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V “BIBLIO APER” DAS ESCOLA SECUNDÁRIA Dr. Jorge Correia - TA VIR A Número 12, Maio de 2009 BIBLIOTECA /CRE Visitas de Estudo Filosofia História Eco dos Espaços Área de Projecto Escrita Criativa Biologia Cinema Reportagem Línguas e Literatura Química Nesta edição: O,50€ (Continua na pág. 14) P elo quinto ano consecutivo, o “Bibliopaper” das Letras, que foi criado para assinalar os Dias Mundiais da Língua Materna, da Poesia e do Livro, teve a participação, de 34 concorren- tes que se submetem a uma prova eliminatória, que contemplava conhecimentos de língua, literatura e escrita. Ficaram apurados para a final os sete melhores desempenhos, mas uma das concorrentes finalistas não compareceu. Assim, no dia 25 de Março, perante um público atento, as finalistas, Joana Venâncio (10º C2), Tânia Baptista (10º A1), Liliana Fernandes (11º A1), Maria Couto (11º A1), Tânia Martins (11º A1) e Fátima Rodrigues (12º E) provaram que usam com carinho a língua materna, que amam a poesia e que são leitoras críti- cas. Tudo apreciado por um júri, constituído pelas professoras Maria Manuela Beato, Ana Cristina Matias e Ana Paula Mana e pelo aluno João Correia, que, após avaliação de cada uma das prestações das concorrentes, pontuou as provas prestadas, de que resultou a seguinte classificação: 1º lugar: Liliana Fernandes; 2º lugar: Maria Couto; 3º lugar: Joana Venâncio. As premiadas receberam livros, uma oferta da Editora Asa. A professora: Antonieta Couto M aria saturnino Barros, natural de Tavira, sítio do Bernardinheiro, acedeu ao convite da nossa Biblioteca e, no dia 24 de Março, falou-nos da sua poesia. Liliana Fernandes Maria Couto Joana Venâncio MARIA SATURNINO e a sua poesia sobre Moçambique

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V “BIBLIO APER” DAS

ESCOLA SECUNDÁRIA

Dr. Jorge Correi

a - TAVIRA

Número 12, Maio de 2009

BIBLIOTECA /CRE

Visitas de Estudo

Filosofia

História

Eco dos Espaços

Área de Projecto

Escrita Criativa

Biologia

Cinema

Reportagem

Línguas e Literatura

Química

Nesta edição:

O,50€

(Continua na pág. 14)

P elo quinto ano consecutivo, o “Bibliopaper” das Letras, que foi criado para assinalar os Dias Mundiais da Língua

Materna, da Poesia e do Livro, teve a participação, de 34 concorren-tes que se submetem a uma prova eliminatória, que contemplava conhecimentos de língua, literatura e escrita. Ficaram apurados para a final os sete melhores desempenhos, mas uma das concorrentes finalistas não compareceu. Assim, no dia 25 de Março, perante um público atento, as finalistas, Joana Venâncio (10º C2), Tânia Baptista (10º A1), Liliana Fernandes (11º A1), Maria Couto (11º A1), Tânia Martins (11º A1) e Fátima Rodrigues (12º E) provaram que usam com carinho a língua materna, que amam a poesia e que são leitoras críti-cas. Tudo apreciado por um júri, constituído pelas professoras Maria Manuela Beato, Ana Cristina Matias e Ana Paula Mana e pelo aluno João Correia, que, após avaliação de cada uma das prestações das concorrentes, pontuou as provas prestadas, de que resultou a seguinte classificação: 1º lugar: Liliana Fernandes; 2º lugar: Maria Couto; 3º lugar: Joana Venâncio. As premiadas receberam livros, uma oferta da Editora Asa.

A professora: Antonieta Couto

M

aria saturnino Barros,

natural de Tavira, sítio

do Bernardinheiro, acedeu ao convite

da nossa Biblioteca e, no dia 24 de

Março, falou-nos da sua poesia.

Liliana Fernandes Maria Couto Joana Venâncio

MARIA SATURNINO e a sua poesia

sobre Moçambique

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REPORTAGEM

COMPORTAMENTOS DE RISCO: O ALCOOLISMO

N o dia 11 de Fevereiro, decorreu a segunda acção de sensibilização do Projecto “Comportamentos de Ris-co na Adolescência”, dinamizado

pela turma A2 do 11º ano. O tema abordado foi o Alcoolismo.

Após a abertura da sessão pelos alunos Marina Amorim e Kush Lescrooge, a palavra foi dada à enfermeira Cátia Palma que explicou os factores que influenciam o consumo excessivo de álcool e os seus efeitos na saúde.

Para melhor elucidar os alunos presentes, foi-nos apresentada uma história verídica de uma rapariga de 17 anos que, sob o efeito do álcool, teve uma relação sexual sem qualquer protecção e com “um desconhecido”. Quando recuperou o seu estado de consciência normal, arrependeu-se do seu acto de irresponsabilidade. Se esta experiência foi avaliada como muito

negativa pela rapariga que passou a rejeitar o álcool em excesso, outros casos há em que o abuso do álcool passa a ser rotineiro, até que se tornam dependentes do álcool. O alcoolismo é uma doença grave e, como tal, deve ser curada e tratada. Há, por isso, que saber beber moderadamente. Dizer não ao álcool ou só ingerir bebidas alcoólicas em ocasiões especiais é uma decisão saudável e bastante comum. Cada um de nós tem de ser responsável pelo que bebe, nunca excedendo a taxa de alcoolemia recomendada:

Número de copos x 10 peso x 0.6 (mulheres)

x 0.7 (homens) Na segunda parte da sessão, tivemos a oportu-nidade de ouvir o testemunho de um alcoólico em recuperação.

O Senhor Rex explicou o que é a Sociedade de Alcoólicos Anónimos. Para ser um membro da mesma, não é necessário pagar qualquer cota ou jóia de ingresso. Esta sociedade tem cerca de 80 grupos de Alcoólicos Anónimos a funcionar em Portugal, 10 dos quais no Algarve. Seguiu-se o Testemunho do Senhor Paulo, também um alcoólico em recuperação. O Sr. Pau-lo começou a beber desde muito cedo, pois gosta-va do efeito que a bebida lhe fazia. Antes de ir para as aulas, já tinha bebido, pelo que nunca teve grandes resultados na escola, até que a abandonou. Mais tarde, foi para a tropa, mas con-tinuou a beber. Após ter estado na tropa, vieram os maiores problemas, visto que já estava muito

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REPORTAGEM

dependente do álcool. Acabou por perder sucessi-vas namoradas, amigos, o carro, num acidente grave, e o emprego. Chegou mesmo ao ponto de fugir para a Alemanha, onde foi despedido devido ao álcool.

Voltou para Portugal, onde finalmente aceitou que sofria de um grave problema: o alcoolismo. Entrou para os Alcoólicos Anónimos há sete anos, mas só há três conseguiu vencer o álcool, pois como o próprio afirmou: “O Álcool é manhoso, desconcertante e poderoso”. Hoje tem 32 anos, está a fazer o 9º ano e a reconstruir a sua vida. A sessão foi encerrada pela aluna Rita Ribeiro, que divulgou um endereço electrónico, através do qual se pode obter informações para o combate ao alcoolismo:

[email protected]

Por fim, os alunos com a função de relações públicas, Pedro Domingos, Rafael Santos, Iasmi-na Mohamed e Sofia Viegas distribuíram panfletos informativos cedidos pela Sociedade de Alcoólicos Anónimos.

Repórter: Rúben Teixeira Repórter de Imagem: Joana Campos

A turma T3 de Operadores de Informática do 9ºano do Curso de Educação e Formação foi, no dia 20 de Janeiro de 2009, a uma visita de estudo ao Algarve Digital (IBM), em Faro.

A seguir ao almoço, os alunos da

referida turma seguiram, num ambiente alegre e animado, para a estação de caminhos de ferro, onde apanharam um comboio até Faro, juntamen-te com mais três turmas e cinco professores das mesmas.

A visita de estudo, propriamente dita, iniciou-se numa tenda, onde os alunos assistiram a diver-sas demonstrações com servidores.

