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PROJECTO EDUCATIVO DA ESCOLA Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol Horizonte: 2009-2010

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PROJECTO EDUCATIVO DA ESCOLA

Escola Básica e Secundária da

Ponta do Sol

Horizonte: 2009-2010

Projecto Educativo da Escola Escola Básica e Secundária da Ponta do S�l

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Índice

Nota Prévia …………………………………………………………………………….. 3

Introdução …………………………………………………………………..…………. 4

Visão, Missão, Valores, Objectivos:

A Nossa Visão ……………………………………………………………………..….. 6

A Nossa Missão ……………………………………………………………………….. 6

Os Nossos Valores …………………………………………………………………… 6

Os Nossos Objectivos ………………………………………………………………. 7

Estratégias ……………………………………………………………………………… 8

Avaliação ……………………………………………………………………………….. 9

Bibliografia …………………………………………………………………………….. 10

Anexo I – Assim Somos - A Escola no Meio ………………………………… 11

1. – O Meio ……………………………………………………………………………. 12

1.1 – Notas históricas sobre o Concelho da Ponta do Sol …………… 12

1.2 - Caracterização sócio-económica do Meio ………………………….. 13

1.3 - Actividades Culturais e Espaços Sócio-Educativos ……………... 14

2. - A Escola ………………………………………………………………………….. 15

2.1 - Breve historial da Escola ………………………………………………… 15

2.2 – Espaço, equipamentos/recursos materiais ……………………….. 16

2.3 – Os Pais/Encarregados de Educação …………………………………. 17

2.4 - Os Alunos – Caracterização Sócio-Familiar ………………………... 18

2.5 – Os alunos – Dificuldades detectadas ………………………………... 19

2.6 – Serviços especializados de apoio ……………………………………. 20

2.7 – Recursos Humanos ………………………………………………………... 21

2.8 – Parcerias e colaborações ………………………………………………… 21

2.9 – Oferta Educativa ……………………………………………………………. 22

Bibliografia e Fontes ………………………………………………………………… 23

Anexo II – Quadros e Dados ……………………………………………………… 24

Anexo III – Pareceres e Outros Documentos ……………………………… 32

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Nota Prévia

O presente documento que se assume em continuidade com o anterior PEE da

Escola apresenta uma organização deliberadamente distinta daquele.

Assim, há um corpo inicial que constitui o documento estratégico, com a definição

de Visão, Missão, Valores e Objectivos que se pretendem para a organização EBS Ponta

do Sol. Assinalam-se ainda estratégias orientadoras conjugadas para a consecução dos

objectivos.

Em anexo junta-se um documento – Anexo I: Assim Somos – A Escola no Meio

- que retrata e caracteriza a Escola e o Meio envolvente, o qual, a partir de referências e

experiências do passado, procura esclarecer as dificuldades do presente que se pretende

superar num futuro próximo, conforme traçado no documento estratégico. O Anexo II

contém quadros e gráficos com dados referenciados no anterior.

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Introdução No quadro da legislação do sistema escolar, o conceito de “projecto educativo”

emergiu como referente da designada “autonomia, gestão e administração” das escolas.

Desde o Decreto-Lei n.º 43/89, de 3/2, vulgo lei da autonomia das escolas, surge a

referência ao “projecto educativo” como meio de concretização da “autonomia da escola”.

O Decreto-Lei n.º 115-A/98, de 4/5, que vigora(ou) no Continente, bem como o Decreto

Legislativo Regional n.º 4/2000/M, de 31/1, substancialmente alterado pelo Decreto

Legislativo Regional n.º 21/2006/M, de 21/6, contemplam o “projecto educativo” como

documento central na “autonomia” da escola.

Os especialistas destacam no sentido do projecto, a sua dimensão e dinâmica, e o

seu potencial mobilizador porque, ancorando-se na acção presente, pretende intervir,

alterar, projectar o futuro. Referindo-se ao projecto educativo, João Barroso (1992)

realça que as potencialidades do projecto residem precisamente na “sua capacidade de

combinar a atracção pelo futuro e a acção no presente.” (p. 29)

A instituição escolar vive, desde há alguns anos, crises e instabilidades. A

sociedade impõe-lhe um conjunto de exigências e grande responsabilidade na preparação

da sociedade do futuro ao contribuir “para o desenvolvimento pleno e harmonioso da

personalidade dos indivíduos, incentivando a formação de cidadãos livres, responsáveis,

autónomos e solidários e valorizando a dimensão humana do trabalho” conforme está

exarado na Lei de Bases do SE. No contexto de incerteza e instabilidade em que

vivemos, a escola vive sob pressão de várias latitudes, criticada pelo mau desempenho

dos jovens portugueses em estudos comparativos internacionais, acusada por todos qual

“mãe de todos os males”. Mas é, paradoxalmente, às escolas que a sociedade confia,

cada vez mais, responsabilidades e funções que até há pouco cabiam a outras estruturas

sociais…

Neste quadro, o conceito de projecto emerge como mecanismo de, com

criatividade e inovação, responder às exigências sociais, de procurar e construir o

caminho mais adequado à resolução dos problemas em cada realidade. Este é, em

síntese, o sentido do projecto educativo que se apresenta, como núcleo da “gestão

estratégica” que nos permita, face à instabilidade e incerteza, um rumo coerente e com

sentido que responda, se não a todos, pelo menos aos mais significativos problemas que

se nos deparam, no respeito pelos valores constitucionais expressos nos princípios da

LBSE.

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Escola Básica e Secundária da

Ponta do Sol

Visão, Missão, Valores, Objectivos

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A NOSSA VISÃO

A Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol tem a ambição de se afirmar como uma Escola Pública de Qualidade, reconhecida na comunidade local e regional.

Pretende ainda consolidar o seu estatuto de espaço sócio-cultural de referência no concelho da Ponta do Sol, enquanto entidade criadora, promotora e divulgadora de iniciativas e actividades de índole cultural.

A NOSSA MISSÃO

Proporcionar uma formação escolar adequada às exigências da sociedade, reconhecendo e incentivando os valores do trabalho, do esforço e do empenho, enquanto motores de desenvolvimento pessoal e social do indivíduo, garantindo ao máximo de alunos a conclusão da escolaridade.

Incentivar a criatividade individual ou de grupo, bem como as atitudes de constante atenção à inovação científica e pedagógica e de permanente abertura e procura das soluções adequadas à nossa realidade.

Promover a satisfação dos nossos alunos, pais, profissionais, bem como da comunidade, no respeito pelos direitos e deveres estabelecidos, favorecendo a participação e desenvolvendo parcerias e colaborações com outras instituições enquadradoras de crianças e jovens, na procura e criação das melhores condições de integração escolar, de trabalho e de aprendizagem.

