escola bíblica de férias

download escola bíblica de férias

of 220

Transcript of escola bíblica de férias

  • Escola Bblica de Frias 2013

  • Viglia Nacional pelas Crianas

    06/10/2013PARTICIPE!

  • PUBLICAOAssociao da Igreja Metodista

    PRODUODepartamento Nacional de Trabalho com Crianas (DNTC) da Igreja Metodista

    SECRETARIA PARA VIDA E MISSOJoana DArc Meireles

    BISPA ASSESSORA DA CONEC E EDMarisa de Freitas Ferreira

    COORDENAO NACIONAL DE EDUCAO CRIST - CONECEber Borges da Costa

    COORDENAO DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRABALHO COM CRIANAS - DNTCElci Pereira Lima

    BISPA ASSESSORA DO DNTCMarisa de Freitas Ferreira

    COORDENAES REGIONAIS DE TRABALHO COM CRIANASRogeria de Souza Valente Frigo (1 RE)Solange da Silva Garcia (1 RE)Elaine Rosendal Siqueira da Silva (3RE)Maria Aparecida Porto Ferreira (4 RE)Luciane Moura dos Santos Fonseca (5 RE)Silvia Helena Gomes Costa (6 RE)Raquel Pereira Magalhes (REMNE)

    ORGANIZAORogria de Souza Valente Frigo (1 RE)Solange Garcia (1 RE)

    COLABORAO 1RE Anita Betts Way, Ben-Hur Martins de Brito, Elaine Germano de S Souza, Iza Paiva de Alvarenga, Lydia Faleiro Monteiro, Luciana dos Santos Frana da Costa, Maria Amlia Pereira do Pinho, Maria de Ftima Muniz, Ronan Boechat de Amorim, Roberto Mendes Rezende, Tatiane Magalhes Pontes Dias e Mnica Arajo

    REVISO ORTOGRFICA E BBLICO TEOLGICOFilipe Pereira de Mesquita e Hilana Cabral Ribeiro Wald

    ILUSTRAESAventureiros em Misso - DNTC (Marca Registrada)Silvio G. Mota

    www.metodista.org.br

    Av. Piassanguaba, 3031

    Planalto Paulista. So Paulo - SP

    CEP: 04060-004

    Telefone: (11) 2813-8600

    Home: www.metodista.org.br

    [email protected]

    E ns conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus amor; e quem permanece em

    amor, permanece em Deus, e Deus nele.

    1 Joo 4.16

    EXPEDIENTEESCOLA BBLICA DE FRIAS Edio 2013

  • Apresentao Coordenao Nacional de Trabalho com Crianas . . . . . . . . . 06

    Palavra Coordenao Nacional de Educao Crist (CONEC) . . . . . . . . . . . . 07

    Palavra da Coordenao Regional de Trabalho com Crianas (1 RE) . . . . . 09

    Reflexo Bblico-Teolgica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

    Discipulado com crianas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

    EBF 2013 orientaes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    Programao EBF 2013 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

    Crianas de 0 a 3 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132

    Oficinas de 0 a 3 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140

    Certificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168

    Classe de Pais e Mes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169

    Culto de Encerramento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181

    Fonte de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191

    SUMRIO

  • 6

    Apresentao

    com o corao agradecido a Deus que entregamos mais um material prepara-do com muito carinho para as igrejas para a Escola Bblica de Frias e outros mo-mentos em que a equipe considerar impor-tante utiliz-la. O tema para 2013, escolhido pelo DNTC, foi: Crianas Unidas em Amor. Atravs deste tema, queremos envolver toda igreja no desafio de alcanar as crianas para vivenciarem a alegria da comunho e da unio gerados a partir do Amor de Deus pre-sente em nossos coraes.

    O material foi elaborado pela 1RE e traz uma nova proposta para a EBF que traba-lhar por meio de oficinas onde as crianas, por faixa etria, aprendero cada dia um subtema diferente de uma forma mais din-mica e interativa. Com certeza, este material possibilita vrias adequaes conforme a realidade de cada comunidade, mas enten-demos, como ponto central, que as crianas, gostam e precisam de muita interao. Com as oficinas, esperamos tornar a nossa EBF mais atrativa para elas.

    Outro ponto relevante neste material, so as atividades com crianas de 0 a 3 anos; um avano e um auxlio importante para os pro-fessores que trabalham com esta faixa etria. Tambm quero salientar as atividades com as mes, o que permitir que possamos propiciar

    um momento agradvel de aprendizagem, re-flexo e de troca de experincias entre elas. Assim, esperamos que este material atenda algumas solicitaes das igrejas no trabalho com crianas.

    O tema escolhido para 2013 quer fortale-cer os valores como a amizade, a unio e o respeito; elementos importantes para viver-mos em grupo. Embora o que se destaca atu-almente nos noticirios sejam os diversos ti-pos de violncia, queremos ensinar a palavra de Deus e mostrar que o mundo pode mudar. Conhecendo o amor de Deus, seremos ajuda-dores/as para envolver outras pessoas para transformar o mundo pelo nico caminho que atravs dos ensinamentos de Deus.

    Que toda a comunidade possa ser envol-vida neste tema que traz uma urgncia para a sociedade. Como igreja missionria, precisa-mos ouvir e agir em nossos diferentes minis-trios; principalmente, ensinando as crianas e valorizando o Ministrio do Trabalho com Crianas. Por meio dele, podemos conquistar muitas famlias para o Reino de Deus.

    Que Deus abenoe as EBFs por todo o Bra-sil e que muitas crianas sejam abenoadas!

    Um abrao carinhoso.

    Elci Lima Coordenadora Nacional do Trabalho

    com Crianas

    CRIANAS UNIDAS EM AMORE ns conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus amor; e quem

    permanece no amor, permanece em Deus, e Deus nele. (1 Joo 4.16)

  • 7

    UNIDOS/AS EM AMOR EM FAVOR DAS CRIANAS

    O tema proposto pelo Departamento Nacional de Trabalho com Crianas neste ano Crianas unidas em amor e o versculo norteador: E ns conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus amor; e quem permanece em amor, permane-ce em Deus e Deus nele (1 Joo 4.16).

    Nada mais apropriado do que relacionar as crianas com o tema do amor. Por algu-mas razes: primeiro porque, como qualquer rea de ao na Igreja, o ministrio de tra-balho com crianas exige muito amor, com todos os seus desdobramentos: abnegao, dedicao, carinho, afeto, responsabilidade, esforo, etc. Em segundo lugar, porque o amor, segundo Jesus, o maior dos precei-tos, o cumprimento da vontade de Deus.

    Quando houve uma discusso entre os seus discpulos a respeito de quem seria o maior ou quem teria primazia no Reino de Deus, Jesus tomou uma criana nos braos e a fez de exemplo (Marcos 9.34-37). Quem quiser ser grande, portanto, seja como uma criana.

    No Reino de Deus, o amor tem a primazia. No Reino de Deus, as crianas so modelo. Jesus, ento, quem relaciona as crianas com o tema do amor. Onde h amor, no h controle; onde h amor, no h preocupao com o poder; onde h amor, h a simplicida-de e o despojamento das crianas; sua sin-ceridade e abertura para acolher e aprender.

    o amor que une as pessoas. Nas relaes humanas, sempre apareceram o egosmo, a

    desconfiana, o preconceito, a discriminao, a excluso daquele/a que diferente. Nos tempos atuais, temos a impresso de que essas coisas so ainda mais fortes. Crianas so vtimas desses males: sofrem isolamento, discriminao, excluso e, tambm, apren-dem a reproduzir comportamentos e pensa-mentos com os adultos.

    Trabalhar o tema do amor, portanto, im-portantssimo. No um tema novo, eviden-temente, mas ainda oportuno e necessrio. Nossas crianas precisam ser amadas e cui-dadas. E podem se tornar agentes do amor de Deus.

    No versculo escolhido como norteador das reflexes e aes do Trabalho com Crian-as para este ano (1 Joo 4.16), Joo relacio-na a prtica do amor com o conhecimento de Deus. Conhecer no diz respeito apenas quilo que se compreende racionalmente ou a informaes que so passadas e armazena-das. Conhecer envolve, tambm, relacionar--se com os/as outros/as, conviver. Conhecer a Deus no uma experincia da razo, mas, do afeto.

    Quando trabalhamos com as crianas na Igreja ou em nome da Igreja, trabalhamos, essencialmente, com educao crist. Educa-o crist no pode ser apenas ensino de his-trias bblicas ou de valores morais, embora sejam muito importantes. Educao crist tem a ver, principalmente, com a vivncia do amor; com o ensino do amor. Ensinar o amor viver o amor.

  • 8

    O amor nos aproxima uns/umas dos/as outros/as; derruba barreiras. O amor nos leva ao encontro, principalmente, daquelas crian-as que mais sofrem com a pobreza, com a discriminao, com a violncia, com os abu-sos. E esse o grande desafio para a Igreja Metodista hoje.

    Todas as crianas, incluindo as das fa-mlias da Igreja, precisam de cuidados e de amor. Mas, h crianas que precisam mais. Essas, exigem mais trabalho, mais esforo, mais investimento, mais pacincia, mais cui-dado. preciso pensar e empreender aes que alcancem essas crianas. Atividades como a Viglia Nacional e a Escola Bblica de Frias so apenas exemplos do muito que pode ser feito. Na Viglia, devemos inclu-las como motivos de orao; na EBF, como p-blico alvo prioritrio.

    Aprendemos com o nosso Deus que, onde h maior necessidade, mais devem aparecer os sinais da sua Graa. Onde so mais for-tes os efeitos do pecado e da maldade, maior deve ser o amor (cf.Romanos 5.20). As crian-as em situao de risco devem ser alvo prio-ritrio da misso da Igreja. A compreenso do que o amor de Deus nos leva, inevitavel-mente, a essa concluso.

    Que o Esprito Santo de Deus sensibilize a Igreja para esta tarefa; que Ele cubra com sua graa e poder todos/as que se dispem a trabalhar com e em favor das crianas, en-chendo seus coraes de amor e renovando as foras e a coragem para o trabalho.

    No amor de Cristo,

    Rev. Eber Borges da CostaCoordenao Nacional de Educao Crist

  • 9

    CRIANAS UNIDAS EM AMORE ns conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus amor; e quem

    permanece no amor, permanece em Deus, e Deus nele. (1 Joo 4.16)

    com muita alegria que entregamos s pessoas que trabalham com crianas na Igreja Metodista o programa para a Escola Bblica de Frias do ano de 2013. As propostas de atividades so sugestes que naturalmente vo ganhar forma, somadas ao conhecimento e criatividade de cada equi-pe da igreja local que se dispuser a coloc-las em prtica, enriquecendo e concretizando o sonho da equipe que planejou e realizou a formulao dessas propostas.