Observaram igualmente vários tipos de tecno-logia (robótica, Magalhães, entre outros).

De seguida, a visita prosseguiu num camião do Algarve Digital (IBM), onde dois especialistas explicaram aos alunos o modo de funcionamento de vários tipos de servidores.

Foi uma visita interessante.

Davide Nascimento, Nuno Custódio, Sónia Cam-pos,Tânia Viegas e Xavier Cruz, T3 OPINF

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VISITAS DE ESTUDO

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VISITA À BARRAGEM DO ALQUEVA E ALDEIA DA LUZ

N o passado dia 19 de Fevereiro de 2009, três turmas desta Escola foram

visitar a Barragem do Alqueva e Aldeia da Luz. Partimos da Escola por volta das 8.00 h rumo ao Alentejo. Parámos em Mértola e continuámos rumo à Barragem do Alqueva. Chegados ao Alqueva, pudemos observar toda a estrutura da barragem. Após esta curta visita, dirigimo-nos ao restaurante “Mundo Rural”, onde existem explorações de animais, nomeadamente avestruzes.

Depois de termos saboreado uma excelente refeição, voltámos de novo à barragem mas, des-ta vez, estivemos na EDIA – Empresa de Desen-volvimento e Infra – Estruturas do Alqueva, S.A.. Aqui, fomos recebidos pela funcionária, Ana Amante, que nos explicou toda a história da barra-gem e que medidas tiveram que ser implementa-das na zona.

Com esta visita, aprendemos que a barra-gem do Alqueva é um elemento central do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva, a

mãe-d’água do sistema. A sua altura máxima, contada a partir das fundações, é de 96 metros, estando o nível pleno de armazenamento (NPA) à cota de 152 (contado a partir do nível médio das águas do mar). A albufeira a criar com a barragem do Alqueva terá uma área aproximada de 250 km e permitirá armazenar um volume total de 4.150 hm3, 3.150 hm3 dos quais correspondem à sua capacidade útil. Informaram-nos ainda que são já 19 os concelhos do Alto e Baixo Alentejo abrangi-dos por este empreendimento.

Neste momento, estão ainda a decorrer obras nesta estrutura com a finalidade de abranger mais concelhos. Após esta explicação e visionamento de um pequeno filme, dirigimo-nos à pequena Aldeia da Luz. A Aldeia da Luz é uma pacata aldeia que se localiza-va exacta-mente onde hoje está a barragem. Devido à construção da barragem, a Aldeia localiza-se hoje a 3km de Alqueva, mas mantém toda a sua estru-tura, pois apesar de ter sido “transportada” para um outro local não perdeu as suas características. Depois de toda esta extensa visita, rumámos para o Algarve. Fizemos novamente uma para-gem. Desta vez o local escolhido foi Beja, onde pudemos comer alguma coisa. Chegámos a Tavi-ra por volta das 21:50h.

Ana Cristina e Hugo Vitória, 10ºTGES

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VISITAS DE ESTUDO

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N o passado dia 14 Janeiro de 2009, as turmas de TGES (Curso Profissional de Gestão), TBS (Curso Profissional

de Técnico de Banca e Seguros) e TC (Curso Profissional de Técnico de Contabilidade) realiza-ram uma visita de estudo a Loulé, ao NERA e à Empresa na Hora, juntamente com os professores António Silva, Carmen Castro, Helena Entrudo e Conceição Pereira.

Pelas 10h15m, o autocarro saiu da cidade de Tavira em direcção ao Fórum Algarve – Faro, com um período de paragem para almoço. Às 13h15m, o autocarro partiu em direcção a Loulé. À chega-da, as turmas dividiram-se assistindo a uma visita guiada ao NERA e à Empresa na Hora.

O NERA, Associação Empresarial da Região do Algarve, é uma associação de apoio ao empre-sário cujo principal objectivo é orientar e qualificar os empresários para o Mundo do trabalho. Foi fei-ta uma apresentação seguida de debate e escla-recimento de questões colocadas pelos colegas.

De seguida, deslocámo-nos à Empresa na Hora, que permite a qualquer cidadão criar uma empresa de forma rápida, com muito menos buro-cracia, dentro apenas de um edifício. Foram visi-tadas as instalações dos diferentes departamen-tos e explicados os diferentes passos que se têm de percorrer para que o empresário possa sair com a sua empresa criada.

Foi uma visita de estudo bastante agradável e elucidativa para todos os participantes.

Laura Mascarenhas e Bruna Santos, 10.º TGES

VISITA AO NERA E EMPRESA NA HORA —

LOULÉ

À

Barca, à Barca… No dia 22 de Janeiro, pelas 7h45mn, «embarcámos» rumo a Lisboa para assistir a uma peça de Teatro do Mestre Gil Vicente. Com algu-mas expectativas, lá chegámos ao maravilhoso Mosteiro dos Jerónimos que por si só já nos comove. Após alguns momentos de ansiedade, somos surpreendentemente despertos pelo bem audível chamamento: À Barca, À barca!

Sim, era con-nosco! Lá fomos seguindo o chama-mento por entre os claustros do enig-mático Mosteiro. Quando pensáva-mos que tudo se iria passar entre palco e plateia con-fortavelmente sen-tada, surpresa das surpresas: vimo-nos repentinamente na presença do Diabo e do Anjo e de um desfilar de personagens, que

facilmente reconhecemos da obra «Auto da Barca do Inferno», pois era excelente o desempenho dos actores. Como se não bastasse estarmos lite-ralmente no meio da representação, também nos sentimos actores participando em duelos (guarda-chuva e espada de madeira), roubos (pastéis de nata), espreitadelas por cima do ombro, desafios propostos pelo Diabo, etc. Quando tudo terminou ninguém conseguia esconder o ar de satisfação espelhado nos rostos. Valeu a pena! Se valeu! Jamais esqueceremos! Bem, é hora de regressar! À Barca, À barca… meus senhores! A professora: Eduarda Gonçalves

VISITA A LISBOA

AUTO DA BARCA DO INFERNO DE GIL VICENTE

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filosofia

N o dia 23 de Janeiro, o 10º ano, turmas A1 e C1, por iniciativa da professora

de Filosofia, Maria Alberta Fitas, fez uma visita de estudo ao Museu de Etnologia, em Lisboa. O gru-po foi também acompanhado pela professora de Inglês, Anna Caruso, e o professor de Biologia, Rui Carmo.

Ao chegarmos ao museu, de autocarro, fomos obrigados a separar-nos em dois grupos, devido ao grande número de intervenientes. O meu grupo foi visitar a sala dedicada à cultura dos índios da Amazónia. Entretanto, o outro foi ver as “pinturas cantadas”. Tivemos de descer até uma cave, pois o valor daqueles artefactos é muito elevado e têm de estar bem protegidos.

Após passarmos uma ou duas portas blinda-das, chegámos ao nosso destino. Havia cheiro a palha naquela sala escura. Os artefactos e as máscaras, feitos maioritariamente de materiais da natureza, estavam guardados dentro de vários armários de vidro. Uma guia explicou-nos que essas máscaras representavam os “apapatai”, espíritos que, quando estavam zangados, criavam desgraças, como doenças e más colheitas. Para os apaziguar, os índios faziam festas e banquetes mascarados dos mesmos. Também vimos objec-tos com que caçavam, como arcos e dardos enve-nenados, entre outros. Usavam penas para enfei-tar e adornar chapéus e perucas. Estranhamente,

“encolhiam” as cabeças dos seus inimigos como forma de reverência aos mesmos e como troféus de guerra. Também fabri-cavam potes, e outros uten-sílios, em bar-ro para serem usados na agricultura e culinária. Apesar de serem índios e viverem em harmonia com a natureza, não renun-ciam a certos luxos da sociedade moderna, como roupa normal. Essas aldeias estão espalhadas por toda a América do Sul em mais de 40 localiza-ções, com nomes de A a Z. Acabando a nossa visita à sala dos índios, subimos a escadaria para ir ver “as pinturas can-tadas de Naya”. Esta sala tem em exposição as obras das mulheres das comunidades de Patua, no estado de Bengala, Índia. Estas mulheres can-tam as histórias que pintam em extensas tiras de papel. Tanto pintam sobre as tradições rurais como sobre acontecimentos do mundo moderno.