Enquanto instituição que enquadra e forma crianças e jovens, assumimos que a razão de ser e centro de acção da Escola é a formação dos nossos alunos. Para além desta referência, pugnamos por aqueles que consideramos

OS NOSSOS VALORES

Os princípios da cidadania democrática: liberdade, autonomia, participação, respeito, justiça e solidariedade, a pluralidade de opiniões e a reciprocidade de direitos e deveres. A tolerância, a convivência, o diálogo e a solidariedade como meios de aproximação entre pessoas, grupos, povos e culturas. O trabalho, o esforço e o empenho enquanto motores de desenvolvimento pessoal e social do indivíduo. A História e o Património Local, Regional e Nacional como elementos congregadores da nossa Cultura e Identidade. O sentido do contacto e preservação da Natureza como enunciadores de uma vida saudável orientada pelo equilíbrio na alimentação, na sexualidade e nos afectos. Enquanto educadores pelo exemplo, os profissionais da Escola devem pautar a sua acção quotidiana junto dos jovens com profissionalismo, responsabilidade, tolerância, firmeza e rigor.

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OS NOSSOS OBJECTIVOS

1. Desenvolver o gosto por uma correcta comunicação verbal em língua materna enquanto competência transversal estruturante de grande significado no sucesso escolar e social dos indivíduos, traduzido em melhores resultados em Língua Portuguesa/Português.

2. Melhorar as aprendizagens em Matemática conduzindo à melhoria gradual dos resultados escolares, sublinhando o carácter estruturante e transversal da linguagem e dos conhecimentos matemáticos.

3. Contribuir para aprendizagens significativas em Línguas Estrangeiras, relevando a sua importância face às exigências da globalização, de modo que a melhoria de resultados traduza maior capacidade de comunicação nas línguas estrangeiras estudadas.

4. Incentivar o empenho e a formação no domínio da História, do Património e da Geografia Local e Regional, que conduza a aprendizagens significativas com sucesso para a maioria significativa dos alunos1.

5. Desenvolver o gosto pelas Ciências Físico-Naturais assegurando a melhoria dos resultados escolares.

6. Promover as formas de expressão técnica, desportiva e artística como meios de compreensão e de intervenção no mundo, por intermédio de iniciativas que apelem à criatividade e à acção efectiva dos envolvidos, expressas na participação dos alunos do ensino regular em pelo menos uma actividade em cada ano escolar.

7. Promover a integração escolar de crianças e jovens portadores de dificuldades de aprendizagem ou de integração significativas, desencadeando os apoios disponíveis e o acompanhamento dos casos sinalizados.

8. Garantir qualidade e adequação à formação escolar de nível Secundário de forma a aumentar o número de alunos que concluem este nível de escolaridade.

9. Promover uma formação escolar de segunda oportunidade, com sucesso para a maioria dos alunos com frequência regular do Ensino Recorrente.

10. Intensificar a participação, a intervenção e a colaboração dos pais e encarregados de educação no acompanhamento dos educandos, de modo que nas diversas iniciativas da Escola ocorra a sua participação significativa2.

11. Incentivar o esforço, bem como as iniciativas inovadoras, ao nível da formação e valorização profissional e pessoal dos profissionais da Escola, traduzidos em actividades e processos de formação com forte ligação à prática quotidiana em, pelo menos, metade das horas de formação utilizadas.

12. Prevenir a ocorrência de problemas disciplinares graves pela acção atenta, rigorosa, oportuna e valorizada dos profissionais e órgãos da escola, no quadro das regras estabelecidas.

1 Considera-se maioria significativa a que traduza percentagem idêntica ou superior à do ano anterior.

2 Considera-se participação significativa a que traduza números idênticos ou superiores aos de ocorrências análogas anteriores, salvo ocorrência de situações excepcionais comprovadas.

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Estratégias

I. Contemplar a comunicação das ideias e da informação artística, técnica ou

científica como componente significativa das experiências de aprendizagem proporcionadas ao aluno e, consequentemente, do processo de avaliação nas várias disciplinas.

II. Apelar a estratégias que envolvam e responsabilizem o aluno na sua aprendizagem.

III. Aprofundar estratégias e actividades de aprendizagem/ desenvolvimento de técnicas de trabalho e estudo na perspectiva de “aprender a aprender”.

IV. Prever actividades no âmbito da educação cívica nos planos das várias disciplinas ou ACNDs.

V. Privilegiar e reforçar o compromisso pedagógico/trabalho de equipa: apoio, valorização e reforço da organização do trabalho em equipas pedagógicas.

VI. Respeitar o princípio da continuidade pedagógica/lógica de ciclo: desenvolvimento de PCTs segundo a lógica de ciclo; acompanhamento e enquadramento da turma ao longo do ciclo pela equipa pedagógica (pelo menos a maioria dos professores).

VII. Valorizar o empenho, o esforço, a iniciativa, a criatividade e a inovação nos critérios de avaliação (alunos, professores e pessoal não docente (PND).

VIII. Favorecer o desenvolvimento de projectos inovadores consistentes ao nível da gestão do currículo ou da metodologia de ensino-aprendizagem.

IX. Desenvolver projectos de turma de ensino não regular que correspondam aos problemas de aprendizagem detectados.

X. Desencadear projectos de ensino recorrente que respondam às expectativas dos interessados.

XI. Desenvolvimento de lideranças intermédias dinâmicas e responsáveis: coordenadores (de departamento, de ciclo); delegados; directores de turma; direcção de instalações; …

XII. Orientar o plano de formação de docentes para: estratégias de ensino centradas na aprendizagem; trabalho colaborativo/em equipa; gestão e resolução de conflito; motivação pessoal e profissional.

XIII. Criar um plano de formação do PND orientado para: gestão e resolução de conflitos; estratégias de contacto com crianças e jovens; motivação pessoal e profissional; trabalho colaborativo/em equipa.

XIV. Desenvolver projectos de enriquecimento curricular (Clubes) com personalidade e espaço na dinâmica da Escola, em coerência com a orientação do PE.

XV. Acolher, valorizar e divulgar a participação, a iniciativa e a intervenção responsável de alunos, professores e funcionários na procura das soluções mais adequadas aos problemas detectados.

XVI. Estabelecer parcerias com instituições escolares, sociais, culturais, económicas ou profissionais a fim de partilhar recursos, ideias ou soluções mutuamente benéficas.

XVII. Divulgar os projectos e realizações da escola.

XVIII. Proporcionar espaços e actividades colaborativas de criação ou recreação com participação dos diversos grupos que integram a escola: alunos, funcionários, professores e, eventualmente, pais.

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XIX. Favorecer experiências de intercâmbio e contacto efectivo com outras realidades e culturas.

XX. Promover e criar novos e eficazes canais de comunicação intra-escola, bem como com interessados no processo educativo, caso dos Encarregados de Educação.

XXI. Assegurar a participação dos interessados na procura de soluções para os problemas garantindo a colaboração e o compromisso colectivo na gestão das situações.

XXII. Instituir formas de comunicação regular e activa com a comunidade nomeadamente com promoção e divulgação de iniciativas sociais e culturais.

Avaliação

A avaliação do PEE tem em conta:

- A consecução dos objectivos.

- A adequação das estratégias aos objectivos pretendidos.

Instrumentos de avaliação:

- Relatórios/Análise de resultados de aprendizagem (sucesso escolar).

- Relatórios sectoriais dos projectos desencadeados.

- Relatório dos Planos Anuais de Escola.

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Bibliografia

Barroso, J. (1992). Fazer da escola um projecto. In R. Canário (Org.), Inovação e projecto

educativo de escola (pp. 17-55). Lisboa: Educa.

