ESCOLA ESTADUAL MARQUÊS DE MARICÁ · do Ensino Fundamental em seus turnos matutino, vespertino e...

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ESCOLA ESTADUAL MARQUÊS DE MARICÁ ENSINO FUNDAMENTAL SANTA IZABEL DO OESTE – PR NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2010

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ESCOLA ESTADUAL MARQUÊS DE MARICÁ

ENSINO FUNDAMENTAL

SANTA IZABEL DO OESTE – PR

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

2010

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.................................................................................................31 INTRODUÇÃO....................................................................................................41.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO...........................................................41.2 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR.......................................62 OBJETIVOS........................................................................................................92.1 OBJETIVO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO....................................92.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................93 MARCO SITUACIONAL....................................................................................114 MARCO CONCEITUAL.....................................................................................295 MARCO OPERACIONAL..................................................................................395.1 GESTÃO DEMOCRÁTICA.............................................................................395.1.1 ESTRUTURA FÍSICA............................................................................................415.2 GESTÃO PEDAGÓGICA................................................................................415.2.1 Avaliação.......................................................................................................415.2.2 Recuperação de Conteúdos.........................................................................425.2.3 Conselho de Classe......................................................................................435.2.4 Apoio Pedagógico.........................................................................................435.3 FORMAÇÃO CONTINUADA...........................................................................475.4 PLANO DE AÇÃO............................................................................................496 AVALIÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO....................................767 REFERÊNCIAS..................................................................................................77

APRESENTAÇÃO

O Projeto político Pedagógico aqui sistematizado traduz o trabalho

coletivo da Comunidade Escolar, compromissada com a efetivação de uma

educação de qualidade, fundamentada em documentos oficiais e na LDB 9394/96

em seus princípios legais, éticos, pedagógicos e filosóficos.

Proposta esta construída ao longo da realização de grupos de estudos,

reflexões e análises da realidade escolar, diagnosticada através de pesquisa,

reuniões e questionamentos envolvendo pais, alunos, professores e funcionários,

tendo como objetivo a melhoria do ensino no sentido de responder às

necessidades sociais e históricas que caracterizam a sociedade atual.

Da mesma forma que apontará aos educadores e educandos um

indicativo do caminho a percorrer no sentido de estabelecer relações no espaço

em que vive, onde o conhecimento empírico seja a base para o acesso ao

conhecimento historicamente elaborado.

Abrange, em seu contexto a caracterização da Escola Estadual Marquês

de Maricá em seus aspectos físicos e estruturais, com seus problemas e

necessidades concomitantemente com a expressão de uma opção teórica

comprometida com a compreensão crítica da realidade histórico-social da escola

pública, explicitando ações educativas e as características necessárias às

escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade, pautadas no

compromisso com uma sociedade mais justa e igualitária.

Observação: O presente Projeto Político Pedagógico teve sua aprovação

pelo Conselho Escolar de acordo com a ata nº 06/10 de 29/09/10.

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INTRODUÇÃO

1.1 Caracterização da Instituição

A Escola Estadual Marquês de Maricá – Ensino Fundamental, código

0016, está localizada à Rua Acácia, nº. 2043, tel./fax (46) 3542 1945, no centro

do município de Santa Izabel do Oeste – PR, código 2400, próxima à Igreja

Católica, de fácil acesso aos setores do comércio, saúde, profissionais liberais,

entidades civis, religiosas, financeiras e educativas.

Esta Escola está jurisdicionada ao Núcleo Regional de Francisco Beltrão

– PR, código12, e é mantida pelo Governo Estadual. Teve seu início como

Ginásio Estadual de Santa Izabel do Oeste, criada pelo Decreto nº. 3534 de 30 de

dezembro de 1969, com a finalidade de ministrar o Curso Ginasial, nos Moldes da

Lei nº. 4024. O Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino teve a sua

aprovação através do Parecer do Núcleo Regional de Educação Ato nº. 121/02

em 23/04/02.

De início utilizava o espaço físico do Grupo Escolar Guilherme de

Almeida, devidamente ampliado para o seu funcionamento.

No primeiro ano letivo acolheu 69 alunos, formando a primeira turma em

1970, com 32 alunos. A direção, no primeiro ano de funcionamento, esteve a

cargo da professora Martyniana Sava dos Santos.

Através do decreto nº. 6156 de 04 de janeiro de 1979, assinado pelo

então Governador Jayme Canet Júnior, esta escola, na época denominada

Ginásio Estadual Marquês de Maricá, passou a fazer parte do Complexo Escolar

Dr. Nilo Cairo da Silva – Ensino de 1º Grau, e foi reconhecida, juntamente com

seu curso, pela Resolução nº. 2635 de 19 de novembro de 1981, assinada pelo

Secretário de Estado da Educação, Sr. Edson Machado de Souza.

A referida Escola tem esse nome em homenagem a Mariano José Pereira

da Fonseca – Marquês de Maricá, político e escritor brasileiro, que nasceu no Rio

de Janeiro, em 1773. Marquês de Maricá tomou parte ativa no movimento da

Independência. Entre muitos outros títulos, foi ministro da Fazenda de D. Pedro I

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em 1823 e, em 1926, foi nomeado para o Senado, tendo sido um dos primeiros

signatários da Constituição.

Atualmente, a Escola Estadual Marquês de Maricá oferece as séries finais

do Ensino Fundamental em seus turnos matutino, vespertino e noturno,

atendendo a 624 alunos matriculados em 20 turmas. Também oferta a Educação

de Jovens e Adultos – EJA – Ensino Fundamental e Médio com 103 alunos

matriculados. Frequentam o período diurno, alunos que se encontram na faixa

etária de 10 a 14 anos, na sua maioria, e no período noturno, acima de 14 anos.

A escola proporciona a inclusão, recebendo alunos portadores de

necessidades especiais de acordo com a legislação e as condições físicas e

humanas do estabelecimento.

Também oferta Sala de Recursos e Sala de Apoio a Aprendizagem de

Português e Matemática, nos períodos matutino e vespertino sendo que a Sala de

Recursos atende alunos de 5ª a 8ª série / 6º a 9º ano com dificuldades de

aprendizagem, encaminhados mediante avaliação no contexto escolar e avaliação

psicológica, psicopedagógica e/ou fonoaudiológica e neurológica, enquanto a

Sala de Apoio trabalha com defasagem de conteúdos atendendo exclusivamente

às 5as séries / 6os anos.

Ainda oferece o Centro de Excelência de Língua Estrangeira Moderna –

CELEM/Espanhol e como atividades de complementação curricular oferece o

Programa Viva a Escola com aulas ministradas no turno contrário aos de aulas

regulares frequentados pelos alunos matriculados em tais atividades.

A Escola Estadual Marquês de Maricá - Ensino Fundamental organiza o

turno escolar considerando as necessidades dos alunos e os recursos físicos e

humanos disponíveis.

Recentemente passou por reforma predial e sua estrutura física ainda não

atende as necessidades dos estudantes, pois oferece um espaço deficitário, não

ofertando espaço físico suficiente para as necessidades da atual demanda. Conta

com nove salas de aula padrão, banheiros masculino e feminino para alunos,

saguão, cozinha, instalações específicas com salas para administração, serviços

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técnico - pedagógicos, corpo docente, biblioteca, laboratório de informática e

banheiros para professores e funcionários.

No espaço externo há quadra de esportes coberta, estando em

construção os banheiros femininos e masculinos com aplicação de recursos

financeiros da APMF, campo suíço, quadra de vôlei de areia, amplo pátio

arborizado onde se realizam atividades recreativas e esportivas.

No que se refere a equipamentos tecnológicos, a escola dispõe de

televisores (2), vídeo cassete (1), DVD (2), episcópio (1), retroprojetor (1), data

show (1), micro sistem (3), caixa amplificada (1), aparelho para microfone sem fio

(1), antena parabólica e receptor (1), monitores do Paraná Digital (24) CPU do

Paraná Digital (6), impressoras do Paraná Digital (3), televisores multimídias (11),

impressora multifuncional (1), impressora Laser Jet (1), computadores (2).

Todas as nove salas de aula são equipadas com um televisor multimídia

e condicionador de ar, inclusive este último também encontra-se instalado na

secretaria, no laboratório de informática e na sala dos professores.

A biblioteca escolar contém acervo bibliográfico correspondente a livros

didáticos para alunos e professores, livros de apoio pedagógico para o

planejamento e para a formação pessoal do professor, coleções de literatura

infanto-juvenil, enciclopédias de pesquisa, dicionários bilíngues, jornais e revistas.

A biblioteca da escola também conta com uma videoteca, com fitas que

abrangem conteúdos disciplinares e de formação pessoal para professores e

alunos.

1.2 Caracterização da Comunidade Escolar

A Escola Estadual Marquês de Maricá, por ser a única escola localizada

na zona urbana do município de Santa Izabel do Oeste que oferece as séries

finais do Ensino Fundamental, recebe alunos provenientes do centro da cidade,

bairros, vila rural e comunidades rurais próximas à cidade.

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Os alunos oriundos de comunidades rurais correspondem a cerca de

10% do total de alunos matriculados, sendo estes filhos de agricultores cujo meio

de subsistência é a agricultura familiar, com casos que completam a renda

agrícola com trabalho assalariado, e outros ainda que vendem sua força de

trabalho no sistema “boia-fria”.

O perfil sócio-econômico das famílias é distinto, cerca de 25% são de

classe média, 55% são assalariados, com renda de um a dois salários mínimos e

20% não possuem trabalho fixo dependendo de programas assistenciais para

prover a subsistência familiar.

Na formação escolar, cerca de 9% das famílias possuem entre seus

membros, casos de analfabetismo; a maior concentração de formação verifica-se

no nível de Ensino Fundamental, sendo que a formação a nível médio está em 2º

plano e o Ensino Superior presente em aproximadamente 8% das famílias

pesquisadas.

A escola possui entre seus alunos do ensino regular 13% de alunos

trabalhadores, no turno contrário ao da frequência escolar, que necessitam

contribuir com a renda familiar. Já nas turmas de EJA o número de alunos

trabalhadores atinge cerca de 95%, são alunos que não se oportunizaram nos

estudos no tempo próprio devido a fatores sociais, econômicos, políticos e/ou

culturais.

Também se faz presente na realidade escolar o enfrentamento de

problemas sociais como prostituição de menores, drogas e desemprego. Há

também casos, de mães de famílias que se dedicam à prostituição.

Em meio a esta realidade, revelam-se muitos alunos que se destacam

nos estudos, representando com sucesso, a escola em vários eventos, nos quais

demonstram nível acadêmico elevado, senso de responsabilidade e consciência

crítica, elevando a escola nas várias esferas que vêm participando.

Hierarquicamente organizada, a escola possui uma Direção, uma Direção

Auxiliar, representada por professores eleitos a cada três anos de exercício no

cargo, Equipe Pedagógica formada por três professores pedagogos sendo

apenas um concursado. O corpo docente é composto por 49 educadores

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especializados, na maioria pertencentes ao Quadro Próprio do Magistério , cinco

Agentes Educacionais II pertencentes ao Quadro dos Funcionários da Educação

Básica e sete Agentes Educacionais I. Todas as classes de profissionais

participam das capacitações oferecidas pela SEED e também em outros eventos

aos quais têm possibilidades de participar.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Do Projeto Político Pedagógico

Redimensionar o trabalho pedagógico da Escola Estadual Marquês de

Maricá – Ensino Fundamental a partir da análise do processo pedagógico em

seus aspectos positivos e negativos, abrangendo aspectos históricos, sociais,

políticos e econômicos que interagem neste processo, e, por meio do

envolvimento da comunidade escolar traçar os caminhos que devem ser

percorridos para garantir o acesso do aluno à escola, a sua permanência e sua

aprendizagem como forma de inserção social.

A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96) na Seção

III, do Ensino Fundamental, Art. 32, prevê:

Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:

I. o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III. o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV. o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

2.2 Objetivos Específicos

I. Proporcionar igualdade de condições para o acesso e permanência do

aluno na escola, criando alternativas pedagógicas que levem em

consideração os diferentes ritmos de aprendizagem, a valorização das

potencialidades, favorecendo o desempenho acadêmico e a inclusão social

e cultural na escola.

II. Resgatar a especificidade da função educativa da escola, através da

socialização do conhecimento sistematizado, fundamentando o trabalho

pedagógico a partir do conhecimento empírico e culminando com o acesso

ao conhecimento historicamente elaborado ao longo das gerações.

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III. Ressignificar a relação campo/cidade na construção do currículo

escolar, ressaltando a relação de interdependência destes espaços e a

importância de sua conservação de forma harmoniosa.

IV. Propiciar o estabelecimento de vínculos entre família, escola e

comunidade, resgatando os laços de responsabilidade, cooperação,

valores e atitudes, tendo em vista a formação integral do aluno.

V. Proporcionar ao aluno, ao longo de sua escolarização, a apropriação

de conhecimentos necessários para compreender, elaborar e expressar

uma visão de mundo globalizada.

VI. Buscar junto aos órgãos competentes a garantia de espaços de

formação continuada para todos os profissionais da educação,

privilegiando momentos de discussões de temáticas específicas da

realidade da instituição.

VII. Proporcionar uma organização pedagógica que considere as

múltiplas determinações da cultura, as influências do ambiente e suas

diversas interferências no processo educacional, trazendo o significado

destas para o contexto escolar e criando oportunidades de estudo e

discussão abordando os Temas da Diversidade e dos Desafios

Educacionais Contemporâneos.

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3 MARCO SITUACIONAL

Vivemos em uma sociedade neoliberal, onde a cada dia o poder público

minimiza suas obrigações delegando-as à iniciativa privada, fortalecendo o

sistema econômico capitalista que produziu uma sociedade estratificada, com

acentuadas desigualdades econômicas e sociais, impondo um modo de vida em

que se valoriza o consumismo, desviando a formação do ser para o desejo do

ter, restringindo a formação ética e moral a um plano de menor valor.

O processo da globalização permitiu um grande avanço científico e

tecnológico, rompendo as fronteiras físicas e criando uma sociedade

automatizada, bombardeada por informações.

Além das inúmeras possibilidades que a globalização propiciou, ela

também criou um exército de marginalizados que não têm acesso a tais recursos,

bem como influenciou a identidade pessoal e a cultura da sociedade local.

A sociedade brasileira atravessa momentos de crise na luta para manter-

se no sistema econômico capitalista, visto que o poder público está enfraquecido

e não cumpre com seus deveres mínimos previstos em lei.

Neste contexto, a escola se constrói na relação com a sociedade, sendo

um reflexo das necessidades socioculturais, onde: “as tecnologias, ideias e

mesmo, valores assumidos hoje podem estar obsoletos amanhã, e o sentimento

de impotência advindo dessa situação pode ser atenuado eliminando-se as

práticas individuais de reflexão, análise, avaliação e decisão”. (DALBEN, 2004)

Diante desse paradoxo de desenvolvimento econômico/tecnológico e de

desestruturação social/familiar, a escola, como instituição educadora, conflitua

com a necessidade humana de autotransformação que busca, muitas vezes,

apoio nas drogas, nas aquisições materiais e nos modismos.

