Ensino medio livre_edicao_2012_unidade_01_gramatica
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Capítulo 1
linguagens e comunicação
Conexões
1. Traçando-se um paralelo entre a linguagem humana e a
comunicação que é realizada entre as abelhas, há muitos mo-
tivos que podem ser citados: a ausência de um sistema fonador
que produza palavras, a impossibilidade de a mensagem das
abelhas produzir uma resposta verbal, o fato de o conteúdo
de cada mensagem ser único, e não múltiplo, como acontece
no caso da linguagem humana.
Professor, é claro que, apesar de a resposta ser pessoal, ela está
completamente vinculada à leitura atenta e à compreensão do
texto apresentado.
2. Enquanto a comunicação das abelhas se refere a um dado
objetivo, fruto de sua experiência, a linguagem humana pode,
até mesmo, substituir a própria experiência. Além disso, a lin-
guagem humana pode ser decomposta em unidades menores,
enquanto a comunicação das abelhas se compõe de blocos
indissolúveis. Há, ainda, outras diferenças que podem ser
citadas.
3. Resposta pessoal. Alguns objetivos que poderiam ser citados
seriam o aviso da presença de predadores ou anúncios de mu-
danças de clima, por exemplo. Nesse caso, a resposta depende
menos da interpretação do texto e mais da observação e dos
conhecimentos prévios sobre o assunto.
4. Resposta pessoal.
Exercícios complementares
6. As funções são a conativa e a poética. A conativa mostra-se,
principalmente, pelo uso dos imperativos. A poética, pelo uso
engenhoso das imagens e das metáforas.
É preciso perceber que nunca há somente uma ou duas funções da
linguagem que aparecem em um texto, mas, sim, várias delas ou
todas elas, atuando em conjunto. O que se pode é, sim, determinar
quais são as que aparecem de forma mais direta, mais clara. Nesse
caso, a função poética torna arte um texto cheio de imperativos.
7. a
Somente comerciais apelariam para a sensibilidade dos teles-
pectadores, relacionando o consumo e a aquisição de produtos
específicos à felicidade.
8. a) As imagens constroem uma oposição entre o quadrado
(antiquado, não moderno, antigo, de difícil acesso) e o esfé-
rico (moderno, avançado, que permite o acesso, que supera
dificuldades). Além disso, as imagens remetem-nos à palavra
globo, não só como nome do jornal, mas também como
nome da representação do planeta Terra.
Professor, conhecendo e, mais do que isso, reconhecendo
no texto a polissemia das palavras “globo” e “quadrado”,
o aluno se torna capaz de responder adequadamente à
questão.
b) A característica atribuída de forma mais clara ao produto
anunciado é “avançado”, porque significa estar à frente na
divulgação dos fatos que acontecem em todo o mundo.
Professor, para responder, o aluno precisa compreender a
oposição entre a palavra “quadrado” e a ideia de “avanço”,
de evolução.
14. b
“A superfície estrelada de letras” é uma metáfora para a litera-
tura (a arte das “belas letras”).
15. e
De forma leve e descontraída, o autor mostra que, assim como
outras variações da língua, a linguagem dos jovens contribui
para o crescimento, para a flexibilização e para a manutenção
do idioma como algo vivo.
16. d
As demais alternativas apresentam perguntas a que não se
pode responder pela leitura do texto, mas dependem de outras
informações e de conhecimentos que vão além da leitura e da
interpretação do que foi apresentado.
Tarefa proposta
1. Entre outras, o aluno poderia citar as seguintes descrições:
Coloque um disco de vinil sobre uma forma de bolo ou outro
pote de metal com raio menor que o do disco; coloque o disco
de forma alinhada sobre o pote usado como molde, com os
centros das circunferências alinhados; coloque o pote com o
disco dentro do forno, com temperatura em torno de 105 °C
por cerca de 10 minutos.
Professor, não há uma resposta que seja a única correta.
A criatividade e a observação atenta levarão a respostas mais
(ou menos) complexas, mais (ou menos) detalhadas.
2. De fato, a linguagem não possui apenas a função referencial, e
subjazem a ela muitas outras funções reveladoras de poder. Em
nossa sociedade, a linguagem culta padrão é a que tem mais
prestígio, atribuído aos falantes dessa variante linguística. Pela
fala da “senhora”, deduz-se que ela seja do ambiente rural, com
pouco ou nenhum grau de escolaridade. Entretanto, sem uma
visão preconceituosa, essa “senhora” se comunica, e bem, já que
expressa com clareza o domínio que tem sobre aquilo que faz.