Carapeto, C. & Fonseca, F. (2006). Administração Pública: modernização, qualidade e inovação.

Lisboa: Edições Sílabo.

Costa, J. A. (2003). Projectos educativos das escolas: um contributo para a sua (des)construção.

Educação & Sociedade, 85, 1319-1340, retirado a 24 de Novembro de 2007, de

http://www.scielo.br/pdf/es/v24n85/a11v2485.pdf

Costa, J. A. (2004). Construção de projectos educativos nas escolas: traços de um percurso

debilmente articulado. Revista Portuguesa de Educação, 17(002), 85-114, retirado a 24 de

Novembro de 2007, de http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/374/37417204.pdf

Macedo, B. (1991). Projecto Educativo de Escola: do porquê construí-lo à génese da construção.

Inovação, 4(2-3), 127-139.

Tavares, M. M. V. (2006). Estratégia e Gestão por Objectivos. Lisboa: Universidade Lusíada

Editora.

Legislação

Decreto Legislativo Regional n.º 21/2006/M. Altera o Decreto Legislativo Regional n.º 4/2000/M, de

31 de Janeiro, que aprovou o regime de autonomia, administração e gestão dos

estabelecimentos de educação e de ensino públicos da Região Autónoma da Madeira.

Decreto-Lei n.º 43/89, de 3 de Fevereiro. Regime jurídico da autonomia da escola.

Decreto-Lei n.º 115-A/98, de 4 de Maio. Aprova o regime de autonomia, administração e gestão

dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário,

bem como dos respectivos agrupamentos.

Lei nº 49/2005 de 30 de Agosto. Republicação da Lei n.º 46/1986, de 14 de Outubro. Lei de Bases

do Sistema Educativo (LBSE).

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PROJECTO EDUCATIVO DA ESCOLA

ANEXO I

ASSIM SOMOS A ESCOLA NO MEIO

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1. – O Meio A Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol serve o Concelho da Ponta do Sol, situado na costa sul da Ilha da Madeira, em terras que, muito embora numa área reduzida, se estendem do mar à serra, com população instalada desde a beira-mar até altitudes na ordem dos 600m. 1.1 – Notas históricas sobre o Concelho da Ponta do Sol

O nome Ponta do Sol, reza a tradição, foi atribuído por Zarco que, ao aproximar-se em viagem de reconhecimento da costa, vindo do lado da Ribeira Brava, chegou a uma ponta onde se distinguia, na rocha, um veio redondo com uns raios que se assemelhavam ao sol, chamando-lhe, então, Ponta do Sol. Os pontassolenses gostam de dizer que o nome da sua terra se deve ao facto de no último rochedo da ponta situada a leste da Vila, onde foi construído o cais, se poder ver o nascer e o pôr-do-sol em toda a roda do ano. Seja por que for, a verdade é que o toponímico retrata, de algum modo, a luminosidade e o calor destas terras situadas na costa sul, as mais quentes e mais soalheiras da ilha. As condições naturais contribuíram para o rápido povoamento. A Ponta do Sol foi uma das primeiras localidades povoadas na ilha. O clima favorável à cultura da cana de açúcar e toda a actividade de produção açucareira - que se constituiu como a grande mola de desenvolvimento agrícola e comercial, bem como da projecção internacional da Madeira como a ilha do açúcar a partir de finais de quatrocentos - facilitou o desenvolvimento da localidade e o crescimento da sua população. O Município da Ponta do Sol, fundado por Carta Régia de D. Manuel I, de 2 de Dezembro de 1501, tornou-se o primeiro Concelho madeirense criado fora das sedes de capitania. A área deste Município tem variado ao longo dos tempos. A última alteração verificou-se em 1914, com a cedência das Freguesias da Tabua, Ribeira Brava e Serra d'Água para a criação do Concelho da Ribeira Brava. Actualmente a Ponta do Sol é o mais pequeno município da ilha da Madeira, estendendo-se pelas suas três freguesias: Ponta do Sol, Canhas e Madalena do Mar. Na sede do Município está instalado o Tribunal, sede da Comarca que abrange também os Concelhos da Calheta e Ribeira Brava. A história da Ponta do Sol foi marcada, como aconteceu em toda a ilha, pelas duras condições de trabalho e sobrevivência dos camponeses, face a algum desafogo dos moradores da Vila. Foi marcada ainda por alguns factos curiosos: em 1545, ano de fome, foram suspensas as prerrogativas de vila em virtude de ter sido tomada pelos pontassolenses uma embarcação carregada de trigo que seguia para o Funchal - os direitos municipais só foram repostos em 15483; em 1580, este Concelho assumiu uma posição nacionalista, tendo aclamado como Rei D. António, o Prior do Crato4. A dureza das condições de vida ao longo dos tempos e os condicionalismos históricos marcaram ainda o distanciamento ou mesmo o isolamento de algumas localidades do Concelho, factos que contribuíram para o desenvolvimento de hábitos e

3 Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol 22. 4 Sarmento, A. A. “Freguesias da Madeira”, 2.ª ed. Junta Geral do Funchal (1953)

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características locais marcadas, que se manifestam ainda hoje por particularidades evidentes, não apenas nas diferenças ao nível dos sotaques e da linguagem, mas até na forma de ser e estar, que ultrapassam as meras manifestações bairristas. A Ponta do Sol deteve entre finais do séc. XIX e primeiro quartel do séc. XX uma posição de forte influência política e cultural na zona Oeste da Madeira, facto registado pela publicação de cinco títulos de jornais nesta Vila, um dos quais, o Brado d' Oeste, se prolongou por uma década - 1909-1918 - e registou mais de oitocentos números (858). 1.2 - Caracterização sócio-económica do Meio

A Ponta do Sol é um pequeno Concelho de tradição rural, com pouco mais de 8000 habitantes5, cuja população residente apresenta características próximas da média da R. A. M no que respeita à sua relação com a actividade económica (v. quadro I anexo).

Um indicador que reflecte de modo mais evidente a situação sócio-económica é o poder de compra. Os dados do município da Ponta do Sol são visivelmente desfavoráveis, sugerindo que a população, ou parte dela, enfrenta algumas dificuldades face ao baixo poder de compra detectado (v. quadro II).

Se tivermos em conta dados constantes nas fichas de caracterização sócio-familiar dos alunos da Escola, bem como os elementos recolhidos na observação directa, o desenvolvimento económico da Ponta do Sol pode ser assim caracterizado:

- a agricultura – outrora a actividade dominante, mas em situação de aguda crise e em clara perda – já não é o principal meio de sustento, mas ainda contribui para o rendimento de muitas famílias enquanto actividade subsidiária;

- no sector secundário, a construção civil é a actividade mais importante, empregando algumas centenas de homens; a indústria é praticamente inexistente;

- neste início do século XXI assistiu-se a uma tercearização gradual do Concelho, com a instalação de actividades de comércio e serviços, nomeadamente no sector da hotelaria/restauração;

- os serviços públicos de vária índole empregam mais de duas centenas de pessoas, sobretudo ao nível das baixas categorias;

- algumas famílias vivem da emigração sazonal de um ou ambos os progenitores;

- registe-se ainda o facto conhecido de que algumas famílias beneficiam do Rendimento de Inserção Social.

