Entre Margens 604...1,00 EURO CARTA ABERTA ASSINADA POR TODA A OPOSIÇÃO PRETENDE QUE O EXECUTIVO...

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MOREIRA DE CÓNEGOS Rua Laurinda F. Magalhães, nº 42 Telefone 253 563 250 S. MARTINHO DO CAMPO Av. Manuel Dias Machado, 283 Telemóvel: 919 366 189 VILA DAS AVES Rua D.Nuno Álvares Pereira, 27 (Largo da Mariana) Telefone: 252 941 316 entre MARGENS QUINZENAL | 03 DE MAIO 2018 | N.º 604 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO CARTA ABERTA ASSINADA POR TODA A OPOSIÇÃO PRETENDE QUE O EXECUTIVO “REPENSE SERIAMENTE A PROPOSTA APRESENTADA” PARA OS DOIS ESPAÇOS. JOAQUIM COUTO PRETENDE INICIAR AS OBRAS AINDA ESTE ANO. Oposição unida contra alterações à Praça Conde São Bento e Largo Coronel Batista Coelho Celebrações do dia da Liber- dade culminaram com uma sessão solene plena de discur- sos de ocasião, pins e cravos encarnados na lapela. Inter- venção de Bernardino de Cas- tro Neto foi a boa surpresa da cerimónia. DESTAQUE 04 E 05 Concurso para os parques de estacionamento gera dúvidas Vereadores do PSD votaram contra a proposta questionan- do o executivo sobre o futuro do parque da câmara, da feira e a criação de alternativas. Pro- posta da maioria avança com os votos ‘socialistas’. PÁG. 10 O Abril que se fez. O Abril que ainda está por fazer

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MOREIRA DE CÓNEGOSRua Laurinda F. Magalhães, nº 42

Telefone 253 563 250

S. MARTINHO DO CAMPOAv. Manuel Dias Machado, 283

Telemóvel: 919 366 189

VILA DAS AVESRua D.Nuno Álvares Pereira, 27

(Largo da Mariana)Telefone: 252 941 316

entreMARGENSQUINZENAL | 03 DE MAIO 2018 | N.º 604 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

CARTA ABERTA ASSINADA POR TODA A OPOSIÇÃO PRETENDE QUE O EXECUTIVO “REPENSE SERIAMENTE A PROPOSTAAPRESENTADA” PARA OS DOIS ESPAÇOS. JOAQUIM COUTO PRETENDE INICIAR AS OBRAS AINDA ESTE ANO.

Oposição unida contra alteraçõesà Praça Conde São Bentoe Largo Coronel Batista Coelho

Celebrações do dia da Liber-dade culminaram com umasessão solene plena de discur-sos de ocasião, pins e cravosencarnados na lapela. Inter-venção de Bernardino de Cas-tro Neto foi a boa surpresa dacerimónia. DESTAQUE 04 E 05

Concurso paraos parques deestacionamentogera dúvidasVereadores do PSD votaramcontra a proposta questionan-do o executivo sobre o futurodo parque da câmara, da feirae a criação de alternativas. Pro-posta da maioria avança comos votos ‘socialistas’. PÁG. 10

O Abril que sefez. O Abrilque aindaestá por fazer

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FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 03 MAIO 2018

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens.

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestaprimeira saída de maio foi o nosso estimado assinante Fernando Manuel Pinto

da Silva, residente na travessa de Santo António, em Vila das Aves.

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Devo é o nome de cinco músicos deOhio. Encontraram essa denomina-ção a partir de um conceito de “de-evolution”, uma ideia da humanida-de em regressão em vez do contínuodesenvolvimento. Isto faz-nos pensarna perda de transmissão de saberesentre gerações e no consequente re-trocesso numa qualquer área do co-nhecimento. Se ligarmos este raciocí-nio a alguns contextos culturais daatualidade poderemos torcer, involun-tariamente, o nariz.

O grupo americano ficou célebrepelo uso de chapéus em forma devaso e por “Whip It”, o seu maior êxi-to. Estas duas referências coincidemcom o terceiro álbum de estúdio de-les, lançado em 1980. Com a foto-grafia da capa associamos a algo com-pletamente desastroso ou a um pla-no artístico cujo recheio é a sátira.Trata-se felizmente da segunda op-ção. Na contracapa confirmamos apresença do maior sucesso, bem co-mo as imagens dos outros dois tra-balhos anteriores: o aclamado “Q: Are

We Not Men? A: We Are Devo!” (pro-duzido por Brian Eno) e “Duty Nowfor the Future”. As músicas são cur-tas. Apenas duas estão na casa dos 3minutos e as restantes dez na dos 2.Os riffs promissores da abertura dãoa “Girl U Want” uma responsabilida-de acrescida. Não ficamos dececiona-dos ao avançar. As guitarras são en-trelaçadas com sintetizadores e fica-mos infectados pelos sons robóticos,quase psicóticos. O tema que dá títu-lo ao disco transmite um idealismofrustrado. Ironicamente não se conse-gue entender como a sociedade nãousa mais a liberdade para buscar a fe-licidade. Esta inquietação resulta ain-da mais ao ouvirmos uma banda con-fiante. “Ton O’Luv” e “Planet Earth” me-recem uma escuta atenta e privilegiada.

Os três vídeos oficiais produzidosa partir de faixas de “Freedom of Choi-ce” mostram o lado bizarro dos inter-venientes. Vemos cenários excêntri-cos, cores saturadas, associações pou-co congruentes e contextos que nosfazem inevitavelmente sorrir. Por isso,se o jogo de palavras do título destemeu texto fosse uma pergunta, a res-posta só poderia ser afirmativa. |||||

Devoouvir Devo

Dentro de portas -- “Freedom of Choice”

FAMALICÃO | MÚSICA

“Com a fotografia dacapa associamos aalgo completamentedesastroso ou a umplano artístico cujorecheio é a sátira.Trata-se felizmente dasegunda opção”.

CENTRO CULTURAL VILA FLOR ACOLHE ÀS 21H30 DES-TE SÁBADO “TIMÃO DE ATENAS” DE SHAKESPEARE

Este sábado, o encenador Nuno Car-doso regressa ao Centro Cultural VilaFlor e traz consigo aquela que é con-siderada a mais implacável obra deShakespeare: “Timão de Atenas”. Vila-nia humana e corrupção, impasses,oportunistas, medrosos, interesse, tra-gédia, comédia e história, morte e es-terilidade, ganância humana: tudo istocabe em palco nesta reflexão de Sha-kespeare sobre a natureza humani-dade, sem perda de atualidade.

“O retrato que Shakespeare faz denós em “Timão de Atenas” é surpre-endente na sua contemporaneidade.Na acuidade da reflexão e crítica danatureza política e social da huma-nidade, por mais globalizada e digi-talmente comprimida que esteja” re-fere-se em nota de imprensa. “A peçapermanece sombria e desalentadoraaté ao final, constituindo um severoretrato da vilania humana e da corrup-ção. Estranhamente, este retrato de

400 anos é o corolário lógico, ogrande fresco dramatúrgico que re-sume e sublima tudo o que se dissee fez após a crise global de 2008 eque se traduziu talvez no período maisnegro da sociedade democrática por-tuguesa”.

E até na forma, “Timão de Ate-nas” é atualíssima: “enquanto obradramatúrgica em si, a peça ombreiaformalmente com qualquer texto dra-mático contemporâneo ao desafiar ascategorias convencionais da tragédia,comédia e história, criando uma for-ma de difícil classificação na sua fi-xação com a morte e a esterilidade”.

“Timão de Atenas” é uma copro-dução Ao Cabo Teatro, Teatro Mu-nicipal do Porto, Centro Cultural VilaFlor, Teatro Municipal São Luiz e Te-atro Aveirense. Os bilhetes para esteespetáculo têm o custo de 10,00euros ou 7,50 euros com desconto.Mais informação em: www.ccvf.pt ||||||

Um retrato da vilaniahumana que nãoperde atualidade

GUIMARÃES | TEATRO

A casa aqui é a de Vila Novade Famalicão. Em jeito de cele-bração do fado, a Casa dasArtes de Famalicão vai, na pri-meira sexta-feira de cada mês,fazer do seu café concerto umatípica e tradicional tasca, aco-lhendo aí fadistas consagradose novos intérpretes, músicos ecompositores, elevando e acom-panhando assim o reconheci-mento do “nosso” fado, comoPatrimónio Imaterial da Huma-nidade, atestado pela UNESCO.

Para esta sexta-feira, 4 demaio, a partir das 22 horas,estão convocados os fadistasPatrícia Silvia e Miguel Xavier,que serão acompanhados àguitarra portuguesa por MiguelAmaral e, em viola de fado, porAndré Teixeira. Os bilhetes parao espetáculo custam 3 euros (50por cento de desconto paraestudantes e portadores docartão quadrilátero cultural). |||||

Fado nocaféda Casa

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ENTRE MARGENS | 03 MAIO 2018 | 03

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Av. Comendador Silva Araújo, nº 3594795-003 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

SEXTA, DIA 04 SÁBADO, DIA 05Céu pouco nublado. Ventro fraco.Max. 24º / min. 9

Céu pouco nublado. Vento fraco.Máx. 26º / min. 11º

Céu pouco nublado. Vento fraco.Máx. 28º / min. 12º

DOMINGO, DIA 06

Maio frio e junho quente:bom pão, vinho valente

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

O sofá está como novo, mas ao convi-te para se sentar nele, ficou-se pela ca-deira ao lado. Dinis Leal Machado nãoé estranho à redação do Entre Margense como tal o convite e a conversa quelhe seguiu surgiram com naturalidade.E foi assim, sem pressas, que ao longode uma tarde, se falou de cinema, sesaltou de filme em filme, por entrememórias mais ou menos perdidas,passando pela noite no Casino Estoril.

“Fui ver «A Linha Fantasma» aocineclube de Guimarães e é incrível”,contava em início de conversa. “O tra-balho narrativo de construção de per-sonagens, a estética do filme, é uma obrade arte”, continuou, tecendo elogios aomestre Paul Thomas Anderson, realiza-dor norte-americano cujo filme estreouem fevereiro passado, tendo sido no-meado para seis óscares da Academia.

“Um bom filmefaz-se denarrativa epersonagens”

O ENTRE MARGENS CONVIDOU DINIS LEAL MACHADO, VEN-CEDOR DO PRÉMIO SOPHIA ESTUDANTE, PARA UMA CON-VERSA DESCONTRAÍDA ONDE ‘CINEMA’ FOI A ÚNICA REGRA.DOS FILMES DE “DOMINGO À TARDE” ÀS DESCOBERTASINTERMINÁVEIS QUE A ERA DA INTERNET PROPORCIONA,PASSANDO PELOS MEANDROS DO UNIVERSO ACADÉMICO

O revelador desta conversa foi per-ceber que nem sempre o cinema forafigura presente e constante na vida deDinis Machado. “Nós não tínhamoso hábito de ir ao cinema lá em casa”,confessou. “O primeiro filme que vino cinema foi o «Nemo» numa visitada escola e depois disso lembro-mede ver um dos «Harry Potter» tambémcom a escola e um pouco mais tarde ira uma sessão no Cine Aves das «Cró-nicas de Riddick».” Uma seleção quenão engana. É o traço de alguém quecresceu no virar do século cujo desper-tar se deu já bem dentro dos anos2000, era dominada pelo “Senhordos Anéis” ou “Homem Aranha”.

