Escutar, discernir, viver a chamada do Senhoro de silêncio Dezena do rosário Senhor, Texto...

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Semana de oração pelas vocações hospitaleiras 16 al 22 de abril 2018 Escutar, discernir, viver a chamada do Senhor

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Semana de oração pelas vocações hospitaleiras

16 al 22 de abril 2018

Escutar, discernir, viver

a chamada do Senhor

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Queridos irmãos e irmãs!

No próximo mês de outubro, vai realizar-se a XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos,

que será dedicada aos jovens, particularmente à relação entre jovens, fé e vocação. Nessa ocasião,

teremos oportunidade de aprofundar como, no centro da nossa vida, está o chamamento à alegria que

Deus nos dirige, constituindo isso mesmo «o projeto de Deus para os homens e mulheres de todos os

tempos» (Sínodo dos Bispos – XV Assembleia Geral Ordinária, Os jovens, a fé e o discernimento

vocacional, Introdução).

Trata-se de uma boa notícia, cujo anúncio volta a ecoar com vigor no LV Dia Mundial de Oração pelas

Vocações: não estamos submersos no acaso, nem à mercê de uma série de eventos caóticos; pelo

contrário, a nossa vida e a nossa presença no mundo são fruto de uma vocação divina.

Também nestes nossos agitados tempos, o mistério da Encarnação lembra-nos que Deus não cessa

jamais de vir ao nosso encontro: é Deus connosco, acompanha-nos ao longo dos caminhos por vezes

poeirentos da nossa vida e, sabendo da nossa pungente nostalgia de amor e felicidade, chama-nos à

alegria. Na diversidade e especificidade de cada vocação, pessoal e eclesial, trata-se de escutar,

discernir e viver esta Palavra que nos chama do Alto e, ao mesmo tempo que nos permite pôr a render

os nossos talentos, faz de nós também instrumentos de salvação no mundo e orienta-nos para a

plenitude da felicidade.

Estes três aspetos – escuta, discernimento e vida – servem de moldura também ao início da missão de

Jesus: passados os quarenta dias de oração e luta no deserto, visita a sua sinagoga de Nazaré e, aqui,

põe-Se à escuta da Palavra, discerne o conteúdo da missão que o Pai Lhe confia e anuncia que veio

realizá-la «hoje»

Mensagem do Papa Francisco

para o LV Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Cântico pelas vocações

Intenção do dia

Senhor, dirige o teu olhar de amor para tantos jovens que já não sabem onde encontrar modelos

de vida fecunda. Ajuda-os a fazer a experiência da oração e do serviço humilde, a fim de que

respondam verdadeiramente e com liberdade ao apelo que lhes fazes onde eles te descobrirem,

assim como no encontro pessoal e prestando ouvidos às necessidades dos seus irmãos e irmãs.

SEGUNDA-FEIRA – 16 de abril

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"Que seja o coração a comandar", dizia S. João

de Deus. Nesta passagem de Lucas vemos o

Senhor que começa o seu ministério em Nazaré,

onde foi criado. Na sinagoga, o Senhor Jesus lê a

passagem de Isaías que o apresenta como

mensageiro da graça. Proclama a libertação dos

cativos, a cura dos doentes e abundância para os

pobres e necessitados. A graça torna-se

disponível para os pobres, os doentes e os

necessitados. Em matéria de graça, o Senhor não

brinca. Diz: "Cumpriu-se hoje esta passagem da

escritura" (versículo 21). A graça desce até à

miséria mais profunda e ocupa o último lugar.

Mas o homem aproveita a ocasião para

desprezar a graça, porque ela implica

humilhação; aliás, é o que pensava Nataniel:

"Alguma coisa boa pode vir de Nazaré? (Jo

1,47). Esta graça adapta-se a todas as

dificuldades, a fim de conduzir o homem até à

paz com Deus. Assim era Jesus na sinagoga de

Cafarnaum diante do homem possuído por um

espírito imundo; o próprio Cristo é o centro,

Cristo é o objeto da promessa. Ele desperta em

nós pensamentos e sentimentos divinos que não

encontram resposta nem satisfação alguma

neste mundo. Esta é a vocação e esta é a

resposta profética que S. João de Deus

procurou oferecer aos marginalizados doentes,

pobres e necessitados do seu tempo.

Tempo de silêncio

Dezena do rosário

Texto bíblico (Lc 4, 16-21)

Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo

o seu costume, entrou em dia de sábado na

sinagoga e levantou-se para ler. Entregaram-lhe

o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o,

deparou com a passagem em que está escrito:

«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque

me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres;

enviou-me a proclamar a libertação aos cativos

e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar

em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano

favorável da parte do Senhor.» Depois, enrolou

o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se.