    Cientes de que estvamos produzindo um material para ser usado por pessoas que tra-balham com crianas de toda a Igreja Meto-dista espalhada por este nosso imenso pas, possuidor de tantas realidades, to diversas e especficas e dono de uma vasta diversi-dade cultural e riquezas regionais, refletimos que no nos era possvel produzir um ma-terial que atendesse a todas as especificida-des de cada grupo, em funo da existncia desse nosso imenso espao geogrfico. Ten-tamos, porm, com nosso esforo, apresen-tar ideias que pudessem servir de inspirao para que cada ministrio local de trabalho com crianas se organize e desenvolva a sua EBF, enriquecendo e adequando as propostas s suas realidades, atendendo, assim, s suas crianas de forma mais precisa.

    Estamos fornecendo material suficiente para que seja organizada uma Escola Bblica

    de Frias de at seis dias de funcionamen-to, contendo programas diferenciados para crianas de 0 a 3 anos, 4 a 11 anos e classe de pais e mes, e ainda um roteiro para um culto de encerramento, que ser a culminncia do projeto. Sugerimos que os textos que acom-panham esse Caderno sejam usados para momentos de estudos a serem feitos com as equipes dos Ministrios Locais de Trabalho com Crianas.

    Estruturamos a programao definindo subtemas que pudessem abordar as princi-pais questes relacionadas ao tema principal da EBF e do trabalho anual do Departamen-to de Crianas: Crianas unidas em amor. Apresentamos os temas e suas ideias centrais que sero trabalhadas no contedo sugerido na programao de cada dia:

    1) Crianas unidas no amor a Deus o amor de Deus em ns algo que se d na relao pessoal e individual com Deus, pos-sibilitada na f no sacrifcio de Cristo na cruz e em sua ressurreio, nos ligando fonte do amor, e nos garantindo a presena do Espri-to Santo de Deus em ns;

    2) Crianas unidas no amor ao Prxi-mo se estamos ligados/as fonte do amor, naturalmente esse amor se expressar em atitudes de misericrdia, solidariedade, em-

  • 10

    patia, ao em favor do outro; obrigatoria-mente, esse amor nos move a aes que vo fazer diferena positiva na vida das pessoas, elevando os cados, libertando os oprimidos, trazendo esperana aos que no a tm.

    3) Crianas unidas em amor famlia o amor que vem de Deus e nos une vai in-terferir tambm no relacionamento familiar, ligando-se ao contexto do projeto de Deus para as famlias para que sejam agncias do amor de Deus, espao para o relacionamento e exerccio do amor.

    4) Crianas unidas ao servio no Reino de Deus a vida na comunidade de f que acontece mediante o amor, que o vnculo perfeito, que nos permite caminhar como cor-po em sujeio uns aos outros e em servio mtuo, ligados pelo amor que promove aco-lhimento, possibilita amor prprio adequado, alimenta, cuida, d suporte, renova a alegria, promove a cura das feridas emocionais fazen-do com que a comunidade possa desenvolver assim o seu compromisso missionrio de pro-clamar, batizar e fazer discpulos/as.

    5) Crianas unidas no amor a si mes-mas - o amor a si mesmo a base e me-dida de referncia para o amor ao prximo, e, consequentemente, do amor a Deus; ga-rantia de relacionamentos equilibrados e do cumprimento da lei do amor.

    6) Crianas unidas no amor ao mun-do de Deus - o amor de Deus em ns h de

    nos motivar a assumir a nossa responsabili-dade outorgada na criao ao ser humano, atuando como mordomos do mundo criado, sendo vistos como aquela parte do mundo criado que responsvel por todo o resto a terra, o ar, a gua, as plantas, os animais, os outros seres humanos e, inclusive, de si mes-mo ciente de ser parte dessa criao e no o centro dela, assumindo postura consciente no discurso, no cuidado e nas aes.

    7) Culto final: Igreja unida celebrando em amor o amor que une a igreja e a con-duz a suportar uns aos outros, a se alegrar no encontro de servio cltico e a viver em testemunho evanglico inclui crianas que fazem parte do Reino de Deus. Fazem, por-tanto, parte do Corpo de Cristo a Igreja. Cultuar juntos/as traz a criana para o meio da famlia da f. Desafia a igreja a perceber que a criana est ali adorando, louvando, ouvindo a voz de Deus e respondendo posi-tivamente ao Seu chamado, enfim, cultuan-do unida aos demais da comunidade de f em amor.

    Temos que ser gratos primeiramente a Deus que nos inspirou e motivou e tambm a todos que estiveram unidos na composi-o deste material: Anita Betts Way, Ben--Hur Martins de Brito, Elaine Germano de S Souza, Iza Paiva de Alvarenga, Lydia Faleiro Monteiro, Luciana dos Santos Frana da Cos-ta, Maria Amlia Pereira do Pinho, Maria de Ftima Muniz, Pr Ronan Boechat de Amo-rim, Roberto Mendes Rezende e Tatiane Ma-

  • 11

    galhes Pontes Dias. Ao Pr. Filipe Pereira de Mesquita, Hilana Cabral Ribeiro Wald que fizeram a reviso ortogrfica, e Mnica Arajo (Coordenadora do Servio de Orien-tao Pedaggica das creches e pr escolas da Rede Municipal de Trs Rios) que efetuou a reviso do material de 0 a 3 anos.

    Orando a Deus para que abenoe o traba-lho das mos que aceitarem o desafio de fa-zer acontecer esta proposta da Escola Bbli-

    ca de Frias 2013, fazendo-o frutfero onde Deus os convidou a servir.

    Com imenso carinho,

    Rogeria de Souza Valente Frigo e Solange da Silva Garcia

    Coordenadoras do Departamento Regional de Trabalho com Crianas

  • 12

    LIGADOS PELO AMOR

    Desde o primeiro homem, somos, lite-ralmente, ossos e carne uns dos ou-tros, parte uns dos outros, ligados uns aos outros.

    Segundo as Sagradas Escrituras, o pri-meiro problema enfrentado pelo ser humano sobre a face da terra foi a solido. O Senhor nosso Deus criara todas as espcies, machos e fmeas, dando-lhes a ordem de crescer e multiplicar. Mas, o processo de criao do ser humano foi diferente. Alm de dizer (cha-mar existncia!) faamos o homem (Gn 1.26), Deus forma o homem do p da terra e lhe assopra o flego de vida (vento, res-pirao, alma) e o homem passa a ser alma vivente (Gn 2.7). No s o processo de cria-o do homem foi diferente. Aparentemente, o Senhor que havia criado, entre os outros animais, automaticamente macho e fmea, se esquece de criar a mulher, a fmea do ho-mem: para o homem, todavia, no se achava dentre toda a criao uma companheira que lhe fosse idnea, ou seja, algum com quem ele pudesse se relacionar de igual para igual (Gn 2.20).

    O que ocorre, na verdade, no um apa-rente esquecimento de Deus, mas uma nfase na reprovao divina da solido (Gn 1.18) e na afirmao sagrada feita pelo primeiro ho-mem: osso dos meus ossos e carne da minha carne. Uma das mais lindas declaraes de amor: ela extenso minha, metade arranca-da de mim! E isso implica que as dores que ela

    sentir doero tambm nele. As alegrias que ela sentir tambm alegraro e fortalecero o seu corao. A criao da mulher num segun-do ato, obviamente, no foi um esquecimen-to de Deus, mas, podemos dizer, um ensino pedaggico. Na vida humana, nada auto-mtico e mecnico. A superao da solido e a construo da solidariedade, por exemplo, precisam ser construdas. Outra coisa, a rela-o entre o homem e a mulher no apenas para procriao e perpetuao da espcie. A mulher no foi criada por Deus como uma coadjuvante, mas como protagonista, pois s juntos, homem e mulher podero superar a solido, vivenciar o amor que cuida e promo-ve um ao outro. A solido e o isolamento, segundo avaliao do prprio Deus, no so coisas boas e tornam a vida ruim.

    Na orao abaixo, publicada num caderno de auxlio litrgico do Conselho Mundial de Igrejas, vemos, porm, que o projeto de Deus para a vida humana e sua felicidade no foi seguido pelos seres humanos:

    Pai eterno, Pai de nossos pais, reconhece-mos que somente a famlia humana, dentre toda criatura, se desviou do teu caminho de vida, paz e justia.

    Reconhecemos que somos aqueles que tm o dom da vida, um chamado para uma vida em amor e companheirismo, mas no paramos de ferir o nosso prximo, gerando uma sociedade de poucos privilegiados e mi-lhes de miserveis.

  • 13

    Reconhecemos que somos aqueles que poluem e devastam o planeta, que fazem a guerra e a violncia, que constroem as ar-mas que matam, que pronunciam as pala-vras que ferem e as ideologias que segregam, que construmos as cercas da separao e os campos de concentrao e extermnio.

    Reconhecemos que somos aqueles que esto divididos, aqueles que tm de se juntar outra vez para caminhar pelo teu caminho, o caminho de justia e paz, caminho de vida e fraternidade.

    Pai de nossos pais, Pai santo, Pai de todo homem e toda mulher, de toda criana e de toda pessoa idosa, Pai dos diferentes, ensina--nos o amor, a compaixo, a misericrdia, a paz, a justia, a tica, a honra, para que pos-samos curar a terra, curar as relaes huma-nas, curar uns aos outros e assim voltarmos a ser, de fato, verdadeiramente humanos.

    O mal que entrou na vida humana cor-rompeu-a de sua capacidade de paz, justia, alegria. Ele petrificou o corao, cauterizou a conscincia (1Tm 4.2; 1Tm 1.19), adoeceu as relaes humanas, enchendo-nos de deses-perana, de medo do outro, de opresso, de violncia ou da mera indiferena (Joo 10.10; 2Co 4.4). A histria humana, que deveria ser uma histria da Graa, desfez-se numa his-tria de falta de graa, de dor e das domina-es de povos e pessoas sobre outros.

    Mas Deus amou o mundo (a humanida-de, a criao) to intensamente que enviou o seu prprio Filho para que ele fosse nossa esperana, nosso exemplo e nosso caminho para a vida abundante (Joo 3.16), guiando-

    -nos e fortalecendo-nos para enfrentarmos e vencermos o poder do mal que corrompe a vida (Tg 4.7).

    O Senhor faz com que o solitrio tenha famlia (Sl 68.6). Faz que ele faa parte da vida de outras pessoas, e que seja acolhido e cuidado, ao mesmo tempo em que aprende a cuidar e acolher outras pessoas. Melhor serem dois do que um (Ec 4.9): o cordo de trs dobras no se rebenta com facilidade (Ec 4.12). Onde houver dois ou trs reunidos (em amor), Jesus estar presente e se mani-festar sobrenaturalmente neles, entre eles e atravs deles (Mt 10.20).