Em consequência disso, a questão educacional, no aspecto da formação

humana integral, tem-se constituído um problema, pois a sociedade capitalista

prevê a educação como necessária apenas para atender o processo produtivo.

Em contrapartida, uma parcela dos pais sonha que a escola prepare seus filhos

para o ensino superior e outros que os prepare para o exercício do trabalho ou

que lhes proporcione oportunidades de vida.

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Em virtude desses conflitos e contradições a escola, ciente de sua função

socializadora do saber historicamente construído, se encontra como uma força

antagônica aos interesses da sociedade capitalista, tendo seu reconhecimento e

trabalho fragilizado.

Os alunos refletem o contexto sociocultural no qual estão inseridos,

manifestando as consequências da desestruturação familiar e social que se faz

presente na atualidade.

Constata-se, nesta realidade, com dados referentes ao ano letivo de

2009, que do total de 703 alunos da escola, 23,5% reprovaram, sendo que a

maior concentração de reprovações verifica-se com alunos de 5ª série/6º ano.

Em consequência disso, estes alunos usufruem atendimento pedagógico mais

individualizado, frequentando as Salas de Apoio (Português e Matemática) e de

Recursos, disponibilizadas nos turnos matutino e vespertino.

Apesar dessa escola oferecer apoio pedagógico através da Sala de

Recurso e exclusivamente às 5ª séries / 6º anos através de Salas de Apoio

constata-se que ainda não se atingiu o grande objetivo da educação que é reduzir

os índices de repetência, o que remete à necessidade de dispensar maior

atenção pedagógica a estes serviços especializados, oportunizando maior

interação entre os professores destas salas, professores das salas de aula do

ensino regular e equipe pedagógica, em um trabalho conjunto e comprometido,

com acompanhamento detalhado do desenvolvimento de cada um dos alunos,

redimensionando as ações pedagógicas sempre que se fizer necessário, além de

conscientização constante de pais e alunos.

Observa-se que muitos alunos que chegam a essa escola na 5ª série/6º

ano apresentam-se com dificuldades acentuadas em relação aos conteúdos

básicos ministrados nas séries iniciais na área da linguagem e da matemática, o

que requer do professor da classe comum conhecimentos para avaliar a situação

e redimensionar seu planejamento no que tange ao conteúdo, a metodologia, a

avaliação e ao tempo dedicado aos conteúdos que deveriam ter sido dominados

nas séries iniciais, pois contar apenas com o trabalho do serviço de Apoio a

Aprendizagem para a superação dessas defasagens não se faz suficiente, até

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porque as turmas desse serviço especializado não dão conta de absorver a

demanda de alunos com tais dificuldades.

Outro fator que consideramos de extrema importância para atingir-se

resultados positivos sobre a situação descrita é o perfil do profissional que

assume a regência nas 5ª séries /6º anos, uma vez que constata-se que os

professores que possuem em seu histórico profissional experiência em turmas

das séries iniciais, em suas práticas de sala de aula ficam explícitas determinadas

habilidades em ministrar aulas que evidenciam diferenças consideráveis nos

resultados, outros que não possuem essas habilidades, geralmente apresentam

maior dificuldade em desempenhar essa adaptação curricular e há casos de

resistência profissional na aceitação de tal necessidade.

Dentre os alunos que apresentam dificuldades, há casos cujas defasagens

são tão acentuadas que os avanços alcançados são lentos, e a situação é ainda

mais agravada pelo fato de que a grande maioria desses alunos são frutos de

famílias cujos pais não são comprometidos com a vida escolar.

Nessa realidade ressalta-se que os alunos assíduos nas Salas de Apoio

de Português e Matemática superam totalmente ou parcialmente as deficiências

de conteúdo e conseguem sucesso e aprovação na série.

Quanto aos alunos que frequentam a Sala de Recurso, recebem o

estímulo e o acompanhamento individualizado necessários para que prossigam a

escolaridade demonstrando progressos na aprendizagem. Os alunos das Salas

de Recursos e de Apoio, como descrito anteriormente, quando filhos de famílias

descomprometidas com a escola, geralmente são faltosos ou desistentes desses

serviços especializado e mesmo mediante as intervenções pedagógicas junto aos

próprios alunos e pais, nem sempre se consegue grandes resultados. Justificam a

ausência com motivos banais como programas de TV, treinos esportivos ou

constata-se simplesmente má vontade do aluno e ausência de autoridade dos

pais.

As dificuldades de aprendizagem não se reduzem aos alunos de 5ª

série/6º ano, que são atendidos por modalidade de Sala de Apoio pedagógico.

Elas também se fazem presentes nas demais séries, apontando a necessidade de

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ampliação desse espaço, pois, esses alunos com dificuldades acentuadas,

mesmo lhes sendo dedicado intenso trabalho pedagógico, geralmente transpõe

para as séries seguintes um percentual de tais dificuldades, uma vez que estas

provocam pequenos ou lentos avanços em sua superação mediante o aumento

da complexidade e do nível de abstração que os conteúdos das séries seguintes

gradativamente exigem.

Além dos fatores acima descritos, que geram índice de repetência, outro

fator que interfere e agrava esses índices são os problemas sociais e

comportamentais, pois constata-se também que há alunos que somente vem à

escola para cumprir a obrigatoriedade de frequência escolar que lhes garante o

acesso e manutenção dos programas assistenciais, transformando o espaço

escolar unicamente num meio de garantir a satisfação de suas necessidades

básicas, pois somente no Programa Bolsa Escola estão cadastrados 278 dos

alunos matriculados em 2010.

No referente a evasão o índice concentra-se no período noturno que

absorve alunos com características específicas. Em sua grande maioria são

alunos trabalhadores e como tal apresentam-se responsáveis em seus campos de

trabalho, porém, o comportamento assumido na escola, é relapso e de

descomprometimento para com os estudos, sendo que muitos são extremamente

faltosos.

Observa-se que tais alunos vêem a escola como um local de encontro com

os amigos, para diversão, não atribuindo aos estudos o real valor que possuem

na emancipação do indivíduo.

Outra característica que influencia nesses dados é o perfil de defasagem

idade/conteúdo/série, são alunos que predominantemente apresentam

dificuldades de aprendizagem, baixa capacidade de concentração e de abstração

evidenciando maiores habilidades em atividades mecânicas com pouco rigor

intelectual e reflexivo.

Somado a essas dificuldades ainda encontram-se sérios problemas

comportamentais de desrespeito aos profissionais da escola e pelas normas

regimentadas gerando indisciplina e um ambiente de trabalho bastante exigente,

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que requer um preparo mais qualificado dos educadores deste período, o que

deveria ser propiciado em nível de formação continuada oferecida pela SEED.

Também neste turno evidencia-se o consumo de drogas licitas e ilícitas,

prostituição e violência.

Todos estes fatores são causadores do índice de evasão acentuado no

período noturno e indicam limites nas ações pedagógicas, que necessitam ser

repensadas não só a nível escolar, mas em nível de Secretaria da Educação, pois

são questões sobre as quais a escola sente-se impotente.

Esses dados referem-se ao ensino regular, pois a escola neste mesmo

período oferta o ensino da EJA – Educação de Jovens e Adultos cujos alunos

apresentam características comportamentais que diferenciam-se com grande

evidência da realidade acima descrita.

O perfil dos educandos da Educação de Jovens e Adultos também como os

do ensino regular noturno caracteriza-se pelo ingresso prematuro no mundo do

trabalho, pela evasão ou repetência escolar que também requerem ações

pedagógicas específicas que levem em consideração esses fatores. O diferencial

se dá na forma como os educandos vêem a escola contrapondo-se aos alunos do

ensino regular, o aluno da EJA procura a escola muitas vezes por um a

necessidade que lhe foi imposta pelo mercado de trabalho ou por necessidades

pessoais, portanto encaram os estudos com seriedade e comprometimento.

Outro fator que estimula o compromisso com os estudos é a diversidade de

faixas etárias absorvidas na EJA, as diferentes histórias de vida geram uma

riqueza comportamental que prevalecem o bom senso, facilitando as intervenções

pedagógicas as quais produzem muito mais resultados positivos do que o ensino

regular noturno.

Em fim no cotidiano escolar, nos diferentes turnos, verifica-se a presença

de problemas comportamentais que se revelam através da falta de concentração,

ansiedade, irritabilidade, baixa tolerância e precoce experiência sobre a

sexualidade. Há alunos relapsos com os estudos, necessitando de resgate de

valores como o respeito mútuo, boas maneiras e limites.

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Apesar desta problemática os alunos desta instituição , na sua grande

maioria, conseguem assimilar conhecimentos científicos e gradativamente

adquirem responsabilidades. Assumem uma postura de cidadãos organizados,

conscientes de suas ações, questionando fatos e atitudes.

Estas angústias que assolam os profissionais da educação da rede

estadual de ensino são representadas no relatório sistematizado desses

professores com as seguintes falas:

(...) vivemos em uma sociedade cuja organização é injusta, capitalista e desumana onde o ter predomina sobre o ser; uma sociedade elitizada, distante da escola, alheia aos problemas educacionais; que julga a formação dos alunos inteira responsabilidade dos professores... A escola, ao longo dos tempos, tornou-se uma entidade assistencialista, incoerente com a realidade na qual está inserida; fora do contexto político/social; formadora de uma grande parcela de alunos com defasagem de aprendizagem; sucateada em sua estrutura física, instrumental e tecnológica; uma entidade estática e parada no tempo que compete de forma desigual com os meios de comunicação e com outros atrativos que se fazem presentes na sociedade neoliberal que está instalada... Os alunos revelam no dia a dia escolar características heterogêneas, fruto de diferenças sociais, culturais e econômicas; alunos advindos de diferentes estruturas familiares, etnias, posição social, meio rural e urbano; movidos por diferentes interesses como cumprir com a frequência escolar obrigatória que resulta em bolsa escola, vale gás, auxílio alimentação, entre tantas outros programas assistenciais que são legitimados através da escola; alunos apáticos e ansiosos; interessados e desinteressados; alienados e sonhadores... Os professores se encontram preocupados, angustiados, em busca de caminhos e respostas que conduzam a mudanças significativas... é através da ampliação de sua formação inicial, da formação continuada e nos grupos de estudos, que os professores procuram alimentar-se mutuamente, vislumbrando novas alternativas de ação em sua prática pedagógica diária que revertam em aprendizagem qualitativa para seus educandos; sobrecarregados em sua jornada de trabalho; conjugando família e escola em busca de melhorias em sua qualidade de vida pessoal e profissional; (CONSTRUÇÃO DA PROPOSTA POLÍTICO PEDAGÓGICA, 21 A 23 DE JULHO DE 2005)

Os Agentes Educacionais I e II deste estabelecimento de ensino estão em constante aperfeiçoamento profissional, são educadores com formação que se estende do nível de Ensino Médio ao nível de Ensino Superior. Também através da Secretaria de Estado da Educação – SEED, cursaram ou estão cursando o Curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação / Profuncionário.Os Agentes Educacionais exercem sua função educativa no momento do atendimento às necessidades da comunidade escolar, quando expressam as posturas e o posicionamento político-pedagógico através de ações que cada um desempenha na escola. Neste estabelecimento de ensino os Agentes Educacionais vivenciam o reconhecimento dos pais e alunos quanto à sua identidade de educadores, porém evidenciam maior resistência com relação a tal reconhecimento no interior do grupo de professores, por parte dos que ainda não concebem o papel educador para além dos limites da sala de aula, ainda vendo-

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os como trabalhadores tarefeiros. (RECONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, 11 A 13 DE AGOSTO DE 2010).

Os alunos portadores de necessidades especiais, na forma da lei, tem

direitos a serem inclusos em séries com menor número de alunos, porém na

realidade vivenciada nesta instituição a efetivação desse direito esbarra no

obstáculo da falta de salas de aula para a demanda de alunos.

As possibilidades de ação da escola, atualmente estão em procurar incluir

o aluno portador de necessidades especiais nas turmas de perfil mais calmo, o

que de certa forma, também é limitada pelo número de alunos por série que por si

só gera agitação entre eles.

As adaptações curriculares são proporcionadas a todos os alunos que

requerem algum atendimento especial, sendo realizadas no âmbito dos

conteúdos, objetivos, metodologia, avaliação e tempo, conforme a característica

de cada um.

Os profissionais da Sala de Recursos juntamente com a Equipe

Pedagógica realizam as orientações necessárias aos professores da Classe

Comum com relação às possibilidades pedagógicas direcionadas aos portadores

de necessidades especiais.

As turmas da classe comum são formadas pela ordem de realização de

matrícula e, de acordo com a possibilidade, a escola atende ao pedido de pais

e/ou professores para remanejar alunos de turno, mediante a oferta de vagas

Quanto aos alunos transferidos, são incluídos nas turmas de acordo com a série e

número de alunos. A distribuição de turmas entre os professores leva em

consideração as especificidades do profissional e perfil das turmas, observando

para que os mesmos se revezem em relação às séries.

A estrutura física da instituição necessita de melhorias e ampliação.

Apesar de haver sido reformada no ano de 2009, nesta reforma, não foram

previstas a mudança de localização dos banheiros que encontram-se na entrada

da escola, próximos à cozinha, causando um impacto desagradável e mau cheiro.

Também não foram previstas adaptações físicas a cadeirantes, portanto nem os

banheiros, nem as salas de aula e nem a quadra de esportes oferecem

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acessibilidade, sendo que os locais de acessibilidade disponíveis na escola são

os que foram construídos anteriormente a referida reforma a partir de recursos da

APMF.

Outro problema na estrutura física que não foi contemplado na reforma

predial foi a revisão da rede elétrica, a qual por ser muito antiga encontra-se

comprometida requerendo adequação, pois está sobrecarregada oferecendo certo

risco a comunidade escolar.

Há cerca de quatro anos solicita-se ampliação predial com processo

protocolado nos órgãos competentes. Enquanto não ocorre a ampliação a

instituição utiliza-se de ambientes alternativos para o funcionamento do Programa

Viva a Escola, usufruindo da Casa da Cultura Municipal e as Salas de Apoio a

Aprendizagem e Salas de Recursos funcionam nas salas de aula do Centro

Catequético da Igreja Matriz, ambos os ambientes localizam-se nas proximidades

escolares com cerca de dez metros de distanciamento da instituição, o que

permite fácil acesso favorecendo o acompanhamento pedagógico.

A ampliação predial é urgente uma vez que as salas de aulas regulares

encontram-se superlotadas limitando as ações pedagógicas de inclusão de

portadores de necessidades especiais bem como prejudicando o atendimento

individualizado aos alunos com dificuldades de aprendizagem, sobrecarregando a

ação pedagógica do professor e limitando ações mais efetivas.

A quadra esportiva necessita de reforma e reparos constantes na

iluminação. A escadaria que dá acesso à entrada da escola necessita de

cobertura para proteção dos alunos em dias chuvosos. Os muros nos arredores

do terreno escolar necessitam de elevação o que restringiria o acesso à escola ao

portão principal, favorecendo assim o controle da entrada e saída das pessoas

possibilitando maior segurança. A biblioteca encontra-se em espaço restrito,

adaptado, estando adequada somente para receber pequenos grupos de alunos

para pesquisa ou troca de livros e a quadra de vólei de areia necessita de

reparos.

