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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PROPRIEDADES TÉCNOLÓGICAS As propriedades Tecnológicas das rochas devem ser consideradas fundamentalmente, sob três aspectos principais: - índices de qualidade; - parâmetros a serem utilizados nos cálculos de materiais para construção civil; - especificações fixadas para os diversos tipos de emprego das rochas Pode-se dizer que melhor será a qualidade da rocha ou seu desempenho em serviço, quanto menores forem: - a presença ou teores de minerais alterados ou alteráveis, friáveis ou solúveis que possam comprometer seu uso, sua durabilidade e seu lustro; - a absorção d'água; - a porosidade; - o desgaste Amsler; - o coeficiente de dilatação térmica. Por outro lado, melhor será a qualidade, quanto maiores forem: - a resistência à compressão uniaxial; - o módulo de elasticidade; - a resistência ao impacto; - o resistência à flexão (módulo de ruptura); - o resistência ao congelamento e degelo. Como parâmetros a serem utilizados nos cálculos de materiais para os projetos de construção, merecem destaque a resistência à flexão e a massa específica, cujos valores são incorporados diretamente nos cálculos fixados com grampos no revestimento externo (fachadas) de edifícios. Especificações fixando limites para aceitação das rochas como material de construção são geralmente estabelecidos por entidades normatizadoras e baseadas em experiência de serviço, histórico do desempenho do tipo de rocha ou ainda pela experimentação sob as condições exigidas no projeto.

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PROPRIEDADES TECNOLOGICAS DAS ROCHAS

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

PROPRIEDADES TÉCNOLÓGICAS

As propriedades Tecnológicas  das rochas devem ser consideradas fundamentalmente, sob três aspectos principais:  - índices de qualidade; - parâmetros a serem utilizados nos cálculos de materiais para construção civil; - especificações fixadas para os diversos tipos de emprego das rochas       Pode-se dizer que melhor será a qualidade da rocha ou seu desempenho em serviço, quanto menores forem:  - a presença ou teores de minerais alterados ou alteráveis, friáveis ou solúveis que possam    comprometer seu uso, sua durabilidade e seu lustro; - a absorção d'água; - a porosidade; - o desgaste Amsler; - o coeficiente de dilatação térmica.       Por outro lado, melhor será a qualidade, quanto maiores forem:  - a resistência à compressão uniaxial; - o módulo de elasticidade; - a resistência ao impacto; - o resistência à flexão (módulo de ruptura); - o resistência ao congelamento e degelo.       Como parâmetros a serem utilizados nos cálculos de materiais para os projetos de construção, merecem destaque a resistência à flexão e a massa específica, cujos valores são incorporados diretamente  nos cálculos fixados com grampos no revestimento externo (fachadas) de edifícios.       Especificações fixando limites para aceitação das rochas como material de construção são geralmente estabelecidos por entidades normatizadoras e baseadas em experiência de serviço, histórico do desempenho do tipo de rocha ou ainda pela experimentação sob as condições exigidas no projeto.      Assim, por exemplo, a norma alemã DIN 52154 não recomenda o uso de materiais cuja resistência após congelamento/degelo caia para menos de 80% do valor original. A norma americana ASIM C 615 não recomenda granitos para revestimento com resistência à flexão inferior a 10,34 MPa.     O quadro abaixo apresenta os ensaios recomendados e sua importância para a utilização pretendida.    Os mármores, quartzitos, arenitos e granitos em exploração na Bahia e ora representados neste catálogo apresentam características tecnológicas dentro dos padrões normais, permitindo seu uso em revestimentos de interiores e exteriores. 

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 Ensaios recomendados para caracterização de mármores e granitos ornamentais.

   

ABSORÇÃO D’ÁGUA - (NBR 12.766) 

      É expressa pela relação entre volume de água absorvida e o volume total da amostra de rocha analisada. Mostra correlação direta com a porosidade efetiva, que está ligada aos espaços porosos intercomunicados. Constitui elemento de avaliação da compactação e resistência da rocha, podendo subsidiar a previsão de sua durabilidade. Representa um índice decisivo na escolha do material para usos que envolvam contatos com água (riscos de manchamento e alteração).  

