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Escola: GRESV Guerreiros da Coroa Encantada.
Presidente: Thales Porto
Presidente de honra: André Aguiar
Diretor de carnaval: Felipe Nicolau
Carnavalesco: Thales Porto
Cores da escola: Verde e branco
Símbolo da escola: Coruja encantada
Fundação: 02 de março de 2012
Localização: Niterói – RJ.
Enredo: O Conto do Velho de Memória Eterna
Setores: 06 setores
Alegorias: 06 alegorias
Tripés: 03
Elementos alegóricos: 01
Alas: 29 alas
Apresenta...
GRESV GUERREIROS DA COROA ENCANTADA
APRESENTAÇÃO DE ENREDO LIESE 2017.1
Enredo:
O CONTO DO VELHO DE MEMÓRIA ETERNA
É com grande orgulho e alegria que a Guerreiros da Coroa Encantada
vem apresentar na LIESE 2017.1 o enredo "O conto do Velho de memória
eterna" que conta a real historia de um guerreiro que lutava por seu final feliz.
Em uma singela homenagem, a historia de Enéas é contada para
mostrar que nem tudo acaba na quarta feira de cinzas... Já que a memória
pode ser eterna!
Embarque também neste conto e deixe-se levar por estas histórias,
antes apenas gravadas na mente de um velho, serão eternizadas na Sapucaí
virtual!!
Epílogo*
“É, janeiro tá chegando... O balão vai apagando... Sabe, Thales, é
incrível como é a ordem natural das coisas. O corpo vai ficando fraco, o joelho
não aguenta o tranco. Me lembro bem de quando pulava Carnaval lá no Rio, os
bailes de terno branco e nunca tive problema na perna. Agora dói tudo! É
aquele negócio, já vivi tudo o que eu tinha para viver, agora é um brinde de
Deus.
Passei muita coisa e me orgulho de tudo que fiz, de não me deixar levar
pelas emoções. Orgulho-me de minhas lutas e batalhas, de tudo que sofri na
vida, sempre teve um por que. E hoje me orgulho do que vocês se tornaram.
Criei meus filhos com tudo o que pude oferecer, ajudei a vocês, meus netos, a
se firmarem na vida.
É, Thales... Janeiro tá chegando... O balão vai apagando. Mas estou
tranquilo. A hora que Deus me chamar eu tô pronto. Não tenho medo da morte,
mas tenho medo de morrer. Rezo que Deus me dê uma partida serena, tão
serena como foi minha vida. É a ordem das coisas, não sei se chego até lá.
Não “sei se chego, porque janeiro está chegando”.
E assim janeiro não chegou. Fez questão de partir em 15 de dezembro
de 2016. Passar o Natal, beber um vinho, em comunhão com os santos e
anjos, na presença do altíssimo. Em corpo se entregou ao Pai, mas suas
histórias não partiram. Serão eternizadas e contadas neste enredo,
homenageando o carnaval da vida e provando que nem tudo se acaba na
quarta-feira de cinzas, pois a memória é eterna.
* Optou-se por utilizar a palavra “Epílogo” em lugar de “introdução” para melhor formatação e
entendimento de estrutura de sinopse, porém sua função permanece.
Sinopse:
Como toda grande historia, começarei com era uma vez... Sentem-se
que hoje quem contará historias do meu avô sou eu!
Era uma vez um herói, mas esse herói nao usava capa vermelha e nem
cueca por cima da calça. Ele se chamava Eneas Morais Porto, e seu maior
poder especial era contar histórias. Diz ele que nossa familia veio do amor de
uma índia com um português, como nos livros de historia. A partir dê, a familia
construiu sua casa num paraíso chamado Monjolos. Foi nesse lugar que o
pequeno herói viveu varias aventuras com seus irmãos.
Quando ele se tornou um adolecente, teve que sair desse paraíso para
ganhar o mundo junto com seu pai e viverem novas aventuras. É onde ele
chega no Rio de Janeiro, uma cidade enorme e bem diferente de onde ele
vivia. Parece que foi ontem que ele me contava o quanto assustador aquela
cidade parecida de imediato. Mas com o tempo foi se apaixonando por aquele
lugar e tudo o que ali poderia oferecer. Foi ali que ele conheceu o maior amor
dele, as marchinhas do carnaval antigo.
Chegou nesse lugar para seguir os passos do pai, e rapidamente passou
a formar suas próprias pegadas na trajetória de lutas. Rapidamente ganhou o
mercado municipal, e juntamente com seus irmãos, construíram um império
todinho deles. Mas não era um império de castelo, reis e rainhas. Era um
império de laranjas. Nesse foi crescendo e amadurecendo, vivenciando coisas
que formou seu caráter e sua forma de viver.
Teve uma vez que ele me contou que sua vida era movida de muita fé.
Ele nao era muito religioso, mas acreditava demais nas coisas. Já atirou em
fantasma na pescaria, ja foi convocado por Nossa Senhora sem nem perceber.
Mas o que ele mais se orgulhava de verdade era de ter visto uma imagem de
um cruscifixo sangrar de verdade. No momento em que ele foi incredulo, foi
surpreendido por um milagre de verdade. Contou-me que jamais sentiu coisa
igual como a emoção de vivenciar aquele momento.
Tantos momentos ele viveu, tanta coisa boa tinha para contar. Mas nem
sempre sua vida foi um mar de flores. Viveu também momentos que na
verdade mereciam ser esquecidos. Seu império foi desmoronado por ganância,
seu amor traindo e o odiando. Viveu o mal que ela o oferecia, e assim
sobreviveu. Resistiu à tentação de usar uma arma para se vingar, e o orgulho
de não ter se rendido a maldade que o tentava. Mas mesmo com todas as
experiências, não esperava passar pela pior da sua vida, dar adeus a um filho.
Sempre com alegria e vontade de viver seguia dia a dia. Quando sentia
que seu gás vinha apagando, logo já dizia... “Janeiro ta chegando”. Mas sua
força permitiu viver o que jamais acreditou conseguir, minha vitória, meu
casamento, a restauração da sua família. O herói jamais cansava de fazer o
bem e de viver esse bem.
Até que seu ato final chegou. O herói foi chamado para levar suas
historias e sua alegria a outro paraíso, o céu. Levado por anjos, o velho de
memória eterna foi recebido com toda honra e alegria em seu lugar de direito.
Marchinhas no céu agora canta, e suas historias para a eternidade proclama.
Espero agora reve-lo novamente no dia em que meu janeiro chegar,
para que enfim as minhas historias eu possa contar. Alcançar a alegria de
morar nesse paraíso e receber novamente o direito de viver a minha melhor e
maior historia de final feliz, ter como herói o meu avô.
Prólogo
Desejo que esta homenagem se transforme em oração, para que como
balões de gás, rompam toda a gravidade e alcance o mais alto céu. Conto que
este desejo se torne realidade, para que dessa forma chegue aos olhos dele
suas memórias sendo eternizadas aqui na terra, e proclamadas, como ele
sempre desejou.
Espero que este seja mais que um simples enredo, contado e
esquecido. Mas que fique na memória de todos os que forem atingidos pelos
ensinamentos do homem que vivia para ensinar, e espalhar a paz e a alegria.
Que todos o vejam como ele sempre batalhou e mereceu... um verdadeiro
herói.
Se esta mensagem chegar até você, seja por anjos ou por um simples balão...
MUITO OBRIGADO, VOVÔ.
Obs 01: o enredo não é contado com cronologia exata, possuindo variações.
Obs 02: a visão apresentada dos fatos é de acordo com o olhar e o
pensamento de uma criança, não se obrigando apresentar formato exato da
apresentação.