Havia, também, um gran-de ecrã onde se projectava um documentário sobre essas pinturas. Estas mulheres vivem com gran-des dificuldades económi-cas, dependendo exclusiva-mente das pinturas que pin-tam e vendem, tendo, cada uma , em média, à volta de seis filhos. Todas lamentam não poderem usar métodos contraceptivos. Havia pintu-ras de dois a três metros que relatavam o 11 de Setembro e o tsunami de 2004.

Com esta visita, pudemos ficar a saber mais sobre outras culturas bem diferentes da nossa e seus valores e tradições.

Alexandre Matias, Bernardo Sousa e Francisco Sousa, 10º A1

VISITA ao MUSEU de ETNOLOGIA, em Lisboa

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filosofia

Um Hotel, um gerente e o que faz a diferença entre os Humanos

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S egundo a Axio-

logia, o valor é uma qua-lidade através da qual conseguimos distinguir a importância, ética ou estética, de um determi-nado objecto, acção ou ser. Logo, há valores positivos, e valores negativos, pelo que estes são bipolares. Com os valores o homem pretende chegar à perfeição, tanto pes-soal como social. De acordo com a cena ini-cial, no filme, Hotel Ruanda, Paul Rusesaba-gina (Don Cheadle) com-pra uma pequena caixa de charutos, pelo preço de 10000 francos cada, que é o mesmo preço que pedem a Paul, os rebeldes hutu, por cada vizinho tutsi. É nesse momento que Paul se apercebe da situação que está a atravessar o país, abre os olhos e tenta ajudar os seus

compatriotas com o dinheiro que antes utilizava para bens luxuosos e desnecessários. Nesse momento redescobre, nele próprio, o significado de valores sobre os quais ainda não reflectira. Esta sua interpretação, dá razão a Berkeley, ao defender que o Valor é criado na nossa consciên-cia e na situação em que vivemos, ou seja, é sub-jectivo.

Antes dos conflitos, Paul apenas pensava numa vida de bens materiais e prazer, ignorando o que se passava à volta dele, e da profunda crise em que o seu país estava, e no início, sofre um choque ao descobrir que tudo o que ele queria e tudo o que ele valorava (classe, charutos, choco-lates) eram uma ilusão. Paul tenta salvar a família,

depois os vizinhos, e depois todos os tutsi e hutu do país, alojados no Hotel Mille Collines, em Kiga-li.

Penso que a cena mais triste do filme é a que nos mostra um grupo de freiras, debaixo de uma chuva torrencial, a acompanhar crianças órfãos, pensando que estas também seriam resgatadas e levadas para o estrangeiro, mas afinal a ONU apenas leva os turistas e a gente branca. Este momento do filme explica como o mundo fechou os olhos perante este massacre, ignorando as mortes e mostrando a falta de bondade e de colectivismo do ser humano, é isso que o jornalis-ta Jack Daglish (Joaquin Phoenix) tenta explicar a Paul, "as pessoas irão ver as cenas de destruição nas suas casas, dirão 'que horror' e continuarão com o seu jantar", sem mexer um dedo para modificar a situação. Eis-nos no extremo egoís-mo. Penso que uma das cenas mais importantes é também a da intervenção do jornalista Jack Daglish. Quando este é obrigado a sair do hotel e a voltar ao seu país, um membro do staff do hotel acompanha-o com o guarda-chuva até ao auto-carro e o jornalista diz: “Não faça isto, por favor! Sinto tanta vergonha!”.

Paul Rusesabagina conseguiu de facto lutar contra a maré egoísta deste mundo, encontramos nele o realismo do Valor, espelhado em cada ser, em cada vida, o que o fez esquecer o brilho irra-diado pelos bens materiais, esquecer a sua vida luxuosa e aplicar todos os seus esforços para sal-var a vida da sua família e das restantes vítimas do conflito.

Acho que o filme consegue transmitir a mensa-gem, de que não podemos ignorar os outros e que para viver numa sociedade melhor temos que começar a trabalhar em grupo, para sobreviver e atingir a perfeição tão procurada pelo Homem. Mas também é triste ver que o Homem, nos dias de hoje continua a fazer as mesmas atrocidades que cometia há 2000 anos atrás, continua a criar diferenças entre as pessoas e a semear ódio por todo o mundo e o pior é que a colheita é o sangue das vítimas que em nada contribuíram para tal. Temos de criar laços e estabelecer ligações fra-ternas, para que haja paz mundial.

Mariano Ribeiro -10º C1

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FILOSOFIA

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REFLEXÃO...

O s seres Humanos. Criaturas bípedes, normalmente com pouco mais de um

metro e meio. Dizem ter sido criados por Deus. Vivem num planeta minúsculo com graves proble-mas causados... precisamente por eles. Têm alguns milénios de história e acham-se superiores a todas as outras criaturas. São arrogantemente capazes de afirmar que estão sozinhos no Univer-so. Culpa da sua socialização, educação e outros conhecimentos adquiridos.

Durante toda a História do Homem várias cren-ças e culturas foram surgindo no globo. Começa-ram também conflitos e guerras e as rivalidades têm vindo a desenvolver-se. Os etnocêntricos são teimosos e continuam a afirmar que a sua cul-tura é a certa, a original e todas as outras são par-

voíce. O facto é que as parvoíces de outras cultu-ras pensam que a cultura ou crenças dos outros são também uma parvoíce. Felizmente existem pessoas e culturas que aceitam e respeitam outras culturas e costumes e até adoptam alguns deles. A este processo dá-se o nome de aculturação. E, cada vez mais, isso está presente nos dias de hoje. Acredito que num futuro próximo apenas have-rá uma cultura, todos estaremos adaptados aos mesmos costumes e já não haverá guerras a esse

respeito. O mesmo se aplica às religiões. Quando esta globalização acontecer, o mundo estará mais unido em tempos de crise e menos preocu-pado com conflitos e guerras. E será aí que, talvez, um pensamento arrogan-temente superior deixará de existir.

Mauro Viegas ,10º E

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PSICOLOGIA

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Vão breves passando Os dias que tenho. Depois de passarem Já não os apanho. De aqui a tão pouco Ainda acabou. Vou ser um cadáver Por quem se rezou. E entre hoje e esse dia Farei o que fiz: Ser qual quero eu ser, Feliz ou infeliz.

28-03-1931

Deixei atrás os erros do que fui, Deixei atrás os erros do que quis E que não pude haver porque a hora flui E ninguém é exacto nem feliz. Tudo isso como o lixo da viagem Deixei nas circunstâncias do caminho, No episódio que fui e na paragem, No desvio que foi cada vizinho. Deixei tudo isso, como quem se tapa Por viajar com uma capa sua, E a certa altura se desfaz da capa E atira com a capa para a rua.

Poemas seleccionados pela professo-ra Maria Alberta Fitas e retirados da obra: Obras Completas de Fernando Pes-soa, Poesias Inéditas (1930-1935) de Fernando Pessoa, Colecção Poesia, Edições Ática

Vão breves passandoVão breves passandoVão breves passandoVão breves passando

Deixei atrás os erros do que fuiDeixei atrás os erros do que fuiDeixei atrás os erros do que fuiDeixei atrás os erros do que fui

Erik Erikson (1902-1994)

Idades do Desenvolvimento

8ª Idade - Integridade - vs Desespero

A virtude a desenvolver neste estádio é a sabedoria, a consciência de que, dadas as circunstâncias e as nossas potencialidades, não vivemos em vão.

Trabalho realizado por:

Ana Catarina Graça / Inês Pereira

Disciplina de Psicologia / TAPSI - Março 2009

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literatura

Visita de Estudo a Lisboa, Alcobaça e Batalha – 26 e 27 de Fevereiro de 2009 – 10º E e 10º TTUR

A peça “Nasrudin” levou-nos numa viagem, para um espaço incer-to, em que o tempo não tem lugar, para onde as histórias são contadas sem nunca nos ser revelado o misté-rio por detrás delas.

