Especial pos graduacao
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São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 2014www.dcomercio.com.br
Jornal do empreendedor
Governo de olho noscursos de especialização
O Conselho Nacional de Educação prepara um marco regulatório para os cursoslato sensu, com o objetivo de dar segurança aos estudantes
Carlos Ossamu
Atradução da expres-
são em lat im lato
sensu é “sentido am-
p l o”, em oposição a
stricto sensu (sentido restri-
to). No âmbito da educação,
lato sensu são os cursos de es-
pecialização, incluindo o MBA
(Master Business Administra-
tion), que são cursos de pós-
graduação na área de Admi-
nistração. De acordo com o Mi-
nistério da Educação (MEC),
os cursos lato sensu só podem
ser oferecidos por instituições
de ensino superior credencia-
das e nas áreas em que ela
possui competência, expe-
riência e capacidade instala-
da. A instituição credenciada
deve ser diretamente respon-
sável pelo curso (projeto pe-
dagógico, corpo docente, me-
todologia etc.), não podendo
se limitar a chancelar ou vali-
dar os certificados emitidos
por terceiros nem delegar es-
sa atribuição a outra entidade
(escritórios, cursinhos, orga-
nizações diversas). O MEC dei-
xa claro que não existe a pos-
sibilidade de terceirização da
responsabilidade e compe-
tência acadêmica.
Observados esses critérios,
os cursos de especialização
em nível de pós-graduação in-
dependem de autorização, re-
conhecimento e renovação do
reconhecimento, como ocor-
rem nos cursos stricto sensu
(Mestrado, Mestrado Profis-
sional e Doutorado). Segundo
o ministério, isso garante
manter as características de
flexibilidade, dinamicidade e
agilidade. Porém, o Conselho
Nacional de Educação (CNE)
está preparando um marco
regulatório para os cursos
lato sensu, com o objetivo
de dar maior segurança
para os estudantes e ofe-
recer um mínimo de quali-
dade. Uma comissão traba-
lha há quase um ano neste
marco regulatório, que ainda
passará por audiência pública
antes de ser aprovado pelo
MEC.
A primeira iniciativa será a
criação de um cadastro nacio-
nal dos cursos de especializa-
ção. Além disso, a instituição
de ensino superior responsá-
vel pelo curso deverá ter nota
igual ou maior a 4 nas avalia-
ções do MEC (as notas variam
de 1 a 5) para abrir um curso de
especialização. As institui-
ções deverão ter cursos de
graduação reconhecidos pelo
MEC e não apenas autoriza-
dos. Para serem reconhecidos
precisam ter pelo menos dois
anos de funcionamento. Está
nos planos a avaliação dos
cursos de especialização e
MBAs, mas a forma ainda está
em discussão. Cursos que não
se enquadrarem à nova nor-
ma serão considerados “c u r-
sos livres”.
Como é hoje
Atualmente, o MEC exige
que o corpo docente seja cons-
tituído necessariamente por,
pelo menos, 50% de professo-
res portadores de títulos de
mestre ou de doutor, obtidos
em programas de pós-gradua-
ção stricto sensu reconheci-
dos. Os demais docentes de-
vem possuir, no mínimo, for-
mação em nível de especiali-
zação. O interessado pode
solicitar à instituição a relação
dos professores efetivos de
cada disciplina prevista no
projeto pedagógico, com a
respectiva titulação.
Os cursos de especialização
devem ter duração mínima de
360 horas, nestas não compu-
tados o tempo
de estudo indivi-
dual ou em grupo,
sem assistência docen-
te, e o reservado, obrigato-
riamente, para elaboração de
monografia ou trabalho de
conclusão de curso. A duração
poderá ser ampliada de acor-
do com o projeto pedagógico
do curso e o seu objeto especí-
fico. O interessado deve sem-
pre solicitar o projeto pedagó-
gico do curso.