    Jesus nos trouxe cura, libertao e salva-o da vida ruim. Jesus nos trouxe palavras de vida. Jesus nos amou e assim nos ensi-nou novamente a amar e a cuidar uns dos outros em amor. Ns amamos porque Jesus nos amou primeiro (1Jo 4.19). Ele nos deu um novo mandamento: amar uns aos outros assim como Ele nos amou (Joo 13.34). No com um amor da boca pra fora, mas com-prometido, que cuida, que protege, que pro-move... (1Joo 3.18). Um intenso e constante amor (1Pe 4.8; Hb 13.1), que nos leva ex-perincia do perdo, a sermos compassivos, fraternalmente amigos, humildes, incans-veis na prtica do bem, inimigos de conten-das, no pagando o mal com o mal, empe-nhados por alcanar e viver em paz uns com os outros, servindo uns aos outros, nada fa-zendo por partidarismo ou vanglria, consi-derando cada um os outros como superiores a si (valorizando as pessoas!), sendo servos uns dos outros, acolhendo uns aos outros,

  • 14

    levando as cargas uns dos outros, alegrando--nos com os que esto alegres e chorando solidariamente com os que choram, evitan-do discusses insensatas e falatrios inteis e profanos, sempre transmitindo verdade e graa aos que ouvem (1Pe 3.8-11; 1Pe 4.8-10; Tito 3.9; 1Tm 3.3; 2Ts 3.13; 1Ts 5.13; Fp 2.3-4; Ef 5.32; Ef 4.25 e 29; Gl 5.13; Gl 6.2; Rm 15.7; Rm 12.15). Todos os vossos atos sejam feitos com amor (1Co 16.14). Com decncia e ordem (1Co 14.40). Deus nos tem chamado paz! (1Co 7.15).

    Ns reconhecemos o amor que Deus tem por ns e confiamos nesse amor. Deus amor e quem permanece no amor perma-nece em Deus, e Deus permanece nele (1Jo 4.16). Quem no ama no conhece a Deus, porque Deus amor (1Jo 4.8). unicamen-te atravs da prtica e vivncia do amor que poderemos ser reconhecidos como discpulos e discpulas do Senhor Jesus (Joo 13.35).

    A ningum fiquemos devendo coisa algu-ma, exceto o amor... pois quem ama o prxi-mo cumpre toda a lei. O cumprimento da lei divina o amor (Rm 8.8-10; Gl 5.14).

    Sem amor nada se aproveita (1Co 13). O amor paciente, bondoso, prestativo, maior que tudo, eterno. O amor no invejoso nem ciumento, no arrogante, no se alegra com a injustia, no rude, no indecoroso, no busca os seus prprios interesses, no se ir-rita, no paga o mal com o mal, d apoio e suporte. Traz memria o que pode nos dar

    esperana. Como o sndalo, perfumando at mesmo o machado que o fere.

    O amor transforma aqueles que so al-canados por ele em pessoas incansveis, generosas e ativas na luta por uma vida com mais qualidade para todos, comprometidas por um mundo melhor para todos e na pro-moo da justia e da paz.

    O amor que vem de Deus, e que parti-lhado atravs de ns, restaura em ns e entre ns a vocao para a superao da solido e para um relacionamento igualitrio, onde podemos sem medo e com alegria viver e conservar com o outro de igual para igual o companheirismo idneo de Gn 2.18.

    Minha vocao e potencial para o amor so a ddiva de Deus para mim. O que eu fao com minha vocao e potencial deve ser a minha ddiva para Deus. Por isso, faa com que cada dia seja a sua obra-pri-ma (John Wooden). Se buscamos oferecer o melhor de ns o tempo todo, podemos transformar nossas vidas em algo especial (John C. Maxwell).

    Como numa grande construo, o amor a liga que nos une uns aos outros.

    Pr. Ronan Boechat de Amorimpastor da Igreja metodista de Jardim Botnico,

    Licenciado em Educao Artstica e Mestrando em Teologia, Secretrio Executivo da Secretaria de Ex-panso Missionria Igreja Metodista na 1 Regio

    Eclesistica e Coordenador do Conselho Editorial do Jornal Avante (informativo da 1 Regio).

  • 15

    DISCIPULADO COM CRIANAS

    Mateus 28.19-20 Ide, portanto, fa-zei discpulos de todas as naes, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Esprito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho orde-nado. E eis que estou convosco todos os dias at consumao do sculo.

    Fazer discipulado o objetivo principal da igreja, faz parte do nosso compromisso evangelstico. Nossas igrejas esto se estru-turando para um grande movimento de dis-cipulado. timo! Nossa igreja est seguindo padres bblicos e isso muito bom. Mas, o que podemos dizer das crianas nesse con-texto? Quem as instruir? Como se dar esse processo? Que material utilizaremos? Como isso ser feito?

    Quando Paulo escreveu a Timteo sobre o seu relacionamento, no buscou transmitir fatos, , mas caminhar com ele em comunho; possibilitando que Timteo pudesse partilhar da sua vida e aprender com sua forma de viver e servir a Deus. Paulo disse: Voc, no entanto, sabe tudo sobre o meu ensino, meu modo de vida, o meu propsito, f, pacincia, amor, resistncia, perseguies, sofrimentos, que tipos de coisas que me aconteceram em Antioquia, Icnio e Listra, as perseguies que sofri. Mas o Senhor me livrou de todas elas. Na verdade, todos que querem viver piedosa-mente em Cristo Jesus sero perseguidos (2 Timteo 3.10-12). Eles experimentaram unio na totalidade da vida: caminhando, conver-

    sando, servindo a Deus, refletindo sobre a f, passando por alegrias e perigos juntos. Como um discpulo, o objetivo de Timteo no era apenas aprender, mas, sim, essencialmente, compartilhar a vida de seu mestre. Ele no era escravo ou servo de Paulo, mas um ami-go e colaborador. A intimidade em seu rela-cionamento tornou o processo de discipula-do de Paulo a Timteo bem sucedido.

    O discipulador sempre um elo entre Deus e o discpulo. Isso claramente visto no An-tigo Testamento. Embora a palavra discpulo ou o seu equivalente seja rara na histria e na escrita de Israel, a relao existia entre os homens como Moiss e Josu, Elias e Eliseu e Eli e Samuel.

    No livro de Provrbios, Salomo disse: En-sina a criana no caminho em que deve andar, e quando for velho no se desviar dele.(22.6). Mais do que uma promessa, h um princpio nestas palavras. A promessa vem como resul-tado do nosso seguir fielmente ao princpio. Se os pais investirem adequadamente em seus filhos, podem fazer a diferena permanente em suas vidas adultas.

    Um discpulo no um pupilo. A relao do discpulo com o seu mestre baseia-se em comunho. Ele no aprende unicamente pelo que fala o mestre, mas pelo que vivencia com ele. algum que caminha junto. Que ensina pelo exemplo; que ama a Deus, o discpulo, a caminhada e o ensino. Que faz o seu trabalho com amor e no somente pelo compromisso.

  • 16

    Atos 1.8 mas recebereis poder, ao descer sobre vs o Esprito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalm como em toda a Judeia e Samaria e at aos confins da terra.

    Esse texto fala da abrangncia da misso que comea do mais prximo estendendo-se ao mais distante. Nossa misso comea na nossa casa e vai se expandindo progressiva-mente e naturalmente para fronteiras cada vez mais amplas.

    O discipulado da criana deve comear em casa, desde os primeiros dias de vida. Ele , inicialmente, responsabilidade essencial de sua famlia estendendo-se, com o tempo, famlia de f (toda a comunidade: pastores, lderes, irmos e componentes do ministrio de trabalho com crianas).

    Os pais que discipulam seus filhos educam com amor e no se entediam nessa respon-sabilidade. Para poucos anos, Deus confiou os filhos aos cuidados de seus pais. Cada pai e me ho de marc-los para a eternidade. Pais precisam ter conscincia de que assu-miram o compromisso de educar seus filhos quando optaram por t-los e que esses anos passaro muito rapidamente, sendo que o resultado de seu investimento no discipulado de seus filhos h de ser colhido em poucos anos, quando puderem v-los caminhando comprometidos com o Senhor.

    O Discipulado com crianas deve comear nos lares. Antes de sair procura de pessoas para discipular, cada lder familiar deve co-mear com as sua prpria famlia. Os pais de-vem ser instrudos a manter seus olhos aber-

    tos para aqueles momentos perfeitamente ensinveis. s vezes, planeja-se o momento de compartilhar a f com os filhos, mas em outras vezes, a oportunidade se apresenta mesmo inesperadamente.

    Deuteronmio 6.4-9 Ouve, Israel, o SE-NHOR, nosso Deus, o nico SENHOR. Ama-rs, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu corao, de toda a tua alma e de toda a tua fora. Estas palavras que, hoje, te ordeno es-taro no teu corao; tu as inculcars a teus filhos, e delas falars assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Tambm as atars como sinal na tua mo, e te sero por frontal entre os olhos. E as escrevers nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.

    Dizer a um pai que a partir de hoje deve iniciar um programa de discipulado com seus filhos pode ser aterrorizador. semelhante a dizer que so eles os que devem preparar as suas crianas para participarem da Ceia do Senhor e que devem levar os seus pequenos juntos de si mesa. No so poucos os que, assustados, afirmam que no sabem fazer isso. Temos que considerar que a maioria dos pais nunca foi discipulado e no guardam na memria qualquer modelo ou mobilizao de recursos que possa lhes dar pistas para saber faz-lo. Muitos deles no foram discipulados na infncia por seus pais ou mesmo na idade adulta e, assim, o ciclo se perpetua ao longo das geraes. Como fazer algo sobre o qual no possumos nenhuma referncia?

    Infelizmente, a igreja parece ter parte da responsabilidade para que essa situao te-

  • 17

    nha se estabelecido, embora por razes das mais louvveis, visto que ela foi tomando para si a tarefa de supervisionar o desenvol-vimento espiritual das crianas, que possibili-tou que os pais delegassem a ela as suas atri-buies espirituais sobre seus filhos. Agora, certamente, estaro se sentindo inadequa-dos para cumprir a sua responsabilidade sa-cerdotal sobre seus pequenos e dependentes dos ministros das crianas. Eles no se veem como escolhidos por Deus e ungidos para essa tarefa.

    Como que a famlia discipula as crianas que Deus lhe confiou?

    1) Atravs da vivncia dos princpios bblicos. Amar a Deus acima de todas as coisas (Ele

    o centro da vida pessoal e familiar), de todo o corao (determinao e dedicao cons-ciente, da vontade) com toda a alma (devo-o) e com todo o entendimento (compreen-so) e ao prximo (o outro) como a si mes-mo (autorrespeito e autoestima), encerra o cdigo de vida de Jesus, pregado, vivenciado e ensinado a todos os seus discpulos. Se as famlias de hoje viverem de acordo com esse cdigo, estaro a perpetuar o seu ensino, a cumprir o seu desejo e a discipular seus filhos.

    Vivenciando o amor a Deus - passando tempo de qualidade com Ele em orao e me-ditao de forma exposta, individual e conjun-ta; fazendo escolhas que se alinham com os princpios e valores expressos na Sua Palavra e explicando a razo dessas escolhas; procu-rando conhecer e aceitar a Sua vontade e lide-rana como regra de vida; amando os filhos.

    Vivenciando o amor de Deus - quando a criana erra e a fazemos sentir o nosso per-do e o perdo de Deus. Com o intuito de obter bom comportamento muitas pessoas ainda ameaam com Assim j no gosto de voc ou, Jesus est zangado contigo. J no te ama. Essas formas de repreenso, alm de mentiras, so tambm uma grande maldade. A verdade que Deus sempre gostar dela e ns tambm e essa segurana que lhe preci-samos transmitir. Arrependimento e disciplina ensinam-se com amor e perdo. Que ela crie esta convico: No h nada que eu possa fazer de to mau que diminua o amor que Ele tem por mim e nada de to bom que o faa aumentar. Ele ama-me porque me ama.

