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Edição especial tão afetado por essa visão de mun- do, que muitas mulheres do tempo de minha mãe não conseguiram se livrar de casamentos frustrantes e in- felizes, pois acreditavam que era im- portante ficarem juntos até o final da vida. Ruim com ele, pior sem ele... Foi a nossa geração que fez vári- as mudanças nessa cultura, lutou con- tra os estereótipos, contra as cren- ças que ainda nos fazem dependen- tes, incapazes de fazer escolhas com liberdade, protestou e foi à luta con- tra a discriminação e em busca de melhor educação e trabalho. Falta ainda muito! Temos que ter mais mulheres na política, mais mu- lheres no judiciário, mais mulheres cientistas, mais mulheres nas fábri- cas, mais mulheres nos sindicatos. Não podemos mais ser encaradas como minoria. Dia 8 é nosso dia! Parabéns a to- das nós, mulheres de todas as co- res, de todos os gostos, de todas as lutas, que trabalhamos em casa, nas ruas, nos escritórios, nas fábri- cas, nas instituições públicas, aju- dando com nosso esforço e nossa competência a construir um Brasil mais justo e solidário! Um abraço, Lígia Deslandes, Trabalhadora e Presidente do SITRAMICO-RJ universo da grande maioria e que é ur- gente desconstruir: a cultura colonial que forjou principalmente as emoções femininas, os sentimentos e a identida- de da mulher no mundo social. Durante muitos anos a mulher foi educada para casar, ser esposa e mãe, ser frágil e obediente e fazer tudo pelo seu marido e filhos. Não podia estudar muito! Não podia tra- balhar! Não podia ter uma carreira! Tinha que ser escrava do lar! Nosso sistema de crenças sobre a vida foi ciedade, onde vários direitos das mu- lheres passaram a ser respeitados. É preciso também ter olhos para ver a expansão da capacidade da mulher nos últimos tempos através da educação escolar e formal. Mais mulheres que homens terminam o segundo grau e vão para as univer- sidades. Um fenômeno estatístico. Mas o que dizer da subjetividade feminina? Das relações entre si e com os outros? Há algo que ainda paira sobre o No próximo dia oito vão aconte- cer várias manifestações sobre o dia da mulher! É inegável que tivemos muitas conquistas. Temos que lem- brar que faz somente 80 anos que tivemos direito de votar e ser vota- das aqui no Brasil e que depois dis- so muito pouco havia sido feito no âmbito das políticas públicas desti- nadas às mulheres. Foi somente na última década que o Governo Federal abriu brechas para que mudanças acontecessem na so-

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Edição especial

tão afetado por essa visão de mun-do, que muitas mulheres do tempode minha mãe não conseguiram selivrar de casamentos frustrantes e in-felizes, pois acreditavam que era im-portante ficarem juntos até o final davida. Ruim com ele, pior sem ele...

Foi a nossa geração que fez vári-as mudanças nessa cultura, lutou con-tra os estereótipos, contra as cren-ças que ainda nos fazem dependen-tes, incapazes de fazer escolhas comliberdade, protestou e foi à luta con-tra a discriminação e em busca demelhor educação e trabalho.

Falta ainda muito! Temos que termais mulheres na política, mais mu-lheres no judiciário, mais mulherescientistas, mais mulheres nas fábri-cas, mais mulheres nos sindicatos.Não podemos mais ser encaradascomo minoria.

Dia 8 é nosso dia! Parabéns a to-das nós, mulheres de todas as co-res, de todos os gostos, de todasas lutas, que trabalhamos em casa,nas ruas, nos escritórios, nas fábri-cas, nas instituições públicas, aju-dando com nosso esforço e nossacompetência a construir um Brasilmais justo e solidário!

Um abraço,Lígia Deslandes,

Trabalhadora e Presidente doSITRAMICO-RJ

universo da grande maioria e que é ur-gente desconstruir: a cultura colonialque forjou principalmente as emoçõesfemininas, os sentimentos e a identida-de da mulher no mundo social.

Durante muitos anos a mulher foieducada para casar, ser esposa emãe, ser frágil e obediente e fazertudo pelo seu marido e filhos. Nãopodia estudar muito! Não podia tra-balhar! Não podia ter uma carreira!Tinha que ser escrava do lar! Nossosistema de crenças sobre a vida foi

ciedade, onde vários direitos das mu-lheres passaram a ser respeitados.

É preciso também ter olhos paraver a expansão da capacidade damulher nos últimos tempos atravésda educação escolar e formal. Maismulheres que homens terminam osegundo grau e vão para as univer-sidades. Um fenômeno estatístico.Mas o que dizer da subjetividadefeminina? Das relações entre si ecom os outros?

