ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS DAS … · domínio sobre a Europa e a aliança feita com...

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ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS DAS ARMAS 2º Sgt Com Rogério Maronese 2º Sgt Eng Raimundo Nonato Lopes Salazar Junior 2º Sgt Art Carlos Rissardo Pinto de Castro 2º Sgt Cav Moisés de Freitas Sacerdote 2º Sgt Inf Hercules Batista de Souza 2º Sgt Inf Fábio Bernardo Verpel 2º Sgt Inf Elpídio Rufino de Paiva Neto ATUAÇÃO DA FEB NA TOMADA DE MONTE CASTELO Projeto Interdisciplinar CRUZ ALTA-RS 2015

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ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS DAS ARMAS

2º Sgt Com Rogério Maronese

2º Sgt Eng Raimundo Nonato Lopes Salazar Junior

2º Sgt Art Carlos Rissardo Pinto de Castro

2º Sgt Cav Moisés de Freitas Sacerdote

2º Sgt Inf Hercules Batista de Souza

2º Sgt Inf Fábio Bernardo Verpel

2º Sgt Inf Elpídio Rufino de Paiva Neto

ATUAÇÃO DA FEB NA TOMADA DE MONTE CASTELO

Projeto Interdisciplinar

CRUZ ALTA-RS

2015

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2º Sgt Com Rogério Maronese

2º Sgt Eng Raimundo Nonato Lopes Salazar Junior

2º Sgt Art Carlos Rissardo Pinto de Castro

2º Sgt Cav Moisés de Freitas Sacerdote

2º Sgt Inf Hercules Batista de Souza

2º Sgt Inf Fábio Bernardo Verpel

2º Sgt Inf Elpídio Rufino de Paiva Neto

ATUAÇÃO DA FEB NA TOMADA DE MONTE CASTELO

Projeto Interdisciplinar apresentado por término decurso na Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos dasArmas.

Orientador: Cap Art Rodrigo da Silva Collares

CRUZ ALTA-RS

2015

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 Gráfico Da Produção Industrial Alemã............................................................................................06

FIGURA 2 Presidente Getúlio Vargas................................................................................................................08

FIGURA 3 Oswaldo Aranha...............................................................................................................................09

FIGURA 4 Reunião de Getúlio Vargas e seu novo ministério...........................................................................10

FIGURA 5 Ambiente Operacional.....................................................................................................................14

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................05

2 DESENVOLVIMENTO.......................................................................................................05

2.1 Antecedentes Históricos da batalha de Monte Castelo..................................................05

2.2 A participação do Brasil na guerra..................................................................................07

2.3 A Batalha de Monte Castelo.............................................................................................12

2.4 A elevação de Monte Castelo............................................................................................12

2.5 O primeiro ataque a Monte Castelo................................................................................14

2.6 O segundo ataque a Monte Castelo.................................................................................16

2.7 O terceiro ataque a Monte Castelo..................................................................................18

2.8 O último ataque a Monte Castelo....................................................................................21

3 CONCLUSÃO......................................................................................................................23

REFERÊNCIAS......................................................................................................................24

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1. INTRODUÇÃO

Segundo Motta (2001), em setembro de 1939 os Alemães invadiram a Polônia

desejando dominar o mundo e impor sua ideologia nazista, que acreditava na supremacia da

raça alemã sobre toda a humanidade, assim, dando início à II Guerra mundial. Nesse contexto,

o continente americano declarou-se neutro, mas criou uma zona de segurança marítima

continental. Os alemães não concordaram com essa medida. Já em 1940, os americanos

declararam que “todo atentado de um Estado não-americano contra a integridade ou

inviolabilidade do território e contra a soberania ou independência de qualquer Estado

americano, será considerado como ato de agressão”.

Ainda segundo Carvalho (1953), a conquista da França pelos nazistas consolidou seu

domínio sobre a Europa e a aliança feita com os fascistas italianos, projetou seu poder sobre a

África do Norte e criou condições para invasão da América através do nordeste brasileiro, o

que levou sua militarização, com a instalação de diversas bases aeronavais naquela região. O

ataque Japonês aos americanos, em Pearl Harbour, em dezembro de 1941, e o afundamento de

31 navios de transporte brasileiros, ocasionando a perda de 971 vidas, levaram o Brasil a

declarar guerra aos países do eixo Alemanha, Japão e Itália em agosto de 1942.

De acordo com Paes (1991), umas das missões brasileiras era a de conquistar a região

de Monte Castelo, e a atuação da FEB na tomada de Monte Castelo é um marco histórico do

Exército Brasileiro, pois naquela oportunidade os brasileiros tiveram de enfrentar a maior

máquina de guerra do mundo, o Exército Alemão, a fim de garantirem sua soberania contra os

ideais totalitários e expansionistas das nações do Eixo.

Seu estudo é relevante para o meio militar, pode-se tirar ensinamentos com as atuações

do passado e ver as decisões que deram certo ou errado, podendo assim refletir para que se

possa sempre aperfeiçoar a técnicas e doutrinas militares. Afinal, sem o estudo de erros e

acertos nas Guerras passadas, futuras batalhas terão um destino incerto, devido ao

desconhecimento de atitudes já tomadas em outras ocasiões.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Antecedentes Históricos da batalha de Monte Castelo

Ao término da Primeira Guerra Mundial, Inglaterra, França e Estados Unidos, que

saíram vitoriosos, fizeram com que os países perdedores assinassem o Tratado de Versalhes.

Entre esses países perdedores encontrava-se a Alemanha que foi obrigada a pagar uma alta

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quantia em dinheiro aos vencedores, além de sofrer outras consequências como: a limitação

de cem mil homens no efetivo do seu exército e sofrer um grande desarmamento no seu

poderio bélico.

Todas essas sanções que a Alemanha foi obrigada a sofrer fizeram com que o país

entrasse numa grave crise econômica, logicamente refletida em sua população, que passou a

ter um alto índice de desempregados, aumentando assim o nível de miséria e fome no país.

Estes fatores fizeram com que o país tivesse um grande sentimento de vergonha.

Em meio à crise germânica, um homem assumiu o governo do país com plenos

poderes, num partido político novo criado por ele mesmo, seu nome: Adolf Hitler.

