ENTREVISTA OLHAR -...

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ENTREVISTA Em um bate-papo, Alexandre Costa Nascimento conta um pouco sobre a ideia de usar o esporte como estilo de vida OLHAR Quando a palavra "superação" ganha outro sentido COMO FAZER Comer bem para se exercitar melhor ainda Jogo de equilíbrio Jovens esportistas aprendem, desde cedo, a conciliar treinos e competições com os estudos 1º Semestre • 2013

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ENTREVISTAEm um bate-papo, Alexandre

Costa Nascimento conta um pouco sobre a ideia de usar o

esporte como estilo de vida

OLHARQuando a palavra "superação" ganha outro sentido

COMO FAZERComer bem

para se exercitar melhor ainda

Jogo de equilíbrioJovens esportistas aprendem, desde cedo, a conciliar treinos

e competições com os estudos

1º Semestre • 2013

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O Grupo Marista conta com milha-res de pessoas que, diariamente, vi-venciam e disseminam importantes valores humanos e cristãos, com o compromisso de promover e defen-der os direitos das crianças e jovens. Faz parte do jeito Marista a busca constante por excelência. Na área da

educação, da escola à universidade, formamos pessoas e trazemos resul-tados comprovados. Em atividades nas áreas de saúde e comunicação, levamos sempre a melhor qualidade para públicos de diferentes condi-ções e necessidades. Em todas essas áreas, a ação social está presente

com iniciativas alinhadas ao posicio-namento institucional, mas também atuamos diretamente, por meio de uma ampla rede de solidariedade. Bons valores com excelência. Nossa missão é proporcionar essa combinação única para a construção de um mundo melhor.

Combinação única de bons

valores com excelência.

11ª Edição | 1º Semestre 2013

PERIODICIDADE Semestral

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Rulian Maftum / DRT Nº 4646

SUPERVISÃO Danielle Sasaki (Grupo Marista) e Maria Fernanda Rocha (Lumen Comunicação)

REDAÇÃO REDE Michele Bravos, Julio Cesar Glodzienski, Elizangela Jubanski

REDAÇÃO LOCAL Andressa Ferreira (Goiânia), Camila Stivelberg (Brasília), Carolina Veiga (Chapecó e Joaçaba), Daniela Nogueira (São Paulo e Ribeirão Preto), Erika Gonçalves (Cascavel, Londrina e Maringá), Kelly Erdmann (Jaraguá do Sul e Criciúma), Mahani Siqueira (Curitiba e Ponta Grossa), Yolanda Drumon (Colégio Marista Arquidiocesano).

CAPA Isadora V. Guimarães Senff, esudante do Colégio Marista Santa Maria (Curitiba/PR)

© Todos os direitos reservados. To-das as opiniões são de responsabili-dade dos respectivos autores.

PROJETO GRÁFICO Estúdio Sem Dublê

DIAGRAMAÇÃO Julyana Werneck

FOTO DE CAPA Renata Duda

REVISÃO Editora Champagnat

R. Amauri Lange Silvério, 270 Pilarzinho Curitiba-PR – CEP: 82120-000 Tel.: (41) 3271-4700

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Quer anunciar? Entre em contato conosco pelo fone (41) 3271-4700 ou pelo site www.grupolumen.com.br

PRESIDENTE DO GRUPO MARISTA

Ir. Délcio Afonso Balestrin

SUPERIOR PROVINCIAL

Ir. Joaquim Sperandio

SUPERINTENDENTE EXECUTIVO DO

GRUPO MARISTA

Marco Antônio B. Cândido

SUPERINTENDENTE EXECUTIVO DA ÁREA

DE EDUCAÇÃO

Paulo Serino

DIRETOR EXECUTIVO DA REDE DE COLÉGIOS

Ir. Paulinho Vogel

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Camila Matta, Danielle Sasaki, Fabiana Ferreira, Fernanda Jacometti, Irene Simões, Karen Fukushima, Leandro Martins e Vivian Lemos

COMUNICAÇÃO E MARKETING COLÉGIOS

Ana Carolina Jamur Ranocchi, Camilla Stivelberg, Cristiane R. Santos, Daniele Lucas, Elaine dos Santos Cezaro, Eziquiel M. Ramos, Fábio S. Aparício, Guilherme F. Neto, Kely C. de Souza, Luiza Baptista Fleury, Mayara A. Haudicho, Mayara Gutjahr, Natália Silveira Carneiro Raso, Natália Venâncio de Souza, Raquel A. Bortoloso, Samira D. Dutra, Tatiane Pereira, Yolanda Drumon

Rua Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho Curitiba-PR | Prédio Administrativo PUCPR 8º andar - CEP: 80215-901 | Tel.: (41)3271-6500

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BRASÍLIAColégio Marista de Brasília - Ensino FundamentalSGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília-DFCEP 70200-690 | (61) 3442-9400

Colégio Marista de Brasília - Ensino MédioSGAS 615 CONJ C - Bairro Asa Sul - Brasília-DF CEP 70200-750 | (61) 3445-6900

Colégio Maristinha Pio XII - Educação Infantil e 1º Ano do Ensino FundamentalSGAS 609, Módulo C - Bairro Asa Sul - Brasília-DF CEP 70200-690 | (61) 3442-9400

SÃO PAULOColégio Marista de Ribeirão PretoRua Bernardino de Campos, 550 - Higienopólis Ribeirão Preto-SP - CEP 14015-130 | (16) 3977-1400

Colégio Marista ArquidiocesanoRua Domingos de Moraes, 2565 - Vila Mariana São Paulo-SP - CEP 04035-000 | (11) 5081-8444

Colégio Marista Nossa Senhora da GlóriaRua Justo Azambuja, 267 - Cambuci - São Paulo-SP CEP 01518-000 | (11) 3207-5866

PARANÁColégio Marista ParanaenseRua Bispo Dom José, 2674 - Seminário - Curitiba-PR (41) 3016-2552

Colégio Marista Santa MariaRua Prof. Joaquim de M. Barreto, 98 - São Lourenço Curitiba-PR CEP 82200-210 | (41) 3074-2500

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Colégio Marista de LondrinaRua Maringá, 78 - Jardim dos Bancários - Londrina-PR CEP 86060-000 | (43) 3374-3600

Colégio Marista de MaringáRua São Marcelino Champagnat, 130 - Centro Maringá-PR - CEP 87010-430 | (44) 3220-4224

Colégio Marista Pio XIIRua Rodrigues Alves, 701 - Jardim Carvalho Ponta Grossa-PR - CEP 84015-440 | (42) 3224-0374

SANTA CATARINAColégio Marista São FranciscoRua Marechal F. Peixoto, 550L - Chapecó- SCCEP 89801-500 | (49) 3322-3332

Colégio Marista de CriciúmaRua Antonio de Lucca, 334 - Criciúma-SC CEP 88811-503 | (48) 3437-9122

Colégio Marista São LuísRua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 - Centro Jaraguá do Sul-SC - CEP 89251-700 | (47) 3371-0313

Colégio Marista Frei RogérioRua Frei Rogério, 596 - Joaçaba-SC - CEP 89600-000 (49) 3522-1144

GOIÂNIAColégio Marista de GoiâniaAvenida Oitenta e Cinco, 1440 - Santa Marista Goiânia-GO - CEP 74.160-010 | (62) 4009-5875

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8 O maior desafio de

quem pratica esporte está em conciliar a prática com os estudos. Saiba como pais e professores podem auxiliar.

14 A Em Família conversou com o primeiro brasileiro

a participar do Tour D'Afrique. Ele relata seus sonhos sobre duas rodas e diz como está sendo sua experiência no continente africano.

5 O Grupo Marista acredita que o esporte é ponto importante

para a formação integral de crianças e adolescentes. A prática abre portas para o conhecimento e o aprendizado de qualidade.

compartilhar

curiosidade

capa

solidariedade

dia a dia

como fazer diversão

olhar

40 Jogos cooperativos inovam brincadeiras tradicionais.

O diferencial é que todos saem ganhando. Saiba como.

6 Educação física é porta de entrada para uma vida

saudável, pautada pelo esporte. Conheça de que forma isso é abordado no colégio.

42 Incentivar a alimentação saudável nos filhos pode

ser mais fácil com o exemplo e acompanhamento dos pais.

47 Saiba os segredos que o asfalto guarda sobre as

corridas.

48 Chamem toda a família e aprendam a fazer

brinquedos com materiais recicláveis, para todos se divertirem juntos.

essência

32 Irmãos Maristas falam sobre a importância do

esporte como ferramenta social.44 Confira as dicas dos alunos

e professores sobre livros, programas de TV, entre outros, cujo tema é o esporte.

46 A experiência na Paralimpíada de Londres,

em 2012, mudou a percepção do jornalista Thiago Rocha sobre desafios e conquistas.

1ª impressão entrevista

índiceseu colégio

17 Confira as matérias

elaboradas exclusivamente para o seu colégio.

índice

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Nossa Em Família deste semestre é sobre esporte. Na verdade, é sobre educação, pois entendemos que tudo o que fazemos no Marista está ligado a esse tema. E o esporte, aliado a uma série de outras atividades, torna nossa proposta educativa diferenciada.

O Grupo Marista, desde São Marce-lino Champagnat, seu fundador, ofe-rece aos alunos dos Colégios Maristas educação integral de qualidade. Inte-gral, pois suas atividades pedagógicas, junto às crianças e jovens, abarcam todas as dimensões do ser humano. Está explícito em nossa Missão Educa-tiva Marista: “Coerentes com o nosso ideal de proporcionar uma educação verdadeiramente integral, incluímos nas experiências de aprendizagem dos nossos educandos a educação física, da saúde e do meio ambiente. Estimu-lamos as atividades esportivas como meio para desenvolver suas habilida-des físicas e sua coordenação motora, a formação da personalidade, o espí-rito de equipe, a disciplina pessoal, o reconhecimento de suas próprias limitações, a capacidade de aceitar seus limites e o desejo de obter êxito” (MEM, n. 137).

Como valor institucional, o Grupo Marista, em suas várias instâncias de atuação, seja nos hospitais, edito-ras, universidades ou colégios, preza pela presença significativa. Na ação escolar, procuramos prolongar nos-sa presença, dando significado a ela junto aos nossos alunos, através do tempo livre, do lazer, das atividades esportivas e culturais, ou quaisquer outros meios.

conteúdos e conhecimentos formais, acumulados ao longo da história da humanidade.

Para o Marista, educar uma criança é iluminar sua inteligência formando seu coração; é educar sua consciência fazendo-lhe amar a virtude; é formar sua vontade educando seu caráter; é cuidá-la continuamente ajudando-a a discernir sobre o que é certo e bom para si; é inspirar-lhe o amor ao trabalho e à vontade de querer ser melhor que si mesma; é dar-lhe os conhecimentos que lhe serão neces-sários em sua situação histórica e em sua condição pessoal.

Por fim, educar uma criança, para o Marista, é ocupar-se do seu de-senvolvimento físico, por meio das práticas esportivas e culturais que os colégios Maristas oferecem, não por capricho, mas sim por convicção de que esse é o melhor modo de educar e formar bons cristãos e virtuosos ci-dadãos, para hoje e para amanhã.

Boa Leitura!

Educação porinteiro

Ir. Paulinho Vogel Diretor-executivo

da Rede Marista de Colégios

Fortificar o corpo e purificar a alma, por meio do esporte, é, na vi-são de Champagnat, proporcionar ao estudante Marista a possibilidade de realizar suas atividades com força, vontade e desejo de querer aprender sempre e com qualidade.

A fidelidade à pedagogia Marista, herdada do fundador, exige de nós, educadores Maristas, atenção cons-tante às tendências sociais e cultu-rais de nosso tempo, pois exercem profunda influência na formação da consciência das crianças e dos jo-vens, assim como em seu bem-estar espiritual, emocional, social e físico.

Assim, o Marista, dentro de seus colégios, cria, além de centros de re-creação e de esportes, espaços onde eles possam ter a oportunidade de se encontrar e de expressar seu talento criativo. Porque, para o Marista, edu-car ultrapassa os limites do ensinar

Para o Marista, educar ultrapassa os limites do ensinar conteúdos e co-nhecimentos formais, acumulados ao longo da história da humanidade.

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Participação dos alunos do

Colégio Marista São Francisco

nas Olimpíadas Maristas 2011.