Diante das inovações tecnológicas, também se faz necessário a

estruturação do equipamento que compõe o laboratório de informática, pois a

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atual capacidade do servidor não absorve a demanda de uso advinda dos

educadores e alunos, sobrecarregando-o causando lentidão e até mesmo

travando o sistema, não permitindo sua utilização por determinado período.

Todas as vezes em que houve problemas no funcionamento do laboratório

de informática necessitando da assessoria técnica do CRTE in loco, na medida do

possível, os técnicos disponibilizados no Núcleo Regional de Educação sempre

atenderam prontamente ao chamado da escola. Porém o que evidencia-se é o

fato de que apenas dois técnicos não são suficientes para atender aos

laboratórios de informática de todo o núcleo.

A organização curricular do ensino regular desta escola encontra-se

expressa na proposta Pedagógica Curricular elaborada pelos professores das

diferentes disciplinas.

Tal elaboração teve como suporte teórico as Diretrizes Curriculares

Estaduais da Educação Básica, documento sistematizado a partir das discussões

realizadas pelos professores da rede estadual de educação.

A Proposta Pedagógica Curricular expressa o histórico de cada disciplina

definindo seu objeto de estudo e seus objetivos, a metodologia, a avaliação e

seus conteúdos estruturantes/básicos e específicos para cada série. Articulados

aos conteúdos são trabalhados os Temas da Diversidade e os Desafios

Educacionais Contemporâneos (Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção

ao Uso Indevido de Drogas, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Educação

das Relações Etnicorraciais e Afro descendência e Gênero).

Os estudos sobre o Paraná estão contemplados nos conteúdos de

História e Geografia nas 6ª, 7ªe 8ª série /7º, 8º e 9º ano.

A Matriz Curricular adotada pela escola no ensino regular oferece na

parte diversificada o ensino de Língua Estrangeira Moderna – Inglês e nas

disciplinas da Base Nacional Comum o Ensino Religioso como disciplina opcional

para o aluno.

O trabalho pedagógico prioriza o enfoque ao conteúdo de forma

contextualizada, privilegiando a aplicação da teoria em situações práticas que

conduzem a sistematização do conhecimento.

19

A Proposta Pedagógica Curricular da EJA encontra-se em reconstrução,

tendo como subsídios teóricos as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação

de Jovens e Adultos e as da Educação Básica, tendo como eixos articuladores da

proposta a cultura, o trabalho e o tempo. Tal proposta curricular possui

características específicas para o atendimento às necessidades do perfil dos

educandos da EJA, constituindo uma estrutura flexível. O currículo formal tem

uma organização abrangente na qual os conteúdos culturais relevantes estão

articulados à realidade em que o educando se encontra, em favor de um processo

integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas do

conhecimento.

O Ensino de Língua Espanhola, através do CELEM oportuniza ao aluno

aprender vivenciar o conhecimento da cultura dos povos falantes da língua em

estudo, tendo a possibilidade de refletir, entender, bem como ampliar os

conhecimentos que possui sobre a língua materna.

O domínio de uma língua tem estreita relação com a possibilidade de

participação social, pois por meio dela o ser humano se comunica, tem acesso às

informações, utiliza-se da tecnologia que dispõe; expressa e defende pontos de

vista, reelabora conceitos e visões de mundo, partilhando os saberes necessários

para o exercício da cidadania. Particularmente a Língua Espanhola adquire

importância prática para os alunos desse estabelecimento, pelo fato de nosso

estado (região) limitar-se com países onde esta é a língua oficial.

Como atividades de complementação curricular o Programa Viva a Escola

compreende atividades criadas a partir de recortes de conteúdos disciplinares

contemplados na Proposta Pedagógica Curricular.

Consiste em atividades pedagogicamente organizadas a partir de 4

(quatro) núcleos de conhecimento: Expressivo – Corporal, Científico- Cultural,

Apoio a Aprendizagem e Integração Comunidade e Escola. Estas atividades são

estabelecidas segundo o interesse apresentado pelos educandos em desenvolvê-

las, considerando a realidade da escola e suas necessidades socioeducacionais.

O principal objetivo do programa é viabilizar o acesso, permanência e a

participação dos educandos em atividades desenvolvidas no turno contrário ao de

20

aulas regulares, aumentando o tempo e permanência desses alunos na escola,

afastando-os de possíveis situações de vulnerabilidade social.

O Programa Viva a Escola está organizado segundo a Instrução nº 117/08

– SUED/SEED e aprovado pela Resolução nº 3683/2008

Frente ao processo avaliativo observa-se diferentes posturas dos

professores mediante diferentes compreensões e a efetivação da avaliação como

recurso pedagógico.

Anualmente na ocasião dos encontros pedagógicos a temática avaliação é

pauta para os estudos, reflexões e discussões entre os professores sob a

mediação da equipe pedagógica. Esse tema sempre gera muita polêmica, o que

demonstra que há muito a se avançar nessa questão, apesar de que já houveram

progressos no que se refere a necessidade da diversificação das formas e

instrumentos avaliativos, sobre a recuperação dos conteúdos não aprendidos,

sobre a necessidade da avaliação estar ocorrendo durante todo o processo de

ensino e não somente ao final dos bimestres e também com relação às

adaptações curriculares.

São avanços consideráveis, porém, para atingir-se o ideal há uma grande

caminhada a ser percorrida, marcada pela subjetividade presente nas

características individuais de cada professor que expressa diferentes bagagens

pedagógicas, gerando diferentes compreensões e consequentemente diferentes

práticas, mesmo quando lhes proporcionadas as mesmas reflexões.

Essas diferentes caminhadas pedagógicas dos professores transparecem

em práticas que evidenciam um grupo de profissionais com maior flexibilidade,

cujos estudos e reflexões expressam a incorporação de uma prática avaliativa

como parte integrante do ato de ensinar que a utilizam em prol da democratização

do conhecimento, cujos critérios avaliativos são claros, em consonância com o

sistema avaliativo regimentado. Há um outro grupo, mais rígido, em que as

reflexões até então realizadas não deram conta de promover os avanços

necessários desses profissionais frente ao trabalho avaliativo, ainda não o

incorporaram como parte do processo de ensino, os critérios avaliativos não são

claros e alguns ainda, apesar de realizarem a recuperação de conteúdos não

21

aprendidos, resistem em aplicar novo instrumento avaliativo não transformando

essa recuperação de conteúdo em recuperação de nota.

Essas divergentes formas avaliativas se apresentam também nas

diferenças significativas de nota do mesmo aluno em relação a disciplinas afins ou

complementares.

Outro ponto que necessita ser superado é o descompromisso de alguns

poucos profissionais com relação ao seu trabalho pedagógico, cujas notas dos

alunos não refletem o desenvolvimento de aprendizagens reais.

A média alcançada pelo aluno deve refletir a assimilação dos conteúdos

mínimos necessários para a continuidade do ensino nas séries seguintes e

quando tais conteúdos mínimos não são atingidos deve haver a recuperação

paralela.

A realização da recuperação paralela causa certas dificuldades para o

professor ao deparar-se com diversos níveis acadêmicos reunidos numa mesma

série e com alunos que não possuem consciência coletiva em relação ao valor da

cooperação, respeito e paciência para com os colegas, respeitando a

individualidade de todos. Considerando também a grande quantidade de alunos

por sala de aula e o perfil de extrema agitação entre os alunos, a recuperação

paralela e o atendimento às individualidades é um grande desafio a todos os

professores.

No processo de avaliação escolar, o professor interpreta os resultados da

aprendizagem apresentados pelo aluno e atribui valores, os quais são

transformados em notas bimestrais. Será considerado aprovado o aluno que

apresentar frequência igual ou superior a 75% do total da carga horária do

período letivo e média igual ou superior a 60 resultante da media aritmética dos

bimestres, em cada disciplina.

Os dados avaliativos são resultado do desempenho do aluno em

diferentes situações de aprendizagem (trabalhos individuais e em grupos,

pesquisas, apresentação e organização do material diário, desempenho na

apresentação e elaboração de trabalhos pedagógicos, envolvimento nas aulas,

provas orais e escritas, objetivas e descritivas, individuais e em grupos, com

22

consulta ou sem consulta) selecionadas pelo professor durante todo o período

letivo, de acordo com a especificidade e objetivo do momento. Além dos

instrumentos avaliativos utilizados em sala de aula, os resultados do AVA –

Avaliação do Rendimento Escolar do SAEB, também constituem instrumentos de

avaliação para o aluno e para a instituição.

A escola não oferta Progressão Parcial, e caso receba alunos de outro

estabelecimento que tenha essa progressão, será ofertado o turno contrário da

respectiva série.

O Conselho de Classe tomado como um momento de reflexão e

redimensionamento das práticas pedagógicas, quando comparado a antigas

práticas já vivenciadas nessa escola em que restringir há um momento de

desabafo de angústias dos professores quanto aos problemas de aprendizagem e

disciplinares, constatam-se que houveram avanços consideráveis. O Conselho

de Classe assumiu um caráter mais pedagógico, reflexivo e de tomada de

decisões mediante dificuldades enfrentadas em determinadas turmas e com

relação a casos específicos, cujas peculiaridades necessitam ser discutidas pelo

Conselho.

Ainda há muito a ser aprimorado nas discussões de Conselho de Classe

para que se otimize esse momento em todo o seu potencial pedagógico, mas

caminha-se para isso, apesar de ainda haver alguns poucos profissionais que

necessitam realizar seu desabafo, no entanto estes já estão tornando-se

praticamente inexistentes.

O planejamento escolar na prática, na maioria das vezes, resume-se a

uma listagem anual/bimestral de conteúdos, seguida de encaminhamentos

metodológicos e avaliativos generalizados, decorrentes do curto espaço de tempo

que ainda é compartilhado com estudos de formação continuada.

O momento do planejamento ainda não efetivou-se plenamente como

uma oportunidade de troca de experiências pedagógicas, de crescimento coletivo

que deve ser aproveita ao máximo. No entanto, apesar de encontrar algumas

resistências, a equipe pedagógica vem realizando seu trabalho para quebrar a

23

tradicional elaboração do planejamento, criando situações que exijam maiores

reflexões, estabelecendo diálogo entre os professores.

Gradativamente nos encontros pedagógicos está sendo desconstruída a

visão burocrática referente ao planejamento, a fim de que esse documento seja

parte do processo de ensino, e sirva para aprimorar a prática docente.

A Hora-atividade é uma conquista recente que trouxe grandes melhorias

para o processo educativo e para o professor, pois propiciou-se um espaço para

este dedicar-se, no seu horário de trabalho, ao aprimoramento de suas atividades,

aliviando a sobrecarga que a profissão de professor impõe no período

extraclasse, porém o tempo da hora-atividade é insuficiente mediante a demanda

de trabalho que a profissão exige, necessitando ser ampliado.

A escola procura organizar os horários de hora-atividade de forma a se

contemplar o encontro de professores da mesma disciplina, o que tornaria esse

momento mais rico e produtivo, apesar de nem sempre isso ser possível pelo fato

de o mesmo professor ter aulas em outras instituições o que exige uma postura

flexível da escola.

Quanto à formação continuada ao quadro de profissionais, a escola

oportuniza a participação em cursos, seminários e simpósios organizados pela

SEED e eventos educativos de interesse dos educadores, apoiados pela direção

escolar que dispõe condições para que esta participação seja possível.

A participação familiar na vida escolar do educando sempre foi algo que a

Escola Estadual Marquês de Maricá objetivou, criando situações através de

reuniões periódicas, promovendo eventos e convocando a presença dos pais

sempre que necessário. No entanto, a participação ainda necessita ser ampliada,

criando vínculos de maior comprometimento, para tanto a escola desenvolve o

Projeto Permanente Família na Escola criado e implantado a nível de Núcleo

Regional de Educação, cujo objetivo é desenvolver formas criativas de estimular

tal vínculo.

A gestão escolar realiza-se com a participação dos órgãos colegiados,

professores, funcionários e pais que participam nas decisões financeiras,

administrativas e pedagógicas. A ação da APMF se dá por meio da participação

24

em reuniões escolares para tomadas de decisões de cunho financeiro e

pedagógico, no que se inclui também a organização e participação de eventos

escolares, com ou sem fins lucrativos.

O Conselho Escolar, um órgão deliberativo, participa de reuniões de

cunho administrativo e pedagógico, em alguns momentos de estudos, de

planejamento de ações pedagógicas e de aplicações financeiras. Também é

acionado para análise e tomada de decisões quanto a casos peculiares que

envolvem alunos para os quais as ações praticadas pela escola não surtiram

efeitos.

O Grêmio Estudantil é um órgão importante pela sua possibilidade de

contribuição na formação de lideranças, de atitudes democráticas, de

responsabilidade, cooperação e iniciativa entre os alunos. O Grêmio foi reativado

recentemente necessitando de preparo através de grupos de estudos para

compreensão de seu papel na comunidade escolar e para o desenvolvimento de

ações mais efetivas.

A direção demonstra preocupação em zelar pelo patrimônio escolar e, na

medida das possibilidades, ampliá-lo. Na linha pedagógica, acompanha o trabalho

dos professores, funcionários e alunos estimulando o desenvolvimento de ações

educacionais que elevem o nível de aprendizagens e a qualidade no atendimento

das necessidades da comunidade.

Os momentos propiciados para a efetivação da Gestão Democrática se

dão por ocasião das Semanas Pedagógicas e das Reuniões Pedagógicas,

momentos em que se discutem as problemáticas escolares e se propõem ações

para superá-las sendo estas referentes a todos os âmbitos escolares e

encontram-se expressas no Plano de Ação Anual do estabelecimento.

Também nos momentos de reuniões com os órgãos colegiados são

espaços para o exercício da Gestão Democrática, porém alguns limites

necessitam ser transpostos para que ocorra sua plena efetivação.

Vivenciamos a pouca disponibilidade dos membros da comunidade

escolar para compor tais órgãos colegiados e os poucos que se dispõe a compô-

los no decorrer do período de gestão pouco se envolvem com a função assumida

25

e muitas vezes nem se fazem presentes nas reuniões, eximindo-se de seu papel

representativo dos diferentes segmentos da comunidade.

Transparece que a comunidade não quer envolver-se nas atividades

sociais, pois isso exige disponibilidade de um tempo extra, além da carga horária

de trabalho diária, e tal envolvimento requer doação em prol do benefício

comunitário.

Para que se efetive realmente a Gestão Democrática se faz necessário

que os membros dos órgãos colegiados “vistam a camisa” pela escola. Para

tanto, a presença assídua desses representantes da comunidade no cotidiano

escolar se faz necessária, para que obtenham subsídios através do conhecimento

das práticas escolares com relação a seus limites e possibilidades e para uma

participação mais consciente e coerente.

Diante do ritmo de vida acelerado da sociedade que penaliza os tempos

individuais das pessoas e a convivência familiar, encontrar pessoas a realizarem

o trabalho comunitário que a Gestão Democrática exige torna-se limitado.