Todos os que estavam na sinagoga tinham os

olhos fixos nele. Começou, então, a dizer-lhes:

«Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura,

que acabais de ouvir.»

Oração pelas vocações

Senhor, confiantes na tua bondade, nós te

damos graças pelo dom da vocação hospitaleira

e pelo chamamento à vida que não cessas de

dirigir à humanidade. Nós te suplicamos que

nos envies vocações para manter viva e orante

a obra que confiaste ao nosso Fundador, S.

João de Deus.

Pedimos-te que, com coragem, tomemos a vida

nas nossas mãos, aspirando às coisas mais

sublimes e profundas e que conservemos

sempre um coração livre.

Ajuda os jovens, acompanhados por guias

sábios e generosos, a responder ao

chamamento que diriges a cada um deles, para

que realizem o seu projeto de vida ao serviço

dos doentes, dos pobres e dos carenciados, a

fim de alcançarem a felicidade. Mantém os

seus corações abertos aos grandes sonhos e

torna-os atentos ao bem dos irmãos e irmãs.

Que Maria Santíssima, Mãe da Hospitalidade,

que ouviu, acolheu e viveu a Palavra de Deus

encarnada, nos guarde e acompanhe no nosso

caminho. Por Cristo Nosso Senhor.

Amém!

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Escutar

O chamamento do Senhor – fique claro desde já – não possui a evidência própria de uma das

muitas coisas que podemos ouvir, ver ou tocar na nossa experiência diária. Deus vem de forma

silenciosa e discreta, sem Se impor à nossa liberdade. Assim, pode acontecer que a sua voz

fique sufocada pelas muitas inquietações e solicitações que ocupam a nossa mente e o nosso

coração.

Por isso, devemos preparar-nos para uma escuta profunda da sua Palavra e da vida, prestar

atenção aos próprios detalhes do nosso dia-a-dia, aprender a ler os acontecimentos com os olhos

da fé e manter-nos abertos às surpresas do Espírito.

Não poderemos descobrir o chamamento especial e pessoal que Deus pensou para nós, se

ficarmos fechados em nós mesmos, nos nossos hábitos e na apatia de quem desperdiça a sua

vida no âmbito restrito do próprio eu, perdendo a oportunidade de sonhar em grande e tornar-se

protagonista daquela história única e original que Deus quer escrever connosco.

Mensagem do Papa Francisco

para o LV Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Cântico pelas vocações

Intenção do dia

Hoje, o mundo tem uma grande necessidade de homens chamados por Deus e preparados para o

seu serviço. Rezemos para que Deus continue a revelar-Se aos jovens a fim de que eles

correspondam ao seu apelo ao serviço dos seus irmãos e irmãs pobres, doentes e necessitados.

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Texto bíblico: Lc 10,38-42

Continuando o seu caminho, Jesus entrou numa aldeia. E uma mulher, de nome Marta, recebeu-

o em sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, a qual, sentada aos pés do Senhor, escutava

a sua palavra. Marta, porém, andava atarefada com muitos serviços; e, aproximando-se, disse:

«Senhor, não te preocupa que a minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe, pois, que me

venha ajudar.» O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas

coisas; mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.»

ReflexãoCristo disse: poucas coisas são necessárias, apenas uma o é, e Maria escolheu a melhor parte,

que não lhe será tirada. Este texto do Evangelho que nos apresenta Marta e Maria com Jesus, foi

muitas vezes interpretado como uma parábola que contrapunha a vida ativa à vida contemplativa

e na qual Cristo manifestava a sua preferência pela segunda. Esta interpretação é um pouco

restritiva. Parece, pelo contrário, que Cristo tenha evidenciado, por um lado, um estilo de vida

agitado, uma atitude preocupada, ansiosa, e por outro, a simplicidade e a paz do coração. Marta,

cujo trabalho é útil e necessário, anda preocupada, acumula as dificuldades e, principalmente,

julga a sua irmã. Na realidade, Cristo não se refere à sua atividade mas prefere denunciar a sua

agitação e a sua falta de simplicidade. Ao contrário dela, Maria está tranquilamente sentada, toda

concentrada, na sua simplicidade, em escutar a palavra de Deus. Maria, nesta passagem do

Evangelho, torna-se um modelo de escuta para aqueles que têm sede de Deus. É neste contexto

que o Papa Francisco exorta todos os cristãos a não deixarem que a voz de Deus seja abafada

pelas tarefas desempenhadas, pela agitação, por preocupações, etc... Para nós, que temos a

missão de serviço no mundo do sofrimento, somos convidados a não nos refugiarmos

exclusivamente no ativismo; mas também devemos ser ativos, apoiando-nos na graça de saber

escutar, como fazia o nosso Fundador, S. João de Deus. Que o mesmo Senhor nos dê a graça de

sermos capazes de responder ao seu chamamento. Amém.

