EROSÃO COSTEIRA E OS DESAFIOS DA GESTÃO...
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EROSÃO COSTEIRA E OS DESAFIOS DA GESTÃO COSTEIRA NO BRASIL:
REFLEXOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
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Celia Regina de Gouveia SouzaPesquisadora Científica - Instituto Geológico-SMA/SP
Profa. Colaboradora do Programa de Pós-Graduação
em Geografia Física da FFLCH-USP
MODELO DE GESTÃO COSTEIRA INTEGRADA (Mudanças Climáticas)
Forçante → Pressão → Mudança → Impacto → Resposta (modificado de Turner et al., 1998)
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Aumento dos Gases de Efeito Estufa
Aquecimento Global
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FORÇANTES / PRESSÕES
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PRESSÕES AMBIENTAIS
Elevação do Nível do Mar
Aumento generalizado da temperatura do ar (maior evaporação).
Aumento da temperatura das águas marinhas, mixohalinas e doces (maior evaporação).
Ciclos Hidrológicos se acelerarão...
Aumento da freqüência, intensidade e duração de eventos atmosféricos anômalos (Eventos Extremos):
• chuvas mais intensas/curtas
• ondas de calor e frio
• ressacas (marés meteorológicas, ondas e marés de tempestade)
• ventanias/vendavais/tornados/furacões
• El Niño/La Niña
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MUDANÇAS DO ESTADO AMBIENTAL
Projeções (2080) BRASIL – T, P e NM
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Hohling et al.(2007) : elevação do NM de até 1,5 mIPCC (2007): elevação do NM de até 0,6 m
(INPE & MOHC, 2009)
Aumento dos Perigos e Desastres Naturais
Erosão Costeira (elevação do NM curto
e longo período)
Inundações, Enchentes e Alagamentos
Assoreamento
Movimentos de Massa
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IMPACTOS
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Ressaca de 03/05/2011 –Santos e Guarujá
Assoreamento
Inundação Costeira
Elevação do Nível do Mar:
Curto e Longo Períodos
Curto Período
Longo Período
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Praia do Góes – jan/2010 Praia do Góes – jan/2011
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RESPOSTAS AMBIENTAIS (Consequências)
Modificações morfológicas na praia (redução da largura e aumento da declividade)
Perda e desequilíbrio da pós-praia e de outros hábitatsnaturais (dunas, manguezais, florestas de restinga)
Perda de bens e propriedades
Destruição de estruturas urbanas e obras de engenharia
Aumento da vulnerabilidade costeira e do risco à erosão (freqüência e intensidade das inundações costeiras)
Aumento da intrusão da cunha salina (aqüíferos/rios)
Comprometimento do sistema sanitário
Perda do valor paisagístico
Perda do potencial turístico
Artificialização da orla
Prejuízos sócio-econômicos enormes
RESPOSTAS POLÍTICAS → GESTÃO COSTEIRA INTEGRADA Planejamento ambiental integrado e estratégico
baseado em: conhecimento dos processos costeiros;mecanismos naturais e antrópicos nodesencadeamento de processos erosivos; impactosda elevação do NM.
Recomendações e regulamentações para certasatividades nas praias/orla:obras de engenharia; retirada de areia de praias edunas; desassoreamento de desembocaduras fluviaise lagunares, canais portuários; indicação de áreaspara atividades náuticas (marinas, rotas para jet-sky e “banana-boat”); evitar a ocupação de novasáreas na orla.
CE-Gestão de Praias/ABNT (discussão internacionalpara normalização de praias).
RESPOSTAS (O que fazer??) → GESTÃO DE RISCO
MAPEAMENTO DE RISCO X AÇÕES:
Riscos Muito Alto e Alto: praias particularmentevulneráveis que estão sob forte ameaça e requeremações imediatas (realocações, remoções, recuperaçãode praias e dunas frontais);
Risco Moderado: praias que requerem atenção; impedira piora do estado;
Riscos Baixo e Muito Baixo: praias comparativamentemais seguras de danos; conservar o estado.
Risco à Erosão Costeira em SP (Souza, 2007, 2009)
MA = 33,3% A = 20,7%
M = 25,3% B = 18,4%
MB = 2,3%
RESPOSTAS (O que fazer??) →MEDIDAS DE CONTENÇÃO
Medidas não Estruturais (Adaptação)
• Informação/conscientização
• Remoção completa de estruturas urbanas e obras
• Realocação de estruturas urbanas para o continente
• Estabelecimento de faixa de proteção
Medidas Estruturais
• Obras de “proteção” costeira (de preferência não rígidas; necessidade de estudos aprofundados)
• Alimentação/engordamento artificial da praia
Definição de ZONAS DE PROTEÇÃO
Em alguns países da Europa (ex.: Espanha e França), a ZP possui 100 m de largura contados a partir do limite das águas. Não houve compensação aos eventuais proprietários (França - Lei Litoral nº 86-2/1986; Espanha - Ley de Costas nº 22/1988).
Nos Estados Unidos, a ZP tem largura variável em função da taxa de erosão da linha de costa para intervalos de 10, 30 e 60 anos, definindo zonas nas quais são estabelecidos diferentes tipos de uso e ocupação.
Na Austrália, a faixa tem largura adequada à recuperação da primeira duna frontal.
18Ocean Shore Beach (Australia)
NRC (USA)
Alimentação/Engordamento Artificial
Zonas de Proteção ou Amortecimento
• Faixa de terreno da planície costeira, paralela e contígua à praia, com determinada largura mínima medida a partir do limite superior da praia (este limite poderá se dar com a planície costeira propriamente dita ou com algum tipo de estrutura construída pelo homem) no sentido do continente.
• Largura mínima única ou variável em função da classificação de risco à erosão da praia, por exemplo (progressivamente maior quanto maior o seu grau de risco), ou da taxa de recuo da linha de costa.
(O Brasil não tem legislação que proteja as praias!)
Como sua função é de proteger as praias e as áreas urbanas da erosão costeira e dos avanços progressivos do NM, essa zona deveria:
(i) ser mantida livre de qualquer ocupação antrópica;
(ii) ter restauradas as condições de permeabilidade original do terreno, com a recuperação da duna frontal anteriormente existente e de sua vegetação original ou, não havendo esta possibilidade, ser efetuado o plantio de espécies nativas de escrube ou dunas.
Zonas de Proteção ou Amortecimento
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Zonas de Proteção ou Amortecimento
Se não fizermos nada …
Ponta da Praia - 1967
Tomara que
esta praia
nunca
desapareça...
Ponta da Praia – 2067
(NM 0,6m acima do atual)