ESLC CLC NG6 DR1 Ficha1 Construcao Arquitectura

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Escola Secundária de Leal da Câmara Curso EFA / Secundário – 2009/10 Cultura, Língua e Comunicação UC6/DR1 – 2009 / 2010 Formador: Pedro Vitória 1/8 A minha casa ideal A ideia de casa não se esgota na noção primária da necessidade dos seres humanos de abrigo e protecção contra as intempéries e perigos de vários tipos. A nossa casa é muito mais o espaço, o lugar onde nós centramos muitos dos nossos mais importantes significados, sentimentos, valores e comportamentos. Quem já não ouviu a expressão ou até disse: “Lar, doce lar!”. A casa e a identidade pessoal Texto 1 – “Minha casa, minha cara.” Quando penso na casa dos meus sonhos a primeira pergunta que eu me faço é: O QUE FAZ BEM À MINHA ALMA? Esta questão levanta sempre outras perguntas, que também se vão construindo, dentro da minha cabeça, o imaginário do meu lar ideal. O que realmente me emociona? O que me faz vibrar e sentir prazer? Que tipo de acontecimentos íntimos eu valorizo dentro da minha vida? Quais os objectos, móveis, utensílios com os quais me sinto à vontade e me identifico? Parar e pensar sobre estas questões aparentemente tão simples, fazem-me tomar consciência de mim mesmo e de tudo o que eu realmente dou importância na vida. Aquilo que me acciona emocionalmente de uma maneira positiva, aqueles acontecimentos, objectos e coisas que tem maior significado para mim, terão com certeza poder para ajudar-me nesse contínuo processo de auto-transformação que é a vida. Pode ser morar em prédio histórico ou ter um espaço para desfrutar do sol, pode ser uma árvore no quintal ou quem sabe ter um espaço agradável para estar sempre a receber os amigos. Pode ser ter uma vista magnífica, mas também, aquela mesa que eu estou a namorar há algum tempo e que parece fazer sentido aqui na minha sala de jantar... Pode ser tudo isso e com certeza muito mais! O que interessa é que eu consiga fazer o inventário completo daquilo que realmente me motiva. Dos aspectos mais gerais e conceptuais, até os mais específicos e objectivos. Demoradamente, detalhadamente... Daí para frente tudo começa a ficar mais claro. Parece que todas as coisas que importam na minha vida, saem de um território nebuloso para colocarem-se num mapa onde consigo visualizá-las juntas. De uma só vez. Passo a olhá-las então de uma outra perspectiva e finalmente começo a conseguir estabelecer relações criativas entre elas, percebendo que agora fazem sentido porque estão umas com as outras, bem na minha frente e fui eu que as coloquei ali. O resto, são pequenos detalhes que vão acontecendo naturalmente de uma maneira espontânea. Cada coisa vai achando o lugar onde quer estar. Tomar decisões difíceis como escolher a cor da sala por exemplo, passa a ser um exercício quase óbvio de intuição explícita porque estará baseado no conjunto de referências que conseguimos reunir sobre nós mesmos, sobre as nossas vidas.(adaptado) – texto escrito por George Martins, em 17/11/2008 CULTURA LÍNGUA e COMUNICAÇÃO - CLC Núcleo Gerador 6 – Urbanismo e mobilidade Unidade de Competência 6: Intervir em questões relacionadas com mobilidade e urbanismo, mobilizando recursos linguísticos e comunicacionais no reconhecimento das funcionalidade dos diversos sistemas de ordenamento, da existência de planeamento urbano, das oportunidades de trabalho em contextos rurais e urbanos e do enriquecimento cultural que os fluxos migratórios geram, interpretando-os como factores que reforçam a qualidade de vida. RA1 – Contexto Privado - Participar no processo de planeamento e construção de edifícios recorrendo a terminologias próprias e procurando garantir condições para as práticas de lazer TEMA: Construção e arquitectura: as obras Ficha