5 8125 hab. – Censo de 2001 (INE)

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1.3 – Actividades Culturais e Espaços Sócio-Educativos

No Concelho da Ponta do Sol existem oito instituições6 vocacionadas para a

dinamização cultural e o desporto (v. quadro III) que envolvem algumas centenas de jovens e adultos.

O Centro Cultural John dos Passos oferece espaço e actividades culturais à população.

Existe uma entidade - a Fundação João Pereira - com intervenção na área da Solidariedade Social, designadamente ao nível das actividades de tempos livres para a terceira idade.

No Concelho existe uma delegação-extensão do Conservatório - Escola das Artes. Para além dos espaços educativos formais e das instituições já referenciadas,

existem em funcionamento na área do Município da Ponta do Sol, dois espaços com vocação formativa complementar, de grande interesse:

- a Biblioteca Municipal Calouste Gulbenkian que, para além do seu acervo

bibliográfico, oferece espaços adequados para trabalho individual ou em grupo;

- o Espaço Multimédia, com a oferta de equipamentos informáticos com acesso à Internet.

6 V. página Web da Câmara Municipal da Ponta do Sol: http://www.pontadosol.pt/

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2. A Escola 2.1 – Breve historial da Escola

Os factos que marcaram este estabelecimento de ensino público foram:

1977 – A Portaria n.º 5/77, dos Ministérios das Finanças/Educação e Investigação Científica,

publicada no DR, I Série, n.º 3, de 5 de Janeiro, cria a Escola Preparatória, instalada no antigo Patronato,

na Vila, com oferta do 1.º e 2.º anos do Ciclo Preparatório.

1985-1986 e 1986-1987 – Oferta do Ensino Preparatório Supletivo Nocturno.

1987-1988 – Início do funcionamento do 3.º Ciclo (Unificado), no Solar dos Esmeraldos –

Lombada (Anexo), situado a cerca de 3 km da Sede.

1998-1999 - Abertura do Ensino Nocturno para o 3.º Ciclo – Curso Geral Unificado.

1992-1993 – Abertura do Ensino Básico Recorrente por Unidades Capitalizáveis.

4 de Março de 2001 – Inauguração das actuais instalações (construção de raiz).

2001-2002 – Abertura do Ensino Secundário.

2001-2002 a 2003-2004 - Currículo alternativo para o 2.º ciclo (2 turmas).

2002-2003 a 2004-2005 - Cursos de currículos alternativos com via profissionalizante7, com

equivalência ao 3.º Ciclo do Ensino Básico.

2003-2004 – Oferta do Ensino Secundário Recorrente por Unidades Capitalizáveis.

2004-2005 a 2006-2007- Projecto de Turma com Currículo Adaptado, ao nível do 3.º Ciclo.

2006-2007 – Oferta do Ensino Secundário Recorrente por Módulos Capitalizáveis.

2006-2007 - Cursos de Educação e Formação (CEF).8

2007 – Participação no Projecto Ponta do Sol, Município da Cultura 2007.

A Escola iniciou as suas actividades em Fevereiro de 1977, como Escola

Preparatória, com o 1.º e 2.º anos do Ciclo Preparatório. Não abrangia de início todos os alunos do Concelho uma vez que ainda funcionavam em simultâneo postos de Telescola que abarcavam os jovens das zonas mais altas (Carvalhal e Lombo do Meio). Foi em 1997-98 que a maioria das crianças daquelas zonas passa a usufruir do ensino directo no 2.º ciclo nesta Escola.

O alargamento da oferta ao 3.º Ciclo (Unificado) ocorreu em 1987, com a instalação do Anexo no Solar dos Esmeraldos - Lombada. A unificação física deu-se com a transferência para as actuais instalações. No ano lectivo subsequente iniciou-se a oferta do Ensino Secundário, com o 10.º ano, alargado sucessivamente nos anos lectivos imediatos.

Ao longo do seu historial de três décadas, e apesar de muitas dificuldades enfrentadas, a Escola revelou um potencial de dinamismo e de energias que permitiram realizar, num passado recente, um conjunto de iniciativas, em que se assumiu como pólo dinamizador da vida cultural do meio, como por exemplo:

- as Jornadas por Timor promovidas consecutivamente em cinco anos, que contaram com a

presença de personalidades de projecção internacional como Ramos Horta;

7 Entre 2002-2003 e 2004-2005, concluíram-se dois Cursos de Carpintaria e um de Técnico Básico de Informática. 8 No ano lectivo de 2006-2007 a variante CEF é Horticultura Ornamental e Comestível.

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- as comemorações dos 25 anos do 25 de Abril com um conjunto de actividades e um ciclo de

conferências cuja figura central foi a Dr.ª Iva Delgado;

- a dinâmica conseguida ao nível da formação de professores através da respectiva comissão,

mais tarde departamento;

- a dinâmica desencadeada pelo desenvolvimento de diversos projectos virados para a

abordagem, informação, formação e intervenção no meio, como são exemplos alguns núcleos

de actividades de complemento curricular – Clubes -, ou o projecto intitulado “Um Olhar pela

Ponta do Sol...” (2000-2001)9;

- o projecto “Raízes da Nossa Terra”10, em parceria com o Grupo de Folclore da Ponta do Sol,

com adesão das Escolas do primeiro Ciclo (2001-2002; 2002-2003);

- a adesão ao projecto “Ciência Viva” (2005-2006 a 2007-2008);

- a participação regular em actividades de animação sócio-cultural promovidas por instituições

concelhias nomeadamente nos Cortejos de Carnaval e nas Marchas Populares organizados

anualmente pela Casa do Povo;

- a participação regular em concursos de âmbito regional ou nacional no âmbito dos conteúdos

curriculares: EquaMat e Olimpíadas Portuguesas da Matemática, na área do conhecimento

Matemático, e as Ortografíadas, no âmbito da Língua Portuguesa;

- a participação em actividades de dinamização sócio-cultural, por iniciativa própria ou em

parceria, cujo exemplo paradigmático foi o projecto Ponta do Sol Município da Cultura 2007 em

que a Escola interveio com actividades e espectáculos de reconhecida qualidade;

- a participação regular no Festival de Teatro Escolar Carlos Varela – Escola Secundária Jaime

Moniz, com obtenção de várias distinções.

Estas e outras iniciativas bastante exigentes, em termos de recursos humanos e materiais, absorventes em dedicação pessoal, reveladoras de iniciativa, criatividade e facilidade de contactos a vários níveis, evidenciando um significativo capital humano, contribuíram para a projecção pública da Escola, quer pela envolvência da comunidade escolar, quer visibilidade nos órgãos de comunicação social.

2.2 – Espaço, equipamentos/recursos materiais11

A Escola está instalada num edifício recente – inaugurado em 4 de Março de 2001. É constituída por um corpo único de quatro pisos. O rés-do-chão comporta a cozinha e o refeitório, o bufete e a sala de convívio dos alunos, a sala da futura associação de estudantes, as salas de EVT e de ET. No primeiro andar situam-se: o gabinete do Conselho Executivo; os Serviços Administrativos; a sala de professores; as salas de Informática; uma sala para a Direcção de Turma, simultaneamente sala de trabalho dos professores. No 3.º e 4.º pisos há salas de aula e laboratórios. Os gabinetes de departamento estão distribuídos pelo 3.º e 4.º pisos.