Os cursos de especialização
em nível de pós-graduação a
distância só poderão ser ofe-
recidos por instituições cre-
denciadas pela União, confor-
me o disposto no § 1º do
art. 80 da Lei 9.394, de
1996. Os cursos a dis-
tância deverão incluir,
necessar iamente,
provas presenciais e
defesa presencial de
monografia ou traba-
lho de conclusão de
c u r s o.
Farão jus ao certifi-
cado apenas os alunos
que t iverem obt ido
aproveitamento segun-
do os critérios de avalia-
ção previamente estabe-
lecidos (projeto pedagógi-
co), assegurada, nos cursos
presenciais, pelo menos,
75% de frequência. Os certifi-
cados de conclusão devem
mencionar a área de conheci-
mento do curso e serem acom-
panhados do respectivo histó-
rico escolar, do qual deve
constar, obrigatoriamente: I -
relação das disciplinas, carga
horária, nota ou conceito obti-
do pelo aluno e nome e quali-
ficação dos profes-
sores por elas res-
ponsáveis; II - pe-
ríodo e local em
que o curso fo i
realizado e a sua
duração total,
em horas de efe-
t ivo t rabalho
acadêmico; III -
título da mono-
graf ia ou do
t raba lho de
conclusão do curso e
nota ou conceito obtido; IV -
SXC
declaração da instituição de
que o curso cumpriu todas as
disposições da presente Reso-
lução; e V - indicação do ato le-
gal de credenciamento da ins-
tituição, tanto no caso de cur-
sos ministrados a distância co-
m o n o s p re s e n c i a i s . O s
certificados de conclusão de
cursos de especialização em
nível de pós-graduação de-
vem ter registro próprio na ins-
tituição credenciada que o
o f e re c e u .
O MEC aconselha que os in-
teressados em curso de espe-
cialização em nível de pós-gra-
duação pesquisem as institui-
ções de ensino superior cre-
denciadas da sua região.
Existe um portal que oferece
informações sobre as institui-
ções de educação superior cre-
denciadas e os cursos superio-
res que são autor izados:
http://emec.mec.gov.br. Todas
as instituições de ensino supe-
rior credenciadas que constam
desse cadastro podem tam-
bém oferecer cursos de espe-
cialização para os já gradua-
dos, sem prévia autorização
nem posterior reconhecimen-
to, nas áreas em que atuam no
ensino de graduação.
ESPECIAL
Passoupela peneira
do MEC,é Pós.
horas é acargahorár iamínima de um cursode especialização,segundo o MEC.
360
2 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 30 de maio de 2014
Diretor de RedaçãoMoisés Rabinovici
Ed i to r - Ch e feJosé Guilherme
Rodrigues Ferreira
Edição e reportagemCarlos Ossamu
D iagramaçãoLino Fernandes
Gerente Executivade Publicidade
Sonia Oliveira
Telefone: 3180-3029s o l i ve i ra @ a c s p. co m . b r
Entidadepreparaselo de
qualidade
Os cursos de pós-gra-
duação lato sensu só
podem se ofereci-
dos por instituições
de ensino superior já creden-
ciadas no MEC e nas áreas
em que ela possui compe-
tência, experiência e ca-
pac idade i n s ta l ada .
Ocorre que há um des-
controle geral no mer-
cado, com instituições
generalistas ofere-
cendo uma enorme
variedade de cursos
de especializações
e MBAs de quali-
dade duvidosa,
prejudicando os
alunos. Nesta
e n t re v i s t a ,
Marcelo Sa-
racen i Nu-
nes, presi-
den te da
A ss o c i a-
ção Brasileira das Instituições
de Pós-Graduação (Abipg), re-
vela que a entidade está pre-
parando um selo de qualidade
desses cursos, comenta o
marco regulatório do setor
que está sendo preparado pe-
lo MEC e dá algumas dicas de
como escolher bons cursos de
e s p e c i a l i z a ç ã o.
Diário do Comércio - O quesão os cursos lato sensu?
Marelo Saraceni Nunes - No
lato sensu estão incluídos os
MBAs (Master Business Admi-
nistration) e os cursos de es-
pecialização. Ambos têm a
mesma base legal, o que dife-
re é a nomenclatura, sendo
que o MBA é voltado à área de
gestão e a especialização para
outras áreas.
