ESPECIAL Educação - Estudar Fora: Você, pelo mundo! · NOSSA PROPOSTA. especial educação 3 ......

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ESPECIAL Educação

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ES PEC IAL

Educação

especial educação 2

Este especial foi idealizado e realizado graças a uma parceria entre a

Fundação Lemann e a Fundação Estudar, com o intuito de incentivar

a especialização de brasileiros e estrangeiros em uma das áreas mais

cruciais para a transformação social no Brasil: a Educação.

A Fundação Lemann é uma organização familiar privada, fundada pelo

empresário brasileiro Jorge Paulo Lemann em 2002, e seu trabalho é

voltado para a melhoria da qualidade da educação no Brasil, com foco

em garantir o aprendizado dos alunos.

Em parceria com universidades de excelência como Harvard, Stanford,

Columbia, Illinois, University of California, Yale e Oxford, ela investe em

talentos comprometidos com o Brasil, por meio de bolsas de estudos

nas áreas de Educação, Gestão Pública e Saúde Pública.

A Fundação Estudar, instituição sem fins lucrativos criada em 1991, investe

na formação de jovens de alto potencial por meio de oportunidades de

acesso aos estudos e à carreira. Ela aposta na transformação por meio do

conhecimento, gerando um efeito multiplicador.

Para incentivar o aumento do número de brasileiros nas melhores

universidades do mundo, a Estudar apoia o jovem com informação,

orientação, preparação e bolsas de estudos. Desde a sua criação,

seleciona os jovens mais brilhantes do país, que sonham em deixar um

legado no país, oferecendo bolsa de estudos por mérito para cursarem

as melhores escolas do Brasil e do mundo. Eles devem apresentar

excelência acadêmica e querer deixar um grande legado para o país.

NOSSA PROPOSTA

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Ter um mestrado nunca foi um diferencial tão

grande para quem trabalha ou quer trabalhar na

área de educação no Brasil como é agora. Na busca

por profissionais cada vez mais ativos e qualificados,

muitas instituições públicas e privadas já valorizam

—e muito— o título de mestre, seja para professores,

pedagogos, recursos humanos, gestores ou

pesquisadores.

No município do Rio de Janeiro, por exemplo, a

prefeitura lançou em 2012 o programa Líderes

Cariocas, que busca identificar talentos e qualificar

os funcionários para que possam assumir cargos

de liderança na administração pública, inclusive

vindos da área de educação. Aos selecionados, são

oferecidas oportunidades de estudo em instituições

internacionais como Harvard e Columbia. De um

lado, o governo espera que os profissionais voltem

com ideias inovadoras e mais motivados a contribuir

para a transformação da sua cidade. De outro, garante

salários mais altos e competitivos.

A própria Secretaria Municipal de Educação do Rio

de Janeiro (sme) tem uma série de iniciativas para

incentivar a qualificação de seus funcionários. Todo

ano, oferece um programa de bolsas de estudo para

mestrado e doutorado a professores que tenham um

carreira

POR QUE FAZER UMA PÓSEM EDUCAÇÃO?Mercados público e privado valorizam cada vez mais a qualificação dos profissionais

foco de estudo voltado para a sua área de atuação.

“Após o curso, os funcionários passam por um

processo de enquadramento em que podem subir

de cargo e receber um aumento”, conta Maria de

Fátima Gonçalves da Cunha, assistente da gerência de

formação continuada da sme.

e no setor privado?

Enquanto as empresas privadas da área de educação,

em um passado próximo, costumavam ser mais

familiares, baseadas na filantropia e com tímidas

ambições de crescimento no mercado, percebe-se uma

expansão ambiciosa de grupos mais profissionalizados,

com capital aberto e ligados a fundos internacionais

de investimentos. É o caso da Kroton, uma das

maiores redes de ensino privadas do Brasil, com

45 anos de atuação.

O vice-presidente de operações Igor Lima, conta

que, há alguns anos, não era fácil atrair talentos

— especialmente do setor da indústria, que é mais

maduro — para trabalhar com educação. Hoje,

já é possível combinar pessoas com backgrounds

variados. “Um mestrado fora garante uma bagagem

diferenciada e inovadora ao brasileiro. O setor

educacional está de olho nisso, pois tem grande

interesse na qualificação dos seus profissionais.”