Uma experiência que fica para a vida inteira! A prática do esporte no dia a dia dos jovens e crianças contribui para um melhor funcionamento do corpo e da mente. Os estudantes, por meio de suas práticas esportivas, significam e ressignificam sua presença no mundo, pois por meio delas ampliam a sua relação com os outros, respeitando as regras e as diferenças entre si e desenvolvendo uma consciência mais críti-ca e política. Consequentemente, influencia no apro-veitamento dos estudos em sala de aula e fortalece as relações interpessoais. Pensando nestes benefícios, os Colégios Maristas entendem o esporte como parte da cultura corporal de movimento, bem como da forma-ção integral dos alunos.

O Analista de Negócios do Grupo Marista, Honório Hungria Junior, orientador das atividades dos Núcleos de Atividades Complementares da Rede de Colégios, afirma que o esporte é um meio para educação e “tem relação direta com a qualidade de vida, interferindo no relacionamento do sujeito consigo e com os outros”.

Para Alessandro Viegas Rodovalho, professor e co-ordenador de Modalidades do Núcleo de Atividades Complementares (NAC) do Colégio Marista de Bra-sília, para esse vínculo interpessoal existir, é preciso

Na aula de hoje: desvendando o esporteO objetivo da Educação Física no currículo pedagógico é incentivar

a prática esportiva,apresentando-a de forma

teórica, prática e desafiadora para o aluno. Saiba como.

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Alunos do Colégio Marista Paranaense participando do Projeto Champagnat, em 2012.

Colégio Marista de Brasília em participação nas Olimpíadas Maristas.

um ambiente propício. “É importante desenvolver um ambiente de respeito e de busca pelo conhecimento. Assim, aos poucos os alunos vão se desenvolvendo e ampliando seu repertório motor”.

ONDE TUDO SE INICIAO trabalho começa cedo. Brincadei-

ras e jogos são desenvolvidos com as crianças, a fim de desenvolver o traba-lho em equipe, o respeito à individuali-dade e às regras nas práticas esportivas. Essa fundamentação básica, comum a todas as modalidades, dá subsídios para que a iniciação esportiva seja de-senvolvida, de forma plena e eficaz, nas séries mais avançadas. “No currículo pedagógico não se tem o esporte como competitivo ou de performance. Dessa forma, ele é trabalhado respeitando e adaptando-se às características de cada indivíduo”, explica o supervisor do Nú-cleo de Atividades Complementares do Colégio Marista Paranaense, Fernando Knaipp Junior.

As aulas de Educação Física devem trabalhar conceitos sobre a atividade fí-sica, contextualização e interpretação de conhecimentos, além das práticas cor-

porais. “Nosso objetivo principal é o incentivo à prática esportiva como formação do ser humano enquanto equipe”, conta Paula Melhado Go-mes da Silva, coordenadora de Edu-cação Física do Marista Paranaense.

OS INCENTIVOSNo Ensino Médio, uma das for-

mas de motivação à prática é a estruturação das aulas junto com os alunos. “Neste ano, sentamos e preparamos juntos a grade curri-cular das aulas de Educação Física. É a tentativa de um envolvimento mais efetivo”, explica a coordena-dora de esportes do Colégio Maris-ta São Francisco, Marlise da Silva.

Já no contraturno, são ofertadas

diversas modalidades para aqueles que desejam ter uma rotina espor-tiva. “Dentro do treinamento, o co-légio oferece toda a estrutura, com técnicos especialistas, material de alto padrão e todo o suporte ne-cessário. Tudo o que é necessário para o desenvolvimento do aluno dentro da modalidade”, explica Knaipp.

O ambiente físico também in-fluencia no incentivo à prática. “Os Colégios Maristas possuem ampla área e instalações que permitem a exploração das ofertas esportivas. As modalidades esportivas muitas vezes estão alinhadas com as reali-dades culturais de cada local”, com-pleta Hungria.

OlimarSegundo a coordenadora de Esportes do Colégio Marista São Francisco, geralmente são das modalidades oferecidas pelo Núcleo de Atividades Complementares (NAC) que surgem as equipes que participam das Olimpíadas Maristas, conhecidas como Olimar.

As Olimpíadas ocorrem a cada dois anos e são um dos maiores eventos esportivos do Grupo Marista. As competições, resul-tados e conquistas vêm, naturalmente, com o esforço dos alunos, que são os verdadeiros protagonistas dessa história. O objetivo dos Jogos é promover uma in-tegração e troca de experiências, uma vez que a cada ano a Olimar acontece em um Colégio. “Temos a oportunidade de co-nhecer práticas com níveis diferentes do nosso. Também podemos ter contato com culturas regionais diferentes, ampliando nosso ciclo de amizades em um ambiente único”, afirma Rodovalho.

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Crianças e adolescentes descobrem no esporte

um espaço de desafios e conquistas, mas também de muita diversão e até de um

futuro profissional

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As aulas de Ginástica Artística também são um momento para estar entre amigas. Entre uma acrobacia e outra, as meninas não perdem tempo para se divertir e colocar o papo em dia.

Na contramão da inatividade – comum entre alguns dessa geração que preferem brincar com jogos virtuais a pular corda ou andar de bicicleta –, ainda existem crianças que sonham em ser jogadores de fu-tebol, ciclistas, atletas de alto nível. João Pedro Custódio, 13 anos, 7º ano do Colégio Marista Goiânia, faz parte desse time seleto. Se não bastasse a exceção, ele pratica automobilismo, que, apesar de conhecido por seus vários pilotos renomados, também não é um esporte muito popular.

O pai de João, Geovane Gonçalves, conta que o menino ganhou um kart em 2005. No ano seguinte, ele ia todos os fins de semana ao Kartódromo Ri-cardo Santos para correr – como uma diversão. Aos poucos, perceberam que ele levava jeito para o automobilismo e João começou a ter uma rotina de treinos e participar de competições.

Isadora Senff, 10 anos, 5º ano do Colégio Santa Maria, também teve um incentivo para entrar no uni-

verso esportivo. Foi inspirada pela tia, praticante de ginástica artística por oito anos, que Isadora iniciou as aulas nessa modalidade no colégio. A menina conta que outro fator que contribuiu para isso foram as aulas de Educação Física. “A professora percebeu que eu gostava de ‘dar es-trelinha’, fazer muitas estripulias, e me incentivou a ir para a ginástica”.

Hoje, a menina treina duas vezes por semana e já conta com algumas medalhas. Apesar de adorar ginástica, ela sabe que a vida de esportista é cur-ta. Por isso, afirma que, quando cres-cer, quer fazer o curso de Arquitetura e Urbanismo. Até lá, resta a Isadora conciliar a rotina de ginasta com os estudos do Ensino Fundamental.

Organizar o tempo entre prática esportiva e estudos é, na verdade, o maior desafio dos jovens esportistas. Isso tanto para João e Isadora quanto para a maioria das crianças e adoles-centes que praticam algum esporte, profissionalmente ou não.

A professora percebeu que eu gostava de dar estrelinha, fazer muitas estripulias, e me incentivou a ir para a Ginástica.Isadora Senff, 10 anos, 5º ano do Colégio Santa Maria

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ESPORTE AUXILIA NO APRENDIZADOEssa conciliação é mais que essencial, uma vez que o

esporte praticado de forma assistida e saudável influen-cia positivamente no aprendizado.

Estudos observacionais mostram forte tendência positiva de que a prática de esportes contribua para o aprendizado de matérias convencionais. Segundo o médico ortopedista Mark Deeke, especialista em Medi-cina Esportiva, as atividades aeróbicas – como corrida, natação e ciclismo – ativam uma área do cérebro cha-mada de hipocampo, responsável pela memorização e aprendizado, além de aumentar a atividade neural, o que, consequentemente, potencializa a assimilação de conhecimento.

A professora de Educação Física Amanda Fistarol, do Colégio Santa Maria, completa que, no esporte, a crian-ça aprende a desenvolver habilidades que farão diferen-ça em sala de aula. São elas: concentração, motivação, trabalho em equipe, disciplina. “Na prática esportiva,

exige-se disciplina da criança. É natural que isso reflita no comportamento do aluno em classe”.

Gonçalves conta que João tinha dificuldades na es-cola antes de ingressar no esporte. A situação mudou quando começou a correr de kart. “O Colégio Marista foi fundamental na hora de conciliar as dezenas de ativida-des escolares com treinos e competições, propiciando um calendário bem organizado e adequado à situação de João Pedro".

Esse posicionamento da instituição de ensino tam-bém fez toda a diferença na vida de Khiuani Dias, 21 anos, ex-ginasta da Seleção Brasileira e, atualmente, es-tudante de Educação Física na PUCPR. Dulcenea Alves Wisniewski, educadora e professora do Colégio Marista Paranaense, pondera que os pais precisam elaborar uma rotina para os filhos, estabelecendo limites e horários. “Isso ajuda a criança a estabelecer prioridades para que o estudo não seja comprometido”.

João Pedro conta com o apoio da família e do Colégio para conciliar estudos com rotina de treinos e competições.

Por um mundo em movimento

A falta de atividade física pode trazer consequências negativas

para as futuras gerações. Veja alguns dados:

l 30% DE CRIANçAS COM OBESIDADE

l R$ 2.741,00 A MAIS POR ANO DE GASTOS COM A SAÚDE

l MENOS ATIVIDADE FÍSICA ESTÁ ASSOCIADA A NOTAS RUINS NA ESCOLA

l 5,3 MILHõES DE MORTES PREMATURAS POR ANO GRAçAS à INATIVIDADE

Fonte: www.designedtomove.org

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CONFIRA A ENTREVISTA COM O TREINADOR ALFREDO CARLOS SCREMIN, DO COLÉGIO MARISTA PARANAENSE, HÁ MAIS DE 30 ANOS NA ÁREA. JÁ PASSARAM POR SUAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA MENINAS E MENINOS QUE, HOJE, SEGUEM CARREIRA NO ESPORTE.

Como identificar um atleta nato?O aluno que tem um perfil para esportista normalmente é mais ligado em todas as modalidades esportivas. A gente percebe que o aluno é mais centrado, gosta mais de fazer as coisas, partici-par. Isso remete ao perfil de um esportista.

Qual a hora certa para inserir a criança em uma rotina mais profissional no esporte?O esporte deve começar como lazer e sociabilização. Eu acho que até os 18 anos não deve existir uma competitividade exacerba-da, deixando os atletas mais livres para a criatividade e não presos em táticas ferrenhas. Caso o talento aflore precocemente, a criança deve participar de competições sempre com acompa-nhamento de psicólogos.

Quais as possibilidades profissionais para os atle-tas, quando o corpo já não responde mais tão bem quanto antes?O próprio esporte tem necessidades de pessoas que têm vivência e, inclusive, uma formação. A carreira pós-esportiva também é bastante proveitosa. Como, por exemplo, o jornalista Caio Ribeiro, que já foi jogador do São Paulo e hoje é comentarista. Ele tem uma boa formação e continuou a estudar mesmo depois de ter parado de jogar futebol. Hoje ele é um comentarista respeitado.Tem também a possibilidade de virar técnico da modalidade em que jogou. E, ainda, esportistas da nova geração que estão se tornando dirigentes do esporte.

COMPETIÇÕESDesde que sejam encaradas de uma forma saudável, as

competições podem ser positivas para o desenvolvimento de quem pratica uma atividade. “Na competição, a crian-ça é desafiada a superar seus próprios limites. As competi-ções incentivam os alunos a prosseguirem e crescerem no esporte”, afirma a educadora física Amanda.

Letícia Arakaki, 12 anos, 7º ano do Colégio Maristinha de Brasília, não perde uma competição. A mãe Maricel-ma Arakaki incentiva: “Nas competições, eles podem co-nhecer outros grupos e isso os ajuda a ter um feedback de como estão”.

Isadora concorda que conhecer outras pessoas é uma das melhores partes dos concursos, que, na verdade, tor-nam-se uma diversão, pois não deixa de ser uma viagem entre amigas.

João Pedro afirma que vale muito a pena viajar para

competir. Para ele, sua viagem inesquecível foi para uma competição em Las Vegas (EUA).

ESPORTE TAMBÉM É DIVERSÃOÉ nesse clima de descontração que o esporte deve ser

levado na infância. A educadora Dulcenea lembra que a prática deve estar relacionada ao prazer e ao bem-estar, não sendo uma obrigação para as crianças. “Nessa fase, a atividade deve ser encarada como uma brincadeira, uma descoberta. Com o tempo, as aptidões se aperfeiçoam e, mais tarde, podem virar profissão”, explica.