Aproveitando-se do sentimento de vergonha pelo que o povo alemão passava e

sabendo trabalhar muito bem os sentimentos do povo, conseguiu colocar em prática seus

ideais pregava a supremacia da raça ariana, uma das bases étnicas do povo alemão. Com isto

introduziu o nazismo, ideologia que se disseminou rapidamente em todas as classes da

população.

FIGURA 1 – Gráfico da produção industrial alemã Fonte: http:// www.scielo.br

Segundo um trabalho editado pelo Estado Maior Alemão, em 1941, a Alemanha,tendo tido os seus efetivos limitados pelo Tratado de Paz posteriormente assinado,ficou com as mãos livres para se dedicar aos seus planos futuros, pois não foisubmetida a qualquer fiscalização efetiva por parte das potências aliadas, quanto aocumprimento dos termos do Tratado, na sua parte militar. (CABRAL, 1987, p.23)

O nazismo trouxe grande desenvolvimento para a Alemanha, acabando com sua

crise econômica e sua miséria. Baseada numa ideologia de grande militarização do país

começou a investir pesadamente em suas forças armadas e em pesquisas armamentistas. Com

tudo isto os alemães ganhavam ainda mais autoconfiança e começaram com seus planos de

expansão da ideologia nazista com a conquista de territórios e perseguição a indivíduos de

outras culturas, como israelita.

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Ao mesmo tempo surge na Itália, Benito Mussolini, ditador fascista, que viria a

aliar-se a Hitler no grande conflito que estava por vir. Possuía uma política imperialista e

colonialista, com grandes interesses em territórios mediterrâneos e africanos. Tais intenções

foram de encontro com os interesses de nações como Inglaterra e França. Isto ocasionou um

problema diplomático entre os países. Além disso, no continente asiático surge o Japão

imperialista como grande potência, com interesses também em outros territórios, como a

Indochina.

Em 1º de setembro de 1939, a Alemanha invade de surpresa a Polônia com sua

máquina de guerra nazista, com extrema violência, surpreendendo o mundo com seu grande

poderio bélico e estratégico, pois colocou em prática a blitzkrieg, tática com a qual conquistou

rapidamente as terras polonesas.

Essa invasão fez com que ingleses e franceses entrassem em estado de guerra

contra os alemães.

Começava-se a formar o esboço da guerra no qual o mundo se dividiria em duas

grandes alianças. Tínhamos de um lado o Eixo, constituído basicamente pela Alemanha

nazista, Itália fascista e o Japão imperialista. Do outro lado os Aliados, formado

principalmente pelos Estados Unidos da América, Inglaterra e França. O Brasil após certo

tempo de neutralidade entra do lado Aliado.

2.2 A participação do Brasil na guerra

Desde o início da Segunda Guerra Mundial, a ideologia do Estado Novo, implantado

por Getúlio Vargas, apontava para um provável alinhamento do Brasil com os países do Pacto

de Aço - Alemanha e Itália. Em 1937 Vargas havia instalado no País uma ditadura, apoiada em

uma Constituição centralizadora e autoritária, que guardava muitos pontos em comum com a

ditadura fascista. A própria declaração de Vargas ao comentar a invasão da Polônia pelo

exército nazista, em 1° de setembro de 1939, revelava certa simpatia pelo nazismo ao prever

um futuro melhor: "Marchamos para um futuro diverso de tudo quanto conhecemos em

matéria de organização econômica, política e social. Passou a época dos liberalismos

imprevidentes, das demagogias estéreis, dos personalismos inúteis e semeadores da

desordem". (http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=40, 13 abr. 2015,

20h 30min)

O Estado Novo, decretado em 10 de novembro de 1937, fechou o Congresso, impôs a

censura à imprensa, prendeu líderes políticos e sindicais e colocou interventores nos governo

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estaduais. Com um estilo populista, Getúlio Vargas montou um poderoso esquema de

propaganda pessoal ao criar o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), claramente

inspirado no aparelho nazista de propaganda idealizado por Joseph Goebbels. A Hora do

Brasil, introduzida nas rádios brasileiras e chamada ironicamente pela intelectualidade de

"Fala Sozinho", mostrava os feitos do governo, escondendo a repressão política praticada

contra uma sociedade pouco organizada na época. Vargas criou o salário mínimo e instituiu a

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), entre outros benefícios sociais, o que o levou a ser

aclamado como "pai dos pobres" pela população de baixa renda.

(http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=40, 13 abr. 2015, 20h 30min)

FIGURA 2 – Presidente Getúlio Vargas Fonte: http:// www.historianet.com.br/

Em 1940, um ano após eclodir na Europa, a guerra ainda não ameaçava diretamente o

Brasil. A ideologia nazista, contudo, fascinava os homens que operavam o Estado Novo a tal

ponto que Francisco Campos, o autor da Constituição de 1937, chegou a propor à embaixada

alemã no Brasil a realização de uma "exposição anticomintern", com a qual pretendia

demonstrar a falência do modelo político comunista. Mais tarde, o chefe da polícia (um órgão

de atuação similar à da Polícia Federal de hoje), Filinto Muller, enviou policiais brasileiros

para um "estágio" na Gestapo. Góes Monteiro, o chefe do Estado Maior do Exército, foi mais

longe. Participou de manobras do exército alemão e ameaçou romper com a Inglaterra quando

os britânicos apreenderam o navio Siqueira Campos, que trazia ao Brasil armas compradas

dos alemães. (http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=40, 13 abr. 2015,

20h 30min)

Existem divergentes interpretações sobre a postura de Vargas frente à eclosão da II

Guerra. A visão tradicional considera o presidente como um político habilidoso, que protelou

o quanto pôde a formalização de uma posição diante do conflito, na medida em que poderia

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obter ganhos, do ponto de vista econômico, dos dois lados. O grande sonho do presidente era

a industrialização do Brasil e, nesse sentido, pretendia obter recursos externos. Em 1940 o

ministro Souza Costa publicou um Plano Quinquenal, que previa o reequipamento das

ferrovias, a construção da Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso, a instalação de uma indústria

aeronáutica e a construção da Usina Siderúrgica de Volta Redonda, reforçando o nacionalismo

econômico. (http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=40, 13 abr. 2015,

20h 30min)

Outra visão considera a posição de Vargas frente à Guerra como expressão de uma

contradição, na medida em que o país dependia de forma mais acentuada da economia norte-

americana e ao mesmo tempo possui uma estrutura política semelhante à dos países do Eixo.