O almoço estava tomado, o famoso pastel de Belém também. Agora era a foto do grupo à porta dos Jerónimos antes da visita guiada ao laborató-rio de conservação e restauro do Museu Nacional de Arqueologia.

O motorista levou-nos numa viagem-foguete até à Batalha. Esperava-nos

um “pedypaper” e uma visita guiada.

E um som antes da visita?

Pedro e Inês,

que grande amor!

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D. AFONSO HENRIQUES,

o conquistador

HISTÓRIA

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Oh meu grande conquistador, Pai de Portugal! Ultrapassaste Mouros e Muralhas e Alargaste o teu Condado. Foste cavaleiro, filho e pai, Sofreste ao longo da vida Nas grandes batalhas de Portugal. Lutaste contra tua mãe, Teu primo e contra os Sarracenos. Filho de D. Henrique e D. Teresa, Mas criado por D. Egas Moniz. E com este foste feliz. Foste o primeiro rei de Portugal, O maior dos conquistadores. Casaste com D. Teresa Tua amiga e companheira. Libertaste-te da sujeição do teu primo Com o apoio do Papa amigo Devendo-lhe ajuda e lealdade. Com a tua morte em 1185 Deixaste o condado a teu filho Que à luta deu continuidade.

Ariana Cruz, Bianca Pereira, Joana Venâncio e Soraia Lázaro , 10º C2

Nascido no ano de 1186, Filho de D. Sancho I e D. Dulce de Aragão. O mais gordo dos reis Comia que nem um “cão”.

Não era bom guerreiro, Nem nada que se parecesse. O destino verdadeiro Era governar, sim esse.

Conquistou Alcácer do Sal E derrotou os muçulmanos. Pelo Papa foi excomungado Fruto dos seus actos pouco religiosos. Teve um pequeno reinado, Mas foi um dos mais poderosos.

Em 1218, D. Afonso II morto foi encontrado Reinando apenas doze anos. Agora, em Alcobaça, descansa em paz.

Ana Romeira , Hélio Queimado, Khrystyna Vashchysyn e Nuno Gonçalves, 10º C2

D. AFONSO II, o gordo

Justiceiro..Justiceiro Viria este a ser D. Pedro I. Personalidade marcante Que viria a herdar o seu infante. Vingou a morte de sua amante, Que dos seus sonhos emergia Em forma de rainha Que o viria a ser um dia. Filho de D. Afonso e D. Beatriz Foste um belo aprendiz. Para te converteres Numa história que atravessou os tempos. Uma história de amor e raiva Que nos conta como a amavas. Prometido a Constança Cativo da esperança

Sonhara um dia Que com Inês casaria. As tantas razões de Estado Dadas por seu pai amado Separaram os dois amores Criaram guerras e partiram corações. Lutou contra tudo e contra todos Disciplinou aqueles que nunca haviam sido disciplinados Pregou justiça onde nunca havia sido pregada Morreu jovem e atormentado Das vivências do passado. Mas isto foi há muito tempo atrás, Pois este descansa agora em paz Ao lado de quem ama. E esta foi a História do justiceiro e da sua dama.

D. PEDRO I, o justiceiro

Ângelo Leal, David Chagas , Inês Nunes e Rita do Rosário, 10º C2

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No fim da sessão, nós saímos mais entusiasmados e interessados pela leitura.

Em suma, foi positiva a avaliação da sessão, além do mais porque, como disse José Fanha: “Um livro é um tesou-ro no fundo do mar cheio de riquezas”.

Bárbara Ferreira, 11º C1

eco dos espaços

VISITA À BIBLIOTECA MUNICIPAL ÁLVARO DE CAMPOS

N o passado dia 5 de Março, os alunos do 11º ano das turmas de Línguas e Humanidades da Escola Secundária Dr. Jorge Correia, acompanhados pelas

Professoras Ana Cristina Matias e Fernanda Santos, dirigi-ram-se à Biblioteca Municipal a fim de assistirem a uma “palestra” acerca da leitura e tudo o que a envolve, dada pelo Escritor/Arquitecto José Fanha.

Tentando transmitir-nos o quão importante é a leitura, o Escritor, antes de começar, fez uma pequena introdução enaltecendo as vantagens da leitura, tais como conhecer novos países, novas culturas, novas expressões e palavras.

No inicio da sessão, o Escritor começou por distribuir livros pelos alunos levando-os para o exterior do edifício para dar inicio à “palestra”. Durante a sessão, José Fanha foi lendo excertos de alguns livros, fornecendo ao mesmo tempo informações sobre os escritores dos livros aborda-dos.

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T eve lugar, no passado dia 31 de Janeiro, sába-do, pelas 17h00, no Auditório da Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, a entrega de pré-

mios do I Concurso “Compondo com provérbios”. A sessão teve início com uma breve apresentação da Associação Internacional de Paremiologia, bem como o resumo do regulamento do concurso. Seguiu-se a palestra “Tradição e cultura no Oriente Latino Europeu”, presidida por Viril Mihaiu, em que o orador deu a conhecer aspectos inte-ressantes do património cultural da Roménia. Como breve curiosidade, Viril Mihaiu é Ministro-concelheiro junto à Embaixada da Roménia em Portugal e Director do Instituto Cultural Romeno, em Lisboa. A sessão terminou com a indi-cação dos vencedores em cada um dos grupos etários e para cada uma das modalidades apresentadas a concurso, tendo as temáticas sido escolhidas pelos concorrentes. Quatro prémios couberam a alunos da nossa escola Maria Couto ( 1º e 2º prémios, prosa), Daniela Gonçalves ( 3º lugar) e Adelina Patraus ( 1º prémio, ilustração). Houve também lugar à entrega do certificado de participação a todos os alunos e aos restantes concorrentes que lá se encontravam. Foi uma palestra muito interessante, pois teve por base o genuíno das gentes de Portugal, os provérbios.

João Pedro Viegas Correia, 11º C1

COMPONDO COM PROVÉRBIOS

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eco dos espaços

A POESIA ESTÁ NA ESCOLA… e em toda a parte

seguem progressos nas aptidões culturais. Foram ainda sugeridas como actividades futuras “representações teatrais relacionadas com os conteúdos programáticos”, “encontros com poetas conhecidos” e ses-sões com “personalidades portuguesas ilustres”, entre outras.

A coordenadora da BE, Ana Cristina Matias

P or iniciativa da Direcção

Regional de Educação, e em colabora-ção com a nossa Biblioteca, realizou-se, no dia 10 de Março de 2009, pelas 14:15, no auditório da escola, uma ses-são, animada por Afonso Dias, no âmbi-to do projecto «A poesia está na esco-la… e em toda a parte». Dado que as iniciativas da biblioteca escolar devem estar ao serviço do currí-culo, e sendo os objectivos desta activi-dade “Dar a conhecer a poesia portu-guesa”, “Desenvolver o gosto pela leitu-ra” e “ Sublinhar o carácter lúdico e estético da literatura”, foram convidadas turmas do 10º ano e solicitada a colaboração dos professores de Português. Foram inscritas nesta actividade quatro turmas, duas dos cursos regulares e duas dos cursos profissionais, a saber: T3, Operadores de Informática; 10º A3; 10º C1 e Técnicos de Multimédia, 1º ano. Estiveram também presentes profes-sores de Português e de outras áreas, acompanhados de alguns alunos, que ficaram motivados para a iniciativa atra-vés da divulgação da mesma em aula e por cartazes afixa-dos na escola. Assim, o número de presentes na assis-tência foi de aproximadamente 80 alunos. Afonso Dias conseguiu captar a atenção deste auditó-rio, nem sempre disposto a ouvir os outros, articulando de forma surpreendente a recitação de poemas com o diálogo que estava a travar com os alunos. Foi distribuído um questionário de avaliação da ses-são, de forma aleatória e anónima, a cinquenta dos pre-sentes. Devolveram-nos 42 exemplares preenchidos (84%) e o tratamento dos dados recolhidos permite-nos afirmar que a iniciativa foi bem acolhida pelos presentes.