Tempo de silêncio

Dezena do rosário

Oração pelas vocações Senhor, confiantes na tua bondade, nós te damos graças pelo dom da vocação hospitaleira e pelo

chamamento à vida que não cessas de dirigir à humanidade. Nós te suplicamos que nos envies

vocações para manter viva e orante a obra que confiaste ao nosso Fundador, S. João de Deus.

Pedimos-te que, com coragem, tomemos a vida nas nossas mãos, aspirando às coisas mais

sublimes e profundas e que conservemos sempre um coração livre.

Ajuda os jovens, acompanhados por guias sábios e generosos, a responder ao chamamento que

diriges a cada um deles, para que realizem o seu projeto de vida ao serviço dos doentes, dos

pobres e dos carenciados, a fim de alcançarem a felicidade. Mantém os seus corações abertos aos

grandes sonhos e torna-os atentos ao bem dos irmãos e irmãs.

Que Maria Santíssima, Mãe da Hospitalidade, que ouviu, acolheu e viveu a Palavra de Deus

encarnada, nos guarde e acompanhe no nosso caminho. Por Cristo Nosso Senhor.

Amém!

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Mensagem do Papa Francisco

para o LV Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Também Jesus foi chamado e enviado; por isso, precisou de Se recolher no silêncio,

escutou e leu a Palavra na Sinagoga e, com a luz e a força do Espírito Santo, desvendou em

plenitude o seu significado relativamente à sua própria pessoa e à história do povo de

Israel.

Hoje este comportamento vai-se tornando cada vez mais difícil, imersos como estamos

numa sociedade ruidosa, na abundância frenética de estímulos e informações que enchem a

nossa jornada. À barafunda exterior, que às vezes domina as nossas cidades e bairros,

corresponde frequentemente uma dispersão e confusão interior que não nos permite parar,

experimentar o prazer da contemplação, refletir com serenidade sobre os acontecimentos da

nossa vida e realizar um discernimento profícuo, confiando no desígnio amoroso de Deus a

nosso respeito.

Mas, como sabemos, o Reino de Deus vem sem fazer ruído nem chamar a atenção (cf. Lc 17,

21), e só é possível identificar as suas origens quando sabemos, como o profeta Elias, entrar

nas profundezas do nosso espírito, deixando que este se abra ao sopro impercetível da brisa

divina (cf. 1rs 19, 11-13)

Cântico pelas vocações

Intenção do dia

Senhor, nós te pedimos pelos jovens que desejam seguir-te nas pegadas do nosso Fundador, S.

João de Deus, e que ainda têm dúvidas sobre esta vocação hospitaleira: concede-lhes a luz da tua

graça, para que eles possam tomar a decisão de trilhar este caminho de amor e ternura divina.

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Escutar não significa querer que alguém seja desta

ou daquela maneira – significa aprender a

descobrir as suas necessidades específicas. Prestar

atenção a alguém que está a sofrer não é apenas

dar uma solução ou uma explicação para o seu

sofrimento, mas permitir-lhe que seja ela a

encontrar e a seguir o seu próprio caminho para

libertar-se do sofrimento. Significa dar ao outro

aquilo que porventura nunca nos foi dado: atenção,

tempo, uma presença afetuosa. É aprendendo a

ouvir os outros que chegaremos a ouvir-nos a nós

mesmos, o nosso corpo e as nossas emoções.

Tempo de silêncio

Dezena do rosário

Oração pelas vocações Senhor, confiantes na tua bondade, nós te

damos graças pelo dom da vocação

hospitaleira e pelo chamamento à vida que não

cessas de dirigir à humanidade. Nós te

suplicamos que nos envies vocações para

manter viva e orante a obra que confiaste ao

nosso Fundador, S. João de Deus.

Pedimos-te que, com coragem, tomemos a

vida nas nossas mãos, aspirando às coisas mais

sublimes e profundas e que conservemos

sempre um coração livre.

Ajuda os jovens, acompanhados por guias

sábios e generosos, a responder ao

chamamento que diriges a cada um deles, para

que realizem o seu projeto de vida ao serviço

dos doentes, dos pobres e dos carenciados, a

fim de alcançarem a felicidade. Mantém os

seus corações abertos aos grandes sonhos e

torna-os atentos ao bem dos irmãos e irmãs.