A posição favorável à Alemanha poderia comprometer o desenvolvimento econômico

do país, uma vez que os nazistas, apesar de avançarem na Europa, tinham na América do Sul

um interesse secundário. Ao contrário, a defesa dos interesses dos EUA, quer dizer, das

"democracias" contra o nazifascismo, poderia comprometer a política interna de Vargas.

No entanto, as pressões norte-americanas foram intensas, contaram com o apoio de

outros países latino-americanos e utilizou-se de diversos mecanismos, desde aquele que foi

considerado o mais eficiente - a liberação de recursos para a construção da Usina de Volta

Redonda - até um novo modelo de relação, batizado de "política de boa vizinhança", pelo

presidente F. Roosevelt dos EUA. Intelectuais brasileiros visitaram os EUA, e mesmo o

general Góis Monteiro - germanófilo - ficou encantado em conhecer os estúdios Disney.

FIGURA 3 – Oswaldo Aranha

Fonte: http:// www.historianet.com.br/

Veja a opinião do tradicional historiador Hélio Silva: a América estava dividida e as

posições pareciam irredutíveis. "E quando o chanceler brasileiro [Oswaldo Aranha] se

agiganta à estatura dos grandes estadistas do século. Ele consegue salvar a partida perdida,

dando ganho aparentemente ao adversário. Com uma lucidez absoluta, sente que a fórmula

inicial não poderia mais ser atingida com unanimidade. As pressões dos países do Eixo - que

conhecia e repelira - atuavam na Conferência. Mas, importante que era a ruptura imediata, (...)

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não era o princípio em causa, o principal. Este era a unidade continental, a solidariedade entre

as nações americanas, a reação unânime à agressão. Porque, firmado esse princípio, tudo o

mais seria atraído por ele. Oswaldo Aranha é a grande figura da III Reunião de Consulta. Sem

ele, teria perecido, naquela ocasião, a unidade continental. (...) A Europa ocupada, a Inglaterra

subjugada, a Rússia invadida, não .precisariam os Exércitos nazistas atravessar os oceanos. As

quintas-colunas se aprestariam em tomar conta dos governos americanos. A Nova Ordem

nazista teria, afinal, triunfado no mundo. (...) A Conferência do Rio de Janeiro teve uma

importância decisiva nos destinos da humanidade. Pela primeira vez, em face de um caso

concreto, positivo e definido, foi posta à prova a estrutura do pan-americanismo. Pela

primeira vez todo um continente se deparou unido para uma ação comum, em defesa de um

ideal comum, a Liberdade". (http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=40,

13 abr. 2015, 20h 30min)

FIGURA 4 – Reunião de Getúlio Vargas e seu novo ministérioFonte: http:// www.historianet.com.br/

Em 22 de agosto de 1942, Vargas reúne-se com seu novo ministério: "diante da

comprovação dos atos de guerra contra a nossa soberania, foi reconhecida a situação de

beligerância entre o Brasil e as nações agressoras - Alemanha e Itália". Em 31 de agosto foi

declarado o estado de guerra em todo o território nacional.

Após a declaração do estado de guerra, o Brasil cede aos norte-americanos bases navais

em Salvador e Recife, permitiu a instalação de bases aéreas em Natal e Recife, além da

utilização do arquipélago de Fernando de Noronha para o mesmo fim.

Contudo a principal participação brasileira na guerra estava ainda por vir, pois o

Brasil pretendia enviar para os teatros de operações europeus três divisões de infantaria do

Exército Brasileiro, junto com a Força Aérea e outros destacamentos não divisionários

necessários à condução das batalhas. Porém o Brasil envia apenas uma divisão de infantaria,

abaixo explicitado.

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Segundo Carvalho (1953), os elementos constitutivos da FEB, eram a 1ª DIE com os

seguintes integrantes: seu comandante, 1 Quartel-General, 1 Infantaria Divisionária com 3

Regimentos de Infantaria, 1 Artilharia Divisionária com 4 grupos, 1 Esquadrilha de Aviação, 1

Batalhão de Engenharia, 1 Batalhão de Saúde, 1 Esquadrão de Reconhecimento e 1

Companhia de Comunicações. Além da 1ª DIE existiam os Órgãos Não-divisionários, com a

seguinte composição: comandante da EB, o inspetor-geral da FEB, o Serviço de Saúde da

FEB, agência do Banco do Brasil, pagadoria fixa, Seção Brasileira de Base, Depósito de

Intendência, Serviço Postal, Serviço de Justiça e Depósito do Pessoal.

O Brasil começa a se preparar para as batalhas treinando seus efetivos em solo

pátrio. Milhares de homens são convocados para defender a soberania e os interesses

nacionais. Começa assim a se formar a 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, que seria

enviada a Itália, para que lá pudesse enfrentar a poderosa máquina de guerra germânica, um

exército já experimentado, altamente profissional, capacitado e aguerrido.

A FEB era bem um resumo do povo do Brasil, não só porque tinha soldados detodos os seus estados e de todas as classes sociais e níveis de cultura, como porquelevava todos os defeitos e improvisações, todas as incoerências e mitos, todas asfalas e virtudes desse povo. Mas estava convencido de que, dentro da moléstia denossas forças, p Pracinha brasileiro deu o seu recado, cumpriu sua missão.(BRAGA, Rubens – Crônicas da Guerra na Itália, Rio de Janeiro: BIBLIEx, 1956).

A Divisão seria enviada em algumas levas de navios mais precisamente cinco escalões

de embarque, escoltados pela marinha de guerra até solo italiano.

“A FEB deslocou-se para o TO do Mediterrâneo dividido em cinco escalões,utilizando navios de guerra NA (General Mann e General Meigs), já que o Brasilnão possuía navios apropriados para realizar esse deslocamento”. (Centro deComunicação Social do Exército, 2014, p. 25)

Chegando à Europa, os homens começaram a adaptação à diferença climática. Além

disso, receberam também novos equipamentos dos E.U.A e por isso, necessitou-se da

realização de instruções de aprendizado para oficiais e sargentos para que pudessem transferir

as formas de manejo do novo material para soldados e cabos, que nunca tinham tido contato

com o novo tipo de armamento. Uma nova mudança que recebe igual destaque é o

recebimento de novo fardamento, já que o uniforme original era muito semelhante ao dos

alemães e isto confundiria os brasileiros com os germânicos.

