Erosão do solo - coleção...
Transcript of Erosão do solo - coleção...
-
Coleo SENAR
TRABALHADOR NO CULTIVO DE GROS E OLEAGINOSASPRTICAS MECNICAS DE CONTROLE DA EROSO - 75
75
Pticas mecnicas
de controle
-
IMPRESSO NO BRASIL
2003, SENAR Servio Nacional de Aprendizagem Rural
Coleo SENAR 75
EROSO DO SOLOPrticas mecnicas de controle
COORDENAO EDITORIALFundao Arthur Bernardes FUNARBE
COORDENAO TCNICAAntnio do Carmo Neves
Engenheiro Agrnomo, Mestre em Extenso Rural, Professor Assistente do Departamento de Economia Rural da
Universidade Federal de Viosa-MG
ELABORADORESCaetano Marciano de Souza
Engenheiro AgrnomoMestre e doutor em Fitotecnia
Professor Adjunto - Universidade Federal de Viosa-MG
Fbio Ribeiro PiresEngenheiro AgrnomoMestre em Fitotecnia
Doutorando em Fitotecnia na Universidade Federal de Viosa-MG
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Souza, Caetano Marciano de Prticas mecnicas de controle da eroso / Caetano Marciano de Souza, Fbio Ribeiro Pires. 2. ed. Braslia : SENAR, 2010. 92 p. il. ; 21 cm. (Coleo SENAR, ISSN 1676-367X, 75)
ISBN 85-88507-07-2
1. Conservao do solo Controle de eroso. I. Pires, Fbio Ribeiro. II. Ttulo
CDU: 631.6.02
-
Sumrio APRESENTAO 5INTRODUO 7
PRTICAS MECNICAS DE CONTROLE DA EROSO 8
I - DETERMINAR A DECLIVIDADE 11
1 - Determine a declividade utilizando o trapzio 12
2 - Determine a declividade utilizando o nvel de mangueira ou nvel de borracha 21
3 - Determine a declividade utilizando o nvel tico 35
- MARCAR LINHAS EM NVEL 431 - Marque as linhas em nvel com o trapzio 44
2 - Marque as linhas em nvel com nvel de borracha ou mangueira 48
3 - Marque as linhas em nvel com nvel tico 53
- REALIZAR AS PRTICAS MECNICAS DE CONTROLE DA EROSO 611 - Faa a distribuio racional dos caminhos 62
2 - Faa o terrao 65
3 - Faa o preparo do solo em contorno 75
4 - Faa o plantio em contorno 78
REFERNCIAS 91
-
Cole
o
| S
ENAR
5
Apresentao O produo de alimentos. Os altos ndices de produtividade do setor, que representa um tero do Produto Interno Bruto (PIB), emprega um tero da fora de trabalho e gera um tero das receitas das nossas exportaes, revelam a eficincia e a disposio para trabalhar do nosso cidado rural.
Os cursos de capacitao do Servio Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) contriburam para estes resultados. Em 20 anos de atuao, mais de dez milhes de produtores, trabalhadores rurais e suas famlias aperfeioaram seus conhecimentos, habilidades e atitudes em processos educativos voltados formao para 163 profisses do meio rural e mais de 50 reas de promoo social, como sade, educao, artesanato e cidadania.
As cartilhas da coleo SENAR so o complemento fundamental fixao da aprendizagem construda nesses processos e representam fonte permanente de consulta e referncia. So elaboradas pensando exclusivamente em voc, que trabalha no campo. Seu contedo, fotos e ilustraes traduzem todo o conhecimento acadmico e prtico em solues para os desafios que enfrenta diariamente na lida do campo.
Desde que foi criado, o SENAR vem mobilizando esforos e reunindo experincias para oferecer servios educacionais de qualidade. Queremos capacitar quem trabalha na produo rural, para que alcance cada vez maior eficincia, gerenciando com competncia suas atividades, com tecnologia adequada, segurana e respeito ao meio ambiente.
Desejamos que sua participao neste treinamento e o contedo desta cartilha possam contribuir para o seu desenvolvimento social, profissional e humano!
Bom trabalho!
Ktia AbreuPresidente da Confederao da Agricultura e Pecuria do Brasil - CNA
e do Conselho Deliberativo do SENAR
-
Cole
o
| S
ENAR
7
Introduo
E ! " # !# #corretos das prticas mecnicas de controle da eroso, fornecendo as in-
formaes tcnicas para a execuo das operaes no momento preciso.
Aborda desde a determinao de declividade, a marcao de linhas em
nvel at a realizao de prticas mecnicas de controle da eroso.
