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    MANUTENO EM EQUIPAMENTOSELTRICOS

    Antonio Tadeu Lyrio de Almeida (1); Marcelo Eduardo de Carvalho Paulino (2)

    RESUMO

    O objetivo deste o de analisar alguns aspectos e procedimentos relacionados com amanuteno preventiva de equipamentos eltricos.

    1.0 - INTRODUO

    A manuteno preventiva de qualquer equipamento eltrico, pode ser consideradacomo um dos ramos da tcnica que mais evolui na atualidade, pois se constitui em umapoderosa ferramenta para garantir o funcionamento continuo das instalaes responsveispelo suprimento e aproveitamento de energia eltrica.

    A avaliao precisa dos custos envolvidos em qualquer tipo de interrupo deprocesso, principalmente, quando se trabalha com conceitos estatsticos, sem sombra dedvida, resulta na necessidade de implantao de programas de manuteno preventiva.

    Neste caso, os objetivos principais so adequar a cada intervalo de tempo, ascondies da instalao e seus equipamentos a um novo perodo ininterrupto defuncionamento. Isto permite reduzir os custos dos problemas intempestivos, que

    eventualmente ocorram durante os perodos de operao normal.Observe-se que executar a manuteno preventiva de um equipamento no implica

    necessariamente na abertura, desmonte e remonte, nem ensaio do mesmo, mas na realizaode uma srie de procedimentos padro. Estes, por sua vez, devem se basear nas caractersticastcnicas e operativas, normalmente, suportadas por estudos estatsticos.

    Deste modo, inspees de rotina, objetivando o levantamento de dados de corrente,tenso, temperatura e parmetros capazes de indicar a existncia ou evoluo de problemasinternos ao equipamento tambm se inserem dentro das prticas de manuteno preventiva.

    O objetivo das inspees visando a manuteno preventiva dos equipamentos eltricos salvaguard-los contra interrupes e danos atravs da deteco e eliminao de causaspotenciais de defeitos.

    Neste sentido, a manuteno peridica deve possibilitar muitos anos de operao livre

    de problemas.

    ______________________________________________________________________(1) Doutor em Engenharia Eltrica; Coordenador do GEMEI/EFEI Grupo de Estudos emManuteno Eletro-Eletrnica e Instalaes da Escola Federal de Engenharia de Itajub;Professor Titular da EFEI.

    (2) Pesquisador do GEMEI/EFEI Grupo de Estudos em Manuteno Eletro-Eletrnica eInstalaes da Escola Federal de Engenharia de Itajub.

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    2.0 - ATIVIDADES BSICAS

    A rotina para a execuo das inspees relativas a manuteno preventiva deequipamentos eltricos envolve a observao visual de algumas de suas condies especificas,bem como, quando possvel, os reparos necessrios que podem ser realizados no campo. A

    freqncia destas inspees depende, sobretudo, da importncia critica do equipamento emquesto, das condies ambientais, e/ou das condies operacionais.Atitudes simples, como verificar se h ventilao suficiente e efetuar a limpeza

    freqentemente so fatores da maior importncia.Alm disto, necessrio intervir imediatamente ao surgirem ou ao serem notados quaisquerindicativos de anormalidades. No caso de mquinas rotativas tem-se, por exemplo: vibraesexcessivas, batidas de eixo, resistncia de isolamento decrescente, indcios de fumaa e fogo,faiscamento ou forte desgaste no comutador ou coletor e escovas (se houverem), variaesbruscas de temperatura nos mancais e outros.

    A primeira providncia a ser tomada nestes casos desligar o equipamento e examinartodas as suas partes, tanto mecnicas como eltricas.

    Deste modo, o conhecimento adequado de alguns sintomas, suas causas e efeitos de

    suma importncia pois permite evitar a evoluo de problemas indesejveis que tornamnecessria uma ao corretiva com prejuzos financeiros elevados.

