Ensino, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

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Ensino, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2015 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................... ..........................................4 2 COMO E PORQUE SURGIU........................................................... .................4 3 HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA......................................................... ......5 3.1. A escravidão como mão de obra............................................................. .....5 3.1.1 A travessia do atlântico e a chegada dos africanos ao brasil.....................5 3.1.2 Os escravos nos portos brasileiros...................................................... .......5 3.1.3 As revoltas dos negros contra a escravidão...............................................6 3.1.4 A cultura e as religiões dos escravos nas senzalas e quilombos...............6 3.1.5 Religião......................................................... ..............................................6 3.1.6 A vida, os costumes e a cultura pós- liberdade...........................................6 3.2 OS PRECONCEITOS AOS AFRO-BRASILEIROS NOS DIAS DE HOJE...7 4 COMO A DISCIPLINA DEVE SER ABORDADA.......................................8 4.1 Qual o objetivo da lei?............................................................. ......................8 4.1.1 Quais são as dificuldade de aplicação da lei?............................................9 4.1.2 O material didático brasileiro já está de acordo com a lei?........................9 4.1.3 Como exigir a aplicação da lei na escola do seu filho?..............................9

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Trabalho relações étnico raciais no Brasil

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Ensino, Histria e Cultura Afro-Brasileira e Africana

SO JOS DO RIO PRETO2015SUMRIO

1 INTRODUO ................................................................................................4

2 COMO E PORQUE SURGIU............................................................................4

3 HISTRIA E CULTURA AFRICANA...............................................................53.1. A escravido como mo de obra..................................................................5 3.1.1 A travessia do atlntico e a chegada dos africanos ao brasil.....................5 3.1.2 Os escravos nos portos brasileiros.............................................................5 3.1.3 As revoltas dos negros contra a escravido...............................................6 3.1.4 A cultura e as religies dos escravos nas senzalas e quilombos...............6 3.1.5 Religio.......................................................................................................6 3.1.6 A vida, os costumes e a cultura ps-liberdade...........................................6 3.2 OS PRECONCEITOS AOS AFRO-BRASILEIROS NOS DIAS DE HOJE...74 COMO A DISCIPLINA DEVE SER ABORDADA.......................................8 4.1 Qual o objetivo da lei?...................................................................................8 4.1.1 Quais so as dificuldade de aplicao da lei?............................................9 4.1.2 O material didtico brasileiro j est de acordo com a lei?........................9 4.1.3 Como exigir a aplicao da lei na escola do seu filho?..............................9 4.1.4 Como os alunos podem participar?............................................................9 4.1.5 Para vivenciar e aprender.........................................................................104.2 IMPORTNCIA E OBJETIVOS A SEREM ALCANADOS.......................10

5 A CONTRIBUIO DA PSICOLOGIA...........................................................10

6 DEPOIMENTOS.............................................................................................11 6.1 Participante 1...............................................................................................116.1.2 Participante 2............................................................................................11 6.1.3 Participante 3............................................................................................12

7 CONCLUSO ................................................................................................12

8 REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS..............................................................12

9 ANEXOS.........................................................................................................12

1 INTRODUO

Este trabalho tem como objetivomostrar a importancia e a inteno do surgimento da lei 10.639/03, que obriga o ensino da Histria e Cultura Africana e Afro-brasileira. Porque mesmo aps sculos de miscigenao entre as diferentes culturas brasileiras, ainda existe um grande preconceito e uma viso eurocntrica da histria, em que os afrodescendentes so inferiorizados. Ao longo deste relatrio mostraremos a influncia do espao escolar acerca de tal discriminao, assim como qualquer outro espao social. De modo que para alterar esta situao foi aprovada a lei. Pois sabemos o quanto o espao escolar afetado pelo preconceito e as dificuldades dos professores em trabalhar com esses novos temas propostos, porm s assim para tentarmos mudar tal viso, afinal vivemos em um pais em que h uma enorme variedade de diferenas culturais.