Os combatentes brasileiros após o recebimento de todo material, adequação ao clima e

recebimento de instruções de manejo dos novos armamentos, começaram a treinar as formas

de manobra, das pequenas frações da tropa, utilizadas pelos americanos.

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Os pelotões eram constituídos pelos grupos de combate, constituídos por nove homens

cada um. Este tipo de formação demonstrou grande eficiência na batalha contra os alemães.

De acordo com Carvalho (1953), terminados todos os preparativos, os brasileiros

estavam prontos para passar pelo batismo de fogo. Após este batismo, os brasileiros seguiram

em diversas batalhas, que ceifaram dezenas de vidas brasileiras. Entre essas batalhas,

podemos destacar: Montese, Fornovo, Castelnuovo, Collechio, Zocca e Monte Castelo, esta

última objeto de estudo deste Projeto Interdisciplinar.

2.3 A Batalha de Monte Castelo

Será comentada agora neste capítulo a batalha propriamente dita. Porém antes de

abordar a batalha, necessita-se conhecer o baluarte de Monte Castelo.

2.4 A elevação de Monte Castelo

Segundo Gigolotti (2003), após a retomada da cidade de Roma, pelos Aliados, os

germânicos começaram a retrair constantemente, sendo obrigados a realizar operações

defensivas, na tentativa de manter o terreno, construindo assim diversas fortificações pelo

caminho. Tais posições defensivas se constituíam em grandes obstáculos para os Aliados, que

perdiam muito tempo tentando contorná-los ou superá-los. Entre essas elevações encontrava-

se a elevação de Monte Castelo, que viria a ser um dos desafios mais difíceis dos brasileiros

durante a Segunda Guerra Mundial, pois a FEB precisou de muitas jornadas e vidas brasileiras

para conquistar esse objetivo.

No dispositivo militar aliado, atuando na frente italiana, onde operavam o 5º Exército

norte-americano e o 8º Exército Britânico, a 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, ou Força

Expedicionária Brasileira, estava incorporada ao 4º Corpo de Exército americano, o qual, por

sua vez, além da Divisão brasileira, compunha-se de uma Divisão Blindada norte-americana,

uma Divisão sul-africana e outra inglesa, e ainda da 10ª Divisão de Montanha norte-

americana, que lutou junto aos brasileiros, em 1945, quando da tomada de Monte Castelo.

Segundo De Moraes (2014), uma das elevações, mais que as outras, atraía a atenção dos

homens e do Comando Brasileiro, Monte Castelo. Sua conquista pela tropa Brasileira era

indeclinável ponto de honra.

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Monte Castelo se caracterizava por ser uma elevação que tinha certa dominância sobre a

região, além de fazer vistas para a rodovia 64, estrada esta que era um importante eixo de

suprimento aliado. Ela ligava as cidades de Bolonha e Florença, ambas localidades muito

importantes do solo italiano, pois possuíam grande infraestrutura para época. Cabe ressaltar

que o monte se localizava no Vale do Reno, região escolhida pelos alemães para fixarem suas

posições defensivas, quando no retraimento, tendo em vista suas peculiaridades devido a

grande quantidade de elevações que dominavam o local. O Vale do Reno se caracterizava por

ser uma região bastante sinuosa e montanhosa, com encostas bem escarpadas, as quais

constituíam um grande obstáculo às tropas que tentavam progredir a pé, ou seja, a infantaria.

Devido a essas peculiaridades do terreno, este local era ideal para a construção de

posições retardadoras por parte dos alemães, na tentativa de frear o avanço Aliado para o

norte.

Segundo Gigolotti (2003), no Vale do Reno encontravam-se diversos acidentes

capitais, dentre eles, obviamente, Monte Castelo, que possuía seu cume a 887 m de altitude.

Um quilômetro a sudoeste tinha-se o Monte Mazzancana, com o pico a 952 m de altitude

acima do nível do mar, e à sua esquerda tínhamos o Monte Belvedere, a 3 quilômetros e 1140

m de cota. Além dessas elevações, que tinham uma importância maior devido a proteção e um

flanqueamento direto sobre Castelo, existiam outras elevações menores, com uma média de

700 m de cota, porém não menos importantes, pois serviam como primeira linha de defesa de

Monte Castelo, por constituírem postos avançados de vigilância e até mesmo retardamento.

Ainda segundo Gigolotti (2003), não se pode deixar de mencionar as elevações à

retaguarda de Castelo que possuíam fundamental importância para a força oponente por

guarnecerem também essa elevação. Existiam o Monte da Capela dos Ronchidos com 1053 m

e o Monte Della Torraccia com 1093m, além de a nordeste ter os Montes Senevato e La Serra,

ambos com 956 m. Pode-se perceber que o próprio monte e vizinhança já se caracterizavam

por ser um grande obstáculo a ser superado, porém para dificultar ainda mais a progressão dos

escalões de infantaria, os nazistas ao prepararem suas posições defensivas neste baluarte,

estudaram muito bem o terreno e colocaram à frente do monte voltada para FEB, campos e

mais campos de minas, que causavam pesadas baixas entre os aliados.

Existiam também observatórios e posições de metralhadoras, todos sofisticados, com

grande visibilidade num ângulo de 270 graus, facilitando assim o trabalho por parte dos

alemães em cobrir uma área maior e ajustar os fogos de maneira correta sobre qualquer tropa

que viesse a progredir a pé em frente da elevação. Esses obstáculos facilitavam também a

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vigilância diurna e noturna sobre a rodovia 64, impedindo assim o suprimento por parte dos

aliados.

FIGURA 5 – Ambiente Operacional Fonte: http://www.defesanet.com.br

De acordo com Lima Junior (1982), à retaguarda da elevação existiam alojamentos

muito bem construídos, que se caracterizavam por fornecer grande conforto a tropa defensora,

sendo assim mais uma dificuldade, pois elevava o moral da tropa que viria a enfrentar os

brasileiros. Outro fator que dificultava também a maneabilidade infante era a grande

quantidade de lama que havia no local, que atolava muitas vezes até a altura dos joelhos,

retardando assim muito a progressão e impedindo o emprego de viaturas que viriam a

transportar armas e suprimentos para a tropa atacante que se encontrava disposta pelo terreno.