Que Maria Santíssima, Mãe da Hospitalidade,

que ouviu, acolheu e viveu a Palavra de Deus

encarnada, nos guarde e acompanhe no nosso

caminho. Por Cristo Nosso Senhor.

Amém!

Texto bíblico: 1rs 9,11-13

O Senhor disse-lhe então: «Sai e mantém-te neste

monte, na presença do Senhor; eis que o Senhor

vai passar.» Nesse momento, passou diante do

Senhor um vento impetuoso e violento, que fendia

as montanhas e quebrava os rochedos diante do

Senhor; mas o Senhor não se encontrava no vento.

Depois do vento, tremeu a terra. Passou o tremor

de terra e ateou-se um fogo; mas nem no fogo se

encontrava o Senhor. Depois do fogo, ouviu-se o

murmúrio de uma brisa suave. Ao ouvi-lo, Elias

cobriu o rosto com um manto, saiu e pôs-se à

entrada da caverna. Disse-lhe, então, uma voz:

«Que fazes aqui, Elias?»

Podemos ouvir a voz do Senhor quando a

escutamos com paciência. Este texto que

acabamos de ouvir faz-nos ver como o Senhor se

nos manifesta através dos acontecimentos

naturais. Como é que Ele se revela a nós, Irmãos

de São João de Deus? Manifesta-se de muitas

maneiras, na pessoa doente: e os pobres, nas

pessoas carenciados, nos necessitados. E como é

que o podemos saber? Libertando-nos de todas as

nossas preocupações para dedicarmos o nosso

tempo aos outros, através da escuta. Ouvir é talvez

o maior presente que podemos dar a alguém. É

dizer-lhe: Tu és importante para mim, tu és

interessante, estou feliz por tu estares aqui.

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Discernir

Na sinagoga de Nazaré, ao ler a passagem do profeta Isaías, Jesus discerne o conteúdo da

missão para a qual foi enviado e apresenta-o aos que esperavam o Messias: «O Espírito do

Senhor está sobre Mim; porque Me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-Me

a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em

liberdade os oprimidos, a proclamar o ano favorável da parte do Senhor» (Lc 4, 18-19).

De igual modo, cada um de nós só pode descobrir a sua própria vocação através do

discernimento espiritual, um «processo pelo qual a pessoa, em diálogo com o Senhor e na

escuta da voz do Espírito, chega a fazer as opções fundamentais, a começar pela do seu

estado da vida» (Sínodo dos Bispos – XV Assembleia Geral Ordinária, Os jovens, a fé e o discernimento

vocacional, II. 2).

Mensagem do Papa Francisco

para o LV Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Cântico pelas vocações

Intenção do dia

Senhor, tu que continuas a chamar operários para a messe, confiamos-te aqueles que

encontram dificuldades em discernir a sua vocação, a fim de que a sua mente e o seu

coração se abram à tua voz, de modo que possam compreender o que esperas deles.

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Texto bíblico: 1sm 3,2-10

Ora certo dia aconteceu que Eli estava deitado, pois os seus olhos tinham enfraquecido e mal podia

ver. A lâmpada de Deus ainda não se tinha apagado e Samuel repousava no templo do Senhor, onde

se encontrava a Arca de Deus. O Senhor chamou Samuel. Ele respondeu: «Eis-me aqui». Samuel

correu para junto de Eli e disse-lhe: «Aqui estou, pois me chamaste.» Disse-lhe Eli: «Não te

chamei, meu filho; volta a deitar-te.» O Senhor chamou de novo Samuel. Este levantou-se e veio

dizer a Eli: «Aqui estou, pois me chamaste.» Eli respondeu: «Não te chamei, meu filho; volta a

deitar-te.» Samuel ainda não conhecia o Senhor, pois até então nunca se lhe tinha manifestado a

palavra do Senhor. Pela terceira vez, o Senhor chamou Samuel, que se levantou e foi ter com Eli:

«Aqui estou, pois me chamaste.» Compreendeu Eli que era o Senhor quem chamava o menino e

disse a Samuel: «Vai e volta a deitar-te. Se fores chamado outra vez, responde: «Fala, Senhor; o teu

servo escuta!» Voltou Samuel e deitou-se. Veio o Senhor, pôs-se junto dele e chamou-o, como das

outras vezes: «Samuel! Samuel!» E Samuel respondeu: «Fala, Senhor; o teu servo escuta!»

Oração pelas vocações Senhor, confiantes na tua bondade, nós te

damos graças pelo dom da vocação hospitaleira

e pelo chamamento à vida que não cessas de

dirigir à humanidade. Nós te suplicamos que

nos envies vocações para manter viva e orante a

obra que confiaste ao nosso Fundador, S. João

de Deus.