O CONTO DO VELHO DE MEMÓRIA ETERNA
Comissão de frente: CONTO DA SAUDADE
SIGNIFICADO: Como introdução do enredo, a sinopse vem apresentar a
saudade que toma lugar da lembrança. Representando o prólogo apresentado,
a Comissão de Frente vem mostrar de maneira lúdica e nostaugica a
lembranças que o garoto mantem vivas do velho (seu avô), até o momento em
que ele é levado aos céus, deixando apenas a saudade.
COMPONENTES: O VELHO - Representando o velho de memória eterna, o
componente (homem alto), estará vestindo uma calsa de cetim branco, com
terno de mesma cor e tecido. camisa de fundo será em verde claro,
acompanhada de gravata verde bandeira. O sapato, modelo social, será
branco. Para completar, maquiagem com bigode. O personagem não utilizará
chapéu.
O GAROTO - Representando o neto, a fantasia será composta por bermudão
verde bandeira com bordas de tarucel de etafon dourado, Camisa listrada de
branco e verde com bordas de tarucel de etafon dourado, meioes dourados e
tênis verde. Na cabeça um boné de corpo listrado em branco e verde e aba em
estrutura vazada, toda envolvida em led verde.
CRIANÇAS - Representando crianças, as fantasias serão compostas por
bermudão azul com bordas de tarucel de etafon, Camisas coloridas com
bordas de tarucel de etafon, meiões coloridos e tênis amarelos. na cabeça um
boné de corpo listrado em branco e verde e aba em estrutura vazada, toda
envolvida em led verde. Esta aba na troca de roupa será posta para cima, se
tornando uma auréola.
ANJOS - Na troca de roupa, a vestimenta será uma grande túnica em tecido
armado branco com bordado dourado e borda armada em tarucel de etafon
dourado. Esta borda da túnica ficará a 15cm do chão, com detalhe em neon
branco embaixo, dando sensação de estarem flutuando.
TRIPÉ 01: Coreto da saudade
SIGNIFICADO: O tripé representa um grande oratório de “contações” de
histórias, onde o Velho é elevado na saudade do menino, tendo na memória
sempre o velho contador de histórias.
TRIPÉ: O tripé em chassi circular recebe um grande formato de coreto formado
em grandes folhas de espuma e forração brancas. Este coreto Também é
ornado por grandes flores brancas que se fecham formando laranjas. Hora este
tripé de coloração toda branca fica completamente iluminado em verde, hora a
iluminação fica toda branca quente. Para finalizar, no centro deste grande
coreto, um trono de mesmo estilo e cor está presente para a utilização do
personagem principal. Na parte traseira desta alegoria existem 13 hastes onde
as roupas de anjos ficam apoiadas para a troca de roupas.
EVOLUÇÂO: O velho chega andando cercado de crianças e com um livro na
mão. Ele está contando histórias para as crianças, que dançam a sua volta. Em
um determinado momento, ele fica a sós com o garoto à frente do coreto
completamente iluminado em verde, enquanto as crianças trocam de roupa, se
tornando anjos. Estes anjos, já em movimentos mais suaves, afastam o velho
do garoto, e elevam o velho ao trono no coreto. Neste momento, as folhas vão
descolorindo com a mudança de iluminação, ficando todo em branco. Os anjos
envolvem o menino, apresentam o enredo aos jurados. Então parte destes
anjos acompanha o menino em sua saudade, e outra parte segue puxando o
coreto.
SETOR 01 – “Lá no bananal mulher de branco levou pra índio
colar esquisito. Índio viu presente mais bonito. Eu não quer
colar! Índio quer apito!”
SIGNIFICADO: O primeiro setor vem apresentar o inicio de toda a história,
desde um ato de amor a uma devoção hereditária. Com o toque especial da
inocência da mente de uma criança, o amor de uma índia e um português da
origem a família de um herói de fé e esperança.
1º Casal de mestre sala e porta bandeira: O AMOR GENESIANO
SIGNIFICADO: "Minha história começa quando um português foge do seu país
e vem parar aqui no Rio de Janeiro. Ao rodar procurando um bom lugar para
construir sua nova vida, passa a morar nas proximidades da região que
chamavam de Monjolos. Ali ele conhece uma índia da tribo daquela região e se
apaixonam. Foi assim que vovó e vovô deram início à nossa família, de um
amor "genesiano" de frutos índio-lusitanos".
MESTRE-SALA: Representando o Português de maneira bem lúdica, a fantasia
é composta por uma blusa com mangas bufantes e mangas longas em off-
white, com um corpete verde em pedrarias. Uma calça de pernas
curtas bufantes feita de cetim brocado verde bordado acompanha longas
meias off-white. Nos pés, botas modelo colonial verde em pedrarias. Na
cabeça, um chapéu modelo da época em verde com grandes plumas cor off-
white. Para completar a vestimenta, uma capa curta em cetim brocado verde
bordado em pedrarias leves.
PORTA-BANDEIRA: Representando a índia apaixonada, a porta bandeira tem
como vestimenta um corpete em forração de penas desidratadas, todo bordado
em pedrarias. Sua gola rolê em colares de pedraria indígena sobe por um
transpassado nas mesmas pedrarias. Sua saia possui uma base inteira em
capim trançado e bordado com pontos de luz em strass. A saia é completa por
um grande trabalho em faisões desidratados, com quatro leques em faisões
longos tingidos de verde com pontos de luz em strass. Na cabeça, uma
perucaria de canecalon preto liso trançado expressa a aparência indígena e,
sobre esta peruca, um cocar de base em pedraria é coroado de grandes
faisões de mesma tonalidade da saia, com detalhes em faisões menores
verdes com pontos de luz em strass. Este cocar recai sobre seus ombros e
costas, dando volume no restante de sua fantasia. Pintura corporal em verde e
vermelha completa a vestimenta indígena da porta-bandeira.
Cores predominantes: Verde e palha.
Ala 01: MEU PARAÍSO: MONJOLOS
SIGNIFICADO: “Eu sou nascido e criado em Monjolos. Era ali que vovó sempre
viveu, e toda a família criou família ali. Papai tinha uma casa grande, e ali já
tinha umas plantações sabe! Monjolos quase toda era da nossa família, cada
quarteirão era de um tio, e depois foram desmembrando. Mas ainda assim, a
maior parte dali era da nossa família...”.
FANTASIA 01: Representando o local chamado Monjolos, a fantasia é
composta por uma grande casaca portuguesa verde brilhosa com grandes
folhas em espuma e revestimento em brilho, representando a vegetação local.
A borda da manga recebe uma dobra exagerada em dourado. A camisa interna
em tecido de paetê dourado apresenta impressão de luxo do Brasil colônia.
Calça curta na altura do joelho em tecido brilhoso verde possui estampa em
bolas douradas, e recebe grande meia branca por baixo como segunda pele.
Na cabeça, uma grande cartola verde brilhosa auxilia no acabamento de
vestimenta da época.
O costeiro, em estrutura aramada com revestimento em espuma possui
o formato de um grande monjolo de madeira. Um jato de agua caricaturado dá
volume ao costeiro, além de ajudar no movimento de gangorra da peça
principal. Esta peça recebe em seu centro uma arte plumária verde. Todo o
acabamento de base do monjolo, além das alças do costeiro, recebe
acabamento de grandes moitas de capim verde em tarucel de etafon recortado
e pintado. Sapato preto finaliza a vestimenta.
Cor predominante: Verde.