Do período de uso destas novas instalações ressaltam alguns problemas:

9 O projecto “Um olhar…”, desenvolvido nos 500 anos do Município, deixou uma herança interessante do ponto de vista de envolvimento com o Meio e do respeito pelas tradições. Acontece que uma das actividades desenvolvidas foi a participação da Escola, por sua iniciativa, na “Ida às açucenas” para a “Festa do Livramento”, em Outubro de 2000. De então para cá, são os “festeiros” do Livramento que suscitam a participação da Escola, que tem ocorrido, sem falhas, todos os anos. 10 Este projecto lançou as raízes para o aparecimento do Grupo Infantil na Associação Grupo de Folclore. 11 V. quadros VIII e IX do anexo II.

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- a falta de um auditório ou de um espaço multifuncional análogo; a adaptação da sala de convívio

dos alunos para actividades dirigidas a um público mais alargado revela-se insuficiente e inadequado

pela falta de condições físicas mínimas, bem como pela inexistência de espaços alternativos idêntico

para os alunos, como seja o bufete12;

- alguns dos espaços distribuídos são manifestamente inadequados às funções neles previstas – veja-

se a exiguidade dos gabinetes de departamento;

- a inexistência de um gabinete para o departamento de Artes e Expressões;

- a inexistência de instalações atribuídas à Associação de Pais;

- a necessidade de adaptação de uma sala de convívio para o pessoal não docente;

- a exiguidade dos espaços de arquivo, arrumação, arrecadação de equipamentos e materiais;

- a sobre-ocupação dos espaços para as aulas e consequentes dificuldades logísticas.

Ao nível de equipamentos de espaços específicos, os laboratórios de Informática,

de as salas de Educação Musical, Educação Visual e/ou Tecnológica, apresentam-se equipados em quantidade e qualidade razoáveis; os laboratórios de Ciências Naturais e de Física e Química possuem equipamento diversificado e de boa qualidade.

Os espaços para Educação Física e Desporto – Pavilhão Gimnodesportivo e polivalente - são também de boa qualidade.

Relativamente a materiais de apoio à acção didáctica, nomeadamente os chamados meios áudio-visuais ou material informático, a Escola possui-os também em número razoável. A solicitação de equipamentos informáticos para utilização nas aulas tem registado progressos significativos havendo a registar o incremento da utilização de quadros interactivos.

2.3 – Os Pais/Encarregados de Educação

As condições do meio atrás descritas reflectem-se naturalmente nas vivências e nas dificuldades sociais, económicas e culturais das famílias dos nossos alunos, cujo nível de escolaridade é ainda baixo – não chega a 1/3 a fatia dos que têm habilitações superiores ao 2.º ciclo (v. gráficos I e II – anexo II).

Muito embora se observe melhoria relativamente a anos anteriores, grande parte dos pais apresenta habilitações ao nível do 1.º ciclo (40 %) e do 2.º ciclo (25%); há registo pontual de casos de analfabetismo (2%). A percentagem de pais com escolaridade de nível superior apresenta-se nos 6%.

Estas condições influenciam os resultados escolares dos jovens, marcam as expectativas que os jovens e os pais criam em relação à frequência escolar e à prossecução de estudos, reflectindo-se também no “poder” e no peso dos pais face às questões da escola.

A intervenção crítica dos pais e encarregados de educação acontece sobretudo a nível individual. Curiosamente, ou talvez não, os pais mais activos apresentam algumas características comuns: melhores habilitações; idades mais baixas; empregos ao nível do funcionalismo público; expectativas positivas relativamente à prossecução dos estudos por parte dos seus educandos.

12 Razão por que desde a abertura do auditório do C. C. John dos Passos a Escola tem solicitado a utilização daquelas instalações para a realização de eventos mais alargados: espectáculos de teatro, conferências, etc.

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Grande parte dos pais e encarregados de educação responde às convocatórias. Contudo ainda é evidente uma atitude de presença receptiva, mas passiva, quase de subalternidade, em relação às questões que envolvem os seus educandos, argumentando com o desconhecimento das matérias escolares. Do mesmo modo se pode considerar que muitos pais são pouco influentes no que concerne à responsabilidade dos seus educandos face ao estudo – e isto é mais evidente nos casos de alunos com mais problemas.

A Associação de Pais tem marcado presença nas reuniões do CCE.

2.4 Os Alunos13 – Caracterização Sócio-Familiar

Os alunos reflectem de certa forma a imagem do meio e das famílias: dificuldades ao nível sócio-económico que conduzem a deficiências nos conhecimentos da realidade envolvente, pouca dinâmica participativa e baixas expectativas em relação ao sucesso escolar e prossecução de estudos14. Sabe-se que cerca de uma dezena de alunos são jovens colocados em famílias de acolhimento.

Cerca de 6% dos alunos têm ou tiveram apoio do Ensino Especial, grande parte dos quais em consequências de grandes dificuldades de aprendizagem detectadas. Entre cinco e oito por cento dos alunos usufruem de alguma forma de apoio pedagógico acrescido.

O número de alunos apoiados pela Acção Social Escolar é elevado (v. quadro IV). Mais de 60% dos alunos aufere apoios do SASE traduzidos em material escolar (livros), refeições e transportes. O número de alunos apoiados a 100% - escalão I – é significativo. Em documentos da Escola, nomeadamente actas de conselhos de turma, há registo de alunos oriundos de ambientes familiares instáveis, marcados por problemas de alcoolismo e outras dependências, de negligência familiar e de carências afectivas15.

A Escola acolhe regularmente jovens luso-descendentes, ou seja, filhos de emigrantes nascidos na emigração, cuja família decidiu regressar, ou outros que, nascidos em Portugal, tiveram permanência mais ou menos prolongada e com passagem pelo sistema de ensino num país de acolhimento. O número destes casos diminuiu relativamente ao ocorrido até ao ano escolar de 2004-2005, situando-se em menos de uma dezena de casos por ano escolar.

Cerca de 17% dos alunos estão envolvidos em organizações de dinamização cultural ou desportiva exteriores à Escola16: grupo coral/instrumental, banda, grupo de folclore, clubes desportivos.

A grande maioria dos alunos passa muito tempo dentro das instalações escolares e utiliza o refeitório escolar para as refeições nos dias em que as aulas ocorrem nos dois turnos. É público que as instalações proporcionam a existência de um ambiente ruidoso sempre que há movimentações no átrio e nos corredores. Por essas razões, no espaço de tempo que corresponde ao intervalo de almoço para os alunos, há movimento excessivo e barulho incómodo. Contudo não tem sido fácil encontrar soluções para o problema.

13 Os Relatórios dos Inquéritos aos alunos (Place) são uma das fontes de dados para esta caracterização. 14 Ver Gráfico III, anexo, a propósito das expectativas futuras dos jovens do Secundário. 15 Estas referências são usuais e recorrentes nas actas do E. Básico: em praticamente todas as turmas ocorrem casos destes. 16 Dados relativos a 2006, obtidos com apoio dos DTs.

