ESDE Módulo VII Roteiro 4

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Módulo VII – Roteiro 4 Os Reinos da natureza: mineral, vegetal, animal e hominal Viviane Fonseca Ponto de vista Material: Seres Inorgânicos: compostos principalmente por minerais. Muitos elementos, porém, poucas substâncias diferentes. Menos complexos do ponto de vista químico. São todos os que carecem de vitalidade, de movimentos próprios e que se formam apenas pela agregação da matéria. Tais são os minerais, a água, o ar, etc. Seres Orgânicos: Possuem princípio vital. Compostos principalmente por: Carbono, Oxigênio, Nitrogênio (azoto), hidrogênio. Milhões de substâncias diferentes. Maior complexidade. São os que têm em si uma fonte de atividade íntima que lhes dá vida. Nascem, crescem, reproduzem-se por si mesmos e morrem. São providos de órgãos especiais para a execução dos diferentes atos da vida, órgãos esses apropriados às necessidades que a conservação própria lhes impõe. Nessa classe estão compreendidos os homens, os animais e as plantas. (O Livro dos Espíritos, Indrodução ao Capítulo IV) Ponto de vista Moral:

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Módulo VII – Roteiro 4Os Reinos da natureza: mineral, vegetal, animal e hominal

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Mdulo VII Roteiro 3

Mdulo VII Roteiro 4Os Reinos da natureza: mineral, vegetal, animal e hominalViviane Fonseca

Ponto de vista Material:

Seres Inorgnicos: compostos principalmente por minerais. Muitos elementos, porm, poucas substncias diferentes. Menos complexos do ponto de vista qumico.So todos os que carecem de vitalidade, de movimentos prprios e que se formam apenas pela agregao da matria. Tais so os minerais, a gua, o ar, etc.

Seres Orgnicos: Possuem princpio vital. Compostos principalmente por: Carbono, Oxignio, Nitrognio (azoto), hidrognio. Milhes de substncias diferentes. Maior complexidade.So os que tm em si uma fonte de atividade ntima que lhes d vida. Nascem, crescem, reproduzem-se por si mesmos e morrem. So providos de rgos especiais para a execuo dos diferentes atos da vida, rgos esses apropriados s necessidades que a conservao prpria lhes impe. Nessa classe esto compreendidos os homens, os animais e as plantas. (O Livro dos Espritos, Indroduo ao Captulo IV) Ponto de vista Moral:

[...] o princpio vital, ativo no ser vivente, se acha extinto no ser morto; mas nem por isso deixa de dar substncia propriedades que a distinguem das substncias inorgnicas.A Qumica, que decompe e recompe a maior parte dos corpos inorgnicos, tambm conseguiu decompor os corpos orgnicos, porm jamais chegou a reconstituir, sequer, uma folha morta. O Princpio Vital existe pois que se lhe apreciam os efeitos. (Gnese, Captulo 10, Item 17.)

Nota de aula: O processo de atuao do princpio vital irreversvel. Ao longo da vida ele vai causando transformaes na matria viva (orgnica) a qual parte de sua juventude em direo maturidade. A matria se degrada ao longo do tempo, at que o princpio vital a abandona, causando a sua morte orgnica. O caminho reverso impossvel, por isso, a matria orgnica morta conseqncia da atuao do princpio vital sobre ela, mesmo este j no estando mais presente. Uma planta no volta a ser semente. Mas depois de sua decomposio, os seus tomos podem proporcionar novas vidas, em conjunto com o princpio vital. Obs: Cuidado com o conceito de Orgnico nestas afirmaes da Gnese. A classificao dos seres existentes na Natureza em orgnicos e inorgnicos est relacionada presena, ou no, de fluido vital em seus organismos. Na classificao da qumica, compostos orgnicos (como glicose, uria, formol) apesar de apresentarem natureza qumica orgnica, so considerados inertes por no fazerem parte de nenhum organismo.1. Seres Orgnicos: VegetaisAs plantas no tm conscincia de que existem e carecem de vontade prpria, uma vez que no pensam; [...] s tm vida orgnica. Recebem impresses fsicas que atuam sobre a matria, mas no tm percepes. Conseguintemente, no tm a sensao da dor. A fora que as atrai umas s outras apenas [...] uma fora mecnica da matria, que atua sobre a matria, sem que elas possam a isso opor-se. (O Livro dos Espritos, questo 586, 587, 588). Entretanto, no [...] haver nas plantas, como nos animais, um instinto de conservao que as induza a procurar o que lhes possa ser til e a evitar o que lhes possa ser nocivo? (O Livro dos Espritos, questo 590)H, se quiserdes, uma espcie de instinto, dependendo isso da extenso que se d ao significado desta palavra. , porm, um instinto puramente mecnico. Quando, nas operaes qumicas, observais que dois corpos se renem, que um ao outro convm; quer dizer: que h entre eles afinidade. Ora, a isto no dais o nome de instinto. (Atualmente, entendemos melhor as leis de afinidade e repulso moleculares, em decorrncia dos avanos significados da Qumica).