Mesmo aqueles que levam o esporte mais a sério desde pequenos, o ideal é que não vivam sob pressão. Segundo especialistas, a ausência de cobranças é favorável. Sem es-tresse, o rendimento é melhor, refletindo em outras áreas positivamente, como os estudos e o convívio social.

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Eu acho que o maior incentivo [para a prática esportiva] é a família se engajar. Eu, meu marido e meus filhos jogamos tênis juntos.Joelma Rosinholi, mãe da aluna Nicolle Rosinholi, Colégio Arquidiocesano

Ao olhar para essa geração de peque-nos internautas, sempre conectados em seus tablets e PSPs (o Playstation portátil), surgem as lamentações, permeadas de muita preocupação. “Na idade deles, eu estava jogando bola com os amigos”, “eu estava correndo pela rua”, dizem os pais. Ao mesmo tempo em que toda essa inser-ção no mundo tecnológico pode propiciar um raciocínio mais ágil, que encontra so-lução para tudo, tanta inércia física pode trazer consequências negativas no futuro. Lembra-se da animação Wall-e, da Pixar? Pois é, eles não estavam enganados ao mostrar um futuro de pessoas obesas e preguiçosas.

É nesse contexto atual, de pouca ati-vidade, que a ONG Designed to Move faz um alerta a todos. A ONG afirma que, pela primeira vez na história, uma geração vi-verá menos que a anterior. A geração é essa, a das crianças conectadas. Por isso, o apelo é claro: mexam-se!

E é aí que o papel de pais e professo-res faz-se essencial. Para a empresária Joelma Rosinholi, mãe da aluna Nicolle Rosinholi, 13 anos, do 8º ano do Colégio Arquidiocesano, não basta falar para a criança o quanto é importante praticar esporte, é preciso dar exemplo. “Eu acho que o maior incentivo é a família se enga-jar. Meu marido, meus filhos e eu jogamos tênis juntos. As aulas são separadas, mas, no fim, sempre jogamos uma partida em família”. Joelma afirma que Nicolle adora, principalmente, por ter companhia.

Para que a criança cresça sabendo do valor do esporte em sua vida, a psicóloga Patrícia Ribeiro, mestre em Psicologia da infância e adolescência e também pro-fessora da PUCPR, aconselha que os pais expliquem aos filhos a razão pela qual eles estão sendo incentivados a fazer uma ati-vidade esportiva. “Os pais precisam trocar informações com a criança, dentro das capacidades infantis de compreensão”.

Feitos para se mexer

Contra inatividade física, ONG

luta por um futuro mais agitado, em

que as crianças brinquem,

corram, movimentem-se

mais

Hora do esporte também é hora de

estar em família

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A ESCOLHA CERTAPor vezes, a escolha por uma atividade pode ser

incomum. Como a de João Pedro. É preciso estar atento ao que a criança faz, para auxiliar nessa de-cisão. Segundo a psicóloga Patrícia, uma boa estra-tégia para escolher a atividade é observar a forma como a criança se diverte, o que ela mais gosta de fazer quando está sozinha ou entre outras crianças. Para ela, a escola também pode auxiliar nesse pro-cesso, pois é lá que a criança tem contato com várias atividades físicas.

A aluna Letícia, do Colégio Maristinha, optou pelo futebol e a escolha por esse esporte se deu nas aulas de Educação Física. “Ela sempre viu a irmã jogar handebol, mas, na escola, ela conheceu o fu-tebol. A decisão foi totalmente dela”, diz a mãe da menina, Maricelma.

Segundo a psicóloga, outra boa maneira de auxi-liar uma criança em suas descobertas é permitir que ela experimente. Para isso, é importante que os pais criem essas possibilidades, mas sem exigir nenhum resultado inicial.

TÁ NA HORA DO QUÊ?A idade da criança pode ajudar os pais a definir a atividade do filho.

3 a 5 anos de idade

Não devem fazer mais de três ou quatro horas de exer-cícios físicos por semana. Nessa idade, o melhor esporte que as crianças podem praticar é a natação, porque desenvolve a coordenação, a resistência, a disciplina e a relação entre o esforço e os resultados.

5 a 7 anos de idade

O esporte que praticam nessa idade pode dar uma base para as diferentes capacidades. O ideal é um esporte individual e outro coletivo. O individual pode ainda ser a natação, a ginástica desportiva ou as artes marciais; e o coletivo seria o futebol, basquetebol, handebol, vo-leibol, entre outros.

8 a 9 anos de idade

Nessa idade, os pais já começam a se perguntar se a criança precisa do esporte como atividade física ou se querem levar isso mais a sério. Pais e filhos devem con-versar, porque, se optarem pelo segundo, terão de estar dispostos a enfrentar competições, já que haverá neces-sidade de maior dedicação e esforços.

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Pela primeira vez, o Brasil tem um representante no Tour d’Afrique. A paixão pela bicicleta fez Alexandre Costa Nascimento encarar uma expedição de quatro meses montado em duas rodas. Em um bate-papo entre as pedaladas, ele conta um pouco sobre a ideia de usar o esporte como estilo de vida

Verde e amarelo do outro lado do Atlântico

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entrevista

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Faço da bicicleta uma bandeira política para a construção de cidades mais humanas e também um meio para um estilo de vida mais saudável e harmonioso, usando-a como meio de transporte no dia a dia. Além do TDA, já pedalei no Deserto do Ataca-ma (Chile), Salt Lake City (EUA), Berlin (Alemanha), Colônia do Sacramento (Uruguai), Rodovia Transpantaneira (Mato Grosso), Circuito Vale Europeu (Santa Catarina) e Parque do Supera-gui (Paraná).

Qual a importância

dessas jornadas e de quantas já

participou?

Costumo dizer que minha paixão pelas bicicletas começou no exato instante em que meu pai soltou as mãos das minhas costas e dei minhas primeiras pedaladas sem rodinhas. Durante a infância e adolescência em Araraquara, cidade no interior de São Paulo onde nasci e cresci, pratiquei diversas atividades esportivas: judô, tênis, natação, hipismo, futebol. Mas o que eu gostava mesmo era de pegar minha bicicleta e desbravar trilhas e estradas. Diferentemente de um es-porte competitivo, em que o objetivo é vencer um oponente ou ganhar uma medalha, a recompensa para quem pe-dala vem com o vento no rosto, as pai-sagens e os amigos que se faz ao longo do caminho, seja em uma pequena ci-dade no interior de São Paulo ou atra-vessando o continente africano.

Como foi a descoberta da

paixão pelas bicicletas?

Ele é ciclista, blogueiro e jornalista. Alexandre Cos-ta Nascimento é o primeiro representante brasileiro e também primeiro ciclista latino-americano em uma expedição ciclística nas estradas africanas – o Tour d´Afrique (TDA). O evento é anual e propõe que o par-ticipante percorra, de bicicleta, o continente africano de ponta a ponta. Em 10 edições, já reuniu cerca de 400 ciclistas de mais de 20 países. A largada aconteceu no Cairo, Egito, no dia 10 de janeiro. A chegada é só em maio, dia 11, na Cidade do Cabo, na África do Sul. Can-sou só de pensar? Não esqueça que é tudo de bicicleta.

Em um bate-papo, graças à tecnologia da internet, o aventureiro conversou com a reportagem da Em Fa-mília sobre o incentivo ao ciclismo e sua paixão pela modalidade.

Descobri a existência do Tour d’Afrique há cerca de três anos, en-quanto pesquisava na internet sobre roteiros para uma viagem de bicicleta. A partir daí, realizar essa aventura tor-nou-se mais que um sonho, um grande objetivo. Participar do TDA também é uma chance de aliar três das minhas grandes paixões: o jornalismo, as bici-cletas e a África.

Como surgiu o projeto para ir ao continente

africano?

A principal questão é a forma como a bicicleta é encarada pelo poder pú-blico. Enquanto nas principais cidades do Brasil a bicicleta ainda é vista ape-nas como um instrumento de lazer, em cidades europeias ou nos Estados Uni-dos, a bicicleta surge como uma solu-ção para os problemas do trânsito. As-sim, ela passa a fazer parte da equação e todo o planejamento urbano passa a considerar o incentivo à utilização da bicicleta, tornando o uso do automóvel particular mais difícil e custoso. Como podemos perceber, ainda estamos na contramão do modelo ideal.

De que forma acontecem

os incentivos dos países que

investem em bicicleta como

transporte?

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Em tese, sim. Mas não apenas como esporte e, sim, como estilo de vida. Mas de que adianta uma criança aprender dentro da sala de aula os benefícios de usar a bicicleta como meio de trans-porte e não poder ir pedalando para o colégio todos os dias? Em cidades ale-mãs, quase a totalidade das crianças a partir do 1º ano vão e voltam da escola pedalando todos os dias (inclusive dias de neve). Hoje, é difícil imaginar uma família tradicional de uma metrópole brasileira, em que os pais concordem e se sintam confortáveis em deixar seu filho ir pedalando para a escola. Vive-mos em uma sociedade que acredita que o problema para a falta de seguran-ça é usar carro blindado e viver em con-domínios fechados. Isso é sintomático e mostra a gravidade do problema. Uma cidade só é realmente segura se uma criança de 7 anos puder pedalar sozinha pelas ruas e ciclovias.

As ações devem ser sistêmicas e atingir o planejamento das vias, sinalização, campanhas de edu-cação para motoristas, ciclistas e pedestres, fiscalização, segurança (aí se entende tanto a segurança de trafegar nas ruas quanto a de não ter a bicicleta roubada ou furtada), a iluminação pública etc. A deci-são final, contudo, é pessoal. A bi-cicleta é o meio de transporte mais eficiente em grandes cidades para deslocamentos de até oito quilô-metros entre um ponto e outro. Considerando que mais da metade dos deslocamentos diários de car-ro em uma capital como Curitiba são feitos dentro desse períme-tro, poderíamos, com programas adequados de incentivo, ter mais pessoas pedalando e menos carros poluindo o ar e congestionando as ruas das nossas cidades.

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O que é preciso para que o brasi-

leiro se torne mais acessível à implan-

tação da bicicleta na rotina?

Ciclismo deveria ser mais

difundido entre as crianças como opção de esporte

já nos ensinos fundamentais e

médios?

Costumo dizer que minha paixão pelas bicicletas começou no exato instante em que meu pai soltou as mãos das minhas costas e dei minhas primeiras pedaladas sem rodinhas.

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entrevista

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destaque30 Ana Carolina Marchiotto vive aprendendo importantes

lições de vida praticando o seu esporte preferido: o judô. Entre lições de vida praticando o seu esporte preferido: o judô. Entre lições de vida praticando o seu

superações e muita persistência, esporte preferido: o judô. Entre superações e muita persistência, esporte preferido: o judô. Entre

a garota já participou de vários superações e muita persistência, a garota já participou de vários superações e muita persistência,

campeonatos e se prepara para encarar o vestibular.

18 Diretoria-Geral.

ed. infantil

diz aí

gente nossa

en. fundamental

caleidoscópio

ser melhor

20 Como as brincadeiras mais simples podem desenvolver,

fisicamente e mentalmente, as crianças maristas.

26 Quais esforços os alunos são capazes de fazer para

conquistar a vitória nos esportes que praticam.

22 Crianças e adolescentes em prol dos exercícios físicos e

da ajuda ao próximo.

28 Destaques dos principais acontecimentos do Colégio.

en. médio

você sabia?

24 Adolescentes que aprendem a cuidar da saúde a partir de

jogos esportivas.

32 Curiosidades do Colégio. 34 Ex-alunos contam a sua trajetória na vida esportiva. 36 Ações da Pastoral.

com a palavra

índice

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O nosso ideal é proporcionar uma educação verdadeiramente integral.

Como instituição escolar, o Ma-rista leva os alunos a aprenderem a aprender, a fazer, a conviver e a ser. Em todas as nossas instituições esco-lares, expressamos o nosso sentido de parceria na Missão, à medida que, juntos, constituímos a comunidade educativa: professores, colaborado-res e família, apoiando-nos mutua-mente nos papéis complementares.

Em conjunto, desenvolvemos um projeto educativo e um conjunto de valores norteadores, baseados na ampla visão da Educação Marista. Com isso, definimos programas edu-cacionais, conteúdos curriculares e métodos de ensino à luz do nos-so projeto educativo e do que há de melhor no pensamento pedagógico e educacional.

