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Espanha Síntese setorial do mercado livreiro 1. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MERCADO Fonte: International Trade Centre - ITC 108 126 80 90 100 110 120 130 140 2013 2014 2015 2016 2017 Mundo Espanha Evolução das importações de livros - Espanha vs Mundo (2013=100) 422 441 456 482 518 208 284 254 244 261 214 157 202 238 257 0 100 200 300 400 500 600 2013 2014 2015 2016 2017 Milhões de Euros Exportações Importações Saldo Balança comercial de livros - Espanha 1,76% 1,97% 1,63% 1,90% 1,5% 1,7% 1,9% 2,1% 2,3% 2013 2014 2015 2016 2017 Total Livros Quota de Espanha nas importações mundiais totais e de livros Posição de Espanha no comércio mundial de livros (NC 4901) em 2017: Importações: 15º importador mundial (1,9% do total em valor) Exportações: 8º exportador mundial (3,7% do total em valor) 19,8% 21,9% 30,0% 18,5% 14,3% 15,9% 8,3% 12,1% 2,8% 5,6% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 2013 2014 2015 2016 2017 Reino Unido China Alemanha França Hong Kong Principais fornecedores - quotas mais elevadas Reino Unido 22% China 18% Alemanha 16% França 12% Hong Kong 6% Israel 4% Itália 4% EUA 3% Polónia 2% Holanda 2% Portugal 0,6% Outros 10% Principais fornecedores de livros a Espanha em 2017 3,3% 4,2% 3,0% 4,2% 3,9% 3,4% 0,0% 2,1% 2,5% 1,8% 0,7% 0,6% 0,0% 1,5% 3,0% 4,5% 6,0% 2013 2014 2015 2016 2017 Israel Itália EUA Polónia Holanda Portugal Principais fornecedores - quotas mais reduzidas

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EspanhaSíntese setorial do mercado livreiro

1. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MERCADO

Fonte: International Trade Centre - ITC

108

126

80

90

100

110

120

130

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2013 2014 2015 2016 2017

Mundo Espanha

Evolução das importações de livros - Espanha vs Mundo (2013=100)

422 441 456

482 518

208

284 254 244 261

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2013 2014 2015 2016 2017

Milh

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Exportações Importações Saldo

Balança comercial de livros - Espanha

1,76%

1,97%

1,63%

1,90%

1,5%

1,7%

1,9%

2,1%

2,3%

2013 2014 2015 2016 2017

Total Livros

Quota de Espanha nas importações mundiais totais e de livros

Posição de Espanha no comércio mundial de livros (NC 4901) em 2017: Importações: 15º importador mundial (1,9% do total em valor) Exportações: 8º exportador mundial (3,7% do total em valor)

19,8% 21,9%

30,0%

18,5%

14,3% 15,9%

8,3%

12,1%

2,8%

5,6%

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15%

20%

25%

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2013 2014 2015 2016 2017

Reino Unido China Alemanha

França Hong Kong

Principais fornecedores - quotas mais elevadas

Reino Unido 22%

China 18%

Alemanha 16%

França 12%

Hong Kong 6%

Israel 4% Itália 4%

EUA 3%

Polónia 2%

Holanda 2%

Portugal 0,6%

Outros 10%

Principais fornecedores de livros a Espanha em 2017

3,3%

4,2%

3,0%

4,2% 3,9%

3,4%

0,0%

2,1% 2,5%

1,8%

0,7% 0,6%

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1,5%

3,0%

4,5%

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2013 2014 2015 2016 2017

Israel Itália EUA

Polónia Holanda Portugal

Principais fornecedores - quotas mais reduzidas

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Espanha - Síntese Setorial

Mercado livreiro (fevereiro 2019)

Principais aspetos a salientar:

De acordo com o International Trade Centre, em 2017, Espanha ocupou 15º lugar no ranking mundial de importações de bens, com uma quota de 1,97%. No setor livreiro, foi também o 15º maior importador mundial, com uma parcela de mercado de 1,9%.

Entre 2013 e 2017, as importações mundiais de bens aumentaram a um ritmo médio anual de 2,7%, enquanto as espanholas cresceram, em média, 5,7% ao ano. No mesmo período, as importações mundiais de livros cresceram 2,1% ao ano, muito abaixo dos 7,3% das espanholas. As compras de Espanha deste produto ao exterior que, em 2013, se fixaram em 208M€, atingiram o valor mais elevado em 2014 (284M€), baixaram nos dois anos seguintes e, em 2017, voltaram a aumentar para 261M€.