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perfil

EM HARVARDPARA MUDARO BRASILNos eua, Teresa Pontual aprofundou seus conhecimentos metodológicos em avaliação

A carioca Teresa Pontual tinha 14 anos quando se

mudou para os Estados Unidos, com sua família.

Seu sonho era ser bailarina, mas acabou desistindo

desse projeto e se formando em Ciências Políticas

no Swarthmore College, na Pensilvânia. Ficou um

tempo estagiando no Centro de Estudos Brasileiros

de Columbia, na School of International and Public

Affairs (sipa), em Nova York, e lá se aprofundou sobre

a situação do Brasil, depois de nove anos morando

fora. Começou, então, a se interessar por assuntos

ligados à educação. “Decidi que queria trabalhar com

algo que ajudasse a melhorar a desigualdade social

no meu país”, conta.

Foi nesse contexto que recebeu uma proposta

para trabalhar com uma vereadora no Rio

de Janeiro, cuidando de duas bandeiras:

a educação infantil e o planejamento

familiar. Durante sua passagem

pela Câmara, entendeu melhor, na

prática, os desafios da educação

no Brasil. A fim de se preparar

para lidar com os números

e desempenhos, começou a

buscar cursos de especialização

na área, até que conheceu Rafael

Martinez, que na época era secretário de Educação de

Resende (rj) e palestrava sobre qualidade de ensino.

“Ele tinha feito mestrado em Política Educacional

Internacional em Harvard. Logo imaginei que seguiria

seus passos.”

Um fator que pesou na sua escolha foi o foco

do mestrado ser menos acadêmico, mais

profissionalizante e voltado para o mercado latino-

americano. Em Harvard, adquiriu conhecimentos

metodológicos muito úteis a seus trabalhos futuros,

como subsecretária de Gestão na Secretaria de

Estado de Educação do Rio e gerente de projetos na

Secretaria Municipal de Educação da cidade. Desde

janeiro deste ano, ela passou a integrar a Secretaria

Municipal de Educação de Salvador.

Atualmente, Teresa fica contente em observar o

crescimento no Brasil e no mundo das oportunidades

de trabalho ligadas a encontrar soluções para

diferentes questões ligadas à educação. Porém,

lamenta que grande parte dessas pessoas acabe indo

para o setor privado. “Sinto falta de mais pessoas

qualificadas no setor público, que também precisa de

gente boa para funcionar melhor”, completa.

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Pense num estereótipo que represente um profissional

de educação. Provavelmente seria uma senhora,

idealista, sem grandes ambições, funcionária pública

e com um salário módico, certo? Errado. Claro que

ainda há pessoas com um perfil parecido com esse

que fazem parte do setor, assim como em tantos

outros. Mas não se engane: há cada vez mais jovens,

empreeendedores e com formações diversas — como

finanças, engenharia, design

e tecnologia — que desejam

seguir carreira na área, e não

necessariamente no setor público.

Existe espaço para trabalhar

em corporações privadas, áreas

estratégicas e também com

empreendedorismo.

Thomas Rock, do admissions office

do Teachers College, Columbia

University, conta que a escola vem

atraindo um perfil diferente de

estudantes nos últimos anos, como

jovens profissionais e pessoas que querem mudar de

carreira. “Diferentemente de alguns anos atrás, muitos

deles são homens, vêm do setor privado e querem

começar a trabalhar com algo que lhes faça sentir

bem. A educação é uma área muito gratificante, pois

torna possível fazer uma diferença evidente na vida

de outras pessoas e ter um impacto na sociedade.”

carreira

O NOVO PERFIL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃOJovens, empreendedores e com formações diversas se interessam cada vez mais pelo setor

Muitas pessoas que fizeram sua graduação em outras

áreas também estão se despertando para pensar

em formas de melhorar a educação no Brasil. Igor

Lima, por exemplo, que hoje é vice-presidente de

operações do grupo de ensino Kroton — o maior

grupo educacional do mundo em número de alunos

—, não imaginava trabalhar com educação. Formou-

se engenheiro no ita, em 2003, e foi consultor da

McKinsey por vários anos.