Trata, tambm, das precaues para a correta execuo das operaes,
preservando a sade e segurana do trabalhador, e ainda informa sobre
aspectos de preservao do meio ambiente e outros assuntos que possam
interferir na melhoria da qualidade e produtividade.
-
Cole
o
| S
ENAR
8
Prticas mecnicas de controle
da eroso
$%&'(& ) & *%&+,''& %,'*&-'./,0 *,0& 1,'23'4, , ,5*&6%,+75,-4& 1&'solos agrcolas reduzindo a produtividade das culturas e exigindo, cada vez
mais, o uso de adubos e corretivos. Pode atingir nveis elevados, capazes
de impossibilitar o uso agrcola da rea, principalmente se ocorrerem sul-
cos com mais de um metro de profundidade as voorocas.
No Brasil, todos os anos so perdidos o equivalente a mais de 100 milhes
de caminhes basculantes de terra, em virtude da eroso das terras.
A eroso to antiga quanto a terra mas, atualmente, esse processo pode
ser muito acelerado pela utilizao de prticas inadequadas de uso do solo.
A eroso comea com o impacto das gotas de chuva em solo descoberto.
Esse impacto provoca o desprendimento e o arrasto de partculas. Plan-
tio morro abaixo, plantar sempre a mesma cultura (monocultura), quei-
madas, pastoreio excessivo, cultivo em terrenos inclinados sem prticas
conservacionistas, etc., so prticas que favorecem a eroso e devem ser
substitudas.
O primeiro passo para evitar a eroso o uso do solo de acordo com a sua
capacidade de uso; o segundo, a utilizao de prticas conservacionistas.
As prticas de controle de eroso podem ser:
Prticas vegetativas, usa-se a prpria vegetao para defender o solo
contra a eroso;
Edficas, modifica-se a forma de se cultivar o solo;
Mecnicas, recorre-se a estruturas construdas pelo homem.
-
Cole
o
| S
ENAR
9
Q89:;< 8=>?>@9;9B CF G:V9B ;C :WMC?J ;CMCXBC B9YCS Z89? 9distncia entre elas. Essa distncia depende da inclinao do terreno, do
tipo de solo e da cultura a ser plantada. Este clculo tcnico e necessita
de um engenheiro agrnomo para ser realizado.
-
Coleo | SENAR
10
Anotaes:
-
Determinar a declividade I
[\]\ ^_`_]abc\] \ ^_debfb^\^_ gh^_a i_] j`bebk\^hi ^bf_]ihi _ljbg\a_c`hicomo:
O trapzio;
O nvel de borracha ou nvel de mangueira;
O nvel tico.
-
Cole
o
| S
ENAR
12
1 - Determine a declividade
utilizando o trapzio
m nopqrstu r vw pqpoxyzu {x |}~ty ~unovu x {x twqyx wpvxtu vxsem nenhuma dificuldade, pode ser construdo na prpria fazenda. uma
armao de madeira, de plstico, de alumnio, etc., e um nvel de pedreiro
que assentado sobre o componente horizontal. Existem diversos modelos
de trapzios, porm o princpio de funcionamento o mesmo.
O trapzio apresentado na fotografia possui 2 m de comprimento em seu
componente horizontal e os dois componentes verticais so de 0,60 m de
altura.
Antes de iniciar a determinao com o trapzio, deve-se conferir se ele
est nivelado.
1.1 - Confira o nivelamento do trapzio
-
Cole
o
| S
ENAR
13
1.1.1 - Coloque o trapzio no cho, em uma superfcie plana
1.1.2 - Verifique se est em nvel nesta posio
-
Cole
o
| S
ENAR
14
1.1.3 - Gire o trapzio invertendo as duas hastes, porm
colocando os ps nos mesmos pontos
1.1.4 - Verifique se o trapzio
est em nvel depois de girar
o trapzio, deve-se partir do ponto
mais alto do terreno e seguir no sen-
tido da maior inclinao.
-
Cole
o
| S
ENAR
15
1.2 - Coloque uma estaca no ponto mais alto
do terreno
1.3 - Coloque um
dos ps do trapzio
no cho
Ateno:
Se o trapzio apresentar-se nivelado nas duas posies, pode-se trabalhar com o aparelho; caso contrrio, o nvel de pedreiro e o trapzio devem ser revisados.
-
Cole
o
| S
ENAR
16
1.4 - Levante o outro p at o aparelho ficar
em nvel
a bolha do nvel de pedreiro
ficar entre as duas linhas.
1.5 - Mea a distncia do p que est suspenso at o cho com o auxlio de uma mira
-
Cole
o
| S
ENAR
17
mtrica, etc.