O saldo da balança comercial de bens de Espanha é deficitário e com tendência para se agravar nos últimos cinco anos (o défice passou de 16 038 M€ em 2013, para 27 706 M€ em 2017). No que diz respeito às trocas comercias no setor livreiro, o valor das exportações supera em larga medida o das importações em todos os anos do período. Apesar de algumas flutuações, na generalidade, o superavit tem vindo a reforçar-se apesar de, nos últimos 5 anos, o ritmo médio de crescimento das exportações ser inferior ao das importações (5,3% versus 7,3%). O saldo mais elevado verificou-se em 2017 (257 M€)

Em 2017, os quatro principais fornecedores de livros a Espanha respondiam por, aproximadamente, 70% do mercado. O Reino Unido, principal fornecedor em 2017, detinha uma quota de 22% (57 M€). As compras espanholas de livros ingleses têm crescido, em média, 9,6% ao ano. Em 2013, foram comprados 41 M€, que corresponderam a 19,8% do mercado.

O segundo maior fornecedor foi a China. Entre 2013 e 2017, perdeu quota de mercado, passando de 30% para 18,5%. Em valor, o decréscimo das compras espanholas foi de 62 M€ em 2013, para 48 M€ em 2017. Estas oscilações traduzem-se numa taxa média anual de variação negativa de 6,2%.

A posição relativa destes dois fornecedores não será alheia, muito provavelmente, à importância do Reino Unido no segmento de livros técnicos, e à da China nos serviços de impressão.

Alemanha e França foram o 3º e 4º maiores fornecedores. As compras espanholas de livros a estes países europeus aumentaram a um ritmo médio anual de 36,5% e 17,6%, respetivamente. No caso alemão, em 2013 foram comprados por Espanha 29,8 M€ (14,3% de quota de mercado), em 2017 o valor atingiu mais de 82 M€ (29%) e, no último ano, 41,4 M€ (16%). Em 2013, Espanha comprou 17,2 M€ (8,3%) de livros franceses e 31,7 M€ em 2017 (12% da quota).

O 5º maior fornecedor do setor livreiro espanhol, em 2017, foi Hong Kong, que respondia por 5,6% do mercado (14,6 M€). No início do período, o seu peso era de apenas 2,8%, ou seja, 5,8 M€. O ritmo de crescimento foi, em média, de 38% por ano.

As compras espanholas de livros oriundos de Israel (6º maior fornecedor) passaram de 6,9 M€ em 2013, para 16,5 M€ em 2016 e, no último ano, fixaram-se em 11 M€ (4,2% do mercado).

Itália foi o 7º maior fornecedor. As importações espanholas, no primeiro ano do período em causa, alcançaram 6,2 M€ e, em 2017, subiram para 11 M€ (4,2% de quota). Em média, foi um crescimento de 16,5% por ano.

O 8º, 9º e 10º lugares no ranking de principais fornecedores são ocupado pelos Estados Unidos da América, Polónia e Holanda. Os Estados Unidos, que em 2013 detinham 3,9% do mercado (8,1 M€), passaram em 2017 para 3,4% (8,8 M€); a Holanda baixou de uma quota de mercado de 2,5% (5 M€) para 1,8% (4,8 M€); em contrapartida, a Polónia reforçou, significativamente a quota de mercado, de 0,02% em 2013 (43 mil €) para 2,1% no último ano (5,6 M€).

Em 2017, Portugal foi o 15º maior fornecedor do setor livreiro espanhol, com vendas de 1,6 M€, que corresponderam a 0,6% do mercado. As compras espanholas de livros portugueses, entre 2013 e 2017 cresceram, em média, 4,3% por ano. No início do período foram comprados 1,4 M€, e em 2016 foi atingido o mínimo de 1,26 M€.

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Mercado livreiro (fevereiro 2019)

2. RELACIONAMENTO BILATERAL

Posição de Espanha no comércio externo português de livros em 2017:Exportações: 5º cliente (5,3% do total em valor)Importações: 1º fornecedor (41,4% do total em valor)

Ediclube - Edição e Promoção do Livro, SA

El Corte Inglês - Grandes Armazéns, SA

FNAC Portugal, Lda

Gráfica Maiadouro, SA

Greca- Artes Gráficas

Imprensa Nacional - Casa da Moeda, SA

Lidel - Edições Técnicas, Lda

Printer Portuguesa - Industria Gráfica, SA

Sogapal - Comercio e Industria de Artes Gráficas Lda

Fonte: Instituto Nacional de Estatística - INE

Observação: Esta informação considera apenas pessoas coletivas (sociedades) e exclui

as empresas não identificadas e as que pediram confidencialidade.

Maiores exportadoras portuguesas de livros para Espanha em 2017

(ordem alfabética):

53

75

20

40

60

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120

2013 2014 2015 2016 2017

Mundo Espanha

Evolução das exportações portuguesas de livros para o mundo vs para Espanha (2013=100)

1,8 1,2 1,2 1,0 1,4

19,9 19,2 17,0

19,3 16,3

-18,1 -18,0 -15,8

-18,4 -14,9 -20

-15

-10

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2013 2014 2015 2016 2017

Milh

ões

Eu

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Exportações Importações Saldo

Balança comercial de livros - Portugal / Espanha

Principais aspetos a salientar:

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, em 2017, Espanha foi o 1º cliente das exportações portuguesas de bens (13 861 M€), e o 1º fornecedor de Portugal (22 453 M€), com uma quota de 25% nas saídas e de 32% nas entradas de mercadorias.