O nosso ideal é proporcionar uma educação verdadeiramente integral. Por isso, incluímos nas experiências de aprendizagem dos nossos alunos a Educação Física, o cuidado com a saúde, o meio ambiente, a dimensão pastoral e solidária. Promovemos e estimulamos as atividades esporti-vas como meios para desenvolver

Colégio MaristaCentro de aprendizagem, de vida e de evangelização

Ir. Fábio BettoniDiretor-Geral

nos alunos suas habilidades físicas e a coordenação motora, a formação da personalidade, o espírito de equi-pe, a disciplina pessoal, o reconheci-mento das suas próprias limitações, a capacidade de aceitar o fracasso e o desejo de obter êxito. Ou seja, a prática de atividades físicas torna-se um desencadeante de valores não apenas físicos, mas afetivos, psicoló-gicos, sociais e de aprendizagem.

A prática de atividades físicas traz inúmeros benefícios. Estudos assinalam que pessoas fisicamente ativas, em qualquer idade, apresen-tam melhor saúde mental do que as pessoas sedentárias, ajudando ainda nas questões cognitivas.

Além, é claro, de melhorar a auto-estima e a imagem que a pessoa tem de si, do outro e do universo. Somos pessoas únicas e buscamos o equilí-brio e o bem-estar. O cuidado com a mente e o corpo é atitude funda-mental no dia a dia. Praticar esportes faz bem.

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18 Colégio Marista de Maringá

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psicomotricidade – coordenação mo-tora, lateralidade, esquema corporal, equilíbrio e a orientação espaçotem-poral –, alguns dos pré-requisitos no processo ensino-aprendizagem da criança”, explica o professor.

Para ensinar crianças tão peque-nas, no Ensino Infantil a Educação Física se utiliza das atividades lúdi-cas e recreativas, com a finalidade de estimulá-las a realizarem a maior quantidade possível de movimentos, a fim de aumentar o acervo motor, para que realizem os movimentos com maior autonomia.

De acordo com Gonçalves, as ati-vidades desenvolvidas na Educação

Crianças são agitadas por nature-za. Desde que aprendem a andar, não param mais, e aprendem seus limites o tempo todo, por meio das brinca-deiras. Por isso, nada mais lógico que usar também as atividades esporti-vas para ensinar conceitos que, mais tarde, serão essenciais nos estudos.

O professor de Educação Física no Ensino Infantil no Colégio Marista de Maringá, Sílvio Gonçalves, obser-va que, no seu dia a dia, a atividade principal das crianças são as brinca-deiras. “Vemos crianças brincando por todo lado. Umas correndo com os amigos, outras pulando e outras brincando sentadas, mas, sem dú-

vida, com felicidade e empolgação. Nesse cenário, o que temos em co-mum entre as crianças, além da ale-gria, é o movimento”, destaca.

De acordo com o especialista, é por meio do movimento que as crianças se relacionam com o mun-do. E, consequentemente, é por meio dele também que ocorre o de-senvolvimento cognitivo, motor e afetivo social.

À primeira vista, pode não pare-cer, mas a Educação Física se utiliza do movimento para contribuir no processo de alfabetização das crian-ças, que ocorrerá em breve. “Através dos movimentos, desenvolvemos a

Crianças em movimentoBrincadeiras aparentemente simples desenvolvem a psicomotricidade, um dos pré-requisitos para a alfabetização

20 Colégio Marista de Maringá

ed. infantil

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Infantil são sempre baseadas em ati-vidades de perseguição, confeccionar brinquedos e atividades recreativas.

As atividades de perseguição são os pega-pegas, dentre eles o pega--pega tartaruga, pega-pega arvore-zinha, pega-pega pontezinha, pega--pega smurf, acorda leãozinho, que horas são morceguinho. Essas brin-cadeiras, além de despertarem o gosto pela Educação Física de forma lúdica, têm por finalidade contribuir no desenvolvimento das habilidades motoras de base e dos componentes psicomotores, como esquema corpo-ral, coordenação motora geral, equi-líbrio, orientação espaçotemporal e tônus muscular.

“Dentre os brinquedos que con-feccionamos, estão o cata-vento, bilboquê e foguetinho. Com essas atividades, procuramos trabalhar a coordenação motora fina, que, indi-retamente, contribuirá para o pro-cesso da escrita.”

O lúdico está sempre presente na vida do ser humano, e, com as crian-ças, isso é ainda mais importante. Por esse motivo, os alunos do Ensino In-fantil também desenvolvem diversas

atividades utilizando bolas, cordas, arcos, pneus, colchões, cama elásti-ca etc. Nesses momentos, os peque-nos podem soltar a imaginação de forma alegre, pois explorando esses materiais as crianças estarão dando um passo enorme para o desenvolvi-mento das suas capacidades físicas, sociais, emocionais e cognitivas.

Na Educação Infantil, a aprendi-zagem das modalidades esportivas não faz parte da grade curricular, mas é trabalhado o desenvolvimen-to das habilidades motoras de base: os movimentos locomotores, os movimentos manipulativos, os mo-vimentos estabilizadores e a psico-motricidade, que dão suporte aos movimentos especializados, os utili-zados nos esportes.

“Na Educação Física, trabalha-mos os movimentos que, mais tar-de, serão usados nas modalidades esportivas. Com as bexigas, material atraente para as crianças e com uma riqueza enorme para o desenvolvi-mento, visamos trabalhar as noções de tempo e espaço (pois as crianças golpeiam a bexiga para o alto sem deixar cair no chão); a lateralidade

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(quando são estimulados a gol-pear a bexiga com as mãos e pés direitos e esquerdos); o esquema corporal (quando se pede que toquem a bexiga com as partes do corpo); o equilíbrio e a coor-denação motora. Numa simples brincadeira com uma bexiga, verificamos a quantidade e a di-versidade de componentes psi-comotores que se desenvolve”, detalha Gonçalves.

O professor afirma que, se comparamos a uma partida de voleibol, é possível verificar, nas devidas proporções, que as capa-cidades físicas exigidas no jogo de voleibol são as mesmas da brin-cadeira da bexiga; e, dependendo das atividades, essas compara-ções são evidenciadas em todas as modalidades esportivas.

Assim, as atividades desenvol-vidas na Educação Infantil contri-buem diretamente no processo ensino-aprendizagem, além de dar base para os movimentos es-pecializados dentro do âmbito do esporte, seja ele recreativo ou de rendimento.

Numa simples brincadeira com uma bexiga, verificamos a quantidade e a diversidade de componentes psicomotores que se desenvolve.

21Colégio Marista de Maringá

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É durante o Ensino Fundamen-tal que os alunos passam de crian-ças para adolescentes. As aulas de Educação Física levam isso em con-sideração e, por esse motivo, há a divisão em Fundamental I (do 1º ao 5º ano), e Fundamental II (do 6º ao 9º ano).

Segundo o professor de Educa-ção Física do Ensino Fundamental

Fábio Ricardo Acencio, a discipli-na de Educação Física se confunde com o esporte, ou seja, as modali-dades coletivas e individuais pra-ticadas em nosso país. Porém, a Educação Física é muito mais que o esporte, pois este é um tema ou conteúdo da disciplina.

A Educação Física escolar é a busca do desenvolvimento do in-

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Crianças e adolescentes se divertem

nas atividades esportivas e

arrecadam doações

Movimento & solidariedade

22 Colégio Marista de Maringá

en. fundamental

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divíduo em conjunto com as outras disciplinas, e tem como proposta preparar a criança para ser capaz de realizar todos os movimentos do cotidiano que seu ambiente solicite.

O professor ressalta que o exer-cício físico regular combate as do-enças crônicas, ajuda no controle de peso corporal, combate o estres-se, previne lesões e doenças liga-das ao sedentarismo, aprimora os movimentos do cotidiano, eleva a autoestima, auxilia no desenvolvi-mento das habilidades psicomoto-ras nas crianças e promove qualida-de de vida.

“No Ensino Fundamental I, a proposta da disciplina é favorecer o desenvolvimento motor da criança com atividades lúdicas que a colo-quem em situações que, além de estimularem o desenvolvimento motor, colaborem com o desenvol-vimento cognitivo e social”, explica.

No Ensino Fundamental II, os alunos estão passando de crianças para adolescentes e o foco das aulas muda também. “Nessa fase, a crian-ça ou o adolescente já está com a base dos movimentos fundamen-tais (correr, saltar, caminhar etc.), no estágio maduro da fase motora fundamental. A partir desse mo-mento, são desafiados a combinar esses movimentos fundamentais para a prática das diversas moda-lidades esportivas que fazem parte da nossa cultura, e tantas outras atividades que, por ventura, possam enriquecer a memória motora do aluno”, justifica Acencio.

É também durante as aulas de Educação Física, segundo o profes-sor, que são trabalhados conceitos como o corpo humano e seu funcio-namento, de forma integrada com outras disciplinas.

“No Ensino Fundamental I, nós enfatizamos as alterações fisioló-gicas durante o exercício físico. Te-mos um trabalho em conjunto com a disciplina de Ciências, unindo as

O exercício físico regu-lar combate as doen-ças crônicas, ajuda no controle de peso cor-poral, combate o es-tresse, previne lesões e doenças ligadas ao sedentarismo.

alterações fisiológicas com a ali-mentação correta e os sistemas en-volvidos”, conta Acencio.

Para crianças e adolescentes, aprender se torna mais prazeroso e, assim, criam identificação com as atividades propostas. A Educação Física é prazerosa para a maioria dos alunos, porém, a ideia é usar essa preferência para uma apren-dizagem eficaz. Segundo Acencio, uma das características dos pro-fessores do Ensino Fundamental I do Colégio Marista de Maringá é procurar conhecer o ambiente dos alunos e falar sua linguagem, sem perder a autoridade e o foco no ob-jetivo proposto.

Para facilitar essa aprendizagem, vários jogos e atividades lúdicas e recreativas são utilizados durante as aulas, com diversos objetivos. Den-tre os jogos, há o jogo do pô, campo minado, jogo da velha com bolas ou coletes, queimada e handebol.

Atividades externas também fazem parte do conteúdo escolar. Um desses projetos é a “Recreação na chácara”, para alunos do 2º ao 5º

ano, no qual as crianças passam o dia em atividades que as desafiam motoramente, bem como as colo-cam em contato com a exploração da natureza para fins recreativos. As atividades são realizadas em uma trilha elaborada no Recanto Maris-ta, que se localiza em Dr. Camargo.

“A lama e a água são os elemen-tos mais utilizados nessas ativida-des. Pela manhã, ao chegarem, os alunos tomam o café da manhã e depois se deslocam para as esta-ções de atividades (escorregar na lona, futebol, pular corda etc.) e, após essas atividades, são guiados para a trilha”, conta o professor.

Além das aulas, os alunos tam-bém participam de algumas com-petições internas. “Organizamos a Olimpíada Infantil Marista para os alunos de 2º ao 5º ano. Além da competição, a Olimpíada promove a integração e a solidariedade entre os alunos. São disputadas provas de esportes adaptados e gincanas recreativas e de arrecadação – ali-mento, sangue, medula, brinque-dos”, explica.

Em quatro dias, as crianças di-vididas por ano e turma disputam os jogos e, ao final, todas recebem a medalha de ouro. As turmas elabo-ram sua camiseta, o desfile de aber-tura e o modo como arrecadarão o solicitado. Os alimentos e brinque-dos coletados são entregues a ins-tituições de caridade selecionadas pela Pastoral Marista local.

Para os alunos do Ensino Fun-damental II, existe a Olimpíada Champagnat, com uma semana de duração, quando são disputados jogos institucionalizados (vôlei, futebol, futsal, handebol, basque-te), bem como atividades recreati-vas motoras e cognitivas. Nessa Olimpíada, existe a premiação para as três melhores turmas de cada série e os alunos também têm provas de arrecadação.

23Colégio Marista de Maringá

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Educação para Além de jogos esportivos, alunos aprendem também a cuidar da saúde

No Ensino Médio, o adolescente começa a se preparar para a escolha da futura carreira e para o vestibular. Os exercícios nesse período ajudam o aluno a se concentrar e aliviar o estresse.