1.6 - Anote esta medida
48 cm
1.7 - Marque o local com uma estaca
Ateno:
Para medir esta distncia, o aparelho tem que estar em nvel.
-
Cole
o
| S
ENAR
18
1.8 - Abaixe at o cho o p que estava suspenso
1.9 - Gire o aparelho sobre o p da frente no
sentido da maior declividade
-
Cole
o
| S
ENAR
19
1.10 - Suspenda o p da frente at o aparelho ficar em nvel
1.11 - Mea a distncia do p suspenso (da frente) at o cho
1.12 - Anote esta medida 45 cm
1.13 - Marque o local com uma estaca
-
Cole
o
| S
ENAR
20
1.14 - Repita estas operaes por mais trs
vezes
50 cm
Exemplo: 18 cm
Exemplo: 50 cm
Tem-se assim:
5 distncias de 2m (comprimento do trapzio) = 10 metros
5 diferenas de nvel
Somando, teremos uma diferena de nvel de 211,00 cm ou 2,11 m.
Ento:
Em 10,00 m, caem 2,11 m
Em 100,00 m, cairo X
10m 2,11m
100m X
X = 100m x 2,11m = 21,1m 10m
X = 21,1 %
A inclinao do terreno de 21,1%, ou seja, a cada 100 metros que anda-
mos, descemos 21,1 m.
Com relao inclinao, deve-se lembrar que:
Dificilmente encontraremos terrenos que apresentam a mesma inclinao
desde o ponto mais alto at o mais baixo. Por isso, a determinao da incli-
nao deve ser feita para cada local.
-
Cole
o
| S
ENAR
21
2 - Determine a declividade
utilizando o nvel de mangueira
ou nvel de borracha
fcil construo e manuseio. Possui duas rguas de mais ou menos dois me-
tros de altura. Estas rguas possuem uma escala graduada em centmetros.
Colocando-se gua na mangueira, ela correr livremente, se no estiver
fechada em nenhum dos lados e no existirem bolhas de ar no seu interior.
Se as duas rguas estiverem em um mesmo nvel no terreno, na mesma
altura, os nmeros coincidiro. Assim, se lermos 70 cm em uma haste
(escala) e 70 cm na outra, significa que as duas bases do nvel esto em
um plano.
Se as hastes estiverem localizadas em nveis diferentes (isto , se ocorrer
um desnvel), as leituras sero diferentes, por exemplo, em um lado 60 e
no outro 80. A diferena na leitura, 80 60 = 20 a diferena de nvel
entre os dois pontos.
-
Cole
o
| S
ENAR
22
2.1 - Encha a mangueira com gua
P de ar, deve-se proceder da seguinte maneira:
2.1.1 - Encha um recipiente com gua
A P
Ateno:
Ao se colocar gua na mangueira, deve-se ter o cuidado de no deixar que se formem bolhas no seu interior, pois as bolhas de ar acarretam erros de leitura no trabalho com o nvel.
-
Cole
o
| S
ENAR
23
2.1.2 - Coloque o recipiente em lugar alto
2.1.3 - Distribua a mangueira
evitando a formao de dobras
2.1.4 - Mergulhe uma
das pontas da mangueira
(mangueira e rgua) na gua
do recipiente
-
Cole
o
| S
ENAR
24
2.1.5 - Coloque a outra extremidade da mangueira (com a
rgua) em outro recipiente posicionado em nvel mais baixo
2.1.6 - Faa uma suco na ponta da mangueira (chupar)
no recipiente situado em posio mais baixa.
-
Cole
o
| S
ENAR
25
2.1.7 - Deixe a gua
correr at que no existam
mais bolhas dentro da
mangueira
2.1.8 - Tampe com o dedo
a ponta da mangueira por
onde est saindo a gua
-
Cole
o
| S
ENAR
26
2.1.9 - Tampe a outra ponta
2.1.10 - Retire a gua at que as marcas das colunas de gua
fiquem altura mdia da rgua
!"#$ $% $% &' ()$% *%+ +%"#+ $ ) $#,#)! $ "- "#!'#+ ) !./%0
desejado.
A outra ponta deve ser tampada por outro operador logo em seguida.
-
Cole
o
| S
ENAR
27
2.1.11 - Levante as duas rguas
N1231 45635 7 8769:1;?1;7 1 218 @5B?72 C1 7< 1D 47
-
Cole
o
| S
ENAR
28
2.2 - Nivele o nvel de mangueira
2.2.1 - Coloque as rguas
em uma superfcie plana
OE FGE HIE JGKLIE HMQMR ME-
tar em uma mesma altura.