FANTASIA 02: Representando o povo originário dessas terras a fantasia é
composta por uma malha francesa cor de pele com pintura indígena. Tanga em
capim dourado com penas de rabo de galo tingidas em vermelho. Colares,
punhos e tornozeleiras recebem mesmo tratamento em capim dourado e pena
de rabo de galo tingidos em vermelho. Na cabeça, um grande cocar em penas
vermelhas dá acabamento à fantasia. Esta fantasia não possui sapatos,
estando todos descalços.
O Costeiro aramado e revestido em capim possui o formato de uma metade
de oca, com seu interior voltado para as costas do componente. O topo desta
oca circulará o cocar do componente. Finalizando o composé, a fantasia conta
como acessório de mão um grande cesto em vime com falsos grãos dentro
feitos em espuma, onde o integrante posiciona este cesto ao lado de seu
parceiro vestido de português, apresentando o efeito de o monjolo estar
triturando o grão dentro do cesto.
Cor predominante: Vermelho.
Abre-alas: DEVOÇÃO DE TRADIÇÃO, SALVE SANT’ANA
SIGNIFICADO: “Vovó tinha no quarto dela uma bonita, em madeira pintada de
Sant’ana que veio de Portugal. Igual aquela ali parece que só existem três pelo
mundo. E mesmo sendo índia aprendeu a ter devoção por aquela imagem,
tendo o tal oratório no quarto. Depois, com muito custo, nossa família se juntou
também em devoção, e construiu uma capela simples e bonita em Monjolos. A
igreja acabou tomando conta da capela e oficializando ela, mas infelizmente
nossa imagensinha foi jogada de lado. Foi trocada por uma maior e mais
moderna, mas está lá até hoje, empoeirada, mas bonita”.
ALEGORIA: Representando a devoção a Sant’ana, aprendida pelos índios e
passada de pais para filhos, a alegoria é composta por um primeiro chassi em
formato irregular formado por círculos posicionados em 3 andares. Estes
círculos, que possuem tubulações centrais que funcionam como giro para troca
de cenários. Um lado deste cenário, que compõe cada circulo, é oca em palhas
naturais tratadas formando uma grande composição indígena em palha
dourada.
O lado oposto do cenário é um oratório rústico em estilo jesuíta
representando a fé trazida pelos portugueses. Dentro deste oratório, uma
composição vestida de santo (ou santa) em tecidos brilhosos e costeiro e
auréola em acetado dourado e pluma branca. Cada oratório possuirá um santo
diferente. Estes cenários no decorrer do desfile giram, trocando toda a
indumentária central da alegoria, levando a transformação do ambiente
indígena ao ambiente religioso empregado pelos jesuítas, que foi herdado por
toda a família do homenageado.
O oratório do centro, sendo este um pouco maior, recebe o Destaque
central da alegoria, inteiro em pedrarias brancas e douradas e arte plumária em
plumas brancas e penas de pavão desidratadas. Este destaque vem
representando a fé do povo. Nos vazios deixados pelos círculos, sacadas de
mesmo estilo dos oratórios onde abrigam composições vestidas de índios e de
jesuítas representando a junção da fé. Todo o chassi possui acabamento em
velas de espuma que aparentam estar sendo consumidas. Suas chamas
recebem luz, causando efeito de estarem acesas.
O segundo chassi, que recebe formato aproximado para aparência de
continuidade, abandona a rusticidade indígena e jesuítica para a modernidade
de uma construção em tijolos. Este segundo chassi recebe uma capela em
construção, onde volumes laterais serão dados por andaimes com
composições representando construtores da fé vestidos em tecidos dourados e
brancos. As composições do primeiro pavimento lançarão peças (estas em
isopor dando impressão de tijolos com rebocos), onde as composições
superiores encaixam estas peças construindo a capela no decorrer da avenida.
Os vazios da volumetria do chassi recebem guarda corpos em ferro
seguindo o acabamento de andaimes. Nestas sacadas baixas, composições de
construtores da fé preenchem o cenário. O acabamento desta alegoria são
blocos de construção que são lançados para montagem da estrutura central.
Encerrando a alegoria, já na parte traseira, uma réplica aumentada da imagem
original trazida de Portugal. Esta grande imagem, que chega a alcançar 12m de
altura, torna a construção um grande ato de devoção, sendo então abençoada
pela Santa. Toda a iluminação desta alegoria, incluindo a iluminação interna da
saia da alegoria, se dá em branco quente, ampliando a sensação de santidade
e fé.
SETOR 02 - “Ó abre alas que eu quero passar! Ó abre alas
que eu quero passar...”
SIGNIFICADO: Mesmo no início de sua vida já viveu grandes aventuras. E
mostrando que a memória nunca falha, adorava contar essas histórias. Desde
sua família, irmãos, ao caminho de empreendimento junto com o pai,
abandonando a tranquilidade de uma área rural, e encarando a cidade grande.
Ala 02: OS sete MOSQUETEIROS
SIGNIFICADO: "Lá em casa, sabe, éramos sete crianças. Seis meninos e uma
menina perdida no meio de tanto homem. Mesmo sendo sete crianças com
cabeças e instintos diferentes, éramos muito unidos. Estávamos sempre
brincando juntos, trabalhando juntos, e nos apoiávamos como verdadeiros
mosqueteiros."
FANTASIA: Representando a parceria entre os irmãos em suas aventuras a ala
é dividida em sete filas de mosqueteiros com casacas em sete cores diferentes
sendo, azul amarelo, vermelho, verde, roxo, laranja e rosa. A fantasia possui de
base uma camisa de manga comprida branca de estampa de bolinha da cor da
fantasia. Uma grande bermuda de mesmo padrão da camisa completa a base
da fantasia. No pé, uma pantufa em pelúcia no formado de urso. Por cima da
camisa, a casaca padrão dos mosqueteiros nas cores citadas acima, bordados
em dourado. Na cabeça, o tradicional chapéu de mosqueteiro acompanhando a
cor da casaca, com um acabamento de plumas brancas na lateral esquerda.
Cores predominantes: Branco, azul, amarelo, vermelho, verde, roxo, laranja e
rosa.
Ala 03 (crianças): PASCOA DE TRADIÇÃO
SIGNIFICADO: "Jamais me esqueço das páscoas de quando eu era criança. Já
era tradição de todos os anos, na manhã dos domingos de páscoa, papai nos
levava a casa de vovó Dona, minha avó índia. Lá pedíamos a benção dela, e
como presente de páscoa ela nos retribuía com um ovo de galinha pintado por
ela. E dali saía felizes com nossos ovos de páscoa."
FANTASIA: Representando a pascoa de tradição passada pela avó do
homenageado, a fantasia é composta por uma malha inteira de segunda pele
em branco. Por cima da malha, um grande ovo de espuma pintado com pintura
artística indígena, colorido. Na cabeça das crianças, o topo do ovo completa o
formato. Nos pés das crianças, sapatilhas brancas.
Cor predominante: Colorido
Tripé 02: A ADOTADA
SIGNIFICADO: “Certo dia, papai e seu irmão estavam em casa, uma casa bem
antiga e com quintal grande de mata nos fundos. Era mais um dia comum, até
que ouviram choro de um bebe e resolveram ir atrás. Se depararam com uma
linda bebe recém-nascida que tinha sido colocada sobre um formigueiro.
Enquanto titio levava a bebe para casa, outros seguiram a busca pela
responsável pela criança, mas a mãe foi encontrada morta, se enforcou numa
árvore próxima. A menina foi adotada pelo meu tio, recebeu o nome de
Dulciléia, uma baixinha formosa que veio a conquistar meu coração depois de
um tempo”.