Já Tonia Casarin, que se formou

em Administração de Empresas

pela puc-Rio e trabalhou tanto

no governo quanto em empresas

privadas, atualmente estuda no

Teachers College e colabora para

a plataforma Formigueiro, que

promove crowdfunding para projetos

de educação de baixo custo e

rápida implementação, mas que

não conseguem sair do papel.

“Esses jovens trazem uma ótica diferenciada para

os nossos atuais professores e gestores. Tecnologia e

empreendedorismo despertam neles um olhar mais

crítico e analítico sobre as formas de aprendizado. Já

não basta apenas transferir aos alunos um conteúdo

curricular massificado”, diz Márcia Regina Bartels,

consultora educacional da ftd Sistema de Ensino.

“HOJE, MUITOS DELESSÃO HOMENS, VÊM DO

SETOR PRIVADO EQUEREM COMEÇAR A

TRABALHAR COM ALGO QUE LHES FAÇA

SENTIR BEM”

entrevista

OS DESAFIOS DE SE CRIAR UMA Fundador da Geekie conta sua trajetória e dá dicas para futuros empreendedores

Claudio Sassaki se formou em

Arquitetura e Urbanismo na usp.

Trabalhou por dois anos com

consultoria na área e depois

foi para Stanford, nos Estados

Unidos, fazer o chamado joint

degree — em que o aluno cursa

paralelamente um mba e um

mestrado em Educação. Após

terminar o curso, passou cinco

anos morando em Nova York

e trabalhando em instituições

financeiras. Voltou para o Brasil

em 2007, já como vice-presidente

do banco de investimentos Credit

Suisse, depois assumiu o mesmo

cargo no Goldman Sachs. Também

foi diretor financeiro da empresa

Petra Energia.

Mesmo com uma carreira

tão promissora no

mercado financeiro,

Claudio decidiu, em

2011, largar tudo e

começar um negócio

próprio totalmente do

zero. Seu objetivo era

lançar uma start-up

Ao lado de uma equipe

excepcional, fundou então a

Geekie, empresa que oferece uma

plataforma baseada no conceito

de aprendizado adaptativo.

Através de testes de múltipla

escolha e de forma personalizada,

o software consegue apontar

quais conteúdos um aluno não

aprendeu corretamente e sugerir

os tópicos que precisam ser mais

bem trabalhados.

Assim, é possível identificar os

pontos fortes e dificuldades do

estudante, e essas informações

também são divididas com

os professores e as escolas.

Isso permite que ele aprenda

os conteúdos de forma

mais eficiente e

adequada às suas

características e

necessidades.

Confira a

seguir uma

entrevista

com Claudio

Sassaki.

que customizasse o processo de

ensino-aprendizagem por meio

de tecnologias inovadoras — a

partir do diagnóstico de que os

estudantes de uma mesma classe

não aprendem da mesma forma.

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Como foi abrir mão de um bom cargo e salário para

apostar num projeto?

Não foi uma decisão fácil, pois ela influenciaria todos

os aspectos da minha vida. Abriria mão de todas

as minhas conquistas até então para começar um

negócio totalmente do zero, com capital próprio,

contando com riscos e incertezas. A ideia precisou

passar por um longo processo de amadurecimento.

Qual foi o primeiro desafio que enfrentou?

O primeiro desafio foi definir qual seria o time que

embarcaria nessa jornada comigo, pessoas dispostas

a encarar esse desafio. Precisava atrair pessoas boas

e ao mesmo tempo com um perfil alinhado ao core

business da empresa: a tecnologia. Conseguimos

formar um grupo diversificado de profissionais da

área de engenharia e produtos, além de professores e

pedagogos.

De que forma a pós em Stanford foi importante

para a sua formação?

Estudar negócios e educação paralelamente me

possibilitou ter acesso a visões complementares a

cada uma das áreas. Além disso, o Vale do Silício, onde

está localizada a faculdade, tem uma pegada muito

forte de tecnologia. Tive a sorte de ficar por dentro

de tudo o que estava acontecendo de novo naquele

momento. Poucas escolas no mundo possuem uma

combinação tão forte entre educação e inovação.