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- 19 -

2.5 – Os Alunos – Dificuldades detectadas

A ocorrência de insucesso ao nível dos resultados escolares que, em última análise, conduz a situações de retenção, não pode nem deve ser observado de ânimo leve. Por um lado, é o próprio enquadramento legal que impõe às escolas uma grande responsabilidade – exigência e obrigação! - na condução dos alunos ao sucesso. Por outro lado, é a sociedade que exige responsabilidades – e aponta o dedo - à escola. É certo que por vezes as forças sociais co-responsáveis do processo educativo, designadamente as famílias, se alheiam do mesmo processo, manifestando-se indiferentes, se não mesmo impotentes, face aos problemas dos jovens, às faltas de perspectivas e baixas expectativas destes em relação ao futuro, às atitudes de alguma irresponsabilidade e de falta de empenho. É como se competisse apenas e unicamente à escola e, sobretudo aos professores, o ónus dos resultados escolares menos positivos. Por sua vez, os profissionais docentes queixam-se da falta de apoio familiar nos casos mais difíceis e de insucesso repetido.

Não constituindo o único indicador do sucesso escolar, os resultados da avaliação, enquanto parte visível desse sucesso, são dados que devem pesar nas orientações a seguir e na tomada de decisões – e que a sociedade cada vez mais cobra das escolas. São factor determinante na análise e na orientação da organização escolar e devem estar no centro das preocupações dos profissionais da escola, dos pais e encarregados de educação e dos próprios alunos. A análise dos resultados torna-se necessariamente um espaço de reflexão obrigatória com vista à reorientação das opções, sempre na perspectiva de melhorar e adequar os processos às realidades. Na mesma lógica, a melhoria dos resultados deve ser sempre objectivo central de toda a organização escolar.

A observação dos resultados brutos do Ensino Básico (v. quadros V e VI – Anexo II) permite concluir que a Escola está a conseguir que uma parte significativa dos seus jovens consiga progredir no final do ano lectivo. Contudo, não podemos descansar à sombra destes indicadores. Se a quantidade atinge percentagens satisfatórias, há que reflectir seriamente na qualidade do sucesso uma vez que ainda ocorrem situações de jovens que progridem sistematicamente com níveis negativos em uma ou duas disciplinas. Por outro lado há que contemplar de forma séria os resultados dos exames nacionais.

Os dados do Ensino Secundário (quadro VII) revelam a matriz seleccionadora deste nível. A percentagem de resultados positivos tende a melhorar nos anos finais: parte dos alunos inscritos inicialmente no 10.º ano saem do sistema sem concluir o Secundário, num percurso em que os resultados constituem uma determinante na continuação. Neste nível, as disciplinas nucleares dos cursos constituem o maior obstáculo, com destaque para a Matemática17. As classificações dos exames nacionais são um indicador que não permite satisfação, pelo que devem levar à reflexão sobre os processos de trabalho, níveis de exigência e expectativas dos alunos.

Em relação ao aproveitamento em geral, os resultados dos alunos da escola permitem situar as maiores dificuldades em disciplinas com forte componente teórica, cujos materiais de estudo e expressão de conhecimentos privilegiam a informação com suporte de texto - sendo paradigmático a Língua Portuguesa -, ou nos casos de

17 Informações recolhidas nas pautas de frequência (2005-2006; 2006-2007).

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- 20 -

disciplinas demarcadas em que o domínio de conhecimentos/linguagens prévios é indispensável, casos de Matemática e Língua Estrangeira no 3.º Ciclo. As disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática – apesar do exames nacionais obrigatórios no 9.º ano - e Língua Estrangeira contam-se entre as que, tradicionalmente, registam menor aproveitamento, sobretudo no 3.º ciclo18. Nos anos lectivos mais recentes observam-se algumas melhorias nos resultados.

Apercebemo-nos quotidianamente de que as únicas fontes de informação escrita utilizadas pela maioria dos nossos alunos se situam na escola. Nas actas dos conselhos de turma são recorrentes os registos sobre a inexistência de hábitos de leitura e as dificuldades ao nível da utilização da Língua Portuguesa como meio de aquisição, manipulação e expressão de conhecimentos.

Assinalam-se também dificuldades decorrentes da falta de hábitos de trabalho e de estudo. Do mesmo modo são assinalados problemas do foro motivacional – falta de interesse pelo estudo e indiferença face às matérias e às actividades propostas, desatenção, desconcentração, algumas vezes associados a atitudes de desrespeito pelas normas da escola, em geral, e das aulas, em particular.

A falta de assiduidade é um factor determinante no insucesso quando observada a nível individual: registam-se casos pontuais de alunos, dentro da escolaridade obrigatória, que não progridem em consequência da recorrente falta de assiduidade (por vezes com faltas intercaladas). Nestes casos procura-se a mobilização de vários intervenientes a fim de colmatar o problema: aluno, professores, funcionários, família, técnicos especializados, CPCJ, …

É significativo o número de alunos com percursos escolares difíceis, marcados por retenções repetidas: cerca de 40% dos alunos matriculados pela 1.ª vez no 5.º ano têm pelo menos uma retenção no 1.º ciclo; pelo menos 14% apresentam mais de uma retenção.19 Esta situação tende a ser recorrente ao longo do percurso escolar no 2.º e 3.º ciclos, levando a potenciais casos de abandono precoce ou de completamento dos nove anos de escolaridade obrigatória sem a conclusão do 9.º ano (maioritariamente por não renovação de matrícula)20.

2.6 – Serviços especializados de apoio Funcionam na Escola os seguintes serviços de apoio:

- o Serviço de Psicologia e Orientação Escolar e Vocacional, com intervenção na análise de

situações, apoio aos professores na resolução dos casos e acompanhamento e orientação

dos alunos, bem como na informação/formação de docentes e pessoal não docente na área

de psicologia e orientação;

- o Gabinete de Apoio ao Aluno;

- o PADA – Professor de Acompanhamento Directo ao Aluno – que enquadra e acompanha

alunos em situação de risco (abandono escolar ou outro); 18 V. quadro ”Qualidade do Sucesso” in Auditoria Global - Relatório Final da Acção, DIRE, SRE, 2003. A observação de pautas de resultados dos anos subsequentes confirma-o. 19 Dados referentes às matrículas – 2003-2004. Nos anos posteriores há tendência de redução desta percentagem. 20 Os casos reais são residuais, mas regista-se a preocupação e a necessidade de os abordar e enquadrar da forma mais conveniente.

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- 21 -

- o serviço de apoio a alunos com Necessidades Educativas Especiais, com a presença de

técnicos especializados no acompanhamento e apoio aos alunos;

- o SASE, que assegura os apoios materiais aos alunos oriundos de famílias com menores

recursos económicos.

2.7 – Recursos Humanos21

Uma cultura de escola faz-se muito pela ligação real, material e também afectiva, que se estabelece entre as pessoas, muito particularmente os seus profissionais docentes e não docentes, e a escola.