Nesse inquérito, os auscultados puderam também manifestar, em resposta aberta, a sua opinião pessoal sobre a actividade, sendo as ocorrências mais frequentes o destaque do interesse da actividade por possibilitar “saber mais sobre a poesia portuguesa” e o “despertar maior interesse pela leitura e pela poesia”. Destacaram também a simpatia do actor Afonso Dias, a “maneira divertida de conhecer os poetas” e a percepção “da riqueza das palavras”.

Claro que houve também opiniões menos favoráveis da parte de jovens mais renitentes a se deixarem cativar pela literatura, porém essa é uma das funções que à escola cabe e não é dando só o que lhes agrada previa-mente que se formam gostos e mentalidades, ou se con-

A actividade de divulgação da poesia realizada por Afonso Dias impressionou-nos pela maneira de ser cativante do actor e a sua capacidade de memoriza-ção dos poemas. Gostámos, particularmente, do poe-ma “A bunda que engraçada”, do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade, bem como do poema “Declaração de amor”, do mesmo poeta, utilizando nomes de flores.

Técnicos de Multimédia, 1º ano

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LITERATURA

MARIA SATURNINO e a sua poesia sobre Moçambique

A longa e proveitosa vivên-

cia de Maria Saturnino em Moçambique levou-a a incluir na sua primeira obra de poesia, Entre Margens, um conjunto de poemas sobre essa realidade afri-cana. “Macala”, “ O cajueiro”, “ Campos de algodão”, “ Noite africana” e Café do Chiado” são apenas alguns desses poemas lidos por alunos do 10 º ano. Maria Saturnino mereceu a nossa admiração pela sua simpatia, encanto pela vida, comentário pertinente aos seus poemas e uma breve apresentação de poetas de expressão portuguesa, um dos conteúdos literários objecto de leitura prescritos pelos programas de Português. O bom acolhimento da iniciativa pelas turmas presentes, levou-nos a reno-var o convite para uma outra actividade em que a autora poderá abordar os seus poemas sobre Tavira ou os seus contos, que em breve serão publicados. A coordenadora de BE: Ana Cristina Matias

SARAU DE POESIA

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V isando fomentar o gosto pela Poesia, pelo hábito de ler e de proporcionar a oportunida-

de de divulgar a produção literária dos poetas e de todos aqueles que não querem continuar a guardar os seus poe-mas em “caixinhas”, gavetas, agendas, ou pastas de com-putador, realizou-se o Sarau de Poesia, no dia 21 de Mar-ço, na sala de alunos da Escola, por iniciativa da professo-ra Antonieta Couto. Quisemos uma noite cheia de poesia nas nossas vidas, e por isso fizemos silêncio para ouvir, em português, inglês italiano, alunos, professores e pais que empresta-ram a sua voz aos poemas de muitos poetas, dizendo-os ou cantando-os.

A professora: Antonieta Couto

Filipe Bagarrão, 10º A2

Repórter fotográfico: João Jesus, 10º C1A2

Mauro Rodrigues, 10º A2

Guilherme Bento das Neves, 10º A3

Ana Cristina

Maria Saturnino

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LITERATURA

PASSEIO POÉTICO

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N o dia 30 de Outubro de 2008, as turmas do 11º A3 e do 10º C2 da Escola Secundária de Tavira visi-

taram a Biblioteca Municipal de Tavira para assistir a uma actividade sobre “Poesia no século XXI”. No calmo e relaxante ambiente da biblioteca, os alunos começaram por ouvir declamar “Ser Poeta”, de Florbela

Espanca, que seria posteriormente musicado por Luís Represas. O objectivo de iniciar a sessão com este poema foi, sobretudo, mostrar a ligação entre a poesia e a música.

Depois, os alunos ouviram também declamar poemas de Camões (“Fermosa vai pêra fonte”), Cesário Verde, Álvaro de Campos (“Tabacaria”), António Gedeão, Mário Henrique Leiria (“Rifão quotidiano”), entre muitos outros.

Durante o decorrer da sessão, o declamador chamou dois alunos para declamarem um poema a dois, levando-os a percepcionar o que tinham de melhorar na sua leitura e que, para uma boa declamação, era imperioso encar-nar o sujeito poético…

Foi uma sessão muito interessante, pois os alunos contactaram com o poema e a sua essência, sem se preocu-parem com a sua análise, coisa que, geralmente, não acontece nas aulas…

Já agora, aqui fica um poema que, de um modo geral, agradou a todos os presentes e que é prova de que a poe-sia tem múltiplas funções e não serve só para expressar sentimentos.

RIFÃO QUOTIDIANO Uma nêspera estava na cama deitada muito calada a ver o que acontecia chegou a Velha e disse olha uma nêspera e zás comeu-a é o que acontece às nêsperas que ficam deitadas caladas a esperar o que acontece

11º A3

N o dia 22 de Janeiro de 2009, pelas 14 horas, na sala Foco, os alunos da turma T3 OpInf (Operadores de Informática) realizaram um Workshop sobre a utilização do Gmail. Este teve como objectivo dar a conhecer, ao pessoal docente e não docente da escola, uma plata-

forma do Gmail administrada pela professora Conceição Santos. De referir que esta ajudou na organização e apre-sentação do Workshop.

Os alunos da turma, durante a apresentação, abordaram vários temas, como por exemplo: o que é o e-mail?; como aceder ao e-mail?; como receber e enviar e-mails?; como adicionar contactos?.

No final da apresentação, abordaram o tema MSN, a plataforma mais usada recentemente em todo o mundo. O público gostou da apresentação, de tal modo que se falou na realização de um outro Workshop.

Ana Matias, Cátia Nunes, Elisabete Pereira, Gil Raimundo e Telma Prata, T3 OpInf

QUEM NÃO SABE USAR O Gmail?

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ÁREA DE PROJECTO

s omos o grupo 1, da turma do 12º B, e, tal como o título sugere, esta-mos a realizar um trabalho sobre a construção de uma academia de futebol. Ao longo da elaboração do nosso projecto, depa-rámo-nos com muitos obs-táculos burocráticos e ao nível dos procedimentos da sua construção. Dirigimo-nos a várias instituições, nomeada-mente à Câmara Munici-pal de Tavira, onde inicial-mente não nos conseguiram esclarecer totalmente sobre quais os procedimentos necessários para a construção deste projecto, mas, após muita insis-tência da nossa parte, lá conseguimos ser eluci-

O

grupo 2 decidiu elaborar um trabalho na disciplina de Área de Projecto rela-

cionado com o cavalo Lusitano, realçando as tra-dições portuguesas, entre elas a tauromaquia que está intimamente ligada ao Equino Nacional. Optámos por este tema, porque queremos dar visibilidade e mostrar a nossa admiração por um ser tão belo e nobre como é o cavalo Lusitano e o touro Ibérico. Posto isto, criámos um projecto de um Centro Hípico na nossa cidade que inclui vários picadei-ros e uma praça de touros. O centro também irá incluir aulas para pessoas portadoras de deficiências, pois está provado que

ACADEMIA DE FUTEBOL : ZION/PUMA

dados sobre os procedi-mentos a tomar com vis-ta à concretização do projecto. Após esta etapa de pesquisa, iniciámos a construção do projecto, propriamente dito. Fomos à Câmara Muni-cipal de Tavira para a

obtenção da licença de construção, ao banco Caixa de Crédito Agrícola para obtenção da simulação do empréstimo, aos Bombeiros de Tavira e a outras instituições que envolvem as etapas intermédias do projecto. Contudo, apesar do complicado traba-lho que temos vindo a realizar, estamos con-tentes, pois estamos a desenvolver uma boa e bem estruturada academia de futebol, que designámos de Zion/Puma.

André Madeira, Bruno Madeira, Ricardo Pereira e Sérgio Viegas,12º B

CENTRO HÍPICO NA REGIÃO DE TAVIRA

a terapia com ani-mais, em particular com cava-los, é alta-mente bené-fica para estas pes-soas. O cavalo Lusi-tano, como animal dócil

que é, é muito utilizado para este tipo de terapia. Outro dos nossos objectivos com a criação deste Centro Hípico é motivar a população tavi-rense e os turistas a deslocar-se mais para o inte-rior e não apenas para a costa ,como é habitual.