De acordo com a professora de Educação Física do Ensino Médio, Melanie Mota Macedo, a Educação Física faz parte de todo o currículo da base nacional comum. “Portanto, o objetivo desse componente é potenciali-zar os processos de significação da cultura corporal de movimento, a partir de vivências e de experimentações diversas e diferenciadas, entendendo a corporeidade como meio de ser e estar no mundo.”

Durante os três anos do Ensino Médio, os alunos vi-venciam atividades esportivas, recreativas e motoras. Além disso, discutem sobre a parte científica dessas mes-mas atividades para que ampliem sua visão e conscienti-zem-se sobre a sua importância.

No Colégio Marista, a Educação Física se relacio-na com algumas disciplinas, como Biologia, Química, História e Matemática, construindo, dessa maneira, a aprendizagem de forma global e interligada.

Nas aulas do Ensino Médio, são utilizadas várias estratégias para que o aluno consiga, dentro do pos-sível, transcender seu conhecimento. Como muitos conteúdos são voltados para a saúde, a aprendizagem se dá por meio de discussões e verificação prática do conteúdo aprendido.

Como exemplo, a professora cita a aula sobre frequên-cia cardíaca máxima para uma pessoa que queira fazer uma zona de treinamento para perda de peso ou con-dicionamento cardiorrespiratório. “Primeiro, os alunos identificam seus batimentos cardíacos, no pulso ou na carótida, por um minuto. Depois, fazem exercícios de ma-neira que elevem seus batimentos e, em seguida, vão para a sala de aula, onde fazem exercícios recomendados por alguns autores. Dessa maneira, eles descobrem como se perde gordura, como deverão fazer as atividades aeróbi-cas, se essas atividades estão surtindo efeito ou não. De-pois, também é ensinado o que é o Índice de Massa Cor-poral (IMC) e como utilizar a tabela para adolescentes.”

Outro assunto muito importante na adolescência, o qual também é trabalhado nas aulas de Educação Física, são os transtornos alimentares. Melanie explica que os alunos fazem apresentações montadas por eles, utilizan-do informações atuais e que chamem a atenção, apren-dendo, assim, a ter mais saúde.

Dentre as diversas atividades esportivas, uma já é tradi-ção: a Olimpíada Marista, que envolve a parte cultural, através das artes; a esportiva, com a Educação Física; e so-lidária, com a Pastoral e o ensino religioso. “Os alunos aguardam ansiosos. Trabalhamos atividades recreativas, gincanas com danças em grupos, show de talentos em que eles mesmos produzem suas próprias músicas e arranjos, além de trabalhar jogos cooperativos”, destaca Melanie.

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“Dor, cansaço e críticas são apenas obstáculos que devemos superar para que se tenha o mérito. É uma sensação única. Acho que todos deveriam experimentá-la.”

“No esporte, assim como em todos os desafios da vida, todo esforço e sacrifício são válidos. Depois de alcançar um objetivo, poucas sensações são melhores do que a de pensar que todo suor foi recompensado.”

“O preço da vitória é alto, pois é uma conquista. Vale a pena se esforçar ao máximo, mesmo com lesões, para alcançá-la. O troféu e a medalha têm o gosto do dever cumprido, representando sua batalha até o fim.”

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26 Colégio Marista de Maringá

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?“São muitas as cobranças incluindo responsabilidade e dedicação. Esforçar-se faz parte de qualquer conquista e é esse esforço que nos leva a ter momentos especiais como uma vitória.”

“Ter conquistado algo que eu queria muito, ter alcançado algo que eu queria muito por saber que eu consigo, significa que eu posso continuar lutando e batalhando por meus sonhos e minhas vontades.”

“O preço da vitória é treinar muito! Vitória é consequência. Abrir mão de muitas coisas: lazer, diversão para treinar, vale muito a pena, pois superar limites e conquistar vitórias é muito gratificante.”

HELOÍSA COLLAR AMARAL 2ª série B EM

LUCAS CAIRÊ1ª série B EM

MARCOS ROBERTO2ª série A EM

OPINIÃO DA EDUCADORA

Algumas pessoas sonham por muito tempo com o que desejam, e apenas sonham; outras conseguem fazer os sonhos virarem realidade. Para isso, rompem vícios e maus costumes, o que nem sempre é o mais confortável; precisa-se de determina-ção e não ter medo de experimentar uma nova postura na vida.

Albert Einstein, quando propôs uma teoria diferente de tudo na época, levou um bom tempo para conseguir ser compreen-dido. Inúmeras foram as dificuldades, mas ele não desistiu.

O ícone do esporte, Oscar Schmidt, como parte de seu treinamento, fazia mil arremessos por dia e, mesmo quando esteve com a perna quebrada, não deixou de cumprir essa meta. Atletas aprendem a viver com a dor; cientistas, com a dúvida. Nos desafios do cotidiano, seja para um atleta ou um cientista, toda trajetória é de muito sacrifício; por isso, foco é tudo.

Essas pessoas e muitas outras se tornaram imortais, pois dei-xaram contribuições e imensos benefícios para a humanidade. Quando assumirmos um desafio, devemos nos espelhar nelas, que nos dão bons exemplos de fé, determinação e disciplina.

Nada resiste ao trabalho. Precisamos tirar o desejo do campo da probabilidade e colocá-lo como prioridade. Disciplina é tudo. É uma qualidade de comportamento, portanto, pode ser

modificada com uma decisão. Ela aumenta nossa capacidade de aprender e, a partir disso, realizar.

Se uma resolução é fraca, será dominada pela dúvida e, consequentemente, por desânimo e desesperanças. As dificuldades caminharão ao nosso lado, mas darão lugar aos resultados positivos e, se não à vitória, com certeza, a um grande aprendizado que nos colocará num patamar diferente de quando começamos.

O aprendizado, em qualquer área, é marcado pelo esforço, e o êxito, pela renúncia. Seja para uma disputa esportiva, fazer uma dieta ou passar no vestibular, quando focamos e alcança-mos nosso objetivo, nossa autoestima se renova, vivemos melhor, somos mais felizes e deixamos de apenas sonhar. E você, o que tem feito para atingir seus objetivos? Para tudo, dê o seu melhor. Certamente, você saberá aonde chegar dando o melhor de si!

ROSANE APARECIDA ALEXANDRECoordenadora psicopedagógica

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CALEIDOSCÓPIO

2013

SHOW DE TALENTOS

Quanta criatividade reunida em um

só dia. Parabéns aos nossos atores, atrizes, cantores,

dançarinos etc.

PROJETO MINHA CIDADEConhecendo um pouco mais sobre nossa cidade e homenageando-a por sua beleza.

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TROTE PARA A CALOURADA!Resultado do PAS – UEM. Muitas aprovações. Destaque para o nosso ex-aluno Gabriel, aprovado em Medicina, 3º lugar.

OFICINA DE MATEMÁTICA BÁSICA 2013Projeto realizado com os alunos da 1ª série do Ensino Médio. E a oficina terminou numa fria...

DIA DE CONVIVÊNCIA NA CHÁCARA 2013Muita diversão, partilha, trabalho em

equipe e carinho pelos amigos.

28 Colégio Marista de Maringá

caleidoscópio

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RESULTADO DO VESTIBAUm novo caminho se iniciou. Alguns de nossos “Orgulhos Maristas”!

TODOS CONTRA O MOSQUITO DA DENGUE!Projeto realizado pelo 3º ano. Vamos entrar em ação!

PAINEL DE GUACHEMural e muita tinta para os artistas da Educação Infantil.

CAMAR 2013Momento de muita preparação, mas

com um toque de descontração.

29Colégio Marista de Maringá

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eOito anos no tatame ensinaram Ana Carolina a ter calma e respeito pelo próximo, mas perseguir seus objetivos

O esporte traz tanto benefícios físicos quanto mentais. Aquele que se mantém ativo é mais saudável, desenvolve a disciplina, a tolerância, o respeito ao outro e ainda cria diversos laços de amizade. Adultos e idosos já aprende-ram que, para uma vida longa e saudável, é fundamental se exercitar.

Para as crianças, o esporte é oportunidade de extrava-sar toda a energia própria da idade, aprender a seguir re-gras e a ser mais disciplinado. Para os adolescentes, que já têm outras preocupações, como a escolha da carreira, e de quem os estudos exigem mais, as atividades físicas propiciam momentos de descontração e relaxamento.

A adolescente Ana Carolina Galvão Marchiotto já aprendeu várias lições importantes com o judô. Com apenas 14 anos e na 1ª série do Ensino Médio, ela divide seu tempo entre os estudos e o judô, além das atividades típicas de todas as adolescentes.

Ela conta que começou a praticar o esporte ainda cedo, com apenas 6 anos de idade. A inspiração veio do irmão mais velho, que hoje já é faixa preta. Como Ana Carolina gostava de vê-lo treinando, ia acompanhá-lo nas aulas e acabou se apaixonando pelo esporte tam-bém. Até que um dia, provavelmente vendo o entusias-mo da garota, o professor convidou-a para treinar.

Disciplina

Perseverança

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destaque

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“Meu sensei começou a me convidar para participar dos treinos. Um dia, eu criei coragem e aceitei, foi aí que tudo começou”, conta. E lá se vão oito anos desde que ela pisou pela primeira vez no tatame.

Hoje, Ana Carolina está na faixa roxa e participa de vá-rios campeonatos. O irmão, que conquistou o 3º lugar no Campeonato Brasileiro sub 23 no ano passado, continua sendo uma inspiração.

“Participei de vários campeonatos, dentre eles desta-cam-se os Jogos Escolares Brasileiros (JEBs). Participei também de alguns campeonatos paranaenses e regio-nais, além de alguns municipais.” Os JEBs são a primeira competição de cunho escolar de abrangência nacional. Foram criados em 1969 e estimulam o espírito esporti-vo, além de difundirem os valores do esporte entre os jo-vens, de acordo com o Ministério dos Esportes.

Dentre as vitórias, Ana Carolina enumera a seletiva dos Jogos Escolares de 2012 e a Copa Paraná em 2011. “Também venci duas Copas Unimed (em 2011 e 2012), representando o Colégio Marista”, destaca.

de todos os treinos faço musculação para poder obter melhor desempenho nos campeonatos”, explica.

O judô é um esporte com reconhecida disciplina e Ana Carolina explica que com ela não foi diferente. Por participar das aulas e dos treinos por tanto tempo, ela aprendeu a ser mais paciente e organizada, tanto nos treinos como no dia a dia.

“Cresci tendo disciplina no tatame. Meu sensei sem-pre me ensinou a respeitar todos e ter calma em algu-mas horas, então comecei a ser mais paciente nos trei-nos e na escola. Há muitos momentos em que eu preciso de paciência”, destaca a adolescente.

Como todo atleta, ela também já elenca as disputas consideradas mais difíceis e desafiadoras. A seletiva dos JEBs 2012 é o maior exemplo de perseverança e técnica. Ela conta que há alguns anos vinha perdendo para uma mesma adversária e esse campeonato foi a oportunidade de virar o jogo, com bastante esforço e dedicação.

“Depois de muito tempo treinando, consegui vencê--la e então fui disputar os Jogos Escolares Brasileiros em Poços de Caldas, em Minas Gerais”, destaca. Nos Jogos, Ana Carolina diz que ficou nervosa já na primeira luta e isso acabou comprometendo seu desempenho. Em um segundo momento, disputando o campeonato por equi-pe, ela conseguiu o 5º lugar.

“Eu sempre tento tirar alguma lição das minhas der-rotas, mas superação e persistência são as principais”, declara, mostrando que o bom atleta sabe avaliar as vitó-rias e as derrotas.

Já se preparando para outra disputa muito importan-te futuramente, o vestibular, Ana Carolina conta que o maior desafio é conciliar os estudos com os treinos de judô, que a cada dia exigem mais dela.

“Minha rotina de treino é puxada, treino três vezes por semana, cerca de duas horas por dia. Além disso, antes

Eu sempre tento tirar alguma lição das minhas derrotas, mas superação e persistência são as principais.

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HANDEBOL

Em uma fase classificatória dos jogos escolares, na fase regional, que aconteceu em Colorado, nós estávamos alojados em uma escola, como todas as equipes, e essa escola ficava a umas cinco quadras do ginásio de esportes onde estávamos jogando e onde disputaríamos a semifinal do campeonato. Ficamos esperando até tarde a definição do horário do jogo do dia seguinte, marcado para as 10h da manhã. Avisei os alunos para acordarem às 8h, tomarem café e então irmos para o ginásio. Mas o jogo foi antecipado exatamente para as 8h, fomos avisados por outro técnico e saímos correndo para o ginásio, com medo de perder por WxO. Depois que ganhamos o jogo e fomos para a final, demos muitas risadas.