Evidencia-se a necessidade de, no decorrer do ano letivo, criar-se mais

espaços para a elaboração de linhas de ações conjuntas (equipe pedagógica,

direção, professores e funcionários), sobre as peculiaridades de determinadas

salas de aula com perfis específicos, e com relação a ações educativas em

âmbito geral da escola, espaços estes que ficam penalizados pela constante

necessidade da equipe pedagógica, e até mesmo a direção, estarem atendendo a

substituição de professores, bem como na orientação e organização de tantos

assuntos e documentos exigidos pela SEED ou ainda resolvendo situações

indisciplinares dos alunos.

A documentação pedagógica é necessária, no entanto, a escola absorveu

tantas exigências burocráticas (relatórios, planilhas de dados e fichas) que está

sobrecarregando tanto o trabalho do pedagogo como do diretor e funcionários e

principalmente tratando-se do pedagogo a escola deve estar alerta para evitar

correr o risco de este se tornar um burocrata desvirtuando a sua real função.

Num ambiente escolar do porte da Escola Estadual Marquês de Maricá

muitas são as formas de pensamentos dos grupos. A gestão procura, em suas

26

decisões, atender as necessidades da escola, o que nem sempre significa

contentamento de todos. Isso gera tensões grupais que necessitam ser

trabalhadas a fim de todos convergirem, apesar das diferenças, ao ponto comum,

que é o aprendizado do educando.

A Equipe Pedagógica trabalha conjuntamente com a direção, dando

suporte técnico-pedagógico ao grupo de professores, alunos e pais. É composta

por um grupo de profissionais com formação específica que busca, dentro das

possibilidades, contribuir para o aprimoramento e eficiência do trabalho

pedagógico. Porém, pelos motivos anteriormente citados, o grupo é levado a

“apagar incêndios”, ou seja, faz-se um pouco de tudo na escola e o efetivo

trabalho pedagógico fica a desejar. Portanto, a Equipe Pedagógica necessita criar

momentos de planejamento da ação pedagógica, um período de hora-atividade

destinado para refletir, estabelecer objetivos e ações a serem efetivadas.

O tempo escolar é um dos elementos constitutivos da organização do

trabalho pedagógico. O tempo escolar é constituído pelo calendário escolar que

prevê início e fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos

escolares em que o ano se divide, os feriados cívicos e religiosos, as reuniões,

etc. totalizando 200 (duzentos) dias letivos de efetivo trabalho com alunos. O

horário escolar fixa o número de horas por semana que uma determinada

disciplina é ministrada em cada série, variando de acordo com as disciplinas

constantes na grade.

É de competência do professor que se encontra com o número de aulas

dadas abaixo do número de aulas previstas, pela grade curricular adotada,

organizar-se junto a equipe pedagógica e ao grupo de professores para que se

efetivem trocas de aulas com professores que possuem número de aulas

excedentes, considerando a utilização de espaços proporcionados por ocasião da

participação dos professores em cursos ou quando os mesmos se ausentam

mediante atestados médicos.

Para a reposição dos conteúdos, o professor poderá organizar trabalhos

extra classe que deverão ser retomados e concluídos em sala de aula.

27

Os professores que fazem uso de metodologias variadas, adequando-as ao

perfil da turma e aos conteúdos a serem desenvolvidos. Para o bom andamento

das aulas utilizam-se recursos variados que abrangem desde material de uso

comum a vídeos, dvd´s, TV multimídia, laboratório de informática, microsistem,

revistas, visitas, entre outros disponíveis para uso de professores e alunos.

O horário escolar fragmenta as disciplinas e isso leva a uma

supervalorização do tempo, que é breve, visto que há menos de 1(uma) hora para

cada aula. Quanto mais fragmentado o horário, mais difícil as possibilidades de

trabalho integrado das disciplinas. A escola procura criar um horário que favoreça

aulas geminadas, porém a rotatividade de professores nas escolas dificulta esse

trabalho. Ainda no que se refere ao calendário escolar, necessita-se prever tempo

para acompanhar e avaliar o projeto político pedagógico.

28

4 MARCO CONCEITUAL

Em virtude do contexto escolar retratado e analisado, buscamos através

da reflexão coletiva, delinear a especificidade do projeto pedagógico da educação

na perspectiva histórico crítica, onde se revela a concepção de sociedade como

o centro do trabalho educativo. Educação e sociedade são conceitos

interdependentes, pois qualquer reformulação social é condição fundamental de

toda reforma pedagógica, a qual deverá contribuir para transformações na

sociedade.

A sociedade como a agregação de grupos sociais que conhecem e

respeitam as normas de conduta legais/morais estabelecidas e que atuam de

acordo com os direitos individuais e coletivos pautados na solidariedade,

responsabilidade e justiça, grupos sociais estes onde o homem é entendido como

um ser bio-psicosocial, constituído através das relações que estabelece com a

natureza, com os próprios homens e com o transcendente, sendo influenciado e

exercendo influência no espaço em que vive, pois, ao mesmo tempo que o

indivíduo nasce em uma sociedade com regras estabelecidas

concomitantemente, como um ser integrante desta sociedade, age sobre ela,

influenciando-a com suas ações guiadas pelas suas próprias necessidades,

criando sua existência e gerando transformações.

Frigotto (1994, p. 186-187) destaca que, para Saviani, o entendimento da

educação em geral e da educação escolar, é fundamental, ambas como práticas

sociais produzidas historicamente no processo de produção e reprodução material

da vida humana, sendo que a especificidade da educação situa-se na produção

de ideias, conceitos, valores, hábitos, atitudes e habilidades que constituem o

conjunto da produção humana não-material.

Neste contexto, a escola é a “instituição especializada para operar a

passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à

cultura erudita que postula a diferença com o ponto de partida e a igualdade como

ponto de chegada, promovendo a socialização do conhecimento

sistematizado”( FRIGOTTO,1994)

29

Conhecimento este definido como o saber acumulado pela humanidade

através dos tempos, historicamente construído através das relações que os

homens estabelecem com a natureza e com os próprios homens.

“(...) o conhecimento se origina na prática social dos homens e nos processos de transformação da natureza por eles forjados. (...) Agindo sobre a realidade os homens modificam, mas numa relação dialética, esta prática produz efeitos sobre os homens, mudando tanto seu pensamento, como sua prática.” (CORAZZA, 1991, P. 84 citado por GASPARIM, 2003, p. 4).

“Todavia, não apenas a realidade material e a ação do homem sobre ela dão origem ao conhecimento humano. As organizações culturais, artísticas, econômicas, religiosas, jurídicas, etc. também são expressões sociais que cumprem essa função. Enfim, é a existência social dos homens que gera o conhecimento.” (GASPARIM, 2003, p. 4).

Desta forma, o conhecimento transmitido na escola é o conhecimento

erudito, científico, dinâmico, visto que, por ser constituído pelos homens está em

constante transformação, em um movimento dialético, onde o novo conhecimento

já traz consigo sua negação, o que servirá de base para novas produções. Assim,

o que é tido como verdade hoje, poderá ser negado amanhã por um novo

conhecimento. Assim: “O conhecimento, como fato histórico e social, supõe

sempre continuidade, rupturas, re-elaboração, reincorporação, permanências e

avanços” (GASPARIM, 2003).

Ou ainda, o conhecimento que a escola trabalha, embora seja o

conhecimento científico, não desconsidera o conhecimento do senso comum,

visto que este é tido como o ponto de partida e de chegada da prática

pedagógica, que deve tomar o conhecimento como movimento que parte da

síncrese (sensorial concreto, o empírico, o concreto percebido), passando pela

análise (abstração, separação dos elementos particulares de um todo,

identificação dos elementos essenciais, das causas e contradições fundamentais)

e chegando à síntese (o concreto pensado, um novo concreto mais elaborado,

uma prática transformadora). (CORAZZA, 1991. P. 85 citado por GASPARIM,

2003, p. 5).

Todo processo ensino-aprendizagem está ligado à avaliação, cuja função

social está intimamente vinculada a um projeto de vida para os homens, pois

educa-se para a sociedade que se deseja ver transformada.

30

A avaliação em si mesma, como operação técnica, não tem sentido, nem

significado, pois coexiste na relação com os demais elementos do processo

educativo.

Quando usada como recurso norteador da prática pedagógica, a

avaliação permite melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem; é a

manifestação de quanto o aluno se aproximou dos objetivos estabelecidos em

relação a determinados conteúdos, tendo em vista o processo ensino-

aprendizagem e o redimensionamento de sua prática pedagógica.

A avaliação tem, enquanto função técnica, a função de garantir

informações úteis aos homens. E é neste aspecto que a questão básica se impõe:

O que é importante e necessário para os homens?

A partir daí a avaliação deve ser um projeto social onde a humanização

seja garantida através do resgate da função social dos conteúdos trabalhados,

pois, de acordo com Luckesi:

Um educador que se preocupe com que sua prática educacional esteja voltada para a transformação, não poderá agir inconsciente e irrefletidamente. Cada passo de sua ação deverá estar marcado por uma decisão clara e explícita do que está fazendo e para onde possivelmente está encaminhando os resultados de sua ação. A avaliação, neste contexto, não poderá ser uma ação mecânica. Ao contrário, terá de ser uma atividade racionalmente definida, dentro de um encaminhamento político e decisório a favor da competência de todos para a participação democrática da vida social. (AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR, P.46, S/d.)

Os avanços cietíficos-tecnológicos, que facilitam a aquisição de

conhecimentos e informações fora da escola, exigem do professor uma nova

forma de estudar, preparar os conteúdos, elaborar e executar seu projeto de

ensino, como às respectivas ações dos alunos.

A aprendizagem dos conteúdos por parte dos alunos significou, por muito

tempo, pré-requisito para uma boa nota. Hoje a escola deve direcionar seus olhos

para outra finalidade, a finalidade social dos conteúdos que devem estar

integrados e aplicados teórica e praticamente no cotidiano do educando.“Nessa

perspectiva, o novo indicador da aprendizagem escolar consistirá na

31

demonstração do modelo teórico do conteúdo e no seu uso pelo aluno, em função

das necessidades sociais a que deve responder.” (GASPARIM, 2003, p. 2).

Isso exige do professor um trabalho contextualizado dos conteúdos, que

privilegie a contradição, a dúvida, o questionamento, que se interrogue as

certezas e as incertezas, despindo o conteúdo de sua forma neutra, pronta e

imutável. Para tanto, a metodologia de trabalho do professor na escola pública,

segundo Gasparim, deve partir da realidade social das massas populares,

passando à teorização dessa prática social, levando o educando a questioná-la

com base num suporte teórico que explicite e explique essa realidade, em todas

suas dimensões (conceituais, científicas, históricas, econômicas, ideológicas,

políticas e culturais) para que este aluno retorne à prática social posicionando-se

de maneira diferente. Consequentemente, sua prática também não será mais a

mesma. “Seu pensar e agir podem passar a ter uma perspectiva transformadora

da realidade”, (GASPARIM, 2003, p. 8) pois o aluno retornará mais crítico,

pensador de sua práxis.

A aprovação escolar reflete a aquisição pelo aluno do mínimo necessário

para sua progressão, considerando o processo de aprendizagem e os quesitos

exigidos na série seguinte, sistematizados e legitimados pela avaliação escolar

representada pela média 6,0 (seis vírgula zero).

Por em prática uma avaliação formativa não é tarefa fácil porque

professores, alunos e pais estão habituados a um modelo avaliativo mais

tradicional, a avaliação formativa exige constante reflexão sobre todos os

envolvidos no processo ensino-aprendizagem e seus diversos aspectos.

A avaliação não pode voltar-se somente para a aprovação ou reprovação,

pois deverá ser comprometida com o sucesso de todos.

De acordo com Arroyo:

Não deixaremos de reconhecer e estar atentos à diversidade de contextos de aprendizagens, estar atentos às trajetórias humanas, sociais de cada educando e de cada coletivo racial, social, porém não interpretemos essa diversidade como alunos-problema, como lentos, burrinhos, ignorantes, menos capazes de aprendizagem e de formação. Planejaremos com profissionalismo políticas e estratégias afirmativas que dêem conta dessas diversidades de contextos de aprendizagens, de socialização, de trajetórias humanas. (2004, p.363)

32

Este é um desafio para os professores da educação, uma obrigação a mais

para garantir a todos os educandos(as) seu direito de aprender, através de

agrupamentos não classificatórios ou segregadores (entre estes a reprovação).

Porém, sabe-se que a massificação da escola, intensifica

consideravelmente o insucesso escolar. E a reprovação do aluno reflete (muitas

vezes) um fenômeno social no qual o aluno não pode ser o único protagonista,

temos os pais, os docentes, a escola, as políticas públicas e o governo. Problema

social este, que a reprovação do aluno, isoladamente, não irá resolver.

A reprovação acontece após esgotada os recursos em sala de aula e após

o aluno ter sido submetido as atividades de recuperação paralela, que retomam

os conteúdos através de aulas diferenciadas, com metodologias adequadas ao

nível de compreensão do aluno, ocorrendo de forma imediata à identificação da

dificuldade o que consequentemente reverter-se-á em recuperação de nota

mediante reavaliação através de novos instrumentos avaliativos.

A escola busca a gestão democrática se organizando internamente através

de relações horizontais, mediadas pelo diálogo e pelo consenso, respeitada a

hierarquia estabelecida e as atribuições amparadas pelo Regimento Escolar,

tendo como objetivo a socialização do conhecimento historicamente elaborado

para as novas gerações.

A busca da gestão democrática inclui necessariamente a ampla

participação dos representantes dos segmentos da escola nas decisões e ações

administrativo-pedagógicas desenvolvidas, as quais tem sua culminância na

razão de existência da escola, como instituição responsável em garantir o

ingresso e a permanência do aluno na escola, bem como o acesso ao ensino de

qualidade. Entende-se por ensino de qualidade um ensino que parte do

conhecimento empírico do aluno, sendo sistematizado através da socialização do

conhecimento científico, que reverterá em instrumento para o exercício pleno da

cidadania.

Os órgãos colegiados como o Conselho Escolar, APMF, Conselho de

Classe e Grêmio Estudantil são de grande importância na efetivação da gestão

33

escolar democrática, visto que são órgãos responsáveis pela articulação entre a

comunidade escolar e os setores da escola.

O Conselho Escolar é um órgão responsável pela elaboração,

deliberação, acompanhamento, avaliação do planejamento e do funcionamento

escolar, é um órgão colegiado que representa uma oportunidade dos pais

aprenderem e ensinarem na escola.

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada

classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo

ensino-aprendizagem na relação professor-aluno, professor-turma e os processos

adequados a cada caso.

O Grêmio Estudantil envolve os alunos em questionamentos e atividades

com finalidade social, desportiva, cultural, cívica e espiritual, que contribuem para

o crescimento contínuo da comunidade escolar.

A APMF é uma associação cujo objetivo é aprimorar o ensino e

integração com a família, bem como discutir ações de assistência ao educando,

participar de todo processo escolar, gerir e administrar os recursos próprios e os

que lhe forem confiados através de convênios.

A escola e a família possuem o mesmo objetivo, ou seja, de proporcionar

o desenvolvimento da criança e o sucesso na aprendizagem, portanto devem ser

parceiros em prol da diminuição da evasão e da repetência, resultando em

melhoria de rendimento dos alunos/filhos.