2 COMO E PORQUE SURGIU

A Lei 10.639, que foi aprovada em 2003 pelo presidente da poca Luis Incio Lula da Silva, consiste em realizar ensino sobre a Histria e Cultura Afro-Brasileira e Africana, tambm conhecida como Afroeducao, seja obrigatria em todas as escolas do Brasil, do ensino fundamental e mdio, em escolas pblicas e particulares. O objetivo dessa lei promover a educao que reconhece e valoriza a histria e a cultura diversificada dos Afrodescendentes, mostrando seus costumes, msicas, religies, sua ampla culinria de uma forma dinmica que consiga prender os alunos, mostrando-os como heris e no como um povo que foi e rejeitado pela populao. Tambm importante ressaltar que com essa lei, poderia comear a mudar nossa sociedade atual, fazendo com que ela se torne mais igualitria.

Uma pesquisa promovida pelo IBGE/PNAD em 2003 que mostra os nmeros absurdos da desigualdade racial no Brasil segue trecho do artigo.

"O acesso da populao negra educao: Taxa de analfabetismo das pessoas com 15 ou mais anos de idade:16,8%da populao negra /7,1%da populao branca;Adultos que no completaram o ensino fundamental: 75,3%da populao negra /57 %da populao branca; Jovens de 18 a 23 anos que no concluramcursos de nvel mdio:84%da populao negra/ 63%da populao branca; Jovens negros que concluram curso de nvel mdio: 3,3%da populao negra /12,9%da populao branca; 2% dos jovens negros tm acesso universidade. (IBGE, PNAD 2003)"

Depois que essa pesquisa foi realizada, ficou bem visvel a necessidade da implantao da histria e cultura dos negros da educao, com o intuito de contribuir para a melhora do racismo.

A lei trouxe um feriado muito importante para ns brasileiros, o dia Nacional da Conscincia Negra, no dia 20 de Novembro, que na verdade uma singela homenagem a morte do lder quilombola Zumbi dos Palmares, o escravo que lutou por seus direitos at o fim. O feriado serve para mostrar a luta dos negros contra o preconceito racial no Brasil.

Em 2008, a Lei foi alterada para 11.645/08, que consiste em acrescentar nas escolas a Histria e Cultura dos Indgenas. Com a inteno de acabar com todos os tipos de preconceitos raciais. De fato, a implantao dessa lei, muito importante para que a sociedade passe a ser mais justa, igualitria e de certa forma, mais pacfica.