Cátia Moldes, Guilherme Mártires, Luís Pinto e Pedro Nascimento,12º B

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N o âmbito da disciplina de Área de Pro-

jecto, temos que executar um trabalho de grupo durante o ano lectivo. O tema do nosso trabalho é a adopção. No segundo período estivemos a desenvolver, essencialmente, actividades de investigação para o trabalho escrito a apresen-tar no final do ano. Para levar a cabo esta tarefa, tivemos o apoio do Refúgio Aboim Ascensão, da direcção da SIC Mulher e de todos os alunos que colabo-raram, respondendo aos inquéritos que fizemos na escola. Este trabalho pretende despertar cons-ciências, apresentando o ponto de vista dos adoptantes e dos adoptados. Serão levantadas questões controversas e que dividem a maior parte das pessoas, tais como: adopção por homossexuais, adopção monoparental e adop-ção de raças diferentes. Todos aqueles que se interessam por este

o s alunos do grupo 4 da

dis- ciplina de Área de Projecto do 12ºB propuseram-se aplicar os 8 objectivos do milénio, tentando encon-trar soluções para os problemas mais abrangentes da região da Guiné-Bissau, mais concretamente da Empa-da. Os 8 objectivos são: erradicar a pobreza extrema e a fome, alcançar o ensino primário universal, promover a igualdade de género e a capacitação das mulheres, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater o HIV/SIDA, Malária e outras doenças, garantir a sustentabili-dade ambiental e criar uma pareceria

ADOPÇÃO

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ÁREA DE PROJECTO

tema ou que nunca pensaram nisso, terão a oportunidade de ouvir contar uma história real no terceiro período. Irina Silva, Filipa Novais, Renato Ribeiro e Luís Guilherme, 12º B

DEL 8

mundial para o desenvolvimento. Para atingirmos os nossos intentos, entre-vistámos guineenses, inquirimos professores e alunos, pesquisámos e visitámos várias institui-ções ligadas à construção civil, ao comércio, à

área da saúde e ao ensino. Com este trabalho pretende-mos ajudar quem mais precisa, embora saibamos que ainda muito vai ficar por fazer.

André Ferreira, Diogo Ferreira,

Osvaldo Casimiro e Valter Bento, 12º B

turma 12º B

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ESCRITA CRIATIVA

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CADÁVER ESQUISITO—POEMA COLECTIVO

Cadáver esquisito é um jogo colectivo surrealista inventado por volta de 1925 em França. No início do século XX, o movimento surrealista francês inaugurou o método "cadavre exquis" (cadáver esquisito) que subvertia o discurso literário convencional. Outra curiosidade a respeito do método é que agrega mais de um autor. Cada um deles intervém da maneira que deseja, porém, dobrando o papel para que os demais colaboradores não tenham conhecimento do que foi escrito.

Para ti…Para ti…Para ti…Para ti… Tudo aquilo era tão belo, Olhar para ti faz-me sorrir, És o sol que me ilumina, a lua que me espreita… A distância não apaga o sentimento… O mar é que nos faz sonhar. O meu coração manifesta-se assim que te vê, O tempo passa e fica tudo igual. És um raio de sol nas manhãs escuras de Inverno. A chuva e o vento faz-me pensar, A beleza de uma pessoa encontra-se no seu interior, lá descobre-se a força de um amor. Naquela noite de Lua cheia, Os sentimentos mais grandiosos chegam com o tempo, Nem sempre é fácil amar, Não há vida sem cor, logo não há choro sem dor! Uma página em branco tem o seu canto. O tempo custa a passar, não mais condenar aquele que liberta, da prisão todo o seu ser calado e triste. Da roseira nasce a rosa e eu nasci para te amar, Quando penso em ti, durmo como um Benjamim!

Turma: TAPSI

Aquilo que penso…Aquilo que penso…Aquilo que penso…Aquilo que penso…

Gosto de saber que me vêem, mas queria ser invisível, o espírito de hoje pode ser a flor de amanhã, vive um dia de cada vez. Para os teus olhos olhei e me enfeitiçaste, Não podemos ignorar o que temos, há quem diga que vale [ mais um amigo, Não sei o que fazer! O amor é lindo, os namorados é que são feios. Não sei o que quero. Como o verde das árvores, na vida sofremos , choramos e no fim sorrimos. A música insere-se no nosso coração como balas [destruidoras do amor. Sem inspiração escrevo este verso para quem lê. Oh! Este é o momento perfeito da vida, só no futuro valorizaremos o que aconteceu no passado, nunca ponhas em prática aquilo que tu julgas certo.

Turma: TTUR

Antes do antes depois do depois entre vidas um solitário que, sem ti, não é ninguém. Antes de partires, quero-te mostrar momentos a sós onde te encontro recupero e amo… André Oliveira, 11º A3

Até que nos voltemos a encontrar

Não consigo explicar Um estranho sentimento Neste meu coração O que se passa cá dentro?

Respirar é-me difícil Entre os nossos olhares Gestos envergonhados Um toque apaixonado Eternas lembranças Impossíveis de apagar Receio nunca mais te ver Amor, até nos voltarmos a encontrar!

Cátia, Mariana e Nuno, 11º A3

Desde que te vi, Iluminaste a minha vida Através do teu olhar. Desde que te vi, O mundo parou Só para eu te ver passar. No teu beijo ardente A paixão cresce em mim Meu sol, minha flor, Olvidá-lo seria o fim. Radiantes são os teus olhos Apaixonante o teu perfume Dádivas do outro mundo Oh, meu amor… Sem ti… não sou ninguém! Bruno Tiago, 11º A3

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Escrita criativa

PoesiaPoesiaPoesiaPoesia

Minha força de viver

Minha pétala dourada

Não me canso de dizer

Que tu és a minha amada!

Por ti acordo de dia

Com felicidade e gratidão

Para mim tu és aquela

Que habitará meu coração.

Os teus olhos, belos e firmes,

O teu sorriso uma pureza

Em ti tudo é bonito

Pois tu és uma beleza!

Teu nome eu quero chamar

De manhã quando acordar

A ti eu quero amar

E contigo quero casar.

O teu beijo é um despertar

Do amor que sinto por ti.

Só te quero acariciar,

Pois quando te conheci

Percebi logo o que senti:

Uma força do Cupido

Que se abateu sobre mim…

Marco Nascimento, 11º A3

Na minha vida tudo é nada. Desde o nascer até ao pôr É nada. Porque eu não sou para mim, Estou aqui para a minha gente, Do meu sangue. Olho para ali e acolá E um enfado me vem à mente, O mesmo ser de sempre: Só! Tudo que penso ou creio Não se dilui em trabalho, É sobretudo devaneio. Então a vista muda! Se fazendo nada, o abandono me atrai. Se sonhando, desiludo-me. Se acordando comigo, o mais que real é imperfeito. Se nos meus ares de pequeno, a deusa torcia-me o fio Até o sofrimento, com a miséria nas mãos, o crescer Esbofetear de chagas, num martírio sem santos. Lógica racional dos homens pragmáticos: Já não ando como eu, corro incessantemente em busca do [ lucro. Nas armas à azeitona, por ser nada, aliciam-me. Não! Por ter subtudo na quantia, enlaçam-me. Não! E por estar exterior ao nacional, sou menos que tudo… Logo caiu na mira do atroz E visto-me com os excrementos desta sociedade. Por que desde sempre é assim: Empanturram-se os grandes com os pequenos débeis de [saber. Osvaldo Casimiro, 12ºB

Uma força do Cupido Dupla de Sentidos (menos Pessoa )

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De que me serve a poesia, quando a pobreza me esmaga? Para quê “finjo e minto” se estou subnutrido? Não me venham com Pessoa (s) porque lá fora o sonho é choro, o sinto é egoísmo, e o pensar é desprezado!

Osvaldo Casimiro, 12ºB.

Aquilo

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TROPA DE ELITE

CINEMA

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N o dia 21de Janeiro de 2009, a turma T3 Tipo II

- Electricista de Instalações foi assistir ao filme Tropa de Elite, reali-zado por José Padilha, no âmbito do Projecto Portal Mágico.