É preciso que se cultive uma relação de confiança entre a escola e os

pais, onde os pais estão cientes dos problemas podem contribuir para as

discussões das soluções e, ao mesmo tempo em que equipe diretiva, pedagógica

e funcionários estejam preparados para receber críticas e implantar sugestões.

Os pais são sujeitos legítimos, integrantes do processo educativo e como

tal membros da comunidade escolar.

A gestão democrática abrange as dimensões pedagógicas,

administrativas e financeiras. Exige uma ruptura histórica na prática da escola, a

partir do enfrentamento das questões de exclusão, reprovação e da não

34

permanência do aluno na sala de aula, que reflete na consequente

marginalização destes estudantes.

A organização do trabalho da escola, na perspectiva democrática, está

fundamentada nos princípios que norteiam o funcionamento da escola em sua

globalidade. Assim sendo, a igualdade de condições de acesso e permanência

dos alunos na escola deve estar garantida pela escola para que se verifique a

desigualdade “apenas” no ponto de partida, mas que haja igualdade no ponto de

chegada.

Veiga cita Saviani (1982, p. 63) onde salienta que “só é possível

considerar o processo educativo em seu conjunto sob a condição de se distinguir

a democracia como possibilidade no ponto de partida e democracia como

realidade no ponto de chegada”.

Entendendo que igualdade de oportunidades vai além da expansão

quantitativa da oferta, requerendo, portanto, ampliação do atendimento e,

paralelamente, a manutenção da qualidade.

Vale lembrar que a qualidade não pode ser privilégio de minorias

econômicas e sociais, mas um direito ao qual todos tenham acesso.

Além de garantir o acesso e a qualidade é necessário viabilizar a

permanência dos alunos que ingressam na escola, evitando de todas as

maneiras possíveis a repetência e a evasão escolar, pois, qualidade, de acordo

com Demo (1994, p. 49), “implica consciência crítica e capacidade de ação; saber

e mudar.”

Outro aspecto importante para que a gestão democrática se efetive é a

capacitação continuada dos educadores que tem, em seu contraponto, a

qualidade do ensino/aprendizagem e a valorização do magistério, lembrando que,

a qualidade do ensino ministrado na escola e seu sucesso na tarefa de formar

cidadãos capazes de participar ativamente da vida socioeconômica, política e

cultural, relacionam-se, não somente ao efetivo trabalho em sala de aula, mas

também à formação (inicial e continuada), condições de trabalho (recursos

didáticos, físicos e materiais, dedicação, número de alunos...), remuneração,

entre outros.

35

A hora atividade é o tempo reservado ao professor em exercício de

docência, para estudos, avaliação e planejamento. O professor em efetiva

regência de classe tem 20% de hora atividade sobre o total de horas-aula

assumidas.

Este período de tempo deve priorizar o encontro dos professores por área

de conhecimento; para planejamento e desenvolvimento de ações que visam o

enfrentamento de problemáticas diagnosticadas no contexto escolar; para

correção de atividades dos alunos, estudos e reflexões que visam a melhoria da

qualidade de ensino; atendimento de alunos, pais e assuntos de interesse da

comunidade escolar.

Ao conceber a escola como um espaço educativo em todos os ambientes

que a compõem, os educadores/Agentes Educacionais I e II assumem um

importante papel formador fora da sala de aula, interagindo com os educandos e

com a comunidade e devem estar preparados para desempenhar este papel cada

vez melhor.

Baseado no fato de que todas as ações exercidas na escola educam, é

que se espera que o Agente Educacional, para assumir seu papel de educador

“(...) se preocupe com que a sua prática educacional esteja voltada para a

transformação, não podendo agir inconsciente e irrefletidamente. Cada passo de

sua ação deverá estar marcado por uma decisão clara e explícita do que está

fazendo e para onde possivelmente está encaminhando os resultados da sua

ação (…) dentro de um encaminhamento político e decisório a favor da

competência de todos para a participação democrática da vida social”. (LUCKESI,

1984:46)

A formação continuada é direito de todos os profissionais que trabalham

na escola, na perspectiva da especificidade de sua função, pois possibilita a

progressão funcional baseada na titulação, qualificação e na competência de seus

profissionais, mas, fundamentalmente, propicia o desenvolvimento profissional

articulado com as escolas e seus projetos, estendendo a discussão para além dos

conteúdos curriculares, mantendo a visão da escola como um todo e suas

relações com a sociedade.

36

A escola pública tem sido usada ao longo do tempo como suporte físico e

de pessoal à implementação de programas assistenciais, desvirtuando sua tarefa

específica, o ensino. Segundo o Currículo Básico para a Escola Pública do

Paraná, 1990, a recuperação da especificidade da escola significa recuperar sua

razão histórica, aprendendo-a na questão do conhecimento explicativo da

organização da sociedade e de sua produção material e cultural, mantendo a

potencialidade da escola como central, numa sociedade como a nossa.

Cabe à escola dosar e sequenciar o saber sistematizado, o conhecimento

científico, tendo em vista o processo de transmissão-assimilação, assim o

currículo deve ser entendido como “o conjunto das atividades nucleares da

escola.” (Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná cita SAVIANI, 1990).

O currículo deve então privilegiar o acesso aos conteúdos clássicos sem

desconsiderar a cultura popular que deve ser tomada como ponto de partida no

processo de sistematização do conhecimento. Como argumenta Saviani:

Vejam bem, eu disse saber sistematizado. Não se trata pois de qualquer tipo de saber. Portanto, a escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não ao saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura popular. (NATUREZA E SOCIEDADE, 1984)

O currículo de uma escola nem sempre está explícito em conteúdos,

metodologias recursos de ensino, avaliação e relação pedagógica, há um

currículo oculto, que está presente nas opções políticas, morais e éticas, que é

transmitido pela relação pedagógica, pelo ambiente escolar, pelo livro didático e

pelas rotinas escolares. Estas mensagens implícitas devem ser tidas, como diz

Moreira (1992), citado por Veiga (1995), um discurso crítico, onde encontra-se

uma noção de controle social para a emancipação, com fins de liberdade que

dêem ao estudante uma voz ativa e crítica.

A organização curricular é dinâmica, visto que o conhecimento não é algo

estático, necessitando o currículo ser, periodicamente, repensado, reformulado e

realimentado com novos conhecimentos ou novas perspectivas pedagógicas,

levando em consideração uma opção política em favor das classes populares,

identificando os componentes ideológicos do conhecimento escolar.

37

Para Veiga (1995) baseado em Bernstein (1989) “a escola deve buscar

novas formas de organização curricular, em que o conhecimento escolar

(conteúdo) estabeleça uma relação aberta e inter-relacione-se em torno de uma

ideia integradora. (...) O currículo integração, portanto, visa reduzir o isolamento

entre as diferentes disciplinas curriculares, procurando agrupá-las num todo mais

amplo”.

Considerando que a inclusão e a diversidade são temas presentes nas

discussões educacionais e, sendo de conhecimento que os seres humanos são

constituídos por diferenças, a escola propõe-se a enfrentar as desigualdades

sociais e promover a valorização das especificidades culturais, contribuindo assim

para a efetivação do processo ensino-aprendizagem.

De acordo com Ferreira e Guimarães:

Constitui verdade inquestionável o fato de que, a todo momento, as diferenças entre os homens fazem-se presentes, mostrando e demonstrando que existem grupos humanos dotados de especificidades naturalmente irredutíveis... Em resumo, os seres humanos são diferentes, pertencem a grupos variados, convivem e desenvolvem-se em culturas distintas. São então diferentes de direito. É o chamado direito à diferença; o direito de ser, sendo diferente. (2003, p.37)

Uma instituição educacional deve primar pela qualidade do processo

ensino-aprendizagem e proporcionar aos alunos uma estrutura física adequada,

para recursos humanos suficientes e materiais de apoio pedagógico de acordo

com a necessidade e solicitação dos profissionais. Para tal necessita recorrer aos

órgãos responsáveis, pois escola de qualidade não se efetiva apenas com

quadro-negro, giz, voz e boa vontade.

Tendo consciência da grande evolução tecnológica da atualidade, sabe-se

que a escola precisa modernizar-se para manter seu espaço educacional e o

prazer dos alunos em frequentar a escola e estudar. Desta forma a instituição

escolar pode andar lado a lado com outros segmentos sociais.

38

5 MARCO OPERACIONAL

Após a caracterização da Escola Estadual Marquês de Maricá em seus

aspectos administrativos e pedagógicos, define-se o referencial teórico histórico-

crítico que fundamenta a opção da escola em favor do resgate da sua função,

essencialmente educativa, e delineiam-se as linhas de ação a serem

implementadas na escola.

As linhas de ação ora definidas convergem, em seu conjunto, para a

superação dos problemas detectados no marco situacional, fundamentados

teoricamente no marco conceitual e que, ao longo das discussões coletivas para a

construção do Projeto Político Pedagógico, foram definidas como eixos

norteadores da gestão escolar, no seu desafio pela superação da marginalidade,

em favor de uma sociedade mais justa e igualitária.

5.1 Gestão democrática

Para efetivação da gestão democrática faz-se necessário a estruturação

de espaço de reflexão coletiva para analisar, avaliar, retomar ou sugerir ações

para a melhoria do processo educativo, alternando espaços reservados à

comunidade escolar, envolvendo pais e alunos, semestralmente ou quando

necessário, e espaços bimestrais para reflexões internas do grupo de

professores e funcionários da escola.

É fundamental o desenvolvimento de ações pedagógicas que trabalhem a

importância da presença dos membros da comunidade de pais nos órgãos

colegiados representativos da comunidade escolar, para estimular a

disponibilidade destes em participar da Gestão Democrática. Isso se dará nas

assembleias gerais de pais e educadores, em períodos anteriores a formação dos

grupos que comporão a APMF e o Conselho Escolar.

Quanto ao Grêmio Estudantil, anteriormente a formação das chapas que

concorrerão ao pleito, realizar-se-á assembleia geral de alunos para

esclarecimentos sobre o papel dessa entidade representativa do corpo discente,

39

para que sejam compostas as chapas de forma mais consciente do compromisso

que assumirão.

No decorrer do período de gestão dos referidos órgãos, realizar-se-á

reuniões formativas periódicas para reflexões sobre como poderão estar

exercendo suas funções de formas mais atuantes na Gestão Escolar para a

construção de uma escola mais democrática.

A organização do horário escolar se dará em conjunto com os demais

diretores, de forma a garantir ao maior número de docentes de cada área, a

realização de sua hora atividade nos dias pré definidos pelo NRE, lembrando que

a hora atividade deve ser exercida em função do aluno, do professor e do

estabelecimento de ensino, devendo ser realizada no espaço escolar, facilitando a

interação destes profissionais e sua participação em encontros de formação, sem

prejuízo para o aluno ou para a escola.

Na Hora-Atividade o professor organizará as atividades pedagógicas a se

aplicarem nas turmas, discutirá com colegas as dificuldades da disciplina e das

turmas, pesquisará temas contemporâneos, fará leituras e ainda auxiliará a

instituição escolar quando necessário, especialmente por ocasião de eventos,

e/ou atividades extra curriculares desenvolvidas.

Serão viabilizadas condições necessárias para que os alunos e professores

participem de atividades extracurriculares como o FERA, Com Ciência,

Conferência Nacional do Meio Ambiente, Olimpíada de Matemática e Jogos

Escolares proporcionando transporte, apoio técnico pedagógico através de auxílio

nas pesquisas de professores e alunos, na elaboração dos projetos, na confecção

de material pedagógico, suprindo ausências dos professores responsáveis pelo

acompanhamento do grupo envolvido nas atividades. Salienta-se que as

atividades extracurriculares só possuem sentido se puderem enriquecer as

atividades curriculares próprias da escola, não podendo, de forma alguma,

prejudicá-las ou substituí-las.

No referente a materiais de apoio pedagógico, a direção escolar oferecerá

suporte financeiro dentro das possibilidades da escola, de forma a garantir as

40

condições de trabalho das diversas disciplinas, Sala de Apoio, Sala de Recursos

e Equipe Pedagógica, conforme a necessidade apresentada pelos profissionais.

5.1.1 Estrutura Física:

A manutenção do prédio escolar é constante, com pequenos reparos e

desde que esteja dentro do orçamento da escola.

Realizar a cobertura da escada que dá acesso à entrada da escola, para

proteção dos alunos em dias chuvosos e revestimento, com material

antiderrapante, nos degraus da escada.

Solicitação, através de projetos, para novas salas de aula, construção de

novos banheiros, aprovação do projeto em andamento para o mini ginásio

escolar. Pedido de verbas para a elevação dos muros da escola, garantindo

maior segurança.

Reinvidicar aos órgãos competentes condições necessárias para

adaptação do espaço físico escolar às necessidades dos alunos inclusos, quando

se apresentar necessário.

A gestão democrática evidencia-se através da organização de horários

especiais, de forma a viabilizar a participação dos profissionais em encontros de

formação e/ou capacitação continuada, sem prejuízo da escola ou do aluno.

5.2 Gestão Pedagógica

5.2.1 Avaliação:

A avaliação do aproveitamento escolar deverá ocorrer durante o período

letivo em diferentes situações de aprendizagem com a realização de trabalhos e

atividades de pesquisas, produções orais e escritas, acompanhamento diário

através do caderno, participação nas atividades propostas, desempenho em

seminários, júri simulado entre outras, que privilegiem a produção no contexto de

41

sala de aula, além de avaliações representativas da produção individual do aluno

frente aos conteúdos trabalhados.

As atividades avaliativas realizar-se-ão em relação ao conteúdo trabalhado,

envolvendo todas as disciplinas, priorizando-se os aspectos qualitativos, através

de atividades que demonstrem a compreensão do conteúdo avaliado.

O resultado final do processo avaliativo deverá representar a produção

individual e coletiva bem como a evolução do aluno em função do trabalho

desenvolvido ao longo do período letivo, demonstrando ter caráter contínuo,

permanente, cumulativo e formativo, utilizando a comparação com os parâmetros

indicados pelos conteúdos, evitando-se a comparação de alunos entre si.

As avaliações pedagógicas e/ou psicopedagógicas, os relatórios de Sala

de Apoio ou Sala de Recursos, as individualidades do aluno, além do domínio

mínimo dos conteúdos exigidos, serão considerados nas decisões do processo

avaliativo.

Para os alunos portadores de necessidades especiais as avaliações de

aprendizagem contemplarão suas características individuais, através das

adaptações curriculares necessárias.

Os resultados do processo avaliativo serão registrados em documentos

próprios como o caderno de registro de classe, a fim de asseguradas a

regularidade e a autenticidade da vida escolar do aluno.

5.2.2 Recuperação de Conteúdos:

Para o aluno cujo aproveitamento escolar for insatisfatório com relação aos

objetivos propostos para cada conteúdo, será proporcionada a recuperação de

conteúdos, concomitante ao período letivo, retomando-os em sala de aula com

uso de novas metodologias e recursos diversificados, atendendo as

individualidades dos educandos.

Após a recuperação dos conteúdos o aluno será submetido a reavaliação,

mediante novos instrumentos avaliativos, prevalecendo o melhor resultado obtido

ao final do processo.