No mesmo ano, Espanha foi o 5º cliente de livros exportados por Portugal. Com aquisições de 1,4 M€, respondeu por 5,3% das vendas portuguesas do setor (1,8 M€ e 3,7% em 2013).

Entre 2013 e 2017, as saídas de livros para o mercado espanhol baixaram a uma média de 2,6% ao ano. Esta queda, em menor ritmo, acompanhou a contração do total das exportações portuguesas do setor, que se reduziu a uma taxa média anual de 12,2% no mesmo período (passou de 49 M€ em 2013 para 26 M€ em 2017).

Ao longo do período, a balança comercial do setor é, sistematicamente, deficitária. Em 2013, Portugal comprou 19,9 M€ em livros espanhóis (que significou um défice de 18,1 M€) e, no último ano, foram comprados 16,3 M€ (défice de quase 15 M€). Nos últimos 5 anos, as importações portuguesas de livros a Espanha foram, em média, cerca de 15 vezes superiores às exportações.

As vendas portuguesas de livros para o mundo têm diminuído de forma bastante acentuada; por cada 100 euros vendidos em 2013, em 2016 eram vendidos, apenas, 44 € e, no último ano, 53 €. No caso das exportações portuguesas para Espanha, o decréscimo foi menor, por cada 100 € vendidos em 2013, em 2016 eram vendidos 53 € e, no último ano, 75 euros. A quota espanhola nas exportações portuguesas de bens têm-se mantido relativamente estável nos últimos cinco anos, rondou sempre parcelas entre 23% e 25%. Já a evolução da quota das exportações portuguesas do setor livreiro para Espanha aumentou nos últimos anos, de 3,7% em 2013 para 5,3% em 2017.

23,6%

25,2%

3,7% 5,3%

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2013 2014 2015 2016 2017

Exportações totais para Espanha / Mundo

Exportações de livros para Espanha / Mundo

Quota de Espanha nas exportações portuguesas totais e de livros

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3. DESTAQUES DO MERCADO

Produção A leitura é uma das atividades culturais preferidas dos espanhóis. Segundo os dados publicados pelo estudo Habitos de Lectura e Compra Libros 2017, 65,8% dos inquiridos afirma ter lido, pelo menos, um livro no último trimestre; em 2010-2011 esta percentagem era bastante inferior (57,7%). O Comercio Interior del Libro en España, publicado em 2018, destaca algumas características do setor livreiro em Espanha:

- Em média, todos os dias: são registados cerca de 239 novos títulos. Destes, 63 em formato digital; são editados 658 137 exemplares; são vendidos 432 548; a faturação, no mercado interno, excede os 6 M€.

- Por cada 100 livros publicados: 26,4 estão em formato digital; 6 são em língua estrangeira; 88 são primeiras edições; 22 são texto não universitário, 20 ciências sociais e humanidades, 18 literatura, 15 são infantis e juvenis.

- Por cada 100€ faturados:92,8 euros são de empresas de Madrid ou de Barcelona.

- Por cada 100 exemplares vendidos: 11 são livros de ciências sociais e humanidades; 20 de literatura; 22 são para o ensino não universitário, 23 são infantis e juvenis. Apesar da forte contração no investimento provocada pela crise de 2008 e das transformações do setor justificadas pela introdução de novas tecnologias, o setor editorial espanhol continua sólido, sendo um dos principais mercados a nível mundial. Segundo o Anuario de Estadisticas Culturales 2015, o setor foi responsável por 39,1% do PIB do conjunto das atividades culturais, em 2012. Segundo a Federación de Gremios de Editores de España, o setor editorial era constituído, em 2017, por 737 empresas associadas que empregam 12 696 trabalhadores (mais 10 empresas e mais 88 trabalhadores do que no ano anterior). Destas editoras, apenas sete registaram faturações anuais acima de 60 milhões de euros e 15 valores entre 18 e 60 milhões de euros. As empresas de média dimensão (com valores de faturação a variar entre os 2,4 e os 18 milhões de euros) somavam 109, enquanto as pequenas editoras, com menos de 2,4 milhões de euros/ano alcançavam o total de 606 (sendo que 412 faturavam menos de 600 mil euros/ano). Além das empresas associadas, a Federação calcula que existam 902 empresas de pequena dimensão, autores-editores e entidades que editam ocasionalmente, que publicaram pelo menos um livro ao longo do ano. Calcula-se que a sua faturação conjunta não ultrapasse 7 a 10% do total. A distribuição geográfica das editoras e da faturação não é homogénea, como mostra o Comercio Interior del Libro en España. Em 2017, 92,8% da faturação correspondeu a empresas de Barcelona (50,8%) ou Madrid (42,3%) onde se localizam cerca de 75% das editoras. Seguem-se o País Basco (2,7%), a Andaluzia (1,6%), Valência (1,2%), a Galiza (1,1%) e Castela e Leão (0,1%). De acordo com um questionário realizado pela Federación de Gremios de Editores de España, embora perto de ⅔ da faturação do setor esteja nas mãos das maiores editoras (as 22 que faturam, anualmente, mais de 18 milhões de euros responderam por cerca de 61,5% do mercado), as empresas médias, com faturação entre 2,4 e 18 milhões de euros, representam um quarto do mercado.