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EFA, CLC, UC5, Urbanismo, construção, casa

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Cultura, Língua e Comunicação UC6/DR1 – 2009 / 2010 Formador: Pedro Vitória 1/8

A minha casa ideal A ideia de casa não se esgota na noção primária da necessidade dos seres humanos de abrigo e protecção contra as intempéries e perigos de vários tipos. A nossa casa é muito mais o espaço, o lugar onde nós centramos muitos dos nossos mais importantes significados, sentimentos, valores e comportamentos. Quem já não ouviu a expressão ou até disse: “Lar, doce lar!”. A casa e a identidade pessoal Texto 1 – “Minha casa, minha cara.”

“Quando penso na casa dos meus sonhos a primeira pergunta que eu me faço é: O QUE FAZ BEM À MINHA ALMA?

Esta questão levanta sempre outras perguntas, que também se vão construindo, dentro da minha cabeça, o imaginário do meu lar ideal. O que realmente me emociona? O que me faz vibrar e sentir prazer? Que tipo de acontecimentos íntimos eu valorizo dentro da minha vida? Quais os objectos, móveis, utensílios com os quais me sinto à vontade e me identifico?

Parar e pensar sobre estas questões aparentemente tão simples, fazem-me tomar consciência de mim mesmo e de tudo o que eu realmente dou importância na vida. Aquilo que me acciona emocionalmente de uma maneira positiva, aqueles acontecimentos, objectos e coisas que tem maior significado para mim, terão com certeza poder para ajudar-me nesse contínuo processo de auto-transformação que é a vida.

Pode ser morar em prédio histórico ou ter um espaço para desfrutar do sol, pode ser uma árvore no quintal ou quem sabe ter um espaço agradável para estar sempre a receber os amigos. Pode ser ter uma vista magnífica, mas também, aquela mesa que eu estou a namorar há algum tempo e que parece fazer sentido aqui na minha sala de jantar... Pode ser tudo isso e com certeza muito mais!

O que interessa é que eu consiga fazer o inventário completo daquilo que realmente me motiva. Dos aspectos mais gerais e conceptuais, até os mais específicos e objectivos. Demoradamente, detalhadamente...

Daí para frente tudo começa a ficar mais claro. Parece que todas as coisas que importam na minha vida, saem de um território nebuloso para colocarem-se num mapa onde consigo visualizá-las juntas. De uma só vez.

Passo a olhá-las então de uma outra perspectiva e finalmente começo a conseguir estabelecer relações criativas entre elas, percebendo que agora fazem sentido porque estão umas com as outras, bem na minha frente e fui eu que as coloquei ali.

O resto, são pequenos detalhes que vão acontecendo naturalmente de uma maneira espontânea. Cada coisa vai achando o lugar onde quer estar. Tomar decisões difíceis como escolher a cor da sala por exemplo, passa a ser um exercício quase óbvio de intuição explícita porque estará baseado no conjunto de referências que conseguimos reunir sobre nós mesmos, sobre as nossas vidas.”

(adaptado) – texto escrito por George Martins, em 17/11/2008

CULTURA LÍNGUA e COMUNICAÇÃO - CLC Núcleo Gerador 6 – Urbanismo e mobilidade

Unidade de Competência 6: Intervir em questões relacionadas com mobilidade e urbanismo, mobilizando recursos linguísticos e comunicacionais no reconhecimento das funcionalidade dos diversos sistemas de ordenamento, da existência de planeamento urbano, das oportunidades de trabalho em contextos rurais e urbanos e do enriquecimento cultural que os fluxos migratórios geram, interpretando-os como factores que reforçam a qualidade de vida. RA1 – Contexto Privado - Participar no processo de planeamento e construção de edifícios recorrendo a terminologias próprias e procurando garantir condições para as práticas de lazer