Os cursos stricto sensu sãoavaliados pela Capes. Oscursos lato sensu também sãoavaliados de alguma forma?
Hoje ainda não existe uma
avaliação. Estão sendo lança-
dos agora selos de acredita-
ção, como o da Abipg, que
atestam a qualidade dos cur-
sos de pós-graduação, mas
ainda não foram implementa-
dos e não há instituições ava-
liadas.
Como funcionará este selode acreditação?
O selo está em elaboração
na Abipg, já foi aprovado inter-
namente e está sendo testado
em duas instituições. Será um
selo que atestará a qualidade
do curso de pós-graduação la-
to sensu. O objetivo é se tornar
um referencial no mercado,
pois estamos adotando parâ-
metros de acreditação inter-
nacionais bastante rigorosos.
Esta é uma demanda que te-
mos desde que a Abipg foi cria-
da em 2010. Entre os nossos
objetivos está o de zelar pela
qualidade dos cursos de pós-
graduação oferecidos no
Brasil, de forma que eles
realmente entreguem aos
alunos o que prometem.
Estamos em fase de teste
e acreditamos que até o
fim de junho ele possa ser
solicitado pelas institui-
ções, que não precisam
ser sócias da Abipg. Se-
rão preenchidos vários
formulários, que serão
avaliados por uma comissão
externa especialmente for-
mada para isso. Se a institui-
ção for aprovada nesta fase,
ela receberá a visita de uma
comissão verificadora para
que se comprove na prática o
que foi informado no formulá-
rio. Após ser aprovada, a insti-
tuição receberá o nosso selo
de acreditação.
O MEC está preparando ummarco regulatório para oscursos lato sensu. Qual a suaopinião sobre essa iniciativa?
O que
o MEC está fazendo ago-
ra é criar um cadastro nacional
de cursos de pós-graduação
lato sensu em que as institui-
ções de ensino terão de comu-
nicar, por meio de formulários,
o projeto pedagógico de cada
curso de especialização, que
será inserido dentro do siste-
ma do MEC. Os cursos serão
cadastrados, já que até agora
não havia controle nenhum
sobre eles.
O cadastro do MEC também
vai servir de avaliação?Em um primeiro
momento não, será
mais para se saber o
número de cursos que
existem e tentar regu-
lar a oferta, mas não te-
rá uma avaliação. O alu-
no deve procurar essa
avaliação onde mais in-
teressa a eles: nas em-
presas. Se ele estiver em-
pregado, pergunte ao de-
partamento de RH quais
são as instituições com me-
lhores reputações, que tive-
ram alunos com bons desem-
penhos internamente. Este
ainda é o melhor caminho.
A Abipg tem algum estudomostrando o tamanho destemercado de cursos deespecialização?
Como não há controle, não
foi possível até o momento
chegar a um número real em
relação ao tamanho deste
mercado – número de cursos
e quantidade de alunos. A
Abipg encomendou junto a
um instituto de pesquisas, a
Hoper, uma análi-
se do setor de pós-
graduação. A Ho-
per já faz uma ava-
liação setorial dos
cursos de ensino
superior, até ago-
ra n inguém fez
uma avaliação do
setor de pós-gra-
duação. A pesqui-
s a d e v e e s t a r
pronta em breve.
Há algumlevantamentodestes númeroscom as instituiçõesassociadas àAbipg?
Fizemos uma es-
timativa interna
das instituições
associadas à Abipg. O número
de alunos soma cerca de 40
mil por ano. São oferecidos en-
tre 2 mi l e 2,5 mi l turmas
anualmente e cerca de 150 ti-
pos de cursos. A maioria são
cursos de MBAs e cursos na
área da saúde, como Medicina
e Odontologia.
O que motiva o aluno abuscar um curso de pós-graduação lato sensu?
A primeira razão para se fa-
zer um curso de pós-gradua-
ção é a busca de uma forma-
ção em uma área específica,
quando a carreira direciona o
profissional para outra área.