Há algo que ainda paira sobre o

No próximo dia oito vão aconte-cer várias manifestações sobre o diada mulher! É inegável que tivemosmuitas conquistas. Temos que lem-brar que faz somente 80 anos quetivemos direito de votar e ser vota-das aqui no Brasil e que depois dis-so muito pouco havia sido feito noâmbito das políticas públicas desti-nadas às mulheres.

Foi somente na última década queo Governo Federal abriu brechas paraque mudanças acontecessem na so-

2 SITRAMICO-RJ

Bolsa de Estudos SINDICATO Encontro Quadrimestral eComissões de Acompanhamento

A FNT-BR entregou à empresa a pauta con-tendo todos os temas a serem discutidos no En-contro Quadrimestral de Acompanhamento doAcordo Coletivo e, ainda, durante as reuniõescom as Comissões. Entre os principais temas,destacamos:

Quadrimestral:

PLR 2012Adicional NoturnoTécnicos de ContabilidadeTerceirização na BRAdequação à NR20AMS e Programa de Assistência aos Aposen-tados (PASA)PPP – Conformidade LegalProgramas internos de ResponsabilidadeSocial e Ética

PLR 2012 – E a lenga-lenga continua...bre a quitação. Na reunião do Conselho Delibe-rativo da FUP, da qual participamos, foi decididaa rejeição à proposta e a realização de uma novareunião, no dia 07/03. No entanto, a Petrobras nãoconfirmou ainda este encontro. O SITRAMICO-RJconclama os trabalhadores da BR a se prepara-rem, pois tudo indica que teremos de lutar muitopara garantir uma PLR justa.

Este ano, ao iniciarmos os debates com aempresa, nos foi apresentado um adiantamento,que seria pago em janeiro, muito aquém do es-perado, que foi rejeitado de imediato.

Na última reunião sobre o assunto, a Petrobrasapresentou uma nova proposta para o Sistemaque, embora numericamente maior, não foi con-siderada suficiente e, pior, deixava dúvidas so-

O SITRAMICO-RJ informa que no período de1º a 20 de março estarão abertas as renovaçõesdas Bolsas de Estudo, conforme cláusula 21ª doACT. O Valor único a ser pago é de R$ 507,06.Para a renovação, é necessário:

Que o beneficiário não tenha repetido o ano; Comprovante de matrícula de 2013; Comprovante atual de residência; Não participar do Programa Jovem Universitário.As bolsas não renovadas serão redistribuí-

das em um novo processo de concessão. A do-cumentação deverá ser entregue aos seguin-tes diretores: Sendim -12° andar e Jane – 7º andar (EDIHB) Fábio (FIRJAN – 7° andar) Jairo (GEI ) Sidney (GARIO)Poderão ainda ser escaneados e enviados

para o sindicato aos cuidados da Sra Karla, e-mail: [email protected]

Técnicos de Contabilidade – O primeiro passoO SITRAMICO-RJ realizou, no dia 05/02,

o primeiro encontro com os Técnicos deContabilidade para discutir as questõespertinentes ao cargo e definir as ações queserão tomadas, conforme definido no en-contro. Foi feito um manifesto de insatisfa-ção que deverá ser assinado por todos ostrabalhadores técnicos de contabilidade daBR. Além disso, foi decidido também queos trabalhadores deverão registrar suas in-satisfações na Pesquisa de Clima da em-presa. Uma comissão foi criada para re-presentar os Técnicos de Contabilidade daBR com aprovação, inclusive, dos lotadosem outros Estados. Divulgaremos nos pró-ximos informativos as ações do Sindicatojunto aos trabalhadores.

3SITRAMICO-RJ

Mais um mês se passou e tudo como antes! Conheça na íntegra as de-núncias que recebemos sobre as obras. Encaminhamos o relato à ouvido-ria, que por sua vez afirmou que não há nada de irregular na obra da GEI. Nopróximo capítulo passaremos para vocês as respostas deles e nossos ques-

SITRAMICO-RJ APRESENTA:TEM JABUTI NA ÁRVORE!

UMA CRIAÇÃO: A.DIOLTHAParticipação Especial;

KEL$OTINHO e PATRICIO K7

Quem será punido?Serão todos promovidos?

Tire suas próprias conclusões a seguir...

tionamentos além das denúncias sobre contratações irregulares de envaseem terceiros e transporte.