TRIPÉ: O tripé representando a criança possui seu chassi em formato de um
grande formigueiro em madeira e espuma. Formigas do mesmo modelo das
fantasias da ala que o acompanha, enfeitam o formigueiro. No topo deste
formigueiro, um grande bebe deitado, todo revestido em látex e pintura
artística, com movimentações reais dará a sensação de um bebe real gigante
deitado no formigueiro.
Cor predominante: Cor de terra e bege.
Ala 04: FORMIGUEIRO
SIGNIFICADO: “O formigueiro que a criança foi encontrada era de formigas
venenosas, daquelas avermelhadas. Por pouco o bebe não morre, chegou a
ficar bem ferida e até febre teve. Mas titio e titia cuidaram bem dela, fazendo
com que as benditas formigas deixassem marcas apenas na historia”.
FANTASIA: Representando as formigas do formigueiro, a fantasia é composta
por malha de segunda pele marrom matizada de fundo, um grande corpo de
formiga em espuma com trabalho de pintura em marrom avermelhado cobre o
corpo do componente, com as patas em balanço na fantasia. Na cabeça, a
cabeça da formiga em espuma completa o formato da formiga. Nos pés,
sapatilha de mesma cor da segunda pele.
Cor predominante: Marrom avermelhado
Ala 05: O QUARTO ESCURO
SIGNIFICADO: "Na época em que éramos pequenos, papai não tinha costume
de nos bater, mas sempre que aprontávamos, nosso castigo era encarar o
Quarto escuro! Era um quartinho abandonado onde eram colocadas frutas para
amadurecer. Tínhamos grande medo do quarto sem luz alguma e de todos os
fantasmas que ali poderiam estar. Tínhamos grande medo, mas nem mesmo o
tal quarto nos impedia de aprontar!”.
FANTASIA: Representando o medo do quarto escuro, a fantasia é composta
por malha preta como segunda pele, uma grande casula em fitas em organza
preta dá grande volume na fantasia. Apoiado no ombro, uma grande estrutura
de uma janela forrada em acetato aberta tem como plano de fundo uma
máscara preta com olhos vermelhos acesos em led. Na cabeça, uma peruca
também em fitas de organza preta dá acabamento como grande cortina. No pé,
uma sapatilha preta completa a fantasia.
Cor predominante: Preto
Ala 06: SEGUINDO PASSOS DE MEU PAI
SIGNIFICADO: “Meu pai sempre plantou frutas, principalmente laranja. E com
isso desde cedo eu ajudava ao meu pai na venda dessas frutas. Ia para a fera
ajudar a ele com a venda, além de ajudar a encaixotar e calcular. Assim acabei
seguindo os passos do meu pai no comércio popular”.
FANTASIA: Representando o garoto que seguiu os passos do seu pai nos
ofícios, a fantasia é composta por grande gola aramada, revestida com E.V.A.
imitando caixas de madeira. Sobre o ombro direito, um grande conjunto de
laranjas em espuma, no outro ombro, abacaxis. Completando a gola, estes
itens recebem acabamento de arte plumária laranja. A camisa, em estampa de
frutas possui fundo alaranjado. Uma bermuda em tecido brilhoso azul, armado,
com barra de tarucel de etafon laranja. Nos pés, uma bota laranja. Na cabeça,
um chapéu com caixa de laranja em espuma completa o visual. Para dinamizar
a impressão da ala, nas mãos dos componentes, varas em alumínio com o
formado de pegadas fazem o efeito de o componente seguir pegadas.
Cor predominante: Laranja.
Alegoria 02: BEM VINDO AO RIO DE JANEIRO
SIGNIFICADO: “Aos quinze anos eu já estava indo para o Mercado Municipal,
na cidade grande, ajudar meu pai nas vendas. Primeiro foi de grabde
estranheza, aquela cidade enorme, completamente diferente de onde vim.
Passei muita coisa naquele mercado, mas no fim, foi um grande aprendizado.
E ali passei a amar cada vez mais, e me sentir bem vindo ao Rio de Janeiro”.
ALEGORIA: A alegoria representando a chegada do então menino ao mercado
do Rio de Janeiro é composta por uma frente em balanço no formato de uma
caminhonete rural em escala aumentada, com sua caçamba carregada de
componentes vestidos de laranjas. Esta caminhonete tem sua traseira saindo
do portal da réplica do antigo mercado municipal decorado com retalhos de
chitas, com acabamentos em dourado.
Ao redor deste mercado, 12 homens vestidos de mercadores carregando
produtos formam o cenário do mercado. Já no fundo da alegoria, grandes
esculturas em gesso fibrado formam o corcovado, o pão de açúcar e a lapa em
aparência estilizada. A saia do carro recebe um grande mosaico de E.V.A
formando o calçadão de Copacabana.
A saia da alegoria recebe neon branco quente, dando impressão de
estar flutuando. O caminhão recebe canhões de iluminação branca quente. Já
o mercadão recebe iluminação branca fria para valorizar o retalho de panos. As
esculturas traseiras da alegoria recebem toque abrasileirado, com iluminação
amarela e verde, com efeito de troca de cores. Strobos localizados na traseira
do mercadão refletem o efeito por toda a traseira da alegoria.
SETOR 03 – “Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil!
Cidade maravilhosa, coração do meu Brasil!”.
SIGNIFICADO: Ao chegar na Cidade Maravilhosa, o garoto viveu muita coisa.
Espantou-se, se alegrou, se apaixonou. “Aprendeu a amar o coração do Brasil,
mas precisou voltar às origens para ali construir seu império”.
Ala 06: O BICHO PAPÃO DA CIDADE GRANDE
SIGNIFICADO: Ӄ sempre muito estranho encarar algo muito diferente da sua
realidade, sabe! E assim foi quando cheguei ao Rio de Janeiro. Eu já era
garoto esperto, mas ali existia muita malicia e maldade que eu ainda não tinha
tido contato. Existiam pessoas muito boas, mas também deparava com os
bichos papões da cidade grande, prontos para devorar os despreparados. Sem
contar o gigantismo daquele lugar que engolia qualquer um que andasse por
ali”.
FANTASIA: Representando o bicho papão da cidade grande, a fantasia é
composta por malha como segunda pele na cor cinza. O corpo da fantasia é
em conjunto com a cabeça e ombreira, formando um grande conjunto de
prédios longos em tecido bordado em tons de cinza. Nos pés, sapatilha cinza.
Acima da estrutura mais alta, central, da torre, em astracã preto, um bicho
papão com olhos vermelhos e braços erguidos e apoiados no topo dos prédios.
Cor predominante: Cinza.
Ala 07: A FUMAÇA DA POLÍTICA
SIGNIFICADO: “Quando fui para o Rio, a politica estava aquecida, o militarismo
ainda estava dominando o povo. Por algumas vezes me vi pego em meio a
lutas politicas com agressoes e fumaça. Nunca me meti nesse meio, mas
marcou a cabeça daquele menino de 15 anos que estava naquele lugar apenas
para trabalhar”.
FANTASIA: Representando a maldade que cercava aquele momento, a
fantasia é co posta por um macacao preto com ossos de esqueleto em E.V.A.
branco. Na cabeça, a mascara tambem de caveira. Envolta do componente,
apoiado no ombro, uma grande estrutura de fumaça rodeia o corpo de cima
abaixo.
Cor predominante: Preto.
Ala 08 (Baianas): CARNAVAL DAS ANTIGAS, PAIXÃO A PRIMEIRA
VISTA
SIGNIFICADO: “Como era bonito chegar às ruas do Rio de Janeiro todas
enfeitadas para o Carnaval. Placas desenhadas por Fernando Pamplona
deixavam a gente de olhos marejados. E é claro que sempre caiamos na folia
nos blocos. E quem não parava para ver a Portela desfilar embaixo dessas
belezas...”.
