Er 900 Apostila de Transformadores

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    . TRANSFORMADORES

    Os transformadores vm sendo aplicados nos diversos ramos da

    eletroeletrnica, desde circuito de gerao, transmisso, distribuio de

    energia e tambm nos circuitos eletrnicos.

    Um transformador um dispositivo com a finalidade de transmitir energia

    eltrica ou potncia eltrica de um circuito a outro, convertendo tenses,

    correntes e ou de modificar os valores da impedncia eltrica de um circuito.

    Trata-se de um dispositivo de corrente alternada que opera baseado nos

    princpios eletromagnticos da Lei de Faraday e da Lei de Lenz, podemos

    verificar um exemplo na Figura 1.

    Figura 1. Transformador de baixa potncia

    Existem diversos modelos de transformadores, mas todos adotam o mesmo

    princpio que a utilizao do campo magntico como forma de acoplamento.

    As exigncias tcnicas e econmicas impem construo de grandes usinas

    eltricas, de forma geral as localizadas fora dos grandes centros de

    aproveitamento, pois devem utilizar a energia hidrulica dos lagos e rios das

    montanhas. Surge assim a necessidade do transporte da energia eltrica pr

    meio de linhas de comprimento notvel.

    Devido a fatores econmicos e de construo, as sees dos condutores destaslinhas devem ser limitadas, o que torna necessria a limitao da intensidade

    das correntes nas mesmas. Assim sendo, as linhas devero ser construdas

    para funcionar com uma tenso elevada, que em certos casos atinge a

    centenas de milhares de volts.

    Estas realizaes so possveis em virtude de a corrente alternada poder ser

    transformada facilmente de baixa para alta tenso e vice-versa, por meio de

    uma mquina esttica, de construo simples e rendimento elevado, que o

    transformador.

    1.1. PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO

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    Quando o indutor conectado a um fonte de alimentao em corrente

    alternada ocorre o surgimento de um campo magntico induzido. Quando um

    segundo indutor imerso sobre esse campo magntico, ocorre o processo de

    induo, onde o campo magntico convertido pelo indutor em forma de

    tenso induzida.

    No modelo bsico de um transformador sua estrutura formada pr duas

    bobinas isoladas eletricamente e enroladas em torno de um ncleo comum.

    Para se transferir a energia eltrica de uma bobina para a outra se utiliza o

    artifcio do acoplamento magntico. A bobina que recebe a energia de uma

    fonte CA recebe a denominao de primrio. A bobina que fornece energia

    para uma carga CA designada como secundrio. O ncleo dos

    transformadores usados em baixa freqncia feito geralmente de material

    magntico, comumente se usa ao laminado. Os ncleos dos transformadores

    usados em altas freqncias so feitos de p de ferro e cermica ou de

    materiais no magnticos. Algumas bobinas so simplesmente enroladas em

    torno de frmas ocas no magnticas como, por exemplo, papelo ou plstico,

    de modo que o material que forma o ncleo na verdade o ar. Se

    considerarmos que um transformador funcione sobre condies ideais, a

    transferncia de energia de uma tenso para outra se faz sem nenhuma perda.

    Figura 2. Aspecto construtivo de um transformador

    A tenso eltrica induzida no secundrio de um transformador proporcional

    ao nmero de linhas magnticas que transpassa a bobina do secundrio, por

    esse motivo as bobinas so montadas sobre um material ferro magntico, de

    forma a diminuir a disperso das linhas, concentrando o campo magntico

    sobre a bobina do secundrio.

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    Com a utilizao de um ncleo magntico para a melhora do fluxo magntico,

    contudo surge o problema de aquecimento, devido utilizao de um ncleo

    macio, assim utiliza-se chapas de ferro silicoso para construo do ncleo.

    Com o ncleo laminado ocorre a reduo das correntes parasitas tambm

    conhecidas como correntes de Focault.

    1.2. TRANSFORMADORES COM MAIS DE UM SECUNDRIO

    Este modelo de transformador tem grande aplicao na rea da eletrnica,

    transformadores com mais de um secundrio permitem a disponibilizao de

    vrios nveis de tenso eltrica em seu secundrio, a mesma filosofia se aplica

    para o circuito do primrio.

    Figura 3. Transformador com mais de um secundrio

    1.2.1. Associao de bobinas em transformadores

    Em transformadores com mais de um secundrio possvel realizar aassociao destes a fim de obtermos valores diferenciados de tenso na sada

    sem necessidade de alterao do bobinado conforme pode ser observado nas

    figuras seguintes.