“O que mais me lembro de quan-do era mais novo eram as sessõesde cinema de domingo à tarde”, dis-se num ápice, enumerando pérolasdesse cinema tipo que preenchiamas programações dos três canais ge-neralistas portugueses. «A Múmia»,claro, aquele filme com a CatherineZeta Jones e o Sean Connery, «Arma-dilha», estava sempre a dar, o «Schoolof Rock» com o Jack Black, tantos ou-tros”, referiu por entre flashes dememórias que certamente lhe iamcompassando o pensamento.

Foi com 15 anos, de forma maisou menos certa, que Dinis Leal Ma-chado começou a ver cinema comoutros olhos. “O «Lost in Translation»marcou-me muito, porque me mos-trou como se podia contar outro tipode histórias pelo lado emocional”. Enão foi o único. O “A Single Man”,filme revelação do estilista Tom Ford,é outro que vem no mesmo sentido.Como o “An Education”, da LoneScherfig. Ou ainda o pack de filmesdo Almodôvar que o jornal “Expres-so” distribuiu por essa altura. “O ter-mo que define esses filmes é a sensi-bilidade, estética e emocional”, sinte-tizou o jovem avense.

Foi esse o clique. Muito já aconte-ceu desde o primeiro filme que reali-zou, uma curta para uma aula de fo-tografia que versava sobre o último dia

de um professor na escola antes deentrar na reforma. “O professor estáà secretária a assinar os papéis dareforma quando vemos flashes parao que se passa durante o resto doano e acaba com ele a rasgar os pa-péis”. Chamava-se apropriadamente“Memórias”, ou não fosse este umtrabalho de um aluno do 9º ano.

Licenciado na Escola Superior deArte e Design, viu o seu projeto finalde curso, a curta “Snooze” ser reco-nhecido pela Academia Portuguesade Cinema com o prémio Sophia Es-tudante. Não esperava vencer, masem retrospetiva pensa que ao galar-doar “Snooze” a Academia quis dei-xar uma mensagem de que se po-dem “fazer coisas diferentes” no ci-nema Académico. Não tem medo dedizer que a sua curta “não é um fil-me snob ou intelectual, é um filmepara o público.”

Daquele dia ainda há muita coisaque não processou. Não conheceualguma “estrela” do cinema portugu-ês que presenciou a cerimónia, dizaté que a mesma foi algo aborrecidapara quem está na audiência. Sendoo “Sophia Estudante” uma das pri-meiras categorias da noite, a ansie-dade ficou concentrada. “Ainda nemsequer fui rever a transmissão. Nãosei muito bem o que disse. Não ti-nha nada preparado.”

Falou essencialmente de dois aspe-tos: da equipa que trabalhou no fil-

me, em especial o João Nunes Mon-teiro, protagonista da peça que, se-gundo Dinis pegou no espírito dapersonagem e acrescentou-lhe algoque nunca pensara. “Com o pouquís-simo tempo de ensaio, tive que con-fiar na interpretação”. O resto é his-tória, como se costuma dizer.

Sobre o estado do cinema acadé-mico, reafirma que hoje está numaótima fase, porque aparecem propos-tas diferentes, com qualidade e queé preciso continuar a aposta nestavertente. Contudo, alerta, “o pessoalperde-se nos pormenores sem per-ceber o big picture”.

“No cinema académico distingueslogo uma equipa funcional de umaequipa disfuncional”. Da sua experi-ência, nos mais variados sets, ficaría-mos surpreendidos com a quantida-de de realizadores que não conse-guem contar a história que querempassar a filme do princípio ao fim.“Os argumentos dos filmes académi-cos não aceitam histórias simples,querem ser excêntricos”, perdendo ofoco narrativo. “Um filme faz-se denarrativa e personagens”, conclui.

“Estou neste momento numa fasetransição”. Terminou a licenciatura enão continuou os estudos. Enquan-to trabalha num argumento e numpequeno documentário, vai fazendotrabalho freelance em pequenas pro-duções. Há todo um alcançável futu-ro ainda por cumprir. |||||

CINEMA

DINIS LEAL MACHADO.AO LADO, IMAGEM DE UM

DOS SEUS FILMES DE ELEIÇÃO:“LOST IN TRANSLATION”

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04 | ENTRE MARGENS | 03 MAIO 2018

SANTO TIRSO | CELEBRAÇÕES DO 25 DE ABRIL

O Abril que se fez.O Abril queainda está por fazer

||||| TEXTO E FOTOS: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

E AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

“Abril tem de ter memória, mas, aci-ma de tudo, tem de afirmar o futuro.”Foi neste anacronismo, aqui sinteti-zado nas palavras de Joaquim Couto,presidente da Câmara Municipal deSanto Tirso, que se viveu a sessãosolene do 25 de Abril, 44 anos de-pois do dia que mudou a história, eà época o futuro, de um país e deuma comunidade.

Em 2018, Abril está numa posi-ção quase ingrata. É inegavelmenteo mais importante acontecimento doséculo XX em Portugal, contudo asmemórias que as pessoas lhe atribu-em começam a desvanecer no fluxotemporal contínuo. As gerações pas-sam e a cada momento um pedaçodaquele dia é esquecido. Celebrar o25 de Abril não é apenas necessá-rio, é vital para o ADN da nossa so-ciedade. A questão está na forma.

A manhã solarenga de primaveraaté foi convidativa à presença na ses-são. As crianças do Coro dos Peque-nos Cantores de Santo Tirso entoaramo “Grândola, Vila Morena” com a ino-

cência que as caracteriza, pontuandoos icónicos versos com a marcha queempresta à canção o seu lado épico.

Pertenceu a Rui Ribeiro, presiden-te da assembleia municipal, a honrade abrir a sessão apelando à partici-pação cívica de todos, num discursosenatorial sobre as diferenças entreética e moral. Citando o filósofo ir-landês Bernard Shaw, “Liberdade sig-nifica responsabilidade”, expressãoretomada em várias outras interven-ções, terminou a intervenção decla-rando que “44 anos depois, aindahá muitas contas por fazer, por cá,

por lá, por todo o lado, por onde sequeira a liberdade e a democracia,verdadeiras, plenas”.

Romeu Silva, deputado municipaldo CDS, concluiu exatamente aí, afir-mando que a “democracia merecemais” dos seus intervenientes, enume-rando vários dos escândalos econó-micos e políticos dos últimos tempos,com especial atenção para a Opera-ção Marquês. “Democracia e liberda-de, sim, mas com responsabilidade”,concluiu o centrista. “Há hoje quemtenha pouca ou nenhuma memória”do dia 25 de abril de 1974, lem-brou José Alberto Ribeiro, eleito pelaCDU que fez questão de deixar bemclaro que “Portugal é hoje um paísmuito diferente”. No entanto, o depu-tado comunista apontou que é neces-sário “o combate à corrupção” e oincentivo à “participação cívica”.

Da parte do Partido Socialista, Ricar-o Santos, usou de um discurso elo-quente para lembrar a memória deMário Soares, símbolo da luta pelaliberdade e da democracia portugue-sa. O deputado municipal ‘rosa’ afir-mou que “Santo Tirso está em boasmãos” para enfrentar o futuro com aatual governação socialista, salientan-do que é preciso “descentralizar” maiscompetências.

O discurso mais politicamente in-terventivo foi da responsabilidade deJosé Pedro Miranda (PSD) que usoua plataforma para conectar as conquis-

tas de abril, e os avanços civilizacionaisdas quatro décadas seguintes, comaquilo que ainda está por fazer. “Fez-se abril, mas ainda há muito abril porfazer”, assinalou o novo presidente dacomissão política concelhia do parti-do ‘laranja’. “Cumprir abril é lutar pelacriação de um verdadeiro Estado So-cial”, utilizando os casos das redesde água e saneamento público noconcelho como falhas do executivomunicipal das últimas três décadas.

O deputado municipal social-de-mocrata deixou ainda uma forte men-sagem sobre o poder local, sobretu-do quanto à autonomia das fregue-sias, sublinhando que “é importantereforçar o poder” das freguesias e quenão se pode “ter medo” de lhes darmais autonomia, mais responsabili-dades e mais cabimento orçamental.“Abril é a constante luta para elimi-nar as assimetrias”, finalizou.

Joaquim Couto também tocou natemática do poder local de forma mui-to convicta, no desígnio de terminarcom “um enquistamento reminiscentedo próprio antigo regime: o centralis-mo.” O presidente da câmara defen-deu a descentralização apresentoumedidas muito concretas para ame-nizar o processo de divergência daregião Norte do país em relação a Lis-boa, nomeadamente na atribuição demais competências à CCDR-Norte, àÁrea Metropolitana do Porto, da qualSanto Tirso faz parte, e claro mais

CELEBRAÇÕES DO DIA DA LIBERDADE CULMINARAM COM UMA SESSÃO SOLENEPLENA DE DISCURSOS DE OCASIÃO, PINS E CRAVOS ENCARNADOS NA LAPELA.INTERVENÇÃO DE BERNARDINO DE CASTRO NETO FOI A SURPRESA DA MANHÃ,TRAZENDO AOS PAÇOS DO CONCELHO O TESTEMUNHO DE ÉPOCA.

BERNARDINO NETO (NA IMA-GEM) FEZ PARTE DO GRUPO DETIRSENSES LEGITIMADO PELOMOVIMENTO DAS FORÇAS AR-MADAS, EM ABRIL DE 1974,PARA A TRANSIÇÃO DAGESTÃO DA CÂMARA E DOMUNICÍPIO PARA A DEMOCRACIA

DESTAQUE

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ENTRE MARGENS | 03 MAIO 2018 | 05

competências aos municípios. “Umaverdadeira reforma do Estado serámais bem-sucedida quanto mais forvalorizado o papel dos territórios, quenão podem continuar a ser geridossegundo a velha organização do Es-tado”, esclareceu o edil tirsense.

Num longo discurso onde passouem revista algumas das áreas de mai-or intervenção do executivo munici-pal, Joaquim Couto centrou atençõesem duas áreas que se complemen-tou em têm sido “pilares” da gover-nação desde 2013: os jovens e a edu-cação. O presidente assegura que “60%do orçamento municipal é dirigido apolíticas sociais”, classificando essefacto como “uma opção política”, demaneira a “fazer face às dificuldadesdas famílias combatendo o abando-no escolar” e “capacitar os jovens dofuturo de melhores qualificações éti-cas, intelectuais e académicas.”

“É preciso que os jovens partici-pem. Que se mobilizem. Que se en-volvam. Que celebrem Abril e o futu-ro”, clamou Joaquim Couto.

É neste limbo que vive a memóriae a cerimónia de celebração 25 deabril. Entre o apelo à participação dosmais jovens, sem mexer na fórmulade um evento antiquado que se en-che de si mesmo e se esvazia de ime-diato, porque não deixa marca nasociedade. Existe sobre si mesmo, oque é uma oportunidade perdida.