42

O aluno, que após a recuperação paralela de conteúdos não atingir a

média avaliativa 6,0 ou não tiver 75% de frequência, será retido na mesma série,

devendo refazê-la no ano seguinte.

5.2.3 Conselho de Classe:

O Conselho de Classe será precedido pela realização do Pré-Conselho

conduzido pela Equipe Pedagógica, pelo professor regente e alunos, com registro

de melhorias, problemas e sugestões a serem levadas ao Conselho de Classe.

No momento do Conselho de Classe, analisar-se-ão os resultados de

aprendizagem da turma em relação ao desempenho, organização dos conteúdos,

metodologia e processo avaliativo, além do levantamento da frequência escolar,

para, a partir disso, definir metas e linhas de ações coletiva em relação aos

aspectos que necessitam ser redimensionados, remetendo a direção e/ou equipe

pedagógica ao Pós-Conselho de Classe, retornando às turmas o resultado do

Conselho de Classe, que deverá ser analisado e refletido com os alunos e

registrado em ata.

5.2.4 Apoio Pedagógico

O apoio pedagógico dar-se-á através do acompanhamento do

planejamento pedagógico e evolução dos alunos da Sala de Recurso e Apoio, em

relação à frequência escolar e à superação das dificuldades diagnosticadas em

sala de aula, diminuindo desta forma os índices de evasão e repetência.

Realizar-se-á avaliação no contexto escolar de alunos cujos indícios

pedagógicos apontam possíveis problemas de aprendizagem mais

comprometedores.

Através dessa avaliação no contexto serão coletados dados pedagógicos

da área acadêmica e comportamental do aluno em questão e após será

encaminhado o aluno juntamente com o relatório sobre tais dados para avaliação

de profissionais especializados (psicólogo, psicopedagogo e fonoaudiólogo) para 43

uma avaliação mais precisa que diagnostique a situação do aluno e fornece

indicativos de ações pedagógicas a serem a ele aplicadas.

Promover-se-á reuniões pedagógicas com os professores de turmas em

que hajam alunos inclusos e que apresentarem maiores dificuldades de

aprendizagem juntamente com os professores da Sala de Apoio a Aprendizagem

e Recursos para, após discussão dos diagnósticos individuais de alunos e/ou

coletivos de turmas, definir pontos estratégicos e procedimentos a serem

adotados por todos por meio das adaptações curriculares que se fizerem

necessárias, visando a diminuição da evasão e repetência escolar, e

consequentemente a melhoria na qualidade de ensino.

O acompanhamento pedagógico das atividades de Complementação

Curricular do Programa Viva a Escola e do CELEM / Espanhol será por meio da

observação do Plano de Trabalho Docente e deste na consonância com a

Proposta Pedagógica Curricular. A frequência dos alunos também é um indicativo

sobre se os objetivos das propostas estarem ou não sendo atingidas, bem como

a observação das atividades desenvolvidas como forma de expressão das

aprendizagens efetuadas, sendo que sempre que necessário fornecer-se-á

orientação aos professores para o aprimoramento da prática a fim de que se

atinja o propósito de suas implantações.

O apoio pedagógico também se efetivará na ocasião das reuniões

pedagógicas com educadores cujos assuntos a serem refletivos e discutidos

serão delimitados a partir das necessidades emergentes detectadas no cotidiano

escolar para que sejam estabelecidas ações pedagógicas a partir do coletivo da

escola e por todos assumidas e aplicadas.

A orientação do grupo de professores com relação à elaboração de

documentos pedagógicos como a Proposta Pedagógica Curricular, Plano e

Trabalho Docente e preenchimento do Livro de Registro de Classe são ações

pedagógicas realizadas anualmente no decorrer do ano letivo, bem como articular

a elaboração, a avaliação, a implementação e execução do Projeto Político

Pedagógico e do Regimento Escolar junto ao grupo de educadores e comunidade

escolar.

44

Coordenar a Formação Continuada dos profissionais da educação na

ocasião das Semanas Pedagógicas também é um apoio pedagógico a ser

desempenhado pela Equipe Pedagógica.

Cabe a Equipe Pedagógica juntamente com a Direção organizar e

coordenar reuniões de pais com o objetivo de refletir, discutir e traçar ações para

melhorar o processo de ensino e aprendizagem, bem como realizar atendimentos

individualizados a casos específicos que exijam um acompanhamento mais

direcionado.

Também lhes cabe a articulação das atividades de Complementação de

Carga Horária previstas em Calendário Escolar tais como:

* Dia da Família na Escola, é a ocasião em que educadores e alunos

organizam-se para receber pais e comunidade em geral para desfrutar de

momentos descontraídos que promovam a integração escola/família. Na ocasião

ocorrerá a socialização de trabalhos escolares produzidos até então pelos

alunos sob a orientação dos professores, expostos em painéis ou através de

atividades de dança, teatro, poesias, músicas entre outros. Também serão

desenvolvidas atividades recreativas e todos os professores de todas as

disciplinas deverão envolver-se e contribuir para essa realização com a

colaboração dos funcionários.

* “Festas Juninas”, tradicional da escola, deverá envolver todas as

turmas, sendo que cada disciplina explorará este projeto dentro da sua

especificidade, adaptando-o e trazendo para a sala de aula aspectos relevantes

desta comemoração típica de nossa região, visto que a escola é a instituição que

cultua e preserva esta tradição. O trabalho pedagógico desenvolvido terá como

culminância a realização da Festa Junina quando ocorre a abertura da escola

para a apreciação da sociedade em um momento de integração

escola/família/sociedade, momento no qual os pais terão a oportunidade de

presenciar a produção artística, cultural e acadêmica dos filhos.

Diante de um evento desse porte a disponibilidade e o envolvimento da

comunidade escolar são essenciais desde o planejamento, ensaios, organização

da festividade, decoração do ambiente, figurinos, maquiagens, pratos típicos,

45

coreografias. Professores, alunos e funcionários são solicitados dispondo-se a

desenvolver o projeto no período regular e extra classe.

* A Gincana Estudantil é um momento socializador e recreativo

proporcionado a todos os alunos por meio de atividades físicas e intelectuais.

Tem como objetivo dinamizar o espaço escolar promovendo a integração entre os

alunos dos turnos matutino, vespertino e noturno e destes com os professores e

funcionários através da execução de tarefas previamente elaboradas por uma

comissão organizadora formada por professores e funcionários responsáveis pela

organização geral do evento, contando com o apoio dos demais educadores no

dia da Gincana para a coordenação dos alunos nas diferentes tarefas.

* As palestras são momentos organizados pela escola em que a família é

convocada a participar, onde são abordados temáticas sobre diferentes assuntos

pertinentes a formação do aluno. Os assuntos são selecionados a partir de

situações vivenciadas na escola que fornecem indicativos sobre as necessidades

emergentes que devem ser levadas a discussão e orientação familiar.

Para ministrar as palestras serão convidados profissionais da comunidade

com formação na área que pretende-se abordar.

No caso de alunos afastados da escola por motivo de saúde por tempo

considerável a Equipe Pedagógica estará organizando junto aos professores

atividades a serem enviadas ao aluno para que as realize em casa afim de que

não tenha prejuízos acadêmicos em virtude da doença.

O atendimento a alunos que estejam em processo de progressão parcial

será ofertado no turno contrário à frequência regular, visto que, a escola oferta o

ensino fundamental de 5ª a 8ª série / 6º a 9º ano em seus três turnos.

Para o caso de alunos faltosos, evadidos da escola e/ou com histórico de

repetências, a direção e equipe pedagógica promovem ações educativas

envolvendo alunos, professores, familiares, Conselho Escolar, Conselho Tutelar,

Ação Social e comunidade em geral, no objetivo de atenuar a problemática

resultante de fatores não só escolares, mas também de contexto social, conforme

ações previstas no Plano de Ação da escola presente neste documento.

46

5.3 Formação continuada

Organizar-se-á a realização de trabalhos de formação para os pais, com

estudos sobre Regimento Escolar, Sala de Apoio, Sala de Recursos, estatutos e

assuntos pertinentes à escola e à família, sendo que o estudo do Regimento

Escolar realizar-se-á no primeiro momento em sala de aula com os alunos, onde

se fará a leitura e discussão do Regimento Escolar conduzidas pelo professor. No

decorrer do primeiro bimestre, os alunos levam uma cópia do mesmo para

estudá-lo em casa junto com pais. Este estudo será alternado semanalmente,

sendo realizado em duas turmas a cada semana. Os pais devolvem a cópia,

juntamente com a declaração que comprova estarem cientes das normas da

escola, regulamentadas no documento estudado. Na declaração assinada pelos

pais reserva-se um espaço para que os mesmos escrevam suas sugestões para o

melhor funcionamento da escola.

No que se refere a reunião de formação dos pais, sobre Sala de Apoio e

Sala de Recursos, a mesma realizar-se-á no início do ano letivo por ocasião da

formação destas turmas, além de ocorrer individualmente ou com pequenos

grupos, quando novos alunos são chamados. Outros assuntos pertinentes à

família e à escola serão trabalhados através de palestras, quando se fizerem

necessários.

A promoção de grupos de estudos mensais, visando a formação de

lideranças, envolvendo representantes de turmas, membros do Conselho Escolar

e APMF, respeitando a especificidade de cada grupo. A formação de lideranças

será instigada através destes grupos de estudos mensais, cujos participantes

serão os representantes de turmas eleitos em sala de aula. Alunos estes que

deverão demonstrar postura ética e bom senso frente às situações diárias. Nestas

oportunidades será proporcionado aos alunos material de estudo sobre temas

atuais e condizentes à faixa etária e interesse do grupo, a reativação do Grêmio

Estudantil, também é meta da escola.

Realização de estudos específicos semestrais para cada segmento da

comunidade escolar (professores, funcionários) bem como estudos avaliativos do

Projeto Político Pedagógico que se realizarão anualmente, e realimentados

47

bimestralmente com sugestões de melhoria, por ocasião dos Conselhos de

Classe e semestralmente, por ocasião dos encontros de capacitação profissional.

A participação de todos os profissionais da escola em encontros de

capacitação continuada oferecidos pela SEED, bem como em eventos educativos,

nos quais possuem possibilidade de participação, promovidos por entidades

pertinentes. É de interesse da escola que a participação dos profissionais seja

viabilizada.

Incentivar a participação dos profissionais da escola em eventos e/ou

capacitação referentes à inclusão educacional, visto que a escola tem alunos

portadores de necessidades especiais, o que exige constante estudo e troca de

experiências entre os profissionais.

O Conselho Escolar e APMF estarão envolvidos nos grupos de estudos

visando promover a conscientização das atribuições destes órgãos colegiados, no

sentido de articular escola e comunidade (APMF), bem como na avaliação da

qualidade da instituição no cumprimento de sua função, retratado neste Projeto

Político Pedagógico, na Proposta Pedagógica Curricular e no Regimento Escolar.

Desta forma a escola fomentará um clima de cooperação e confiança que

aos poucos deverá contagiar os pais, tornando-os parceiros na luta contra a

evasão, a repetência e o fracasso escolar.

48

5.4 Plano de Ação

O Plano de ação para 2010 foi direcionado às questões avaliativas por ter

sido essa a temática considerada no coletivo escolar o ponto nevrálgico das

práticas pedagógicas que ainda necessita de maior reflexão.

A avaliação está presente em todos os setores da escola uma vez que

todos exercem o papel educativo. Portanto num sentido amplo, em nível de

escola e num sentido restrito, em nível de sala de aula, a avaliação direciona as

práticas escolares.

Para a elaboração do Plano de Ação para o ano de 2010 analisou-se

referenciais teóricos indicados pela SEED que abordavam o tema Avaliação, bem

como o Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar desta instituição.

Portanto, esse Plano de Ação expressa o resultado dessas reflexões

resultando em permanências de algumas ações planejadas em anos anteriores

que ainda não foram plenamente efetivadas e outras recentes, traçadas a partir

das necessidades emergentes, com relação à prática avaliativa e a efetivação do

papel do agente educacional reconhecido como educador.

PERMANÊNCIAS DE ALGUMAS AÇÕES PLANEJADAS EM ANOS ANTERIORES QUE AINDA NÃO FORAM PLENAMENTES EFETIVADAS

PROBLEMAS LEVANTADOS

O QUE FAZER? QUANDOFARÁ?

QUEM FARÁ?

Efetivação do Projeto Político

Pedagógico.

Realizar reuniões, sempre que necessárias para estudo, viabilização e implementação dos

elementos do projeto Político Pedagógico que

ainda não se efetivaram na prática pedagógica, bem como dos que a ela já foram incorporados.

Semestral ou anualmente.

Direção /Agentes

Educacionais/Professores/

Equipe Pedagógica

Pouca atuação do Grêmio Estudantil.

Promover a Formação continuada estudando o

estatuto do Grêmio Estudantil e realizando

Bimestralmente. Grêmio Estudantil/

Professores/Equipe

49

leituras de textos e discussões que ressaltam

características de lideranças pontuando e discutindo

formas de atuação.

Pedagógica

Aprofundar o conhecimento das funções da APMF

e do conselho Escolar para torná-las entidades mais

participativas.

Convidar os membros dessas entidades para

formar grupos de estudos com encontros periódicos para conhecer os estatutos

próprios e organizar a participação na escola .

Convidar os membros que possuem maior

disponibilidade de tempo, para conhecer mais de perto

a realidade escolar para assim atuar de forma mais

efetiva nos momentos decisórios e de elaboração

de ações.

Conforme disponibilidade

do grupo.

Direção/ Equipe

Pedagógica/ Conselho Escolar/ APMF

Dificuldades na solução dos problemas escolares

atendidos pelo Conselho Tutelar.

A escola elaborará relatório escolar dos casos de alunos

com problemas mais agravantes e via Conselho Tutelar os encaminhará a Promotoria de Justiça, afim de buscar apoio e respaldo em ações mais efetivas.

Quando esgotados os recursos da escola e do Conselho Tutelar.

Direção/Equipe

Pedagógica/ Conselho Escolar /Conselho Tutelar

Cumprimento do Calendário Escolar em dias letivos e

horas aulas.

A reposição de carga horária ocorrerá

bimestralmente da seguinte forma:

- em turno contrário e/ ou aos sábados;

- através de trocas com professores.

Bimestralmente. Professores/Direção/ Equipe

Pedagógica

Replanejar a hora-atividade do

professor para favorecer ainda mais o trabalho

Negociar, quando necessário, com os

professores o horário de cumprimento da hora-

atividade, de forma que os

Conforme a necessidade.

Equipe Pedagógica / Professores

50

coletivo. professores da mesma disciplina e/ ou da mesma

série possam planejar conjuntamente suas ações

educativas.

Evasão e Repetência

Conscientização do aluno faltoso ou com rendimento

escolar insatisfatório através de conversa individualizada.

Trabalho intensivo com as famílias através de palestras

educativas, reuniões periódicas e conversas

informais .

Preenchimento pelo professor da ficha de

encaminhamento com os dados do aluno faltoso e

repassá-la à equipe pedagógica para posterior preenchimento da FICA e envio ao Conselho Tutelar.

Quando detectado que o aluno torna-se faltoso e/ou

relapso para com seus compromissos escolares em virtude de questões sociais,

solicitar-se-á acompanhamento realizado

pela Assistência Social.