1
Gramáticaconceitos fundamentais
3. a
O futuro é uma abstração, diferentemente do que se espera
que seja farejado por um cão. Nem mesmo há a possibilidade
de, num contexto não poético, um cão farejar o futuro. Ele não
tem lugar, para ser farejado, e não tem cheiro algum. Somente
na linguagem da poesia essa atmosfera é possível. É assim que
a linguagem trabalha a favor da linguagem poética.
4. a
Não são exemplos de linguagem padrão: “perdeu os estribos”,
em b; “passar a vida no toco”, em c; “de mão beijada”, em
d, e “amunhecou”, em e. São todas expressões regionais ou
coloquiais, porém, que enriquecem a língua.
5. Na Pré-História, ainda destituído da fala e escrita, o homem
usava o desenho — linguagem não verbal — para contar suas
histórias, seu cotidiano; na Idade Média, possuindo já a fala,
mas sendo a escrita acessível a poucos, predominava a lingua-
gem oral, pela qual se transmitiam valores, juízos, histórias,
costumes etc.
Professor, a leitura dos textos, associada ao conhecimento de
história, leva à possibilidade de se responder à questão.
6. A pintura rupestre, realizada na natureza (“em abrigo sob
rochas, em sítios ao ar livre… gravada sobre as paredes ou os
afloramentos rochosos isolados…), tinha como objetivo maior
retratar a vida como era na Pré-História. Nota-se, dessa forma,
que a humanidade já tinha a necessidade de representar seu
cotidiano para as gerações futuras.
Professor, para responder à questão, é preciso associar a lin-
guagem não verbal da pintura à linguagem verbal, ou seja, ao
que diz com palavras escritas o texto. Com a associação entre
ambas as formas de linguagem, fica fácil elaborar a resposta a
esta pergunta.
7. O período pré-histórico é o Paleolítico, quando a humanidade
vivia de uma economia essencialmente caçadora-coletora-pes-
cadora, apresentava um estilo de vida nômade e não conhecia
práticas políticas e religiosas hierarquizadas e disciplinadoras
(civilizadas).
Professor, para responder a esta questão, mais uma vez, é
importante recorrer aos fatos históricos, além da leitura e
interpretação dos textos fornecidos.
8. d
A última alternativa está errada porque não há ironia alguma no tex-
to da propaganda, principalmente se o relacionamos à imagem.
9. Os períodos curtos, com o uso do pronome “você”, que se refere
diretamente ao leitor, relacionando-o a alguém diferenciado,
ajudam a formar a ideia de que quem lê a revista a que se
refere o anúncio consegue destacar-se na sociedade. A forma
de fazer referência ao leitor do anúncio, elogiando-o por meio
da expressão coloquial “o cara”, faz com que ele se sinta parte
do grupo de pessoas que, por ler Alfa, deixa de ser comum.
Há outras respostas possíveis. Os pontos mais importantes são a
percepção de que há referência direta ao leitor e relação entre
“ser o cara” e ler a revista Alfa.
10. V – V – F – F
A terceira afirmação está errada porque não há relação entre
a cor negra e a temática da revista. Provavelmente, o que se
pretendeu foi destacar a cor clara da capa, reproduzida sobre
o negro. A última afirmação está errada porque os símbolos
matemáticos apresentados são simples e podem ser compreen-
didos mesmo por leigos, e não somente por especialistas.
11. Num primeiro momento, é impossível “aperfeiçoar a perfeição”.
Com o uso dessa linguagem exagerada, aparentemente incoeren-
te, o anúncio intensifica as qualidades do produto anunciado,
ampliando os benefícios daquilo que já era perfeito.
12. A partir do uso da linguagem verbal associada à linguagem não
verbal, a campanha faz com que o leitor relacione o futuro a
um tempo de seca, de ausência de vegetação e de vida. Com
isso, pretende sensibilizá-lo em relação aos cuidados com o
planeta, para evitar um futuro tão terrível.
Professor, mais uma vez, o reconhecimento de quem são o
emissor e o receptor do anúncio ajuda a responder à questão,
já que as organizações que trabalham pelo meio ambiente
geralmente tentam atingir o leitor pela sensibilidade, fazendo
surgir nele a preocupação com o mundo e com o futuro do
planeta.