Achei o filme bastante interes-sante, porque focava não só a Tro-pa de Elite do Rio de Janeiro – que era conhecida por BOPE – como também retratava a vida nas fave-las.

E é precisamente por aí que vou começar, pelas favelas, que são uma das partes mais conhecidas do Brasil, não por terem magníficas paisagens nem antigos monumen-tos históricos, mas sim pelo pior motivo: o crime e o tráfico de droga que lá existe e que ninguém consegue travar.

À medida que o tempo passa, as favelas vão aumentando e, consequentemente, tornando a tarefa mais facilitada para os que comandam o tráfico (pois o controlo policial é mais difícil), mas tornando a vida mais complicada para a polícia. Esta tem medo de lá entrar, porque nas favelas há armas mais sofisticadas e quem lá vive conhece

bem todos os cantos das favelas. Então, muitos polícias seguem o ditado “Se não os podes ven-cer, junta-te a eles” e acabam por se envolver também no tráfico de armas e por fechar os olhos à realidade envolvente.

De certa forma, é por esse motivo que existe outra polícia especialmente preparada e treinada para actuar nesses meios difíceis – a Tropa de Elite (BOPE – Batalhão de Operações Especiais).

Achei bastante interessante o modo como eles treinam e como recrutam polícias para ingressar no BOPE. No filme, os escolhidos para ingressar no BOPE foram poucos – apenas dois – pois só os mais resistentes e incorruptí-veis é que são seleccio-nados. É que o BOPE tem uma grande respon-sabilidade – quando há algum evento de grande importância no Brasil, não é a Polícia que está à frente da segurança desse evento, mas sim o BOPE, a “tropa de elite” do Governo. E não pode haver falhas…

João Coelho, T3 – Electricista de Instalações

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biologia

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Caro Darwin, Muito me motiva a embarcar consigo nesta fantástica viagem, onde reina a curiosidade pela biologia e um genuíno interesse numa experiência como naturalista. Descobri que sou fascinada pela ciência e, procurando enriquecer os meus conhecimen-tos científicos nesta área, concluí que nada podia ser melhor que uma viagem na sua companhia. Estando eu prestes a terminar o ensino secundário, no qual frequento o 11º ano, e tendo algumas dúvidas no curso a seguir, creio que esta experiência como naturalista pode ser crucial na minha decisão. Conhecendo o seu trabalho e o esplendor das ilhas, sei que muitos tentarão este lugar, mas não pondero desistir nem desa-nimar, pois conheço o meu valor e decerto não o irei desapontar. Quando me empenho num projecto, sou bastante metódica e organizada nos relatórios, onde todas as observações e conclusões farão a diferença. Para além de gostar de viajar, tenho uma perfeita simpatia pela vida no campo e pela aventura, que, quanto a mim, são atri-butos muito favoráveis. Sei que muito do trabalho dos cientistas é realizado em laboratório, mas também sei que as viagens são indispensáveis. Nelas se efectuam grande parte das investigações e se adquirem dados concretos para formular ou reformular teorias. Assim se evidencia a importância das viagens para o trabalho científico e, por isso, ambiciono participar numa verdadeira investigação científica que sei que poderá mudar o meu futuro, para além do futuro da ciência. Quanto à história natural, embora não tenhamos na escola um estudo muito pormenorizado sobre várias áreas da ciência como a paleontologia, ecologia, bioquímica, meteorologia, astronomia e arqueologia, tenho procurado enriquecer sempre o meu saber sobre elas. Aliada à teoria, a prática não deve ser esquecida, e esta viagem é, sem dúvida, um excelente exemplo de uma aula prática. Tenho a noção que um naturalista deve possuir vastos conhecimentos em muitas áreas, visto que a história natural é o saber de um conjunto de ciências. E como deve saber bem melhor que eu, o senhor Darwin era mais inclinado para a geologia, mas acabou por fazer a sua maior descoberta na biologia. Um naturalista deve também ter uma boa aptidão física, pois o trabalho no campo pode revelar-se uma aventura até mesmo perigosa. Deve também ser minucioso, atento, cauteloso, curioso, estudioso e, acima de tudo, ter um bom suporte de conhecimentos científicos. Como o naturalismo se baseia unicamente em termos de cau-sas e leis naturais observáveis, deve também dominar a ontologia – metafísica do ser, cosmologia – metafísica do cosmos ou universo e a teologia – metafísica de Deus e do sobrenatural. Quando chegou às ilhas Galápagos, sei que percebeu logo a sua particularidade, pois este raro arquipélago vulcânico de humanos só tinha aborígenes, o que permitiu manter as características originais das ilhas. Foram exactamente os ecossistemas com seres vivos peculiares que o inspiraram para a brilhante teoria da evolução das espécies. Um dos factos mais importantes que pôde constatar foi que, embora as ilhas diferissem entre si, tinham uma origem comum. Quanto à origem da sua fauna e flora, se diferiam nalgumas características, possuindo bastante diversidade, ainda assim deti-nham características suficientemente semelhantes para crer que tinham uma origem em comum. Muitas espécies o impressionaram, mas foram sobretudo as sete espécies de tartarugas gigantes e as catorze de tentilhões que despertaram mais atenção, por serem argumentos bastante sólidos para a sua conclusão. Os tentilhões são bastante diversificados, podendo variar quanto ao tamanho, cor e forma do bico, o que se relaciona com a sua alimentação. Numa ilha, os bicos eram fortes e curtos, bons para partir nozes, enquanto na ilha seguinte os bicos eram com-pridos e finos, para extrair comida de fendas. As características que possuem favoreceram a sua sobrevivência nas ilhas corres-pondentes, porque foram sendo seleccionadas pela natureza. Sendo assim, é como se estas espécies tivessem sido criadas por si próprias. O facto de ser criador de pombos, e fazer cruzamentos selectivos (selecção artificial), terá sido preponderante para a ideia de uma selecção natural. Por outro lado, e numa visão uniformitarista de Lyell, as pequenas alterações resultariam em grandes modificações a longo prazo. As observações nas Galápagos foram fundamentais, pois verificou a diversidade de organismos de zona para zona e dentro da mesma espécie, embora pudessem ser notadas semelhanças, sugerindo uma origem comum. É também de salientar a importância do ensaio de Malthus que, a meu ver, teve uma grande influência na sua teoria. A ideia de transportar para o mundo natural a competição que existe a nível dos seres humanos reforça em muito a teoria da sobrevivência de umas espécies em detrimento de outras. Nesta altura também, a descoberta de novos fósseis e restos de esqueletos de ani-mais extintos foram decisivas, pois depósitos estratificados de fósseis em diferentes formações rochosas mostravam fósseis já extintos em diferentes eras.

(Continua na pág. 22)

CARTA DE MOTIVAÇÃO A DARWIN

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biologia

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(Continuação da pág. 21)

Nesta segunda viagem poderia reformular as suas teorias, melho-rando alguns aspectos que possam permanecer inexplicados como, por exemplo, o surgimento de estruturas complexas, dificilmente origi-nárias de um único acontecimento por acção da selecção natural, como o olho, o cérebro, entre outros. Isto é, investigar explicações para a macro evolução, que na sua teoria não foi devidamente abordada. Poderia ainda desenvolver estudos para esclarecer se características como a cor de pele, estatura, ou certas susceptibilida-des a determinadas doenças, observadas nas diferentes populações, resultam de um processo de adaptação a diferentes ambientes. Por fim, sugeriria uma investigação, tendo em vista a exploração e aproveitamento ao máximo da teoria do evolucio-nismo, averiguando até onde essa evolução pode chegar. Espero que considere a minha solicitação

Atenciosamente,

Helena Horta, 11º A3

CARTA DE MOTIVAÇÃO A DARWIN

C assandra was the most beautiful girl in the

school. She was smart and very, very beautiful but she was a bad girl. Every boy in school loved her. She used to date a boy, called Michael. He was a very nice guy; handsome, intel-ligent, funny and sincere. What Michael didn’t know was that Cassandra was betraying him.