Por exemplo, um engenheiro
que começou a desenvolver
sua carreira na área técnica,
SXC
recebe uma promoção e passa a
ocupar um cargo de gerência ou
diretoria. Ele então precisa de
conhecimentos na área de
gestão. Essa mudança na car-
reira exige que ele faça uma
pós-graduação, neste caso
um MBA, para desenvolver
competências na nova
função. Há também alu-
nos que ingressam no
mercado e depois de
dois ou três anos sen-
tem a necessidade de
uma pós-graduação
para ficarem aptos a
ocupar um cargo
de gerência numa
empresa. Já na
área da saúde há
varias forma-
ções específi-
cas, tanto na
área médica
como odon-
t o l ó g i c a .
Assim, o profissional busca
uma pós-graduação para se
e s p e c i a l i z a r.
Quando optar por um cursolato sensu ou stricto sensu?
O aluno que procura um cur-
so lato sensu está buscando a
extensão da sua carreira pro-
fissional, um plano de carreira
em uma organização empre-
sarial. Quem busca uma pós-
graduação stricto sensu, um
mestrado ou doutorado, mui-
tas vezes deseja seguir uma
carreira acadêmica e lecionar
em alguma instituição de en-
sino. Há também aquele pro-
fissional com muito tempo de
mercado, que teve oportuni-
dade de ingressar na carreira
acadêmica com cursos de ex-
tensão ou pós-graduação e
pretende aprofundar nessa
c a rre i r a .
Quais são as dicas paraescolher um bom curso de pós-graduação lato sensu?
Existem alguns conselhos
que podem ajudar o aluno a
escolher uma boa pós-gra-
duação. Primeiramente, ava-
liar a instituição que está ofer-
tando o curso, se ela tem expe-
riência e tradição na área des-
se curso. No caso de um MBA,
ele deve optar por uma escola
de negócio, uma instituição
especializada em gestão, que
tenha boa reputação nessa
área, evitando uma institui-
ção generalista, que oferta
cursos em todas as áreas, em
que o MBA é mais um curso
o f e re c i d o.
Quais outras dicas?Outro ponto importante é
avaliar o nível dos alunos des-
sa instituição, se tem alunos
bem colocados no mercado de
trabalho, se ela tem boa repu-
tação junto às áreas de Recur-
sos Humanos. Existem diver-
sas publicações e sites que es-
tabelecem rankings de pós-
graduação, que avaliam as
boas escolas de negócios ou
de saúde. Também é impor-
tante avaliar o nível de parce-
rias internacionais que a esco-
la mantém e se oferece a opor-
tunidade aos alunos de fazer
parte do curso fora, desenvol-
ver um módulo internacional,
este é um ponto muito impor-
tante hoje em dia. Há entida-
des internacionais que reú-
nem as mais importantes es-
colas no mundo todo, como a
AACSB International, Executi-
ve MBA Council etc. Estes são
indicativos importantes de
que o curso tem qualidade e
emite um certificado reconhe-
cido pelo mercado.
Mil alunosfrequentamcursos de pós-graduação de escolasassociadas a Abipg
40
Aárea da saúde, pela
sua complexidade, é
a que mais possui
especializações,
principalmente em Medicina
e Odontologia. Portanto, é
natural que aqui os cursos
de pós-graduação sejam
frequentes – a tendência é
que o médico ou dentista
seja especializado em
determinada área. Mesmo
assim, não há uma
regulação ou avaliação dos
cursos oferecidos. Para
Flávio Vellini, vice-
presidente de Relações
Institucionais da Associação
Brasileira de Instituições de
Pós-Graduação (Abipg), a
especialização precisa ser
regulada e ter a chancela do
MEC, “do contrário, vamos
ter uma proliferação de
cursos sem uma avaliação,
com qualidade duvidosa”.
DC - Mesmo na área dasaúde não há nenhum tipo decontrole por parte deentidades como o ConselhoFederal, ministérios ou algumoutro órgão em relação aoscursos de especialização?