    Vivenciando o amor ao prximo abrindo mo de alguma coisa importante para si em prol do outro, tal como de um passeio de fim de semana em famlia planejado antecipada-mente e investindo esse tempo na ajuda a algum em necessidade; no cuidado que tem pelos seus idosos; no interesse demonstra-do pelos vizinhos ou pelos amigos dos filhos; na prtica da hospitalidade, da tolerncia, da construo de amizade; no incentivo ao servio, dentro da famlia em que todos par-ticipam nas tarefas domsticas com alegria (sem esquecer o elogio da boa atitude e de-sempenho).

    2) Pela explicao dos princpios bblicos que vive.

    As crianas devem aprender a respeito das razes que fazem a sua famlia ser dife-rente de outras, provavelmente at da maio-

  • 18

    ria das famlias dos seus colegas de escola. Devem estar envolvidas na igreja local com consistncia, o que significa presena e par-ticipao regular com alegria e no por mero cumprimento de dever. Os pais tambm es-to discipulando quando entendem o seu en-volvimento na igreja como um prazer e de-senvolvem um bom relacionamento de seus filhos com ela e, mesmo que problemas l ocorram, no transformam o lar num merca-do de exposio de erros, lamrias e murmu-rao. Quando falam dos irmos para aben-oar, oram uns pelos outros, se importam sinceramente com o bem-estar dos irmos e de seus pastores, no transformando as me-sas de refeies em espaos para falarem de seus irmos e lderes.

    As crianas podem aprender a dar ofertas e dzimos e a serem participantes no servio cristo, tanto quanto as suas caractersticas etrias lhes permitam, atravs da observao da fidelidade de seus pais no dzimo e frequ-ncia com que levam suas ofertas ao altar. Devem ser tambm incentivadas a participa-rem do ofertrio.

    As crianas aprendem aquilo que vivem; so reflexo daquilo que usamos para a sua nutrio espiritual; expressaro Deus segun-do o que aprendem conosco sobre Ele.

    Um pai no vai converter seu filho a Cris-to; isso a obra do Esprito Santo. Mas, ele pode ter o privilgio de funcionar como uma parteira no processo de novo nascimento. No discipulado, vai orientar e influenciar seus filhos. Isso uma responsabilidade impres-

    sionante. Se ele quer que o seu filho seja um discpulo de Jesus Cristo, deve dar forma e contedo a esse relacionamento sendo ele mesmo um discpulo de Jesus.

    A Igreja tambm participa do processo de discipulado das crianas e precisa dedicar a ele grande parte do seu esforo ministe-rial. Ela tambm vivencia experincias junto das crianas que fazem com que aprendam sobre Deus e sobre a salvao. No batismo infantil, ela assume compromissos de educar suas crianas e de serem-lhes sacerdotes. A comunidade local, como um todo, est disci-pulando pela forma como Igreja. Na acolhi-da, no envolvimento, no carinho com que as trata, as envolve no culto, nos projetos e na vida da igreja.

    A Igreja vai expressar no seu relaciona-mento com as crianas a forma como as v. Crianas so a Igreja hoje (no de amanh), fazem parte do corpo. As ovelhas filhotes fa-zem parte do rebanho tanto quanto as ove-lhas que as geraram. E o pastor respons-vel pelo bem-estar de todos/as. Crianas so uma riqueza e uma herana, pessoas totais com caractersticas e necessidades especfi-cas a quem devemos proteger e que mere-cem o nosso cuidado especial.

    Mateus 21.16 Ouves o que estes esto dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da boca de pequeninos e crianas de peito tiraste perfeito louvor?

    Crianas so adoradoras, so movidas pelo Esprito de Deus, so evangelistas. Elas participam do Reino de Deus. No raro ver

  • 19

    crianas que, levadas por convite a uma Es-cola Bblica de Frias, trazem toda a fam-lia igreja. Criana igreja e pode ser ins-trumento de Deus inclusive na correo de nossa caminhada como corpo no exemplo de simplicidade na relao com Deus e com os outros. Perde a igreja que tira do seu con-vvio as crianas por optarem pela ordem que elas parecem perturbar. Igreja famlia. Desconheo famlia que no tenha prazer em ter suas crianas mesa nas festas; em que tios, tias, avs cuidam parceiramente de seus pequenos e se revigoram com seu contato.

    A Igreja precisa ser levada a refletir sobre nossas crianas e a assumir seus compromis-sos com ela. Precisa atuar como agncia de apoio aos pais, promovendo preparao, en-sino e acompanhamento.

    E o Ministrio de Crianas?O Ministrio Local de Trabalho com Crian-

    as pode ser um facilitador e incentivador do Discipulado com crianas, ajudando a igreja a se perceber como ministros e sacerdotes junto a elas, garantindo a sua participao no culto, nos projetos e na vida da igreja. Ga-rantindo instruo para os pais, apoiando e equipando-os para esse processo de discipu-lado e atuando junto daquelas crianas cujas famlias no tm condies de fazer esse dis-cipulado acontecer.

    De que formas o Ministrio de Trabalho com crianas pode facilitar o discipulado com crianas?

    - Possibilitando momentos de instruo e troca de experincia entre famlias e o pesso-al que trabalha com crianas;

    - Promovendo parcerias entre os minis-trios de famlia, de ensino e de evangelismo no atendimento criana e apoio aos pais no processo de discipulado;

    - Promovendo palestras para pais e famlias;- Instruindo a equipe de trabalho com

    crianas com reflexes constantes sobre a criana e o seu processo educativo da f, os objetivos do trabalho com as crianas e sobre suas prticas;

    - Fazendo um trabalho que desperte vo-caes para o trabalho com crianas e que traga pessoas vocacionadas pelo Esprito Santo de Deus e maduras em sua f;

    - Fortalecendo os espaos educativos da f da criana no ambiente da igreja (Esco-la Dominical, Estudos Bblicos, cultos, tardes alegres, retiros, etc.);

    - Produzindo e divulgando materiais de apoio aos pais para discipulado com crianas aos cultos domsticos;

    - Assumindo o papel de cooperadores e participantes do processo de discipulado nos momentos junto s crianas;

    - Assumindo a responsabilidade de disci-pular aqueles/as filhos/as oriundos de fam-lias no membros da igreja.

    Rogeria de Souza Valente Frigomembro leigo da Igreja Metodista Central em Trs

    Rios, Pedagoga, Psicopedagoga e Teloga, Coorde-nadora do Departamento Regional de Trabalho com

    Crianas na 1 Regio Eclesistica.

  • 20

    EBF - 2013

    A Escola Bblica de Frias tem sido um momento muito especial na cami-nhada ministerial de nossa Igreja. mais um momento em que ns e as crianas nos encontramos, para falar sobre Deus e com Deus; mais uma das experincias poss-veis de serem desenvolvidas pela igreja para que esta seja reconhecida pela criana como um lugar agradvel e de comunho; mais uma possibilidade educativa no processo de formao de sua f e do seu senso de per-tena famlia da f. Sendo um dos espaos educativos oferecidos pela Igreja, a EBF tem sido uma excelente oportunidade da comu-nidade de f cumprir a sua responsabilidade sacerdotal para com as crianas assumida no ato do batismo infantil. Apresenta-se como oportunidade de crescimento e aprendiza-gem mtua tanto das crianas como dos adultos, jovens e adolescentes que partici-pam do projeto como famlia de f.

    No raro ouvirmos depoimentos de ir-mos que foram tremendamente abenoa-dos no trabalho nos bastidores de uma EBF ou de famlias que foram alcanados pelo Evangelho atravs da experincia de partici-pao de seus filhos que haviam sido convi-dados por um amigo. Cremos que a Escola Bblica de Frias um espao para a ao de Deus na vida das crianas, suas famlias e da Igreja, e que a abrangncia de sua obra vai muito alm daqueles momentos passa-dos junto a nossas crianas. Sabemos de

    pessoas que hoje so adultos e que contam do quanto foram impactados em sua cami-nhada de f naqueles dias inesquecveis; do quanto aqueles momentos foram definitivos para se sentirem pertencentes famlia da f. Cabe aos Ministrios Locais de Trabalho com Crianas empreender todo o esforo no sentido de possibilitar a suas crianas essa experincia to frutfera e produtiva, mobili-zando suas equipes e no medindo esforos na crena de que essa Escola Bblica de Frias h de deixar marcas profundas e visveis na vida de cada um de seus pequenos.

    Estamos disponibilizando o material para seis encontros de quatro horas cada e o pro-grama de um culto especial de encerramento da Escola Bblica de Frias. O aproveitamento desse programa dever ser adaptado rea-lidade de cada comunidade local. Caso no seja possvel utilizar todo o programa em dias consecutivos, ele pode ser desdobrado em vrios sbados de tardes alegres. A re-duo dos dias tambm uma possibilidade, bem como o desdobramento do programa em dois momentos de recessos escolares.

    Cabe aos Ministrios Locais de Trabalho com Crianas empreender todo o esforo no sentido de possibilitar a suas crianas essa experincia to frutfera e produtiva, mobili-zando suas equipes e no medindo esforos para que esses momentos se perpetuem na memria e deixem marcas indelveis e agra-dveis entre dessas crianas.

    ESCOLA BBLICA DE FRIAS - 2013

  • 21

    Objetivos Gerais

    Possibilitar s crianas da comunida-de de f e circunvizinhana experin-cias de Educao Crist que as levem ao crescimento no conhecimento de Deus, na convivncia e na experincia pessoal com Deus;

    Possibilitar s crianas um ambiente de alegria, criatividade, interao e comunho que possa lev-las ao sen-timento de prazer de estar na Casa de

    Deus, e contentamento por pertencer famlia de f;

    Possibilitar experincias que as levem compreenso do amor de Deus por ns revelado em seu Filho Jesus Cristo e as levem a aceitar este amor em suas vidas, deixando Jesus ser o Salvador e Senhor de sua existncia;

    Possibilitar oportunidade para que as crianas possam responder ao amor de Deus, consagrando suas vidas ao servio do seu Reino e ao prximo.