Realizar avaliação no contexto escolar de alunos

com indícios de maiores comprometimentos na

aprendizagem para posterior encaminhamento aos

profissionais especializados para avaliação psicológica e

psicopedagógica disponibilizados pelo serviço

público municipal.

Durante o ano letivo.

Direção/ Equipe

Pedagógica/Professores

51

Incentivar alunos com defasagem idade/ série a

frequentar o período noturno, apresentando ao aluno e aos pais aspectos positivos e negativos desta

opção.

Estimular alunos com rendimento escolar

insatisfatório ou problemas de aprendizagem a

frequentar as Salas de Apoio a Aprendizagem e

Salas de Recursos.

Analisar e readequar os conteúdos e metodologias

de ensino e atividades avaliativas de acordo com o

perfil das turmas e nos casos mais individualizados

realizar as adaptações curriculares.

Para os alunos do período noturno do ensino regular ainda serão promovidas

palestras com pessoas da comunidade que apresentam perfil

profissional de sucesso, tidas como referencial para os alunos desenvolverem

comportamentos assertivos. Também buscar-se-á

estabelecer parcerias com as empresas em que os

alunos trabalham para que haja acompanhamento do

rendimento escolar.

Haverá flexibilidade de horário no período noturno, mediante a apresentação

por parte do aluno de

52

documento comprobatório do horário de trabalho do

educando.

Participação em projetos oferecidos pela SEED ou por entidades em geral cujo projeto seja

de cunho educativo.

Serão propiciadas as possibilidades de

participação nos projetos oferecidos e incentivados

pela SEED desde que este esteja de acordo com as

possibilidades vivenciadas na escola no período de realização. Quanto aos projetos oferecidos por

outras entidades passarão por uma análise criteriosa a

fim de verificar sua consonância com o Projeto

Político da escola , bem como a viabilidade de

condições de participação.

De acordo com calendário escolar e

calendário da SEED.

Direção/Equipe

Pedagógica/ Professores

Atuação do Pedagogo

Cada profissional em seu devido setor deve assumir

suas responsabilidades nas atividades cotidianas da

escola, para que o pedagogo deixe de “apagar

incêndios” e possa estar mais junto ao professor

orientando-o, contribuindo para com suas práticas,

bem como para com todas as ações educativas da

escola.

Durante o ano letivo.

Equipe pedagógica/ Professores

Reunião de pais. Execução do Projeto Permanente Família na

Escola.

No 1º bimestre realizar reunião com pais de 5ª série

/ 6º ano por turma, oportunizando ao corpo docente contato pessoal

com os familiares de seus alunos. Quanto as demais

turmas, as reuniões

Durante o ano letivo.

Direção/ Equipe

Pedagógica/ Professores.

53

ocorrerão por série/ ano, envolvendo todos os pais.

Quanto ao 2º, 3º e 4º bimestres serão convocadas

reuniões por turmas conforme a necessidade

pedagógica.

Serão realizados atendimentos

individualizados aos pais juntamente com os alunos sempre que necessário.

Regente de Classe Quanto a Regência de Classe:

- será definida pela escolha dos alunos, pela

determinação da direção e equipe pedagógica ou

mediante sorteio;-terá função de ouvir a

turma ( representantes e alunos) e mediar a

resolução de possíveis problemáticas;

-deverá manter constante e imediato diálogo com a

equipe pedagógica.- poderá convocar pais e

solicitar reunião de docentes.

- terá suas atitudes baseadas na ética e bom senso, tendo em vista seu

papel de educador que almeja o sucesso e a

permanência dos alunos na escola.

Durante o ano letivo.

Professores

Utilização de filmes como recurso

pedagógico e de mais multimeios.

Para uso desse recurso é necessário que o professor tenha prévio conhecimento sobre o conteúdo que será

exibido, bem como o desenvolvimento de um

Plano de Trabalho

Durante o ano letivo.

Professores

54

Pedagógico a ser desenvolvido com referência

ao filme.

Os recursos tecnológicos deverão ser utilizados como instrumentos dinamizadores

do processo de ensino e aprendizagem, portanto

devem estar atrelados ao Plano de Trabalho Docente

e o professor deve ter clareza sobre seus objetivos ao utilizá-los, eliminando o uso sem um fim educativo

pré-estabelecido.

Remanejamento de turno.

Os alunos serão remanejados de turno

mediante: * consecutivas chegadas

atrasadas;* dificuldade de relacionamento;

* problemas comportamentais;

* por motivos pessoais a pedido dos responsáveis sempre que houver vaga.

Durante o ano letivo.

Direção / Equipe

Pedagógica / Secretaria

Teste de acuidade visual.

Aplicação do teste Snellen para os alunos de 5ª série /

6º ano.

Reaplicação no prazo de 15 dias para alunos que

atingirem pontuação 7,0 ou inferior.

Comunicado aos pais para encaminhamento médico.

Repasse aos professores da turma da relação de alunos

com dificuldade visual.

Localizar esses alunos nas

Início do ano letivo.

Professor da Sala de

Recurso / Equipe

Pedagógica

55

primeiras carteiras da sala de aula.

Recursos tecnológicos

presentes no Portal Dia a Dia

Educação, TV Paulo Freire e os

recursos do Laboratório de

Informática não estão sendo

explorados pelos professores em seu potencial pedagógico.

Estimular os professores a pesquisar tais recursos

primeiramente desmistificando a resistência

em interagir com a tecnologia.

Estimular a exploração dos recursos disponíveis.

Agendamento com a ADM de grupos de professores

que necessitam de orientações mais detalhadas

sobre o uso dessas tecnologias.

Insistir para que o professor participe e posteriormente aplique os conhecimentos

adquiridos nos cursos oferecidos pela CRTE nas

escolas.

Durante o ano letivo.

Direção / Equipe

Pedagógica / ADM e CRTE

Necessidade de realização de

reuniões com o NRE em que

estejam presentes a Direção , Equipe

Pedagógica , Secretários e

Administrativos.

Via ofício solicitar junto aos órgãos competentes que articulem momentos para

que todos os representantes dos segmentos citados

estejam reunidos e recebendo simultaneamente

as informações de maior relevância sobre a vida

escolar pedagógica e legal dos alunos, pois verifica-se que há algumas diferenças

entre as orientações repassadas para esses

setores.

Conforme a necessidade de

repasses de orientações do NRE durante o

ano letivo

Direção / Equipe

Pedagógica /Secretários e Administrativos

56

PLANO DE AÇÃO / PRÁTICA AVALIATIVA

PROBLEMAS RELACIONADOS A

AVALIAÇÃO

O QUE FAZER? QUEM FARÁ? QUANDO FARÁ?

Assumir no coletivo da prática

pedagógica da escola o objetivo da avaliação conforme

o que consta no PPP, no Marco Operacional.

A Equipe Pedagógica deverá orientar os

professores que não participaram da

semana pedagógica neste estabelecimento

de ensino sobre as questões que norteiam

o processo avaliativo,bem como

disponibilizar o PPP e o Regimento Escolar

para que esses profissionais realizem

a leitura.

O professor deve assumir a seguinte postura mediante a

avaliação:- assumi-la como instrumento para

verificação do que o aluno aprendeu,

considerando o quanto aproximou-se dos

objetivos propostos no plano de trabalho

docente.-utiliza-la como instrumento de autoavaliação profissional .

- reconhecer sua função diagnóstica

para que o professor tome uma decisão

pedagógica a fim de garantir o aprendizado

Equipe Pedagógica Professores

Professor

No início do ano letivo

nos primeiros dias de aula.

Durante o ano letivo.

57

de todos.

A Equipe Pedagógica deverá analisar junto

aos profissionais, cujos instrumentos e

procedimentos avaliativos não foram eficientes tendo em vista o objetivo geral definido no PPP e no Regimento Escolar, quanto ao processo

avaliativo.

Equipe Pedagógica Professores

Durante o ano letivo.

Quais questões o professor deve ter

em mente para avaliar a situação

de resultado insatisfatório na aprendizagem e posteriormente

realizar a tomada de decisão?

Aceitação do resultado, seja ele qual

for.

Questionar-se sobre:*Por que o aluno não

aprendeu ? *O aluno não aprendeu

só na minha disciplina?

*O que o aluno aprendeu?

*O que vou fazer mediante esse

resultado?( Recuperação

paralela de conteúdo.)

Professor com apoio da Equipe

Pedagógica se necessário.

A qualquer momento em

que o professor

constatar o resultado

insatisfatório, durante todo o ano letivo e

nos concelhos de

classe.

Que instrumentos e critérios o professor

deve priorizar?

Instrumentos que estimulem a reflexão, a

análise, a argumentação e o

questionamento sobre as “verdades” pessoais, a

comparação e a aplicação do conteúdo.

Professor Durante todo o ano letivo.

58

Para utilizar tais instrumentos

avaliativos o professor deverá ter

desenvolvido um trabalho metodológico

condizente com o instrumento aplicado.

Professor Durante todo o ano letivo.

Que tipo de expressões o

professor deve priorizar nas avaliações?

* Após o estudo ... faça um texto

argumentativo.

*Analise as duas proposições e a partir

do que estudamos indique com qual você está de acordo e por

quê?

*Descreva e justifique.

*Visualizando a figura tal analise...

*Explique porque...

*O que acontece se ... e por quê?

*Explique as vantagens e as

desvantagens de ....

Professor Durante o ano letivo.

Quando o aluno tem dificuldades

conceituais, o que fazer?

Quando egresso de Sala de Recursos , Classe Especial ou

APAE, ler a avaliação do aluno identificando

seus limites e possibilidades; realizar

as adaptações curriculares

necessárias e manter contato com o

professor de Sala de Recursos e família.

Professor com o apoio da Equipe

Pedagógica.

No início e durante o ano letivo.

59

Os alunos de 5ª série encaminhá-los para as

Salas de Apoio a Aprendizagem de

Língua Portuguesa e Matemática.

O professor da classe comum de 5ª série de

qualquer disciplina poderá negociar suas horas atividades, a fim

de oferecer aulas complementares em

turno contrário para os alunos que apresentam dificuldades.

O professor da classe comum deverá dispor

de um olhar pedagógico

diferenciado para os alunos que apresentam dificuldades.

Aplicação de testes para os alunos com o objetivo de detectar o

principal canal de aprendizagem de cada

aluno e o predominante em cada

classe, para que o professor utilize essa

informação no momento de realizar os planos de aula.

Professor da classe comum, Professor da Sala de Apoio

com o acompanhamento

da Equipe Pedagógica.

Professor da classe comum com apoio

da Equipe Pedagógica.

Professor

Professor com formação em

educação especial cuja formação

ampara a aplicação do teste.

No início e durante o ano letivo.

No decorrer do ano letivo

quando detectada a necessidade e mediante a disponibilida

de de horários do professor.

Durante todo o ano letivo, ou enquanto

não for superada a dificuldade.

Na primeira semana de

aula.

O que fazer quando Oferecer novos prazos Professor Durante todo

60

o aluno não realiza os trabalhos propostos ?

para entrega atrasada de trabalhos,

encerrando-se este prazo ao final de cada bimestre. ( Conforme a demora na entrega, o

professor poderá atribuir um valor

diferenciado a fim de valorizar e estimular a

pontualidade).

Comunicar os responsáveis pelo aluno sobre a não

entrega dos trabalhos propostos já

estipulando a nova data de entrega. Não

desistir do aluno relapso não aceitando

que não faça os trabalhos propostos

cobrando-o até que os entregue.

Quando o aluno se recusa a realizar um

instrumento de reavaliação, comunicar a família e registrar o

procedimento e a opção do aluno no

Livro de Registros de Classe.

o ano letivo.

Salas de aulas lotadas, dificultam

ao professor desenvolver um

trabalho individualizado para

o aluno.

A solução esbarra nos amparos legais.

61

Alunos com diferentes culturas;Alunos com muitas informações que “não relacionadas ao conhecimento

da escola”;Alunos que fora da escola, através da tecnologia realizam

várias atividades simultaneamente: falam através do

Orkut; jogam, baixam e ouvem música, assistem TV,comem...não

param. Esses alunos apresentam-se acelerados, com baixa concentração

na escola e apresentando

dificuldades para com atividades mais reflexivas.

O professor deve acolher o aluno da

maneira como ele se apresenta,

diagnosticar a situação e agir.

As metodologias de ensino devem propiciar

o relacionamento do conteúdo acadêmico com as situações de vida do aluno através

de uma problematização do

conteúdo, que provoque

questionamentos sobre o que é tido como verdade na

prática cotidiana dos alunos.

Considerar a fase do desenvolvimento em

que se encontra o aluno, conhecer as

angustias, interesses, pensamentos e

transformações por que está passando,

para redimensionar a prática pedagógica no

momento do planejamento.

Utilizar recursos audiovisuais para

tornar as aulas mais atraentes.

Professor com orientação da

Equipe Pedagógica.

Durante todo o ano letivo.

Dificuldade para inovar a prática

pedagógica.

O professor deve estar aberto às mudanças.

Professor Durante todo o ano letivo.

62

O professor deve sair do senso comum, participando das

Capacitações oferecidas pela SEED e sendo autodidata.

A Equipe Pedagógica deverá estar

acompanhando o trabalho do professor para reorientá-lo em

sua prática, alertando-o quando detectar a

necessidade de mudar.

Equipe Pedagógica Durante todo o ano letivo.

Alunos sem perspectivas de

vida, imaturos em algumas atitudes e antecipando etapas

em outras.

A Equipe Pedagógica poderá

estar desenvolvendo um

trabalho direcionado a essa

problemática, através de

atividades que conduzam o aluno

a analisar e questionar suas

atitudes, reforçando as atitudes

positivas que se espera que eles

passem a assumir, no âmbito pessoal,

educacional, social ...

Os professores em suas respectivas

disciplinas, estarão abordando tais

temáticas toda vez que o conteúdo

acadêmico

Equipe Pedagógica

Professor

A Equipe Pedagógica

estará desenvolven

do este trabalho nos momentos

em que houver falta de professor e em outros momentos bimestrais

criados para esse fim.

Quando o conteúdo

abordado na respectiva disciplina

estiver favorecendo

63

favorecer. Ex: sexualidade, respeito pela diversidade,

enfrentamento a violência, uso

indevido de drogas, entre outros.

Palestras

tal abordagem.

Alunos com diferentes ritmos de

aprendizagem. As vezes os que

precisam de maior atenção são

invisibilizados.

O planejamento é flexível, redimensioná-

lo quanto ao tempo que levará para atingir

determinados objetivos.

Priorizar os conteúdos essenciais para

garantir que o aluno com maior dificuldade consiga acompanhar a

série seguinte. Isso não significa baratear

o conteúdo, a metodologia e a

avaliação, ao contrário isso requer, repensar ,

implementar e replanejar a prática educativa com olhos ainda mais aguçados

para garantir a inserção do aluno com

dificuldades.

Professor Quando detectar que

seus objetivos

com determinado

conteúdo não foram atingidos.

Apesar de discutido no coletivo da

escola, ainda há diferentes práticas

referentes ao sistema avaliativo

adotado.