2.1 HISTRIA E CULTURA AFRICANA

Desde o momento em que os portugueses, levados pela escassez de mo de obra no perodo colonial no Brasil, decidiram importar escravos, no tinham conhecimento desumano que seria imposto aos cativos. Por certo, tambm no tinham cincia de que os descendentes desta raa sofrida viveriam, sculos mais tarde, contribuindo para o mundo das artes, esportes, musica poltica, enfim, da vida social brasileira. 3.1. A escravido como mo de obra Aproximadamente na dcada de 1690, as regies de Angola e da Costa da Mina forneceram escravos para o Brasil. Os provenientes da Costa da mina se destinaram em especial a Bahia, enquanto que os que viera da Angola foram localizados na regio do Rio de janeiro. No sculo XIX, foram exportados para o Atlntico, aproximadamente 3,5 milhes de escravos.3.1.1 A travessia do atlntico e a chegada dos africanos ao Brasil A mdia de escravos em cada poro dos navios negreiros eram de 440 pessoas. A viagem durava em mdia 43 dias, caso a viagem partisse do centro sul da frica. Nas partidas de Moambique dobravam os dias da viagem assim como as mortes que podiam chegar a 20%. Nos pores dos navios, a falta de alimentao e o contato muito prximo, uma vez que viajavam amontoados, o calor e a exposio dos corpos aquelas situaes degradantes fizeram com que se disseminassem as doenas. Uma doena mais comum era o escorbuto, contrada pela falta de vitamina C. 3.1.2 Os escravos nos portos brasileirosDepois da incerta e terrvel viagem chegaram os africanos aos portos o Brasil. Eram retirados dos pores e repartidos aos lotes independente de serem da mesma regio, parentes, pais, mes, filhos ou no. No se dava a importncia a estes fatos, era como se eles no tivessem alma, sentimento, amor ou fossem insensveis a dor, aos maus tratos.Desembarcavam quase sem roupas, com apenas com apenas uma faixa de tecido cobrindo uma parte do corpo. Os cabelos e barba eram cortados, determinava-se tomassem um banho, recebiam algumas toscas roupas de tecido grosseiro, para que melhorassem a aparncia e pudessem alcanar um valor maior no mercado.3.1.3 As revoltas dos negros contra a escravido As formas de resistncia no partiam apenas de grandes e programada insurreio de levas de escravos. Na maioria das vezes eram de pequenos grupos ou at mesmo de escravos solitrios que se aventuravam, embrenhados nas matas e no poucas vezes morriam de fome, isso quando no eram resgatados. H de ser considerar que aps a revolta dos escravos em certos lugares, em alguns casos passou a haver um termo de fora dos grupos que se uniam e na calada da noite planejavam revoltas.Nada h vendo mais nada a perder, ameaavam a integridade fsica das famlias dos senhores trazendo-lhes grandes inquietaes. Quando algum escravo tentava uma fuga frustrada, em alguns casos, logo que era capturado por um capito do mato, diante dos castigos que lhes seriam tentavam o suicdio. O banzo era o mais comum deles. Constituam na ingesto de terra, dia aps dia, levando-o a uma morte lenta.Os escravos que conseguiam fugir, quando no eram recapturados, passavam a viver nos quilombos. No incio, apenas aglomerados de palhoa entregues a prpria sorte e sem uma organizao que os protegessem. O que inicialmente representavam apenas um esconderijo de negros que temiam uma captura passou a ser um mundo temido pelos brancos se que por ali se aventurassem.3.1.4 A cultura e as religies dos escravos nas senzalas e quilombos Sobre a cultura dos escravos a arte de cantar e danar fez parte de uma alma sofrida. Outra dana muito apreciada era o batuque, batidas de tambores e demais primitivos instrumentos de percusso que acompanham as danas.O Jango era uma dana apreciada pelos cativos em virtude do grande nmero de participantes, alm de ser uma exibio de talentos individuais de cada um.Outra cultura trazida pelos escravos foi a capoeira, que misturava luta, dana, cultura popular e musica. Desenvolvida no Brasil, caracterizada por golpes e movimentos geis e complexos, utilizando os ps, as mos, cabea, os joelhos, cotovelos, e algumas vezes, golpes deferidos com bastes ou faces.3.1.5 Religio A religio tem presena marcante na cultura africana. As religies foram transformadas, ritos e crenas de alguns povos se misturaram a outras. Houve uma disseminao dos calunduzeiros que eram pessoas que reverenciavam os espritos com capacidade de proteger e de orientar aos que eles recorriam. Os mais conhecidos e de comprovada fora justo aos espritos, eram procurados at por brancos, senhores de escravos. Todos que tinham j esgotado os recursos da medicina viam nos calundezeiros a ltima esperana para seus males.3.1.6 A vida, os costumes e a cultura ps-liberdade.Toda a histria do Brasil que se conhece, com raras excees, ainda no aprofundado na trajetria a raa em nosso pais. A decantao abolio da escravatura no conseguiu livrar os negros da discriminao racial e suas consequncias, tais como, a excluso e a misria. A discriminao de aspectos cruis e efeitos inimaginveis emergiram aps treze de maio. A opresso continuou durante vrias dcadas. O abandono intelectual e econmico aos negros recm-libertados foi um ponto crucial para o aparecimento das favelas, das subculturas, da pobreza trazendo a eles o desencanto com a liberdade. A inquietao com relao as senzalas se perpetuaram no que se refere a favela. A abolio foi decretada no Brasil sem que se preparasse para ela. As consequncias foram inevitveis. Os resultados decepcionaram os que lutavam para ela se concretizar. Mesmo os abolicionistas j no acreditavam no sucesso daquele ato. A lei no previa nada que trouxesse aos escravos libertos, uma garantia que lhes garantisse algum direito adicional. Muitos negros continuaram na condio de escravo, no por no entender aquela situao, mas por falta de opo.3.2 OS PRECONCEITOS AOS AFRO-BRASILEIROS NOS DIAS DE HOJEExiste um questionamento frequente sobre o preconceito contra os negros no mundo. Em especial, no Brasil constata-se que, por ter sido seu trabalho a fora motriz que impulsionou o progresso das classes dominantes sculos atrs, foi o que deu a eles esta situao de desigualdade diante dos brancos. As disparidades so evidentes no aspecto social e aliadas a esta desproporcionalidade convive-se com o preconceito.Nas novelas e filmes ainda causa espanto uma atriz branca viver um papel em que mantm um relacionamento mais intimo com um ator negro. Certa vez, Oda Gonalves, esposa do ator Milton Gonalves que de descendncia afra, disse, em tom de desabafo, que gostaria de ver seu marido no se limitar a papis de escravos ou bandido, mas sim beijando alguma atriz loura da novela das oito. Os papis desempenhados pelos negros nas novelas, na maioria das vezes so de bandidos ou de empregados em funes humildes.O nmero de pessoas brancas bem sucedidas suplanta enormemente o nmero de pessoas negras. No seria uma situao anormal se no fosse a mentalidade repleta de ironia de que as coisas feitas pelos negros so mal feitas, ou ento quando se refere a um negro como pessoa de bom carter, fala-se: um negro da alma branca. numa declarao de que o negro para ser bom tem de ter, necessariamente, alguma coisa branca. So coisas ditas quase sempre sem maldade, mas que demonstram um preconceito enrustido em cada um. comum dizer-se que os prprios descendentes afro-brasileiros se discriminam entre si. uma afirmao equivocada. Esta surgiu depois do conceito de branqueamento da populao onde se apregoava que apenas as pessoas brancas seriam portadoras de uma inteligncia apurada. Mesmo simbolicamente cogitou-se este branqueamento visando a eliminar o material gentico que denunciava a presena de negros no Brasil. O racismo, o terrvel preconceito racial, marca profundamente um ser humano que se identifica com um pas no qual os negros lutam pela sobrevivncia.