TEMA: Construção e arquitectura: as obras

Ficha

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PROPOSTA 1: Depois de ler o texto 1, acima apresentado, pense sobre o que é nele referido, através das seguintes questões: 1. – O que nele foi novo para si? 2. – Tem alguma discordância quanto ao que nele é dito? 3. – Qual é a afirmação que considera mais relevante? 4. – Aumentou em que aspectos a sua compreensão do conceito de casa? Resposta: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Arquitectura e construção Para se compreender bem o que está em jogo numa casa, perceber a sua importância e projectar a possibilidade de conceber uma casa ideal de um modo correcto e equilibrado, teremos de introduzir alguns termos retirados das áreas da construção civil e da arquitectura. PROPOSTA 2: De seguida serão apresentados uma série de termos que deverão ser organizados num glossário técnico para as áreas da construção civil e da arquitectura. As definições poderão ser distribuídas por pequenos grupos. GLOSSÁRIO – ARQUITECTURA E CONSTRUÇÃO

A

Alicerce

Alvará de construção

Alvenaria

Andaime

Ante-projecto

Aplique

Aquecimento central

Ar condicionado

área coberta

área total

Argamassa

Arquitecto

B

Barrote

Betão

Betão armado

Betoneira

C

Caderno de encargos

Caiar

Caixilho

Calafetar

Calha

Canalizador

Carpinteiro

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Cimento

Contraplacado

Cromado

Croqui

D

Demão

Deferimento Tácito

Drenagem

E

Edificação

Empreitada

Engenheiro Civil

Engenheiro eléctrico

Esmalte

Estrutura

Estudo preliminar

Estuque

F

Fachada

Ferreiro

Fissura

Fossa séptica

G

Galvanizar

Gesso

Granito

H Habitação

I

Iluminação

Impermeabilização

Infiltração

Inoxidável

Isolamento

J Junta de dilatação

L

Ladrilho

Laje

Levantamento topográfico

Licença de construção

Lote

M

Maquete

Marceneiro

Mármore

Metro quadrado

Massa

N

Nailon

Nível

Nivelar

Norma técnica

O

Obras de Alteração

Obras de Ampliação

Obras de Conservação

Obras de Construção

Obras de Demolição

Obras de Reconstrução

Operações de Loteamento

Oxidação

P

Parquet

Pavimento

Pé-direito

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Piche

Pilar

Pintor

Plaina

Plano Director Municipal

Plano de pormenor

Planta

Policarbonato

Pré-fabricado

Projecto de construção

Prumo

Q Queimadores

R

Reboco

Remate

Revestimento

Rodapé

S

Sapatas

Servente

Sifão

Silicone

Soalho

T

Taco

Telha

Telhado

Terracota

Terraplanagem

Terreno

Textura

Tijolo

Topógrafo

U Urbanismo

Usocapião

V

Vala

Verniz

Viga

Vinil

Volumetria

Z Zarcão

Habitação e sustentabilidade Actualmente, a humanidade enfrenta problemas globais, ou seja, de uma dimensão planetária. Vivermos num ecossistema com recursos finitos e com os emergentes problemas resultantes dos fenómenos de mudanças climáticas. Uma das formas de tentarmos, racionalmente, encontrar soluções para essas adversidades passa também pela forma como elaboramos políticas de habitação sustentáveis. PROPOSTA 3: Depois de visionarem alguns excertos de algumas vídeo-reportagens, integradas nos programas Biosfera, da RTP, e Terra Alerta, da SIC, deverão fazer um relatório dos conteúdos mencionados. A cada formando será atribuído uma parte do conjunto total. Como elaborar um relatório O relatório deve ser redigido de forma impessoal, num tempo verbal passado e indicar com clareza todo o desenvolvimento do trabalho, todas as observações, conclusões e críticas.