Professor Sebastião Neto

BASQUETE

Em 2001, a equipe feminina de basquete viajou até Santos, no litoral de São Paulo, para participar do 1º MAR & MAR, um torneio promovido pelo Colégio Marista Santista. O jogo foi marcado pela alegria em representar o Colégio Marista de Maringá jogando basquete. Muitas dessas alunas e atletas nunca tinham viajado de ônibus e muito menos sem a presença dos pais. Ficamos ma-ravilhados com as pinturas esportivas das paredes do Colégio Santista. Dormirmos em salas de aulas foi uma novidade, assim como comer em bandejões.

Professor Daniel Tognin

GINÁSTICA RÍTMICA

O primeiro campeonato de ginástica rítmica de que o Colégio Marista participou foi a Copa Unimed de Maringá, em 2000, no Ginásio de Esportes Chico Neto. Foi a professora Claudia Almeida que iniciou as atividades da ginástica no Colégio no ano de 1999, e rapidamente fez com que houvesse muita procura pelo esporte por parte das alunas do Colégio. Logo foi possível montar uma equipe de treinamento/rendimento. Até hoje as equipes de rendimento permanecem representando o Marista de Maringá em diversos campeonatos municipais e estaduais, continuando a encantar todos do Colégio.

Professora Natália Schmidtke Batista

Muita históriapara contar

Conheça várias curiosidades

relacionadas à imensa estrutura

esportiva do Colégio Marista de

Maringá

você sabia?você sabia?

Colégio Marista de Maringá32

você sabia?

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Aos 18 anos, Leonardo Felipe Sampaio já atingiu um de seus maio-res sonhos. E, segundo ele, o Colégio Marista foi fundamental para que isso acontecesse. Jogador de hande-bol do Clube Pinheiros, de São Paulo, ele faz parte da Seleção Brasileira Ju-venil de Handebol.

A paixão pelo esporte, conta Leo-nardo, começou quando um amigo lhe apresentou a modalidade, ainda na 5ª série. “Quando comecei a estu-dar no Colégio Marista, eu comecei a praticar futsal e futebol. O Raul, filho do meu técnico Tião, me mostrou o handebol. Aí eu desisti dos outros es-portes e vi que não tinha muito dom com os pés”, explica.

Ele estudou no Marista até a 1ª sé-rie do Ensino Médio, quando se mu-dou para a capital de São Paulo, por causa do handebol. Lá, joga pelo Es-porte Clube Pinheiros, e foi por meio desse clube que chegou até a Seleção Brasileira Juvenil.

“A Seleção Brasileira era um ob-jetivo que eu sempre quis muito. No começo de 2011, quando me mudei

De Maringá

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para o Esporte Clube Pinheiros, con-segui fazer parte de uma seleção da categoria juvenil e tive a chance de ir para um Pan-americano na Vene-zuela, onde conquistamos o segun-do lugar, nos classificando, assim, para o Mundial disputado na Argen-tina. No fim de 2011, também pude participar de um campeonato na Di-namarca, onde conseguimos a quin-ta colocação”, descreve Leonardo.

Hoje, ele concilia os treinos de handebol com o curso de Engenha-ria Civil, que cursa na Universidade Paulista (Unip). Leonardo afirma que, por meio do esporte, ele conhe-ceu seus melhores amigos, com os quais tem contato até hoje, e viajou para diversos países. “O esporte tam-bém facilitou o meu relacionamento com as pessoas. Aprendi a pensar e decidir as coisas em grupo, sem con-tar o meu primeiro técnico do Colé-gio Marista, o Tião, que hoje eu con-sidero como um pai”, diz.

Segundo Leonardo, o tempo que estudou no Colégio Marista lhe ensi-nou a nunca desistir de seus sonhos,

inclusive o mais alto deles, a Seleção Brasileira. “O Marista me ensinou a ter uma dedicação de todos os dias para conquistar meu objetivo maior, seja ele entrar em uma boa faculda-de, conquistar um bom emprego, e várias outras coisas que precisam de dedicação.”

Depois de conquistar uma vaga na Seleção Brasileira, Leonardo já tem um novo sonho: participar de uma Olimpí-ada, principalmente no Brasil!

34 Colégio Marista de Maringá

gente nossa

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www.colegiosmaristas.com.br

Colégios Maristas.Preparação para todas as provas da vida.

Vem aí a Olimar, evento esportivo que reúne todos os Colégios Maristas a cada 2 anos para celebrar o esporte e a amizade! De 11 a 15 de outubro, nos Colégios Maristas Arquidiocesano e Glória, São Paulo. Mais informações no Núcleo de Atividades Complementares.

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O Colégio Marista de Maringá pro-porciona anualmente, por séries, um dia de atividades, partilha e convi-vência no Recanto Marista de Doutor Camargo. O objetivo desse dia é pos-sibilitar aos alunos e educadores um momento diferente daquele vivido em sala de aula, com atividades físi-cas, lúdicas e formativas, para ampliar a percepção de cada um e do grupo, e para estabelecer conexões com os va-lores cristãos propagados pelo Grupo Marista: autoconhecimento, supera-ção, convivência, partilha, autonomia, solidariedade, ecologia, ética, espiri-tualidade, espírito de família, presen-ça significativa etc.

A trilha na mata intercala ativida-des individuais e coletivas. Aponta para a necessidade de iniciativa, de superação do medo e das limitações pessoais. Motiva a atenção ao outro, a cooperação e a solidariedade. Sintoni-za o grupo com a natureza exuberante. Auxilia os educadores na percepção de cada um e do grupo como um todo.

A partilha dos alimentos, ora pre-parados por um grupo específico, ora preparados pelos próprios alunos, es-tabelece ligações com diversos aspec-tos da formação para a autonomia: o estilo de alimentação, a organização, a negociação, o cuidado com o desper-dício, o cuidado com o ambiente das

refeições, o preparo dos alimentos, a busca do auxílio, a atenção ao outro, a solidariedade etc.

O lazer na piscina e no esporte tam-bém abre um leque formativo muito grande: para a criatividade, a admi-nistração do tempo, a interação dos diversos grupos, o cuidado de si e do outro, a corporeidade, o lúdico, a soli-dariedade etc.

A vivência da chácara torna-se mui-to importante para a percepção global do aluno. O grupo de educadores que acompanha os alunos está muito pre-sente e muito atento na criação de la-ços, na mediação das situações e no aproveitamento desse dia como sub-sídio para a formação integral e inte-gradora dos educandos.

Ao possibilitar e motivar a partici-pação dos filhos nessas atividades, as famílias colaboram no processo edu-cativo. Também são convidadas a par-ticipar na formação para a autonomia: ao invés de fazerem por seus filhos, fazerem com seus filhos os preparati-vos para o dia, dando espaço para o diálogo e apontando caminhos em que eles gradualmente sejam atores responsáveis de sua história.

Dia de ConvivênciaAtividade física, trabalho em grupo e formação integralPor César Augusto Ribeiro e Nerilza Paredes

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ser melhor

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www.colegiosmaristas.com.br

A websérie feita por você.

O novo Yes, We Cast! já está no ar. Acesse youtube.com/canalmarista e fique

por dentro do tema deste mês.

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Ir. Leomar D’AvilaEducador

físico e diretor institucional do

Centro Social Marista Santa

Mônica

socialização e aprendizagem

Esporte:A prática condizente de qualquer

modalidade esportiva, competitiva ou não, leva a pessoa a desenvolver suas capacidades e aptidões. É no momento de interação que se atinge diretamente o outro, gerando, assim, socialização e aprendizagem. Desse modo, experiência no esporte é a oportunidade para aprender os valo-res da solidariedade, conhecimento, respeito, ou seja, é a oportunidade de cuidar da integridade do outro, aperfeiçoando a si mesmo.

Conforme o Ministério da Edu-cação e Cultura (1998), o esporte é elemento de grande valia, quando se fala de interação socioafetiva, pois é a forma de expressar a comu-nicação que possibilita a crianças e adolescentes partilhar significados, conceber regras, compartilhar valo-res, ideias e emoções, construindo as características do indivíduo e socia-lizando-o. Por meio do esporte, inte-riorizam-se comportamentos, dá-se satisfação ao grupo, contemplam-se aspectos pessoais e sociais, configu-ram-se motivos que impulsionam os seres humanos à interação social, para o necessário aperfeiçoamento do físico e do moral.

O esporte, dentro da escola ou mesmo em outros ambientes, leva as crianças e adolescentes a descen-tralizarem-se, comunicarem-se e aceitar regras e atitudes dos outros, contribuindo para a formação e acei-tação de normas de convivência co-letiva, determinando regras, valores,

ações e gestos que validam o conví-vio. Assim, quando o esporte se tor-na algo coletivo e participativo, além de construírem-se conhecimentos múltiplos, valoriza-se a cultura do outro sem descurar a própria; criam--se estratégias com base nas ideias e conhecimento do outro; garante-se o respeito, toleram-se as dificuldades e as limitações demonstradas pelos envolvidos. Em suma, todas as deci-sões propendem a ser tomadas para o melhor do grupo, estimulando o pro-cesso de socialização e tornando-os responsáveis pelas suas ações.

A prática esportiva contribui com o processo de aprendizagem, cons-tituindo um meio atraente e bem aceito pela criança; por meio de ati-vidades divertidas, instiga-se simul-taneamente o esforço e o prazer de aprender brincando. As crianças e adolescentes demonstram seus dese-jos e vontades advindos e construídos ao longo de sua história de vida, mos-trando suas tendências, seu caráter e sua personalidade. Essa aprendiza-gem é manifestada quando a criança se confronta com novas informações e novos modos de se realizar esses mesmos jogos e brincadeiras em gru-pos maiores.

O esporte é uma forma de propor-cionar situações que levem a solucio-nar as dificuldades entre as relações cognitivas ou socioafetivas, dando respostas construtivas, que valorizam o diálogo, o respeito e a estima das ideias no trabalho coletivo.

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essência

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Ir. Dionísio Balestrin

Irmão Marista da Província do Rio

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que aproximaEsporte

Conceitualmente, consideramos o esporte como um conjunto de exer-cícios físicos, coordenados por méto-dos. O ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, desenvolveu, ao passar dos tempos, inúmeras ati-vidades esportivas, com real interesse de praticá-las, visando a aprimorar sua coordenação motora, a autoesti-ma, a potencialidade técnica e, prin-cipalmente, sua saúde física e mental.

Toda e qualquer modalidade es-portiva, assim como a vida, é regida por regras específicas, favorecendo ou punindo a postura comportamen-tal de quem as pratica. Paralelamen-te, também buscam a socialização: manter contatos, trocar experiências, buscar momentos prazerosos, aper-feiçoar relacionamentos e conquistar espaços, apesar das diferenças entre as pessoas. O esporte integra, não so-mente força, velocidade e resistência, mas de maneira especial, as relações humanas que conduzem a aproximar e a viver a cidadania e a dignidade hu-mana, com a autorrealização e a qua-lidade de vida desejadas.

A convivência esportiva abre sempre novos horizontes culturais, mostra maneiras convenientes e van-tajosas de aprender e ganhar com humildade e perder com sabedoria. Para um atleta, é importante perceber suas reais capacidades e conscientes limitações, demonstrar raciocínio, disciplina, determinação, habilidade e participação efetiva, visando ao útil, ao agradável e, consequentemente, aos louros das conquistas esportivas,

revelando o sentido da sua aplicação, experiência no ambiente em que atua e vivencia.

Nós, desportistas conscientes, declaramo-nos contrários às influ-ências capazes de canalizar impulsos de violência, explosões emocionais desrespeitosas, paixões desenfreadas, individualismo exagerado e discrimi-nação... enfim, diferenças antiespor-tivas. Enfatizamos a construção de uma sociedade solidária a serviço da saúde, do bem estar e da vida, tornan-do-a mais humanizada e mais nossa.

O esporte gera envolvimento, in-tegração, amizade, saúde, vida que mobiliza e contagia constantemente as multidões. Sabiamente, já na sua época, São Marcelino Champagnat considerava a prática esportiva mui-to valiosa para a educação, já que era capaz de fortificar o corpo e purificar a alma. É um ponto de visto educa-tivo, inovador e profundo, de suma importância, mesclando a formação integral do ser humano, formar bons cristãos e virtuosos cidadãos.