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Repartição por escalão de faturação

Fonte: Comercio Interior del Libro en España

A produção de livros em Espanha, depois de uma diminuição até 2013, que afetou apenas as editoras privadas (sobretudo as de média dimensão), tem recuperado de forma gradual. Em 2016, a faturação cresceu aproximadamente 2%, todavia, em 2017, o crescimento ficou abaixo do esperado, fixando-se em, apenas, 0,1% apesar do número de exemplares editados ter aumentado 7,2% no mesmo ano.

As produções em suporte de papel tiverem um papel preponderante na recuperação do setor, mas a produção em suporte digital tem vindo a ganhar importância: em 2016, representou quase 30% da produção.

Produção editorial em 2017

Total 87 262 240 221 2 753 7,1 7,2 0,1

Literatura 16 127 48 055 2 980 9,9 10,4 0,5

Romance 12 825 43 382 3 383 13,3 11,5 -1,6

Poesia, Teatro 985 1 286 1 306 6,3 8,5 2,1

Outros Literatura 2 317 3 387 1 462 -4,9 -1,6 3,4

Infantil e Juvenil 13 267 56 013 4 222 8,4 8,6 0,2

Texto não Universitário 19 108 52 639 2 755 5,3 4,1 -1,2

Educação Infantil 2 921 9 423 3 226 8,1 10,8 2,5

Educação Primária 7 016 21 950 3 129 -0,2 -1,8 -1,6

Educação Secundária 5 104 11 629 2 278 6,2 4,6 -1,5

Bacharelado 941 2 402 2 553 5,4 5,6 0,2

Formação Profissional 248 485 1 957 -3,3 -8 -4,9

Livros e Materiais Complementares 2 878 6 749 2 345 17,2 16,2 -0,9

Científico Técnico e Universitário 5 280 6 882 1 303 12,6 15 2,1

Total Ciencias Sociais e Humanidades 17 358 27 394 1 578 8,8 12,2 3,2

Ciencias Sociais e Humanidades 10 379 16 313 1 572 9,5 18,6 8,3

Direito e Ciencias Económicas 4 438 4 027 907 13,2 13 -0,2

Religião 2 541 7 054 2 776 -0,7 -0,5 0,2

Livros Práticos 5 657 18 488 3 268 1,2 1,2 0,1

Divulgação Geral 5 972 14 312 2 396 2,8 1,7 -1

Dicionários e Enciclopédias 426 1 240 2 911 -5,9 -9,6 -4

Banda Desenhada 2 722 13 254 4 869 5,2 6,1 0,8

Outros 1 345 1 944 1 446 0,3 10,3 9,9

2017 % Variação 2017/2016

TítulosExemplares

(Milhares)Edição Média Títulos Exemplares Tirada Média

Fonte: Comercio Interior del Libro en España, 2017

Em 2017, foram publicados 87 262 títulos, dos quais 22% foram de textos não universitários, 20% ciências sociais e humanidades, 18,5% de literatura, 15% de infantis e juvenis. No mesmo ano, a tiragem total foi de

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240,2 milhões, dos quais 23% foram de infantis e juvenis, 22% textos não universitários, 20% literatura, 11% ciências sociais e humanidades.

Os livros com maior tiragem média, em 2017, foram os de banda desenhada (4 869), infantis e juvenis (4 222) e livros práticos (3 268). O crescimento das tiragens médias ficou abaixo do esperado fixando-se em, apenas, 0,1%. Os títulos publicados cresceram 7,1%, com destaque para científico técnico e universitário (+12,6%), literatura (+9,9%) e ciências sociais e humanidades (+8,8%). Já no número de exemplares editados, os que registaram maiores crescimentos foram as áreas de ciências sociais e humanidades (+12,2%) e de literatura (+10,4%).

Evolução da produção editorial por categoria – milhares de exemplares

Fonte: Comercio Interior del Libro en España, 2017

No que diz respeito às preferências dos leitores espanhóis, entre 2014 e 2017, os livros infantis e juvenis lideraram o total de tiragens, seguido dos textos não universitários, de literatura e, em 4º, os de ciências sociais e humanidades. Adicionalmente, observou-se uma tendência de queda de 2014 a 2016 que foi seguido de um forte aumento no último ano (+7,2%), fixando o total de tiragens em 240,2 milhões.

Analisando o número de publicações por idioma, constata-se que o castelhano domina claramente o mercado. Já os títulos em língua estrangeira representam 6% dos editados. Das edições em língua estrangeira, em 2017, 62% foram em inglês, 21% em português, 9% em francês.