    As rotinas de inspeo bsicas para equipamentos eltricos em operao normalenvolvem, de uma forma geral, avaliar:

    Corrente: O aquecimento de um equipamento eltrico depende de sua capacidadetrmica. O controle de sua temperatura de operao se reveste de elevada importnciapois, quando o mesmo opera acima do nvel mximo de temperatura permitido pelaclasse de isolamento, ocorre um decrscimo na sua expectativa de vida. Por exemplo,um equipamento com isolamento classe B ou F, operando com 8 a 10 C acima de suatemperatura normal de trabalho, tem sua expectativa de vida reduzida metade. Estesfatos reforam a necessidade de um monitoramento adequado das condies decarregamento, ou seja, da corrente de carga e da temperatura associadas, para evitareventuais sobrecargas;

    Tenso: A tenso aplicada a um equipamento deve ser monitorada de forma similar corrente de carga. Sobre e subtenses, tenses desequilibradas e/ou com contedoharmnico so fatores que afetam o seu isolamento e o seu desempenho em muitoscasos.

    Limpeza: importante que o equipamento fique isento de poeiras, teias de aranha,fiapos de algodo, leo, ou seja, sujeira em geral. A sujeira cria uma camada nosenrolamentos e/ou carcaa diminuindo a troca de calor com o ambiente, alm de reter

    umidade e provocar um curto-circuito, bem como, ser um elemento propagador deincndios. Desta forma, conveniente limpar externamente o equipamento e, logo aps,as suas partes internas. Para tanto, usa-se ar comprimido seco e limpo, soprando-se o pe os resduos do seu interior. importante certificar-se que todas as passagens de aresto livres e desimpedidas.

    Nas mquinas eltricas rotativas, tambm interessante verificar-se:

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    Vibraes ou rudos: Deve-se atentar para a ocorrncia de vibraes anormais ourudos estranhos para mquinas rotativas em perfeito estado de funcionamento. Elaspodem ser indicativos de problemas de origem eltrica e mecnica;

    Temperatura dos mancais: Para bom desempenho de suas funes a temperatura do

    mancal de mquinas rotativas deve ser, no mximo, 800

    , 850

    C. Assim, convenienteverific-la atravs de termmetro. Ressalta-se que, tambm neste caso, a vida tildiminui com a temperatura;

    Superfcie do estator e do rotor: Inspeo visual para determinar a presena dealguma contaminao ou ferrugem, bem como lascas, borbulhas e arranhes;

    Naturalmente, quaisquer planos de inspeo devem ser determinados de acordo com anatureza critica ou no do funcionamento dos equipamentos.

    3.0 ANORMALIDADES EM EQUIPAMENTOS ELTRICOS

    Um plano de manuteno preventiva deve conter um conjunto de mediestecnicamente adequadas, as quais devem ser selecionadas entre uma grande variedade dealternativas, sendo necessrio que se associe confiabilidade e custo com um programa deatividades compatveis. Medies sofisticadas nem sempre propiciam resultados mais efetivosque os obtidos com testes rotineiros, porm, seus custos, tempo despendido e pesquisa paraimplementao so sempre maiores. Neste caso, a relao custo/benefcio poder ser muitoalta. Inclusive, tais medies no devem ser to complexas que os resultados sejam de difcilanlise e compreenso.

    Neste contexto, torna-se importante o conhecimento de estatsticas de falhas/defeitose, em especial, suas causas.

    A titulo de exemplo, a figura 1 apresenta dados relativos aos problemas mais comunsde motores de induo trifsicos.

    a) Origem de problemas [1] b) Causas mais comuns [2]

    Figura 1 Problemas em motores de induo trifsicos

    Os resultados obtidos com estas anlises, caso sejam determinadas condiesinsatisfatrias, devem ser cuidadosamente analisados para verificar em qual instante amanuteno corretiva deve ser aplicada e, naturalmente, as medidas preventivas soendereadas para as causas mais comuns de faltas dos equipamentos de uma certa instalao.