FANTASIA: Representando as decorações antigas do carnaval, as baianas
estarão vestidas com uma grande saia em rendas brancas. Sobre esta saia,
juntamente com pala da costa, grandes representações de decorações de rua
desenhadas por Pamplona, nas cores rosa e azul, com pompons brancos nas
bordas. No corpo das baianas, o corpete e mangas grandes também em
rendas brancas dão base para as decorações de rua no padrão da saia. Na
cabeça, um grande turbante branco forma base para mais uma dessas
decorações de rua em rosa e azul. Nos pés, sapatos brancos. Para completar,
no pescoço e pulsos, cordões em pompons azuis e brancos.
Cores predominantes: Branco, rosa e azul.
Ala 09 (Bateria): 00h00min
SIGNIFICADO: “Quando jovem o que eu mais gostava nos bailes era quando
marcava no relógio 00h.Toda a elegância dos bailes acabava, a banda trocava
de instrumentos. A partir daí o baile de carnaval estava liberado. A música que
dominava eram as marchinhas, e ai a felicidade da rapaziada estava feita!”.
FANTASIA: Representando a bandinha tocando marchinhas, a bateria estará
vestida com calça em cetim branco, terno em cetim brocado verde bandeira,
camisa de base em branco e gravata verde. Nos pés, sapato branco. Chapéu
de malandro branco com plumas brancas completa a fantasia. Como efeito,
nas ombreias, a fantasia lança confetes e serpentinas pelo trajeto da Sapucaí.
Cores predominantes: Branco e verde.
Ala 10 (Passistas): TERNO ALINHADO
SIGNIFICADO: “Naquela época de moço, quando íamos aos bailes, tínhamos
um terno bem alinhado de linho branco. Como costumávamos ir de caminhão
aos bailes e não poderia chegar amassados, deixávamos para terminar de
vestir o terno e por a gravata já no local do baile. Quem olhava achava que
éramos finos de terno branco e gravata borboleta, mal sabia os bocados que
passávamos para chegar ileso na festa”.
FANTASIA: Representando o terno alinhado, as passistas estão vestidas com
um colam branco bordado com pedras, onde sua parte superior aparenta um
terno branco. No pescoço, uma gravata borboleta verde. Punhos e
tornozeleiras brancas com pedrarias dão acabamento à fantasia. Uma arte
plumária branca nas costas envolve o terno. Sapatos meia pata brancos
completam a vestimenta. Na cabeça, chapéu branco com plumas.
Já os passistas masculinos estão vestidos com um terno branco aberto e sem
mangas não recebem blusa de fundo. No pescoço, uma gravata borboleta
verde. Calça branca social em cetim branco dá leveza. Uma arte plumária
branca nas costas envolve o terno. Sapato social branco completa a
vestimenta. Na cabeça, chapéu branco com plumas.
Cor predominante: Branco.
Ala 11: MARCHINHAS TOCANDO EM MEU CORAÇÃO
SIGNIFICADO: “Logo de cara as marchinhas encantaram meu coração.
Apaixonei-me por todas elas, e assim seguiu por toda minha vida. Por isso
gosto tanto de cantar elas para vocês. Traduz-me felicidade, alegria, a mais
pura emoção de ter vivido esse tempo áureo que vivi”.
FANTASIA: Representando as marchinhas que encantam nossos corações, a
ala representa um grande bloco de rua com diversas fantasias do carnaval de
rua. Tais como palhaços, pierrôs, super-heróis, religiosos, dentre outros. Estes
foliões estarão fora de organização, formando um grande bloco de carnaval e
soltando serpentinas e balões de gás em formato de corações, que representa
a marchinha tocando no coração.
Cor predominante: Colorido.
Alegoria 03: IMPERIO DA LARANJA
SIGNIFICADO: “Com muita luta e esforço, eu e meus irmãos conseguimos
viver da laranja e construir um verdadeiro império de plantação de laranja.
Nosso escurial era enorme, produzíamos milhares de laranjas em Itaboraí, e
movimentamos por anos a economia da cidade. Enviávamos laranja para o
Brasil todo, e tínhamos a melhor!”.
ALEGORIA: Representando a construção do império da laranja, o chassi
possui formato orgânico com sua base inteira em folhas enormes em espuma
verde, formando uma grande plantação. Na frente desta plantação, um trono
dourado em meio às folhas, com duas luminárias em folhas douradas. Neste
trono virá à reprodução do velho como o Imperador da Laranja, em terno
branco.
No meio das folhas verdes, componentes vestidos em folhas verdes
carregam em mãos grandes flores brancas, que fecham e se tornam laranjas.
Esta alegoria, sendo toda coreografada, grandes emaranhados de folhas no
centro da alegoria, são suspensas em elevadores, formando um grande castelo
de folhas com 5 torres. Neste momento, todo o carro que estava florido, dão
frutos. Este movimento se repete por toda a avenida. Esta alegoria possui
intensa iluminação em Led verde, iluminando toda a plantação. O destaque
principal no trono recebe iluminação em branco quente, assim como os
componentes da alegoria.
SETOR 04 – “O que eu já passei, não desejo a ninguém.
Perdoar eu não vou, Implorar também não. Como padece o
meu coração.”
SIGNIFICADO: Uma pessoa de vida muito ativa, acaba passando por muitas
coisas, sejam boas ou ruins. Mas de tudo o que foi vivido, foi tirado
aprendizado. Cada ocorrido aumentava ainda mais a fé daquele que jamais
deixou de rezar.
Ala 12: FANTASMA DO MAR ESCURO, VISÃO OU PAPO DE
PESCADOR?
SIGNIFICADO: “Uma tarde eu, Daíca (meu irmão) e uns amigos resolvemos
pescar em Praia Seca”. Já tínhamos tomado uns gorós, mas eu ainda não
estava bêbado. Preparei meu molinete, o barco já estava apostos. Até que vi a
sombra de um barco com um cara me olhando de maneira muito estranha.
Arrepiei-me dos pés a cabeça e vi que não era boa coisa. “Saquei minha
pistola e atirei algumas vezes, até que me chamaram de louco e me deparei
com um horizonte vazio”.
FANTASIA: Representando o fantasma do mar escuro, a fantasia é composta
por calça em malha cinza como segunda pele, na cintura um barco em
estrutura de ferro revestido em borracha como madeira. Embaixo deste barco,
fitas de organza ababadados em cinza e furta-cor. Sapatilha em cinza completa
a parte debaixo da fantasia. A parte de cima da fantasia, um fantasma em voal
branco, desde a cabeça a parte interna do barco. Nas mãos deste fantasma,
uma vara de pesca com molinete.
Cor predominante: Branco, cinza e marrom.
Ala 13: GRADE ABENÇOADA
SIGNIFICADO: “Sempre fui inseguro, e instalei grades fortes em todas as
janelas da casa. E com isso, a bendita grade nos livrou de algumas invasões, e
em uma delas em que eu poderia ter perdido a vida. Saquei a arma, mas deixei
as balas cair, por não conseguir arrombar a grade, o bandido fugiu. Porém um
pouco antes ele estava preparado para me usar como alvo”.