  • 22

    Sugestesbsicas para a EBF

    O Coordenador ou coordenadora deve: Estudar todo o material antes de convocar

    a equipe; Planejar a EBF junto com a equipe e com

    antecedncia suficiente; Contar com uma equipe de trabalho apai-

    xonada pelas crianas, disponvel para participar das reunies de planejamento e elaborao da EBF e que durante o de-senvolvimento da EBF esteja consciente de cada detalhe do trabalho;

    Contar com o pessoal suficiente e o es-pao adequado para o desenvolvimento das atividades de acordo com o nmero de inscries recebidas;

    Providenciar espaos com decorao ade-quada e acolhedora e material didtico na quantidade suficiente para cada uma das atividades propostas;

    Escolher para atuar em cada uma das atividades, funes e momentos da EBF (oficinas de histria, de msica, de jogos, de artes, secretaria, servio de copa, etc.) pessoas que amem crianas e que tenham prazer em estar com elas, alm de serem dotadas de caractersticas e habilidades especficas para cumprir aquela funo que lhes est destinada e que a faam com muita alegria;

    Ter um cuidado especial com a recepo das crianas visitantes, para que sejam orientadas e atendidas em suas necessi-dades gerais (lembrar que aquele ambien-te estranho a elas); com carinho, pode--se conquistar o seu corao para Cristo somos o referencial de Deus diante das

    crianas que interpretam o cuidado de Deus a partir da forma com que aqueles que lhe apresentam Deus a tratam;

    Convidar a equipe pastoral para parti-cipar da equipe da EBF, participando das reunies de planejamento e elaborao e permanecendo nos dias da EBF durante a programao. Podem ser eles os respon-sveis pela acolhida diria e pela orao inicial da abertura, bem como a de encer-ramento, com palavras carinhosas na des-pedida de cada dia;

    Ter cuidado especial com a divulgao. Deve fazer isso com bastante antecedn-cia e alegria, garantindo que o mximo de pessoas receba as informaes, elaboran-do cartazes e convites atrativos e utilizan-do todas as mdias disponveis.

    Propor parcerias. Procurar envolver pes-soas dos diferentes ministrios da igreja, tanto no planejamento quanto na execu-o do projeto.

  • 23

    Passo a passo para a organizao

    1 Passo: Definir a data da EBF. A data pode ser definida no inicio do ano (ou no final do ano anterior) e compor a agenda de trabalho anual que encaminhada pela Coordenadora do Ministrio Local de Trabalho com Crianas CLAM (Coordenao Local de Ao Mis-sionria), e, caso isso no tenha acontecido, pode ser encaminhada to logo que se co-mece a organizar o evento. Quanto antes ela for apreciada pela CLAM, maior a garantia de que a data seja reservada e no haja nenhum contratempo.

    2 Passo: Estabelecer parcerias. O Coorde-nador ou Coordenadora do Ministrio Local de Trabalho com Crianas deve convidar para ter como parceiros nesse projeto a equipe pastoral, o Coordenador do Ministrio Local de Educao Crist, o Superintendente da Escola Dominical, a Presidenta da Socieda-de Metodista de Mulheres, o Coordenador do Ministrio do Louvor e outros ministrios que achar necessrio convidar para a elaborao e realizao da EBF.

    3 Passo: Reunir a equipe. Todos os parcei-ros devem ser convidados para a reunio de planejamento da EBF, alm de sua equipe de trabalho com crianas (aqueles que minis-tram nos cultos com crianas, nas classes de Escola Dominical e nos diversos projetos com crianas desenvolvidos pela Igreja Local). As reunies devem ser usadas para dar a co-

    nhecer equipe a proposta de programao elaborada pela Equipe Nacional de Trabalho com Crianas para esse ano, que deve ser lida e estudada junto com a equipe, ouvindo--se as sugestes do grupo, distribuindo-se atribuies e estabelecendo as expectativas a respeito do trabalho de cada elemento da equipe. bom que todos da equipe estejam cientes do trabalho de todos, pois na falta de algum, qualquer outro elemento da equipe poder cobrir sua atribuio.

    4 Passo: Definir funes para a equipe da EBF. Ao ser estabelecida a lista das pessoas colaboradoras disponveis para trabalha-rem na EBF, o Coordenador do projeto (que pode ser o Coordenador do Ministrio Local de Trabalho com Crianas ou algum de sua equipe a quem ele delegue a coordenao desse projeto especificamente) dever definir funes, para que possa delegar atribuies

  • 24

    e no ficar sobrecarregado. O critrio para a definio das funes precisa ser definido observando-se as caractersticas individuais e habilidades especficas. Se possvel, estabe-lecer duplas para cada funo: Coordenador(a) da EBF: cuidar de toda

    a estrutura e funcionamento. Convocar e presidir as reunies de planejamento e elaborao da EBF, dever conhecer todo o programa para poder auxiliar em qual-quer dificuldade, dever garantir todas as condies para o pleno funcionamento de cada setor de atividade da EBF;

    Equipe pastoral: dar assessoria teolgica e espiritual, atendendo a equipe e crianas pastoralmente durante a EBF (acolhendo, instruindo, orientando, auxiliando em situ-aes problemas, etc.);

    Cronometrista: cuidar para que a progra-mao acontea com pontualidade in-dicando atravs de um sinal o horrio de incio e trmino das atividades e do rodzio das oficinas;

    Instrutor(s) da oficina de msica: o res-ponsvel pela ministrao na oficina de msica;

    Instrutor(s) da oficina de histria: o res-ponsvel pela ministrao na oficina de histria;

    Instrutor(s) da oficina de artes: o res-ponsvel pela ministrao na oficina de artes plsticas;

    Instrutor(s) da oficina de jogos coopera-tivos: o responsvel pela ministrao na oficina de jogos cooperativos;

    Monitores para cada grupo de crianas:

    so aqueles que acompanham os grupos de crianas atravs das atividades e cui-dam do bem-estar daquele grupo;

    Equipe de msica: so os auxiliares na oficina de msica e que auxiliam na m-sica nos momentos de abertura e encer-ramento;

    Equipe da copa (lanche): so os que pre-param e servem o lanche s crianas no momento indicado na programao;

    Equipe de cadastramento: so aqueles que distribuem e recolhem as fichas de inscri-o preenchidas nos dias que antecedem a EBF, e durante os dias da EBF, cuidam do preenchimento das inscries novas feitas nesse perodo;

    Equipe da secretaria: so aqueles que pre-param os crachs, dividem as crianas por grupo de acordo com a idade, preparam as listagens e cartazes de presena, informam a equipe do lanche sobre o quantitativo do dia, providenciam a chamada diria e au-xiliam o coordenador da EBF nas demais necessidades e possveis emergncias;

    Equipe de recepo: so aqueles que fa-zem a acolhida s crianas;

    Equipe Volante: esta equipe est dispon-vel para orientar as crianas quanto ao uso do banheiro, beber gua e outras ativida-des solicitadas, garantindo o atendimento adequado e a segurana das crianas;

    Equipe de primeiros socorros: um profis-sional de enfermagem ou medicina que possa permanecer disponvel no local para atender a qualquer emergncia. Caso essa presena no seja possvel, que a equipe

  • 25

    possa contar com um carro disponvel para transporte rpido das crianas ao posto de sade mais prximo no caso de haver necessidade. Vale lembrar que no permitido medicar as crianas, a no ser que a medicao seja trazida pelo respon-svel, acompanhada de receita mdica, autorizao e orientao especfica e no caso de lev-las para atendimento me-lhor que antes de qualquer procedimento entre-se em contato com os seus respon-sveis, informando o ocorrido.

    5 Passo: Escolher o local para realizao da EBF de acordo com a quantidade de crianas que a igreja pretende alcanar. importante que o espao fsico da igreja comporte o n-mero previsto e conte com espaos diferen-ciados para a realizao das atividades. Caso no exista espao suficiente nas dependn-cias da igreja, a programao poder se re-alizar num clube ou ainda pode ser possvel que a igreja local solicite, junto aos rgos competentes, a cesso de uma escola muni-cipal ou estadual prxima para a realizao da EBF, caso necessrio.

    6 Passo: O oramento financeiro. Com a devida antecedncia, a equipe dever listar todos os materiais a serem providenciados, e depois fazer uma pesquisa de preos para s ento elaborar o oramento financeiro que encaminhar CLAM, para aprovao e liberao dos valores. A equipe deve buscar parcerias em padarias, papelarias e doaes de familiares, esse um bom caminho, caso

    a igreja no tenha condies de arcar com todas as despesas.

    7 Passo: Elaborar uma boa divulgao. Confeccione panfletos e convites para serem entregues, com pelo um ms de antecedn-cia, aos moradores do bairro, nas escolas p-blicas e particulares prximas igreja, com a participao de toda a comunidade, inclusive das crianas. Os panfletos devem conter um resumo da programao, bem como ende-reo, datas e horrios da programao. En-tregar preferencialmente em mos, utilizan-do palavras amveis e simpticas para com quem recebe. As fichas de inscrio devem ter data limite de devoluo definida, sendo at pelo menos 10 dias antes do evento, para que haja tempo hbil para preparao do material na quantidade necessria. Fica mui-to interessante colocar uma faixa informati-va na frente do local onde acontecer a EBF.

  • 26

    Instrues gerais

    Sugesto de horrio

    12h 30min - Recepo (entrega de crachs e marcao de presena no quadro)13h - Abertura13h 30min - Diviso em grupos13h 40min - 1 Atividade14h 20min - 2 Atividade15h - Intervalo para o lanche15h 20min - 3 Atividade16h - 4 Atividade16h 40min - Encerramento17h Despedida

    Atividades 1 tempo 2 tempo 3 tempo 4 tempo

    Histria Azul Verde Vermelho Amarelo

    Msica Verde Vermelho Amarelo Azul

    Artes Vermelho Amarelo Azul Verde

    Recreao Amarelo Azul Verde Vermelho

    SUGESTO DE REVEZAMENTO DE ATIVIDADES

    Procure trabalhar com a equipe local de Trabalho com Crianas e, se precisar de ou-tros elementos para a equipe da EBF, crie critrios para admisso na equipe. Convide pessoas consagradas, que demonstrem um compromisso pessoal com Deus, que amem crianas e tenham habilidade em lidar com elas. Organize a EBF com o pessoal que voc tem disponvel, dividindo as funes entre eles. Se voc puder contar com mais pes-soas, sem dvida que o trabalho pode ficar distribudo de melhor forma e no cansar tanto. Tenha o cuidado de somente compor

    a equipe com o nmero de pessoas neces-srias. Cuide para que cada um tenha uma funo definida, pois pessoas que no tm trabalho a fazer, do trabalho e atrapalham. Queremos dizer com isso que pessoas que no estiverem trabalhando tendem a ficar pelos cantos conversando e alheias progra-mao, dando mau exemplo s crianas, que se sentiro no direito de se isolarem tambm e no se envolverem nas propostas. im-portante que o Coordenador conhea bem os dons e as habilidades das pessoas de sua equipe para utilizar cada um no lugar certo

    Equipe

  • 27

    e explorar o mximo de suas potencialidades para que a EBF seja desenvolvida da melhor forma possvel.