2.2.2 - Verifique se a coluna de gua est na mesma altura nas
duas hastes ou rguas
S TUVLWI HM XKLI HMQM RIJTIJ U RMERU WYRMJU WIE HLIE JGKLIEZ
-
Cole
o
| S
ENAR
29
2.3 - Leve o nvel de mangueira para o campo
2.4 - Determine a declividade, utilizando a
mangueira
2.4.1 - V ao ponto mais
alto do terreno
2.4.2 - Marque esse
ponto A com uma estaca
2.4.3 - Coloque uma das
hastes no ponto mais
alto
Ateno:
Como pode ocorrer vazamento de gua, deve-se levar certa quantida-de de gua para completar o volume da mangueira, caso for necessrio.
-
Cole
o
| S
ENAR
30
2.4.4 - Destampe a
mangueira da haste que est
no ponto mais alto
2.4.5 - Desa com a outra haste no sentido do maior declive
Ateno:
Ao levar o nvel de mangueira para o outro ponto, deve-se faz-lo com cuidado para que gua no transborde e a leitura na rgua seja possvel.
-
Cole
o
| S
ENAR
31
2.4.6 - Marque o ponto B com uma estaca
[ \]^_`^]a bacd` e`f` \`]_ag`h`] gi \igdi [j
2.4.7 - Faa a leitura nas duas hastes
-
Cole
o
| S
ENAR
32
klmno p q rstr u vw tr xu
haste B = 1,64 m ou 164 cm
-
Cole
o
| S
ENAR
33
2.4.8 - Mea a distncia entre as hastes ligando as marcas das
colunas dgua
yz{|}~ 6 m ou 600 cm
2.4.9 - Faa o clculo do declive
nas duas rguas foi de 1 m ou 100 cm. Esticando a mangueira 6 m (dis-
tncia entre A e B) a leitura feita em A foi de 0,30 m e em B foi 1,64 m. As
colunas dgua se mantm no mesmo nvel nas duas rguas, mas como o
terreno desceu, as leituras na rgua so diferentes. Basta subtrair para ter
a diferena de nvel entre os dois pontos: 1,64 m - 0,30 m = 1,34 m. Em 6
m horizontais, descemos 1,34 m. Portanto:
Distncia entre A e B = 6 m
Diferena de nvel entre A e B = 1,34 m
Se em 6 m, o terreno caiu 1,34 m, em 100 m cair:
-
Cole
o
| S
ENAR
34
1,34 m
100 m X
X = 100 m x 1,34 m = 22,3 m 6 m
O declive desta parte do terreno de 22,3 %.
2.4.10 - Repita a operao
haste A = 0,39 m
haste B = 1,59 m
distncia entre A e B = 7 m
Diferena de nvel entre A e B = 1,20 m
Se em 7 m o terreno caiu 1,20 m, em 100 m cair:
7 m 1,20 m
100 m X
X = 100 m x 1,20 m = 17,1 m 7 m
O declive desta parte do terreno de 17,1 %.
2.4.11 - Repita
a operao at
atingir a parte
mais baixa do
terreno
-
Cole
o
| S
ENAR
35
2.4.12 - Tire a mdia entre as declividades para conhecer a
declividade do terreno
= 19,7% 5
3 - Determine a declividade
utilizando o nvel tico
um aparelho de boa preciso para os nivelamentos. Apresenta a grande
vantagem de o servio de nivelamento ser bastante agilizado quando de
seu uso. Acompanha o aparelho uma mira graduada (denominada mira fa-
lante), geralmente de 4 m, onde se realizam as leituras. um aparelho caro
e de uso um pouco complicado. Para manuse-lo, necessria a orientao
de profissionais qualificados.
-
Cole
o
| S
ENAR
36
3.1 - Marque
com uma estaca a
posio onde ser feita a 1 leitura, na parte superior do terreno
3.2 - Assente o aparelho em lugar prximo a primeira estaca
-
Cole
o
| S
ENAR
37
3.3 - Nivele o aparelho
3.4 - Coloque a mira falante junto estaca, bem na
vertical
-
Cole
o
| S
ENAR
38
3.5 - Faa a leitura de r (visada de trs) na mira 1,10m
3.6 - Olhe na luneta para ver qual nmero coincide com o fio mdio
-
Cole
o
| S
ENAR
39
3.7 - Anote a leitura 0,76 m ou 76 cm
3.8 - Sinalize (dar sinal) para o balizeiro (ou porta-mira) de que a leitura foi feita e que deve mover a mira no sentido da maior inclinao do terreno
3.9 - Coloque a mira falante bem na vertical, agora em outro ponto
-
Cole
o
| S
ENAR
40
3.10 - Finque uma estaca
3.11 - Faa a leitura de vante (da frente) 2,06 m
3.12 - Anote a leitura
-
Cole
o
| S
ENAR
41
3.13 - Calcule a diferena de nvel pela diferena entre as duas leituras 2,06 m 0,76 m = 1,30 m
3.14 - Mea a distncia entre a base da estaca A (r) e a altura da leitura feita na mira equivalente ao valor da diferena de nvel = 1,30 m (2,06 m 0,76 m = 1,30 m) 6,20 m
3.15 - Calcule a porcentagem de declive usando uma regra de trs
R = 0,76 m
Vante = 2,06 m
Distncia entre os dois pontos = 6,20 m
Diferena de nvel entre os dois pontos:
2,06 - 0,76 = 1,30 m ou 130 cm
Se em 6,20 m o desnvel de 1,30 m,
em 100 m o desnvel ser:
-
Cole
o
| S
ENAR
42
1,30 m
100,00 m X
X = 100 x 1,30 = 20,96 6,20
A inclinao desta parte do terreno de 20,96 %, ou seja, a cada 100 m,
descemos 20,96 m.