O 25 de Abril deve ser um dia

de festa. Deve pertencer às pessoas.Deve pertencer à rua. A sessão sole-ne, aqui ou na Assembleia da Repúbli-ca, enclausura o imaginário de Abrildentro de quatro paredes, mesmoestando de portas abertas para rece-ber qualquer cidadão. Abril é simbo-logia, é memória, mas é sobretudoum ideal. Algo maior do que cadaindivíduo, mas pessoal e transmissível.

BERNARDINO NETO RECORDOUABRIL DE 1974 EM SANTO TIRSOA novidade do formato de celebra-ção municipal do 25 de Abril foi oconvite feito a Bernardino Neto paraintervir na sessão. Nos anos mais re-centes apenas os representantes dosgrupos eleitos na Assembleia tem tidoa oportunidade de discursar e tem-pos houve em que nem isso aconte-cia. O convidado, que teve uma lon-ga e notável participação na Assem-bleia Municipal no novo regime, fezparte do grupo de tirsenses legitima-do pelo Movimento das Forças Arma-das, em abril de 1974, para a transi-ção da gestão da câmara e do muni-cípio para a democracia. E recordouter rascunhado no verso de uma carta,recebida de um munícipe que tinhasido preso da PIDE, uma proposta queapresentou e que foi aclamada pelopovo: chamar Praça 25 de Abril aoespaço em frente da Câmara. “Nenhu-ma vingança, nenhum ódio destila-do, nenhuma soberba… apenas a ine-vitabilidade da mudança”, trazendo aresposta a alguma reação muito pos-terior, pela importância do nome re-tirado. Depois de se referir às mu-danças que Abril proporcionou, Ber-nardino Neto salientou “este ar quese respira, de saudável confiança, quese respalda numa constituição daRepública das mais avançadas domundo”. Alertou para a necessidadede memória vigilante para os riscosdas mudanças na economia mundi-al, de esgotamento dos recursos na-turais, do envelhecimento, da desre-gulação do capitalismo financeiro, ainstabilidade política de várias regi-ões do globo, a corrupção, nunca des-curando a valorização do trabalho.Para além de memória vigilante, refe-riu, “precisa-se de um sobressalto”,para afirmar “que há no país riquezapara satisfazer as necessidades de to-dos, mas não para satisfazer a ganân-cia de tantos”, garantindo que nenhumde nós sabe mais do que todos nós.E em linguagem “abriliana” terminouesperando que saibamos “ver em ca-da rosto um amigo, igualdade e quejuntos venceremos, porque o povounido jamais será vencido”. |||||

Oposição unidacontra arequalificaçãode ‘Centro’

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

A missiva foi assinada no dia 25 deabril após a sessão solene de come-moração do dia da liberdade e en-volveu os dirigentes dos três parti-dos com assento na assembleia mu-nicipal, José Pedro Miranda (PSD),Ricardo Rossi (CDS/PP), Maria Augus-ta Carvalho (PCP), Henrique PinheiroMachado (Pra Frente Santo Tirso) eo promotor da petição online commais de 1200 assinaturas contra asalterações propostas para a PraçaConde São Bento e Largo CoronelBatista Coelho, Daniel Azevedo.

Pode ler-se no documento enviadoàs redações que os signatários “es-tão conscientes que a requalifica-çãoe reabilitação urbana são fatores sãofatores impulsionadores de novas cen-tralidades sociais, culturais e econó-micas” No entanto, acrescentam, são“preconizadores de uma reabilitaçãointegrada que constitua um contributoinovador para a preservação do patri-mónio cultural e histórico da cidade”,apelando ao executivo para que “qual-quer futura intervenção nestas pra-ças respeite as suas atuais caracterís-ticas que sempre as definiram.”

“Como é óbvio não queremos nemvamos descaracterizar as praças”, afir-mou Joaquim Couto, citado pela agên-cia Lusa. Ao Entre Margens, a autar-quia fez saber que “pela primeira vezno município de Santo Tirso, a Câma-ra decidiu colocar estudos prévios adiscussão pública” e que, após trêssessões “foi necessário avançar coma realização dos projetos, para osquais estão a ser, inclusivamente, con-sultados especialistas nas áreas dourbanismo, arquitetura e sociologia.”

CARTA ABERTA ASSINADA POR TODA A OPOSIÇÃO PRETEN-DE QUE O EXECUTIVO “REPENSE SERIAMENTE A PROPOS-TA APRESENTADA” PARA OS DOIS ESPAÇOS. JOAQUIMCOUTO PRETENDE INICIAR AS OBRAS AINDA ESTE ANO.

“É preciso que osjovens partici-pem. Que semobilizem. Quese envolvam.Que celebremAbril e o futuro”,

“Cumprir abrilé lutar pelacriação de umverdadeiroEstado Social”

JOAQUIM COUTO,PRESIDENTE DA CMST

JOSÉ PEDROMIRANDA, PSD

“Democracia eliberdade, sim,mas com respon-sabilidade”ROMEU SILVA, CDS

“Há hoje quemtenha pouca ounenhuma memó-ria” do dia 25 deabril de 1974JOSÉ ALBERTORIBEIRO, CDU

Quarenta e quatro anos depois, ainda há muitas contaspor fazer, por cá, por lá, por todo o lado, por onde sequeira a liberdade e a democracia, verdadeiras, plenas”.“RUI RIBEIRO, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

No entender do executivo muni-cipal estes estudos prévios para asrequalificações da Praça Conde SãoBento e Largo Coronel Baptista Coe-lho “têm por objetivo modernizar acidade e estão em linha com o pla-no de mobilidade sustentável”, factoque para os signatários da carta abertaé conciliável com a sua identidadecaracterística. “Os objetivos de cida-de inclusiva e sustentável, apresenta-dos como fundamento para o estu-do prévio são perfeitamente harmoni-záveis com a atual traça característicadestes espaços.”

A Câmara de Santo Tirso adiantaque os projetos estarão “concluídosaté ao final do primeiro semestre desteano, podendo as obras serem inicia-das no segundo semestre.” |||||

CARTA ABERTA

Subscritores apelam aoexecutivo para que as“intervenção nas praçasrespeite as suas atuaiscaracterísticas quesempre as definiram.”

“Há no paísriqueza parasatisfazer asnecessidades detodos, mas nãopara satisfazer aganância detantos”.BERNARDINO NETO

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06 | ENTRE MARGENS | 03 MAIO 2018

OPINIAO~

Vamos falar Ind’Água

Como já deve ter-se apercebido, pe-las crónicas anteriores, eu sou adep-to da ideia de que “há males quevêm por bem”.

O ruidozinho de que, felizmente,o Entre Margens se fez eco sobre otema do abastecimento de água pú-blico às populações, transporta-nospara um tema geral importantíssimoque é, muito simplesmente, a água!

Como bons lusitanos que somos,só nos preocupamos mais um poucocom as coisas, quando elas nos atin-gem “forte e feio”, quando nos afetamduramente na saúde ou na bolsa...Então, o protesto, o alarido é, por ve-zes, ensurdecedor, tão ensurdecedorque ao fim de pouco tempo, já nin-guém se entende nem sabe bem oque quer e deseja-se é que ele (ruído)acabe o mais rapidamente possível.

Repare-se no que está a aconte-cer com os famigerados incêndios doverão passado...

Mas o tema que trago aqui, hoje,é o da água, muito em particular daágua de que necessitamos beber parasobrevivermos (podemos sobreviversem comer, semanas, mas sem água,poucos dias...). A ameaça “severa” (pa-ra não dizer outra coisa...) da Indáquaa quem ainda não se ligou à redepública e foi obrigado a fazê-lo porum decretozinho feito “à maneira” numtempo em que outros decretozinhoscom idênticas finalidades deram à luzem diversas áreas, levou a que o talruidozinho de que falei atrás, se ti-

Passados que são seis meses sobreo início do atual mandato autárqui-co, uma questão importante mere-ce alguns comentários. No passa-do 25 de Abril fomos todos sur-preendidos com uma “Carta Aber-ta” dirigida ao executivo da Câma-ra Municipal, pela “defesa do cen-tro da cidade de Santo Tirso”. Comexceção do PS, como se compreen-de, essa carta foi assinada pelos prin-cipais partidos (PSD, CDS-PP e PCP)e pelo movimento independente(PAF) candidato às últimas autárqui-cas de Santo Tirso. É a primeira vezque no concelho de Santo Tirso ummanifesto ou documento público éassinado conjuntamente pelos re-presentantes de todos aqueles quenão ocupam o poder municipal.

Em Santo Tirso todos têm conhe-cimento de que ocorreram, já nofinal do ano passado, três sessõesde âmbito técnico promovidas pelaCâmara Municipal, sem a presençade qualquer elemento do executi-vo municipal. Nessas sessões foramapresentados os estudos para cen-tro da cidade, mais propriamentepara o Largo Coronel Baptista Coe-lho e para a Praça Conde de S. Ben-to. Como se verificou nessas trêssessões, a contestação às propos-tas apresentadas foi o tom das mes-mas e não se viu da parte dos pales-trantes a abertura a novas ideias,que evitassem a descaracterizaçãodo denominado “coração da cida-de”. Outra coisa se verificou tam-bém: não foram dados a conheceros nomes dos autores dos estu-dos nem a quem estava adjudicadoo projeto de execução, o que, asso-

vesse levantado e eu participei nele...Hoje, por todo o mundo se põe

o problema da água, desde a insanapoluição até à sua escassez.

O problema da água é tema defóruns ao mais alto nível mundial, degrandes debates, de lutas entre am-bientalistas e multinacionais e tudo tempor cerne a pergunta fundamental àqual a sociedade precisa de dar umaresposta vigorosa e clara: A água deveser considerada um bem público es-sencial ou um bem privatizável?

É fácil imaginar o que se faz poresse mundo fora para justificar ou,pelo menos, razoabilizar a segundaresposta, na mesma linha “filosófica”que levou à privatização e à comer-cia-lização de tantos outros bens es-senciais como a energia, os trans-portes e a saúde (esta parcialmen-te...). E, no entanto, a água é mesmovital, ao contrário de outros bens...

Perante a crescente ameaça do caosda água, realizou-se no passado mêsde março, em Brasília, um “FórumMundial da Água” apoiado por algu-mas multinacionais ligadas ao setore que reuniu um grande conjuntode personalidades de todas as áreas,na discussão do tema. Dali saíramconstatações e conselhos dirigidos aosdirigentes mundiais na tentativa deconseguirem “remediar”, pelo menos,a situação catastrófica que se viveatualmente, nessa matéria.

Então, o Fórum “reconheceu a na-tureza pública da água e, como tal,um bem que deve ser protegido peloEstado.” ...“Estabeleceu que a água éum direito humano, e isso não podeser precificado ou tratado como mer-cadoria.”

Paralelamente, reuniu-se tambémo “Fórum Alternativo Mundial dasÁguas” (FAMA), que reuniu movi-mentos populares, centrais sindicaise organizações ambientais, entre ou-tros. Nele se defendeu que a águadeve ser “um bem do domínio dopovo e não do mercado”.

Na Europa da crise (da Troika), aideia dominante era a da privatização= comercialização da água (e de tudoo mais...), por todos os motivos e maisum...No princípio deste ano, uma pe-tição que reuniu um milhão e meiode assinaturas recolhidas nos paísesque fazem parte da UE, “obrigou” aque esta “repensasse” o assunto...