Durante anos o quadro de docentes foi marcado pela mobilidade e mudanças em cada início de ano lectivo. Foi também marcado pela inexperiência e pela reduzida formação académica e profissional de muitos docentes. Em anos lectivos consecutivos, sobretudo na década de 80, início dos anos 90, parte significativa do corpo docente da Escola foi constituída por professores-estudantes22.

Desde 2004-2005, em consequência das regras de concurso e de contratação, o quadro de docentes está relativamente estabilizado, com a permanência de parte significativa dos docentes. As mudanças anuais são inferiores a 10%. O número de docentes não profissionalizados é residual. Há um grupo significativo de docentes – acima de 20% - naturais ou com fortes ligações ao Concelho, o que lhes confere, à partida, um bom conhecimento e facilidade de contactos com o Meio.

O corpo do pessoal não docente é, desde sempre, o mais estável e com ligação à Escola mais prolongada, sendo constituído em cerca de 90% por pessoas residentes na área da Ponta do Sol.

2.8 – Parcerias e colaborações

A Escola tem mantido colaboração estreita com outras instituições numa perspectiva de partilha de informação e recursos com benefícios mútuos, nomeadamente Autarquias, PSP, Serviços de Saúde e Segurança Social, CPCJ (Comissão de Protecção de Crianças e Jovens), Associações Culturais (Grupo de Folclore, Banda Municipal) e Associações Desportivas (Pontassolense, CTM Ponta do Sol).

21 V. quadro X anexo 22 Há memória de, nos anos 80, ocorrerem conselhos de turma em que apenas um dos docentes presentes era portador de habilitação profissional, sendo os restantes jovens sem habilitação própria.

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- 22 -

2.9 – Oferta Educativa

Dentro das limitações por que passou e passa, a escola tem procurado responder pronta e adequadamente às solicitações da população.

Nessa perspectiva se enquadra o funcionamento de cursos de segunda

oportunidade, em regime nocturno, o primeiro dos quais se realizou na então designada Escola Preparatória da Ponta do Sol, a leccionar apenas o Ciclo Preparatório23. Esta opção (ou vocação) foi confirmada com a abertura do Ensino Nocturno para o 3.º Ciclo – Curso Geral, primeiro, e Ensino Recorrente por Unidades Capitalizáveis, aquando da criação deste modelo.

Assumindo e confirmando tal vocação e correspondendo a solicitação expressa dirigida à direcção executiva, a escola alargou a sua oferta ao Ensino Secundário Recorrente por Unidades Capitalizáveis, no ano lectivo de 2003-2004. Em 2006-2007 começou a funcionar o Ensino Secundário Recorrente por Módulos Capitalizáveis.

Nesta linha de opções e porque é necessário criar oportunidades para aqueles jovens que, por variadas razões, não se enquadram na frequência dos currículos normais, a Escola instituiu turmas com percursos escolares diferenciados/currículos alternativos para o 2.º ciclo – a funcionar nos anos lectivos de 2001-2002 a 2003-2004 -, os cursos de currículos alternativos com via profissionalizante24 com equivalência ao 3.º Ciclo do Ensino Básico – iniciados no ano lectivo de 2002-2003, actualmente Cursos de Educação e Formação (CEF),25 uma turma com currículo adaptado, de 2004-2005 a 2006-2007, e o Ensino Básico Recorrente – 3.º ciclo (diurno)26, proporcionando o completamento de habilitações ao nível do 9.º ano a jovens que, de outro modo, sairiam do sistema sem conseguir obter o seu diploma do 3.º ciclo27.

Na Oferta Artística do 3.º ciclo tem sido proporcionado aos alunos, à entrada para o 7.º ano, a opção entre Música e Oficina de Teatro28, disciplina que tem ganho hegemonia nas preferências dos alunos.

Na oferta curricular para o Secundário, a Escola procura responder às preferências dos alunos.

Os projectos de enriquecimento curricular procuram enquadrar-se nas necessidades e dificuldades e responder às orientações definidas no PEE.

23 1.ª intervenção: ano lectivo de 1985-86, com o funcionamento do Ensino Preparatório Supletivo. 24 Entre 2002-2003 e 2004-2005, concluíram-se dois Cursos de Carpintaria e um de Técnico Básico de Informática. 25 No ano lectivo de 2006-2007 a variante CEF Horticultura Ornamental e Comestível. Em 2007-2008 iniciou-se o Curso de Restauração e Bar. 26 2007-2008. 27 Desde a adopção destas medidas pela Escola, representam entre 11% a 18% dos jovens que concluem efectivamente o 3.º ciclo, dados aproximados ao número de alunos matriculados no 9.º ano regular que não concluem (por não aprovação ou abandono). 28 Esta Escola foi pioneira na R.A.M. e foi uma das primeiras do país a introduzir o Teatro como disciplina curricular.

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Bibliografia e Fontes

Sarmento, A. A. Ponta do Sol in Freguesias da Madeira, 2.ª ed. Junta Geral do Funchal.1953

Ponta do Sol - Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol 22.

Documentos oficiais da Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol:

Actas do Conselho Pedagógico - (2003-2004; 2004-2005; 2005-2006; 2006-2007)

Actas dos Conselho de Turma – Básico (2003-2004; 2004-2005; 2005-2006; 2006-2007)

Pautas de Frequência (2005-2006; 2006-2007)

Recursos Oficiais:

Auditoria Global - Relatório Final da Acção, DIRE, SRE, 2003

INE: www.ine.pt

Câmara Municipal da Ponta do Sol: http://www.pontadosol.pt/

Plataforma de Serviços e Recursos para a Comunidade Educativa: http://place21.madeira-edu.pt/

Informações orais recolhidas junto de profissionais mais antigos da Escola.

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PROJECTO EDUCATIVO DA ESCOLA

ANEXO II Quadros e Dados

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Caracterização do Meio

Quadro I População em Relação à Actividade

Condição da População Residente em relação à actividade económica (%)

Com actividade económica Sem actividade económica ZONA

GEOGRÁFICA

15-60 anos > 60 anos 15-60 anos > 60 anos

R.A.M. 67,5 % 11,7 % 32,5 % 87 %

Ponta do Sol 66,8 % 14,9 % 33,2 % 85,1 %

Fonte: INE - Censo 2001

Quadro II Poder de Compra

PODER DE COMPRA PER CAPITA Período de referência dos dados - 2005

Ponta do Sol R.A.M. Funchal Grande Lisboa

58,13 96,59 134,27 145,56

Fonte: INE

Quadro III

Instituições Sócio-Culturais/Desportivas29

Organizações Sócio-culturais Organizações Sócio-desportivas

Casa do Povo

Grupo Coral e Instrumental da Casa do Povo

Grupo de Folclore

Banda Municipal

Associação dos Canhas/ A. C. R.

Pontassolense

A. D. Pontassolense

C. T. M. Ponta do Sol

Iate Clube

29 V. Pág. Web da Câmara Municipal: http://www.pontadosol.pt/

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Caracterização da População Escolar

Gráfico I

Nível de Escolaridade dos Pais (2001)

1%

4%8%

25%

61%

1%curso superior

curso médio/secundário

ambos 3.º ciclo

2.º ciclo

1.º ciclo

sem escolaridade

Fonte: DRPRE – 2001

Gráfico II

Nível de Escolaridade dos Pais (2006-2007)

Desconhecido

4%

1.º ciclo

40%

2.º ciclo

25%

3.º ciclo

12%

Sec.