    4.0 - PROTEO

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    A proteo adequada dos equipamentos eltricos pode e deve ser encarada como umaatividade de manuteno preventiva, pois tende a evitar que eventuais problemas seavolumem ou danifiquem o equipamento. A anlise de resultados na figura 1.b) mostraclaramente este fato, para os motores de induo trifsicos, mas que so semelhantes para

    outros casos.Grande parte dos elementos dos equipamentos requerem algum tipo de proteo paraque ele permanea em operao de forma segura e econmica ao longo do tempo e reduza anecessidade futura de manuteno corretiva.

    Esta proteo pode ser executada atravs de alarmes luminosos ou sonoros ou pelodesligamento da alimentao antes que algum dano ocorra. Tais danos devem-se,basicamente, ao isolamento deteriorar-se e furar, falhas dos componentes mecnicos ou aambos. Sendo assim, a maior ou menor proteo funo da importncia da aplicao econdies de servio.

    5.0 - MANUTENO PREVENTIVA DO ISOLAMENTO ELTRICO

    O sistema isolante representa um dos principais aspectos para o funcionamento de umequipamento eltrico, sendo a sua vida til considerada como a do prprio equipamento.

    A vida til de um isolamento slido compreendida como o tempo necessrio paraque seus elementos constituintes falhem ou seja, que sua fora de trao reduza-se adeterminadas percentuais do original. Note-se que no final da vida, a isolao se apresentafrgil e quebradia, com baixa resistncia mecnica.

    Embora, os sistemas de isolamento de alguns equipamentos incorporem um fludo (porexemplo, leo mineral em transformadores ou gs SF6 em disjuntores), o isolamento slido(papel e vernizes) est presente em todos eles. Desta forma, prtica comum no meio tcnicoconsiderar-se que o envelhecimento destes sistemas est associado com a resistncia mecnicado segundo.

    Por outro lado, a deteriorao das propriedades isolantes de um material depende, deforma bsica, de suas caractersticas fsico-qumicas e do regime de operao a que forsubmetido. Note-se que, como citado anteriormente, muitos fatores podem afet-los tais comoa umidade, sujeira, agentes qumicos, esforos dieltricos excessivos, danos mecnicos e atemperatura, entre outros.

    interessante observar que durante o processo de envelhecimento do papel, as suaspropriedades dieltricas praticamente no diminuem. Desta forma, um transformadorenvelhecido, por exemplo, ser mais sensvel aos esforos mecnicos, provenientes,principalmente, de curto-circuitos no sistema, apesar de poder apresentar boa isolaodieltrica. Nestes casos, a baixa resistncia mecnica provocar uma diminuio dosespaamentos dieltricos (falha mecnica), provocando a falha eltrica.

    Em funo do exposto, a manuteno preventiva do isolamento de fundamentalimportncia.No caso especfico de mquinas rotativas, necessrio inspecionar todos os isolantes

    de bobina de campo quanto e trincas e indicaes de superaquecimento.Mas, os principais pontos de manuteno de um isolamento de uma mquina so:

    limpeza, secagem, reenvernizamento e conservao.A limpeza o primeiro e mais importante quesito de manuteno do isolamento.A remoo de poeiras pode ser feita com um aspirador de p ou com ar comprimido

    seco (com 29 a 40 psi de presso), porm o ltimo apresenta a desvantagem de espalhar apoeira por outras mquinas ao redor.

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    Sujeiras encrostadas entre as passagens de ar da mquina devem ser removidas comuma esptula de madeira ou de fibra. No se deve usar pontas e raspadeiras metlicas, poisestas podem ferir o isolamento.