As leis, decretos e regulamento-zinhos que então se foram fazendo

para, descarada ou encapotadamenteprivatizar o que era público, estão aíe, se nuns casos isso não foi conse-guido e noutros estão a ser revertidos,ainda há muito para fazer no senti-do de se afirmar ou reafirmar a valora-ção da água como um bem que per-tence a todos e a cada um dos ci-da-dãos e não ao estado ou às empre-sas privadas.

Cabe a todos e a cada um de nósestar atento, informar-se e participarnas discussões sobre o tema e, so-bretudo, não depositar nas mãos dos“políticos” todo o poder de decisão...Contestá-los sempre que acharmosque não estão a cumprir com o queprometeram fazer e todos sabemoscomo é fácil um “político” “deitar-se adormir à sombra da bananeira”!...

Acho que é bem mais importantea existência de uma associação dedefesa dos interesses dos consumi-dores, do povo do que a de meia dúziade associações recreativas... e, por is-so, seria um avanço democrático im-portante, a existência em cada conce-lho de, pelo menos, uma associaçãoou movimento independente de vigi-lância e defesa de tudo o que afeta obem público, que o mesmo é dizer, obem que pertence a todos!... |||||

A “Carta Aberta”por causa dasobras para o centrode Santo Tirso

ciado ao facto de não ter estadopresente nem o Presidente da Câ-mara nem nenhum vereador compoderes de decisão, mais ténue tor-nou a ideia sobre os objetivos re-ais das sessões públicas.

Era também conhecida a petiçãopública, assinada por mais de 1250pessoas, “Não à descaracterizaçãodo centro da cidade de Santo Tirso“que mais pessoas tem movimenta-do na cidade. As obras que se pre-tende executar têm um custo signifi-cativo, avaliado em quase três milhõesde euros, pelo que o impacto dasmesmas, a realizarem-se, prevê a eli-minação do tráfego automóvel, aeliminação dos jardins e mudançada escultura existente no Largo Co-ronel Baptista Coelho e vai tambémalterar o tráfego, o estacionamentona Praça Conde de S. Bento, obri-gar ao abate das árvores e a deslo-calizar da estátua do Conde de S.Bento. São de facto obras que rom-pem com a história e com a memó-ria da cidade num “modelo nórdi-co” similar ao da Praça do Toural, emGuimarães, e da Av. dos Aliados,no Porto, que tão contestados foram.

Estão também em causas impor-tantes verbas provenientes de fun-dos comunitários, no âmbito do Nor-te 2020, que estão já, provavelmen-te, definidas e que a não serem utili-zadas ou são aplicadas em ou.trosprojetos do município ou podem serutilizadas por outros municípios nascandidaturas metropolitanas, o quenão seria de todo conveniente paraSanto Tirso. Para outras novas can-didaturas serem aprovadas terão deexistir os necessários projetos deexecução bem como a disponibili-dade dos terrenos.

Está assim criada uma situaçãocomplexa que está a fazer correr muitatinta com o aparente silêncio da Câ-mara Municipal nos últimos quatromeses que na última posição conhe-cida, tomada em final de 2017, anun-ciava o início das obras para 2018. |||||

Castro Fernandes

José Machado

“Como bons lusitanosque somos, só nospreocupamos mais umpouco com as coisas,quando elas nos atin-gem “forte e feio”,quando nos afetamduramente na saúde ouna bolsa...”

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ENTRE MARGENS | 03 MAIO 2018 | 07

CARTOON // VAMOS A VER...

Sem a nossa casa, nosso castelo,somos soldados perdidos

“Como será não ter um santuário onde guardare enquadrar a memória da primeira aventura,da primeira conquista, do primeiro amor, do primeirobeijo, do primeiro sucesso, do primeiro desaire.”ADÉLIO CASTRO

As chagas que empestam este nossomundo, proliferam como cogumelosem parede húmida, e são tão tantas,tão horrendas e tão difíceis de sararque, por vezes, acabam por nos en-courar o coração e amortiçar o olhar...

Há uns tempos atrás, quis o fadoque esbarrasse com o Toni, em circuns-tâncias que não me deram qualquerhipótese de lhe escapar de fininho.O Toni, Ponchos para os amigos, éum sem abrigo com um estilo hippiepsicadélico e um ar surrado pela vidae por uma relação difícil com qual-quer coisa que tenha qualquer tipode semelhança com um banho.

Em pouco menos de um fósforo,o Toni confidenciou-me que ficouna m*** por causa do f***da p*** doálcool. Tinha começado a beber nummomento muito difícil da vida, equando os nevoeiros daquela lon-ga ressaca levantaram um nadinha,deu-se conta que já tinha perdidoo emprego, a mulher, os filhos, a casae os amigos, e, com um arremedo desorriso e um conformado encolher

de ombros, rematou que, como com-pensação, tinha ganho as ruas, umgrande monte delas.

Enquanto o Toni ia desfiando asua vida, dei por mim a tentar imagi-nar, como será viver, sem castelo,casa, barraca, ninho, ou uns simplesbraços que nos aconcheguem.

Como será não ter um sacrário,onde possamos amar, beijar, abra-çar, chorar, rir, desesperar, aparvalharou tirar macacos do nariz.

Como será não ter um santuárioonde guardar e enquadrar a memó-ria da primeira aventura, da primeiraconquista, do primeiro amor, do pri-meiro beijo, do primeiro sucesso, doprimeiro desaire.

Como será não ter cenário parao sonho de entrar em casa com amulher da sua vida ao colo, para onascimento dos seus filhos, das suasprimeiras palavras, dos seus primei-ros passos, das suas vitórias, das suasderrotas e, finalmente, daquele diaem que estes saem para construir oseu próprio ninho.

E o Natal? Onde se monta o pre-sépio? Onde se deixam os presen-tes para as crianças? Onde se põe amesa da consoada? Onde se acen-de a lareira? E para onde se volta,naqueles dias negros e sem fim emque parece que o mundo em pesoresolveu arrear-nos sem dó?

Pois, a verdade é que sem a nos-

sa casa, o nosso castelo, somos sol-dados perdidos.

Olhei para o Toni com os seusquatro ponchos multicolores, as suasbotas de pele debruadas a pelo, assuas calças mais que nas lonas e oseu bedum de cair para o lado.

Vi a sua vida inteira carregada nummonte de sacos de plástico e umamochila com ar de já ter transporta-do todos os pecados do mundo.

E tentei vislumbrar um milagre queo ajudasse a encarrilhar a sua vida,mas como é que nestas condiçõesse arranja emprego, como é que seconsegue passar a porta de qual-quer empresa? Como reagiria eu pró-prio se ele me pedisse emprego?Como é que se quebra este malditocírculo vicioso?

E ouvi-o a dizer, sabes pá... o piordesta vida nem é o frio, a chuva, oua fome, o mau mesmo, é que as pes-soas deixam de nos ver pá..., olham-nos, mas não nos veem, desviam-sede nós como se fôssemos m*** decão. Muitas vezes sabia-me melhora m*** de um boa noite do que umasopa quente ou um cobertor, porrapá, ainda sou gente...

Bem, o Ponchos, sem saber, aju-dou-me a descobrir como posso co-meçar a ajudar... A partir dali come-cei a “ver” os sem abrigo e, pelo me-nos, um bom dia ou boa noite estágarantido a cada um deles. |||||

Espírito europeu

Adélio Castro

Participar em projetos, comprometer-me com alunos e colegas na buscado sucesso educativo é permanente-mente fonte de satisfação. Estive umavez mais em Bruxelas na Euroschool-net, trabalhando colaborativamentena preparação daquilo a que se cha-ma um MOOC (Massive Open On-line Course). Como formanda já par-ticipei em vários destes cursos, mas,como coautora é a primeira vez, sen-do que o tema é o da herança cultu-ral europeia preservada e organiza-da na Plataforma Europeana.

Em Bruxelas soube, por um doscolegas espanhóis da comunidadeautónoma de Valência, que todos osprofessores são incentivados pelo go-verno a obter um nível de proficiên-cia relativamente elevado na línguainglesa, inclusivamente proporcionan-do aos professores bolsas para for-mação (o dito colega irá todo o mêsde julho para Dublin aperfeiçoar oseu inglês). Parece-me bem, mesmomuito bem.

O domínio das línguas estran-geiras é muito importante. Muito gos-tava também que os nossos jovens(e já agora os menos jovens) se des-sem conta da necessidade de comu-nicarem fluentemente em pelo me-nos duas línguas estrangeiras.

Atualmente trabalho na qualifica-ção de adultos e muitos deram já contade como uma língua estrangeira lhesfaz falta. Recentemente estive com umajovem que tinha perdido a oportuni-dade de participar no Programa Eras-mus pois não superou a prova oralem inglês. Parece-me mal, mesmomuito mal, que as oportunidades sepercam pela carência de qualificações.

Aprendi francês, no atual 5ª ano,e desde o 7º ano, inglês, compreen-do e falo espanhol (não por te apren-dido na escola, mas por motivos fa-miliares) e ainda “arranho” o italia-no. Essas competências dão-me imen-so conforto e segurança. Comunicocom facilidade, estabeleço laços e in-tegro-me em ambientes com genteproveniente de toda a Europa.

A aprendizagem das línguas es-trangeiras deve iniciar-se tão cedoquanto possível e os pais devem es-timular o contacto das crianças comas mesmas. O visionamento de fil-mes de animação desde a mais tenrainfância sem dobragem é muito inte-ressante, ouvir falar a língua é meiocaminho para a aprender. Cantar étambém ajuda a aprender uma lín-gua… depois é preciso perder o medoe a vergonha… e falar, falar sempre.Tenho um péssimo sotaque, cometoerros de construção frásica, os tem-pos verbais… sabe Deus… (espero quenenhum professor de Inglês me “arra-se”) mas “i keep talking and writing”.Há sempre alguém que me corrige,me ajuda quando faltam os termos,me encoraja…

Este espírito de colaboração e en-treajuda é próprio da pertença a umaEuropa que tem uma herança cultu-ral comum que deve preservar. Sócra-tes, o filósofo grego, disse, já há doismil e quinhentos anos, que era umcidadão do mundo. Sinto-me assimpois sou cidadã da Europa.

Nestes tempos conturbados, emque se questiona a política da UniãoEuropeia e nos sentimos, às vezes,sem um norte na política comum, aEuropa sente-se ameaçada, por isso,mais do que nunca gostaria de ma-nifestar o apreço pelo espírito euro-peu, aberto a uma cultura democráti-ca e à diversidade cultural, sinal dariqueza do povo europeu.

Por isso, duas mensagens finais…aprender línguas estrangeiras sim! Par-tilhar e defender uma Europa de-mocrática também!

Já agora, esta questão é tambématual, no mês em que festejamos oquadragésimo quarto aniversário daRevolução dos Cravos, que afinal nosabriu a porta para a Europa. |||||

Maria Antónia Brandão

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08 | ENTRE MARGENS | 03 MAIO 2018

ATUALIDADE

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Quarenta e dois mil euros. É o valorque a junta de freguesia de Vila dasAves tem em caixa no final de 2017.É um facto admitido por todos. Masé talvez a única unanimidade no quediz respeito à situação financeira dajunta entre o PS, atual executivo, ePSD, gestão anterior.