3.16 - Repita a operao at a parte mais baixa do terreno e tire a mdia entre as declividades para conhecer a declividade do terreno
-
Marcar linhas em nvel II
-
Cole
o
| S
ENAR
44
1 - Marque as linhas em nvel
com o trapzio1.1 - Marque com uma estaca o ponto de
partida da primeira linha
1.2 - Coloque um p ou base (A) do trapzio
nesse ponto (perto da estaca)
-
Cole
o
| S
ENAR
45
1.3 - Movimente o outro p (B) do aparelho, para cima ou para baixo, com os olhos na bolha de nvel, at que esta fique bem no meio (entre os dois riscos)
esto em nvel.
1.4 - Marque o ponto
-
Cole
o
| S
ENAR
46
1.5 - Levante a base A (aquela que est perto da primeira estaca), mantendo a base B fixa no cho
1.6 - Gire o aparelho, fazendo o peo sobre a base B
Q Q Q QQ
1.7 - Movimente a base da frente (A), para baixo e para cima, com os olhos na bolha, at
que o aparelho fique em nvel
-
Cole
o
| S
ENAR
47
1.8 - Marque o ponto
1.9 - Repita a operao at chegar ao fim da rea a ser marcada
A
A linha demarcada a linha em nvel, onde se constroem as estradas, car-
readores, cordes em contorno ou terraos, quando necessrio. Servem
tambm para a orientao dos plantios.
-
Cole
o
| S
ENAR
48
1.10 - Ajuste a linha nivelada
2 - Marque as linhas em nvel
com nvel de borracha ou
mangueira
-
Cole
o
| S
ENAR
49
2.1 - Encha a mangueira com gua como
descrito anteriormente
2.2 - Marque com uma estaca a posio da primeira linha
2.3 - Coloque uma das rguas junto estaca, bem na vertical
Ateno:
Ao colocar gua na mangueira, deve-se ter o cuidado de no deixar que se formem bolhas no seu interior.
-
Cole
o
| S
ENAR
50
2.4 - Coloque a outra rgua no ponto B, que deve ser o mais distante possvel do ponto A
2.5 - Nivele os dois pontos
E ! "#$%!&'" ($)$ $% *$+ ! #"% ", %" "#$%!("%- ."/ ! ", %! %01,!- ($#"+
de andar mais ou menos 10 metros (10 passos). Deve-se caminhar no
terreno mais ou menos na mesma altura da rgua de trs.
O operador de trs deve ler em voz alta para que o da frente possa ouvir, e
este (o da frente), vai movimentando a rgua, para cima e para baixo, at
que as leituras nas rguas da frente e de trs sejam as mesmas.
Quando as leituras nas duas rguas forem iguais, porque os pontos esto
em nvel.
Exemplo: 1,15 m (mesma leitura nas duas rguas)
-
Cole
o
| S
ENAR
51
2.6 - Marque o ponto com uma estaca
2.7 - Movimente o nvel de mangueira em
direo ao prximo ponto
2.8 - Coloque uma rgua no ponto B e a outra rgua distante mais ou menos 10 m onde ser marcado o ponto C
-
Cole
o
| S
ENAR
52
2.9 - Nivele as duas rguas
2.10 - Coloque uma estaca demarcando o ponto C
2.11 - Repita estas operaes at o final da rea
-
Cole
o
| S
ENAR
53
O2 3452 4678934872 37:7; 27 ;4:5;7 O 37 =8?2 37:78? @4B4@98 9 8CDF9
junto estaca da frente. O da frente caminha mais ou menos 10 m e, a, mo-
vimentando a rgua para cima e para baixo, procura o novo ponto em nvel.