    Ter em mente que o trabalho que desen-volvemos com a criana, na Igreja Metodista, visa a sua formao: que cresa na f crist e amadurea, para que, ao crescer, confirme a sua f e aprenda que, se ela pecar, tem um advogado junto ao Pai e o sacrifcio de Cristo que nos purifica de todo pecado. Cremos na doutrina do Pecado original que entende-mos ser a inclinao natural para o pecado e assim, cremos que a criana nasce salva, mas inclinada para o pecado, sendo o nosso tra-balho o de evitar que ela se perca. Portanto, o ensino das Escrituras para as crianas no sentido: de que a aliana de Deus com o homem,

    em Cristo, seja lembrada, cultivada e ensi-nada;

    tornar o lar o lugar de ensino dos princpios bblicos (Cf. Dt 6.9;11.18-21);

    constituir um povo que seja propriedade de Deus;

    garantir o futuro das crianas, sua felici-dade e salvao (Cf. Mt 18)

    Bispo Paulo Lockmann

    Toda a equipe dever estar bem orientada sobre a forma como trabalhamos com crian-as, os objetivos do trabalho, as expectativas a respeito do desempenho da funo que iro desempenhar, os Direitos das Crianas e a especificidades do trabalho e do trato com crianas. Convidar pessoas para colaborarem na equipe pode ser um excelente momento para descobertas de novas vocaes minis-teriais, tornando a EBF um espao de des-coberta e captao de novos elementos para as equipes dos Ministrios Locais de Trabalho com Crianas. Dada a necessidade de garan-tir segurana, bem-estar, eficincia no aten-dimento s igrejas e no permitir que sejam tratadas de maneira inadequada, necess-rio que a equipe seja devidamente instruda, para evitar surpresas negativas. Seguindo a orientao bblica de sermos puros e pru-dentes, devemos cumprir a nossa respon-sabilidade junto a nossas crianas, atuando no sentido de evitar problemas e antecipar solues.

    Deixar claro para a equipe as atitudes es-peradas de cada lder. Como por exemplo: Ser exemplo; Ser carinhoso (a) com as crianas; Cumprir horrios e escalas; Cuidar das crianas e no perd-las de vis-

    ta; Cuidar da ordem e ser referncia de auto-

    ridade (no autoritarismo); Usar de autoridade amorosa; Equilbrio e espiritualidade; Conhecer o assunto da EBF e estar prepa-

    rado para dar respostas s crianas.

    27

    Bispo Paulo Lockmann

  • 28

    O crach tem a funo de:a) identificar as crianas participantes e

    equipe de trabalho, permitindo que todas as pessoas envolvidas na EBF sejam conhecidas e chamadas pelo nome;

    b) facilitar a reunio e identificao dos grupos ou equipes.

    Podero ser confeccionados por cores, di-vidindo as faixas etrias. Por exemplo:

    de 0 a 3 anos em laranja de 4 a 5 anos em azul; de 6 a 7 anos em vermelho; de 8 a 9 anos em amarelo; de 10 a 11 anos em verde.

    Podero ser feitos em EVA, cartolina, madeira ou outro material reciclado, como papelo. Lembre-se de usar sempre o logo da EBF.

    O crach

    Modelo:

    NOME:

    IDADE:

    A identificao da equipe

    Se for possvel, a equipe deve trajar-se de forma diferenciada; isso ser facilitador para que as crianas identifiquem os ele-mentos da equipe dentre os participantes. importante cuidar para que os trajes de diferenciao expressem a unidade da equi-pe e evitar exageros que venham desviar a ateno das crianas nos momentos de mi-nistrao das oficinas e abertura e encerra-mento. Sugestes: Avental, que poder ser feito em tecido ou

    TNT, contendo o logo da EBF e a identifi-cao de quem usa;

    Macaces para a equipe com cores dife-rentes e alegres, contendo o logo da EBF, fazendo com que, apesar da diferena nas cores, possam ser identificados como uma unidade;

    Camisetas com o logo e tema da EBF; Um bon com o logo da EBF; Ou ainda uma cor de crach diferente da

    dos grupos das crianas.

  • 29

    Decorao, ambientao e organizao dos espaos

    A abertura e o encerramento devero acontecer num espao amplo onde haja acomodao para todas as crianas, lugar de destaque para o dirigente e a equipe de msica. Parece-nos adequado o uso do salo do templo para essa finalidade. Nesse local, o ideal ser colocar um painel em lugar de destaque e/ou um estandarte com o logo e versculo do tema da EBF.

    Aps a abertura, a programao se desen-volver atravs de rodzio de atividades, onde as crianas sero conduzidas por monitores atravs das oficinas que estaro estabeleci-das em espaos adequados a cada uma de-las. Os espaos destinados s oficinas devem oferecer ambientes aconchegantes, limpos, ventilados e conter elementos que lembrem o tema da EBF. O versculo do dia deve ficar em destaque, preferencialmente utilizando a imagem dos Aventureiros em Misso.

    Para a oficina de histria, deve-se esco-lher um local livre de barulhos externos, re-servado e calmo. L, o instrutor dessa oficina e seus colaboradores devero cuidar da ar-rumao de seu espao, dispondo pela sala ou em suas paredes objetos ou gravuras que faam aluso ao assunto a ser trabalhado a cada dia. Pode ter um quadro de resumo que v recebendo informaes a cada dia, para que as crianas possam se recordar do que aprenderam nos dias anteriores. Deve-se ga-rantir acomodao para todas as crianas e que de preferncia as cadeiras sejam dispos-tas em semicrculo.

    Para a oficina de msica, fica adequado um espao, onde o som da msica no v atrapalhar as demais oficinas (em especial a de histria) e onde os instrumentos possam ser ligados e funcionem bem. A ornamenta-o pode fazer aluso ao tema da EBF, as le-tras das msicas ou a atividade musical em si. Instrumentos musicais ou figuras deles podem estar dispostos pela sala. Instrumen-tos de uma bandinha podem estar dispon-veis, para serem usados pelas crianas em um momento especfico da oficina (nunca durante a aprendizagem dos cnticos, pois pode atrapalhar).

    Para a oficina de jogos, o mais adequado que seja feita ao ar livre e sombra. Um salo social ou quadra de esportes coberta seria o ideal. O ambiente deve estar enfeitado de forma alegre e com ilustraes alusivas ao tema da EBF associado a esportes. Os jogos devem ser escolhidos dentre os que possibi-litam a incluso, a colaborao e a participa-o. Os jogos competitivos e no cooperati-vos, apesar de serem barulhentos e criarem a sensao de alegria, devero ser evitados, dada a frustrao que eles sempre provocam naqueles que no so vitoriosos e ao seu po-tencial de reforar na mente das crianas as idias de individualismo e competio, que so valores opostos queles que lhes dese-jamos incutir.

    Para a oficina de artes, o espao mais adequado seria um lugar amplo e arejado com mesas e cadeiras suficientes, para que

  • 30

    cada criana possa trabalhar com conforto e segurana. O ambiente dever estar decora-do com imagens alusivas ao tema da EBF ou do dia a ser trabalhado, evitando os mode-linhos feitos por adultos. O material dever estar organizado e separado pronto para ser distribudo s crianas. Beleza e organi-zao devem ser a primeira imagem desse local. A equipe da oficina de artes deve estar disposta a reorganizar o ambiente ao tr-

    mino da atividade com cada um dos grupos, para que o grupo seguinte seja recebido num ambiente agrad-vel e organizado.

    As crianas de 0 a 3 anos estaro numa sala especfica, preparada para elas e no participaro do rodzio de atividades como os demais grupos. A equipe que desenvolver o programa com esse grupo ser a mesma du-rante todo o perodo da EBF, evitando-se ao mximo que sejam feitas trocas de equipe ou rodzios. Estaro juntas das demais crianas somente nos momentos de abertura e encer-ramento da programao. Se os responsveis por esse grupo preferirem, podem tambm lanchar em horrio diferenciado. Essa sala poder estar arrumada com almofadas, para que elas fiquem bem vontade. Os brinque-dos devem estar limpos e serem apropriados idade. Um aparelho de som para trabalhar com as msicas da EBF.

    Quadro de presena

    Criar um grande cartaz com motivos ligados ao tema da EBF e colocar nele o nome das crianas com espaos para a anotao da presena de cada dia da EBF. Coloc-lo em parede prxima mesa da secretaria. Ao receber as crianas, o se-cretrio dever dar a cada uma delas uma etiqueta a cada dia, para que ela mesma v colar na linha do seu nome, no espao referente quele dia. Uma cor de etiqueta para cada dia daria um resultado bonito a esse quadro. interessante ter um moni-tor junto ao quadro, ajudando as crianas nessa tarefa, pois pode ser que nem todos estejam plenamente alfabetizados.

    Esse quadro de presena poder ser le-vado ao local de encerramento diariamente, para motivar um momento de orao por aquelas crianas que no estiveram presen-tes naquele dia.

  • 31

    Regras de convivncia

    Culto de encerramento

    As regras bsicas de funcionamento da EBF podero ser apresentadas no primeiro dia s crianas. importante garantir que toda a equipe de trabalho esteja ciente das regras, para que haja uma sintonia de atitudes e exi-gncias. Oriente tambm a equipe que regras combinadas valem tanto para adultos quanto para crianas, ou seja, se s crianas no for permitido conversas paralelas, isso tambm no ser permitido aos adultos. Alm das regras bsicas, podem ser agregadas outras regras que surjam de combinados feitos com

    as crianas, ainda no primeiro dia. Escreva todas em um cartaz que possa ser colocado em um lugar de fcil visualizao.

    Sugestes de Regras de convivncia- Ser pontual;- Respeitar os amigos e amigas;- Usar palavras carinhosas;- Manter os espaos limpos; - No se retirar da EBF sem autorizao;- Participar de todas as atividades;- Seguir as instrues dos dirigentes;

    Trata-se de uma oportunidade para que, reunidos com a igreja, possamos celebrar e testemunhar sobre os dias vividos junto das crianas. um momento de culminncia de compromisso, quando as crianas podero confirmar os votos assumidos nos dias da EBF e estender esse convite a toda a comu-nidade de f. Ser um culto dirigido pelo Mi-nistrio de Trabalho com Crianas, contando com a participao das crianas (atravs de testemunhos, cnticos, leituras bblicas, etc.).

    Deve-se tomar cuidado para que o culto no seja transformado em relatrio da EBF. As crianas no precisam cantar todas as msicas que foram aprendidas e nem ouvir novamente todas as histrias. Ser um mo-mento de culto em que adultos, jovens, juve-nis e crianas estaro juntos adorando, lou-

    vando, ouvindo a voz de Deus e dedicando suas vidas a Deus. O dirigente dever contro-lar bem o tempo de cada momento, para no extrapolar o horrio, pois, ao permitir que o culto com muitas crianas presentes se alon-gue demais, estar possibilitando o cansao das crianas, que podero ficar muito agita-das e difceis de controlar. Da mesma forma, o pregador escolhido dever ser aquele capaz de falar a crianas e adultos de forma clara, dinmica e objetiva, respeitando o tempo de ateno das crianas presentes.

  • 32

    InscrioA inscrio das crianas dever ser

    preenchida e assinada pelos pais ou res-ponsveis. Nela, devem constar dados que facilitem a organizao (como idade), o

    contato com seus responsveis (endereo, telefone, nomes dos pais ou responsveis) e o seu bem-estar (informaes quanto a sua sade).