13. c
O texto 1 apresenta todas as principais características da função
conativa da linguagem, com verbos no imperativo e referên-
cias diretas ao receptor da mensagem. Já no texto 2 aparece
claramente o predomínio da função referencial, uma vez que
a ideia é fundamentalmente ser claro e objetivo.
14. a
O gênero dissertativo mostra-se principalmente pelo fato de
haver a defesa de um ponto de vista. A função referencial pre-
domina porque o texto é direto e conciso, tendo como principal
objetivo explicar, de forma objetiva, o que é o texto.
15. a
As passagens III e V mostram o uso da linguagem para falar da
própria linguagem (“queria o romance em língua de Camões”;
“arranjar palavras com tinta”).
16. Trata-se de uma variação própria da linguagem oral do Brasil,
típica da fala cotidiana de pessoas de classes diferentes, com
distintos níveis de instrução. Basta que se perceba que, apesar
de a gramática normativa defender a forma “deu-me”, pessoas
menos e mais instruídas usam, no cotidiano, a forma “me deu”,
muito comum no português falado no Brasil.
17. Mas, quando vivemos nas ruas, aprendemos a contar só com
nós mesmos.
2
18. O uso da variação escolhida pelo autor é legítimo na medida
em que faz parte do universo linguístico pessoal dele, le-
vando em consideração seu nível de instrução e a região em
que vive. É muito provável que, no contexto social e regional
em que se insere, a linguagem empregada seja exatamente
a que Patativa usa no poema. Além disso, o texto é absolu-
tamente compreendido pelo leitor, e sua beleza estética é
inegável. É preciso compreender como a linguagem se adapta
a cada emissor, a cada situação, a cada receptor, a cada região
e a cada nível cultural, social e de instrução. Para o autor, em
sua região, a linguagem adequada é a que ele emprega.
19. E agora quer ir à Lua. Por que, então, não quis aprender as
coisas do meu sertão?
Mesmo que não se conheçam as regras da gramática normativa
que comandam tais alterações, é possível realizá-las, por meio
da leitura anterior e de conhecimentos instintivos construídos
com o tempo.
20. De todos esses periquitinhos que há no Brasil...
De todos esses periquitinhos que existem no Brasil...
21. a
Primeiro é preciso reconhecer que a variação de pessoas sempre
caracteriza linguagem coloquial. Depois, reconhecer que, ape-
sar de coloquial, trata-se de variação adequada ao contexto.
22. a) Expressões que exemplificam o “biologuês” de forma mais
clara seriam “pato-mergulhão” e “morfologia da semente
da laurácea”.
Professor, fica muito claro que as palavras citadas não podem
ser reconhecidas facilmente e em sua totalidade por qualquer
pessoa que não seja um biólogo, isto é, que não tenha estu-
dado a biologia e suas especificidades como ciência, junto
com os termos técnicos que a acompanham.
b) A expressão, em seu sentido figurado, deve ser entendida
como “classificar ou nomear espécies ainda não nomeadas
pela ciência”.
Professor, mesmo que não se conheça, de antemão, o sentido
da expressão, é possível deduzi-lo pelo contexto em que se
insere, visto que a função dos profissionais é, segundo o
texto, exatamente nomear o que ainda não tem nome.
23. c
Ir à praia de terno e gravata é tão inadequado quanto empregar
uma linguagem culta em situações que não exigem seu uso,
ou seja, em situações em que a linguagem coloquial seria, sem
dúvidas, a mais adequada. “Conversar com um colega” é tão
despretensioso quanto ir à praia. A linguagem culta estaria
representada pelo terno, formal e impessoal.
24. b
A expressão “lapidar o estilo” está totalmente inserida na
norma-padrão da língua. É a única que não faz parte da lin-
guagem típica dos adolescentes e jovens.
Capítulo 2
semântica e figuras de linguagem
Conexões
1. Quem não tem sensibilidade para entender a poesia, jamais irá
compreendê-la. Trata-se exatamente do que diz o autor do texto
para se referir à capacidade de ouvir e compreender a poesia.
2. “Vocês que fazem” são os poetas e “vocês que curtem” são
aquelas pessoas que sabem ouvir e compreender a poesia.
3. Resposta pessoal.
4. Resposta pessoal.
5. Resposta pessoal.
Exercícios complementares
6. b
Basta substituir a palavra próprio em cada um dos contextos,
pelos sinônimos sugeridos nas alternativas, para perceber qual
das sequências funciona melhor.