A operao se repete at o final da rea.
2.12 - Ajuste a linha nivelada
3 - Marque as linhas em nvel
com nvel tico
-
Cole
o
| S
ENAR
54
3.1 - Marque com uma estaca a posio da primeira linha
3.2 - Assente e nivele o aparelho
-
Cole
o
| S
ENAR
55
3.3 - Coloque a mira falante junto estaca, bem na
vertical
Ateno:
Ateno:
O aparelho deve ser nivelado na altura do operador, para que este no tenha que trabalhar abaixado, ou na ponta dos ps.
interessante, s ve-zes, fazer visadas bem baixas porque isso pode permitir a marcao de 2 ou mais linhas sem movimentar o aparelho.
-
Cole
o
| S
ENAR
56
3.4 - Faa a leitura na mira
3.4.1 - Olhe na luneta para ver qual nmero coincide com o
fio mdio
3.4.2 - Anote a leitura
GHIJKLMN 1,70 m
3.5 - Coloque a mira mais ou menos a 10 m de distncia da estaca inicial
PRST SUVW XYZS[\] Y ^S_VR`Y [Y T_`Y \SaS U_[Y^_ZY` b\Y` U_[Y^c dY`Y ]
porta-mira:
Para que coloque a mira mais direita ou mais esquerda;
Aps a leitura ter sido feita.
-
Coleo | SENAR
57
-
Cole
o
| S
ENAR
58
3.6 - Fixe uma estaca
3.7 - Ande mais ou menos 10 m e a coloque a mira,
bem na vertical,
andando mais ou
menos na mesma
altura do ponto
anterior
3.8 - Movimente a luneta do nvel at
encontrar a mira
e fghijkfi kf lmnho pfnqphlrj j oslhrj tuqijvjw jrx hlyflriji j pqijz
-
Cole
o
| S
ENAR
59
3.9 - Comande o porta-mira, com sinais de brao, para este movimentar a mira para baixo ou para cima, at conseguir a
mesma leitura
do ponto anterior
(estaca de trs)
3.10 - Coloque uma estaca no ponto
encontrado
{||} ~ }| } } }
3.11 - Repita a operao at o fim da rea
-
Cole
o
| S
ENAR
60
3.12 - Ajuste a linha nivelada
-
Realizar as prticas mecnicas
de controle da eroso III
-
Cole
o
| S
ENAR
62
1 - Faa a distribuio racional dos caminhos
o mais prximo possvel do contorno. Isto muito importante quando se
vai implantar culturas como caf, fruteiras, etc.
Nas lavouras existem, normalmente, os carreadores transversais ou em
nvel e os carreadores pendentes.
Os carreadores pendentes, que fazem a ligao entre os carreadores que
seguem o contorno, devem ser no menor nmero possvel.
Esta prtica, quando executada corretamente, exerce controle efetivo de
-
Cole
o
| S
ENAR
63
-
torno funcionam como barreiras, ajudando a defender as culturas contra
a eroso.
1.1 - Marque os carreadores
1.1.1 - Marque linhas niveladas
com o auxlio do trapzio, nvel de borracha ou nvel tico.
A distncia entre as linhas deve ser de 20 a 30 m umas das outras.
1.1.2 - Enumere as linhas niveladas a partir da parte superior
do terreno
-
Cole
o
| S
ENAR
64
1.1.3 - Marque os carreadores transversais ou em nvel ligando
as niveladas pares
1.2 - Abra os carreadores
inclinao (5%) para o seu interior.
1.3 - Marque os carreadores pendentes
carreadores em nvel de maneira
desencontrada e os carrea dores
pendentes devem ficar distan ciados
de 70 a 100 m uns dos outros.
-
Cole
o
| S
ENAR
65
2 - Faa o terrao
forando a absoro da gua da chuva pelo solo ou a drenagem lenta e
segura do excesso de gua. Com isso, a capacidade da enxurrada causar
eroso fica muito limitada.
O terrao um conjunto formado pela combinao de um canal (valeta)
com um camalho (monte de terra ou dique), construdo em distncia
apropriada no sentido transversal ao declive, ou seja, feitos em nvel ou em
gradiente, cortando o declive.
Ateno:
1 - Devido complexidade, o dimensionamento e a locao dos ter-raos devero ser conduzidos por um engenheiro agrnomo.
2 - A construo pode ser feita pelo produtor, mas deve ser acompa-nhada por um engenheiro agrnomo.
-
Cole
o
| S
ENAR
66
2.1 - Determine a poca para a construo dos terraos
A
incio das chuvas. Nessa poca, as condies de umidade do solo so ade-
quadas, ou seja, o solo est mido, porm, no encharcado.