As escolas brasileiras têm se mostrado abertas para

receber os produtos da Geekie?

As instituições estão entendendo aos poucos a

nossa proposta. Não é tão fácil mostrar o valor de

um produto como o nosso, de inovação. O mercado

está num processo de amadurecimento, enxergando

cada vez mais a tecnologia como uma ferramenta

poderosa para o aluno, o professor e o gestor. Mas é

um caminho lento. Quem entrar nesse setor achando

que vai revolucionar corre o risco de quebrar a cara.

Ainda assim, é possível tornar uma start-up de

educação sustentável?

Sim, mas para isso é preciso contar com uma equipe

muito bem preparada, ser ágil para adaptar seus

produtos ao mercado e ter um plano de negócios

consistente. Tudo isso aumenta suas chances de

conseguir o apoio de investidores alinhados a seus

valores e estratégias.

Quais características você diria que são essenciais

em um empreendedor?

É preciso ter resiliência emocional e física

para aguentar os altos e baixos que a vida de

empreendedor traz e capacidade de estar cercado por

pessoas melhores do que você. Também é necessário

ter em mente que, apesar de o seu objetivo ser ter

um impacto social, não existe sonho que dure se não

for sustentável financeiramente.

START-UP DE EDUCAÇÃO

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cursos

AS METODOLOGIAS DOS MESTRADOS EM EDUCAÇÃOEntenda quais são as principais diferenças entre se fazer uma pós no Brasil ou no exterior

Algumas perguntas devem ser

respondidas logo que você decide

fazer uma pós em Educação: qual

é o seu objetivo com o curso – ou

qual carreira você quer seguir

depois? A ideia é desenvolver

uma tese que responda a

um problema específico? Na

verdade, o que você quer é se

profissionalizar? Ao invés de

apresentar uma monografia

no fim do curso, seria mais

Os mestrados em Educação são acadêmicos

A duração do curso costuma ser de dois anos

Os alunos precisam apresentar uma

dissertação no fim do curso

Os créditos a serem cumpridos não ocupam

tanto tempo dos alunos, que devem priorizar

sua tese

As faculdades brasileiras não abrem muito

espaço para estudantes de outras áreas

transitarem por disciplinas específicas

A educação ainda é vista de maneira restrita

às salas de aula

Há mestrados acadêmicos e profissionalizantes

A duração do curso varia entre um e dois anos

Os alunos podem apresentar um produto no

fim do curso, no lugar da tradicional tese

Os cursos são focados em disciplinas,

contendo programas mais sólidos de

metodologia de pesquisa

As faculdades estrangeiras valorizam o

trânsito de alunos de diferentes backgrounds

pelas disciplinas de outras áreas

A educação é vista como uma atividade

abrangente e empreendedora

interessante desenvolver um

produto real?

No Brasil, os mestrados

são acadêmicos e têm uma

estrutura rígida. No fim do curso,

inevitavelmente você vai precisar

apresentar uma dissertação

específica, desenvolvida ao longo

de dois anos. Esse formato é ideal

para quem quer seguir carreira

acadêmica ou subir de cargo

no setor público, mas é pouco

valorizado no mercado de trabalho.

“Se você procura um ambiente

fértil, criativo, multicultural,

interdisciplinar e com condições

propícias para a inovação, estudar

fora é uma excelente opção”,

diz Paula Louzano, doutora em

Educação pela Universidade

de Harvard e consultora da

Fundação Lemann.

BRASIL × EUA E EUROPA

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cursos

QUAL ESCOLA TEM A MELHOR PÓS EM EDUCAÇÃO?Perfis de escolas e cursos têm diferenças que devem ser levadas em conta na escolha

Um bom ponto de partida para escolher qualquer curso

no exterior é pesquisar quais faculdades estão entre as

melhores do mundo nos rankings internacionais. No

caso das escolas de pós em Educação, a classificação

varia de acordo com a área de estudo: políticas

educacionais, gestão, psicologia, artes etc.