Norma: NBR 12.766 - Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNTValores médios de rochas brasileiras 

SP:  0,72 %ES:  0,65 %BA: 0,40 %

Desvios padrões SP:  0,04ES:  0,28BA:  0,13

Valor "Marrom Caldas"

0,67 %

   

POROSIDADE APARENTE - (NBR 12.766) 

      A porosidade aparente é expressa pela relação entre o volume total de poros (espaços abertos) e o volume da amostra de rocha analisada. É nitidamente correlacionável com a resistência mecânica da rocha, com o grau de alteração e compactação, e com o estado microfissural dos minerais. 

Norma: NBR 12.766 - Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT

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Valores médios de rochas brasileiras SP:  0,27 %ES:  0,24 %BA: 0,15 %

Desvios padrões SP:  0,09ES:  0,11BA:  0,05

Valor "Marrom Caldas"

0,24 %

  

DESGASTE AMSLER - (NBR 12.042) 

      Determina a capacidade de resistência ao desgaste abrasivo de materiais rochosos. O índice de desgaste é diagnóstico para orientação de uso de rochas em locais sujeitos a solicitações de atrito, (pisos, degraus de escadas, etc.), sobretudo em locais de alto tráfego de pedestres, como: Shoppings, estações de metrô, rodoviárias, aeroportos, etc. 

Norma: NBR 12.042 - Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNTValores médios de rochas brasileiras 

SP:  0,66 mmES:  0,93 mmBA: 0,61 mm

Desvios padrões SP:  0,14ES:  0,32BA:  0,14

Valor "Marrom Caldas"

0,78 %

  

COEFICIENTE DE DILATAÇÃO TÉRMICA - (NBR 12.763; ASTM C 880)

    Reflete a variação de volume (dilatação ou contração) de rochas quando submetidas a mudanças de temperatura. É importante para prever a durabilidade das rochas, eliminar o risco de descolamento de placas aplicadas, e definir a espessura das juntas de dilatação em painéis e ladrilhos (especialmente considerando-se as grandes variações de temperatura observadas no clima brasileiro). 

Norma: NBR 12.765 - Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNTValores médios de rochas brasileiras 

SP:  9,4 (mm/m ° C) x 10 ˉ³ES:  8,7 (mm/m ° C) x 10 ˉ³BA: 9,5 (mm/m ° C) x 10 ˉ³

Desvios padrões SP:  1,3 x 10 ˉ³ES:  1,3 x 10 ˉ³BA:  1,2 x 10 ˉ³

Valor "Marrom Caldas"7,2 (mm/m ° C) x 10 ˉ³

 

RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO UNIAXIAL   

      Reflete a resistência da rocha ao esforço mecânico compressivo. É um valioso índice de qualidade para as pedras de revestimento e extremamente  útil quando a pedra assume funções estruturais, como colunas ou pilares, em que atuem cargas verticais. O grau de alteração e o estado microfissural da rocha são parâmetros inversamente proporcionais à resistência à compressão uniaxial. 

Norma: NBR 12.767 - Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNTValores médios de rochas brasileiras  Desvios Valor "Marrom Caldas"

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SP:  155,3 MPaES:  130,0 MPaBA: 174,0 MPa

padrões SP:  26,5ES:  18,1BA:  20,7

151,7 MPa

  

RESISTÊNCIA À TRAÇÃO NA FLEXÃO

Determina a resistência à flexão de placas de rochas. Estas estão sujeitas a fortes solicitações de flexão quando utilizadas em revestimentos de fachadas através de ancoragens metálicas, ocasião em que precisam absorver as acomodações do suporte e as pressões do vento. Também para pisos suspensos, bancadas e pias, a resistência da ruptura por flexão é fator importante na qualificação da rocha e na definição da espessura das peças. 

Norma: NBR 12.763 - Associação Brasileira de Normas Técnicas  ABNT; ASTM C 880 >= 10,34

Valores médios de rochas brasileiras SP:  16,20 MPaES:  16,65 MPaBA: 18,58 MPa

Desvios padrões SP:  3,40ES:  3,60BA:  3,69

Valor "Marrom Caldas"

22,4 MPa