Solos muito secos desgastam o equipamento e pulverizam o solo. Solos
muito midos provocam a patinao do trator e a qualidade do trabalho
prejudicada.
A forma prtica para se determinar a umidade adequada para construo
dos terraos a seguinte:
Segure um torro de terra na mo e comprima-o, tentando
quebr-lo
-
Cole
o
| S
ENAR
67
Aps a tentativa observar:
Se o torro comprimido no
for quebrado pela fora da
mo, esta no a condio
indicada para construo
do terrao, pois o solo est
muito seco;
Se o torro comprimido pela
mo se quebra facilmente
com uma leve presso, significa que o solo se encontra na condio
adequada para a construo dos terraos;
-
Cole
o
| S
ENAR
68
Se o torro comprimido pela a fora da mo se moldar ou se tornar
aderente mo, o solo est muito mido;
Se no possvel a
formao do torro pois
o solo forma uma pasta
mole de barro, porque o
solo est excessivamente
molhado.
-
Cole
o
| S
ENAR
69
2.2 - Construa o terrao
2.2.1 - Posicione o trator de modo que a face interna da roda
traseira fique o mais prximo possvel da estaca da curva de nvel
I !"" " ! " #
Ateno:
1 - O terrao de base estreita deve ser construdo preferencialmente com o arado reversvel.
2 - Para construir o terrao deve-se utilizar uma nivelada bsica (linha em nvel ou curva de nvel).
-
Cole
o
| S
ENAR
70
2.2.2 - Movimente o trator
2.2.3 - Abra o primeiro sulco em cima da linha de estacas
-
Cole
o
| S
ENAR
71
2.2.4 - Vire o trator
2.2.5 - Reverta o arado
-
Cole
o
| S
ENAR
72
2.2.6 - Posicione o trator
com a roda dianteira
direita na parte de cima do
sulco, para aprofund-lo
2.2.7 - Movimente o trator
2.2.8 - Vire o trator
2.2.9 - Reverta o arado
-
Cole
o
| S
ENAR
73
2.2.10 - Posicione o trator com a roda dentro do sulco para
alarg-lo
2.2.11 - Movimente o trator
-
Cole
o
| S
ENAR
74
2.2.12 - Vire o trator
2.2.13 - Reverta o arado
2.2.14 - Posicione o trator com a roda dianteira direita na
parte de cima do sulco para aprofundar o sulco mais uma vez,
finalizando a construo do terrao
-
Cole
o
| S
ENAR
75
3 - Faa o preparo do solo em contornoO $%&$'%( )( *(+( &, -(./(%.( *01.020-' 2'345+( &, .67&+8 0*/( 98 *&1:0.)(
a linha nivelada ou o terrao em nvel.
Ateno:
1- A leiva de terra deve ser tombada para cima.
2- Quando a arao seguir um terrao, deve-se respeitar o canal e o camalho do terrao.
-
Cole
o
| S
ENAR
76
3.1 - Are o terreno seguindo a nivelada bsica
ou o terrao
-
Cole
o
| S
ENAR
77
3.2 - Gradeie o terreno seguindo a nivelada bsica ou o terrao, como feito na arao
-
Cole
o
| S
ENAR
78
4 - Faa o plantio em contornoC;=?@ @B D>=E;F G= H>J@>FG= D@ EJG
-
Cole
o
| S
ENAR
79
4.1 - Faa o plantio em contorno para culturas anuais
-
Cole
o
| S
ENAR
80
4.1.1 - Faa o plantio convencional em contorno para culturas
anuais
QRSTUVWX Usando o terrao em nvel como guia.
4.1.2 - Faa o plantio direto em contorno para culturas anuais
QRSTUVWX Usando uma linha de estacas em nvel (nivelada bsica) como guia.
-
Cole
o
| S
ENAR
81
4.2 - Faa o plantio em contorno para culturas perenes
YZ [\]Z ^_ `a [\b_c\de Z fgZ[_^ha_ijZ f\g\ a\g[\klZ ^_ dhim\] ihn_d\^\]
no campo, no espaamento de 3,0 x 2,0 m, o seguinte:
4.2.1 - Marque uma linha nivelada ou nivelada bsica (NB) na
parte mais elevada do terreno onde ser feito o plantio do caf
o ihn_d\^\ pq]h[\ ^_n_ ]_g a\g[\^\ iZ _]f\k\a_ijZ _ijg_ fd\ij\] i\ dhim\
da cultura a ser implantada, ou seja, as estacas devem ser dispostas de 2
em 2 m.
Ateno:
O plantio direto mostrado nas fotos est sendo feito no mesmo dia em que foi aplicado o herbicida dessecante.