A u.s. News, por exemplo, – além de classificar as

melhores escolas de uma forma geral (veja o ranking

ao lado),– considera essas diferentes áreas na hora

de montar o seu ranking: a Stanford Graduate

School of Education lidera a lista dos mais fortes

programas de política educacional, por exemplo,

seguida pela Harvard Graduate School of Education.

Já em psicologia educacional, a uw-Madison School of

Education sai na frente.

Cada escola tem o seu ponto forte, e é preciso

entender como cada uma funciona, checar se ela de

fato tem um programa sólido na sua área de interesse

e consultar sua reputação nessa área específica. A

localização da faculdade também influencia muito na

experiência do aluno.

Na Teachers College, Columbia University, por

exemplo, localizada em Nova York, os arredores da

escola funcionam como uma extensão do campus.

“Nossos cursos integram teoria e prática no ensino.

Os alunos precisam aprender teorias e conceitos, mas

nosso objetivo é ajudá-los a colocá-los em prática no

mundo real. Usamos nyc e seus arredores como um

laboratório de aprendizado”, afirma Thomas Rock, do

admissions office da escola.

1. peabody college of education and

human development, vanderbilt

university Nashville, Tennessee

2. johns hopkins university school of

education Baltimore, Maryland

3. harvard graduate school of

education Cambridge, Massachusetts

4. the college of education, university

of texas-austin Austin, Texas

5. stanford graduate school of

education Stanford, California

6. teachers college, columbia university

Nova York, Nova York

MELHORES ESCOLASDE EDUCAÇÃO | 2O14

Também é interessante conhecer aquelas faculdades

que oferecem bolsas para brasileiros ou que têm

parceria com algum instituto que ofereça. A Fundação

Lemann, por exemplo, oferece bolsas para alunos

admitidos na Stanford Graduate School of Education,

Harvard Graduate School of Education e Teachers

College, Columbia University.

*Uma nova classificação é feita a cada ano pela u.s.

News, verifique a mais recente.

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“Durante o curso, tive a

oportunidade de criar produtos,

como o Dr. Wagon – um método

de ensino de programação para

crianças, juntamente com a

americana Megan Chiou e o indiano

Kunal Chawla. Também desenvolvi

outro projeto com um suíço e um

israelense. Essa pluralidade é muito

rica. A ldt não tem um perfil rígido

de alunos, até porque envolve três

áreas bem diferentes: educação,

design e tecnologia. Meus colegas

tinham uma bagagem acadêmica

completamente diferente

da minha.”

“Ser aluna de Harvard significa

ter acesso a um laboratório de

inovação, palestras de altíssimo

nível, professores referência em

suas áreas e centros de pesquisa

de ponta nos mais variados temas.

Apesar do rigor acadêmico da

hgse, o ambiente é cooperativo, e

o apoio para que cada aluno tenha

sucesso é fantástico. A escola é

relativamente pequena, assim

como cada programa acadêmico,

o que permite a interação elevada

com professores e conselheiros,

assim como um convívio intenso

com os colegas.”

“Como queria me especializar

em coaching e consultoria a

jovens adolescentes, busquei um

programa específico nessa área e

que tivesse bastante flexibilidade.

Em Columbia, é possível que o

aluno monte seu próprio currículo,

direcione seus interesses e

escolha suas linhas de estudo.

Além disso, o perfil dos alunos é

variado, do setor público e privado.

A faculdade ainda tem muitas

atividades extracurriculares —

como palestras, discussões, mesas

redondas — e incentiva o aluno a

fazer estágios ao longo do curso.”

Alfredo Sandesprograma Learning, Design and

Technology

escola Stanford Graduate School

of Education

Anita Gurgelprograma International

Education Policy

escola Harvard Graduate School

of Education

Tonia Casarinprograma Adult Learning and

Leadership

escola Teachers College,

Columbia University

cursos

O QUE OS ALUNOS DIZEMConfira depoimentos de bolsistas do programa de bolsas da Fundação Lemann e o que consideram ser um diferencial na faculdade que escolheram para estudar fora

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Fundada em 1920, a Harvard

Graduate School of Education

(hgse) fica na cidade de

Cambridge, no estado de

Massachusetts. Ao longo dos anos,

a escola foi se tornando cada

vez mais focada em inovação.

universidades

HARVARD GRADUATE SCHOOL OF EDUCATIONEscola aposta em abordagem multidisciplinar e promove interação dos alunos com outras faculdades

A escola publica uma revista

bimestral que traz pesquisas

inovadoras em educação,

discutidas também em fóruns

online, e indica os livros

lançados pela editora Harvard

Education Press.