Idioma dos títulos editados em Espanha entre 2013 e 2017

Total 76435 100% 78508 100% 80181 100% 81495 100% 87262 100% 7,10%

Castelhano 58612,0 77% 59041,0 75% 59920,0 75% 61477,0 75% 65961,0 76% 7,30%

Catalão 10268,0 13% 10850,0 14% 11480,0 14% 11188,0 14% 12041,0 14% 7,60%

Euskera 1562,0 2% 1696,0 2% 1798,0 2% 1790,0 2% 1958,0 2% 9,40%

Gallego 1747,0 2% 1881,0 2% 1785,0 2% 1859,0 2% 1886,0 2% 1,50%

Outras 4246,0 6% 5040,0 6% 5198,0 7% 5181,0 6% 5416,0 6% 4,50%

Variação

2017/201620172013 2014 2015 2016

Fonte: Comercio Interior del Libro en España, 2017

Sabe-se também que, entre o total de ISBN das publicações traduzidas, em 2017, 51% foram em Inglês, 12% em castelhano, 11% em italiano, 9,5% em francês e, em oitavo lugar, português com 1%. O Governo espanhol tem desenvolvido vários programas e ações com o propósito de fomentar a leitura e expandir o setor livreiro, nomeadamente, eBiblio, Plan de fomento de la lectura, Observatorio de la Lectura y el Libro e o Canal lector.

0

50 000

100 000

150 000

200 000

250 000

2014 2015 2016 2017

54 287 51 384 51 592 56 013

46 903 51 308 50 586 52 639

42 190 40 424 43 528 48 055

27 060 28 475 24 408 27 394

16 644 13 823 18 264 18 488 11 179 14 036 14 066 14 312 15 818 14 439 12 491 13 254

6 892 6 882 5 617

3 184

Infantil e juvenil Ensino não universitário Literatura

Ciências sociais e humanidades Livros práticos Divulgação geral

Banda desenhada Ensino Técnico e Universitário Dicionários, enciclopédias e outros

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Mercado livreiro (fevereiro 2019)

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O crescimento da procura de livros em formato digital obrigou as editoras a reestruturar a sua oferta para se manterem competitivas. Atualmente, cerca de 26,4% das edições são neste formato. O maior volume de gastos por parte dos leitores concentra-se em livros técnicos, de tempos livres e de ciências sociais e humanidades. Do total da faturação do setor livreiro espanhol, os livros digitais são responsáveis por 5,1% e o seu peso tem-se mantido constante.

Faturação do setor livreiro (em milhões de euros)

Faturação setor livreiro 3 109,6 2 890,8 2 772,3 2 471,5 2 181,9 2 195,8 2 257,1 2 297,7 2 319,4

Faturação livros digitais 51,2 70,5 72,6 74,2 80,3 110,0 115,4 115,4 119,1

Quota de mercado (%) 1,6 2,4 2,6 3,0 3,7 5,0 5,1 5,0 5,1

2016 20172011 2012 2013 2014 20152009 2010

Fonte: Comercio Interior del Libro en España, 2017

Apesar da estabilidade da quota de mercado em valor dos livros digitais nos últimos 4 anos, o gráfico abaixo mostra que seu peso, em volume, tem vindo a crescer no total dos livros editados. Esta situação, muito provavelmente, é um resultado direto da redução do preço médio das publicações em formatos digitais.

Número de livros publicados – 2010 a 2017

0

20 000

40 000

60 000

80 000

100 000

120 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Papel Outro formato

Fonte: Statista

Segundo o estudo Panorámica de la Edición Española de Libros, o preço médio de um livro em 2014 era de 20,7€, o que significa um aumento de 0,7€ em relação ao ano anterior. No último ano, o preço de um livro em suporte de papel foi, em média, 11€ mais caro do que em formato digital (em 2011 a diferença foi de 6 euros). Os setores onde esta discrepância é mais significativa são os de ciências e tecnologias e de ciências sociais e humanidades. Nos livros técnicos, pelo contrário, a diferença é pouco significativa.

Preço médio de livros em papel e em formato digital – 2011 a 2017

21,121,9

15,0

10,9

0

5

10

15

20

25

30

2011 2012 2013 2014 2015* 2016* 2017*

Livro em papel Livro digital

Fonte: Statista. *Não incluem reimpressões.

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O preço médio dos livros em papel manteve-se sempre acima dos 20 euros nos últimos anos, atingindo o máximo de 27,7 euros em 2016. Por outro lado, nos últimos 7 anos, as publicações em formato digital registaram um preço médio de 13 euros e com tendência de queda, em 2013 foi de 16 euros e, em 2017 caiu para 10,9 euros.