O atual executivo liderado por Jo-aquim Faria põe em causa os investi-mentos realizados em final de man-dato por Elisabete Roque Faria, afir-mando mesmo que o valor de 90 mileuros por si anunciado em carta pu-blicada no Entre Margens não cor-responde à verdade, já que a 20 deoutubro de 2017, data da tomadade posse o valor era de 72 mil euros,dos quais 60 mil são encargos coma requalificação da rua da Bela Vista.“Dos cem mil euros para 25 anos,comparam uma carrinha e fizeramduas ruas, em dois meses”, acusou opresidente de junta.

Rui Baptista, deputado do PSD eex-tesoureiro da junta de freguesia,classificou essas discrepâncias como“investimentos” na vila, a compra deuma carrinha e as empreitadas emduas ruas que estão agora ao serviçoda população avense. O dinheiro “po-deria não estar na gaveta da sua se-cretária, à sua disposição, mas fi-

O mesmo número, duasinterpretações políticas

VILA DAS AVES | ASSEMBLEIA DE FREGUESIA

ASSEMBLEIA MAGNA DE FREGUESIA FICOU MARCADA PELO DEBATEEM TORNO DO VALOR EM CONTA DA JUNTA DE FREGUESIAAQUANDO DA TRANSIÇÃO DE EXECUTIVOS NO FINAL DO ANO DE 2017.

cou na freguesia”, retorquiu o depu-tado ‘laranja’, “ficou nas obras quese fizeram, ficou numa carrinha quese adquiriu. Portanto, o dinheiro nãofoi gasto, foi investido na freguesia.

O saldo das contas de gerênciano ano transato é positivo. A taxa deexecução ascendeu aos 84%, sendoque a receita subiu 15% e a despesaapenas dois pontos percentuais. PedroParaty, tesoureiro da junta, confirmouque o valor que transita para o anode 2018 é de 42 mil euros, factoque Rui Baptista não deixou passarem claro, argumentando que o pró-

prio tesoureiro da junta confirmavaa “realidade dos factos.”

Todavia, Joaquim Faria, voltou maisuma vez ao ataque, reafirmando que,na prática, o atual e futuros executi-vos de freguesia, não vão poder usu-fruir do dinheiro correspondente àquinta dos Pinheiros, porque efetiva-mente já não está em caixa. “Os re-sultados da auditoria revelam queo que foi apregoado não correspondeà verdade, já que a 20 de outubrode 2017 tínhamos 72 mil euros e comcompromissos assumidos de 60 milo que perfaz 12 mil euros de saldo.”

A bancada do PSD votou, “obvia-mente”, nas palavras de Rui Baptista,o exercício final do ano de 2017, masdeixou um recado. “É assim que ascoisas funcionam. O executivo assu-miu a junta no último trimestre e, na-turalmente, como toda a gente, tinhacontas para pagar, mas ficou com di-nheiro para pagar essas contas. E de-pois de pagas essas contas sobraramos tais 42 mil euros. Ponto. Foi isto queaconteceu”, finalizou o deputado.

TRABALHADORES PRECÁRIOSE OUTROS ASSUNTOSA assembleia de freguesia aprovoupor unanimidade a regularização pe-

rante a lei dos contratos laborais de8 funcionários de acordo com a novalei dos “precários” que entrou em vi-gor no Orçamento de Estado de2018. Estes funcionários farão agoraparte dos quadros da junta de fre-guesia plenos de direitos.

Antes da ordem do dia, os depu-tados fizeram aprovar um voto delouvor e reconhecimento pela pas-sagem do Clube Desportivo das Avesà final da Taça de Portugal a disputarno Estádio Nacional no Jamor e doisvotos de pesar pelo falecimento deBernardino Certo, ex-deputado delonga data da assembleia de fregue-sia e Margarida Balsemão Moreira,esposa do antigo presidente de jun-ta, Aníbal Magalhães Moreira.

Da parte do público surgiram pre-ocupações em relação ao estado dosequipamentos do parque do AmieiroGalego - que terá no próximo dia 5de maio (sábado) a reinauguraçãodo bar - pela voz de Vasco Oliveira.José Manuel Machado subiu ao púl-pito da assembleia, visivelmente emo-cionado com o tributo a BernardinoCerto, para felicitar o atual executivopela “honrada e digna” sessão sole-ne de celebração, no dia 4 de abril,do aniversário da vila. |||||

EXECUTIVO LIDERADO PORJOAQUIM FARIA PÕE EM CAUSAOS INVESTIMENTOS REALIZA-DOS EM FINAL DE MANDATOPOR ELISABETE ROQUE FARIA,AFIRMANDO MESMO QUE OVALOR DE 90 MIL EUROS PORSI ANUNCIADO NÃOCORRESPONDE À VERDADE

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SANTO TIRSO | REUNIÃO DE CÂMARA

ENTRE MARGENS | 03 MAIO 2018 | 09

Câmara apresentasaldo positivonas contas de 2017

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“Santo Tirso mudou nos últimos qua-tro anos e continua a mudar”, con-cluiu Joaquim Couto, presidente daCâmara, no final da apresentação emreunião do executivo camarário dosresultados “positivos” do relatório econtas do ano de 2017. O autarcamostrou-se muito satisfeito com o que

SALDO DA GESTÃO DO ANO TRANSATO APONTA RESULTADO LÍQUIDOPOSITIVO DA ORDEM DOS 1,7 MILHÕES DE EUROS. JOAQUIM COUTOSALIENTA EXERCÍCIO DE RIGOR, RESPONSABILIDADE E TRANSPARÊNCIA.PSD ABSTEVE-SE NA VOTAÇÃO.

ACIST PROMOVE “SANTO TIRSO À MESA”Durante todo o mês de maio, em 15 restaurantes do concelho, será possível obter duas refeições pelo preço deuma. O objetivo da Associação Comercial e Industrial de Santo Tirso é dinamizar a gastronomia do concelho,atraindo as pessoas aos estabelecimentos de restauração em dias com menos movimento. A lista de restauran-tes aderentes, bem como dos menus disponíveis estão divulgados no facebook da ACIST. Faça já a sua reserva.

os números significam para o muni-cípio, salientando que o mais impor-tante foi “a capacidade demonstradapelo executivo municipal de honrartodos os compromissos assumidospara com a população”.

O resultado líquido de 1,7 milhõesde euros foi conseguido à boleia deuma redução da despesa corrente de0,4% e de um crescimento do ativo lí-

quido de 1,1%, mantendo o equilíbriofavorável entre despesa e receita to-tal. Contas fechadas a Câmara Mu-nicipal conseguiu “notáveis” taxas deexecução, quer do orçamento, querdo plano de investimentos, na casados 82 e 70 por cento, respetivamen-te, ao que se juntou uma poupançacorrente superior a 7 milhões de euros.

Em declaração de voto, JoaquimCouto, em nome dos vereadores so-cialistas, aproveitou para deixar umamensagem à oposição. “Para eventu-al desilusão de alguns, não há des-pesismo, mas antes contenção dascontas municipais, que mantêm o sa-lutar e imperioso princípio de ape-nas incorporar despesa para a recei-ta que arrecada”, assinalou o edil.

O texto da maioria fez notar queos dados agora divulgados demons-tram a preocupação do executivo como mundo empresarial, com especialatenção aos prazos de pagamentoaos fornecedores, “reduzindo drasti-camente o tempo de espera” e apli-cando medidas de apoio por via daredução dos principais impostos in-diretos, num valor superior a 2 mi-lhões de euros, revelou o presiden-te, enaltecendo a sensibilidade soci-al de um orçamento em que 60%

está dedicado a investimentos emáreas como a educação, a saúde, odesporto e coesão social.

Quanto ao recurso ao crédito exter-no a que a Câmara recorreu no anotransato, Couto explicou que isso sedeve aos atrasos dos fundos comuni-tários porque, diz “não podíamos pre-judicar a população de Santo Tirso”,sendo apenas possível com “contasequilibradas e capacidade de endivi-damento muito abaixo do limite legal.”

Já os vereadores eleitos pelas lis-tas da coligação “Por Todos Nós”, pelavoz de Andreia Neto, abstiveram-sena votação, explicando em declara-ção de voto que, “tendo em contaque se trata de um mandato em queestes vereadores não acompanharam,nem o orçamento, nem o seu exercí-cio, não estaríamos a ser rigorososse o sentido de voto fosse outro.” |||||

“Para eventual desilu-são de alguns, não hádespesismo, mas antescontenção dascontas municipais”JOAQUIM COUITO, PRESIDENTE CMST

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10 | ENTRE MARGENS | 03 MAIO 2018

ATUALIDADESANTO TIRSO | REUNIÃO DE CÂMARA ESCOLAS | REQUALIFICAÇÃO

Concurso para os parquesde estacionamentogera dúvidas na oposição

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A abertura do procedimento com vistaà realização do concurso público in-ternacional para a futura concessãodos parques de estacionamento pagona cidade de Santo Tirso deixa dúvi-das aos vereadores ‘laranja’ que, nãosendo contra a ideia de concessionara exploração a privados, como acon-tece em grande número doutras ci-dades, levanta questões sobre o futu-ro dos parques, por agora gratuitos,da câmara e feira, bem como a criaçãode alternativas de estacionamento.

Segundo o presidente da câmara,“este é um processo complexo quetem vindo a ser desenvolvido ao lon-go dos últimos 5/6 anos com vista aresolver o problema do estacionamen-to na cidade de Santo Tirso. JoaquimCouto garante que a Câmara Muni-cipal “partilha das preocupações de to-da a gente” quanto à organização doestacionamento na cidade”, sendo queeste concurso para além da gestão dosatuais parques pagos vai permitir aoscandidatos “apresentar propostas al-ternativas aos parques já existentes.”

Ora, Andreia Neto afirma que “oque está em causa “com a abertura

VEREADORES DO PSD VOTARAM CONTRA A PROPOSTAQUESTIONANDO O EXECUTIVO SOBRE O FUTURO DOPARQUE DA CÂMARA, DA FEIRA E A CRIAÇÃO DE ALTERNATIVAS.PROPOSTA DA MAIORIA AVANÇA COM OS VOTOS ‘SOCIALISTAS’.

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O investimento envolveu a requalificaçãodo edifício central da escola, através damelhoria do conforto térmico e acústi-co da escola, a substituição das caixi-lharias exteriores e a construção de umalpendre, sendo ainda substituída a co-bertura com a retirada do amianto ain-da existente. No pavilhão gimnodes-portivo foram beneficiados os balne-ários e o piso para prática desportiva.

Com responsabilidades diretivas noagrupamento, e mais especificamentenesta escola, José Manuel Queijo Bar-bosa, revelou que “não podia estar maissatisfeito com esta requalificação”, dadoque “era uma necessidade e uma ur-gência” comunidade educativa.

Com esta primeira intervenção emgrande escala na instituição em maisde duas décadas, os alunos vêm assimresolvidos os problemas térmicos e dehumidade do edifico, sendo criado umalpendre para que uma parte do espa-ço exterior seja fruída durante os me-ses de inverno.