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A estrutura de um relatório - num relatório deverá constar as seguintes partes: Título - deve explicitar o assunto. Identificação - nome do aluno ou dos alunos; identificação da turma. Data - ____ / ____ / _____ Índice – Identificar as partes em que o relatório se encontra organizado, bem como o número das páginas em que essas partes se iniciam. Introdução - deve indicar o objectivo do trabalho e qual sua importância. Registo de observações - deve apresentar um resumo detalhado de tudo o que foi observado, de modo coerente e sequencial. Discussão - Nesta parte deve ser feita uma análise crítica do Registo de observações, devendo explicitar claramente as razões e fundamentos das objecções encontradas. Conclusões - referem-se as ideias principais que gostariam de reter de todo o processo. Fontes utilizadas – todos os recursos utilizados para consulta. Anexos – Fotografias, textos, planos de trabalho, etc. Como construir uma casa ecológica? Comprar, construir ou arrendar uma casa é uma decisão que envolve muitas questões. Se pretende mudar de casa, é a altura certa para olhar para o futuro espaço de forma sustentável, para que seja social, económica e ambientalmente equilibrado. A Quercus apresenta uma proposta para tentar ajudá-lo nesta decisão, de forma a torná-la social, económica e ambientalmente equilibrada. Apresentando 25 sugestões, vamos tentar contribuir para que a sua decisão seja o mais próxima dos seus padrões de conforto, “poupando na sua carteira” ao mesmo tempo que “poupa no ambiente”!

Aline Delgado - QUERCUS A.N.C.N.

1. A localização de um edifício é muito importante no que

respeita às necessidades térmicas do espaço interior. Estas necessidades estão contempladas no Regulamento de Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE), onde se apresentam estratégias que contribuem significativamente para a melhoria do desempenho térmico dos edifícios. Procure aconselhamento especializado para verificar se a casa que vai habitar cumpre este Regulamento tanto para a situação de Verão como para a situação de Inverno. 2. Prefira um local arejado com pouco trânsito automóvel, o que se traduz em menos poluição e, bem servido de transportes públicos, para que os possa usar em alternativa. Se lhe for possível habitar próximo do seu local de trabalho, desloque-se a pé. Far-lhe-á bem à saúde e contribuirá para um ambiente mais saudável.

3. O Sol é a nossa maior fonte de energia. Tire disso o melhor proveito escolhendo uma casa maioritariamente orientada a Sul de molde a minimizar consideravelmente

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as necessidades de aquecimento durante a estação de Inverno. A radiação solar incide nas janelas de vidro e aquece de forma natural o espaço interior. 4. Durante a estação de Verão, há que impedir o sol de incidir nas janelas voltadas a Sul, verifique se as janelas possuem uma protecção pelo lado exterior: uma pala, persiana ou até vegetação (de folha caduca no Inverno). 5. Se a casa que vai habitar tiver janelas orientadas a nascente (Este) ou poente (Oeste) necessita obrigatoriamente de persianas exteriores, pois é nestas orientações que o sol incide mais horizontalmente. É imperativo, durante a situação de Verão, correr estas persianas, protegendo o vidro, pela manhã a Nascente e ao final da tarde a Poente. 6. O lado Norte da casa deve ser reservado a W.C.s, arrumos, ou outras divisões que necessitem de poucas aberturas (ou mesmo nenhuma) para o exterior. É nesta orientação que se originam grandes perdas térmicas através do vidro durante a estação fria. Se for impossível a escolha de uma casa sem divisões orientadas a Norte, então tenha sempre presente esta questão. 7. As fachadas envidraçadas originam grandes ganhos térmicos na estação quente e perdas térmicas muito consideráveis durante a estação fria, o que implica sistemas de climatização adicionais para corrigir este efeito. A área de envidraçado de uma divisão não deve ultrapassar 15% da área de pavimento dessa divisão.