Distribuição Os principais canais de distribuição de livros em Espanha são as livrarias, as cadeias de livrarias (como o El Corte Inglés e a FNAC que, no quadro seguinte, se incluem em “Cadeias de livrarias”), as grandes superfícies comerciais, as empresas e instituições com publicações próprias e, a ganhar peso no mercado, os canais de comercialização de livros digitais. Estas informações são recolhidas a partir de 2011 pela Federación de Gremios de Editores de España que, na repartição das vendas por canais integra o El Corte Inglés, FNAC, Casa del Libro, VIPS e afins nas cadeias de livrarias; classifica o Alcampo, Carrefour e afins nos hipermercados, e as vendas de manuais escolares na venda a empresas e instituições.

Vendas por canal de distribuição do setor livreiro em Espanha – em milhões de euros

TOTAL (milhões de euros) 2 471,48 2 181,97 2 195,80 2 257,07 2 317,20 2 319,36 0,1

Livraria 899,74 773,1 746,92 788,37 810,86 813,71 0,2

Cadeia de Livrarias 412,95 345,58 370,95 398,88 410,75 411,1 0,1

Hipermercados 240,91 203,24 188,46 182,91 188,9 189,39 0,3

Quiosque 100,32 78,99 81,98 80,01 80,26 80,2 -0,1

Empresas e Instituições 345,35 337,13 335,14 340,66 347,95 346,44 -0,4

Bibliotecas 10,71 10,32 11,67 10,85 10,9 10,88 -0,2

Venda a crédito 79,3 74,86 78,62 75,78 77,84 76,93 -1,2

Venda telefónica 47,18 33,81 35,11 35,87 36,85 36,6 -0,7

Correio 16,83 13,68 16,59 17,13 16,6 16,26 -2

Clubes de livro 72,87 61,18 48,23 44,75 45,97 45,92 -0,1

Internet 20,24 17,22 19,81 20,27 22 22,77 3,5

Assinatura 70,96 72,6 68,83 65,32 68,11 68,06 -0,1

Outros Canais 79,86 79,99 83,47 80,82 83,02 81,99 -1,2

Canais para livro digital 74,25 80,27 110,02 115,44 117,19 119,1 1,6

2016 2017% Variação

2017/20162012 2013 2014 2015

Fonte: Comercio Interior del Libro en España, 2017

O volume de vendas das livrarias baixou entre 2012 e 2014 e, desde então, tem vindo a recuperar, ainda assim as vendas do último ano ficaram abaixo dos valores de 2012. Contudo, importa referir que em Espanha existe uma grande rede de livrarias. Segundo o Mapa de Librerias publicado pela Dirección General de Politica e Industrias Culturales y del Libro juntamente com a CEGAL (Confederación Española de Gremios y Asociaciones de Libreros), em 2014 existiam 3 650 livrarias identificadas (20,5% do total das livrarias europeias), o que faz de Espanha líder neste indicador. Em média, existem 11,5 livrarias por cada 100 000 habitantes, valor muito superior aos 5,5 a nível europeu. De acordo com o mesmo estudo, mais de metade (52%) são pequenas livrarias, que vende menos de 90 000€ por ano, e apenas 1% (29) supera 1,5 milhões de euros, em faturação.

Embora, em 2017, as vendas tenham aumentado, o valor ficou bastante abaixo das expectativas do mercado, uma vez que o crescimento do ano anterior foi superior aos 2%. Todavia, as vendas através da internet apresentaram crescimento muito mais rápido que os demais canais detendo, contudo, uma parcela pequena do mercado.

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A distribuição das livrarias pelo país não é homogénea, com uma maior concentração no norte, como se pode observar no mapa seguinte.

Distribuição das livrarias por províncias

Fonte: Mapa de Librerias

A publicação El sector del libro en España 2013 – 2015 identifica padrões de utilização dos canais de distribuição de acordo com o género literário: - Na banda desenhada, o principal canal de venda são os quiosques, que detêm mais de 30% da faturação; - A venda de dicionários e enciclopédias concentra-se, maioritariamente, nas vendas a crédito e por via telefónica (34,4%); - Nas restantes categorias, as livrarias são sempre a opção mais utilizada. Os livros em suporte digital também têm canais de distribuição preferenciais; as plataformas específicas para este propósito centralizam mais de 70% da faturação. A título de exemplo, pode referir-se a Amazon, a Casa del Libro, a Google ou a App Store. Nesta categoria também se incluem os sites criados pelas editoras que permitem a compra direta. Oportunidades e dificuldades no mercado Espanha é um país culto, com um sistema educativo sólido e conta com diversos programas governamentais para fomentar a leitura e a expansão do setor. Os níveis de população e formação asseguram a existência de um público potencial consumidor de livros, e o mercado está a recuperar da contração verificada nos últimos anos: a venda de livros está a aumentar, progressivamente, desde 2014, bem como o valor dos direitos de autor pagos pelas editoras. Existem cada vez mais oportunidades de edição em papel e em formato digital. Existem, todavia, dificuldades que, não sendo em alguns casos específicas do mercado espanhol deverão ser tomadas em consideração, nomeadamente, a alteração de hábitos de leitura e de compra associada à renovação geracional e ao ritmo de implantação de novas tecnologias. Por outro lado, a qualidade do produto editorial em Espanha, a intensificação da concentração editorial e o aparecimento de grandes grupos editoriais que se verticalizaram em toda a cadeia de valor (a exemplo da Planeta) poderão, eventualmente, tornar mais difícil a abordagem ao mercado. O enquadramento legal, variável de comunidade para comunidade é mais um elemento da complexidade do mercado que não poderá ser ignorado.