2. Seres Orgnicos: Animais

Kardec pergunta aos Espritos Superiores se os animais possuem algum princpio independente da matria, que lhes sobreviva ao corpo, e se esse princpio seria semelhante alma humana:

tambm uma alma, se quiserdes, dependendo isto do sentido que se der a esta palavra. , porm, inferior do homem. H entre a alma dos animais e a do homem distncia equivalente que medeia entre a alma do homem e Deus. Aps a morte, a alma dos animais conserva a sua individualidade, mas no a conscincia do seu eu. A vida inteligente lhe permanece em estado latente. A progresso dos animais, por outro lado, no se d, como no homem, por ato de vontade prpria, mas sim pela [...] fora das coisas, razo por que no esto sujeitos expiao (O Livro dos Espritos, questes 597, 597a e 598) A inteligncia ento uma propriedade comum, um ponto de contacto entre a alma dos animais e a do homem? (O Livro dos Espritos, questo 604a), porm os animais s possuem a inteligncia da vida material. No homem, a inteligncia proporciona a vida moral.

Ressalte-se, finalmente, que os reinos vegetal, animal e hominal existem em todos os mundos destinados encarnao dos Espritos. Nos mundos superiores, entretanto, tudo mais perfeito: as plantas, os animais e os homens. As plantas, porm, so sempre plantas, como os animais sempre animais e os homens sempre homens. (O Livro dos Espritos, questo 591)

A maioria dos animais obra por instinto, mas muitos deles denotam acentuada vontade, revelando sua inteligncia, embora limitada. Sobre a relao entre o instinto e a inteligncia nos animais, Kardec comenta: No se poderia negar que, alm de possurem o instinto, alguns animais praticam atos combinados, que denunciam vontade de operar em determinado sentido e de acordo com as circunstncias. H, pois, neles, uma espcie de inteligncia, mas cujo exerccio quase que se circunscreve utilizao dos meios de satisfazerem s suas necessidades fsicas e de proverem conservao prpria. Nada, porm, criam, nem melhora alguma realizam. Qualquer que seja a arte com que executem seus trabalhos, fazem hoje o que faziam outrora e o fazem, nem melhor, nem pior, segundo formas e propores constantes e invariveis. A cria, separada dos de sua espcie, no deixa por isso de construir o seu ninho de perfeita conformidade com os seus maiores, sem que tenha recebido nenhum ensino. O desenvolvimento intelectual de alguns, que se mostram suscetveis de certa educao, desenvolvimento, alis, que no pode ultrapassar acanhados limites, devido ao do homem sobre uma natureza malevel, porquanto no h a progresso que lhe seja prprio. Mesmo o progresso que realizam pela ao do homem efmero e puramente individual, visto que, entregue a si mesmo, no tarda que o animal volte a encerrar-se nos limites que lhe traou a Natureza. (O Livro dos Espritos, questo 593). Sobrevivendo ao corpo em que habitou, a alma do animal vem a achar-se, depois da morte, num estado de erraticidade, como a do homem? (O Livro dos Espritos, questo 600)Fica numa espcie de erraticidade, pois que no mais se acha unida ao corpo, mas no um Esprito errante. O Esprito errante um ser que pensa e obra por sua livre vontade. De idntica faculdade no dispe o dos animais. A conscincia de si mesmo o que constitui o principal atributo do Esprito. O do animal, depois da morte, classificado pelos Espritos a quem incumbe essa tarefa e utilizado quase imediatamente. No lhe dado tempo de entrar em relao com outras criaturas. (Contradio com alguns livros espritas, como Nosso Lar (Chico Xavier) e Memrias de um suicida (Ivone Pereira)). Nos mundos superiores, os animais conhecem a Deus? (O Livro dos Espritos, questo 603)No. Para eles o homem um deus, como outrora os Espritos eram deuses para o homem.