Conheça a denúncia enviada para o Sindicato sobre as obras da GEI e tire suaspróprias conclusões:

(Parte II)

QUE ARVORE? CORTARAM TUDO!

constatações de irregularidades além destaspoderão ser feitas. Por outro lado, o que seobservou com a postura negligente do Presi-dente da BR com o intuito de abafar o caso,uma vez que quem está mandando mesmo daBR é o José Zonis. Para parar de chamar aatenção, e não delatar a participação de JoséZonis neste e em outros esquemas, talvez mui-to piores existentes na GSC, GLOG, GOP eGESMS, Celso Pinho ganhou como prêmio umanova Gerência Executiva de maior projeção,numa troca de cargo quase sigilosa, sem pre-cedentes na história da BR pela total falta dedivulgação aos empregados. Para trás CelsoPinho deixou um rastro de malfeitorias que podeser facilmente seguido e levará anos para serreparado. Quanto à apuração e constataçãodos citados ilícitos, basta haver a atuação pau-tada por comportamento ético da alta adminis-tração da BR.

Fique atento! Não perca opróximo episódio! E o mais

importante:

DENUNCIE AOSINDICATO!

de passando para cerca de R$900 mil. A Dire-toria não concordou e autorizou um aditivo detrês meses e a realização de nova licitação nesteprazo, chamando as mesmas empresas queparticiparam da licitação original. O esperado éque esta licitação seja novamente viciada, fa-vorecendo nova contratação da ATNAS quehoje possui um contingente de mais de 25 pes-soas na GEI, muito mais do que uma fiscaliza-ção de obra deste porte necessita. O valormensal estimado para a nova contratação tam-bém é um total absurdo considerando-se a na-tureza do empreendimento. Além disto há trêsfuncionários da empresa de consultoria AC-CENTURE que foram incluídos por Celso Pi-nho para serem pagos na verba do contratocom a ATNAS a um custo de R$ 160 mil/mês.Um deles está diariamente presente, um apa-rece esporadicamente durante o mês e o ter-ceiro trata-se de um “fantasma” nunca visto naGEI. Ninguém sabe o que estes dois últimosfazem. RESUMO: A função da ATNAS é atestara execução do serviço feito (ou não feito) pelaSKANSKA, esquentando os pagamentos a se-rem liberados pela BR em favor desta última.Tudo indica que o funcionário “fantasma” sejaagenciador e coletor do dinheiro desviado;

Caso haja trabalho de Comissão Discipli-nar de Averiguação tendo por objetivo avaliara gestão de Celso Pinho na GEI, muitas outras

de firmar acordos de contrapartida com aSKANSKA, que deixará de fazer grande quan-tidade de itens contratados e com isto lhe serádado um aditivo inferior aos R$ 60 milhões plei-teados inicialmente. RESUMO: Uma obra quefoi originalmente avaliada em R$ 80 milhõespassou para R$ 158 milhões e, ao final, devealcançar os R$ 180 milhões. A SKANKA deixa-rá trás, sem execução, uma grande quantida-de de serviços que faziam parte do escopo dalicitação que esta venceu;

2) Empresa ATNAS – Um dos dois sóci-os desta empresa é Marco Antônio da RochaTristão, ex-chefe de José Zonis e que saiu daPetrobras para fugir de resultado de averigua-ção de desvio de recursos de obras que pro-vavelmente resultaria em sua demissão por justacausa. A ATNAS participou de licitação viciadana BR, sendo contratada para a fiscalizaçãodas obras geridas pela SKANSKA. Recebeuuma média mensal de R$700 mil, sem traba-lhar no escopo de sua contratação, para fisca-lizar uma obra que só começou 8 meses de-pois do início de seu contrato. Mesmo com osaldo contratual zerado, Celso Pinho tentoupropor à Diretoria da BR a manutenção dacontratação da ATNAS até a conclusão da obra,o que representaria um aditivo de 60% emrelação à previsão original, com a mensalida-

1) Empresa SKANSKA – Participou emlicitação viciada e superfaturada para condu-ção de empreendimento de ampliação e mo-dernização da fábrica de lubrificantes da BR.Atua subcontratando outras empresas que de-têm a expertise nos equipamentos, sistemas eobras para as especialidades que a empreita-da necessita. O plano original antes da chega-da de Celso Pinho era de contratação por lici-tação das empresas especializadas em cadasegmento (projeto básico/ executivo, estruturade armazenagem, equipamentos de mistura eenvase, montagem mecânica, obras civis, etc),o que representaria valor total na faixa de R$80milhões. Com a nova filosofia de contratação aestimativa passou para a faixa de R$140 mi-lhões. A empresa SKANSKA fez a melhor pro-posta e foi contratada por R$158 milhões, apósnegociação, depois de ajuste informal de esco-po (para menos) em relação ao que foi licitado.A SKANSKA foi contratada para uma coisa eestá fazendo outra, o que por mudança de es-copo já é uma burla à licitação realizada. Plei-teia aditivo na faixa de R$60 milhões, justificadopor acordos informais firmados com Celso Pi-nho, para conclusão da obra. Esta obra foi re-tirada da gestão da GEI e passada para a áreacorporativa de engenharia da BR, que estátrabalhando para esconder rombo sob coor-denação direta de José Zonis. O objetivo é o