8. Devemos também tirar partido do sol no que respeita a iluminação. Prefira divisões iluminadas naturalmente para minimizar a necessidade de iluminação artificial. Existem no

mercado equipamentos de transporte de luz natural para divisões não iluminadas. Este “transformador de luz natural” canaliza a luz do exterior para o interior. 9. Sempre que necessária a iluminação artificial, opte por lâmpadas de baixo consumo e por iluminação localizada (só apenas onde é de facto necessária). Esta iluminação deverá ser provida de dispositivos para regulação do ambiente luminoso. 10. Se a casa que vai habitar ainda não possui equipamentos electrodomésticos, prefira, sempre que possível, os de Classe A, mais eficientes no que respeita ao consumo de energia e ao contrário do que se pensa não são necessariamente mais caros.

11. A localização e orientação solar, bem como a construção do edifício, é determinante para se ter uma casa confortável, do ponto de vista térmico. Verifique na Ficha Técnica da Habitação (FTH) como são as paredes exteriores do edifício. Deverá optar por

soluções de parede dupla com isolamento ou parede simples com isolamento pelo exterior da parede. 12. O isolamento térmico adequado é determinante para evitar perdas de calor no Inverno ou ganhos de calor no Verão, mantendo assim uma temperatura constante no interior de sua casa. Prefira um material de isolamento com um baixo índice de condutibilidade térmica (U-value), mas com baixo teor de energia incorporada (energia consumida desde a extracção da matéria prima até ao produto final).

13. Verifique as caixilharias e o vidro. Aquelas com corte térmico (são fabricadas de forma a promover uma redução da transmissão térmica entre 40% a 60%) e vidro duplo são as mais indicadas do ponto de vista de conservação de energia. No entanto, deverá optar por caixilharias com grelhas de ventilação, para facilitar a renovação do ar. 14. Dê especial importância aos materiais utilizados, preferindo os de baixo impacte

ambiental, não só na sua produção, mas também ao longo da sua vida útil. Informe-se sobre o poder de reutilização ou reciclagem dos materiais utilizados na sua casa. 15. É importante escolher materiais homologados e/ou com marcação CE e, nos casos mais importantes, solicitar os

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certificados de conformidade de acordo com as especificações aplicáveis, emitidos por entidades idóneas e acreditadas, seguindo as instruções dos fabricantes para a aplicação dos mesmos. 16. Verifique se a cobertura do edifício (terraço ou telhado), está adequadamente isolada (poderá fazê-lo através da FTH). Prefira um isolamento imputrescível e resistente à água, preferencialmente colocado sobre a laje e sobre a camada de impermeabilização. 17. Se o pavimento de sua casa estiver em contacto com o solo, opte por isolantes térmicos imputrescíveis e resistentes à água, ou pavimentos com caixa-de-ar e devidamente impermeabilizados para evitar perdas térmicas ou outras patologias associadas através do solo (estas soluções construtivas devem vir explicadas na FTH) 18. A renovação do ar interior é muito importante para que se mantenham as condições de salubridade interior nos edifícios. Uma casa insuficientemente ventilada poderá gerar humidade através dos vapores que se formam, afectando o conforto ou mesmo a saúde dos habitantes. Verifique se as caixilharias possuem dispositivos que permitem a ventilação. 19. As cores utilizadas nas fachadas e coberturas também influenciam o conforto térmico. Seja selectivo na escolha da cor de sua casa, considerando que, as cores claras não absorvem tanto o calor como as cores mais escuras (enquanto uma fachada branca pode absorver só 25% do calor do sol, a mesma fachada, pintada com cor preta, pode absorver o calor do sol em 90%).