3. Seres Orgnicos: A Espcie HumanaH evoluo entre os reinos ANIMAL e HOMINAL?

Animais e Homens possuem Princpio Inteligente, oriundos da mesma fonte, do Fluido Universal. Porm, no homem passou por uma elaborao que no existe no reino animal. (O Livro dos Espritos, questo 606). Desde que o princpio inteligente atinge o grau necessrio para ser Esprito e entrar no perodo da humanizao, j no guarda relao com o seu estado primitivo e j no a alma dos animais, como a rvore j no a semente. (O Livro dos Espritos, questo 611). Seria verdadeira a metempsicose, se indicasse a progresso da alma, passando de um estado inferior a outro superior, onde adquirisse desenvolvimentos que lhe transformassem a natureza. , porm, falsa no sentido de transmigrao direta da alma do animal para o homem e reciprocamente, o que implicaria a idia de uma retrogradao, ou de fuso. (O Livro dos Espritos, questo 613). Tomando-se a Humanidade no grau mais nfimo da escala espiritual, como se encontra entre os mais atrasados selvagens, perguntar-se- se a o ponto inicial da alma humana. Na opinio de alguns filsofos espiritualistas, o princpio inteligente, distinto do princpio material, se individualiza e elabora, passando pelos diversos graus da animalidade. a que a alma se ensaia para a vida e desenvolve, pelo exerccio, suasprimeiras faculdades. Esse seria para ela, por assim dizer, o perodo de incubao. Chegada ao grau de desenvolvimento que esse estado comporta, ela recebe as faculdades especiais que constituem a alma humana. Haveria assim filiao espiritual do animal para o homem, como h filiao corporal. Este sistema, fundado na grande lei de unidade que preside criao, corresponde, foroso convir, justia e bondade do Criador; d uma sada, uma finalidade, um destino aos animais, que deixam ento de formar uma categoria de seres deserdados, para terem, no futuro que lhes est reservado, uma compensao a seus sofrimentos. (Gnese, Cap. XI, Item 23). A respeito da espcie humana, os seus germens tambm se encontravam entre os elementos orgnicos existentes na Terra e que o homem veio a seu tempo. Os [...] homens, uma vez espalhados pela Terra, absorveram em si mesmos os elementos necessrios sua prpria formao, para os transmitir segundo as leis da reproduo. (O Livro dos Espritos, questes 47 e 49). difcil estabelecer-se um limite entre os animais e o homem, no tocante estrutura orgnica, porque alguns animais demonstram, nesse aspecto, uma visvel superioridade sobre o homem. Todavia, o [...] homem um ser parte, que desce muito baixo algumas vezes e que pode tambm elevar-se muito alto. Pelo fsico, como os animais e menos bem dotado do que muito destes. A Natureza lhes deu tudo o que o homem obrigado a inventar com a sua inteligncia, para satisfao de suas necessidades e para sua conservao. Seu corpo se destri, como o dos animais, certo, mas ao seu Esprito est assinado um destino que s ele pode compreender, porque s ele inteiramente livre. [...] Reconhecei o homem pela faculdade de pensar em Deus. (O Livro dos Espritos, questo 592).Instinto x Inteligncia:

A inteligencia se revela por atos voluntarios, refletidos, premeditados, combinados, de acordo com as oportunidades das circunstancias. E incontestavelmente um atributo exclusivo da alma. Todo ato maquinal e instintivo; o ato que denota reflexao, combinacao, deliberacao e inteligente. Um e livre, o outro nao o e.

O instinto e guia seguro, que nunca se engana; a inteligencia, pelo simples fato de ser livre, esta, por vezes, sujeita a errar. Ao ato instintivo falta o carater do ato inteligente; revela, entretanto, uma causa inteligente, essencialmente apta a prever. (Gnese Cap. III, Item 12).Instinto x Sensao x Sentimento:

4. Seres Inorgnicos: Minerais

A lei que preside formao dos minerais conduz naturalmente formao dos corpos orgnicos.O

R

G

N

I

C

O

S

(O Livro dos Espritos, questo 585)

MINERAL

VEGETAL

ANIMAL

HOMINAL

- Matria inerte

- Matria Inerte

- Princpio Vital

- Matria Inerte

- Princpio Vital

- Inteligncia instintiva

- Matria Inerte

- Princpio Vital

- Inteligncia especial e ilimitada

Apenas fora mecnica.

Afinidade e repulso

Sem conscincia de sua existncia.

Sem Sensaes/ Sem vontade

Espcie de Instinto prprio

Conscincia de sua existncia e individualidade.

Sensaes / Vontade

INSTINTO

Conscincia do futuro, percepo extramaterial, conhecimento de Deus. LIVRE ARBITRIO

Instinto

Sensao

Sentimento

EVOLUO