7. Na primeira ocorrência, a ideia é de tempo, exclusivamente. Na
segunda, de espaço, exclusivamente. Na última, há uma fusão
entre as ideias de espaço e de tempo.
8. O paralelismo que aparece nas três expressões (cauda / olhos /
cabeça, daquele tempo / do futuro, nas nuvens) faz a construção
do sentido de temporalidade e espacialidade, com uma nuança
em cada expressão. A cauda é o final, a parte posterior, e sua
relação se faz com “aquele tempo”, o tempo passado. Os olhos
visam a frente e relacionam-se com o que virá, com o futuro.
A cabeça é o que está acima e ela também olha para cima,
para o céu.
14. b
Algo que representa a liberdade não pode representar, ao mesmo
tempo, a escravidão. Daí a presença de paradoxo ou oxímoro.
15. A figura sintática mais evidente nos dois primeiros versos é
a inversão que ocorre nos trechos “da alface a verde pétala”
e “da cenoura as hóstias desbotadas”. A figura semântica é a
metáfora, que se verifica em “pétala” (em lugar de “folha”) e
em “hóstias” (em lugar de “rodelas”).
16. a) Guimarães Rosa recorre à assonância e à aliteração, figuras
fonéticas que contribuem para a sonoridade do trecho,
cooperando, também, com a significação.
Há a repetição tanto de sons consonantais quanto de sons vo-
cálicos, por isso há a presença de assonância e de aliteração.
b) No trecho ocorre elipse (Até – talvez – fosse crime…) e
personificação (madeira burra).
Como há palavras que não se mostram claramente, mas que
podem ser facilmente reconhecidas por causa do contexto,
diz-se que ocorre elipse.
3
Tarefa proposta
1. e
Na fala do soldado, a palavra quer dizer “significado”, como
ocorre somente em e.
2. As características são plebeísmo, contradição e fraqueza.
3. Para o autor, “obscuridade” significa anonimato. É, de certa
forma, um antônimo para “celebridade”. É exatamente o
que afirma o texto: a obscuridade, no caso das celebridades,
representa o esquecimento por parte do público, a falta de
reconhecimento.
4. A ideia é a de que o homem célebre perde sua privacidade, fica
vulnerável, exposto. De certa forma, isso mostra a fragilidade que
o fato de ser celebridade pode trazer para a vida de quem o é.
É preciso reconhecer que o autor usa linguagem conotativa
para dizer o que pretende e que “paredes de vidro” nem
mesmo podem fazer parte de “vida doméstica”, uma vez que,
literalmente falando, vidas não têm paredes.
5. c
No último quadrinho, Mafalda continua atribuindo à palavra
“indicador” o sentido que ela tem na expressão “dedo indicador”.
É isso que constrói o humor da tirinha, já que “indicador” em
“indicador de desemprego” tem, na verdade, outro sentido.
6. a
É a única alternativa em que o verbo, como no trecho citado,
indica “deparar-se”.
7. As palavras “sempre com roupas estrategicamente soltinhas”
têm relação com a gravidez de Gisele Bündchen. Nesse caso,
“Jesus, que barriga” é uma expressão de espanto, que faz refe-
rência, certamente, a uma barriga discreta, elegante e delicada,
como foi a barriga exibida pela modelo em sua gravidez.
8. d
Em I, o humor constrói-se exatamente pelo fato de que a pa-
lavra “presente” não significa o oposto de “passado”, mas, sim,
“prêmio”.
9. O que gera a confusão é que “Chaves” (nome da personagem
infantil) e “Chávez” (nome do presidente venezuelano) são sig-
nos que têm a mesma sonoridade. Por isso, uma das crianças
se refere ao primeiro significado e a outra, ao segundo, como
se falassem do mesmo signo linguístico.
10. a) “Inspire” pode significar tanto “introduzir ar nos pulmões”
quanto “exercer boa influência sobre as outras pessoas”.
b) “Aliviado” pode ter tanto o sentido de “descansado”, “livre
de fadiga”, quanto o de “liberto de um transtorno ou de
uma dificuldade”.
11. c
A personagem, que até então era vista como uma criatura
abominável e sem nenhum valor moral pelos habitantes
da cidade, de repente passa a ser vista como um “poço
de bondade”, ou seja, como uma criatura extremamente
bondosa.