FANTASIA: Representando o ladrão interrompido pela grade, a fantasia é
composta por calça em tecido brilhoso preto, sapato fechado marrom. A camisa
listrada em preto e branco com listras horizontais possui manga comprida. Na
cabeça, uma touca exagerada em cinza brilhosa compõe a faixa dos olhos
como um bandido, também em cinza. O costeiro na realidade vem invertido,
com uma estrutura de grade à frente da fantasia, inteira envolvida em fita de
led, esta apoiada nos ombros do componente. Para arremate, uma arte
plumária em cinza nas costas do componente.
Cor predominante: Cinza.
Ala 14: CAVALGADA QUE LEVA A SANTA
SIGNIFICADO: “Quando me juntava com Daíca e meus amigos faziam certas
loucuras. Uma vez pegamos cavalos pela roça e decidimos que subiríamos a
serra. Em uma parada para uma pinga, me deparei com uma procissão prestes
a sair. Quando me dei por mim já estava carregando o andor da Santa, onde a
emoção tomou conta de mim, e me apaixonei por Nossa Senhora Aparecida”.
FANTASIA: Representando a cavalgada, a fantasia é composta por calça em
tecido brilhoso branco, sapato azul. A camisa em azul com mangas e bordas
armadas em tarucel de etafon brancos. A fantasia recebe um burrinho em
formato de cavalo revestido de astracã marrom e crina em canecalon, com
apoio nos ombros do componente, dando sensação de estarem todos
cavalgando ao redor da santa.
Cores predominantes: Azul, branco e marrom.
Elemento cenográfico: ANDOR DE NOSSA SENHORA APARECIDA
SIGNIFICADO: “Carreguei o andor por toda a procissão. Aquele momento
marcou minha história. Toda minha vida passou por mim naquele momento, e o
arrepio me comoveu. Tirou lagrimas dos meus olhos e se tornou eterno em
minha memória”.
ELEMENTO: Um grande andor em fibra pintado como madeira é base para
uma escultura de 2m da santa Padroeira do Brasil, com manto em tom de azul
esverdeado e coroa dourada. Para acabamento deste andor, um grande
acabamento em arranjo de flores naturais coloridas no entorno da santa.
Ala 15 (Baianinhas): MILAGRE DO CIRCO DOS INFERNOS
SIGNIFICADO: “Rapaz, ja fui salvo diversas vezes por pouco sabia? Numa
época havia chegado um grande circo em Niterói, e estava fazendo um super
sucesso. Resolvi comprar ingressos para a família toda conhecer o Gran Circo
Norte-Americano. Naquele dia tudo saiu do meu controle, muitas coisas a
serem resolvidas, e perdi a hora do espetáculo. Mais tarde veio a notícia de
que houve uma tragédia, onde o circo pegou fogo matando centenas de
pessoas. Deus nos livrou da morte naquele dia”.
FANTASIA: Representando o circo dos infernos, a fantasia das baianinhas
conta com uma camisa de manga comprida em tecido brilhoso branco com
bolinhas laranjas. A saia da fantasia representa uma grande lona de circo em
amarelo e vermelho, presos por um suspensório vermelho. Uma grande
gravata borboleta em amarelo de bolinhas vermelhas arremata a blusa. Uma
sapatilha branca com meia listrada em vermelho e amarelo completam o visual
de palhaço. Na cabeça, um grande chapeu em cone amarelo com pompons
vermelhos. O efeito da fantasia se dá quando a saia fica iluminada de forma
que aparenta estar pegando fogo no circo.
Cores predominantes: Amarelo e vermelho.
Ala 16: A FEBRE QUE DEUS CUROU
SIGNIFICADO: “Olha... Nao passei sufoco maior do que quando meu filho do
meio teve febre reumática. Ele quase morreu, e o médico já havia o
desenganado. Lutei até o fim, gastei o que não podia, mas nada curava aquele
garoto. Porém a fé foi maior. Deus se apiedou de mim e da minha luta, curou
meu filho”.
FANTASIA: Representando a febre curada com o esforço e a fé, a fantasia
conta com uma calça armada em tecido brilhoso listrado em azul turquesa e
branco. Nos pés uma pantufa em pelucia azul turquesa. A camisa, em manga
comprida, segue o padrao da calça. Na cabeça, um gorro de dormir no mesmo
padrão da roupa. O costeiro recebe um grande travesseiro em azul turquesa na
altura da cabeça do componente, e apoiado na armaçao do costeiro, um
grande termômetro em acetato marcando febre alta. Para completar a fantasia,
o componente carrega em mãos um lençol em azul turquesa, onde se cobre
durante o desfile.
Cor predominante: Azul turquesa.
Ala 17: SÃO FRANCISCO, PROTEJEI MEUS SONHOS
SIGNIFICADO: “Fantasmas vivem perseguindo meu sono e puxando meus
pés. Graças à imagem de São Francisco que vocês me deram é que consigo
dormir. Tenho certeza que ele protege meus sonhos e afasta os fantasmas de
mim”.
FANTASIA: Representando o santo protetor, fantasia é composta por uma
túnica franciscana feita em retalhos de tecido em tons marrons, nos pés a
sandália aberta em couro sintético. Na cabeça uma peruca em canecalon como
do santo, com uma auréola iluminada em Led amarelo. Na mão, uma gaiola
dourada com um fantasminha preso. No ombro direito, um pombo branco. O
costeiro da fantasia é uma grande nuvem de sonho em plumas brancas.
Cor predominante: Marrom.
Alegoria 04: BEIJO TEU SANGUE VIVO, MILAGRE QUE JORRA DA
CRUZ
SIGNIFICADO: “Um dia Itaboraí parou com uma notícia muito inusitada.
Disseram que uma imagem, um cruscifixo, havia sangrado na igreja de Porto
das Caixas. Assumo que fui até La por curiosidade e completamente incrédulo.
Quando subi naquele mezanino empoeirado e cheguei aos pés daquela cruz,
me arrepiei dos pés a cabeça, e a emoção veio à tona. Pude ver de fato um
milagre”.
ALEGORIA: Representando a peregrinação ao milagre de Porto das Caixas, a
alegoria de chassi baseado em circulos possui um ponto central mais alto com
uma réplica da imagem milagrosa alcançando 12m de altura. Ao redor, nos
outros circulos, trajetos de peregrinação em escadarias e corredores decorados
em acetato prensado em formatos barrocos na cor ouro envelhecidos. Imitação
de poeiras e teias de aranha completa a composição. Arranjos florais decoram
o percurso.
Sendo uma alegoria parcialmente coreografada, por todo o percurso haverão
várias composições vestidas de peregrinos percorrendo até a imagem
milagrosa. O ponto alto da alegoria será a dramatizaçao dos peregrinos aos
pés da cruz e o efeito de sangue (em tinta vermelho intenso) jorrando da
imagem. A iluminação da alegoria será em focos de luz direcionados em
branco quente, auxiliando na dramatização.
SETOR 05 – “Quanto riso, oh, quanta alegria! Mais de mil
palhaços no salão! Arlequim está chorando pelo amor da
Colombina no meio da multidão!”.
SIGNIFICADO: Em meio a tanta felicidade e uma vida de superação, o herói
também teve momentos de sofrimento, e já chorou por sua colombina. Este
setor vem mostrar quem nem tudo são flores, mas que nem os contratempos
da vida tiram a razão de viver daquele que fez da sua vida um grande carnaval.
Ala 18: O GOLPE DO FRACAÇO
SIGNIFICADO: “Dos seis irmãos, três cuidavam da parte administrativa da
laranja, eu e outros dois cuidávamos da parte praticamos da plantação.
Cuidava da distribuição das laranjas, venda e colheita. Os negócios iam bem,
ate que entramos em uma crise sem saída. Mas ninguem consegue explicar o
porquê da falencia e o porquê os mais afetados fomos nós da produção, que
perdemos tudo”.