4,0 pontos serão atribuídos a trabalhos diversos realizados

pelos alunos, no coletivo e

prioritariamente em sala de aula sob o

acompanhamento do professor. Tais

trabalhos deverão ser referentes ao conteúdo

Professor Durante o ano letivo.

64

do bimestre que posteriormente será

novamente avaliado no desempenho individual através de uma prova oral ou escrita, cujo

peso será 6,0.

Professor que enfatiza a nota e a avaliação passa a

assumir papel classificatório.

Professor deve ter em mente:

*que avaliar só tem sentido para uma tomada de atitude

pedagógica diante dos dados coletados;

*a nota é apenas um registro ela não é

aprendizado;

*a nota é um reflexo do quanto o professor se dedicou em ensinar e o aluno em aprender;

*a avaliação deve estar a serviço do

aprendizado;

*avalia-se a quantidade de vezes

que o aluno demonstrou

determinadas características referentes a tal

conteúdo e a nota sinaliza o quanto ele

aprimorou o conhecimento

adquirido. Portanto não notificamos o que o aluno aprendeu, pois

cabe ao professor fazer com que todos

aprendam tudo,

Professor Durante todo o ano letivo.

65

notificamos o quanto o aluno qualificou o que

aprendeu.

A Equipe Pedagógica estará questionando

os professores quanto a metodologia aplicada, o que avaliou, se os

instrumentos aplicados foram eficientes e que

atitudes tomou mediante os resultados

alcançados.

Caso necessário a Equipe Pedagógica

estará acompanhando o trabalho do professor que encontrar-se com

dificuldades de engrenar nesta

proposta avaliativa, orientando-o para

superá-las.

Equipe Pedagógica Quando detectado resultados

insatisfatórios.

Recuperação de conteúdo.

O professor deve recuperar a

aprendizagem do aluno desde o início

onde surgiu o problema, mesmo que esse problema seja em relação a um conteúdo

que deveria ter aprendido nas séries

anteriores.

Cada disciplina possui especificidades que

devem ser consideradas no

Professor Durante todo o ano letivo.

66

momento da avaliação e da recuperação de

conteúdos. Por exemplo: se um

determinado conteúdo não foi apreendido

pelo aluno, porém ele não é pré-requisito

para as aprendizagens posteriores e haverão outros momentos em

que o mesmo conteúdo será

novamente abordado oportunizando ao

professor retomá-lo com metodologia

diferenciada e oportunizando a esse

aluno que não apreendeu naquele momento refazer o

percurso dessa aprendizagem para

efetivá-la a recuperação desse conteúdo específico poderá ser protelada para outro momento

oportuno. Portanto a

recuperação de conteúdo se dá com

relação ao que é essencial para garantir

as aprendizagens posteriores, e assim

sendo no momento de avaliar o professor

deve ter bem claro que deverá buscar que

seu aluno demonstre aprendizado no que é importante naquele

momento, não priorizar o que é secundário.

67

Após a recuperação deve-se oportunizar ao aluno uma reavaliação

do conteúdo, a qual deve ter peso 10,0. O

instrumento de reavaliação não

necessita ser uma prova escrita, o

professor poderá utilizar diferentes

instrumentos desde que esses sejam eficientes para

expressar o aprendizado.

Os alunos que frequentam a Sala

de Apoio a Aprendizagem e a Sala de Recursos,

quando nestes ambientes

apresentam evolução no

aprendizado, claro que em ritmos diferenciados, porém quando

retornam a classe comum muitos não

conseguem apresentar o

mesmo desempenho.

Intensificar a comunicação entre os professores do serviço

especializado e os professores da classe

comum.

Mesmo diante de tantos alunos por sala, o professor, na medida

do possível, deve direcionar um olhar diferenciado para os

alunos que necessitam, sendo

registrada na ata do Conselho de Classe o procedimento adotado

pelo professor.

Professor da Classe Comum

Professor do Serviço

especializadoEquipe Pedagógica

Professor

No momento da hora-

atividade do professor.

Nos conselhos de

classe.

Durante o ano letivo e no momento do Conselho de Classe.

A família deve Reunião com os pais Direção No início do

68

assumir responsabilidades sobre o aluno junto

com a escola.

dos alunos das das 5ª séries com o objetivo

de apresentar os professores, a equipe pedagógica, a direção e os funcionários do

estabelecimento.Esclarecer como

ocorre o funcionamento da

instituição abordando questões

metodológicas e sistema avaliativo.

Estabelecer as expectativas da escola

com relação ao acompanhamento dos pais sobre o processo

de ensino e aprendizagem, bem

como esclarecer como poderão estar

realizando esse acompanhamento ( Eu

acompanho a avaliação escolar do meu filho. E você? )

Aplicação do Projeto Permanente de

Envolvimento da Família na Escola,

para todas as famílias.

Reunião com os pais das turmas de 6ª, 7ª e 8ª série, abordando a

atual situação da turma e elaborando um

Equipe PedagógicaProfessoresFuncionários

DireçãoEquipe Pedagógica

ProfessoresFuncionários

Colaboradores

DireçãoEquipe Pedagógica

ProfessoresFuncionários

mês de Março.

Segundo cronograma

próprio já explícito no

corpo do projeto para

2010.

Ao final do primeiro bimestre.

69

plano de ação envolvendo ações que caberão a família e as que cabem a escola

para solucionar possíveis problemas e

motivar os alunos a estudarem mais.

Abordar o programa: Eu acompanho a

avaliação escolar do meu filho. E você? )

Para homenagear as mães pela passagem de seu dia, a escola

promoverá gratuitamente em

parceria com salões de beleza curso de

maquiagem.

Gincana estudantil envolvendo família e comunidade escolar.

Convocar a família para conversas individualizadas

conforme o caso.

DireçãoEquipe Pedagógica

ProfessoresProprietárias de

Salões de Beleza

DireçãoEquipe Pedagógica

ProfessoresFuncionários

Grêmio Estudantil

DireçãoEquipe Pedagógica

Professor

No mês de maio.

No mês de agosto em

comemoração ao dia do estudante.

No decorrer do ano letivo conforme a

necessidade.

70

PLANO DE AÇÃO AGENTES EDUCACIONAIS

SECRETARIA

O QUE FAZER? QUANDO FARÁ? QUEM FARÁ?

Matrículas para alunos remanescentes e

transferidoRegular e EJA

Janeiro / Fevereiro e sempre que se fizer

necessário

Secretaria

Cadastro de alunos no SERE

Janeiro / Fevereiro Secretaria

Envio de dados para base do SERE

Fevereiro Secretaria

Organizar turmas FevereiroSecretaria, Direção e Equipe Pedagógica

Ensalamento dos alunos Fevereiro Secretaria / Direção e Equipe Pedagógica

Horário de aulas Fevereiro Direção

Ficha Ponto de Professores e Funcionários

No decorrer do ano Secretaria

Analisar a documentação dos alunos para

deferimento de matrículaFevereiro Direção

Analisar alunos com documentação pendente,

através de matrícula condicional

Fevereiro Secretaria

Conferir rematrículas Fevereiro Secretaria

Organização e elaboração do Arquivo Inativo Fevereiro

Secretaria

Organizar pastas individuais dos alunos nas

respectivas turmas Fevereiro Secretaria

Atender as solicitações de transferências, históricos e demais documentos

Fevereiro / sempre que se fizer necessário Secretaria

Organização e atualização da

correspondência

Sempre que se fizer necessário Secretaria

71

Recebimento dos canhotos de notas dos 4

bimestres

Antes do Conselho de Classe e/ou durante Secretaria

Digitar no SERE as notas dos alunos bem como as

faltas do bimestreApós o Conselho de

Classe Secretaria

Imprimir os boletins dos alunos

No final do bimestre Secretaria

Impressão de novas listas de chamada com as

devidas movimentações dos alunos

No final do bimestre Secretaria

Gerar arquivo com dados para alimentar a base do

SERE, para Censo Escolar e geração de

demanda

Abril Secretaria

Preparar os históricos escolares dos alunos que

concluirão a 8ª série Setembro Secretaria

Gerar arquivo de matrícula inicial

correspondente a Agosto com opção para o Ensino Médio e planejamento do

próximo ano

Agosto / Setembro Secretaria

Programação das matrículas de acordo com instrução do DIE/SEED

Outubro / Novembro Secretaria

Divulgação para a comunidade escolar do

calendário de matrículasOutubro / Novembro Secretaria

Previsão de vagas para as séries iniciais Novembro Secretaria / Direção

Programar a Plataforma de Turmas para o próximo

ano letivoDezembro Secretaria / Direção

Efetivação das matrículas de acordo com a

instrução da SEEDDezembro Secretaria

Rematrículas Dezembro Secretaria

72

Levantamento do número de vagas para outras

sériesDezembro Secretaria

Matrículas de alunos oriundos de

transferências

Janeiro / Fevereiro e sempre que se fizer

necessário

Secretaria

Expedir os boletins e/ ou editais de resultado dos

alunos Dezembro Secretaria

Imprimir o Relatório Final e encaminhá-lo à SEED Dezembro / Janeiro Secretaria

Gerar arquivo de Relatório Final Dezembro / Janeiro Secretaria

Expedir os históricos escolares dos alunos

concluintes de 8ª sérieDezembro Secretaria

Organizar lista de espera para vagas que poderão

estar disponíveis Dezembro / Janeiro Secretaria / Equipe

Pedagógica

Divulgar o período de recesso à comunidade

escolar e horário de atendimento da secretaria

durante as férias escolares

Dezembro / Janeiro Secretaria

Coletar dados de matrícula para o 1º

momento referencial Dezembro / Janeiro Secretaria

Estudos das legislações A cada bimestre / sempre que se fizer necessário

Equipe Administrativa

Organizar a secretaria e sua documentação

Mensalmente ou sempre que se fizer necessário

Secretaria

Reunir a equipe administrativa para maior

interação no cotidiano escolar

Mensalmente Equipe Administrativa

BIBLIOTECA

Distribuir os livros didáticos aos alunos

Fevereiro Bibliotecária

Auxiliar a equipe pedagógica na realização

Fevereiro / março Bibliotecária

73

do teste de Snellen para a 5ª série

Organizar o controle de empréstimo de livros de

leitura por série e por aluno

Fevereiro e no decorrer do ano

Bibliotecária

Efetuar o empréstimo e devolução dos livros aos

alunosNo decorrer do ano Bibliotecária

Organizar os acervos de livros e mantê-los limpos

e em ordem

Sempre que se fizer necessário Bibliotecária

Auxiliar os alunos nas pesquisas e fornecer o

material necessárioSempre que se fizer

necessário Bibliotecária

LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

Descadastrar os alunos concluintes e/ou

transferidos Final do ano letivo ADM

Cadastrar os alunos e efetuar a troca das

senhas

Fevereiro e sempre que vierem novos alunos

ADM

Cadastrar professores e funcionários e efetuar a

troca das senhas

Fevereiro e sempre que vierem novos professores

e/ou funcionários ADM

Agendar horário para uso do laboratório pelo

professor

Sempre que se fizer necessário

ADM

Zelar pelos equipamentos do laboratório e mantê-los

em funcionamento

Sempre que se fizer necessário

ADM

Solicitar ajuda técnica do CRTE

Sempre que se fizer necessário

ADM

Assessorar os professores e alunos no

laboratório

Sempre que se fizer necessário

ADM

Assessorar os professores e alunos no uso das tecnologias, TV

Pendrive, TV Paulo Freire, Data Show

No decorrer período letivoADM

74

AÇÕES PARA TODOS OS SETORES

Criar espaços para reflexões sobre o papel

dos Agentes Educacionais como

educadores, a fim de superar a visão limitada

de que as ações educativas se restringem

a sala de aula.

Nas Reuniões Pedagógicas e Semanas

Pedagógicas

Equipe Pedagógica / Direção e Agentes Educacionais I e II

Realizar avaliação através de reflexões sobre a

prática educacional dos Agentes Educacionais I e II, analisando cada passo

das ações para obter clareza sobre o que se

está fazendo e para onde possivelmente está se

encaminhando os resultados de suas ações.

Em reuniões periódicas e Semanas Pedagógicas

Equipe Pedagógica / Direção e Agentes Educacionais I e II

Participar dos Grupos de Estudos aos Sábados,

das Semanas Pedagógicas e dos

Itinerantes para manter-se em constante

aprendizado e assim acompanhar o

desenvolvimento da sociedade tornando as ações educativas mais

significativas.

Nas datas previstas pela SEED.

Agentes Educacionais I e Agentes Educacionais II

Assumir nova postura, para atender as

necessidades da atual demanda de alunos que, na presente conjuntura social, não tem mais a presença constante de

adultos para orientá-los transferindo esta função para a equipe escolar.

No decorrer do ano letivo Agentes Educacionais I e Agentes Educacionais II

75

6 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Decidiu-se em debate coletivo que o Projeto Político Pedagógico da Escola

Estadual Marquês de Maricá - Ensino Fundamental, será avaliado anualmente, no

final do ano letivo e realimentado com sugestões para sua melhoria na realização

semestral das Semanas Pedagógicas.

Participarão da Avaliação Anual do Projeto Político Pedagógico

representante de todos os segmentos da Comunidade Escolar, bem como APMF,

Conselho Escolar e Grêmio Estudantil. A avaliação do Projeto Político Pedagógico

será conduzida pela Direção e Equipe Pedagógica.

76

7 REFERÊNCIAS

ARROYO, Miguel G. Imagens quebradas: trajetórias e tempos de alunos e mestres. Petrópolis, RJ: vozes, 2004.

BOFF, Leonardo. Cidadania, com-cidadania, cidadania nacional e cidadania terrenal. In: Depois de 500 anos: que Brasil queremos? Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases. Brasília, 1996.

DALBEN, A.I. Trabalho escolar e Conselho de classe. 3ª ed. Capinas, Papirus, 1991.

FEIGES, Maria Madselva Ferreira. A construção coletiva do Projeto Político Pedagógico. UFPR.

FERREIRA, M.E.C. GUIMARAES, M. Educação Inclusiva. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

FRIGOTTO, Gaudêncio. Fundamentos de um Projeto Político Pedagógico. In: Demerval Saviani e a educação brasileira: o simpósio de Marília São Paulo, Cortez, 1994.

GASPARIN, João Luis - Uma didática para a Pedagogia Histórico Crítica – 2ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.

LUCKESI, C.C. A Avaliação da aprendizagem Escolar. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2000.

SAVIANI, Demerval – Pedagogia Histórico Crítica: primeiras aproximações – 8ª edição – Campinas, SP: Autores Associados, 2003.

SAVIANI, Demerval – Currículo Básico. Pág. 24

SAVIANI, Demerval – Natureza e Sociedade. Pág. 24.

77

SEVERINO, Antonio Joaquim - Projeto Político Pedagógico: a saúde para a escola. In: Revista Educação da AEC, nº. 107, pág. 81-91, Abr/Jun/1998.

VEIGA, I.P.A . Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção coletiva. In Veiga, IPA (org). Projeto Político Pedagógico; uma construção possível. Campinas, SP: Papirus, 1995.

VEIGA, I.P.A . Perspectivas para reflexão em torno do Projeto Político Pedagógico Escola: espaço do Projeto Político - IPA Veiga (org). Campinas, SP: Pápirus, 1998.

78