12. A relação de hiperonímia-hiponímia é bem evidente entre a ex-
pressão “dia a dia” (= todos os dias) e a expressão “Dia dos Pais”
(= segundo domingo de agosto). Desse modo, o primeiro é hipe-
rônimo do segundo, e este, um dos 365 hipônimos daquele.
13. A imagem do anúncio remete ao ser humano, que é bípede
e não quadrúpede. Assim, bípede é hiperônimo de “homem”,
que é um dos muitos hipônimos de bípede.
14. d
Em III, “apropriadas” não significa “adequadas”, mas, sim,
“tomadas como posse”.
15. c
A oposição se dá porque a “informação manipulada” seria
exatamente um entrave para a ampliação do conhecimento.
16. d
O texto apresenta exatamente a noção de que as ideias revolu-
cionárias e que cooperariam para o progresso não podem, de
forma alguma, ser usadas para objetivos que não sejam comuns
a todas as pessoas, mas apenas a alguns grupos. Disseminar a
informação seria o caminho para o progresso de forma global.
17. d
Mafalda tenta defender um futuro melhor, mas acaba com seu
avião amassado no chão. Já na canção, apesar das dificuldades,
a mensagem final (brotar do impossível chão) é de otimismo,
de possibilidade de um futuro melhor.
18. a) A leitura do título, isoladamente, provoca uma dupla possibilida-
de de interpretação, visto que a palavra “queda” pode significar
tanto “destituição do poder” quanto “tombo”, “queda física”.
b) Outras opções seriam: “O tombo de Fidel” ou “Fidel cai e se
machuca”, entre outras opções.
Professor, aqui, as opções são várias. Dependerá da criati-
vidade e inspiração. É importante apenas atentar para que
se desfaça, com o novo título, a ambiguidade do antigo.
19. b
Em b, percebe-se que há textos que não se tornarão bons o
bastante para serem publicados, ainda que isso seja apenas
parte do perfeccionismo do autor. A lata de lixo é a represen-
tação da decisão de se excluir definitivamente o que foi escrito,
antes mesmo da publicação em forma de livro.
20. a) A representação é a de que os dicionários são ferramentas úteis
para os “burros”, assim chamados aqueles que não sabem como
se escreve determinada palavra ou o que ela significa. Não se
trata de uma representação adequada, já que recorrer a um
dicionário é uma atitude inteligente, e sabe-se que até as pessoas
mais letradas recorrem ao uso dos dicionários para consultas e
que isso, de forma alguma, significa que elas sejam “burras”.
4
b) O uso da expressão causa humor porque se pode interpretar
“bom pra burro” de duas formas diferentes, ou seja, a ex-
pressão é polissêmica. Numa das leituras, entende-se que o
dicionário é “muito bom”; logo, a expressão “pra burro” teria
a função de intensificador do sentido. Na outra, pode-se ler
que o dicionário é bom para as pessoas “burras”, ou seja, é
útil para aqueles sem instrução, ignorantes.
21. a
Basta perceber que a palavra “obscena” segue a mesma linha de sig-
nificação de “vulgar”, porém apresenta-se de forma mais agressiva,
mais veemente, mais intensa. Por isso a gradação está presente.
22. b
É preciso reconhecer que as pessoas que saem de outras regiões
e vão para as grandes cidades em busca de trabalho sofrem
muito preconceito por parte dos habitantes dessas cidades, mas
que, por outro lado, são esses migrantes que formam a força
de trabalho nesses mesmos grandes centros.
23. a) A palavra não está adequadamente empregada em nenhum
dos dois textos. Isso porque “literalmente” quer dizer “de
modo literal, à letra, exatamente”. Em nenhum dos textos
as palavras podem ser interpretadas em seu sentido literal.
Os jovens não dançam de fato para tentarem conquistar
seus empregos. E as mulheres do Kremlin não são — ou
estão — com luz extinta, sem fogo, sem iluminação (o que
seria o sentido literal de “apagadas”).
b) A expressão refere-se a “apagadas”. O duplo sentido se
constrói porque a palavra “apagadas” pode significar tanto
“pouco influentes” ou “pouco representativas” quanto “exe-
cutadas”, “assassinadas”.
24. a
Dizer “velhos” e “menstruação” não só são formas mais agres-
sivas de se expressar, como não seriam adequadas ao contexto
em que se inserem. Há muitos outros exemplos de eufemismos
nos textos bíblicos.
5