ESQUEMAS DE CORRUPÇÃO MONTADOS POR CELSO ROBERTO DEAGUILLAR PINHO COM O AVAL E PROTEÇÃO DE JOSÉ ZONIS

4 SITRAMICO-RJ

Prezados (as) Companheiros (as),

Chegamos ao segundo turno das elei-ções para representante dos emprega-dos no C.A. Agora, ou vai ou racha! Outeremos um representante de peso nasdecisões do Conselho, pessoa essa quejá conhece o que se passa por lá e sabedos problemas a serem enfrentados, quevem há anos, sem descanso, se dedican-do a defender os interesses dos traba-lhadores da BR, que é o atual Conselhei-ro SERGIO VIEIRA. Ou teremos alguémreconhecidamente preferida pela direçãoda empresa, que vem fazendo sua cam-panha de forma escandalosa em todoBrasil, candidata essa que em todos es-ses anos, jamais contribuiu com qualqueresforço para defender os (as) emprega-dos (as) e lutar por seus direitos.

Me digam, quem é a outra candidata?Que foi que ela fez esse tempo todo pelos(as) trabalhadores (as) da BR? E que de-magogia é essa de que vai doar para ins-tituições de caridade toda a remuneraçãoque ganhar pelo trabalho no Conselho? O

O SITRAMICO-RJ apóia Sergio Vieira no CA da BRDistribuidora! Vote e divulgue! As eleições serão

do dia 23 de fevereiro ao dia 3 de março.

que isso tem haver com essa função de re-presentante dos empregados? Que propos-tas ela tem? Por que fugiu do debate com ocandidato Sergio Vieira? Do que ela temmedo? Onde ela estava nos momentos emque tivemos que lutar por plano de cargos esalários, PLR, isonomia com a Petrobras,entre tantas outras coisas em que ela nuncaesteve presente? Nunca se interessou pornenhum dos problemas dos (as) trabalhado-res (as) da BR! Se fosse por ela, a lei quepermite um representante dos trabalhadoresno C.A. nunca teria sido aprovada em 2011,pelo Presidente Lula! Essa foi uma luta inten-sa realizada pelo movimento sindical!

Nós, do sindicato, sabemos o quanto vemsendo duro lutar por igualdade de gênero eraça nas empresas estatais todos essesanos. Sabemos o quanto tem sido difícil pro-teger os (as) trabalhadores (as) contra o abu-so de chefias e de gerências! Combater as-sédio moral e sexual não tem sido fácil, mas,foi por causa dessas lutas que o sindicato eseus representantes vêm travando ao longodos anos, que a BR teve algum progressonesses temas. E essa senhora, onde estava

quando tudo isso estava acontecendo?Para estar no C.A. é necessário mui-

to mais do que ter boas idéias. Tem queter compromisso, capacidade política, ar-ticulação com outras forças que estãocandidatos também em outras empresasestatais para termos coesão e unidadeno trabalho a ser desenvolvido.

SERGIO VIEIRA sempre esteve aonosso lado! Sempre lutou junto conosco!Ele não promete doar sua remuneraçãopara caridade, de forma hipócrita e de-magógica, mas, compromete-se a utili-zar 20% da remuneração para criação deum fundo a ser usado na organização defóruns de debate com os empregados(as) sobre assuntos pertinentes à repre-sentação no C.A. em todo o Brasil.

Essa e outras razões me fazem apoi-ar diretamente SERGIO VIEIRA para oConselho de Administração da BR.

Saudações,

Ligia Arneiro Teixeira DeslandesPresidente do SITRAMICO-RJ

Carta Aberta aos Trabalhadores da BR

Assédio é coisa séria, BR!Após a nossa matéria sobre Assédio, pu-

blicada na edição Especial do mês passa-do, tivemos várias denúncias de trabalhado-res que sofrem algum tipo de coerção naempresa. Os casos foram encaminhados aonosso Departamento Jurídico para análise.Precisamos de ações efetivas de combate!

Como serão os treinamentos que prepa-ram seus gestores e supervisores? Intensi-vão para transgressores e repressores?

Envie sua denúncia para:[email protected]