One day, a pretty girl appeared. Her name was Joanna. She was even prettier than Cassandra. She was beautiful, funny, intelligent, very nice and honest with other people. Joanna and Michael became classmates. Naturally, they be-came friends. They were always laughing, talking, playing, as if they had known each other for years!

After two weeks, they were madly in love. But there was a problem: Cassandra was still Michael’s girlfriend.

One day, when they were at school, Michael saw Cassan-dra with his best friend. They were kissing. Michael was very surprised, but he really didn’t mind, because now he could be with his true love, Joanna. From that day on, they started dating and they lived happily ever after…

Ariana Cruz e Joana Venâncio, 10º C2

On a beautiful spring morning, Jack and Stephanie met in the hall of their high school. An intense smile at each other and they started talking. The words were flowing, they talked about every-thing. And then, something obvious happened: they kissed.

At the other side of the hall there was Josephine, the great-est love that Jack had ever had. Her friend sees Stephanie's kiss and she says to her, ‘Josephine, look! Your boyfriend is kissing another girl! What a pig he is.’

Josephine looks and starts crying, crying, crying…So, her friend encourages her and she goes over to talk to Jack and the new girl.

‘Jack, what is this? Who is this girl?!’, asks Josephine.’ ‘No, no, no, who are you, girl?’ ,Stephanie asks. ‘Well, I’m Jack’s GIRLFRIEND!’ ‘What?! Do you have a girlfriend?! Is this a joke?’, Stephanie

asks. ‘Well, I forgot. So what?’, says Jack. ‘So what?! Are you stupid?’, the two girls say. ‘Hey, girls…’ ‘Shut up, I don’t want to see you any more. It’s over!!!’, Jose-

phine screams while she walks away. ‘So where were we, babe?’ says Jack to Stephanie, smiling. ‘We were… doing this’, and she slaps him on his cheek. Then Stephanie runs over to talk to Josephine. ‘Well, I don’t know you, but he lied to us and we are in the

same situation, so I think we could be friends’. Josephine cleans her face full of tears and says, ‘You are

right. He is just a liar. He doesn’t deserve our tears. Do you want to go to the cafeteria?’

Stephanie answers, “Yes, sure!”

Khrystyna Vashchyshyn e Rita Rosário, 10º C2

YOUNG PEOPLE

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A conteceu isto antes de a Ucrânia existir como país, num tempo em que havia somente tribos. Num Verão, as nossas terras foram atacadas por uma tribo bárbara, chamada “Obry”. Os homens da

tribo dos “Anty”defendiam-se corajosamente, mas a força parte a palha. Os inimigos apoderaram-se do torrão natal e com várias maneiras escarneceram das pessoas, especialmente das mulheres. Chegaram até a colocá-las em vez de cavalos nas carroças e batiam-lhes no corpo branco com chicotes.

Os de “Obry” gostaram das raparigas ucranianas, tendo estabelecido uma lei: de cada cidade e de cada vila escolher-se-iam as mais belas raparigas que seriam enviadas para as terras de “Obry” como escravas para terem filhos. A linhagem dos bárbaros tinha sido amaldiçoada e, consequentemente, as suas mulheres só tinham filhos deficientes.

Por isso, é que as raparigas ucranianas se desfearam na noite da separação e imploraram a Deus para que lhes tirasse a vida em vez de terem suportar esse ultraje. Ou elas tão fervorosa-mente rezaram, ou a sua oração foi tão sincera que até Deus se compadeceu da sua pureza e da sua virgindade.

No dia seguinte, as mais belas raparigas ucranianas tinham desaparecido. Mas, ao pé de cada casa onde elas tinham crescido, surgia o arbusto de Kalyna…

Daquele tempo, ficou esta tradição na nossa terra: nas-ceu uma rapariga na família – o pai feliz planta um arbusto de Kaly-na, para que a filha cresça a mais bela.

É também por isso que as raparigas fazem uma grinalda de Kalyna, como “coroa de amor”, e outra com bagas, como “coroa de casamento”…

A tribo de “Obry” desapareceu da face da terra para sem-pre como se tal povo nunca tivesse existido.

Kalyna (viburno) – Arbusto que dá bagas vermelhas comestíveis (amargas), usadas para fazer chá e para curar as gripes, raramente usa-das para fazer doces.

Coroa de amor: Na noite de 6 para 7 de Julho, as raparigas para encontrarem o seu príncipe encantado, fazem uma grinalda com Kalyna e outras flores, colocam-na na cabeça, dançam, cantam e no fim deixam-na ir com as águas do rio.

Coroa de casamento: é uma grinalda composta por 12 espécies de plantas diferentes, entre as quais se encontra Kalyna. Essa grinalda só é feita para ser usada no dia do casamento.

Було це ще до того, як на Yкpaїні-Русі не було держави, а жили осібні племена.

Напали якогось літа на наші землі дикі обри. Мужньо оборонялися мужі антських племен, але сила солому ломить. Заполонили кінні вороги весь край і всіляко знущалися над людьми, особливо жінками. Доходило до того, що впрягали їх до колісниць замість коней, шматуючи біле тіло нагайками.

Сподобалися yкpaїнські дівчата обрам і постановили вони такий рішенець: від кожного містa і села відібрати найкращих дівчат та спровадити їх на свої землі, як рабинь, для розплоду дітей, бо рід їх був проклятий і жінки їх народжували калік.

Спротивилися тому дівчата і в ніч перед розлукою молили Бога позбавити їх життя, ніж віддавати в наругу.

Чи то вони так ревно молилися, чи то їх молитва була такою щирою, але зглянувся Господь на їх дівочу чистоту і цноту...

На ранок не стало тих найкращих дівчат на Укpaіні. Але під кожною хатою, у якій вони зросли, виріс кущ калини...

З того часу так і повелося на нашій землі: народилася дочка в родині — щасливий батько садить кущ калини, щоб зростала найкращою.

От чому цвіт калиии вплітають дівчата у вінок кохання, а ягоди у весільний вінoк...

А обри вивелися на землі, пропали нaвік, ніби і не

Yevgen Stryzhak, 12º A1

SOBRE O ARBUSTO DE KALYNA

Lenda em ucraniano

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Ficha Técnica Coordenação: Profa. Ana Cristina Matias

Redacção: Alunos e Professores da EST

Colaboradores: Prof.s Manuela Beato, Maria Doloro-sa Nunes e Margarida Neto Lopes

Reprografia: Luís Canau e César Romeira

ESCOLA SECUNDÁRIA

DR. JORGE CORREIA - TAVIRA

BIBLIOTECA /CRE

e-mail: [email protected]

estbiblioblogue.blogspot.com

N o passado dia 12 de Fevereiro, a

nossa Escola participou mais uma vez na Pro-va Regional das Olimpíadas de Química, na Universidade do Algarve.

O transporte foi assegurado pela Câma-ra Municipal de Tavira e o almoço foi oferecido pela Universidade.

As professoras responsáveis foram Maria Helena Correia Bartolomeu Silva e Rosa Maria Leal Moreira da Palma.

As equipas participantes foram: 1 - Aleksandar Ilkov Angelov, 11º A3 Edgar M. M. A. Velasco Costa, 11º A3 Helena Isabel Viegas Horta, 11º A3 2 - Ana Raquel Mendes Claro, 11º A2 Pedro Daniel Pires Domingos, 11º A2 Rúben Filipe Corvo Teixeira, 11º A2 3 - Alexandre C. Lesinho Pires, 10º A1 Catarina C. S. e Santos Loureiro, 10º A2 Diana Isabel da Conceição Anica, 10º A1

Das vinte e três equipas participantes (do Algarve e Alentejo), a equipa nº 2 classificou-se em oitavo lugar, logo seguida da equipa nº 1, que ficou em nono lugar. a equipa nº 3 ficou em vigésimo lugar. A equipa melhor classificada deslocou-se a Lisboa, no dia 14 de Março, para participar na Semifinal das Olimpíadas de Química +, com a professora acompanhante Rosa Palma. Os alunos empenharam-se e embora não tives-sem alcançado nenhum dos três primeiros lugar, tiveram uma participação honrosa.

A professora: Helena Bartolomeu

Equipa n.º 3

Equipa n.º 1

Equipa n.º 2

Equipa n.º 2