    IGREJA METODISTA - MINISTRIO DE TRABALHO COM CRIANASESCOLA BBLICA DE FRIAS 2013 - Crianas unidas em Amor

    FICHA INDIVIDUAL DE INSCRIO

    NOME:_______________________________________________________NASCIMENTO: ____/____ /_____ENDEREO: ____________________________________________________________________________E-mail:________________________________________________________________________________BAIRRO:____________________________________________________CEP:________________________CIDADE:_____________________________________ TELEFONE RESIDENCIAL:: ______________________TELEFONES para emergncia: _______________________________________________________________IGREJA que frequenta: ____________________________________________________________________Nome do pai: __________________________________________________________RG ______________Nome da me: _________________________________________________________RG ______________

    Por favor, preencha corretamente as informaes solicitadas abaixo:1. Em caso de acidente, os responsveis pela EBF esto autorizados a lev-lo para atendimento mdico? ( ) Sim ( ) No2. Tem alguma restrio alimentar por motivo de sade? Qual? ______________________________________3. A criana possui algum problema de sade?_________________________ __________________________4. Toma algum medicamento regularmente? ( ) Sim ( ) No. Qual? ________________________________5. alrgico(a) a alguma coisa ou medicamento? ( ) Sim ( ) No. Qual? _____________________________6. Quais remdios costuma tomar para: resfriado ________________________________________________dor de cabea __________________________________________________________________________dor de garganta _________________________________________________________________________febre _________________________________________________________________________________outros ________________________________________________________________________________

    Autorizo meu filho(a) _______________________________________________a participar da EBF na Igreja Metodista, na Rua: ____________________________n _____, nos dias__________________ das _______ s _____ h e assumo total responsabilidade sobre as informaes prestadas.Durante os dias da EBF, ele(a) ir embora:( ) acompanhada pelo(s) responsvel(is) _____________________________________( ) desacompanhada de responsvel.

    ______________________________ ________________________________Assinatura do responsvel N do documento de identidade

    Modelo:

  • 33

    Carta de confirmao de inscrio interessante enviar uma carta endere-

    ada criana, confirmando a sua inscrio e fornecendo famlia informaes que lhes ofeream segurana de estar mandan-

    do seus filhos, bem como esclarecimentos necessrios ao trabalho com elas. Dever ser entregue no momento do recebimento da inscrio.

    Modelo:

    IGREJA METODISTA - MINISTRIO DE TRABALHO COM CRIANASESCOLA BBLICA DE FRIAS 2013 - Crianas unidas em Amor

    Querido(a) _______________________________________________

    Que a graa e a paz de Deus esteja no seu corao!

    Recebemos sua ficha de inscrio para a Escola Bblica de Frias Crianas Unidas em amor na Igreja _________________, nos dias ___________ de julho de 2013. Muito obrigada!Nosso endereo ______________________________________________________________e-mail_______________________________ e o telefone para contato: ___________________.

    Estaremos esperando por voc todas as tardes a partir das _____h. Seu responsvel dever busc-lo to-das as tardes s _______h. Voc s ser entregue nas mos do seu responsvel ou de outra pessoa que ele tenha autorizado, colocando o seu nome na ficha de inscrio.

    No ser necessrio trazer lanche, pois estaremos servindo o lanche para todos.Teremos um servio de primeiros socorros com material suficiente para curativos simples. No caso de ser

    necessrio medicar alguma criana, estaremos entrando em contato com o seu responsvel pelos telefones fornecidos na ficha de inscrio e, em caso de emergncia, levando para atendimento mdico de urgncia. Caso esteja tomando alguma medicao que dever ser administrada no perodo da EBF, dever traz-la jun-to com a receita mdica e todas as instrues de administrao, bem como autorizao dos seus pais para que a administremos.

    Venha com roupas confortveis e prefira as que no so novas, pois vamos brincar e lidar com tintas. No traga celulares, pois eles tero que permanecer desligados durante a EBF. No se preocupe tambm em trazer mquinas fotogrficas e outros objetos de valor, pois no poderemos nos responsabilizar por esses objetos. Teremos algum de nossa equipe fotografando o encontro e poderemos disponibilizar essas fotos posteriormente a todos que se interessarem.

    No se esquea de trazer muita alegria e uma boa dose de disposio. Um beijo carinhoso,

    _________________________________________________Coordenador(a) do Ministrio de Trabalho com Crianas

  • 34

    Terminada a Escola Bblia de Frias, seria muito interessante mandar aos pais uma car-tinha com o relatrio do que foi trabalhado e um convite para as demais aes com as crianas, desenvolvidas pela Igreja, como por

    exemplo: a Escola Dominical, os cultos com as crianas e outros projetos. Essa carta pode ser mandada no ltimo dia da EBF junto com o convite para o culto ou mesmo no dia do Culto (distribuda para toda a igreja).

    Carta famlia

    IGREJA METODISTA - MINISTRIO DE TRABALHO COM CRIANASESCOLA BBLICA DE FRIAS 2013 - Crianas unidas em Amor

    Queridos pais e responsveis pelas crianas participantes da EBF 2013,

    Que a graa e a paz de Deus estejam abundantes no seu corao!

    Louvamos a Deus por suas vidas e pelas vidas de suas crianas com as quais pudemos conviver nesses poucos dias. Somos gratos vocs, por terem permitido que elas participassem conosco da Escola Bblica de Frias 2013. Foi uma grande alegria desfrutar do amor de Deus juntos, com muita alegria e unio.

    Nestes dias, trabalhando o tema CRIANAS UNIDAS EM AMOR, estivemos conversando sobre o amor de Deus que salva, liberta, traz esperana, traz a garantia de que no andamos sozinhos, que nos enche de alegria e perdo, que faz com que percebamos o nosso valor e nos leva a um compromisso com Deus, com os outros e com o mundo de Deus. Foram dias agradveis em que caminhamos junto com as crianas pelos textos da Bblia, aprendendo que Deus nos ama e espera que ns amemos uns aos outros e estejamos unidos por esse amor como discpulos e discpulas nos caminhos da misso, cumprindo o mandado missionrio de Jesus.

    Que Deus os abenoe grandemente, pais e mes, dando-lhes toda a sabedoria e amor necessrios para que continuem sua caminhada na educao de seus filhos e filhas, aplicando o que est escrito na palavra de Deus em Provrbios 22.6: Ensina a criana no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho no se desviar dele.

    Nossa Igreja promove outras atividades educativas para as crianas em que seus filhos sero muito bem--vindos. Nossos horrios de cultos e programao:

    __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Equipe de Trabalho Escola Bblica de FriasIGREJA METODISTA

    Modelo:

  • 35

    Avaliaes

    Terminada a EBF, promova um processo de avaliao, permitindo que todos os que participaram da equipe possam expressar a sua opinio sobre o trabalho realizado. Oua tambm as crianas. Toda a atividade desen-volvida no Ministrio de Crianas, mesmo as aulas ministradas na Escola Dominical domin-go a domingo, devem ser avaliadas. A avalia-o possibilita a melhoria na caminhada. Uma equipe que se rene regularmente para plane-jar e avaliar a caminhada lucra em eficincia e garante resultados finais mais positivos.

    A avaliao um importante recurso para a melhora de nosso trabalho. Sem um reexa-me cuidadoso, podemos nos repetir e somar erros, tendo como resultado a ineficincia. Ainda que nos neguemos a encarar uma ava-liao, estamos sendo avaliados a todo mo-mento pela liderana de nossa igreja, pelas crianas, pelas suas famlias, pelos elementos da equipe e por todos que observam nosso trabalho. No existem maneiras de escapar de uma avaliao, mas podemos us-la de forma positiva a favor do nosso ministrio. necessrio orientar as equipes de trabalho que preencham avaliaes sobre o trabalho realizado, mas que sejam criteriosos e ho-nestos (que podem fazer diferena) e evitem elogios feitos como atitude de carinho, mas que no representam a realidade, o que pode mascarar uma situao e comprometer a mudana talvez necessria.

    Participar de momentos de avaliao um processo de aprendizagem tanto para os

    que fazem as avaliaes quanto para os que so avaliados. importante que aqueles que participam das avaliaes aprendam a lidar com ela para no utilizarem esses momen-tos para ferir e magoar ou para elogiar fal-samente (por pena ou falta de coragem de expor o verdadeiro pensamento), aes essas possibilitadas pelo anonimato nos processos de avaliao. De igual forma, essencial que aquele que se prope a ser avaliado consi-dere que muitas situaes emocionais esta-ro permeando esse processo e ele ter que reinterpretar algumas falas a partir da cons-cincia dos fatos que ocorreram e ser ma-duro o suficiente para no tomar as criticas como pessoais, mas utiliz-las na melhoria da caminhada, buscando melhorar suas es-tratgias de trabalho a partir de avaliaes sinceras e fidedignas.

    As crianas podem registrar a sua opi-nio durante a EBF, atravs de sinais, visto que pode ser que nem todas dominem ain-da a lngua escrita. Pode ser confeccionado um painel para cada dia da EBF, que poder ser colocado prximo a sada das crianas no momento da despedida. Nesse momento, podem ser colocadas a disposio das crian-as gravuras positivas ou negativas (como rostos sorrindo ou tristes) que elas vo esco-lher para colar no painel e algumas canetas coloridas para os que prefiram escrever. Um monitor poder estar prximo ao painel, aju-dando as crianas. As que j escrevem po-dem ser motivadas a deixar recados equipe

    Avaliao

  • 36

    de organizao ou o monitor pode escrever frases ou palavras que os pequenos que ain-da no escrevem lhes peam para escrever.

    Recolhidas as avaliaes, antes de fazer a leitura de cada uma delas, o coordenador deve fazer a sua avaliao, listando todas as coisas que efetivamente deram certo e de-vem ser continuadas, e todas aquelas coisas que fugiram ao controle ou que no funcio-naram. Para cada uma dessas coisas que no deram certo, tentar localizar os motivos des-ses erros e que atitudes podem ser tomadas para evit-los de uma prxima vez. Feito isso, dever ler as avaliaes e somar os seus re-sultados calculando os percentuais e se pos-svel traando um grfico estatstico desses resultados.

    Aps a realizao da EBF, importante que o grupo volte a se reunir para conver-sar sobre os pontos positivos e negativos da atividade realizada. Nesse momento, o coor-denador dever mostrar equipe o resulta-do das avaliaes feitas pela equipe e pelas crianas, para que juntos tracem estratgias para melhorar o trabalho, visto que o traba-lho foi realizado pela equipe, portanto a ava-liao que foi feita refere-se ao trabalho de todos. Nessa reunio devem ser feitas anota-es que possam servir como referncia no

    ano seguinte, para a elaborao da prxima EBF. O coordenador dever levar a equipe a enxergar que, mesmo que tenham que en-carar as falhas e limitaes do trabalho da equipe, certamente houve crescimento e muitos pontos positivos a serem destacados e que tudo seja feito com alegria e aes de graas. Essa reunio de avaliao deve ser tambm um momento de agradecimento a Deus pelas bnos que certamente foram derramadas na EBF e pelos resultados podem que se estender para alm daqueles dias pas-sados junto s crianas na EBF.

    Estamos disponibilizando um formulrio de avaliao do material fornecido para a elaborao dessa EBF (Caderno da EBF 2013). Pedimos que seja respondido em equipe. Esta avaliao servir para orientar a equipe or-ganizadora deste caderno na elaborao dos prximos, portanto, solicitamos que sua equi-pe encaminhe o resultado dessa avaliao Coordenao do Departamento Nacional de Trabalho com Crianas. s enviar por e-mail para [email protected] ou pelo correio para Sede nacional da Igreja Metodista. En-dereo: Av. Piassanguaba, 3031 - Planalto Paulista, So Paulo - SP CEP: 04060-004.

