Entrevista

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1 Entrevista Clínica Anamnese Útil em Psicodiagnóstico; Compilação de dados: Histórico psicológico, afetivo, profissional, etc; Foco é no transtorno apresentado: história do transtorno; Questionários: formas validadas; Entrevista contém anamnese; A entrevista clínica é uma entrevista aberta; O objetivo da entrevista aberta é que o entrevistado configure, espontaneamente, o campo da entrevista segundo sua "estrutura psicológica“ (Bleger, 1980); Exemplo

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Entrevista Clínica

Anamnese� Útil em Psicodiagnóstico;

� Compilação de dados: Histórico psicológico, afetivo, profissional,

etc;

� Foco é no transtorno apresentado: história do transtorno;

� Questionários: formas validadas;

� Entrevista contém anamnese;

� A entrevista clínica é uma entrevista aberta;

� O objetivo da entrevista aberta é que o entrevistado configure,

espontaneamente, o campo da entrevista segundo sua "estrutura

psicológica“ (Bleger, 1980);

� Exemplo

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Entrevista Clínica

� Interação verbal entre pessoas;� Não pode ser totalmente previsível e planejável;� Apresenta objetivos específicos;� Visa o estabelecimento de uma relação terapêutica;

� Terapeuta: sensibilidade às contingências da sessão;

� CUIDADO! – Regras tornam o comportamento insensível às contingências;

� Qual o objetivo da 1ª sessão?

� Interação: investir na relação terapêutica;� Terapeuta pode falar sobre o tratamento;� Coleta de Dados: verbais e não-verbais (formulário de entrevista inicial)

� Objetivos Terapêuticos: Esboço;� Importância do ambiente: acolhedor, “audiência não-punitiva”;

� Horário: ser pontual (mas, normalmente 1a sessão ultrapassa alguns minutos);

Características da Entrevista Inicial

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Modelo ou Estrutura da Entrevista Clínica

� Trabalhar do geral para o particular (problemas gerais);

� Uso inicial de participação não-diretiva do terapeuta;� Evitar o detalhamento inicial do(s) problema(s);� Verificar se há necessidade do uso de técnicas para reduzir ansiedade do cliente;

� Estimular o cliente a falar (uso de paráfrases, reflexões de sentimentos);

� Cuidados iniciais: ambiente, materiais necessários, horários de início e término, outras providências;

� Início, Desenvolvimento e Encerramento (uso de SDs);;

� Dados pessoais do cliente;� Dados do núcleo familiar (Genograma);� Aparência geral do cliente (dados não-verbais);� Como o cliente chegou ao tratamento (indicações)?

� Biografia do cliente;� Cptos disfuncionais que motivaram a procura do tratamento;

� Descrever operacionalmente a(s) queixa(s);� Hierarquização das queixas (se forem várias);

Coleta de Dados

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� Especificação dos cptos disfuncionais (CDs):• Dimensões do CD (freqüência, intensidade e duração)• Eventos relacionados à ocorrência do CD (circunstâncias onde ocorre)

• Circunstâncias nas quais o CD não ocorre• Dados históricos do CD (do início até agora)• Exemplos de ocorrência• O que ocorre imediatamente antes e depois da ocorrência do CD

• Conseqüências gerais do CD (e conseqüências qdo cpto não ocorre)

• Pensamentos, crenças, atitudes e sentimentos do cliente (durante e depois do CD)

• O que as outras pessoas dizem sobre o problema?

� Objetivos e metas do cliente para a terapia (cenário de vida);

� Pontos positivos e negativos do cliente em relação às possibilidades de tratamento;

� Pontos positivos e negativos do ambiente externo (trabalho, condições financeiras);

� Tratamentos anteriores;� Condições gerais de saúde (investigar aspectos psicossomáticos);

� Motivação do cliente para o tratamento;� Reforçadores potenciais (interesses do cliente –o que ele gosta MUITO de fazer) - quadrante

� Avaliar riscos e possíveis crises imediatas (possível encaminhamento);

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� Identificar respostas emocionais ao(s) problema(s) (como o cliente vem lidando com o problema?);

� Levantar dados de relações entre os diversos problemas apresentados;

� Outros dados (ex. alcoolismo, intervenções psiquiátricas, etc).