2.5 O primeiro ataque a Monte Castelo

Antes de falar do primeiro ataque dos pelotões da 1ª DIE, sob comando brasileiro, é

importante citar que forças brasileiras anteriormente, recém-chegadas a região de Monte

Castelo, realizaram ataques de grande elevação em conjunto com as forças norte-americanas

da “Task Force 45”, tropa americana especializada em área de montanha, que por duas vezes

lançou-se à conquista de Monte Castelo, isto ocorreu em dois dias sucessivos, 24 e 25 de

novembro. A FEB não foi empregada no ataque do dia 24 de novembro enquanto Divisão,

participando apenas o 3º Batalhão do 6º Regimento de Infantaria e o 1º Esquadrão de

Reconhecimento, integrados a Task Force 45, sob comando americano comandada pelo

General Paul Rutledge. Um batalhão brasileiro, o III/6º RI, e o Esquadrão de

Reconhecimento, também brasileiro, postos à disposição do Task Force 45, participaram

desses ataques. Sendo o comandante da FEB contrário ao emprego fragmentado da tropa

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brasileira, aceitou, as ponderações apresentadas pelo comandante do IV Corpo, que mostrava

exuberante confiança no êxito da operação.

Como exposto acima a FEB participou do ataque a Monte Castelo junto com os

norte-americanos, porém infelizmente não vieram a lograr êxito. A evidente desproporção

entre os meios empregados e os objetivos a conquistar, agravada pela falta de coordenação

entre unidades diferenciadas, permitiu que o inimigo impedisse o seu desalojamento do

baluarte por parte das forças aliadas.

Quem o afirma é o chefe da seção, que estava no PC do comandante do grupamento.Era a desarticulação prematura do ataque. O general comandante do DIE confirma,em seu relatório de campanha: “em consequência da precipitação da abertura dofogo pela artilharia americana, às 6 horas, o III Batalhão ultrapassou a base departida e desembocou, atingindo às 6, 30 (seis e trinta) a linha Le Roncole-casa deGuanella. O II Batalhão, atrasado, começou a deslocar-se às 8 horas, sendo logocolhido por barragens de artiharia e morteiros, na baixada Casa Guanella-La Cá-C,Viteline”. (CABRAL, 1987, p. 54)

Em face do objetivo de desinstalar os alemães da famosa Linha Gótica, que era balizada

por Garfagnana – Monte Belvedere – Monte Castelo – Castelnuovo, ou seja, do vale do

Serchio até o vale do Reno, depois seguindo na direção leste, até o Adriático, os brasileiros

junto aos americanos se lançaram ao ataque contra a verdadeira fortaleza de Monte Castelo.

Entretanto, em virtude da ofensiva aliada vieram a sofrer pesadas baixas em todos os

pelotões de ambas as forças aliadas, causado pelo intenso bombardeio de artilharia e morteiro

que caiam certeiramente, levando, assim, um generalizado desânimo ao ataque. Por este

motivo, os comandantes das pequenas frações tiveram que se desdobrar para manter o

controle de seus homens, que eram constantemente afetados em sua moral num curto espaço

de tempo. Além de tudo, ocorria também o espalhamento dos homens no terreno de forma

muito irregular como consequência das circunstancias vividas durante o ataque, necessitando,

assim, ainda mais dos esforços dos comandantes para manter a impulsão da progressão. Outro

fator decisivo que provocou o fracasso, como já explicitado a priori, foi à falta de

coordenação entre as forças atacantes. Tudo isto causado pela grande pressa dos norte-

americanos em ganhar ligeiramente terreno, fazendo com que não realizassem um

planejamento adequado em conjunto com os brasileiros que os apoiariam. Graças a isto,

surgiram diversas complicações na realização do ataque, pois era difícil a coordenação entre

as tropas atacantes. Entretanto, não se pode esquecer da diferença de línguas que na frente de

combate dificultava a comunicação e a integração entre uma tropa com a outra, afinal não

eram todos que sabiam falar um idioma de ambos. Todos estes problemas levaram os

brasileiros ao primeiro revés.

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O único trunfo que se teve do primeiro ataque foi à permanência dos pelotões

americanos em Monte Belvedere, pois o ataque ao Monte Castelo só poderia ser efetivamente

iniciado se houvesse certa neutralização dos montes vizinhos, já que apresentavam um grande

poder de defesa de flanco do Monte Castelo.

2.6 O segundo ataque a Monte Castelo

Após o ataque fracassado da tropa estadunidense junto à brasileira sobre comando

do General Paul Rutledge, norte-americano, o Brasil realizaria verdadeiramente seu primeiro

ataque sobre o comando do Marechal Mascarenhas de Moraes.

Com as novas ordens do 4º Corpo de Exército um novo ataque as posições alemãs

se iniciaria no dia 29 de novembro, exatos cinco dias após o último ataque. Novamente, a

ofensiva foi planejada com o objetivo de retirar os nazistas de suas posições para que eles

perdessem a dominância sobre a estrada 64 e os aliados pudessem prosseguir no rompimento

da linha de defesa Gótica.

Aliás, esse ataque considerado muito prematuro, pois era recente em relação ao

ataque anterior, fez com que os brasileiros tivessem que realizar grandes esforços para

conseguir agrupar os meios necessários à segunda investida, graças ao curto intervalo de

tempo.

Outro fator a considerar foi o emprego dos pelotões de fuzileiros de batalhões

novatos naquela área de operações, caracterizando assim mais um obstáculo que a FEB

enfrentaria em virtude da inexperiência e ao desconhecimento minucioso do terreno por parte

dos novos soldados que investiriam sobre o monte.

Não obstante, a segunda investida inicia-se após a penosa marcha dos pelotões de

fuzileiros dos batalhões da Força Expedicionária Brasileira até a linha de partida. Há de se

considerar que a longa duração do deslocamento e as condições do terreno, seriam fatores que

provocariam já algum desgaste prévio na tropa.