Flávio Vellini - Não há por
enquanto, o que prejudica
muito o setor. Na área da
Medicina, o ambiente que o
aluno frequenta é um
hospital: o curso de
especialização é uma
residência médica, não é
uma faculdade. E essa
especialização precisa ser
regulada, do contrário,
vamos ter uma proliferação
de cursos sem uma
avaliação e com qualidade
duvidosa. Nós precisamos
dessa avaliação, de uma
regulação, de forma a
manter um nível mínimo de
qualidade dos cursos de
pós-graduação. A própria
LDB (Lei de Diretrizes e Base
da Educação) diz que quem
tem de avaliar a pós-
graduação é o governo. Não
podemos ter um setor tão
importante para a
sociedade sem regulação.
O que são cursos deespecialização na área desaúde?
A especialização é um
aprofundamento em uma
determinada área do
conhecimento. O MEC
determina uma carga
horária mínima de 360
horas – tem curso de
especialização com carga
de 2 mil horas. Cada
especialidade tem a sua
necessidade. Na área da
saúde, as especializações
estão se tornando cada vez
mais específicas, há
ortopedistas especializados
em mão ou em quadril, por
exemplo. A tendência é de
s u p e re s p e c i a l i z a ç õ e s
dentro das especializações.
E quanto ao níveldos cursos deespecializações naárea médica?
Temos cursos
excelentes, assim
como temos cursos
ruins por falta de uma
avaliação. Falta uma
fiscalização para verificar se
o curso tem condições
mínimas de instalação,
corpo docente, carga
horária etc. Com a
regulação, haverá
condições de melhorar cada
graduação de um modo
geral, no sentido da sua
valorização. Vemos quais
são as necessidades do
momento do setor e
estamos sempre em contato
com o MEC para ver como
podemos evoluir sempre.
O ensino a distância (EAD) eteleconferências estão sendomuito utilizados pelasinstituições. Qual a suaopinião sobre essatecnologia?
Esta área está crescendo
muito. Hoje já temos
cirurgias feitas por robôs em
que o cirurgião está em
outro país e o procedimento
é acompanhado por outros
médicos e alunos. Isso é um
ensino a distância, assim
como videoconferências
com especialistas. Bons
profissionais passam a
ensinar a distância para
alunos em pontos longe de
grandes centros, com a
discussão de casos clínicos.
Os grandes centros, com
corpo docente mais bem
preparados e mais recursos,
podem transmitir
conhecimentos para locais
mais afastados. Precisamos
incentivar essa tecnologia.
vez mais a pós-graduação,
embora hoje existam
centros importantes que
ministram cursos de
qualidade. Os grandes
hospitais têm seus centros
de especializações. Mesmo
para eles seria interessante
ter essa avaliação.
O selo de acreditação que aAbipg está desenvolvendoservirá para a especializaçãona área da saúde?
Sim. Este é também um
movimento no sentido de
aprimorar a qualidade. É
como uma certificação ISO.
Isso é muito importante na
área da saúde. As pessoas
se sentem mais seguras em
frequentar um hospital que
é bem credenciado, que tem
um selo de qualidade, assim
como o aluno se sente mais
seguro em frequentar um
curso avaliado pelo MEC.
Com essa chancela, se tem
a certeza de que a escola
está preparada para
ministrar o curso. O ensino
precisa ser regulado e
fiscalizado para não haver
uma comercialização
desmedida.
A Abipg é uma entidade
voltada para a pós-
SXC
Especializações na área da saúde
Selo de acreditação daAbipg vai atestar a
qualidade dos cursosde especialização
Flávio Vellini: aavaliação doscursos de pós-graduação éimportante naárea da saúde.
sexta-feira, 30 de maio de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 3
4 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 30 de maio de 2014
Na elite dasescolas denegócio
Os cursos de MBAs da FIA estãoentre os mais cobiçados domercado. A escola tambémoferece especializações e
mestrado profissional.
empresa do setor farmacêuti-
co contrata a FIA, que irá mon-
tar um curso de MBA com foco
em gestão estratégica e práti-
cas gerenciais, mas com mó-
dulos específicos para o setor
farmacêutico. É um MBA sob
medida, customizado.