FANTASIA: A ala representando o fracasso da produçao, os componentes
desfilam em duplas carregando caixas de laranjas podres em espuma nas
maos. A fantasia é composta por calça em tecido brilhoso azul como se
estivesse rasgado. Camisa de manga curta bege brilhosa como se estivesse
suja. Nos pés, sandalias abertas marrons. Na cabeça, um chapéu de palha de
colheita decorado com plumas desidratadas, assim como a arte plumaria do
costeiro.
Cor predominante: Nude.
Ala 19: AMIGOS DA GUERRA (ala coreografada)
SIGNIFICADO: “Eu, graças a Deus, fui livrado da guerra. Mas muitos amigos
foram convocados. Assim como tambem fiz muitos amigos que de La voltaram.
Era muito triste partilhar as memorias daqueles guerreiros que tinham uma
nuvem negra na mente. Tantas historias tristes que carrego na mente, essas as
vezes procuro nem contar...”.
FANTASIA: Representando esses guerreiros que retornaram da guerra com
tantas historias, a fantasia conta com uma vestimenta de soldadinhos de
brinquedo, inteira em verde brilhosa, contando também com pintura corporal de
mesma cor. Nas mãos armas verdes com uma rosa branca em cada. Na
coreografia, eles desenvolvem uma chegada na guerra, passam por
recolhimento no canto da avenida. E por fim os soldados atiram as rosas para
as arquibancadas.
Cor predominante: Verde.
Ala 20: A TRAIÇÃO DE SUA AMADA
SIGNIFICADO: “Eu amei da melhor forma que pude. Dei tudo o que ela queria,
e da melhor maneira. Carinho nao faltou, nem atençao sequer. Mas para ela
nao era o suficiente. Diz ela ter se apaixonado por um qualquer, este que a
usou para tomar todo o resto que tínhamos. Meu coração foi partido, mas
jamais abaixei a cabeça e me deixei levar pela traição da minha amada”.
FANTASIA: Representando o coração partido, a calça é inteira revestida de
corações em metade vermelhos e metade pretos. A camisa segue mesmo
padrão da calça. A sapatilha direita em vermelho e a esquerda em preto. A gola
aramada é decorada com corações partidos no meio, assim como o costeiro.
Para finalizar o acabamento do costeiro, uma grande arte plumaria vermelha.
Cores predominantes: Vermelho e preto.
Ala 21: TUA PRAGA NÃO ME ATINGE
SIGNIFICADO: “Mesmo eu fazendo de tudo por ela, simplesmente me odiou.
Queria acabar comigo de qualquer jeito. Se quer saber, até oferenda para
santos maus ela fez, e com questão de me contar. Mas a praga nao me atingiu
e o feitiço virou contra o feiticeiro”.
FANTASIA: Representando as oferendas realizadas contra o personagem
principal, a fantasia é composta por macacão de malha preta como segunda
pele, na cintura uma saia invertida em formato de Alguida, com farofa em
espuma no seu interior. Sapatilhas pretas sao usadas para neutralizar a parte
inferior da fantasia. Em cima, uma grande fantasia de galinha preta revestida
em penas completara a fantasia, sendo a cabeça do componente a propria
cabeça da galinha, e os braços as asas.
Cor predominante: Preto.
Ala 22: A BALA QUE NUNCA SAIU
SIGNIFICADO: “Assim como a maioria das pessoas da época, eu andava
sempre armado. Por diversas vezes tive motivos claros para disparar, assim
como ja cheguei a segurar a arma para atingir meu rival no amor. Mas a bala
que me acompanhava jamais saiu daquela arma, e me orgulho imensamente
por isso”.
FANTASIA: Representando o alvo que jamais foi acertado, a fantasia é
composta por macacão de malha branco como segunda pele, sapato fechado
branco. No troco um grande alvo em vermelho e branco. Na cabeça, um
chapéu com alvo também. Nas mãos uma arma com o cano lacrado.
Cores predominantes: Vermelho e branco.
Ala 23: MESMO ME ODIANDO, JUNTOS ATÉ O FIM
SIGNIFICADO: “Ela me odiou até o fim. Tentou me matar, acabar comigo, mas
o seu fim foi em meus braços. Ela, extremamente doente e precisando de
cuidados intensos. Eu, firme e forte, com saúde o suficiente para cuidar dela.
Trocava frauda, dava de comer, banho e remedio. Se necessario carregaria ate
no colo, pois mesmo nao amando mais, fiz a promessa de ficarmos juntos até o
fim”.
FANTASIA: Representando o eterno pierrô apaixonado que levou a colombina
até o fim consigo, a fantasia é composta por calça larga em xadrez de amarelo
com preto, uma camisa larga de pierrô em listras amarela e preta. Nos pés uma
sapatilha fechada amarela. No pescoço uma grande gola preta, e na cabeça
uma boina xadrez preta e amarela. Nas mãos, uma boneca em tecido vestida
de colombina em rosa e preto, seguindo padrão de estampas do pierrô.
Cores predominantes: Amarelo, preto e rosa.
Alegoria 05: O ADEUS JAMAIS ACEITO
SIGINIFICADO: “Vivi muita coisa, sobrevivi a muitos problemas. Mas este eu
sinceramente jamais imaginei que passaria. Já estou velho, sei que minha hora
está chegando, mas perder um filho nao faz parte da ordem natural das coisas.
Nao consigo aceitar isso, nao consigo sobreviver a essa dor. Esse adeus eu
jamais conseguirei aceitar”.
ALEGORIA: A alegoria representando a morte de um dos filhos do personagem
principal, a alegoria possui formato orgânico, tendo sua superfície rampada em
aclive. A parte superior do aclive recebe revestimento aparentando areia de
praia. A parte inferior tem o mar formado por componentes vestindo organza
azul e furtacor. O movimento destes da sensaçao de mar. Na beira desta praia,
uma escultura de silueta escura de um homem sentado, transformando o
sentimento de saudade em palpável.
SETOR 06 – “Bandeira Branca, Amor. Não Posso Mais. Pela
Saudade Que Me Invade, Eu Peço Paz!”.
SIGNIFICADO: Enfim o último ato daquele que veio abrilhantar o mundo. Seu
final de vida foi completamente digno, levantando a bandeira branca. A
bandeira da paz e do amor. A bandeira do orgulho de ter sido o melhor que
poderia, e ter sobrevivido o suficiente para colher todos os frutos de tanto amor
plantado durante uma vida inteira.
Ala 24: JANEIRO ESTÁ CHEGANDO
SIGNIFICADO: “É, janeiro ta chegando! É engraçado como o nosso gás vai
acabando. Ja não tenho mais aquela força de antes, a respiração vai ficando
fraca, já não consigo mais secar os pés. Já tô velhinho sabe, não vou durar
muito mais tempo. Escreve ai, janeiro ta chegando...”.
FANTASIA: Representando a expressão usada pelo personagem, a fantasia é
composta por uma calça dourada, sapato dourado. Uma camisa dourada
recebe um grande calendário do mês de janeiro em branco e dourado. Na
cabeça, o chapéu dourado recebe um “01” em branco na diagonal direita,
coroado em plumas amarelas. O costeiro, sendo um grande calendário de
janeiro em branco e dourado como uma capa, recebe um coroamento também
em plumas amarelas.
Cor predominante: Dourado.
Tripé 03: MEU PASSAT VERDE OLIVA
SIGNIFICADO: “Que saudade que eu tenho do meu Passat verde oliva. O
bichinho era bom. Tinha uma potência danada. Já rodei muito com ele, até não
enxergar mais o suficiente. Daí ele ficou largado na garagem, e depois de
passado a frente. Mas a saudade ficará do meu Passat verde oliva..”.