A requalificação e as novas soluções

EB 2/3 de SãoMartinhocom ‘nova cara’REQUALIFICAÇÃO “PROFUNDA” NO VALOR DE 500 MILEUROS ERA REIVINDICAÇÃO ANTIGA DA COMUNIDADEESCOLAR, REQUALIFICANDO O EDIFÍCIO PRINCIPAL, ESPAÇOSEXTERIORES E O PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO.

deste procedimento público interna-cional é que todas as zonas de esta-cionamento da cidade de Santo Tirsopassem a ser pagas, ou seja, o queestá previsto é que mesmo o parqueda câmara municipal e o parque dafeira passem a ser pagos.”

Joaquim Couto esclareceu que “es-tá definido no concurso que terá dehaver novos parques” e que no finaldo processo “o saldo será francamen-te positivo”. No que diz respeito aosparques da câmara, o presidente as-segura que “não vão acabar”, caben-do ao concessionário “apresentaruma proposta para que, em parte ouno todo, seja regularizado”.

O plano para o estacionamento nacidade de Santo Tirso funcionará emtrês níveis “em que o tarifário será pro-gressivamente mais barato a partir docentro para a periferia num raio desensivelmente 300 metros a partir doqual o estacionamento será livre egratuito”. A concessão irá implemen-tar um conjunto de ferramentas téc-nicas e digitais para racionalizar agestão do parqueamento.

Relativamente à feira, JoaquimCouto foi mais cauteloso afiançan-do que está tudo em aberto, porquea câmara tem um projeto a decorrerpara a recuperação do mercado e dafeira, sendo que tudo está em cimada mesa, “estacionamento subterrâ-neo, estacionamento nos dias em quenão há feira ou tirando a feira dali.Há várias hipóteses possíveis e queainda não estão consensualizadas.”

A abertura do procedimento parao concurso foi aprovada pela maio-ria socialista em sede de reunião decâmara, em que os vereadores soci-ais-democratas votaram contra. Estáprevisto que concurso público avan-ce dentro de seis meses. |||||

implementadas tiveram como princípiobase preocupações ambientais que de-vem reduzir a fatura energética mais detrinta por cento ao ano, das quais osalunos já sentem a diferença no seudia a dia.

Joaquim Couto, presidente da câma-ra municipal de Santo Tirso, salientou aimportância da educação para a autar-quia tirsense citando as várias interven-ções no parque escolar do concelho quejá estão concluídas ou estão prestes acomeçar. O edil classificou esta emprei-tada como “profunda e muito bemconseguida”, da qual espera tirar frutosno futuro. “Se investimos nos lanchesescolares, nos transportes, de certeza queserá possível mesurar dentro de dez anosuma melhoria sensível do desenvolvi-mento e qualidade de vida das pesso-as”, referiu.

Esta intervenção faz parte do planoalargado de intervenções no parque es-colar do concelho que envolve verbas demais de 3,5 milhões de euros. A próxi-ma escola a beneficiar de uma requa-lificação profunda será a EB 2,3 de Viladas Aves, prevê-se ainda este ano. ||||||

REQUALIFICAÇÃO DAESCOLA DE S. MARTINHO

FOI ASSINALADA PELOEXECUTIVO DE JOAQUIM

COUTO, NA IMAGEMLADEADO PELO PRESI-

DENTE DA JUNTA DE VILANOVA DO CAMPO, E PELORESPONSÁVEL DO AGRU-

PAMENTO ESCOLAR E PELAVEREADORA DA EDUAÇÃO

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Centro de Saúde de SãoMartinho já temconsultas de saúde oral

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As consultas estão a funcionar des-de meados do mês de abril, mas asua abertura ao público foi agora as-sinalada pela visita à USF de São Mar-tinho do Campo pelo secretário deEstado Adjunto e da Saúde, FernandoAraújo e do presidente da Câmara,Joaquim Couto. O protocolo assina-do entre as duas entidades implicaque o Ministério da Saúde seja res-

PROGRAMA PILOTO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE CHEGOU À UNIDADE DE SAÚDEFAMILIAR (USF) DE SÃO MARTINHO ATRAVÉS DE UMA PARCERIA COM OMUNICÍPIO, DISPONIBILIZANDO CONSULTAS DE MEDICINA DENTÁRIA DENTRODO SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE (SNS).

No decorrer da celebração eucarísticarealizada no Mosteiro da Visitação nopassado dia 23 de abril, dia de S. Jorge,patrono mundial do escutismo, foi en-tregue ao Padre Fernando Azevedo Abreua “Cruz de Mérito Monsenhor AvelinoGonçalves”, destinada a “premiar dirigen-tes por serviços especialmente meritóriosa favor do CNE”. Presentes para a ceri-mónia estavam o Chefe Nacional do Cor-po Nacional de Escutas e os chefes Regi-onal e de Núcleo, tendo a condecora-ção sido entregue pelo Chefe Nacional,o famalicense Ivo Faria de Oliveira. A con-decoração atribuída ao pároco de Viladas Aves foi proposta pela chefia do Agru-pamento em função dos relevantes ser-viços prestados ao escutismo pelo PadreFernando Abreu na dupla qualidade deassistente do agrupamento local e de as-sistente do núcleo de Famalicão, ao lon-go de vários anos.

Como foi noticiado pelo Entre Mar-gens na edição anterior, foi também assi-nado um contrato de comodato entre oMosteiro da Visitação e o Agrupamentopara utilização de um terreno pertencen-te ao Mosteiro e situado junto da rua doRio Vizela, em Paradela, como futuro Cam-po-Escutista “Visitação de Santo Maria”.

Decorreu depois, no salão dos bom-beiros de Vila das Aves, o jantar de con-fraternização e a coincidência de se co-memorarem também os setenta anos doPadre Fernando Abreu deu oportunida-de ao cantar de parabéns. Os presiden-tes da Câmara Municipal e da Junta defreguesia bem como outros autarcas es-tiveram presentes no evento. ||||||

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ponsável pela contratação do médi-co dentista e respetivo assistente, en-quanto o município fez o investimentorelativo ao equipamento.

No final da visita, os intervenientespareciam satisfeitos com o que en-contraram, já que estas consultas vêmtentar suprir um dos pontos fracosdo SNS desde que foi implementado:a medicina oral.

Segundo o secretário de Estado, “éimportante ressalvar a mais valia deste

projeto, porque esta é uma área ondenão havia solução no passado. É umaresposta importante, porque a medi-cina dentária tem um impacto diretona vida das pessoas, influenciando,por exemplo, a saúde mental e o re-lacionamento social”, esclareceu.

Fernando Araújo deixou rasgadoselogios ao comportamento da Câma-ra Municipal de Santo Tirso nesteprocesso e a postura que tem no diá-logo como o governo. “Santo Tirso éum bom exemplo da abertura que asautarquias têm tido a este tipo de pro-jeto, ao suportar este investimento, oque permitiu andar mais rápido e co-locar este projeto no terreno mais ce-do”, concluiu o secretário de Estado.

Por sua vez, o autarca tirsense,Joaquim Couto, enalteceu o bom re-lacionamento com o Ministério daSaúde em várias medidas, mostran-do-se “orgulhoso” com a abertura dasconsultas de medicina dentária naUnidade de Saúde Familiar de SãoMartinho do Campo. “Optamos porresolver o problema das pessoas,mesmo que isso implique um investi-mento no nosso orçamento munici-pal” elucidou o presidente.

No que diz respeito aos utentes,as consultas estão a satisfazer as suasnecessidades, pelo menos nesta faseinicial da implantação. José Bessa es-tava na sua primeira consulta com anova dentista e classificou a experi-ência como “ótima, com um atendi-mento fantástico”. O utente de 62anos sofreu uma inflamação dentáriae recorreu a uma consulta abertasendo reencaminhado para a novaconsulta dentária da USF. “Faz preci-samente uma semana que me mar-caram a consulta, portanto foi rápidoe o atendimento foi perfeito”.

O Ministério da Saúde pretendeexpandir para 90 o número de mé-dicos dentistas nos centros de saú-de durante esta fase de expansão doprojeto, sendo o objetivo final a co-locação de um dentista em cada umadas USF do país. |||||

VILA DAS AVES | ESCUTISMO

Pe Fernandoagraciado comcondecoraçãoescutista

CONCELHO | SAÚDE ORAL

AS CONSULTAS ESTÃO AFUNCIONAR DESDE MEA-DOS DO MÊS DE ABRIL,MAS A SUA ABERTURA AOPÚBLICO FOI AGORAASSINALADA PELA VISITA ÀUSF DE SÃO MARTINHODO CAMPO PELO SECRE-TÁRIO DE ESTADO ADJUN-TO E DA SAÚDE,FERNANDO ARAÚJO

FESTIVAL DE GUITARRA COMEÇA A 11 DE MAIOO guitarrista cubano Alfredo Panebianco faz as honras de abertura da edição 25 do Festivalde Guitarra, partilhando o palco com Vania Del Monaco, mas também com a OrquestraARTAVE. Neste seu regresso ao festival, Panebianco fará a estreia de uma peça dedicada aSanto Tirso. Concerto no auditório P.e António Vieira (Caldas da Saúde) às 21h30 do dia 11de maio. Reserva de bilhetes pelo email: [email protected]

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12 | ENTRE MARGENS | 03 MAIO 2018

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‘PATRONATO’ FOI O ANFITRIÃO DE UMA NOITE QUE JUNTOUMAIS DE 350 PESSOAS NA ASSISTÊNCIA E 12 GRUPOS NOPALCO. A ORGANIZAÇÃO FOI DO GRUPO AVENSE “RENASCER”.

Centro Interpretativodo Monte Padrãocelebrou 10 anosA perspetiva de uma professora dehistória sobre a primeira década deexistência do Centro Interpretativo,num programa festivo que incluiuvisitas guiadas, atividades pedagó-gicas, música e um Ciclo de Con-ferências.

||||| POR: MARIAMARIAMARIAMARIAMARIA ASSUNÇÃOASSUNÇÃOASSUNÇÃOASSUNÇÃOASSUNÇÃO LINOLINOLINOLINOLINO

Tive o privilégio de participar no “ICiclo de Conferências do MontePadrão - Citânias e Cividades. Asprimeiras cidades do Noroeste Pe-ninsular”, realizado no passado dia20 de abril, no Centro Interpreta-tivo do Monte Padrão.

Estas conferências contaram coma presença e participação de ilus-tres oradores ligados ao estudo dacultura castreja do noroeste da Pe-

Vila das Aves recebeuFestival da Cançãodos ‘Jovens em Caminhada’

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Sob o mote ‘Sede Alegres na Esperan-ça’, Vila das Aves, e mais especificamenteo salão paroquial, recebeu pela quartavez na sua história o Festival da Cançãodo Movimento de “Jovens em Caminha-da” que se realiza anualmente. A ediçãode 2018 contou com a presença de do-ze grupos que se propuseram a compore apresentar músicas e letras originais.

Este festival da canção juntou maisde 350 pessoas pagantes para assistirao espetáculo, numa organização queenglobou cerca de uma centena de pes-soas, desde o grupo organizador, o ‘Re-nascer’ de Vila das Aves, incluindo artis-tas, jurados e equipa diocesana, paraaquele que é um dos momentos maisimportantes do movimento, uma vez queoferece a oportunidade de cada grupomostrar às diferentes comunidades os va-lores e união existentes entre os jovens.