Como não podia deixar de ser, esses erros tiveram como consequência o sacrifícioda Infantaria. Novamente, tropas estranhas ao terreno foram lançadas ao ataque apósmarcharem horas por terreno encharcado de chuva e lama, e igualmente malalimentados, o que, nas condições climáticas locais, com o inverno se aproximando,aumentava a dificuldade da missão.(CABRAL, 1987, p. 49)

Após a transposição em horário previamente estabelecido da linha de partida, é iniciado

o ataque dos pelotões das companhias.

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Fato que não pode deixar de ser comentado é que antes mesmo da ultrapassagem

da Linha de Partida, os alemães conseguem expulsar os pelotões americanos de Monte

Belvedere com um excelente contra-ataque sobre as posições. Isto consistiria em mais um

fator que viria a dificultar os brasileiros no segundo ataque, antes mesmo da ultrapassagem da

linha de partida somado ao desgaste físico da marcha de deslocamento como dito no

parágrafo imediatamente acima deste.

De acordo com Lima Júnior (1982), inicia-se o ataque em horário estabelecido sobre a

posição de Monte Castelo. Entretanto os alemães que já haviam melhorado as posições em

decorrência do primeiro ataque, além de efetuarem maior preparo na amarração dos tiros tanto

de artilharia, como de morteiros e metralhadoras. Estes ajustes nos armamentos fizeram com

que mais uma vez os alemães impusessem pesadas baixas aos brasileiros que, conforme

ocorriam baixas na batalha, aos poucos o moral dos combatentes enfraquecia, pois assistiam

seus amigos caindo em virtude dos bens ajustados tiros das armas nazistas. Tiros estes que

vinham de todos os lados, deixando assim desnorteados os atacantes. Estes ataques

dificultavam o comando dos pelotões, pois a cada granada que caia, ocorria certa

desorganização no dispositivo. Esta desorganização era decorrente da busca dos homens por

cobertas e abrigos. Sem a posse dos montes Mazzancana e Belvedere, ficou ainda mais difícil

a conquista de Monte Castelo que era flanqueado diretamente por eles.

O que também contribuiu para o insucesso foi a carência de meios proporcionais

necessários à missão recebida, tal como equipamentos e armamentos específicos.

As chuvas, nevoeiro e outras adversidades naturais que diminuem a visibilidade,

prejudicaram o ataque à medida que a Força Aérea e a artilharia foram impossibilitadas de

atuar.

Dever-se-ia empregar ainda o efetivo mínimo de duas divisões sobre Belvedere

Castelo Torraccia, para assegurar o domínio de todos os acidentes capitais da região, cuja

posse era de vital importância para o prosseguimento tanto para o nordeste como para o leste,

pois o domínio das elevações assegurava o tráfego Aliado na estrada 64, rodovia fundamental

no transporte de apoio logístico, constituindo o melhor eixo de comunicações e abastecimento

do IV Corpo na direção de Bolonha.

Tem-se como importante ocorrência, além do terreno escarpado que fazia com que os

brasileiros realizassem verdadeiras proezas durante a execução das escaladas de Monte

Castelo, o fator meteorológico que se revezava entre chuva e neve e tinha como característica

principal e muito marcante o excessivo frio, com o qual os soldados brasileiros, acostumados

com o clima tropical, viriam a sofrer. Essa chuva e neve constantes que caíam acabavam

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influenciando no terreno, pois só vinham a piorar o lamaçal já existente, além de deixar

escorregadias as escarpas da elevação.

Segundo Moraes (1947), apesar de tudo faltou bem pouco para que se fosse conquistado

Monte Castelo, a tal ponto que alguns homens, mesmo com todas as dificuldades impostas,

chegaram a atingir o topo da elevação. Demonstrando com isto o grande poder combativo do

pracinha brasileiro que vencia as dificuldades como o terreno e as agruras do tempo. Porém,

infelizmente, aqueles que alcançaram o cume vieram a morrer. Além da grande precariedade

das comunicações, existia também a falta de posições adequadas que permitiam a instalação

de morteiros. Porém, um dos principais fatores, eram os flancos que se encontravam expostos

como já foi relatado. Mas, se a FEB conseguisse se apossar da elevação naquele momento não

estaria preparada nem com meios necessários para repelir o contra-ataque alemão que, com

certeza, se desencadearia num curto espaço de tempo, ataque esse que provavelmente viria de

Monte Della Torraccia.

É verdade que mais uma vez os pelotões de FEB viriam a ser repelidos daquela posição.

Contudo cabe ressaltar que a base de partida continuava sendo mantida, o que favorecia assim

outras ofensivas por parte dos aliados.

Embora os pelotões brasileiros tivessem adquirido bastante experiência, mais uma vez o

ataque malograva e os brasileiros tiveram um número considerável de baixas.

2.7 O terceiro ataque a Monte Castelo

Apesar do último revés, o Estado-Maior do IV Corpo de Exército Aliado, mantinha

como principal objetivo a conquista da elevação de Monte Castelo antes da chegada oficial do

inverno, que mesmo apesar do frio que já ocorria, o frio mais severo ainda não havia

começado, Monte Castelo possuía comandamento sobre todas as elevações em seu entorno e

era de vital importância para o controle da via de acesso, estrada nº 64, que dava acesso a

Bolonha, viabilizando a logística da tropa.

Pouco faltou para que conquistássemos Monte Castelo: alguns de nossos homenschegaram a atingir o topo da elevação. Mas, se conseguíssemos nos apossar dessaelevação, nossas condições seriam tão precárias que não teríamos meios de repeliros vigorosos contra-ataques que o inimigo, em curto prazo, teria possibilidade dedesencadear do Monte Della Torraccia. Dali fomos repelidos duas vezes, é verdade,mas sempre conservando nossas bases de partida.(DE MORAES, 2014, p.259)

Com isto foi planejado que o dia 12 de dezembro de 1944 seria o dia em que se

desencadearia o ataque mais uma vez a suntuosa elevação. E, sobre condições atmosféricas

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muito piores que a das investidas anteriores, ocorre a progressão. Porém, desta vez, no dia

anterior, graças ao intervalo maior de tempo com relação ao último ataque, a artilharia aliada

teve a chance de realizar fogos sobre a frente das posições alemãs, destruindo assim grande

parte dos campos de minas que vinham impondo valorosas baixas e retardamento durante a

progressão para elevação. Com isto, houve uma preparação melhor do terreno por parte dos

brasileiros.