TRIPÉ: Representando o Passat verde, o tripé, de chassi arredondado, recebe
um grande Passat revestido de fuxicos verdes. Dentro deste, uma escultura de
Enéas dirigindo o Passat verde. Toda a iluminação deste tripé é em Led verde,
incluindo o neon debaixo da saia do chassi, dando sensação de estar
flutuando.
Ala 25: FAMILIA RESTAURADA, MISSÃO CUMPRIDA
SIGNIFICADO: “Por muito tempo ficou uma confusão na família de um não
falar com o outro. Eu sempre falei que não morreria sem dar um jeito nisso.
Agora finalmente posso morrer, consegui unir a todos antes de partir. Mais uma
missão cumprida”.
FANTASIA: Representando a reunião conseguida pelo personagem, a fantasia
é composta por uma bermuda roxa com barra em tarucel de etafon, um croped
em roxo cria base para a gola aramada em lilaz, com quadros de fotos de
família como se tivessem sido colados. Um sapato roxo nos pés. Na cabeça,
um mesmo quadro com plumas roxas em cima. O costeiro, um grande quadro
de família como os da gola, estando esse envolvidos em grande arte plumária
roxa. Punhos em acetato roxo completam a vestimenta.
Cor predominante: Roxo.
Ala 26: MEU ORGULHO QUE SE TORNA DEDICATÓRIA
SIGNIFICADO: “Mesmo querendo aparentar ser bruto, minha emoção fala mais
alto. E esse garoto conseguiu tirar minhas lágrimas mais uma vez. Meu neto
me deu a honra de realizar sua dedicatória da faculdade para mim. Já tinha
orgulho de ter chegado ao fim da faculdade, e ainda me dá esse presente”.
FANTASIA: Representando o orgulho de ser dedicatória no término da
faculdade do neto, a fantasia é composta por uma longa beca azul pavão com
a dedicatória estampada em tecido exclusivo. Nos pés, sapato fechado azul.
Na cabeça um capelo também em azul pavão. No costeiro, uma grande placa
em dourado com o símbolo da arquitetura, com acabamento em grandes
plumas azul pavão.
Cor predominante: Azul pavão.
2° casal de mestre sala e porta-bandeira: O CASAMENTO DO MEU
PEQUENO
SIGNIFICADO: “Que felicidade, consegui ver meu neto mais velho se casar.
Jamais pensei que chegaria ate aqui. Mas Deus me deu esse presente. So não
sei se conseguirei ver meu bisnetinho, mas tô mais do que feliz!”.
MESTRE SALA: Representando o neto noivo, a fantasia é composta por calça
em cetim brilhoso preto, sapato preto, terno de mesmo tecido da calça. A
camisa social em branco recebe a gravata italiana vermelha. Este mestre sala
nao possuirá cabeça.
PORTA-BANDEIRA: Representando a noiva do casamento, a fantasia é
composta por um vestido de noiva branco, bordado, com saia em formato A. O
sapato vermelho. Na cabeça, uma grinalda em strass e véu meia costa. Para
completar, braceletes dourados com strass finalizam a vestimenta.
Cores predominantes: Preto e branco.
Ala 27: LEVADO POR ANJOS
SIGNIFICADO: “Acordei para mais um dia normal, levantei para tomar café,
voltei ao meu quarto para terminar de me vestir. Seres estranhos,
completamente iluminados, chegaram dizendo que me levariam a um lugar
melhor. Eram simpáticos e emanava amor, então decidi partir com eles,
deixando quase tudo para trás, levando comigo apenas minhas histórias,
minhas lembranças, que são eternas”.
FANTASIA: Representando os anjos que levaram o velho, a fantasia é
composta por um longo quimono em organza branca com asa morcego
esvoaçante. Nos pés, sandália gladiadora branca. O costeiro é formado por
asas também em organza branca esvoaçante. Na cabeça, um grande elmo
com plumas brancas completam a vestimenta do anjo. Toda parte interna da
fantasia recebe fitas de Led, iluminando todo o pano e transformando o
componente em um ser de luz.
Cor predominante: Branco.
Alegoria 06: DAS CRIANÇAS AOS ANJOS, TUA HISTÓRIA SE FAZ
ETERNA;
SIGNIFICADO: “Contei historias para meus filhos, para meus netos, e hoje
estou aqui nesse paraíso contando historias para os anjos. Pensei que nunca
mais cantaria minhas marchinhas, mas aqui tudo o que é bom é liberado. Acho
que esses anjinhos estão se divertido comigo, vivo cercado deles. Me sinto
num oratório cercado de santos. Deus continua sendo bom comigo. Saudade
dos meus seguirei sentido, mas espero me encontrar com todos novamente
aqui neste lindo paraíso”.
ALEGORIA: A alegoria representando o personagem no céu conta com chassi
longo revestido em algodão sintético como nuvens. Colunas de nuves surgem
por toda alegoria, e também formam oratórios no entorno. Nesses oratórios,
componentes vestidos de santos estilizados criam este conjunto. Na parte
superior da alegoria uma grande escultura de Enéas sentado em uma cadeira
contando historias alcança 15m de altura.
No entorno da escultura, 80 componentes vestidos de anjos se localizam
ouvindo essas histórias. Nas colunas de nuvens, também anjos de túnica e
asas. Este conjunto é inteiro em branco, recebendo efeitos de iluminação
branca quente, azul e verde. A frente da alegoria como destaque, o presidente
da liga, Raphael Khaleb vem vestido de anjo da saudade, trajando túnica em
organza transparente, asas em plumas e auréola em Led. Toda essa alegoria
também recebe grande efeito de fumaça. Embaixo da alegoria, iluminação
branco quente, como se este céu estivesse flutuando na avenida.
Prólogo
Ala 28 (Velha guarda): MEU VÔ, ETERNO HERÓI
SIGNIFICADO: “Hoje meu avô não se encontra mais nesse mundo, porém
tenho a consciência limpa de ter feito tudo por ele equanto vivo. Nunca escondi
nem dele e nem de ninguém, para sempre será meu herói!”
FANTASIA: Representando a memória de um avô herói, a velha guarda conta
com um terno de linho branco, com calça e sapatos também brancos. Chapeu
Panamá branco. Já a camisa embaixo do terno será uma blusa com estampa
de super heroi com um “super avô”aparente no recorte do terno.
Cor predominante: Branco.
Ala 29 (Compositores): MINHA HOMENAGEM LEVADA AO CÉU.
SIGNIFICADO: “Hoje não só escrevo para que o mundo conheça as histórias
do meu herói, mas tenho fé de que esta homenagem chegará ao ceu. Confio
que os mesmos anjos que tirara ele de mim se encarregarão de levar essas
singelas palavras até ele, como balões de gás que voam contra a gravidade
para alcançar o mais alto céu”.
FANTASIA: Representando os anjos que levam a mensagem aos céus,
fantasia é composta por saiote prata com borda de tarucel de etafon também
prata. Um corpete de acetato prata dá aparência de arcanjo. Botas de cano alto
prata e braceletes prata completam a vestimenta. Na cabeça, um elmo prata
com uma auréola são coroados de plumas brancas. O costeiro conta com duas
grandes asas de plumas brancas. Nas mãos, compositores carregam balões
brancos personalizados, que são soltos durante o desfile, elevando a
homenagem aos céus.
Cor predominante: Prata.
Referências bibliográficas
Baseado em memórias do carnavalesco.