Quais motivos levam o alunoa procurar um curso de MBA?
A área de Administração, de
uma maneira geral, é formada
por profissionais de diversas
áreas. Por exemplo, alguém
fez Medicina com o objetivo de
clinicar, mas foi contratado
por uma empresa farmacêuti-
ca para atuar como consultor
técnico. Ele se desenvolve
nessa área e vira um adminis-
trador na prática. O MBA tem o
diferencial de dar a este profis-
sional uma visão integrativa
da organização, com conheci-
mentos em gestão, estraté-
gia, economia e finanças. Há
também o caso do profissional
que está assumindo uma fun-
ção gerencial, com função de
coordenação, precisando en-
tender mais de gestão de pes-
soas, liderança, trabalho em
equipe. Percebemos que o
aluno vem aqui em busca de
ferramentas, teorias e aplica-
ções, para ter uma visão mais
estratégica de negócio, se ca-
pacitar e continuar se desen-
volvendo em termos de carrei-
ra. Como a FIA é uma escola
conceituada no mercado, a
qualidade dos alunos que aqui
e s t u d a m é
muito boa. A
gente perce-
be também o
interesse dos
a lunos pe lo
n et w o rk i ng ,
a q u i l o q u e
e les desen-
volvem com
os demais co-
legas. Temos
v i s to casos
em que o alu-
no acaba tro-
cando uma ou
duas vezes de
emprego ao
longo do cur-
so – ele tem o
per f i l que o
colega da sala
está procurando para contra-
tar. Em resumo, são estes três
pontos que levam alguém a
buscar um MBA: ter uma visão
mais estratégica, adquirir fer-
ramental aplicável e construir
networking.
O senhor comentou que oMBA é voltado para um públicomais experiente. Como é feita aseleção?
Cada coordenador, dentro
do seu núcleo, tem autonomia
para criar o próprio processo
de seleção. Damos essa auto-
nomia porque eles sabem o
perfil ideal para este curso es-
pecífico. Um aluno, apesar do
seu potencial, pode ainda não
ter uma experiência grande
para participar de uma tur-
ma mais sênior. Se a gente
coloca esse aluno nesta sa-
la, muitas coisas que o gru-
po vai discutir serão expe-
riências que ele ainda não
viveu e ele também não vai
agregar valor em termos
de discussão para o
grupo. A seleção ge-
ralmente é composta
de prova escrita e en-
trevista para identifi-
car as competên-
cias que o aluno espera desen-
volver, as suas expectativas
em relação ao curso, mas tam-
bém para o coordenador veri-
ficar se o perfil do aluno é ade-
quado ao grupo.
Tem mudado o perfil dopúblico que busca o MBA porconta do surgimento deempresas digitais oupontocom, que geralmente sãocomandadas por empresáriosmais jovens?
Tem sim e isso tem incenti-
vado a FIA a investir mais em
cursos de especialização, que
focam em um público mais jo-
vem. Pesquisas sobre o perfil
de pessoas que estão se gra-
duando mostram que eles são
muito imediatista – saem da
faculdade, viram trainees e
querem logo assumir cargos
de liderança. O próprio perfil
dessas gerações mais novas
mostra que eles querem in-
gressar mais rapidamente no
mercado de trabalho. Em pa-
ralelo a isso, a gente percebe
que as empresas têm entendi-
do que é o próprio indivíduo
quem deve ser o gestor da sua
carreira, o principal interessa-
do por esta gestão. Antes, era
maior o número de empresas
contratando cursos de MBAs
para os funcionários.
O MEC vem estudando ummarco regulatório dos cursoslato sensu. Qual a sua opiniãosobre isso?
O MEC considera curso de
pós-graduação lato sensu as
especializações –o MBA é con-
siderado, no Brasil, uma espe-
cialização em Administração.