11%

Sup.

6%

S/Hab

2%

Desconhecido

1.º ciclo

2.º ciclo

3.º ciclo

Sec.

Sup.

S/Hab

Fonte: Place (Inquéritos)

Quadro IV Alunos Subsidiados pelo SASE

(Serviço de Apoio Individual)

Situação dos Alunos Ano Escolar

Classe 1 Classe 2 Classe 3 Sem Subs.

2006-2007 315 37% 135 15,8% 70 8,2% 330 38,8%

Fonte: Mapa 1 – SASE EBS Ponta do Sol

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Resultados Escolares 30

Quadro V Ensino Básico Diurno - Ano escolar: 2005-2006

Anos Abandonos* Retenções Progressão Total de alunos

5.º 0 0,0% 7 5,3% 124 94,6% 131

6.º 2 1,6% 13 10,7% 106 87,6% 121

7.º 8 4,2% 21 11,0% 161 84,7% 190

8.º 8 5,9% 18 13,4% 108 80,5% 134

9.º 9 8,5% 19 18,0% 77 73,3% 105

Totais 27 3,9% 78 11,4% 576 84,5% 681

* Inclui excluídos por faltas ou anulação de matrícula (alunos fora da escolaridade obrigatória). 1/3 do total corresponde a anulações justificadas com partida para o estrangeiro.

Dados relativos ao 9.º ano – após exames nacionais.

Quadro VI Ensino Básico Diurno - Ano escolar: 2006-2007

* Inclui excluídos por faltas ou anulação de matrícula (alunos fora da escolaridade obrigatória).

Dados do 9.º ano – após exames nacionais. Contemplam uma turma com currículo adaptado (13 alunos)

Quadro VII

Ensino Secundário Diurno - 2006-2007

Anos Abandonos* NT NPTD Total de alunos Inscritos

10.º 5 7,5% 2 3% 43 65,1% 66

11.º 4 1,6% 1 2,2% 30 68,1% 44

12.º 0 0% 0 0% 54 100% 54

Totais 9 5,4% 3 1,8% 127 77,4% 164

* Inclui excluídos por faltas ou anulação de matrícula.

Notas:

1. Os dados do quadro referem-se apenas os alunos inscritos a todas as disciplinas.

2. Os resultados contemplam unicamente a avaliação interna.

NT. Não transitou. NPTD. Nível positivo (igual ou superior a 10 valores) a todas as disciplinas.

Obs. Situação atípica no 12.º ano?

30 Fonte: Pautas de Frequência.

Anos Abandonos * Retenções Progressão Total de alunos

5.º 0 0% 4 3,0% 126 96,9% 130

6.º 0 0% 7 5,2% 126 94,7% 133

7.º 2 1,8% 5 4,5% 104 93,6% 111

8.º 3 1,8% 20 12,4% 138 85,7% 161

9.º 0 0% 9 7,2% 115 92,7% 124

Total 5 0,7% 45 6,8% 609 92,4% 659

CEF1 14

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Expectativas dos Alunos do Ensino Secundário

em Relação à Carreira Académica

Gráfico III

PRETENDE UMA FORMAÇÃO SUPERIOR?

Não

15%

C. Profissional

13%

Bacharelato

3%

Licenciatura

41%

Não sabe

28%

Não

Não sabe

C. Profissional

Bacharelato

Licenciatura

Fonte: Place- Relatório Inq. Alunos (2006-2007)

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RECURSOS DA ESCOLA

Recursos Materiais

Quadro VIII Espaços (2005-2006)

Escola B+S Ponta do Sol - Recursos Materiais - Espaços 31

Campo de jogos descoberto 1

Pavilhão Gimnodesportivo 1 N.º de Espaços

Desportivos Piscina 1

< 36 m2 2 Salas Normais

de Aula 36-49 m2 17

Salas de Educação Visual 2

Salas de Música 1

Laboratórios Ciências da Natureza/Biologia 2

Laboratórios Física-Química 2

Laboratórios de Informática 3

E.V.T./E.T. 3

Espaços de Ensino

Específicos

Trabalhos em Madeira 1

< 36 m2 6 Espaços Pedagógicos (Gabinetes de

grupo, apoios pedagógicos, ...) 50-64 m2 1

Espaços de Gestão (C. Executivo) 36-49 m2 1

< 36 m2 1

36-49 m2 1 Espaços Administrativos

(Secretaria, Acção Social, …) 50-64 m2 1

Espaço Multimédia /Acesso Livre < 36 m2 1

Biblioteca 36-49 m2 1

Espaços de Apoio ou

Administração

Cozinha e Refeitório 1

31 Fonte: http://place21.madeira-edu.pt/(4j1koyugp1ao4wu3bubbjjey)/entities/Common/Common_L0_EDT_INQ1_S2.aspx?0

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Quadro IX

Equipamento Informático e Electrónico (2005-2006) Escola B+S Ponta do Sol - Recursos Materiais – Equipamento Informático e

Electrónico32

Salas de aula e laboratórios 5

Salas de informática (específicas) 37

Centros de recursos e bibliotecas 4

Outros espaços 43

Laboratório móvel 12

Comp. Portáteis 1

Equipamento

Informático

N.º de

Computadores

Utilizados

Serviços administrativos e direcção (não usados pelos alunos)

17

Quadros Electrónicos 2

Fotocopiadora 3

Equipamento multifunções 1

Impressora a jacto de tinta 32

Projector de vídeo/dados 6

Leitor de DVD 2

Leitor de CD-Rom 37

Colunas de som (unidade) 14

Vídeo gravador/Leitor 2

Câmara de vídeo (não digital) 1

Câmara de vídeo (digital) 1

Máquina fotográfica (não digital) 1

Máquina fotográfica (digital) 1

Fax 2

Impressora a laser 5

Retroprojector/Episcópio 5

Gravador de CD-Rom 6

Equipamentos

Electrónicos

Televisor 5

32 Fonte: http://place21.madeira-edu.pt/(4j1koyugp1ao4wu3bubbjjey)/entities/Common/Common_L0_EDT_INQ1_S1.aspx?0

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Quadro X

Recursos Humanos (2005-2006) Recursos Humanos33

Com funções lectivas 34 2.º ciclo

Sem funções lectivas (C. Executivo) 1

Com funções lectivas 89 3.º ciclo/Sec.

Sem funções lectivas (C. Executivo) 1

Pessoal

Docente

Total 125

Apoio pedagógico 1

Gestão e Administração 12

Manutenção e Serviços 39 Pessoal Não

Docente

Total 52

33 Dados relativos a 2005-2006. Fonte: http://place21.madeira-edu.pt/ (4j1koyugp1ao4wu3bubbjjey)/entities/Common/Common_L0_EDT_INQ1_S1.aspx?0

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PROJECTO EDUCATIVO DA ESCOLA

ANEXO III

Pareceres e Outros Documentos