O grande vencedor do festival foi o

grupo “Esperança” de Antas, Esposen-de. O pprémio de melhor interpretaçãofoi para Palmeira, melhor letra para Fra-goso, melhor música para Belinho emelhor claque para Ferreiros.

O grupo ‘Renascer’ faz parte do mo-vimento jovens em caminhada e cele-brou 39 anos de existência no passa-do dia 1 de maio, sendo composto por16 jovens com idades compreendidasentre os 15 e os 29 anos. A atividadeestá normalmente ligada à paróquia,por exemplo com participações anuaisna Feira de S. Martinho, Domingo deRamos, Corteja Pascal e no Compasso.

Para além disso, o ‘Renascer’ integraas atividades ligadas ao movimento quevão desde o Festival de Reis, o Festivalda Canção, o Sunset JOEMCA, o Acam-pamento do movimento, passando pe-los cursos de formação ou o Encontroe Ceia de animadores. Localmente ogrupo realiza ainda reuniões temáticase outros momentos de convívio.. |||||

nínsula Ibérica - Sanfins, Briteiros,Monte Mozinho (Penafiel), S. Do-mingos (Lousada) e, claro, MontePadrão, no território que é hojeportuguês, e Chao Samartin, nasAstúrias, foram as povoações so-bre as quais se apresentaram inte-ressantes comunicações.

Destaco a evocação do profes-sor Doutor Carlos Alberto Ferreirade Almeida, da Universidade doPorto, nos trabalhos de exploraçãoe divulgação - junto das populaçõese para os entendidos - de váriosdestes sítios, nos finais da décadade setenta do século passado. Li-derou e participou, com entusias-mo e rigor, em campanhas por todoo país, alertou as autoridades e aspopulações para a riqueza cultural

de que dispunham com a herançadeixada pelos antepassados.

Esta postura de um dos maisilustres Professores da Universida-de do Porto, precocemente faleci-do, é exemplo que inspira o Álva-ro Moreira, investigador do CITCEM(Centro de Investigação Transdisci-plinar “Cultura, Espaço e Memó-ria”) da UP e diretor do CentroInterpretativo do Monte Padrão.

Foi, de facto, a sua intervençãoque mais interesse me provocou,já que, a par do rigor científico utili-zado e dirigido aos seus pares, tam-bém abordou a perspetiva do ho-mem comum, do cidadão que seinteressa pelo passado e seus tes-temunhos apenas com o objetivode deles usufruir, de entender al-guma coisa sem precisar de se tor-nar um perito no assunto.

Foi interessante saber que a Câ-mara Municipal de Santo Tirso vem,sistematicamente desde a décadade oitenta do século passado, in-vestindo no estudo do povoadoque é, desde 1910, MonumentoNacional e, desde 2011, Zona Es-pecial de Proteção, com cerca de92 hectares de vistas deslumbran-tes a par da riqueza arqueológica.

As primeiras escavações datamda década de cinquenta, intensifi-cando-se e tornando-se sistemáti-cas a partir da intervenção da CMSTem colaboração com a Universi-dade do Minho, enriquecido todoo conjunto com a construção e ati-vidade cultural e pedagógica doCentro Interpretativo.

Em belo fim de tarde verdadei-ramente primaveril, fizemos a visitaao Monte, guiados pelo DoutorÁlvaro Moreira, observamos os ves-tígios, ouvimos os seus esclarecimen-tos sobre a situação das descober-tas feitas e dos planos em curso.

Quando se pensa em viajar, na-da mais extravagante que fazê-lo,simultaneamente, no tempo e noespaço - visitar o Monte Padrão éuma viagem que recomendo. |||||

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ENTRE MARGENS | 03 MAIO 2018 | 13

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Estrela do Monte

CD AVES | LIGA NOS

18 - ESTORIL32 29 17 - PAÇOS FERREIRA

32 26

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - FC PORTO 32 82

2 - SPORTING 32 77

3 - BENFICA 32 77

4 - BRAGA 32 74

5 - RIO AVE 32 47

7 - CHAVES 32 41

9 - V. GUIMARÃES 32 40

10 - TONDELA 32 38

11 - PORTIMONENSE 32 35

6 - MARÍTIMO 32 44

32

13 - MOREIRENSE 32 32

16 - V. SETÚBAL

32 3114 - CD AVES30 30 15 - FEIRENSE32 29

12 - BELENENSES 32 34

418 - BOAVISTA

V. GUIMARÃES 1 - MOREIRENSE 0

V. SETÚBAL 0 - FEIRENSE 2

BENFICA 2 - TONDELA 3PORTIMONENSE 1 - SPORTING 2BOAVISTA 1 - PAÇOS FERREIRA 0

MARÍTIMO 0 - FC PORTO 1

BRAGA - BOAVISTABELENENSES - PORTIMONENSE

RIO AVE 2 - CHAVES 1

SPORTING - BENFICAESTORIL - V. SETÚBALMOREIRENSE - CD AVES

CHAVES - MARÍTIMO

TONDELA - V. GUIMARÃES

JORNADA 32 - RESULTADOS

FC PORTO - FEIRENSE

BELENENSES 0 - BRAGA 1CD AVES 1 - ESTORIL 0

PAÇOS FERREIRA - RIO AVE JORN

ADA

33 -

04 A

07

DE

ABRI

L

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FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Não foi fácil. O confronto entre duasequipas com aspirações idênticas, astrês jornadas da linha de meta, eramotivo de preocupação. O destinode uma longa época opunha dois em-blemas que mais do que tudo a ga-nhar, tinham tudo a perder. A juntarà pressão da classificação, implacável

RECEÇÃO AO ESTORIL ERA DE IMPORTÂNCIA VITAL PARA AS ASPIRAÇÕESAVENSES QUE ALIVIARAM AS TENSÕES DOS ADEPTOS JÁ PARA LÁ DOMINUTO 80, VENCENDO ASSIM UM ADVERSÁRIO DIRETO. COM DOISJOGOS PARA O FINAL, A MATEMÁTICA ESTÁ DO LADO DO DESPORTIVO.

Falta um “bocadinhoassim” para amanutenção

quando as poeiras de abril se propa-gam pelo ar, o encontro colocava fren-te a frente dois técnicos com passa-dos entrecruzados no CD Aves. IvoVieira foi o responsável por uma sérieestonteante de vitórias na primeiravolta da II liga no ano transato, sendodespedido quando a vantagem cria-da quase desaparecera e a subida emrisco. Para o seu lugar, a história éconhecida., José Mota chegou e le-

vou o barco a bom porto, a Liga NOS.Quanto à partida, foram os foras-

teiros que entraram melhor e a pri-meira parte acabou por pertencer aos‘canarinhos’. Mais oportunidades degolo, lances mais perigosos, bolas aoposte, jogadas que obrigaram AdrianoFacchini a defender, e a defender, e adefender. Só aos 26’, o guardião aven-se evitou o golo certo por duas ocasi-ões. Classificar esta partida de frené-tica é um eufemismo. Jogava-se bomfutebol, rápido, cheio de intenção, osalas de ambas as equipas desequili-bravam a cada sprint pela lateral.

Ao intervalo, Estoril podia quei-xar-se de si mesmo, o CD Aves po-dia agradecer a Adriano. Num en-contro onde estava tudo em jogo, asduas equipas não deixaram nadaresguardado. Fizeram pela vida comose costuma dizer. E se a primeira par-te foi o que foi, a segunda ainda mais.

Oportunidades eram em catadupa,de um lado e do outro. Quase nãose podia respirar. Exemplo extremo, asequência entre o minuto 52’ e 53’.Bruno Gomes remata com muito pe-rigo, segue-se Nildo que vê a suatentativa ser tirada em cima da linhade golo. Não para. Bruno Gomes,

novamente, em contra-ataque, maisum susto para a defensiva avense.

Arango e Luís Fariña entraram ederam mais agressividade e poder defogo à equipa de José Mota e, numafase em que o Aves já dominava oencontro, os muitos adeptos nas ban-cadas foram premiados com um goloque pode salvar uma época. Aos 81’,Vítor Gomes, pés de mágico coloca abola milimetricamente na grande áreaonde se encontrava Nildo Petrolinaque, com dois toques, receção da bolae remate colocado, levou a euforia aoscorações de todos os que assistiam.

Com esta vitória caseira, o Despor-tivo das Aves sobe ao 14º lugar com31 pontos está muito perto de ga-rantir a manutenção na primeira liga.Ao fim de trinta e duas jornadasencontra-se dois pontos acima da li-nha de água, neste momento ocupa-do pelo Paços de Ferreira com osmesmos pontos do Vitória de Setúbal.Estoril é o lanterna vermelha com 26.Na próxima jornada o Desportivo vaia casa do rival Moreirense, forma-ção imediatamente acima na tabelacom apenas mais um ponto, partidaque se joga Domingo, dia 6 de maiopelas 16 horas. ||||||

DESPORTO

NA PRÓXIMA JORNADA ODESPORTIVO VAI A CASA DORIVAL MOREIRENSE, FORMA-ÇÃO IMEDIATAMENTE ACIMANA TABELA COM APENASMAIS UM PONTO, PARTIDAQUE SE JOGA DOMINGO, DIA6 DE MAIO PELAS 16 HORAS

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DESPORTOCD AVES | ELEIÇOES

Tal como anunciado, decorreu nopassado dia 28 de abril o ato elei-toral para os corpos diretivos doClube Desportivo das Aves e a listaúnica apresentada viu, naturalmen-te, confirmada a sua investidura.Armando Silva continua, assim, naliderança do clube, com a única no-vidade de ter agora à dirigir a mesada Assembleia Geral Nuno Car-doso, no lugar que por largos anosfoi ocupado por Narciso Oliveira.

Não se pode dizer que tenhahavido grande afluência às urnaspois terão votado menos de dezpor cento dos cerca de 1200 só-cios que, pelos cadernos eleito-rais, estariam em condições devotar e nos votos entrados na ur-na contou-se um reduzido núme-ro de votos em branco.

O presidente eleito pretende,neste novo mandato, criar um “Con-selho Consultivo” e um “Museu doClube Desportivo das Aves”, paraalém de continuar a desenvolvera formação de futebol e as moda-lidades (Futsal e Voleibol) que co-meçam a fazer com que o pavi-lhão do Clube esteja a atingir olimite da sua capacidade, criandoassim novos desafios ao clube. ||||||

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Armando Silvareconduzidocomo presidenteda direção

+ D

ESPO

RTO JUNIORES A – CAMPEONATO NACIONAL

FASE MANUTENÇÃO – ZONA NORTE-Jornada 8: Chaves 2 - 3 Desportivo das Aves-Jornada 9: Desportivo das Aves 1 – 2 Paços de FerreiraClassificação: Desportivo das Aves 3º;

CAMPEONATO DE PORTUGAL-Jornada 30: Bragança 1 - 1 S. MartinhoClassificação final: São Martinho 6º;

DIVISÃO ELITE - AF PORTO (SÉRIE 2)- Jornada 30: Vila Meã 3-3 Tirsense- Jornada 30: Vilarinho 2 - 3 LixaClassificação final: Tirsense 5º; Vilarinho 14º.