-
Cole
o
| S
ENAR
82
4.2.2 - Marque inicialmente pontos mais distanciados,
dependendo do instrumento utilizado
4.2.3 - Marque
a distncia exata
entre as plantas
(2 m) com o auxlio
de uma medida
com o espaamento
entre plantas
rstuvw xyzut w{ |tyts
de bambu, por exemplo.
Ateno:
Na marcao da nivelada bsica, pode ser utilizado o trapzio, o nvel de mangueira ou o nvel tico.
-
Cole
o
| S
ENAR
83
Ateno:
1 - Este procedimento permite maior rendimento de trabalho, prin-cipalmente quando se dispe do nvel tico para marcao da nive-lada bsica.
2 - Depois de marcada a nivelada bsica, esta servir para orienta-o das demais linhas de plantio que sero marcadas paralelamente, obedecendo ao espaamento entre linhas e entre plantas, com o auxlio de varas de bambu.
-
Cole
o
| S
ENAR
84
4.2.4 - Tome como base o primeiro ponto ou cova que deu
incio nivelada bsica
4.2.5 - Faa a medio no sentido do declive do terreno
} ~ ~ ~ ~ ~
do declive do terreno, correspondente distncia que ser respeitada en-
tre as linhas.
4.2.6 - Marque esse ponto com uma estaca
~ ~
-
Cole
o
| S
ENAR
85
4.2.7 - Coloque a vara de bambu de 2 m na extremidade do
bambu de 3 m
4.2.8 - Posicione os bambus para formar um ngulo de 90 no
encontro das duas extremidades dos bambus
-
Cole
o
| S
ENAR
86
4.2.9 - Coloque um novo bambu de 3 m, ligando o bambu de 2
m e o 2 ponto (cova) marcado na nivelada bsica
4.2.10 - Fixe uma estaca no ponto em que os bambus se
encontraram
4.2.11 - Utilize, a partir desse ponto, dois marcadores at o
final da linha de plantio
-
Cole
o
| S
ENAR
87
4.2.12 - Incline o bambu de 3 m na diagonal, em direo
estaca anterior da linha superior
Ateno:
Um aspecto importante a ser observado a manuteno do espaa-mento entre as plantas de uma linha para outra, em todas as direes.
-
Cole
o
| S
ENAR
88
o ponto em diagonal for maior ou igual ao bambu de 3 m, fixe a estaca no
ponto de interseo entre os dois bambus.
Caso a distncia seja menor, tome a estaca anterior na linha superior como
base para o distanciamento do referido ponto.
-
Cole
o
| S
ENAR
89
Ateno:
1 - Em terrenos muito irregulares, ocorre que, normalmente, a partir da 3 ou 4 paralela, as linhas comeam a ficar morro abaixo. Nes-se caso, deve-se marcar uma nova nivelada bsica como descrito an-teriormente e repetir o procedimento para marcao das paralelas.
2 - Dependendo da irregularidade do terreno, pode ocorrer que entre as paralelas e a nova nivelada bsica haja um espaamento que comporte uma nova linha, mesmo que de menor comprimento, qual se d o nome de linha interrompida ou linha morta.
-
Cole
o
| S
ENAR
90
4.2.13 - Intercale as linhas interrompidas a partir do ponto em
que o espaamento comporte a introduo de uma nova linha
e as linhas acima e abaixo dela, e terminar quando este espaamento for
menor do que 6 m (no exemplo utilizado seria: 3 x 2 = 6 m)
O procedimento de marcao de linhas de plantio para culturas perenes
requer, para maior rendimento, trs operadores:
1 - com o bambu de 3 m;
2 - com bambu de 2 m;
3 - transportando e fixando as estacas.
Ateno:
Para esclarecer qualquer dvida quanto s prticas mecnicas de controle da eroso, deve-se consultar um engenheiro agrnomo.
-
Cole
o
| S
ENAR
91
Referncias
Noes de conservao do solo. 2 ed. So Paulo: Nobel, 1981. 120 p.
BERTONI, J. ; LOMBARDI NETO, F. Conservao do solo. 4 ed. So Paulo: cone, 1999. 355p.
GALETI, P. A. Conservao do solo, reflorestamento, clima. 2 ed. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrcola, 1973. 286p.
GALETI, P. A. Prticas de controle eroso. 2 ed. Campinas: Instituto Cam-pineiro de Ensino Agrcola, 1984. 278p.
SEIXAS, B. L. S. Fundamentos do manejo e da conservao do solo. Salva-dor: Centro Editorial e Didtico da UFBA, 1984. 304p.
-
Coleo | SENAR
92