  • 37

    Igreja Metodista Ministrio de Trabalho com CrianasAvaliao da Escola Bblica de Frias 2013

    Igreja Metodista Ministrio de Trabalho com CrianasAvaliao da Escola Bblica de Frias 2013

    (Ficha individual para ser preenchida pelos componentes da Equipe de Trabalho da EBF no ltimo dia da EBF faa quantas cpias forem necessrias e distribua para os elementos da equipe de trabalho)

    Muito bom Bom Regular

    Contedo trabalhado

    Dinmica do trabalho

    Organizao geral

    Eu aplaudo Eu critico Eu sugiro

    Avaliao(Coletiva para ser preenchida, em reunio, pelo Coordenador e Equipe da EBF na reunio de Avaliao final)

    TEMA: CRIANAS UNIDAS EM AMOR1. IDENTIFICAOIgreja: ___________________________________________________________________________

    Regio: __________________________________________________________________________

    Nome do/a pastor/a: ________________________________________________________________

    Nome do/a coordenador/a: ___________________________________________________________

    Endereo completo para contato: ______________________________________________________

    ________________________________________________________________________________

  • 38

    2. A EBFQuantos dias durou a EBF da sua Igreja: __________________________________________________

    Quantas crianas participaram: ________________________________________________________

    Qual a faixa etria das crianas participantes: _____________________________________________

    Quantos pessoas fizeram parte da equipe de trabalho: _______________________________________

    Como a equipe avalia a sua EBF? Destaque os pontos positivos e os pontos que precisam melhorar:

    ________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________

    O que a equipe espera da prxima EBF? __________________________________________________

    ________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________

    3. O CADERNO DA EBFO que voc achou do tema da EBF?

    ( ) Muito Bom

    ( ) Bom

    ( ) Regular

    ( ) No Gostei

    Por qu? _________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________

    O caderno da EBF chegou a suas mos em tempo hbil?

    ( ) Sim ( ) No Por qu? __________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________

    De que forma o material chegou a suas mos?

    ( ) Site da Igreja Metodista ( ) Caderno Impresso

    ( ) Arquivo encaminhado pela Coordenao Regional de Trabalho com Crianas e/ou Equipe Distrital de

    Trabalho com Crianas

  • 39

    As atividades propostas no caderno da EBF so:

    ( ) Muito Boas

    ( ) Boas

    ( ) Regulares

    ( ) No Gostei

    Por qu? _________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________

    Voc utilizou o material proposto no caderno?

    ( ) Totalmente ( ) Parcialmente

    Por qu? _________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________

    O que voc achou do subsdio bblico sobre o tema da EBF?

    ( ) Muito Bom

    ( ) Bom

    ( ) Regular

    ( ) No Gostei

    Por qu? _________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________

    O que voc achou das ilustraes do caderno da EBF?

    ( ) Muito Bom

    ( ) Bom

    ( ) Regular

    ( ) No Gostei

    A clareza das instrues:

    ( ) adequada conseguimos entender as instrues com facilidade

    ( ) confusa tivemos dificuldade para entender as instrues

  • 40

    Certificado

    No ltimo dia da EBF, as crianas rece-bem o certificado de participao. Se for possvel, entregar tambm uma lembranci-

    nha que sirva de referncia com o compro-misso assumido por elas no encerramento do ltimo dia.

    Modelo:

  • 41

    Caixa de primeiros socorros

    A caixa de primeiros socorros deve ser mantida sob a guarda da pessoa respons-vel pela enfermaria, em lugar de fcil acesso, mas longe das crianas, e estar bem sinali-zada. No se incluem medicamentos. A caixa pode conter os seguintes materiais:

    - Esparadrapo ou fitas adesivas; - Algodo hidrfilo;- Compressas de gaze estril comum e do

    tipo sem adesivo;- Ataduras de gaze;- Atadura de crepom;- Bandagem;- Compressas limpas;- Faixa elstica (para entorses no torno-

    zelo) e faixa triangular (para entorse no tor-nozelo ou leses do brao, ou como torni-quete);

    - Sabo lquido;- Frasco de gua oxigenada;- Frasco de soro fisiolgico;- Frasco de lcool; - Cotonetes;- Luvas de procedimentos;- Tesoura;- Termmetro;- Alfinetes de fralda;- Bolsa para gua quente;- Lanterna;- Sacos plsticos.

    Avisos, faixas, placas e cartazes

    Placa de localizao dos diversos espaos. Ex: Enfermaria, Oficina de Histria, Oficina de Msica, Oficina de Jogos, Oficina de Ar-tes, Banheiro de Meninas, Banheiro de Meni-nos, Refeitrio, Secretaria; Cartaz de horrio e tempo de durao das atividades, Cartazes

    com versculos bblicos e frases que promo-vam um ambiente de amizade; faixa com in-formaes; cartaz ou estandarte com o tema.

    Colocar os cartazes em locais de fcil vi-sualizao das crianas, com imagens e in-formaes.

    Que bom que voc veio!

    Ou: Que bom te conhecer! Que alegria: voc veio! Sejam bem-vindos! Sejam bem-vindas!

  • 42

    Modelo de panfleto:

    Modelo de panfleto:

    IGREJA METODISTA - MINISTRIO DE TRABALHO COM CRIANASESCOLA BBLICA DE FRIAS 2013 - Crianas unidas em Amor

    Vem a a Escola Bblica de Frias na Igreja Metodista de __________________.A EBF acontecer nos dias __________ de julho de 2013, das _____h s ______h. Vamos participar de muitas atividades legais, como: msica, brincadeiras, teatro, artes e surpresas.Venha aprender sobre o amor de Deus, unidade e sobre como o mundo pode ser melhor.Com unio e alegria, podemos viver um mundo bem melhor!Local: ____________________________________________________________________

    Torne as suas frias radicais e inesquecveis, participando da EBF!

    Ministrio de Trabalho com Crianas da Igreja Metodista

    EBF - 2013Crianas unidas em amor

    E ns conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus amor; e quem permanece em amor,

    permanece em Deus, e Deus nele. 1 Joo 4.16

    FRENTE VERSO

    QUERIDOS PAPAI,MAME OU RESPONSVEL,

    Nossa equipe de Trabalho com Crianas da Igreja Metodista de ______________, est orga-nizando a Escola Bblica de Frias 2013.

    Nos dias: ________________________Horrio: _________________________Local: ___________________________

    Ser uma alegria poder ter seu filho(a) conos-co durante esses dias.

    Teremos momentos especiais, com msicas, histrias, artes e jogos que estamos preparamos com muito carinho.

    Estas frias podem ser inesquecveis.No perca!

    __________________________ Coordenador(a) da EBF

    __________________________Pastor(a)

    IGREJA METODISTA MINISTRIO DE TRABALHO COM CRIANAS

  • 43

    ACERCA DAS DIVERSAS FUNES E MOMENTOS DA EBF

    Abertura e encerramento

    ABERTURA 1 DIA- Receber as crianas com alegria e entusias-mo;- Dizer que elas so bem-vindas;- Explicar: Objetivos da EBF; A dinmica do trabalho (diviso em gru-

    pos, desenvolvimento das atividades, ro-tina do dia);

    Falar da importncia de estar atento ao seu grupo e no se dispersar;

    Regras de boa convivncia (o que se es-pera de cada criana, o que possvel ser feito e o que deve ser evitado);

    Desenvolver a proposta de dinmica feita para o momento da abertura. Ler o texto do dia (ou contar - o que melhor), expli-car o texto;

    Orar com as crianas.

    2 e demais dias- Receber as crianas com alegria e amabili-dade;- Dizer que muito bom t-las novamente conosco;- Se a quantidade de crianas aumentou, co-mentar, mostrando que isso nos faz felizes. Dizer que Deus se agrada de ter as crianas em sua casa.- Cantar a msica da EBF;

    - Falar com as crianas o versculo tema da EBF;- Cantar as msicas aprendidas no dia ante-rior;- Falar com as crianas o versculo tema do dia anterior;- Desenvolver a proposta de dinmica feita para o momento da abertura. Ler o texto do dia (ou contar a histria do texto), comentar e explicar;- Orar com as crianas;- Dividi-las em grupos.

    ENCERRAMENTO- Fazer perguntas sobre a histria aprendida no dia;- Cantar os cnticos aprendidos no dia;- Repetir o versculo que foi decorado;- Falar sobre os pontos positivos da parti-cipao das crianas nesse dia. No critique as crianas, no cite coisas negativas que tenham ocorrido (se ocorreram bom que as tenha resolvido na hora que aconteceram, em particular, com a criana envolvida, para no exp-la perante seus colegas), no cite nomes de crianas perante as demais para chamar ateno.- Neste momento fale do prazer de ter pas-sado esse dia com elas, e convide-as para o dia seguinte.- Orar com as crianas.

    Instrues

  • 44

    Ser muito importante que a mesma pes-soa responsvel pela abertura seja tambm responsvel pelo encerramento. A Abertura o momento destinado recepo das crian-as ao dia de trabalho. O responsvel por esse momento deve ser algum capaz de envolver, despertar e prender o interesse das crianas. Dever estudar todo o material da EBF, pois nesses momentos de abertura estar crian-do a expectativa pelo trabalho do dia, revi-sando o conhecimento dos dias anteriores e no encerramento estar concluindo a idia desse dia e construindo uma ligao com os demais assuntos dos outros dias para isso, precisa estar plenamente inteirado de todas as atividades do dia e dos objetivos gerais e

    especficos dessa EBF. Para as aberturas de cada dia, apresentamos um material espec-fico que ser trabalhado nesse momento em que todas as crianas estaro reunidas antes de serem divididas em seus grupos. Nesse momento, importante que seja observado o tempo criteriosamente para que no se extrapole o horrio, prejudicando as demais oficinas que ainda esto para vir.

    O encerramento o momento da culmi-nncia do trabalho de um dia. A criana, de-pois de haver passado por diversas ativida-des, vai ser levada a perceber o elo entre elas e o quanto cada uma delas colaborou para a construo do conhecimento que apresen-tam nesse momento final.

  • 45

    OFICINA DE HISTRIA- Decorar o versculo tema da EBF;- Decorar o versculo do dia;- Contar a histria;- Conversar sobre a histria;- Dramatizar ou pedir que recontem a histria;- Despea as crianas com alegria, diga como foi agradvel t-las com vocs.

    O instrutor dessa oficina dever estudar todo o material e buscar aprender e envolver--se com cada uma das histrias a ser con-tada, buscando referncias em sua prpria histria de vida, a fim de construir uma refe-rncia emocional com a histria a ser conta-da. Ao preparar a histria, fazer uma anlise cuidadosa dela, determinando cada um de seus elementos, treinar (contanto a algum, escrevendo ou diante do espelho), sendo uma histria bblica, ler na Bblia e se possvel em diversas tradues e os textos correlatos e ler o contexto do texto em que se situa a histria ou o propsito dela ter sido contada naquela poca, para a construo de um co-nhecimento mais apurado do texto a ser tra-balhado, fazendo, se possvel, pesquisas de poca e estudando os termos desconhe