    A limpeza de graxas e leos deve ser feita com pano isento de fiapos embebido comum solvente recomendado, como o Varsol, a Benzina e o Tetracloreto de Carbono. O uso de

    solvente em excesso arruina o verniz que compe o isolante; portanto, deve se usar aquantidade justa de solvente e em seguida enxugar com um pano seco.O uso de solventes requer cuidados; os derivados de petrleo so inflamveis e o

    tetracloreto de carbono, que no inflamvel, muito txico (deve ser usado em lugares bemventilados).

    No caso de isolamentos contaminados pela gua do mar ou com lama de inundaes,estes devem ser lavados com gua doce (com presso de 29 a 40 PSI), sendo necessriasecagem posteriormente.

    A secagem a operao que tem por fim retirar a umidade ocasionalmente depositadaou absorvida pelo isolamento.

    O mtodo mais favorvel a aplicao de calor externo (lmpadas infravermelhas ouaquecedores eltricos), dentro duma estufa ou coberta de lona. Trs cuidados so requeridos:

    a) Sempre deixar uma abertura no topo da coberta para permitir oescape do ar mido. No caso da estufa, faz-se a extrao forada do ar(rarefaz a presso melhorando a secagem).b) No aproximar muito as fontes de calor do isolamento para nocarboniz-lo (no caso de lmpadas cujo o feixe dirigido, recomenda-seum afastamento de mais de 30 cm).c) Temperatura do isolamento no deve ultrapassar 900C.

    Outro mtodo muito usual o de fazer passar uma corrente eltrica pelos condutoresdo prprio equipamento, cuja fonte pode ser:

    a) Alternada, proveniente de um autotransformador regulvel.b) Continua, gerada por uma mquina de solda eltrica.c) Ou ainda, continua gerada pelo prprio equipamento cujaarmadura colocada em curto-circuito.

    Esse um mtodo muito eficaz, pois o calor gerado por efeito Joule expulsa aumidade, de dentro para fora, do isolamento, embora seja aconselhvel utiliz-lo pararesistncias de isolamento superiores a 50 M medida a frio.

    Entretanto, necessrio tomar alguns cuidados em sua aplicao, ou seja, a correntecirculante no deve ultrapassar o valor da corrente normal do equipamento. Assim, atemperatura no deve aumentar mais que 50C por hora (aquecimento muito rpido pode

    formar bolhas que danificam o isolamento). A temperatura medida sobre o isolamento nodeve passar de 80C.O reenvernizamento dos isolamentos eltricos no deve ser executado freqentemente

    pois, a cada vez, se adiciona uma camada de verniz superfcie do isolamento, fazendoaparecer rachaduras onde se acumulam sujeira.

    O envernizamento s deve ser feito com a pea bem limpa e seca.O melhor mtodo mergulhar a pea, aquecida , num banho de verniz, demorando o

    tempo necessrio para a impregnao completa do isolamento. Em seguida deix-la suspensapara escorrimento do verniz. E, por fim, coloc-la para secar em uma estufa. No caso de nose ter estufa deve-se utilizar verniz de secagem ao ar. Os tempos e as temperaturas de

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    secagem ao ar ou na estufa dependem do tipo de verniz utilizado (estufa temperatura daordem de 180 0C e tempo aproximado de 24 horas).

    Grandes armaduras so impregnadas pistola, ou a pincel, pois no podem sermanuseadas para a operao de mergulho. No primeiro caso deve-se proteger as partes vivasde cobre (comutador, anel, coletor, contatos), o eixo e os mancais com papel. No sendo

    possvel o uso de papel usa-se uma leve camada de graxa.Durante o envernizamento deve-se ter sempre mo um extintor, o ambiente deve serbem ventilado e usar mscara quando trabalhar com pistola.Para transformadores, por outro lado, necessrio analisar se com uma certa freqncia se ofludo dieltrico e refrigerante (leo) em operao est em boas condies de trabalho. Sendoassim, para que ele cumpra suas funes de maneira satisfatria, deve apresentar algumascaractersticas bsicas, tais como:

    a) Baixo teor de umidade, pois as partculas de gua em suspensodiminuem suas propriedades dieltricas;b) Elevada resistncia oxidao, para evitar a formao de borrase cidos;c) Composio qumica tal que no altere as propriedades dos

    diversos elementos do transformador;d) Viscosidade suficientemente baixa para permitir grandemobilidade das partculas aquecidas, de forma a no prejudicar atransferncia de calor;e) Resistncia elevada inflamao, de forma a tornar mais seguraa instalao eltrica.