    Figura 4. Soma de Potenciais no secundrio

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    Figura 5. Subtrao de potenciais no secundrio Figura 6. Potenciais iguais com

    sinais invertidos

    Figura 7. Potenciais iguais com igualdade de sinal

    1.3. RELAO DE TRANSFORMAO

    Considerando, um transformador ideal, sendo o fluxo total,, o mesmo em

    ambas as bobinas, j que se desprezam os fluxos dispersos e o ncleo tem

    , as f.e.m. s, 1 e 2, induzidas nessas bobinas podemos escrever aexpresso:

    Para obteno da relao entre a tenso do primrio e secundrio: Sendo Rt

    denominado de relao de espiras ou relao de transformao.

    dN == dN ==

    Esta a primeira propriedade do transformador que a de transferir ou

    refletir as tenses de um lado para outro segundo uma constante Rt.

    1.4. TIPO DE TRANSFORMADOR QUANTO A RELAO DE TRANSFORMAO

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    No que refere-se a relao de transformao podemos classificar os

    transformadores em trs tipos:

    a) Transformador elevador; b) Transformador rebaixador; c) Transformador

    isolador;

    1.4.1. TRANSFORMADOR ELEVADOR

    Este tipo de transformador tem como caracteriza a elevao de tenso no

    secundrio, ou seja, a relao de transformao menor do que 1(NpNs).

    1.4.3. TRANSFORMADOR ISOLADOR

    Os transformadores isoladores so muito utilizados em locais onde se deseja

    isolar eletricamente duas redes, tem grande aplicao em laboratrio de

    eletrnica, como caracterstica a relao de transformao igual a 1(Np=Ns).

    1.5. RELAO DE POTENCIA EM TRANSFORMADORES

    A quantidade de energia absorvida da rede eltrica e denominada potncia

    eltrica do primrio, se partimos do conceito que trata-se de um

    transformador ideal no teremos perdas por aquecimento, perdas magnticase assim toda a energia que foi absorvida da rede ser convertida, ou seja a

    potncia eltrica ser idntica para primrio e secundrio.

    A partir da relao de potncia entre primrio e secundrio podemos obter as

    correntes de cada malha, j que P=V.I.

    1.6. ESPECIFICAO DE TRANSFORMADORES

    A especificao de transformadores deve fornecer no mnimo as seguintes

    informaes: a) Tenses do primrio; b) Tenses do Secundrio; c) Correntes

    do Secundrio;

    Para a especificao 120/220V 12V-2A 24V-1A apresenta um transformador

    com as caractersticas:

    a) Primrio:

    Entrada 120V ou 220V; b) Secundrio:

    Uma sada com 12V-2A; Uma sada com 24V-1A;

    1.7. RELAO DE FASE ENTRE AS TENSES PRIMARIO E SECUNDRIO

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    A tenso induzida no secundrio do transformador gerada quanto o fluxo

    magntico corta as espiras do secundrio gerando um fem. Induzida, como a

    tenso induzida sempre oposta tenso indutora, podemos afirmar que a

    tenso no secundrio tem sentido inverso a forma de onda do primrio, ou

    seja, esto defasadas em 180 com relao tenso no primrio.

    Com base na inverso de ciclos entre primrio e secundrio, nota-se que

    ocorre a inverso de polaridade para cada semiciclo.

    1.8. TRANSFORMADOR COM DERIVAO CENTRAL SECUNDRIO

    Com grande aplicao na eletrnica os transformadores com tap central

    fornecem para um mesmo secundrio dois nveis de tenso. Normalmente o

    tap central fica aterrado fornecendo uma referencia de terra, ou seja, nvel de

    0V.

    Com a mesma caracterstica do transformador referido anteriormente ocorre a

    defasagem de 180 entre o primrio e secundrio com relao a tenso,

    porm neste transformador temos dois canais de utilizao

    1.9. AUTOTRANSFORMADORES

    Um autotransformador um componente cujos enrolamentos primrio e

    secundrio coincidem parcialmente. Conforme se ilustra na Figura 8, os

    acessos ao primrio e ao secundrio so coincidentes ou com as extremidades

    ou com pontos intermdios do enrolamento, sendo um dos terminais do

    primrio sempre coincidente com um dos do secundrio. O autotransformadorpode se comportar como rebaixador ou como elevador dependendo da forma

    como foi retirado os terminais de conexo.

    Figura 8. Autotransformador diagrama de funcionamento

    Em qualquer dos casos, a relao de transformao dada pelo cociente entre

    o nmero de espiras.

    N Rt =

    Uma das conseqncias da coincidncia parcial entre os enrolamentos do

    primrio e do secundrio a perda de isolamento galvnico entre as bobinas.

    Porm o autotransformador apresenta um vasto conjunto de vantagens face

    aos transformadores comuns, como no que concerne ao seu custo (um nicoenrolamento e em certos casos, com condutores de menor seco), ao

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    volume, queda de tenso e ao rendimento (menores perdas nos

    enrolamentos). Os autotransformadores so vulgarmente utilizados na

    elevao e na reduo da tenso em redes de distribuio de energia eltrica,

    na sintonia e adaptao entre antenas e pr-amplificadores em receptores de

    telecomunicaes.

    1.10. SIMBOLOGIA DE TRANSFORMADORES Figura 9. Simbologia de

    transformadores