Pedimos-te que, com coragem, tomemos a vida

nas nossas mãos, aspirando às coisas mais

sublimes e profundas e que conservemos

sempre um coração livre.

Ajuda os jovens, acompanhados por guias

sábios e generosos, a responder ao chamamento

que diriges a cada um deles, para que realizem

o seu projeto de vida ao serviço dos doentes,

dos pobres e dos carenciados, a fim de

alcançarem a felicidade. Mantém os seus

corações abertos aos grandes sonhos e torna-os

atentos ao bem dos irmãos e irmãs.

Que Maria Santíssima, Mãe da Hospitalidade,

que ouviu, acolheu e viveu a Palavra de Deus

encarnada, nos guarde e acompanhe no nosso

caminho. Por Cristo Nosso Senhor.

Amém!

ReflexãoO Senhor vem ao nosso encontro e chama-nos

todos os dias. Fê-lo no passado, como no caso de

Samuel, e continua a convidar-nos a entrar no

seu processo de salvação do género humano (cf.

1sm 3,4). Não espera senão pela nossa resposta.

A opção pela vida religiosa ao serviço dos

necessitados é antes de mais um sinal de

discernimento pré-estabelecido. Como Samuel,

muitos não têm a capacidade de discernir, pelo

que é necessário que haja um acompanhamento.

Mas não há acompanhamento possível sem a

assistência da Santíssima Trindade. Para se fazer

um bom discernimento, devemos adotar atitudes

de humildade, docilidade, de perseverança, como

vemos neste jovem Samuel. É isso o que vemos

em São João de Deus que, não sabendo o que

Jesus queria dizer com o seu chamamento, não

deixa de se colocar sob a divina providência para

lhe responder. Por este texto, Deus convida-nos a

estarmos mais perto dele. Isso é possível graças à

prática do silêncio e da meditação da palavra de

Deus. Fazendo retiros e adoração, podemos

responder ao Senhor através de um SIM, dizendo:

"Fala, Senhor; o teu servo escuta! (1sm 3,10).

Tempo de silêncio

Dezena do rosário

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Em particular, descobrimos que a vocação cristã tem sempre uma dimensão profética. Como nos

atesta a Escritura, os profetas são enviados ao povo, em situações de grande precariedade material

e de crise espiritual e moral, para lhe comunicar em nome de Deus palavras de conversão,

esperança e consolação. Como um vento que levanta o pó, o profeta perturba a falsa tranquilidade

da consciência que esqueceu a Palavra do Senhor, discerne os acontecimentos à luz da promessa

de Deus e ajuda o povo a vislumbrar, nas trevas da história, os sinais de uma aurora.

Também hoje temos grande necessidade do discernimento e da profecia, de superar as tentações

da ideologia e do fatalismo e de descobrir, no relacionamento com o Senhor, os lugares,

instrumentos e situações através dos quais Ele nos chama. Todo o cristão deveria poder

desenvolver a capacidade de «ler a vida por dentro» e descobrir onde, e para quê, o está a chamar

o Senhor a fim de ser continuador da sua missão.

Mensagem do Papa Francisco

para o LV Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Cântico pelas vocações

Intenção do dia

Espírito de sabedoria, digna-te acompanhar os jovens em fase de discernimento vocacional.

Completa neles a tua obra e liberta o seu coração de tudo o que se torna obstáculo para a tua luz!

Que a tua graça esteja com eles nas decisões que tomarem quanto ao seu futuro. Abre o seu

coração às relações de justiça, de compaixão e de solidariedade

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Texto bíblico: Mc 10,17-22

Quando se punha a caminho, alguém correu para

Ele e ajoelhou-se, perguntando: «Bom Mestre,

que devo fazer para alcançar a vida eterna?»

Jesus disse: «Porque me chamas bom? Ninguém

é bom senão um só: Deus.

Conheces os

mandamentos: Não mates, não cometas adultério,

não roubes, não levantes falso testemunho, não

defraudes, honra teu pai e tua mãe.» Ele

respondeu: «Mestre, tenho cumprido tudo isso

desde a minha juventude.» Jesus, fitando nele o

olhar, sentiu afeição por ele e disse: «Falta-te

apenas uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá

o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu;

depois, vem e segue-me.»

Mas, ao ouvir tais

palavras, ficou de semblante anuviado e retirou-

se pesaroso, pois tinha muitos bens.