    6.0 - MANUTENO PREVENTIVA EM OUTRAS PARTES

    Outras partes componentes dos equipamentos merecem ateno quanto manutenopreventiva, alm das atitudes citadas anteriormente. Exemplificando para mquinas rotativas,tem-se:

    Peas aparafusadas ou caladas - Sua inspeo, de vez em quando, servir paranotar se esto todas bem firmes e sem corroso ou ferrugem. Ateno particular deveser dada aos parafusos que seguram os grampos de suporte dos cabos e de certosisolamentos; Fundaes e placas de apoio - Devem ser verificadas a sua rigidez e seunivelamento, pois muitas vezes tais apoios podem ceder ou escorregar por efeito dosprprias trepidaes do mquina;Acoplamentos - O aperto e o alinhamento dos flanges de acoplamento devem serverificados uma vez por ano e sempre que a mquina sofrer algum impacto, eltricoou mecnico, ou quando houver deslocamento nos fundaes;

    Cabos de ligao: Inspecionar quanto a sinais de superaquecimento, isolaodeficiente ou avaria mecnica. Certificar-se de que todos os terminais estoapertados.Filtros de ar(se houverem): devem ser limpos regularmente, com intervalos quedependem do grau de impurezas do meio ambiente. A queda de presso nos filtrosdever ser constantemente observada, pois, caso ela ultrapasse o valor admissvel, ho risco de diminuio do volume de ar e do efeito filtrante. A limpeza de filtros demalha grossa (filtros de metal) pode ser efetuada, com jatos de ar ou lavando o filtrocom dissolventes. Os filtros finos (com capas de fibras) podem ser lavados em gua(a uns 400C, contendo detergente normal para roupa fina), ou jatos de ar para limp-

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    los. Tratando-se de p contendo graxa necessrio lavar com gasolina, tricloretilenoou gua quente com aditivo P3. Evitar torcer ou escorrer o filtro. Todos os filtrosdevem ser secados depois da limpeza.

    7.0 - ENSAIOS EM EQUIPAMENTOS

    A manuteno preventiva em equipamentos eltricos compreende testes e averificao da montagem eltrica do sistema.

    Convm ressaltar que existem controvrsias a respeito dos valores limitesrecomendveis que devem ser obtidos nos testes. Observa-se, entretanto, que oacompanhamento peridico e comparaes dos resultados ao longo do tempo so muito maissignificativos que um simples valor isolado.

    Deste forma, conveniente que se mantenha um histrico dos vrios equipamentoscom os respectivos resultados dos testes executados.

    Os seguintes ensaios so teis para um programa bsico de manuteno, tomando-secomo exemplo os equipamentos de uma subestao.

    Equipamento Testes

    Transformador de corrente (TC) e de potencial (TP)

    Relao de transformao Polaridade Resistncia hmica da isolao Resistncia hmica dos enrolamentos Grupo de ligao Rigidez dieltrica do leo isolante Cromatografia gasosa

    Disjuntor

    Resistncia hmica da isolao Discordncia de plos Tempo de abertura e fechamento Resistncia de contato

    Rigidez dieltrica de leo isolante Comando eletro-pneumtico Perda de ar por operaes Nvel de ar ou gs

    Barramentos

    Resistncia de isolao Faseamento Tenso aplicada Tipo de isolao

    Seccionadora

    Resistncia hmica de isolao Resistncia de contato Simultaneidade Servo mecanismo Comando eletro-pneumtico Micro-interruptores