� Uso de Feedback no final da sessão – MUITO IMPORTANTE!

� 1a sessão: “tom” do processo terapêutico;

Demanda: olhos do terapeutaQueixas: boca do cliente

Habilidades do Terapeuta

� Habilidades empáticas: compreender e aceitar a outra pessoa como ela é, sem pré-julgamentos;

� Habilidades não-verbais: voz, expressão facial, postura corporal, gestos;

� Habilidades de perguntar: formulação e utilização de perguntas, afunilamento (dica geral);

� Operacionalizar informações: descrever o problema de forma objetiva e identificável para ambos (Terapeuta e cliente);

� Evitar “circularidade” e “dificuldade nos problemas do outro”;

� Parafrasear: reflexão da informação – é afirmar, não é perguntar!

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� Refletir sobre sentimentos: descrição dos sentimentos do cliente, conteúdo afetivo;

� Sumarizar ou resumir: apresentar síntese das informações oferecidas pelo cliente;

� Controlar a entrevista: terapeuta e cliente mantendo cada um o seu papel, terapeuta sendo responsável pela direção da entrevista;

� Manter seqüência: continuidade, coerência e entrosamento entre fala e demais cptos;

� Outras habilidades: silêncio, interpretação, reforcamento diferencial, fantasias, analogias e metáforas;

� AUTENTICIDADE – estratégia de Marketing;

Dificuldades Comuns entre Iniciantes

� Cptos concorrentes;� Saber selecionar o que escrever durante a sessão e o

que relatar depois;� História de inferências;� História de aconselhamento;� Identificar aspectos contra-transferenciais;� Adaptar a técnica ao tratamento (idiossincrasia do

tratamento);� Falar sobre assuntos “tabus”: sexo, religião, finanças� Cobrar a sessão;� Apresentar contrato;

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Técnicas de Entrevista Clínica

� Uso de temas: aspectos pessoais, profissionais, afetivos, familiares, sociais, etc;

� “Por que você está procurando terapia?”� “Você me contou sobre como o seu problema começou, mas gostaria de saber como ele está te afetando agora?”

� Perguntas abertas x fechadas;– Abertas: grande quantidade de informações;– Fechadas: respostas mais breves para esclarecer algum ponto específico;

� Respeitar o ritmo do cliente, permitindo que descreva o que está pensando e sentindo

� Parafrasear: – Resumir grandes blocos de respostas do cliente;– Reorganizar ou clarificar relato do cliente;– Confirmar com o cliente a acurácia da compreensão do entrevistador acerca do relato;

� Repetições:– Confirmar e facilitar continuidade do relato;– Validação de sentimentos: “Eu percebo que você fica triste quando fala sobre isso”;

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� Uso de verbalizações mínimas: “Hum, sei, ahãn, claro, compreendo”: – Indicar ao cliente que entrevistador está ouvindo atenta e ativamente seu relato;

– Consequenciar respostas verbais vocais específicas;

– Encorajar clientes resistentes a falar;

� Clientes Resistentes: – Uso de Metáforas;– Técnicas lúdicas (massinha, colagem);– Dicionário de sentimentos;

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Outros InstrumentosOutros Instrumentos

� Questionário Construcional de Goldiamond;� Entrevista Motivacional (Miller & Rollnick, 2001);

� Questionário de História de Vida (Lazarus);� Inventário de Sofrimento do Hayes (Get out of your mind and into your life);

� Instrumentos de identificação de ciclo de pensamento, ansiedade generalizada, sentimento diário, etc;