O cofundador do Twitter Dom

Sagolla foi aluno da Harvard

Graduate School of Education.

15 PROGRAMAS13 de mestrado

e 2 de doutorado

Na última década, começou a

apostar ainda numa abordagem

multidisciplinar, promovendo

a interação dos seus alunos

com outras faculdades, como a

Harvard John F. Kennedy School of

Government, a Harvard Business

School e até o Massachusetts

Institute of Technology (mit).

A escola forma profissionais

para trabalhar não apenas em

instituições de ensino do mundo

todo, como professores e gestores,

mas também para fazer parte da

equipe de empresas tecnológicas

e organizações internacionais. A

hgse se propõe ainda a examinar

as mudanças na economia e seus

efeitos na Educação, além de

ampliar ações empreendedoras,

extrapolando as fronteiras do setor.

9OO ALUNOS16% são estrangeiros,

vindos de 35 países.

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universidades

STANFORD GRADUATE SCHOOL OF EDUCATIONEscola de educação oferece cursos de mestrado para quem quer aprender teoria, prática e até negócios associados à área

Em 1891 nascia em Stanford um

embrião do que se transformaria

décadas depois em uma das

melhores escolas de pós em

educação dos Estados Unidos.

Localizada no coração do Vale do

Silício, na Califórnia — região que

concentra algumas das maiores

empresas de tecnologia do mundo

—, a Stanford Graduate School of

Education tem hoje como foco a

inovação. A faculdade também

possui fortes laços com a América

Latina e o Brasil, em especial.

Em 2012, foi inaugurado o

Lemann Center for Educational

Entrepreneurship and Innovation

in Brazil (Centro Lemann para

Empreendedorismo e Inovação

na Educação Brasileira): uma

parceria entre a Stanford Graduate

School of Education e a Fundação

Lemann, organização sem fins

lucrativos, que tem como objetivo

melhorar a qualidade da educação

pública no Brasil. O Centro busca

apoiar a formação de professores

e pesquisadores em políticas

educacionais para atuar no país.

1O PROGRAMASde mestrado, além de doutorados

e outros cursos

4OO ALUNOSmuitos deles são estrangeiros,

inclusive brasileiros

Em 1916, o psicólogo

americano Lewis Terman,

pioneiro no ensino de

psicologia educacional na sgse,

criou a Escala Stanford-Binet,

usada até hoje para medir

o quociente de inteligência

(qi). O padrão só pode ser

desenvolvido graças ao

trabalho prévio do pedagogo e

psicólogo francês Alfred Binet.

especial educação 13

universidades

TEACHERS COLLEGE, COLUMBIA UNIVERSITYConheça a mais antiga escola de pós-graduação em Educação dos Estados Unidos

Localizado em Nova York, o

Teachers College, Columbia

University, é a mais antiga escola

de pós-graduação em Educação

dos Estados Unidos. Ela foi

fundada por Grace Hoadley Dodge,

em 1887, para funcionar como

um centro de treinamento para

5.2OO ALUNOS18% são estrangeiros,

vindos de 80 países.

1OO PROGRAMASentre mestrados, doutorados

e cursos livres

professores, mas, com o passar dos

anos, teve sua missão ampliada.

Com expertise em políticas públicas

em educação, hoje a faculdade

busca preparar educadores para

coordenar iniciativas educacionais,

psicológicas, comportamentais,

de saúde e tecnológicas, a fim de

garantir aprendizagem em todas

as idades e classes sociais.

Entre as prioridades da escola

estão o incentivo a pesquisas, o

debate sobre políticas públicas em

educação e a preparação de uma

nova geração de líderes.