Neste evangelho, Jesus apresenta a situação do

jovem rico. Lança um olhar de afeição sobre esse

homem que, desde a infância, observava fielmente

todas as práticas da lei. O coração deste homem e a

sua generosidade são admiráveis. No entanto, falta-

lhe algo. «Vai, vende tudo que tens, dá-o aos

pobres e depois vem e segue-me». O convite que

Jesus lhe dirige, se for acolhido com fé na

liberdade, cria algo novo na vida de quem é

chamado. Jesus chama a segui-lo para se estar com

ele e viver uma relação de amizade. Este

chamamento é dirigido por Jesus ao jovem rico,

mas ele não o pode atender e não pode exercer a

sua liberdade, porque se encontra amarrado às suas

riquezas.

Ser livre, é escolher

Ser livre significa escolher e agir de acordo com

a própria consciência; mas cada um tem a

responsabilidade de a esclarecer para discernir e

fazer escolhas que sejam para o bem da pessoa e

para o bem comum.

O apelo de Cristo é radical, mas é acima de

tudo um convite à felicidade dirigido à

liberdade individual de cada um. Responder

positivamente a esse chamamento exige que a

própria liberdade seja fortificada pela oração e

pela escuta da Palavra de Deus. Esta ligação

pressupõe da nossa parte uma resposta de amor

que nos permite manter-nos fiéis, não apenas

com as nossas próprias forças, mas com o

poder de Deus que se revela na fraqueza. É

assim que nós, Irmãos de São João de Deus,

consagrados na hospitalidade, manifestamos

livremente com a nossa vida o Evangelho da

misericórdia de Deus pela humanidade

Tempo de silêncio

Dezena do rosário

Oração pelas vocações Senhor, confiantes na tua bondade, nós te

damos graças pelo dom da vocação

hospitaleira e pelo chamamento à vida que não

cessas de dirigir à humanidade. Nós te

suplicamos que nos envies vocações para

manter viva e orante a obra que confiaste ao

nosso Fundador, S. João de Deus.

Pedimos-te que, com coragem, tomemos a

vida nas nossas mãos, aspirando às coisas

mais sublimes e profundas e que conservemos

sempre um coração livre.

Ajuda os jovens, acompanhados por guias

sábios e generosos, a responder ao

chamamento que diriges a cada um deles, para

que realizem o seu projeto de vida ao serviço

dos doentes, dos pobres e dos carenciados, a

fim de alcançarem a felicidade. Mantém os

seus corações abertos aos grandes sonhos e

torna-os atentos ao bem dos irmãos e irmãs.

Que Maria Santíssima, Mãe da Hospitalidade,

que ouviu, acolheu e viveu a Palavra de Deus

encarnada, nos guarde e acompanhe no nosso

caminho. Por Cristo Nosso Senhor.

Amém!

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Cântico pelas vocações

Intenção do dia

Nós te pedimos, Senhor, que faças surgir no nosso mundo pessoas animadas pela preocupação

de servir os seus irmãos e irmãs que estão em necessidade. Alimenta neles um espírito de

compromisso, para que a misericórdia de Cristo se torne mais visível no nosso mundo.

Viver

Por último, Jesus anuncia a novidade da hora presente, que entusiasmará muitos e endurecerá outros:

cumpriu-se o tempo, sendo Ele o Messias anunciado por Isaías, ungido para libertar os cativos,

devolver a vista aos cegos e proclamar o amor misericordioso de Deus a toda a criatura.

Precisamente «cumpriu-se hoje – afirma Jesus – esta passagem da Escritura que acabais de ouvir»

(Lc 4, 20).

A alegria do Evangelho, que nos abre ao encontro com Deus e os irmãos, não pode esperar pelas

nossas lentidões e preguiças; não nos toca, se ficarmos debruçados à janela, com a desculpa de

continuar à espera dum tempo favorável; nem se cumpre para nós, se hoje mesmo não abraçarmos o

risco de uma escolha. A vocação acontece hoje! A missão cristã é para o momento presente! E cada

um de nós é chamado – à vida laical no matrimónio, à vida sacerdotal no ministério ordenado, ou à

vida de especial consagração – para se tornar testemunha do Senhor, aqui e agora.

Realmente este «hoje» proclamado por Jesus assegura-nos que Deus continua a «descer» para salvar

esta nossa humanidade e fazer-nos participantes da sua missão. O Senhor continua ainda a chamar

para viver com Ele e segui-Lo numa particular relação de proximidade ao seu serviço direto. E, se

fizer intuir que nos chama a consagrar-nos totalmente ao seu Reino, não devemos ter medo. É belo –

e uma graça grande – estar inteiramente e para sempre consagrados a Deus e ao serviço dos irmãos!