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4. ASPETOS REGULAMENTARES

Regime de Importação

Tributação aduaneira

Direitos Aduaneiros:

Não há lugar ao pagamento de direitos aduaneiros, pois está em funcionamento o mercado interno, onde as mercadorias circulam livremente sem haver lugar a qualquer controlo alfandegário.

Outras Taxas:

IVA: A União Europeia (UE) dispõe de um Sistema Comum do IVA; no entanto, os países da UE beneficiam de uma certa flexibilidade, incluindo a determinação das taxas do IVA.

Em Espanha, os livros estão sujeitos à taxa super reduzida de 4% Fontes: Impuesto sobre el Valor Añadido – IVA – (BOE); Point of Single Contact – Spain.

Formalidades de Importação

Não obstante a liberdade de circulação de mercadorias no território comunitário é necessário cumprir algumas exigências. A Fatura Comercial assume uma importância vital no âmbito destas trocas, uma vez que foram suprimidos todos os documentos aduaneiros de controlo na Alfândega, servindo, assim, como único documento comercial onde se encontra a descrição completa das mercadorias transacionadas. Com a entrada em vigor do Mercado Único, foi publicada legislação sobre o IVA intracomunitário, tendo sido necessário que todos os Estados-membros atribuíssem um número de IVA aos respetivos sujeitos passivos (antecedido das iniciais de cada país). Assim, no contexto das trocas intracomunitárias as faturas comerciais devem sempre indicar os números de registo em IVA do vendedor e do adquirente, com indicação do país em causa e correspondente expressão codificada. Informação disponibilizada no Portal Europa – FAQ’S – pergunta n.º 11. Na página da Comissão Europeia podem ser consultados os números de identificação fiscal dos operadores de todos os Estados-membros da UE: Sistema de Intercâmbio de Informações sobre o IVA (VIES) – Validação n.º IVA / Perguntas Mais Frequentes sobre o VIES. Para mais esclarecimentos sobre esta matéria os interessados podem contactar a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) (contactos). Para além da fatura comercial, é também importante que o vendedor português apresente junto do Instituto Nacional de Estatística (INE) a Declaração Intrastat. O Sistema Intrastat é o método de recolha da informação estatística sobre as transações de bens entre os Estados-membros da UE e aplica-se às mercadorias em livre circulação no território comunitário. Assim, todas as pessoas singulares ou coletivas que intervenham numa transação de bens intracomunitários que esteja abrangida pelo IVA e que ultrapasse os valores (anuais) dos limiares estatísticos de assimilação (para o ano de 2018 - não existem, ainda, valores para 2019 - chegadas de €350 000 a 4 999 999€ / expedições de €250 000 até 6 499 999€) estão legalmente obrigadas a fornecer informação estatística ao INE, através do preenchimento da Declaração Intrastat.

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No que se refere aos requisitos legais identificados para a comercialização deste produto, são apenas a existência de um número ISBN e o respeito pelas regras do preço fixo estatuídas na Ley 10/2007, de 22 de junio, de la Lectura, del Libro y de las Bibliotecas. De salientar, finalmente, que as empresas portuguesas devem inquirir junto dos seus clientes no mercado espanhol sobre a necessidade de cumprir eventuais outros requisitos específicos nacionais.

Fontes: Autoridade Tributária e Aduaneira (AT); Instituto Nacional de Estatística (INE);

EUR-Lex (Acesso ao Direito da União Europeia).

Entraves Não são conhecidos entraves na venda de livros para Espanha. 5. OUTRAS INFORMAÇÕES PRÁTICAS SOBRE O MERCADO Principais grandes editoras

- Penguin Random House Publica livros para leitores de todas as idades e em todos os formatos (papel, digital e áudio). O grupo editorial exporta e distribui os seus livros em mais de 45 países da América, Ásia e Europa. Deste grupo fazem parte várias editoras: Aguilar, Alamah, Alfaguara, Alfaguara Libros infantiles y juveniles, Altea, Arena, Beascoa, Caballo de Troya, Cisne, Collins, Companhia Das Letras, Conecta, Debate, Debolsillo, EnClave, EnDebate, Fantascy, Flash, Grijalbo, Literatura Random House, Lumen, Manderley, Montena, Nube de tinta, Objectiva, Penguin Clásicos, Plaza & Janés, Reservoir Books, Rosa dels vents, Sudamericana, Suma de Letras y Taurus. Este vasto número de editoras permite que cada uma se especialize em determinado género literário.