Agradável o esporte que produz e transmite lazer, saúde, arte e vida.

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Projeto Juventude e Solidariedade no Esporte visa a incluir jogos com caráter mais solidário nas aulas de Educação Física de unidade social Marista

Competir paratodos ganharem

Com várias pessoas de pé e algu-mas cadeiras na sala, a música co-meça. Não, ninguém vai ficar naque-la aflição para sentar. Há lugar para todos. A segunda rodada começa com uma cadeira a menos e, quando a música para, todos continuam na brincadeira. Aquele que está de pé só precisa encontrar uma cadeira para dividir. Essa é uma representação da clássica dança das cadeiras, em uma versão cooperativa: mais harmônica e focada no trabalho em equipe.

Para os professores Carlos Pedro Gomes, Filipi Lima e Mário César Oliveira, do Centro Educacional Ma-

rista São José, localizado na região metropolitana de Curitiba, ativida-des como essas que caracterizam os jogos cooperativos possibilitam “que os participantes libertem-se da ânsia pela competição em prol da parti-cipação e do lúdico das atividades. Ganhar ou perder não entra nesta discussão”.

Tendo como referência esse movi-mento solidário no desporto, o Cen-tro Educacional Marista São José, em parceria com o Núcleo de Pastoral da Unidade, está colocando em prática o projeto Juventude e Solidarieda-de no Esporte. A ideia consiste em

democratizar o acesso e a prática sistematizada do esporte educacio-nal, tendo como guia as diretrizes da Rede Marista de Solidariedade.

Um dos grandes desafios da Edu-cação Física escolar, segundo os edu-cadores, é alterar o conceito de que as modalidades praticadas durante essa disciplina precisam ser aplica-das estritamente com o objetivo de competição e rendimento. “Tradi-cionalmente, a Educação Física foi construída sobre os pilares de que o rendimento leva à vitória. Porém, esse conceito vem caindo com o pas-sar do tempo. Ela precisa, sim, ser

Competir paratodos ganharem

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solidariedade

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um agente transformador para os envolvidos”, afirma a equipe.

Os professores explicam que a ideia do projeto partiu da necessi-dade de ampliar a participação do educando dentro das atividades e também para mediar os conflitos ocorridos nas aulas de Educação Física. Com isso, minimizam-se as diferenças de potencialidades físicas e técnicas dos educandos dentro de um mesmo grupo, pro-porcionando a todos a mesma im-portância para conquistar os obje-tivos das aulas.

Para cumprir esses objetivos, os jogos cooperativos podem – e de-vem – ser incorporados às aulas de Educação Física. Há muitas opções de atividades que estimulam a so-lidariedade, a união, o respeito e a vitória do grupo (confira as dicas de livros no box ao lado). Ao mes-mo tempo, é possível tornar coo-perativo um jogo tradicionalmente competitivo, flexibilizando suas regras, dividindo o protagonismo das ações, envolvendo o grupo em vários desafios corporais, sempre respeitando os limites de cada um.

No formato cooperativo da dan-ça das cadeiras, por exemplo, a mudança de regras traz uma vitória coletiva. A cada rodada, o jogo vai ficando mais divertido e estratégi-co, pois ninguém pode ficar sem lugar. No fim resta apenas uma ca-deira, e o grupo precisa arquitetar de que forma todos sentarão nela.

Em sua essência, os jogos coo-perativos geram espírito de união, responsabilidade e participação. Pontos importantes em todas as fases da vivência escolar. Para os professores, é nessa prática que se aprende, de forma saudável, a abrir mão dos interesses individuais em prol do coletivo. “Com os jogos co-operativos, podemos experimen-tar, verdadeiramente, o significado de coletividade”, acredita a equipe.

A vitória se constrói juntoA principal diferença entre os jogos

competitivos e os cooperativos está nos meios utilizados para se chegar à vitória. Nos jogos cooperativos, o que conta é o processo e não o resultado. Conheça algu-mas opções:

Jogos cooperativos sem perdedoresNesta categoria, todos os participantes

fazem parte de um mesmo time e o resul-tado é compartilhado. A dança das cadei-ras citada nessa matéria exemplifica esse tipo de jogo.

Jogos de resultado coletivoJogos que permitem a existência de

duas ou mais equipes, sem que haja competição entre ambas, pois os objeti-vos e resultados são comuns, favorecen-do a cooperação de todos. A equipe de Educação Física do Centro Educacional Marista São José sugere que, em um jogo de basquete, cada grupo tente conver-ter lances livres em pontos para as duas equipes. O resultado do jogo é a soma dos pontos dos grupos. O desafio será considerado superado somente quando o placar atingir a meta estipulada ante-riormente, por exemplo, 100 pontos.

Jogos de inversãoExperimentam-se situações de tro-

ca, de placar ou de jogadores, entre as equipes, favorecendo a valorização dos parceiros de jogo e diminuição da pre-ocupação excessiva com o resultado. Na inversão de placar, cada ponto feito é marcado para o outro time. Na troca de jogadores, cada um troca de time ao fim de cada lance.

Jogos semicooperativosAinda que apresentem caráter com-

petitivo, esses jogos visam à participação de todos durante a rodada. Por exemplo, futebol com times mistos. Os passes pre-cisam ser alternados entre homens e mu-lheres e para o jogo terminar todos preci-sam ter marcado pelo menos um ponto.

Boas ideiasOs livros a seguir apresentam jogos criativos que podem ser aplicados no ambiente escolar ou em um momento em família:

100 Jogos Cooperativos: Eu coopero, Eu me divirto (Editora Ground)A autora Christine Fortin apresenta, de forma prática e detalhada, 100 maneiras de executar atividades coope-

rativas, as quais podem ser adaptadas de acordo com o local e o perfil de cada público – de crianças a adultos.

110 Jogos Cooperativos Com Balões: Voando Com os Sonhos(Editora Sprint)A obra, escrita por Reinaldo Soler, compõe uma coleção de seis volumes sobre o tema.O autor propõe jogos focados

na escola e acredita que ela não precisa ser chata só porque é um ambiente levado com seriedade.

MSM E OS JOGOS COOPERATIVOS A ideia de jogos cooperativos também está presente na Missão Solidária Marista (MSM). A última edição do projeto, que ocorreu de 20 a 27 de janeiro de 2013, simultaneamente em cinco cidades brasileiras – Almirante Tamandaré (PR), Cascavel (PR), Dourados (MS), São Bento (SC) e Eldorado, no Vale da Ribeira (SP) –, contou com oficinas socioeducativas ministradas pelos próprios jovens missionários participantes do projeto.Segundo Diogo Galline, um dos coordenadores da MSM, esse vínculo proporcionado pelas oficinas é muito positivo, pois há uma troca de experiências significativa entre os jovens participantes e crianças e adolescentes do local. Ele afirma que os jovens estão dando continuidade ao sonho de Champagnat, iniciado com foco nas crianças.Além das oficinas, os participantes realizam outras ações na comunidade, como reforma de lugares públicos e palestras. Galline reforça que o objetivo maior da Missão é “educar para solidariedade”.

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Josileny Gonçalves Vidotti, mãe de Germano, valoriza boa alimentação do filho – que pratica esportes três vezes por semana.

A alimentação influencia a vida que se quer levar. Se ela é saudável, essa é a garantia

de que o caminho para os bons hábitos estão dando certo

Comer bem para se exercitar

melhor ainda

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Torrada, queijo bran-co, suco de laranja e ma-mão papaia. A cena não é de uma propaganda de margarina, mas descreve um pouco o que é um café da manhã saudá-vel. Dispostas a gastar as energias de uma boa noi-te de sono, as crianças precisam começar o dia com uma alimentação balanceada já na prin-cipal refeição. Repare: em vez de um banquete, alimentos certos e em quantidades razoáveis já são o suficiente para garantir boas energias. Afinal, alimentação ade-quada tem ligação direta com o desenvolvimento físico da garotada.

Criar bons costumes é ideal para a formação da criança. Exercícios

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como fazer

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físicos, a prática do esporte e a alimentação adequada são fortes aliados para que isso aconteça. “Para manter hábitos alimentares saudáveis, a família precisa consumir todos os grupos alimentares diariamente, nas quantidades recomendadas, procu-rar variedade e estimu-lar as crianças a preferir alimentos frescos e mais caseiros”, alerta a nutri-cionista e professora da PUCPR Cyntia Leinig.

É o que a mãe de Ger-mano Gonçalves Vidotti, 9 anos, põe em prática, mesmo estando fora de casa. Josileny Gonçalves Vidotti almoçou junto com o filho em uma das cantinas do Colé-gio Marista Santa Maria em plena segunda-fei-ra. Embora a corretora de imóveis tenha uma semana agitada no tra-balho, faz questão de dividir esse momento com o filho. “É importante estar aqui e acompanhar de perto a alimen-tação dele. Desde pequeno mantemos bons hábitos em casa, e hoje ele mesmo faz o prato e sabe o que é bom para a alimentação dele”, exalta.

Essa dedicação na alimentação garante a manutenção da saúde. “Em paralelo, deve incentivar a criança a pra-ticar as mais diversas atividades esportivas associadas às brincadeiras. Isso não é só importante para a saúde física, mas também para o desenvolvimento motor e psi-cológico da criança”, defende a nutricionista. Sabendo dessa combinação entre alimentação e esporte, a mãe de Germano intensifica a rotina do garoto – que pratica atividade física três vezes por semana. “Na segunda e na quarta ele joga handebol. Sábado é dia de tênis”, conta Josileny. Por causa do esporte, a alimentação do atleta tem diversos nutrientes. “Ele sabe o que tem de comer, então já pega salada, verduras, carne e o arroz”, calcula a mãe.

E O DOCE, PODE?Ir a uma festinha de aniversário é praticamente um

encontro marcado com brigadeiros, bombons, refrige-rantes e outras gostosuras tão amadas pelos pequenos. Da mesma forma como quando são apresentados às crianças, é preciso deixar claro que os doces não devem fazer parte da rotina delas. “O excesso no consumo des-ses alimentos contribui para o aumento do peso, das

cáries dentárias e também de outras doenças”, alerta a nutricionista.

No entanto, proibir não é a solução. “Quanto mais tarde forem apresentados a esses alimentos, melhor, mas caso a

criança já saiba pe-dir o doce, é possível equilibrar em duas vezes na semana e em pequena quanti-dade”, explica Cyntia.

HÁBITOComer bem é uma

questão de hábito. A partir do momento em que se torna cos-tume comer alimen-tos cuja cor antes nem se via, é mais tranquilo assimilar a importância deles. A tese foi comprovada pela estudante do Marista Santa Maria,

Márcia Machado Moreira, 12 anos. Ela confessou que há um ano não comia salada e torcia o nariz para a maioria “das folhas”, nome batizado pela estudante. “Eu passei a comer mais verdura quando minha mãe começou a pe-gar no pé. Passei a comer por causa dela, mas hoje coloco no prato até quando ela não está. Acostumei”, brinca.

NA PRÁTICAO Ministério da Saúde recomenda alguns passos essen-ciais para a alimentação saudável das crianças, confira alguns deles:

1) Fracionamento de três refeições diárias intercaladas por dois lanches saudáveis ao dia;

2) Consumo diário de cereais (arroz, milho), tubérculos (batata), raízes (mandioca), pães e massas, distribuindo esses

alimentos nas refeições;

3) As frutas devem ser distribuídas nas refeições, sobremesas

e lanches;

4) Consumo de feijão em pelo menos cinco dias na semana;

5) Consumo diário de leite e derivados, e de carnes, aves, peixes ou ovos;

6) Estímulo ao consumo de água.

Só mesmo o hábito fez a estudante

Márcia Machado Moreira, de 12 anos,

se acostumar com ‘as folhas’.

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FILMEHeleno

Minha dica é o filme Heleno. Ele retrata a história de Heleno de Freitas, o príncipe da era de ouro do Rio de Janeiro nos anos 40, quando a cidade era um cenário de sonho, cheio de glamour e promessas. Nas elegantes festas da época, ele representava a beleza e o charme. Nos campos, ele era visto como um gênio: explosivo e apaixonado pelo futebol. Heleno tinha certeza de que seria o maior jogador brasileiro de todos os tempos. Mas a guerra, a sífilis e as desventuras de sua vida mudaram seu destino, levando-o da glória à tragédia.