4 COMO A DISCIPLINA DEVE SER ABORDADAAHistria do Brasilfinalmente incluiu a histria de nossasnegras razesno currculo escolar. Sem deixar para trs, claro, aorigem portuguesa e a indgena, o contedo tem de abordar a vinda involuntria dos africanos. A partir da sano dessa lei, as instituies de ensino brasileiras passaram a ter de programar oensino da cultura africana, da luta do povo negro no pas e de toda ahistria afro-brasileiranas reas social, econmica e poltica. O contedo deve ser ministrado nas aulas de histria e, claro, em todo o currculo escolar, como nas disciplinas de artes plsticas, literatura e msica. E isso em TODAS as escolas de Ensino Fundamental e Mdio das redes pblica e privada. Dentre as aes histricas que iro incluir a histria do negro no contexto brasileiro deve-se considerar: A histria da frica e dos africanos, as lutas do negro no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formao da sociedade brasileira. importante descontruir os esteretipos histricos criados pelos europeus sobre o continente africano, de que o negro era escravo e brbaro. Ressaltar que tudo que no fizesse parte da cultura, da sociedade, da religio e do estado era considera primitiva.4.1 Qual o objetivo da leiPara qualquer pessoa se afirmar como ser humano ela tem de conhecer um pouco da sua identidade, das suas origens, da sua histria. No Brasil, os afro-brasileiros representam 51% da populao, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (IPEA) de 2009. A inteno da lei contribuir para a superao dos preconceitos e atitudes discriminatrias por meio de prticas pedaggicas de qualidade, que incluam o estudo da influncia africana na cultura nacional.4.1.1 Quais so as dificuldade de aplicao da lei?A no adequao lei est relacionada, basicamente, a trs fatores: despreparo e desconhecimento dos professores com relao ao tema; pouco material de estudos produzido sobre a histria e cultura dos afro-brasileiros no Brasil; preconceito de algumas instituies. Para facilitar a implementao da lei o Ministrio da Educao (MEC) est criando polticas eprogramas voltados para aes de reconhecimento e valorizao da diversidade sociocultural.4.1.2 O material didtico brasileiro j est de acordo com a lei?Os livros didticos, no Brasil, ainda no tm uma orientao que realmente contemple as razes africanas do pas. A professora de lngua portuguesa Dbora Ado, da Escola Estadual Vila Ursolina, de So Paulo, concorda: "Alguns livros at mencionam piadas preconceituosas. Mas possvel encontrar materiais didticos de qualidade e aproveit-los em benefcio dos alunos. Os contedos sobre cultura e histria afro-brasileira de alguns livros so bons, mas servem apenas como pontos de apoio. Os alunos aprendem muito com atividades que vo alm do contedo dos livros. A msica uma tima forma de memorizar contedo, passando cantos afro-brasileiros e indgenas para os alunos. Os gestores de ensino nas escolas devem incentivar pais e professores a discutir as bases curriculares dos projetos pedaggicos das escolas levando em conta as temticas previstas pela lei.4.1.3 Como exigir a aplicao da lei na escola do seu filho do BrasilUma forma de exigir que a lei seja cumprida participar do Conselho Escolar - a representao dos pais nesse espao garantida pela legislao Educacional do Brasil - e elaborar, junto com os professores e gestores de ensino, o projeto pedaggico da escola. 4.1.4 Como os alunos podem participar?No processo de aprendizado, vale pedir para os alunos trazerem suas dvidas sobre as diferenas tnicas e culturais que os cercam. As perguntas podem ser elaboradas com os pais, em casa, e trazidas para a sala de aula depois. Nos colgios h muitos alunos negros e, por isso, a inteno fazer com que os preconceitos com relao s diferenas sejam derrubados atravs de estudos, de pesquisas, da convivncia e do respeito.