- Planeta É um grupo editorial e de comunicação espanhol, de capital familiar, que lidera numa ampla oferta de serviços, desde a cultura, formação, informação ao entretenimento. Tem presença destacada em Espanha, Portugal e América Latina. O grupo lidera o mercado editorial em Espanha e na América Latina, é o segundo em França e está no top 10 a nível mundial. Conta com mais de 100 editoras que incluem todos os géneros literários, e representa mais de 15 mil autores entre espanhóis e estrangeiros, clássicos e contemporâneos.

- SM É um projeto cultural e educativo com duas áreas de ação: o trabalho editorial das empresas SM envolvidas no desenvolvimento de conteúdos e serviços educativos e publicações, e o trabalho social da Fundação SM, que aloca os benefícios do grupo editorial para melhorar a qualidade da educação. Para além de Espanha, o setor editorial da América Latina é o principal na área de atividade da SM.

- Alianza editorial Foi fundada em 1966 com e, dos seus anos de existência, destaca-se a criação mais completa de uma coleção de bolso em espanhol “El libro de bolsillo”, que já conta com mais de 2 000 títulos. O principal objetivo é disponibilizar literatura de qualidade a preços acessíveis.

- Marcial Pons Foi criada em 1948, com o propósito de desenvolver uma biblioteca de modelo especializado. Foi pioneira no desenvolvimento de boletins de informação bibliográfica, bem como na introdução e propagação em Espanha de prestigiadas editoras estrangeiras

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Marcial Pons estabeleceu-se como a primeira cadeia de livrarias especializadas em Espanha e a principal em termos de exportação.

- Grupo Anaya É líder de mercado no segmento de livros educativos. As décadas de 70 e 80 foram de forte crescimento, com a criação de 18 novas editoras para alargar o leque de oferta com publicações generalistas, educativas, ou de negócio. A título de exemplo, destacam-se as editoras Cátedra, Xerais, Barcanova, Tecnos, Multimedia, Algaida Editores, Biblograf, Vox. Principais pequenas e médias editoras

-Acantilado -Adaba -Akal -Alba editorial -Alpha Decay -Anagrama -Aristas Martínez -Astiberri -Atalanta -Blackie Books -Calambur -Contra -Cuadernos del vigía -Demipage -Edhasa -Errata Naturae -Gadir -Galaxia Gutenberg -Gallo Nero -Herder -Hoja de Lata -Impedimenta -Kairós -Kalandraka -La uña rota -Lengua de Trapo -Libros del Asteroide -Libros del Zorro Rojo -Maeva -Malaletra -Miraguano -Nórdica libros -Notorious -Páginas de Espuma -Papeles Mínimos -Pepitas de calabaza -Periférica -Polifemo -Pre-textos -Rayo Verde -Reino de Cordelia

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-Salto de página -Sexto piso -Siglo XXI -Siruela -This Side Up -Trama -Tropo -Trotta -Turner -Valdemar -Visor

Maiores importadores e distribuidores

Listagem de distribuidores publicada pela CEGAL Listagem de distribuidores associados da FANADE

Principais livrarias

Listagem de livrarias publicada pela CEGAL

Principais portais de venda online

A grande maioria das editoras listadas anteriormente têm a possibilidade de encomenda online no seu site. Existe também um diretório de plataformas de venda de livros online em Espanha.

Principais entidades relacionadas com o setor

Asociación Nacional de Editores de Libros y Material de Enseñanza (ANELE) Confederación Española de Gremios y Asociaciones de Libreros (CEGAL) European and International Booksellers Association (EIBF) Federación de Asociaciones Nacionales de Distribuidores de Libros (FENADE) Federación Empresarial de Industrias Gráficas de España (FEIGRAF) Federación Española de Cámaras del Libro (FEDECALI) Federação Europeia de Editores (FEP) Federación de Gremios de Editores de España Ministerio de Educación, Cultura y Deporte (MECD)

Listagem mais exaustiva aqui

Principais feiras e eventos setoriais no mercado

- Liber’17 – Feira Internacional do Livro, Barcelona, de 7 a 9 de Outubro de 2020 - Feria del Libro de Madrid, Madrid, de 31 de Maio a 16 de Junho de 2019. A Republica Dominicana é este ano o país convidado. - Mapa das feiras do livro distribuídas por províncias - Exposições sobre o setor livreiro em Espanha

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Estudos de mercado do setor

Book industry in Spain. 2015; Statista; 77 páginas, 325$ El sector del libro en España 2013-2015; Observatorio de la Lectura y el Libro; 71 páginas Habitos de Lectura y Compra Libros 2017; Federación de Gremios de Editores de España; 173 páginas Mapa de Librerías. 2014; Gremio de Libreros de Madrid; 96 páginas Publishing of Books in Spain. 2013; Euromitor; 14 páginas, 550€ Report of activities 2015-2016; FEP (Federation of European Publishers); 60 páginas Encuesta de Hábitos y Prácticas Culturales en España 2014 – 2015 El sector del libro en España Anuario de Estadisticas Culturales 2015 Panorámica de la edición española de libros 2015 Comercio Interior del Libro en España Outra informação económica sobre o mercado

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