essas duas letras como abreviação das palavras Kuuki (“ar”, em japonês),

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e Yomenai (“não saber ler”), ou seja, a gí-ria se referia àqueles que “não eram ca-pazes de ler o que ia no ar, o clima”, ou seja, “não se tocavam”. Para mim, “o ar”, “o clima”, nesse caso é algo que se ori-gina a partir do sentimento das pessoas, e “sentimento”, em japonês, corresponde também à palavra Kokoro; sendo assim, o “K” de “KY” também pode corresponder a Kokoro.

Aquele que consegue “ler”, perceber o sentimento de outra pessoa é alguém que compreende seu sofrimento ou alegria, o que acaba contribuindo não só para que a própria pessoa encontre a felicidade, mas também para que encaminhe o próximo à felicidade.

Ao considerarmos que tal capacidade é cultiva-da pelo contato com um grande número de pes-soas, começamos a pen-sar que o melhor é que o lar se transforme em um local onde muitas pesso-as se reúnem, um espaço aberto. As crian-ças das famílias japonesas que receberam, há algum tempo, os membros do Brasil e da África que vieram em peregrinação ao Solo Sagrado, tiveram a oportunidade de entrar em contato com outras raças, outras culturas, e tenho certeza que esta foi uma experiência maravilhosa para elas. Quanto maior o número de experiências como esta, mais cresce o universo de sentimentos das crianças e acredito que isso se transforma em alegria de viver.

Além do mais, se os pais permitirem aos filhos vivenciar momentos em que es-tão confraternizando com amigos e conhe-cidos em casa, ocasiões em que as pesso-as vêm conversar e pedir-lhes conselhos, ocasiões em que estão cuidando de outras pessoas para que estas encontrem a feli-cidade, também estão tendo maravilhosas oportunidades de educá-los. E essa at-mosfera levará a criança, sem que a gente perceba, à profunda compreensão da fé.

 pArA A dIFuSãO SeM pAlAvrASBem, enquanto falava, vim revisando,

mais uma vez, as três colunas de salvação, ou seja, o Johrei, a Alimentação Natu-ral e o Belo, essenciais para a elevação do ser humano. Meishu-Sama espera que cada um de nós, membros, se torne um modelo do ser paradisíaco e que nossos lares sejam protótipos do Paraíso. Sem a concretização desses dois modelos, não se pode conceber a concretização do Pa-raíso Terrestre. Nos locais onde são rea-lizadas as práticas zen, sempre há uma placa com a palavra Kankyakka, que,

traduzido literalmente, quer dizer “olhe os pró-prios pés”. Da mesma forma, nós, em primei-ro lugar, devemos estar sempre atentos ao nosso entorno e ao nosso lar, aos nossos próprios pés. A cada dia que passa, apresenta-se diante de nós a necessidade de se cultivar uma fé-modelo

que faça com que qualquer pessoa que nos veja, pense: “Ah... isso é que é felici-dade...”. Para mim, a verdadeira difusão não precisa de muita conversa: acredito que o desejo de deus e o sentimento de Meishu-Sama podem ser transmiti-dos sem nenhuma palavra.

Objetivando o ser paradisíaco, que desperta fascinação em quem quer que o veja, e a concretização do lar paradi-síaco, continuarei me empenhando na “prática do Sonen”, que também pode ser chamada de “confraternização de Deus”, Meishu-Sama e das famílias que vivem juntas com milhares de Antepas-sados. “Uma imagem vale mais que mil palavras”. A difusão, a partir de agora, deve ser baseada nesta frase.

 O presente artigo foi publicado na Revista Izunome (Japão) nº 80, abril/maio de 2009.

continua no próximo boletim