Uma das criadoras da canção

que originou a popular Happy

Birthday to You foi Patty Smith

Hill, parte da equipe do

Teachers College.

Desde 2012, a escola promove

o ted × Teachers College, em

que se aproveita da proposta

do evento, conhecido

internacionalmente, para

encorajar estudantes,

professores e membros da

faculdade a dividir suas

ideias com a sociedade,

promovendo novas

discussões e conexões.

especial educação 14

admissão

COMO SE PREPARAR PARAESTUDAR NO EXTERIOREntenda os processos de application e os diferenciais para o candidato estrangeiro

A preparação para qualquer processo de seleção para

mestrados de excelência no exterior deve começar

com certa antecedência em relação ao prazo final do

application. No caso dos cursos de pós em Educação

nos Estados Unidos, os deadlines das principais

faculdades vão de dezembro até meados de janeiro.

O QUE É NECESSÁRIOPARA A SUA CANDIDATURA?

falar inglês

fluentemente

O toefl é o principal

certificado que comprova

a proficiência do

candidato na língua

inglesa. Em algumas

faculdades, outros testes

também são aceitos,

como o ielts.

escrever uma

apresentação

convincente

As faculdades exigem que

os candidatos preparem

um statement of purpose,

em que devem discorrer

sobre sua trajetória e a

importância do mestrado

para seu futuro.

conseguir boas

recomendações

Duas ou três cartas

de recomendação

fazem parte da lista de

requisitos. O ideal é que

pessoas que realmente

conviveram com você por

um tempo validem suas

conquistas.

ter notas altas e um

currículo interessante

Nos Estados Unidos,

ter boas notas pesa

muito mais do que no

Brasil. Porém, é possível

justificar notas baixas

com o envolvimento

em projetos

extracurriculares.

comprovar sua aptidão

acadêmica

O gre indica se o

candidato conseguirá

acompanhar o mestrado.

A pontuação não

garante sua vaga, mas é

classificatória. Algumas

escolas também aceitam

o gmat.

Uma pesquisa profunda sobre a faculdade e o curso

desejado deve ser parte importante da preparação.

Uma boa dica é entrar em contato com admissions

officers, ex-alunos e professores para entender melhor

suas linhas de pesquisa. Se possível, marque um

encontro presencial e visite o campus ver in loco como

ele funciona.

especial educação 15

CANDIDATE-SE!

PROGRAMA DE BOLSASDA FUNDAÇÃO ESTUDAR

Se você é brasileiro, tem entre 16 e 34 anos e

está matriculado ou em processo de aceitação

em uma universidade do Brasil ou do exterior,

participe do processo seletivo para fazer parte de

uma comunidade de líderes e futuros líderes de

diferentes áreas de atuação.

O processo—para intercâmbio, graduação ou pós-

graduação—é composto por oito etapas.

As pré-inscrições começam em outubro, e a

entrevista final ocorre em junho do ano seguinte.

Além da bolsa, os selecionados contam com

acompanhamento acadêmico e profissional.

LEMANNFELLOWSHIP

Se você já possui uma graduação em qualquer área e

gostaria de solucionar alguns dos desafios que o Brasil

enfrenta, candidate-se ao programa de bolsas da

Fundação Lemann.

Os Lemann Fellows são profissionais e pesquisadores

de alto desempenho acadêmico que se destacam

por seu compromisso com o Brasil. Além da bolsa,

eles recebem apoio para desenvolver sua carreira no

retorno ao país.

Para se candidatar ao Lemann Fellowship é preciso

primeiro ser admitido em uma das escolas que

participam do programa, cumprindo o processo

regular de candidatura.

Conheça os programas de bolsas e desenvolvimentode talentos da Fundação Estudar e Fundação Lemann

expediente | equipe estudar

textos Cecília Araújo

edição Giana Andonini

projeto gráfico Danilo de Paulo

fotos Shutterstock | Divulgação | Arquivos pessoais

ilustração de capa Berkay Sargın, disponibilizado em The Noun Project

mais informações estudarfora.org.br

Esta publicação foi composta com as fontes PMN Caecilia e Dosis.