Mensagem do Papa Francisco

para o LV Dia Mundial de Oração pelas Vocações

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Texto bíblico: (Jo 13,12-17)

Depois de lhes ter lavado os pés e de ter posto o

manto, voltou a sentar-se à mesa e disse-lhes:

«Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-me ‘o

Mestre’ e ‘o Senhor’, e dizeis bem, porque o sou.

Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés,

também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Na

verdade, dei-vos exemplo para que, assim como

Eu fiz, vós façais também.

Em verdade, em

verdade vos digo, não é o servo mais do que o seu

Senhor, nem o enviado mais do que aquele que o

envia. Uma vez que sabeis isto, sereis felizes se o

puserdes em prática.

Encontramo-nos diante de um texto que manifesta o

dom total e a submissão de Cristo para dar assim aos

seus discípulos um exemplo de serviço e de entrega

de si mesmo a quem se ama. Esta entrega total torna-

se hoje visível nos cuidados diários de hospitalidade

que os Irmãos Hospitaleiros realizam. Cada Irmão,

na realidade concreta da sua vida de consagrado e no

âmbito da comunidade em que vive, esforça-se por

testemunhar este serviço de Cristo, através do seu

amor e do seu interesse especial pelos seus irmãos,

pelos doentes, os pobres e os necessitados no serviço

que realiza todos os dias.

Chamados a ser imagem de Cristo junto dos nossos

irmãos, recebemos de nosso Senhor o exemplo para

seguirmos os seus passos. Quanto isso seria difícil,

humanamente falando! Mas, compreendendo esta

dificuldade, Cristo superou-a para nos mostrar como

isso é fácil, quando sabemos por que o fazemos:

"uma vez que sabeis isto, sereis felizes se o puserdes

em prática". São João de Deus diz-nos claramente:

"Se considerássemos como é grande a misericórdia

de Deus, nunca deixaríamos de fazer o bem

enquanto pudéssemos, pois, se nós dermos por amor

aos pobres o que Ele mesmo nos dá, Ele nos promete

cem por um na Bem-aventurança. (1DS 13)

Deus, no seu infinito amor, enviou-nos o seu

Filho, que assumiu a condição de servo e se

colocou ao nosso serviço no dom total de

amor, e nos convidou a fazer como Ele –

"Amarás ao teu próximo como a ti mesmo"

(Mt 22,39). Nos dias de hoje, Cristo continua a

colocar-se ao nosso serviço, descendo até às

profundezas das nossas imperfeições para

nos fazer sair delas. O serviço incondicional

e cheio de amor é uma das características do

ministério de Cristo para connosco, e São

João de Deus, nosso Pai e Fundador, não

estava enganado ao praticar, como Cristo, os

seus gestos de amor e carinho para com todos

aqueles que deles necessitavam. Esta deve

ser uma das características que distingue

cada Irmão de São João de Deus no mundo

de hoje.

Tempo de silêncio

Dezena do rosário

Oração pelas vocações Senhor, confiantes na tua bondade, nós te

damos graças pelo dom da vocação

hospitaleira e pelo chamamento à vida que

não cessas de dirigir à humanidade. Nós te

suplicamos que nos envies vocações para

manter viva e orante a obra que confiaste ao

nosso Fundador, S. João de Deus.

Pedimos-te que, com coragem, tomemos a

vida nas nossas mãos, aspirando às coisas

mais sublimes e profundas e que

conservemos sempre um coração livre.

Ajuda os jovens, acompanhados por guias

sábios e generosos, a responder ao

chamamento que diriges a cada um deles,

para que realizem o seu projeto de vida ao

serviço dos doentes, dos pobres e dos

carenciados, a fim de alcançarem a

felicidade. Mantém os seus corações abertos

aos grandes sonhos e torna-os atentos ao bem

dos irmãos e irmãs.

Que Maria Santíssima, Mãe da

Hospitalidade, que ouviu, acolheu e viveu a

Palavra de Deus encarnada, nos guarde e

acompanhe no nosso caminho. Por Cristo

Nosso Senhor.

Amém!

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Cântico pelas vocações

Intenção do dia

Deus, nosso Pai, agradecemos-te pelo teu amor e pela tua proteção sobre as obras hospitaleiras.

Ajuda principalmente aqueles que te servem na Família Hospitaleira a viverem a sua vocação com

amor e alegria, junto dos pobres, dos doentes e das pessoas necessitadas.

O Senhor continua hoje a chamar para O seguir.

Não temos de esperar que sejamos perfeitos para

darmos como resposta o nosso generoso «eis-me

aqui», nem para nos assustarmos com as nossas

limitações e pecados, mas devemos acolher a

voz do Senhor com coração aberto. Escutá-la,

discernir a nossa missão pessoal na Igreja e no

mundo e, finalmente, vivê-la no «hoje» que

Deus nos concede.