20. Se a casa que pensa habitar está provida de equipamentos que funcionam à base de energia renovável, tanto melhor! Se vai

construir é altura de os aplicar. De entre os vários existentes no mercado destacam-se: Colectores solares térmicos Estes equipamentos captam a energia do Sol e transformam-na em calor, permitindo poupar até 70% da energia necessária para o aquecimento de água. O RCCTE diz que todos os edifícios novos com condições de exposição solar adequada serão obrigados a ter, sempre que seja tecnicamente viável. Painéis solares fotovoltaicos Estes painéis constituem uma das mais promissoras formas de aproveitamento de energia solar. Por meio do efeito fotovoltaico, a energia contida na luz do Sol é convertida em energia eléctrica. Estes sistemas podem ser utilizados em locais isolados, sem rede eléctrica, ou como sistemas ligados à rede. Bombas de calor geotérmicas São sistemas que aproveitam o calor do interior da Terra para o aquecimento do ambiente. Actuam como máquinas de transferência de calor. No Inverno, absorvem o calor da Terra e levam-no para sua casa. No Verão, funcionam como ar condicionado, retirando o calor de sua casa para arrefece-lo, no solo. Mini-turbinas eólicas A energia do vento acciona estes sistemas para fornecer electricidade a uma micro-escala. Embora as micro-turbinas eólicas mais comuns sejam colocadas no terreno, existem umas de pequena dimensão que podem ser colocadas no topo das habitações. Podem significar uma redução do consumo de electricidade de 50% a 90%. Sistemas de aquecimento a biomassa A biomassa pressupõe o aproveitamento da matéria orgânica (resíduos provenientes da limpeza das florestas, da agricultura e dos combustíveis resultantes da sua transformação). Em casa, este tipo de matéria pode ser utilizada, por exemplo, em sistemas de aquecimento, representando importantes vantagens económicas e ambientais.

21.Existem no mercado torneiras de regulação do fluxo de água, que permitem reduzir o caudal estimulando a poupança deste recurso. Se a casa

que vai habitar não possui estas torneiras, existem peças acessórias redutoras de caudal. 22.Verifique se os autoclismos são providos de dispositivos de dupla descarga que induzem poupança de água. (Poderá ainda colocar quando possível, uma ou duas garrafas de água com areia no interior, dentro do depósito do

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seu autoclismo. Isso significa poupar até 3 litros de água por descarga). 23.Se vai construir a sua casa e tem terreno disponível, tem a possibilidade de a equipar com mini estações de tratamento de água ou mini cisternas de armazenamento de águas pluviais, para posteriores utilizações em descargas não potáveis (como regas de jardim, autoclismos ou lavagem de automóveis).

24. No caso de vir a habitar um

edifício de vários condóminos, verifique se no prédio existe espaço destinado a contentores adequados à separação de resíduos domésticos. 25. Dentro de sua própria casa opte sempre por um depósito de resíduos domésticos com pelo menos três divisões para estimular a separação destes resíduos. Para terminar, se tiver oportunidade de reabilitar em vez de construir de novo, e se essa opção for economicamente viável, está desde logo a ter uma atitude mais sustentável. Reabilitar um edifício existente possibilita a diminuição dos impactes resultantes da energia associada à produção de um novo e da extracção das respectivas matérias-primas, para além de contrariar a tendência do crescimento urbano excessivo e a ocupação e impermeabilização de novas áreas de solo importantes para a conservação dos valores e equilíbrios naturais e para as várias actividades humanas!

Retirado de. Naturlink Como construir a minha casa ideal? PROPOSTA 5: Pesquise e escolha uma solução para a construção de habitação que considere excelente para um equilíbrio ambiental. Elabore uma apresentação sobre esse exemplo para que possa ser divulgado. Iremos agora par uma etapa mais pessoal, mais directamente ligada às experiências vividas por cada um. PROPOSTA 6: Escreva um texto que será como que uma memória descritiva da sua casa ideal, tal como a sonha, sem restrições de qualquer tipo. PROPOSTA 7: Propõe-se agora que faça um esboço gráfico ou um desenho dessa sua casa ideal. Poderá fazer recurso a um programa informático - Sweet Home 3D que é uma aplicação de design interior que ajuda você colocar suas mobílias em sua casa em um plano 2D, com uma visualização em 3D. http://www.sweethome3d.eu/pt/