    Pra-Raios Resistncia hmica de isolao Conexo e aterramento

    Medidores Instantneos e Registradores Caractersticas Levantamento de percentual de erro Conexes

    Rels de Proteo

    Levantamento de caractersticas tempo-corrente,tempo/tenso ou tempo/potncia Mnimo valor de partida (pick-up) Mnimo valor de rearme ("drop-out") Restrio por harmnicos

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    Compensao ("slope") Indicador de operao Sentido unidirecional de desligamento Folgas no disco de induo Conexes Medies de ngulo de fase Aferio e calibrao

    Transformador de potncia

    Relao de transformao Resistncia hmica de isolao Fator de potncia do isolamento Fator de potncia das buchas capacitivas Resistncia de isolamento do TAP capacitivo Testes das protees internas Anlise fsico-qumica do leo isolante Anlise cromatrogrfica do leo isolante Comutador automtico de tapes

    Tabela 1 Ensaios nos equipamentos de uma subestao

    Observa-se que,antes de qualquer desligamento para manuteno, de grandeimportncia que seja efetuada a anlise de pontos quentes em ela utilizando-se de um

    termovisor.

    8.0 - PERIODICIDADE DOS ENSAIOS OPERACIONAIS

    Os ensaios operacionais podem ser divididos em trs grupos ou mais grupos,dependendo da filosofia de manuteno adotada, de maneira a facilitar a execuo dosmesmos, bem como o seu controle, como, por exemplo:

    a) Ensaios operacionais anuais;b) Ensaios operacionais qinqenais e,c) Ensaios operacionais em equipamentos.

    9.0 - PERIODICIDADE DE MANUTENO

    A Tabela 2 fornece uma sugesto de periodicidade de manuteno dos equipamentosde uma subestao, a ttulo de exemplo

    Equipamento PeriodicidadeFios, Cabos e Muflas 6 a 12 mesesIsoladores 12 a 15 mesesFerragens 6 a 12 mesesBaterias 3 mesesCapacitores

    Reapertos 6 a 12 meses

    Medio 3 mesesRels 6 a 12 mesesPra-raios 12 mesesTC's e TP's 6 a 12 mesesTransformadores

    Estanqueidade permanenteVlvula de segurana permanenteRels 3 mesesResistncia de terra 3 mesesLimpeza 3 mesesTermmetro 3 mesesRel Buchholz 4 a 6 meses

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    Comutador - lubrificao 4 a 6 mesesGuarnies e vedaes 4 a 6 mesesSlica gel 4 a 6 mesesleo comutador 12 mesesleo geral 2 a 4 anosRadiadores 2 a 4 anos

    Disjuntoresleo 6 mesesCmaras de extino 3 mesesReaperto de parafusos 3 a 6 mesesPresso dos contatos 6 mesesMecanismo 1 ms

    SeccionadoresLimpeza dos contatos 6 mesesReaperto de parafusos 6 mesesPresso dos contatos 12 mesesIsoladores 12 meses

    Tabela 2 - Periodicidade de Manuteno

    10.0 - ADEQUAO DAS EQUIPES DE MANUTENOAs equipes que realizam as inspees que se constituem nos procedimentos de

    manuteno preventiva de equipamentos, excetuando-se as que podem ser realizadas pelosoperadores, tais como monitoramento de carga (corrente e tenso) e de temperatura, devempossuir um bom grau de familiaridade com procedimentos e equipamentos especficos.Algumas das rotinas, a exemplo de termoviso, devem ser realizadas, por equipesindependentes, responsveis pela inspeo de todo um conjunto de equipamentos. Ensaiosespecficos de custo elevado, devem ter sua realizao adequada a um critrio de custo xbeneficio, para no terem sua eficcia e utilidade posta em dvida.