DIVISÃO DE HONRA – AF PORTO (SÉRIE 2)- Jornada 28: Tirsense B 1- 1 ValonguenseClassificação final: Tirsense B 14º

1ª DIVISÃO – AF PORTO (SÉRIE 2)- Jornada 29: UDS Roriz 0 – 2 SobrosaClassificação: UDS Roriz 9º

2ª DIVISÃO – AF PORTO (SÉRIE 1)- Jornada 30: Milheirós 1 – 0 Monte Córdova- Jornada 31: Monte Córdova 3- 1 MGCClassificação: Monte Córdova 7º

FUTSALJuniores A : GDVale do Ave 1 – 5 AD PenafielJuniores D : GDVale do Ave 2 – 3 FCTirsense

Armindo Araújoregressa às vitórias nocampeonato nacional

Vitória finalfoi ‘amarga’

A precisar de vencer sem perder setse esperar por um milagre e uma aju-dinha do rival Ginásio, o CD Avescumpriu a parte do acordo batendopor 3-0 a equipa vencedora da sé-rie, o AAJ Moreira pelos parciais de25-22; 25-17; 25-20. Só que do ou-tro lado, a competência reinou e oDesportivo não conseguiu desfazera desvantagem de um ponto com queentrara para a derradeira jornada.

A equipa avense terminou a épo-ca como a menos derrotada, com ape-nas duas derrotas no campeonato,que apareceram em momentos críti-

MESMO VENCENDO A ÚLTIMA PARTIDA DA II FASE, AVESVÊ-SE ARREDADO DA SUBIDA À PRIMEIRA DIVISÃO

VOLEIBOL FEMININO

cos da temporada e relegaram o Des-portivo das Aves para a terceira posi-ção. Um final inglório, para uma tem-porada que parecia encaminhada parasucessos mais elevados.

Apesar de falhar o objetivo princi-pal, que seria subir à primeira divisão,Manuel Barbosa, técnico que acom-panhou o renascimento da secção devoleibol do Aves em 2016, aceitou oconvite para continuar aos comandosda formação avense. O treinador múl-tiplo campeão nacional vai continuarassim de olhos postos na subida à pri-meira divisão na próxima temporada. |||||

Aos comandos do Hyundai i20 R5,o piloto navegado como sempre porLuís Ramalho, no final da prova, nãoescondeu a sua alegria pelo resul-tado alcançado e por este regressoaos triunfos. “Foi uma vitória muitosaborosa após um rali onde tivemosque lutar muito depois do atraso quesofremos logo de manhã devido aum furo. Nas duas últimas especi-ais ataquei ao máximo e consegui-mos recuperar toda a desvantageme subir ao lugar mais alto do pódiono Campeonato de Portugal de Ralis.É um enorme prazer poder, logo nosegundo rali, proporcionar a primei-ra vitória nacional do Hyundai i20R5 que se mostrou irrepreen-síveldurante todas as especiais”, referiu.

Com a vitória na prova organi-zada pelo Clube Automóvel doCentro, o piloto de Santo Tirso as-cendeu ao terceiro lugar da classi-ficação, num campeonato que con-tinuará certamente a ser muito dis-putado. “Alcançamos um resultadomuito bom para os objetivos quetraçamos nesta temporada. Ficou de-monstrado que os nossos adversá-rios estão igualmente muito fortese que teremos muito que lutar atéfinal. Vamos desfrutar deste momen-to, mas a pensar já na próxima pro-va e trabalhar para tentar repetir oresultado desta prova”, completou.

A próxima prova de ArmindoAraújo será o Rali de Portugal, naestrada entre 17 e 20 deste mês. |||||

PILOTO DA HYUNDAI VENCEU O RALI DEMORTÁGUA LEVANDO PELA PRIMEIRA VEZ OCARRO COREANO AO LUGAR MAIS ALTO DO PÓDIO.

AUTOMOBILISMO

14 | ENTRE MARGENS | 03 MAIO 2018

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16 | ENTRE MARGENS | 03 MAIO 2018

A FECHARPróxima edição

do Entre Margensnas bancas

a 24 de maio

INSCRITO NA E.R.C. SOB O Nº 112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: QUINZENAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

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ASSINATURAS: PORTUGAL - 16 EUROS / EUROPA - 30,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 33,00 EUROS

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PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L.- PRAÇA DAS FONTAINHAS, LOTE 4, LOJA

2- VILA DAS AVES. NIF: 501 849 955

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA CCEA: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES (PRESIDENTE); LUDOVINA

SILVA E JOSÉ ALVES DE CARVALHO (VOGAIS).

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: PRAÇA DAS FONTAINHAS, LOTE 4, LOJA 2 - VILA DAS AVES

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES.

REDAÇÃO: PAULO R. SILVA E LUDOVINA SILVA.

O ESTATUTO EDITORIAL DO ENTRE MARGENS PODE SER LIDO EM:

HTTPS://JORNALENTREMARGENS.WORDPRESS.COM/ESTATUTO-EDITORIAL/

COLABORADORES: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, NUNO MOTA, MIGUEL MIRANDA,

ADÉLIO CASTRO, FELISBELA FREITAS, FELISBELA LUÍS FREITAS, MARIA ANTÓNIA BRANDÃO, HUGO RAJÃO, ASSUNÇÃO

LINO, CELSO CAMPOS, ELSA CARVALHO, LUÍS AMÉRICO FERNANDES.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO.

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS.

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: MANUEL AZEVEDO.

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA DE S. BRÁS, 1 - GUALTAR 4710 -073 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 604- 03 DE MAIO DE 2018

Entre Margens em novas instalaçõesA redação e administração do jor-nal Entre Margens bem como aCooperativa Cultural de Entre osAves, proprietária do jornal, estãoagora na Praça das Fontainhas,junto do Centre Cultural de Viladas Aves.

Depois de mais de 4 anos naantiga Escola da Ponte, por defe-rência da Câmara Municipal doconcelho, o Entre Margens estáagora numa loja propriedade daJunta de Freguesia de Vila dasAves, no local onde em tempos

Velocidade invaderuas de Vila das Aves

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Um percurso de 2km que vai ligar oEstádio do Clube Desportivo dasAves à rotunda de São Miguel e orespetivo regresso. A primeira ediçãoda Especial Rally Sprint Vila das Avesvai injetar adrenalina e velocidadeao fim de semana de celebração dasfestas da vila, no sábado, 2 de junho.

“O objetivo é envolver Vila dasAves e o desporto automóvel faz issomesmo”, anunciou Joaquim Faria, pre-sidente de junta na apresentação daprova. “Organizando apenas uma pro-va pretendemos promover Vila dasAves, o comércio e fazer com que azona envolvente apareça”, acrescentou.

A ideia surgiu do desafio de pi-lotos da vila ao presidente de juntaque se mostrou recetivo à realizaçãodo evento, já que no seu cerne estevai ao encontro das ideias que Joa-quim Faria quer promover na vila. “In-serir esta prova nas festas só tem umpropósito, aquilo que tenho defen-dido até hoje”, referiu o autarca, “tra-

PRIMEIRA EDIÇÃO DO RALLY SPRINT VAI TRAZERADRENALINA AO FIM DE SEMANA DAS FESTAS DA VILA.

AUTOMOBILISMO

O Karate Shotokan Vila das Aves es-teve presente no III Open da Mea-lhada com vários atletas, conquistan-do 6 pódios e mais dois quintos luga-res. Em cadetes, Beatriz Martins con-quistou o 1º lugar em kumite femi-nino (-54kg); José Pereira alcançouo 3º lugar e Ruben Pereira 5º lugarambos em kumite (-63kg); nosJuniores, Júlio Silva foi 3º classifica-do em kumite (+68kg); em Seniores,Manuel Ribeiro conseguiu o 1º lu-gar em kumite (+75kg); Já em KataTrissomia 21, André Lobo foi 2º eJoão Araújo 3º classificado. Não fo-ram ao pódio Pedro Costa em katasinfantis e o iniciado João Carneiro.

O Karate Shotokan esteve aindapresente no campeonato regional dekaraté da zona norte com 3 atletas, oinfantil João Costa, o iniciado JoãoCarneiro e o juvenil João Silva, quenão foram ao pódio.

AR REBORDÕESA AR Rebordões participou no Cam-peonato Regional de Karaté com seisatletas. Martim Silva foi vice campeãoem kumite juvenil masculino (-60kg);Gonçalo Ferreira sagrou-se campeãoregional em kumite iniciado masculi-no (-37kg) e Duarte Marta, foi 2ºclassificado em kumite iniciados mas-culino (-30kg). Participaram, ainda,Francisco Assis, Rui Costa e Francis-co Silva. Acompanhou a equipa o trei-nador Joaquim Machado.

Com estes resultados, a AR Rebor-dões conseguiu o apuramento para oCampeonato Nacional da modalida-de, que se realizará no próximo dia19 de maio, na Póvoa do Varzim. |||||

Shotokan comseis medalhas noOpen daMealhada

KARATÉ

funcionou a delegação das Finan-ças. Do contrato estabelecido coma Junta de Freguesia faz parte adinamização, pela Cooperativa, doBanco de Livros, iniciativa da Jun-ta, de que muito brevemente da-remos mais notícias.

O nosso endereço é agora“Lote 4, Loja 2 – Praça das Fon-tainhas” mas não há qualquer mu-dança no que respeita a telefonese mail, continuando o endereçopostal a ser o do Apartado 19.4796-908 Aves. |||||

‘Diogo Piçarra em Pessoa’

Esta atividade, que se realizou on-tem (dia 2 de maio), teve a dura-ção de 60 minutos aproximada-mente, e destinava-se especialmen-te aos alunos do 7º ao 12º ano.Marcou a presença do músico Dio-go Piçarra que apresentou o livrocom esse título, no qual o músicodá a conhecer a sua abordagem

ímpar da obra de Fernando Pes-soa, nomeadamente reinterpre-tando-a através da música.

Durante a sessão, tivemos aindaa oportunidade de assistir à apre-sentação de dois temas bem conh-ecidos do público do reportóriodo cantor. A iniciativa terminoucom uma sessão de autógrafos. ||||||

ASSOCIAÇÃO DE PAIS DA EB 2/3 DE VILA DASAVES APRESENTOU AOS ALUNOS DO AGRUPAMENTODE ESCOLAS D. AFONSO HENRIQUESO PROJETO “DIOGO PIÇARRA EM PESSOA”.

ESCOLA BÁSICA DE VILA DAS AVES

zer produto externo para dentro devila para consumir, para dinamizar Viladas Aves nesse fim de semana.”

No que diz respeito à organiza-ção, Sérgio Aguiar, diretor de provada especial, descreveu o traçado co-mo “rápido”, sendo por isso impor-tante realçar a questão da seguran-ça. “O percurso está dividido em qua-tro áreas e uma delas está a ser pre-parada para acolher a população quevenha ver a especial.”

O responsável da prova garanteque esta especial “tem tudo para serum bom evento” e Joaquim Faria tema expectativa que “a prova seja emgrande, com muita segurança e queas pessoas assistam a um espetáculoautomobilístico de valor muito bome que os pilotos gostem.”

As inscrições estão abertas e dis-poníveis no site do Team Baia. A provarealiza-se a 2 de junho e serão reali-zadas três passagens no percurso, duasdurante a tarde e uma última pelas22 horas. O evento contará aindacom espetáculo drift e kartcross. |||||