De acordo com Moraes (1947), outro fator de relevante importância foi a coordenação

brasileira com as tropas estadunidenses, no qual a artilharia americana não desencadearia

fogos durante o ataque, buscando, deste modo, o máximo de surpresa possível. Entretanto,

não foi isto que ocorreu, a artilharia aliada, precisamente por parte dos americanos,

desencadeiam uma barragem sobre o Monte Belvedere, quebrando totalmente o sigilo do

terceiro ataque sobre Monte Castelo. Isto viria a ser uma falha imperdoável durante o

transcorrer das ações dos pequenos escalões de infantaria. Antes da quebra de sigilo tudo

transcorria favoravelmente as tropas brasileiras, pois, havia uma chuva bastante fina com a

presença de um nevoeiro que ocultava as vistas nazistas caracterizando assim, uma excelente

cobertura para o sigilo da ação, que levaria a surpresa.

Ainda de acordo com Mores (1947), com a quebra do sigilo por parte dos americanos,

os pelotões brasileiros se viram obrigados a iniciar o seu ataque sobre a posição inimiga,

ataque prematuro que já indicava um possível e novo fracasso. Porém os brasileiros assim o

fizeram com grande determinação e partiram com bastante agressividade para cima dos

alemães. Contudo, os problemas que já haviam sido destacados em ataques anteriores vieram

mais uma vez a aparecer, complicações estas como por exemplo, grandes dificuldades das

comunicações entre os pequenos escalões, que dificultavam muito a coordenação e controle

das frações por parte dos comandantes. Caíam também sobre as cabeças brasileiras, mais uma

vez, ajustados fogos de morteiro da pesada artilharia nazista. Não se pode esquecer também,

que as metralhadoras alemãs varriam toda a frente da elevação, retardando muito o

desenvolver da progressão dos pelotões brasileiros.

A impossibilidade de apoio de fogo da Força Aérea era outro descrédito das

tropas aliadas, pois não havia boa visibilidade, devido às péssimas condições meteorológicas

para tal fim. Havia também uma grande quantidade de fogos no flanco da tropa do Exército

Brasileiro, que vinham diretamente mais uma vez dos Montes Belvedere e Monte

Mazzancana, ambas elevações que se encontravam nos flancos de Monte Castelo, que muito

afetavam a progressão dos pelotões que avançavam.

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Apesar de tudo, novamente, graças ao grande destemor do combatente brasileiro,

alguns pelotões conseguiram passar pelas barragens inimigas e pelas posições de

metralhadoras que atingiam toda frente e os flancos com sua grande quantidade de fogos,

quase ininterruptos.

Entretanto grande parte da tropa atacante ficou detida, impedindo assim que

os pelotões que já haviam ultrapassado e se aproximado consideravelmente do cume da

elevação, prosseguissem no avanço contínuo. Tiveram eles que retornar para a Linha de

Partida para evitar que fossem capturados pelos alemães após o recuo das tropas brasileiras

detidas.

Mais uma vez graças à falha de planejamento dos escalões superiores, os pelotões

não conseguiram realizar suas ações de forma eficiente, sendo mais um ataque tido como

fracassado.

Vale destacar que foram as condições meteorológicas que, de início estavam

ajudando os aliados durante o deslocamento em direção a Monte Castelo, quando quebraram

o sigilo, ficaram contra os aliados, pois, da mesma forma que os alemães possuíam

dificuldades para enxergar, os brasileiros também a tinham e o frio, como sempre, se fazia

presente, dificultando assim as ações dos homens.

Fato que não pode ser omitido é a extensa frente com a qual os brasileiros já

vinham combatendo a um tempo, ocorrendo assim um grande uso de efetivos à frente,

desgastando cada vez mais a tropa. Após o malogro, da terceira investida, ocorre a

Conferência de Taviano, no qual se apreciaria as causas do insucesso da missão. Apreciadas as

causas, decide-se, por falta de meios adequados, que se afiguravam irremovíveis à época, que

as operações ofensivas ficariam suspensas temporariamente. Iniciar-se-ia assim uma nova

fase, a estabilização.

Esta estabilização se dava graças, também, ao poderoso inverno que havia

chegado que deixou toda linha defensiva alemã coberta de neve, o que impedia também uma

operação de grande envergadura sobre o inimigo alemão. Este poderoso inverno italiano,

quando chegou ao seu ápice, veio mostrar aos brasileiros que suas armas tinham mais algumas

limitações além das conhecidas. Uma dessas limitações era o congelamento dos mecanismos

do Thompson, fuzil utilizado pelos pracinhas.

Fato este que obrigava, quando de serviço e na hora, que um soldado vigiasse e outro

ficasse atritando o armamento na tentativa de descongelá-lo.

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As únicas operações realizadas durante esse penoso inverno, com objetivo de

busca de informações do inimigo nazifascista, foram os lançamentos de patrulhas agressivas

de reconhecimento.

Com este cessar fogo intenso temporário, os combatentes brasileiros souberam se

adaptar muito bem durante todo o inverno, que quase toda totalidade jamais tinha passado,

tendo em vista que a tropa era originária de um país tropical.

2.8 O último ataque a Monte Castelo

Segundo Moraes (1947), no dia 21 de fevereiro de 1945, após relativa tranquilidade na

área de batalha provocada pelo inverno, começaria a jornada da ofensiva decisiva sobre

Monte Castelo. Muitos foram os ensinamentos tidos durante todos os ataques anteriores às

posições defensivas alemãs tanto de Monte Castelo como às elevações vizinhas como

Belvedere e Mazzancana, que realizavam fogos bem ajustados sobre os pelotões que

guarneciam os flancos.

Dentre as lições aprendidas durante os insucessos anteriores tivemos, a necessidade de

duas divisões atacando e não só uma, grande necessidade de apoio de fogo de artilharia e

aéreo, para facilitar a progressão.