4.1.5 Para vivenciar e aprenderExperincias fora da sala de aula so formas diferentes de abordar a cultura e histria afro-brasileira. Como o Museu Afro Brasil e o Museu da Lngua Portuguesa.

4.2 IMPORTNCIA E OBJETIVOS A SEREM ALCANADOS

Levar a reflexo sobre a discriminao racial; Mudar a mentalidade preconceituosa; Superar a desigualdade Social; Despertar o interesse em investigar, descobrir e buscar quais so as formas de superao e discriminao, de reconhecer as diferenas para, a partir da construir identidades e ento efetivar uma igualdade, tanto de condies, como de direitos e deveres. Pois, ao buscar entender essas diferenas o aluno consegue ser capaz de sistematizar, interpretar e visualizar perspectivas de uma historia ampliando seu senso crtico frente s representaes e conceitos que lhes so transmitidos historicamente acerca dos povos constituintes deste pas, entre estes os africanos e indgenas, que com seu conhecimento, tanto tecnolgico, como intelectual e cultural, imprimiram uma autenticidade na forma de ser dos brasileiros.

5 A CONTRIBUIO DA PSICOLOGIA

A escola um dos principais lugares de construo da identidade e de valores de vrias crianas e jovens, que geralmente se moldam de acordo com a sociedade. Se a "Afro educao'' estivesse presente em todas elas, a sociedade atual poderia ser menos racista, porm estudos comprovam que os professores mantm uma relao precria com o ensino dessa ''matria''. Muitas vezes os professores so como espelhos para os alunos, e o silencio deles sobre esse assunto pode fazer com que os conceitos e etnias da sociedade sejam confirmados, dar-se a entender que os negros e brancos so desiguais, se essa aula fosse passada mais frequentemente, poderia impedir que os alunos vissem os seres humanos como seres diferentes racialmente. O silencio tambm pode contribuir para que os alunos negros se sintam rejeitados, e tudo isso pode fazer com que haja um influencia na autoestima e no nvel escolar desses alunos.

ai que a psicologia deve entrar, sabendo da importncia que a Afro educao tem nos dias de hoje, os psiclogos podem colaborar com a formao desses professores, acabar com o silencio que to difcil de ser quebrado, as vezes por falta de formao e informao, e pelas crenas nas ideologias sociais que a sociedade prope. O psiclogo deve orientar os professores sobre como se d a constituio do sujeito em relao da cultura brasileira, tentando assim no s eliminar os preconceitos eesteretipossobre as relaes sociais e tnicasraciais do pas, mas tambm o preconceito em sala de aula e as barreiras e marcas historicamente produzidas pela sociedade. preciso se preocupar com os efeitos psicossociais do racismo, que afetam milhares de pessoas por todo o mundo, e com a ajuda da psicologia, possvel amenizar esse problema social.

6 DEPOIMENTOS

6.1 Participante 1

Entrevista feita com uma psicloga.

Aluno: Qual a importncia desse estudo para os psiclogos?Psicloga: importante para ns psiclogos entender os costumes e valores da nossa populao, da nossa raa para compreendermos assim as influncias que o indivduo sofre com o meio, que vai atuar no comportamento do mesmo. Como o psiclogo ir atender diversas pessoas de diversas raas, ele precisa aprender as diversas culturas para entender a posio do prximo, ou seja, do paciente.