    Uma equipe mnima de manuteno deve ser composta por:

    Encarregado: Nvel Tcnico ou SuperiorCoordenador e responsvel tcnico pela execuo de todos osprocedimentos e rotinas que constituem a Manuteno Preventiva.

    Mecnicos: Em nmero de dois, Nvel TcnicoResponsveis pela execuo de todas os procedimentos e rotinas

    que envolvam predominantemente servios de fundo, principalmente,mecnico, a exemplo de inspees em radiadores;

    Eletrotcnicos: Em nmero de dois, Nvel Tcnico.Responsveis pela execuo de todos os procedimentos e rotinas

    que envolvam predominantemente servios de fundo, principalmente,eletrotcnico, a exemplo de inspeo em rels, ensaios de tenso aplicada,resistncia de isolamento , rigidez dieltrica e cablagem, entre outros.

    Deste modo, as funes e responsabilidade se encontram bem definidas e distribudas.Convm ressaltar que algum conhecimento interdisciplinar extremamente adequado e deveser estimulado. O suporte necessrio pode ser realizado por uma equipe externa parte daprpria estrutura em funo de um estudo acurado de custos envolvidos.

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    11.0 - QUANTIFICAO DE HOMENS HORA

    A tabela 3 fornece, a ttulo de exemplo, a quantidade de homens hora aproximadapara a execuo apenas de ensaios operacionais nos equipamentos de uma subestao, noincluindo a eventual troca de peas.

    Quesito Homens HoraTermoviso 5Seccionadora 6TP's de alta 2TC's de alta 2Disjuntor de alta 20Pra-raios 2Transformador 40Disjuntor de baixa 16TC's de baixa 3Proteo 1/rel

    Tabela 3 - Quantificao de homens hora

    Na tabela 3 no est incluso o custo de aluguel de equipamentos e da anlisecromatrogrfica.

    12.0 PRECAUES

    Antes de qualquer interveno em equipamentos de um sistema eltrico, algumasprecaues preliminares de segurana devem ser observadas, objetivando-se prevenir aintegridade tanto do pessoal quanto dos equipamentos, ou seja:

    a) Quando da realizao de testes em equipamentos, estes devero estarembem sinalizados, delimitando-se a rea de trabalho e de passagem;b) Dever ser utilizado somente ferramental adequado a cada tipo de tarefa;c) Nunca executar sozinho, servios prximos a circuitos energizados;d) Certificar-se, atravs de inspeo visual, de que os equipamentos liberadospara a manuteno estejam totalmente desenergizados;e) Cuidar para que todo o pessoal envolvido nos testes estejam munidos dedos EPI's necessrios.

    13.0 - CONSIDERAES FINAIS

    Este texto apresentou os vrios aspectos envolvidos na manuteno preventiva deequipamentos eltricos, exemplificando para casos especficos devido a extenso do tema.

    Convm ressaltar que a correta contabilizao dos problemas de qualquer equipamentoeltrico s possui respaldo em valores estatsticos, que so os nicos capazes de manusearconceitos como taxa de risco, probabilidade de evoluo para falha, que caso adequadamenteutilizados resultam em procedimentos dotados de custos mnimos.Aperfeioamentos tecnolgicos, via de regra, quando de sua introduo podem vir a modificaralguns dos pontos acima descritos, porm, sem sombra de dvida, qualquer novoaperfeioamento tecnolgico merece um acompanhamento mais detalhado pois podem vir acausar problemas at o momento no detectados que dependendo do caso podem apresentarou no relevncia, fato s verificado com o passar do tempo e coleta, algumas vezes,exaustivas de dados.

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    [1] Albrecht, P.F. et alli - "Assessment of the Realibility of Motors in UtillityApplications" - IEEE Trans. on En. Conv.. Vol. EC-2. n 3.;

    [2] Andreas, J.C. - "Energy - Efficient Electric Motors - Selection andApplications" - N. York - Marcel Dekker, Inc. 1982.

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