Junior Cesar Dias de Jesus - Assessoria de Educação do Colégio Marista de Londrina

GUIA PRÁTICOA semente da vitória

O livro que eu indico é A semente da vitória, de Nuno Cobra, que foi preparador físico e mental do Airton Senna. Valores agregados ao esporte, como superação, autoconfiança e sua visão sobre os cuidados com a saúde estão presentes na obra. A grande lição do livro é mostrar que o segredo para superar limites, rumo à excelência, consiste principalmente em acreditar em si mesmo.

Silvana Marques Freitas Professora do Colégio Marista Arquidiocesano

JOGOPES 2013

Eu escolho e compartilho o jogo mais utilizado entre os jogadores, o PES 2013, que simula partidas de futebol. No jogo virtual, é possível propor partidas amistosas ou criar seu próprio personagem “rumo ao estrelato”. Também existe a opção de administrar uma equipe no modo “Liga Master”, entre outros modos adequados ao gosto de quem está jogando.

Rulligulity Menegussi de Barros, 17 anos 3° ano do Ensino Médio do Colégio Marista São Luís

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CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOLRecomendo o site www.cbv.com.br/v1/, da Confederação Brasileira de Voleibol, que possui grande variedade de informações, programações e notícias sobre campeonatos da Seleção Brasileira. Lá também tem uma galeria de fotos, onde podemos observar, com detalhes, as diferentes ações durante os jogos.

Fernanda Liu, 16 anos - 2º ano do Ensino Médio do Colégio Marista Londrina

LIVRO-AULAAprendendo a Educação Física

Utilizo bastante o livro infantil Aprendendo a Educação Física, dos autores Maria Cristina Gonçalves, Roberto Costacurta Alves Pinto e Silvia Pessoa Teuber. Eles embasam e justificam a importância da Educação Física Escolar, em linguagem clara e de fácil compreensão. O livro contém inúmeras atividades de jogos, esportes, ginásticas, que subsidiam minha prática e que vêm de encontro aos constituintes da Educação Infantil Marista.

Virlei Kunz – Professora do Colégio Marista São Luís

CANALSportTV

Eu adoro o canal SporTV. É o meu favorito. Ele apresenta diversos vídeos de torneios e campeonatos de muitas modalidades esportivas, como atletismo, basquete, futsal, ginástica, tênis, surfe, além do vôlei.

Fernanda Liu, 16 anos - 2º ano do Ensino Médio do Colégio Marista Londrina

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olhar

Toda pessoa que planeja competir em alto nível precisa se superar, seja para baixar seu melhor tempo, sal-tar alguns centímetros mais alto (ou para frente), driblar a falta de apoio ou até problemas pessoais. Talvez por isso a palavra superação esteja no vocabulário de dez entre dez atletas. Embora sirva para inúmeras ocasi-ões, a superação ganha um sentido especial quando usada por um pa-ralímpico – o termo, que se refere a atletas com deficiência, antes para-olímpico, teve a grafia mudada em novembro de 2011, a pedido do Co-mitê Paralímpico Internacional, para desvincular o desporto adaptado do movimento olímpico.

Embora trabalhe quase 15 anos com jornalismo esportivo, meu con-tato com os paralímpicos era míni-mo. A primeira competição que fiz foram os Jogos Paralímpicos de 2012, em Londres, que também havia se-diado a Olimpíada daquele ano. Por mais que já se saiba o que perguntar ou como abordar um atleta, ficava a dúvida: como questioná-lo a res-peito da deficiência? Posso ofendê--lo ao querer saber o que houve e como convive com ela? Para minha surpresa, a grande maioria trata das limitações, sejam congênitas ou ad-quiridas ao longo da vida, com na-turalidade, e gosta de compartilhar

experiências. Poucos se incomodam. O nadador André Brasil, dono de nove medalhas em Paralimpíadas, por exemplo, costuma se irritar com diferenciações. Em Londres, quando um jornalista usou o termo paratleta numa pergunta, ele o interrompeu bruscamente: “Atleta, por favor!”. Aos 3 meses, detectou-se que ele tinha a perna esquerda mais leve do que a direita por conta da poliomielite. Aos pais, disseram que André não iria an-dar. Sua força de vontade nas pisci-nas mostrou exatamente o contrário.

Aliás, belas histórias não faltam. Por isso a superação ganha outro peso nesse ambiente. Na Paralim-píadas de Londres foram mais de 4.300 atletas de 164 países. São de-ficientes visuais, pessoas que sofre-ram traumas de guerra, cadeirantes baleados em assalto... Martine Wri-ght, britânica com quem conversei lá, pratica vôlei sentado. Ela é so-brevivente do atentado terrorista ao metrô de Londres, em 7 de julho de 2005. No vagão, estava a poucos me-tros do homem acusado de detonar a bomba. Ficou presa às ferragens, perdeu 75% do sangue do corpo,

sofreu 12 cirurgias e teve as pernas amputadas acima dos joelhos. Achou no esporte um novo ânimo de vida. Medalha? Sua vitória foi ver a família em seus jogos. Não há como não se emocionar com esse tipo de relato. Uma pena o espaço ser insuficiente para descrever outros.

Dos 15 dias em Londres, passei mais de sete gripado. Alguns dias fo-ram difíceis para levantar da cama. Mas bastava ver um atleta em ação, ouvir sua história e o que sentia após competir, para eu me sentir melhor. A vida impôs a essas pessoas algo muito mais devastador e traumático do que uma gripe. E eles se supe-ram, mostrando que a limitação é só mais uma barreira. A vida não acaba ali, só ganha um novo sentido, uma nova motivação. Isso faz você refletir e reclamar menos do cotidiano. É até constrangedor fazer certas queixas.

Por “culpa” desses atletas, passei a admirar e acompanhar mais de perto o movimento paralímpico. Eles são a maior prova de que nenhuma limita-ção é capaz de frear o ímpeto de um ser humano quando ele quer se su-perar.

Quando a palavra superação ganha outro sentidoPor Thiago Rocha, jornalista que contribui para o jornal Lance e cobriu as Paralimpíadas de Londres, em 2012.

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Além do asfaltoasfalto

Correr! Uma prática tão comum, mas ro-deada de histórias. Portanto, coloque seu calção, um tênis e vamos correr pelo pas-sado e pelas curiosidades que os asfaltos

têm para contar desse esporte tão famoso

Você sabia que as corridas de rua sur-giram e se popularizaram na Inglaterra no século XVIII? Mas foi apenas na década de 70, com o incentivo do médico Kenneth Cooper, criador do Teste de Cooper, que ela se popularizou no mundo. A época ficou marcada pelo jogging boom (“explosão da corrida”), momento em que a população começou a participar mais ativamente jun-to dos corredores de elite.

Diz a lenda que a origem da maratona aconteceu por volta do ano 490 a.C., quando um soldado correu por cerca de 42 km, da cidade de Maratona até Atenas, para avisar sobre vitória dos gregos contra os persas na guerra. Filípides percorreu essa distância correndo tão rapidamente que, ao chegar, só conseguiu dizer: “vence-mos!”. Em seguida, caiu morto pelo esforço.

Por falar em maratonas, na primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, ocorrida em 1896, em Atenas, na Grécia, o grego Spiridon Louis venceu o percurso de 40 km. O terceiro colocado foi seu compatriota Spiridon Belokas, que depois foi desclassificado por percorrer parte do trajeto de carro.

Como foi possível perceber, as corridas de rua contam cada vez com mais adeptos, segundo um levantamento da Federação Paulista de Atletismo. O aumento de praticantes reflete no rendimento financeiro do esporte. Constatou-se que a prática movimenta cerca de R$ 3 bilhões e que o número de eventos aumenta cerca de 35% ao ano.

E a São Silvestre? Mais tradicional prova do país, foi criada em 1924, em homenagem ao santo do dia, pelo jornalista Cásper Líbero, inspirado em uma corrida noturna francesa em que os atletas corriam com tochas de fogo. É disputada no dia 31 de dezembro e já teve a participação exclusi-va de homens, sendo Alfredo Gomes o primeiro campeão da prova. Foi apenas em 1975 que as mu-lheres ganharam uma competição feminina. A pri-meira campeã foi a alemã Christa Valensieck.

Foi só em 1945, na sua 20ª edi-ção, que a prova recebeu a parti-cipação de competidores interna-cionais. A presença dos vizinhos do Chile e Uruguai foi o estopim para a participação efetiva de corredo-res das Américas, asiáticos, africa-nos e europeus.

O número de inscritos da primeira Ma-ratona de São Silvestre foi de apenas 60, dos quais apenas 48 comparecem no dia da pro-va. Atualmente, a competição leva mais de 15 mil participan-tes às ruas da capital paulista.

O sonho de todo corredor é participar das maiores maratonas. Sabe quais são? Disputada desde 1897, a Maratona de Boston é a maior e mais antiga, depois da olímpica, seguida da Maratona de Nova York e da Mara-tona de Chicago, todas nos EUA. Além delas, há a Mara-tona de Berlim, na Alemanha, e a Maratona de Londres, na Inglaterra. Todas fazem parte do World Marathon Majors, que dá um milhão de dólares para os atletas que fazem mais pontos na disputa das cinco provas.

Que tal entrar no ritmo da corrida e adotar o uso de aplicativos capa-zes de registrar diversas informações sobre o rendimento da prática do exercício? O Endomondo é um aplicativo gratuito, bem recomendado pelos corredores de rua e disponível para iPhone, Android e BlackBerry. Outro aplicativo bastante utilizado e gratuito é o Runkeeper. Vale a pena correr nesse ritmo.

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curiosidade

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Esporte naponta dosdedos

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O passatempo centenário de jogar peteca (há regis-tros de que, no Brasil, a atividade surgiu com os índios) também é esporte sério. De forma adaptada, o badminton – que estreou nas Olimpíadas em 1992 e que se joga com raquete e peteca – tem várias simila-ridades com a brincadeira infantil. E nada melhor que incentivar um esporte por

meio de uma diversão. Por isso, a pedagoga e assis-tente social Fernanda Al-ves Teixeira ensina, passo a passo, como montar uma peteca com materiais que todos têm em casa. Como não existe partida sem tor-cida, a professora também explica como montar uma equipe de torcedores.

Pais e filhos, mãos à obra!

Antes de praticar, que tal inventar? Aprenda, a seguir, a fazer uma peteca

reutilizando sacolas plásticas. A torcida fica por conta dos dedoches

PETECA

MÃOS À OBRA

Corte as alças da sacola e reserve. Corte o fundo e as duas laterais também. Pegue as folhas de papel e amasse até formar boli-nhas de tamanho médio.

Coloque os dois lados da sacola um sobre o outro e envolva as bolas de papel com eles.

Modele a peteca, pegando uma das alças que cor-tou e amarrando-a, dando um nó.

Corte as sobras do nó.

VOCÊ VAI PRECISAR DE:

Folhas de papel de qualquer tipo

Tesoura

Sacola de mercado

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diversão

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DEDOCHE

MÃOS À OBRA

Coloque sobre o papel dois dedos para fazer o molde da altura e largura do seu boneco, risque e dobre a folha de papel, recorte na linha que desenhou.

Passe a cola em bastão apenas nas bordas do mol-de e cole um sobre o outro. Lembre-se, o meio e a base não devem levar cola.

Pegue o molde redondo e desenhe um círculo para fazer a cabeça. Em seguida, recorte-o.

Para a camisa e o calção, faça o desenho do mesmo tamanho que seu molde. Recorte 4 tiras, para os bra-ços e as pernas, além de duas bolas ovais para os pés.

Desenhe como preferir o cabelo. Recorte e cole no círculo da cabeça, cole também a camisa, o calção, a cabeça e as tirinhas no molde.

Sobre as perninhas cole as duas bolinhas ovais, que são os pés.

Pegue as canetinhas e desenhe o rosto do seu tor-cedor, e escreva o nome da sua equipe.

Pronto, agora monte sua torcida ou time completo. Boa diversão!

1 molde redondo (para fazer a cabeça do torcedor)

Folhas de papel colorido

Tesoura

Cola em bastão

Lápis

Canetinha colorida

VOCÊ VAI PRECISAR DE:

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Agora nas quartas-feiras da Lumen Fm você

pode conferir o melhor da música brasileira

durante todo o dia.

Acesse www.lumenfm.com.br e leve a rádio

da MPB de Curitiba para aonde você estiver.

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A rádio da MPB em Curitiba.

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