Maria Santíssima, a jovem menina de periferia

que escutou, acolheu e viveu a Palavra de Deus

que se fez carne, nos guarde e acompanhe

sempre no nosso caminho.

Texto bíblico: (Jo 10, 11-18)

Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, e o que não é pastor,

a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo e abandona as ovelhas e foge e o lobo arrebata-as e

espanta-as, porque é mercenário e não lhe importam as ovelhas.

Eu sou o bom pastor; conheço as

minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, assim como o Pai me conhece e Eu conheço o

Pai; e ofereço a minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil.

Também estas Eu preciso de as trazer e hão de ouvir a minha voz; e haverá um só rebanho e um só

pastor. É por isto que meu Pai me tem amor: por Eu oferecer a minha vida, para a retomar depois.

Ninguém ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a

retomar. Tal é o encargo que recebi de meu Pai.»

Mensagem do Papa Francisco para o 55º dia mundial de oração pelas vocações.

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Oração pelas vocações Senhor, confiantes na tua bondade, nós te damos graças pelo dom da vocação hospitaleira e pelo

chamamento à vida que não cessas de dirigir à humanidade. Nós te suplicamos que nos envies

vocações para manter viva e orante a obra que confiaste ao nosso Fundador, S. João de Deus.

Pedimos-te que, com coragem, tomemos a vida nas nossas mãos, aspirando às coisas mais sublimes

e profundas e que conservemos sempre um coração livre.

Ajuda os jovens, acompanhados por guias sábios e generosos, a responder ao chamamento que

diriges a cada um deles, para que realizem o seu projeto de vida ao serviço dos doentes, dos pobres

e dos carenciados, a fim de alcançarem a felicidade. Mantém os seus corações abertos aos grandes

sonhos e torna-os atentos ao bem dos irmãos e irmãs.

Que Maria Santíssima, Mãe da Hospitalidade, que ouviu, acolheu e viveu a Palavra de Deus

encarnada, nos guarde e acompanhe no nosso caminho. Por Cristo Nosso Senhor.

Amém!

Hoje, Jesus mostra-nos a sua eficácia. Revela-nos as suas qualidades, a sua disponibilidade: "Eu

sou o Bom Pastor". Faz uma alusão muito clara ao capítulo 34 do Livro de Ezequiel: Porque as

minhas ovelhas ficaram entregues à pilhagem e se tornaram a presa de todos os animais dos

campos, por falta de pastor; porque os meus pastores não se preocupam com o meu rebanho,

porque eles se apascentam a si mesmos… Eu mesmo cuidarei das minhas ovelhas e me interessarei

por elas… Eu virei em socorro das minhas ovelhas… (Ez 34, 8,11,15 e 22). Na verdade, ele convida-

nos a escutar: Sede afetuosos uns para com os outros no amor fraterno… (Rm 12,10). Acolhei-vos

como Cristo vos acolheu. Sede bondosos uns para com os outros; perdoai-vos mutuamente… (cf. Ef

4,32). Se traduzirmos estas palavras em prática podemos ser bons pastores do “rebanho”: os doentes,

os pobres, as crianças, os idosos, os necessitados. Podemos também dar um bom exemplo de vida

cristã aos jovens em formação, ser bons religiosos na comunidade eclesial, testemunhando assim a

morte e a ressurreição de Jesus de uma forma extraordinária. Assim, através do nosso

comportamento, nas nossas comunidades religiosas e eclesiais, seremos capazes de convidar os

jovens a responder à sua vocação e a segui-la. Portanto, é necessário reconstruir as nossas relações

fraternas, em que cada um contribua para que reine um clima sereno de partilha de vida, de

compreensão mútua, segundo o exemplo de Pedro Velasco e António Martín que, após a sua

reconciliação, aceitaram viver juntos na mesma comunidade onde se ajudaram mutuamente.

Em períodos de isolamento e de desmotivação do Irmão, é bom lembrar a necessidade de cultivar

as qualidades exigidas em todas as relações humanas: por exemplo, cultivar as boas maneiras, a

gentileza, a sinceridade, o controle de si próprio, a sensibilidade, o sentido de humor e o espírito de

partilha.

Ora aí está aquilo que fará de nós "um só rebanho, com um só Pastor", uma só comunidade e um só

carisma, que nos ajudará a acolher muitos jovens que irão dar continuidade ao nosso carisma da

hospitalidade, vivendo no meio dos pobres, dos doentes e dos carenciados.

Tempo de silêncio

Dezena do rosário

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