Os insucessos dos ataques a Monte Castelo foram decorrentes de diversos fatores,

relacionados à falta de apoio de carros de combate e de apoio aéreo aproximado, de erros na

execução do apoio de fogo de artilharia, mas, sobretudo na insistência do Gen Crittemberg em

determinar ataques frontais a uma posição fortemente organizada, com efetivo insuficiente e

em terreno impraticável a ataques dessa natureza.

Foi durante o inverno, tendo pleno conhecimento dos erros, que os comandantes

brasileiros realizaram um excelente planejamento e tiveram tempo para conseguir adquirir

novos materiais, para que não viessem a faltar meios durante o ataque.

Segundo De Moraes (2014), os brasileiros já recuperados dos insucessos do outono de

1944, ansiavam ardorosamente por nova oportunidade de atacar esse baluarte alemão, tão

logo cessasse o rigor da estação hibernal.

A ofensiva se inicia com o ataque dos pelotões da 10ª Divisão de Montanha

Americana atacando e procurando neutralizar as posições defensivas nazistas que se

encontravam na encosta de Monte Belvedere. Tudo isto para evitar o conhecido ataque de

flanco dos defensores.

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Ocorria durante o mesmo tempo sobre a elevação de Mazzancana, um grande

ataque da Força Aérea sobre os nazistas que lá se encontravam guarnecendo a elevação. A

Força Aérea assim deu o apoio de fogo eficaz a Força Expedicionária Brasileira arrasando a

elevação em questão. Com as duas elevações que flanqueavam Monte Castelo neutralizadas,

os pelotões brasileiros puderam progredir sem receberem fogos ajustados de morteiros e

metralhadoras em seus flancos que diversas vezes ocorreram em taques anteriores.

Os pracinhas brasileiros avançavam com grande destemor para cima dos germânicos e,

ao contrário do ocorrido nas ofensivas que sucederam este ataque, a artilharia aliada não

falhou em sua missão, realizando fogos altamente ajustados e eficazes sobre a verdadeira

fortaleza que se constituía Monte Castelo, facilitando, assim, a manobra dos pelotões

brasileiros durante a progressão pelo terreno que não deixara de ser difícil devido a grande

quantidade de lama e encostas escarpadas da elevação. Obviamente, os combatentes

brasileiros, ao verem o bombardeamento das elevações vizinhas e de Monte Castelo

funcionando e surtindo efeito, além de verem os aviões da Força Aérea atuando, se animaram,

pois eles começavam a confiar cada vez mais na vitória que estava por vir, empolgando os

brasileiros a avançarem em direção ao baluarte com grande entusiasmo. Com isso, duas

divisões, a 10ª de Montanha e a brasileira em grande ação combinada, altamente apoiadas

pela artilharia aliada e a aviação, conseguiram obter toda a necessária vantagem pessoal e

material, indispensável a quem ataca uma posição defensiva muito bem organizada, tanto que

resistiram a três ataques posteriores. Com os meios necessários e em superioridade, a manobra

planejada permitiu que a tropa brasileira se desdobrasse pelo flanco direito de Monte Castelo,

evitando assim o desgaste de ataques frontais realizadas nas tentativas anteriores, infelizmente

todas frustradas. Após doze horas de excessivo combate, o inimigo enfraquece e a tropa

consegue desalojá-lo definitivamente das suas posições do já temido e sinistro Monte Castelo.

Segundo Silveira (1993), às 17h50min a voz do Major Franklin vem, forte, pelo rádio:

‘Estou no cume de Monte Castelo’. E pede fogo da artilharia sobre posições inimigas além do

monte. ‘Castelo é nosso’, me diz o General Cordeiro.

Findo o ataque e a conquista do baluarte, as frações tomaram novos dispositivos

na elevação, tudo com a finalidade de consolidar o objetivo conquistado a muito tempo

almejado, ficando assim em condições de destruir qualquer contra-ataque alemão que

estivesse por vir.

A conquista de Monte Castelo, pelos brasileiros, que se caracterizou por ser um

sumidouro de dezenas de vidas brasileiras, constituiu um enorme dever de consciência e

imperativo de dignidade militar. Foi uma vitória militar e um triunfo moral.

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Com a vitória, a Força Expedicionária Brasileira escreveu o capítulo mais emocionante e

sensacional de sua história.

Monte Castelo representou a preliminar gloriosa das vitórias brasileiras no Vale do

Reno, exaltando a honra, a dignidade e a força das armas brasileiras para a conquista de

outros triunfos que estavam por vir.

Os soldados brasileiros tiveram uma das mais difíceis experiências do Teatro de

Operações durante a batalha de Monte Castelo, local onde se podem tirar muitos

ensinamentos sobre a forma como se devem progredir as pequenas frações em combate. Pois,

são com essas pequenas frações conquistando terreno, que as grandes frações, no caso a

divisão da Força Expedicionária Brasileira, conquista terreno logicamente.

Esta vitória demonstrou também a bravura e a forma heroica com que os pracinhas

brasileiros se portaram durante toda a duração da batalha.

3. CONCLUSÃO

Diante do exposto acima, pode-se constatar que as tropas da Força Expedicionária

Brasileira, que atuaram na Batalha de Monte Castelo, passaram por diversas dificuldades,

desde seu preparo até o seu emprego, rumo à conquista do grande baluarte que era Castelo. O

embate entre brasileiros e alemães acabou tornando-se uma grande epopeia, que recebe

delicados estudos, atualmente, sobre a atuação e o emprego das tropas brasileiras durante a

batalha. Vários foram os feitos da Força Expedicionária Brasileira na tomada de Monte

Castelo, lá dificuldades com a adaptação ao frio, ao novo armamento e ao terreno foram

superadas por nossos “pracinhas”, para que pudéssemos hoje desfrutar dos direitos e valores

democráticos em nossa Nação.

O Brasil emergente da ilusória coalizão que derrotou o totalitarismo nazifascista não era

mais o mesmo, ganhou dimensão estratégica e importância geopolítica continental e mundial.

Na área militar, como os meios empregados não eram proporcionais às missões recebidas e

em razão do mau tempo não dispunha de suficiente apoio de artilharia e aviação, várias lições

e ensinamentos foram incorporados a nossa doutrina. Diante do exposto acima, o cenário de

Monte Castelo foi capitulado com reveses e a merecida vitória que exaltou a honra e a

dignidade da Força Expedicionária Brasileira, para conquista de outros triunfos.

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