Aluno: Em relao ao estudo dos negros no ensino fundamental e mdio.Psicloga: necessrio este estudo para compreender melhor a miscigenao existente na histria do pas, e acabar com o preconceito que a sociedade carrega e que ficou impregnada na cultura brasileira. Exemplo : Se na minha casa meus pais tm um comportamento preconceituoso com o negro, issovai influenciar na minha educao, ou seja, crescerei tendo o mesmo preconceito, o que poder me levar a um comportamento de esquiva frente ao negro.

6.1.2 Participante 2

Entrevista feita com um diretor de escola.

Aluno: Em sua escola, a aula sobre Histria e Cultura Afro - Brasileira faz parte da matriz curricular?Diretor: Sim, contedo constante nas aulas de Histria para o Ensino Fundamental e mdio, bem como est tambm implcita nas discusses propostas para as aulas de Sociologia e Filosofia para o Ensino Mdio, finalmente tambm abordada de forma um pouco mais indireta durante as aulas de Filosofia para todas as sries, nos projetos constantes das matrizes curriculares para o Programa de Ensino Integral, nas atividades relacionadas Capoeira, que aborda a cultura e o desporto nessa modalidade trazida pelos africanos como defesa nos embates com os brancos.Aluno:Em sua opinio qual a importncia dessa aula?Diretor:A importncia grande j que necessrio abordar assuntos relacionados aos preconceitos de etnia, que apesar de estarmos no sculo 21, ainda muito presente na nossa sociedade, como recentemente vimos acontecer numa partida de futebol entre Santos e Grmio gacho, onde o goleiro Aranha foi insistentemente chamado de macaco por uma torcedora gremista que depois afirmou no ter tido a inteno de ofender o arqueiro santista, isso demonstra como o preconceito racial est arraigado na vida das pessoas. O preconceito tambm ocorre de outras maneiras (gnero, opo sexual etc.). A educao regular um dos meios mais importantes para que as informaes cheguem de forma mais equilibrada para os alunos, principalmente devido a essas informaes no chegarem a eles de forma eficaz e equilibrada (na maioria das vezes pela famlia) e mais deturpadamente pelos meios de comunicao. 6.1.3 Participante 3

Entrevista feita com uma aluna do primeiro colegial de uma escola particular

Aluno: Voc tem ou j teve alguma aula que fala sobre a Afro educao?Aluna do ensino mdio: Nunca tive, mas j fiquei sabendo dessa lei pela minha professora de Portugus, esse ano eu acho que no vai ser passado nada do assunto, mas talvez nos meus anos seguintes, sim.

Aluno: Voc acha a lei importante para serem passadas em sala de aula?Aluna do ensino mdio: Sim, pelas informaes que minha professora passou, ela seria muito boa para diminuir o preconceito nas escolas, e eu acho que saber sobre os negros importante para entendermos o que eles passaram como eles lutaram e que eles so iguais a todos.Aluno: Na sua escola voc v alguma situao preconceituosa?Aluna do ensino mdio: No, sempre uma relao de igualdade entre todos l dentro.

7 CONCLUSO

Chegamos a concluso que faria uma total diferena para todos se fosse passada a histria e a cultura dos afro brasileiros e africanos nas escolas do ensino fundamental e mdia, pois seria para uma melhor compreenso para respeita-los e termos uma sociedade igualitria.

8 REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

Lei 10639/03 Contexto. Disponvel em . Acesso em 02 Mar.2015.SANTOS, G.D, Josli. A Lei 10.639/03 e a Importncia de sua implementao na educao bsica. Disponvel em: < http://www.nre.seed.pr.gov.br/> Acesso em: 01 Mar. 2015.SULEIMAN, B. Bianca.Psicologia e Ensino das Relaes tnico-Raciais: uma experincia na formao de professores. Disponvel em: < http://www.scielo.br/>. Acesso em: 02 de Mar. 2015.QUEEN, Mariana. 9 passos para o ensino da histria negra nas escolas. Disponvel em: < http://educarparacrescer.abril.com.br/>. Acesso em: 02 Mar. 2015.