O que nós da FIA procuramos
fazer é uma separação por ní-
vel de experiência entre espe-
cialização e MBA, sendo o MBA
uma especialização mais ro-
busta, de forma que seja um
curso diferenciado. Mas a gen-
te sabe que existem muitas
escolas não tão renomadas e
que não têm esse posiciona-
mento de diferenciação, que
acabam banalizando a sigla
MBA, chamando qualquer es-
pecialização com carga horá-
ria de 360 horas de MBA. Não
existe uma regulação para es-
pecialização como há para
graduação. Quem tiver cursos
de graduação autorizados pe-
lo MEC e quiser abrir cursos de
especialização com o nome
MBA, não tem ninguém que
impeça. Se houver uma filtra-
gem e o fechamento de cursos
de baixa qualidade, isso será
muito positivo para a forma-
ção de profissionais.
Divulgação
Criado em1993, o MBAda FIA foi oprimeiro doBrasil. A FIAestá na listadas 70melhoresescolas domundo.
Considereum MBAinternacional
Cursar um MBA
Internacional turbina o
currículo de qualquer
profissional. A experiência
multicultural, a imersão
em outra língua e a
extensa carga horária
proporcionam ao aluno
outra visão do mundo dos
negócios, além de trazer
uma boa bagagem para
aqueles que buscam iniciar
carreira solo, abrindo ou
melhorando a própria
empresa. “Algumas
escolas de MBA
internacional oferecem
cursos voltados para
empreendedorismo, ou
seja, além das matérias
básicas dos cursos
tradicionais, o aluno ainda
vê matérias focadas em
empreender ”, explica
Marcelo Ambrozio Ramos,
sócio da MBA House, rede
de escolas preparatórias
para cursos de MBA no
ex t e r i o r.
Segundo o executivo, a
oportunidade traz ao aluno
uma visão mais
abrangente de diferentes
áreas dos negócios, o que
garante maior segurança
na tomada de decisões e
um outro olhar para
diferentes situações.
Também há uma troca de
experiências com outros
empreendedores que o
aluno encontrará nessa
trajetória.
Para cursar um MBA no
exterior, o candidato deve
prestar testes como GMAT
e TOEFL. O GMAT
(Graduate Management
Admission Test) é uma das
provas mais importantes e
tem como proposta medir
a capacidade de o
estudante resolver
problemas de matemática
básica e inglês voltado à
lógica verbal. O TOEFL é o
teste que apura a
proficiência na língua
inglesa. Além dos exames,
as instituições exigem o
preenchimento de
diversos formulários,
redações, cartas de
recomendação e
entrevistas para que o
candidato possa ser de
fato considerado. “Pa r a
prestar esses exames são
necessárias horas de
estudo e dedicação. Mas o
resultado é
recompensador ”, afirma
Ramos. Para quem não
consegue bancar o curso,
as escolas internacionais
possuem programas de
financiamentos,
“Preocupe-se em ser
aceito pela escola que o
financiamento será dado a
você automaticamente”,
a f i rm a .
A MBA House
( w w w. m b a h o u s e . c o m . b r ) ,
dos sócios Marcelo
Ambrozio e Vivianne
Wright, é uma escola
preparatória para o jovem
executivo que deseja
cursar escolas de negócios
fora de seu país. Além de
cursos para exames como
GMAT e TOEFL, exigidos
aos candidatos pelas
instituições estrangeiras, a
MBA House coloca à
disposição de seus alunos
um profundo
conhecimento das aulas,
linhas, estilos e exigências
de cada uma delas.
Conscientes de como
funcionam as melhores
escolas do exterior, os
consultores e professores
da MBA House têm
condições de guiar e
avaliar as melhores
escolhas para seus alunos.
A MBA House oferece
Private Tutoring incluso em
seus pacotes de aulas e
também cursos a distância
via web, graças ao alto
investimento em
tecnologia e estrutura para
aulas nesse formato.
OInsper manteve a
38ª colocação no
ranking 2014 das 70
melhores escolas de
negócio do mundo do jornal
britânico Financial Times.
Foi a mesma colocação do
ano passado, mas a
avaliação foi pior em
comparação a 2012,
quando o Insper ocupava a
32ª posição. A avaliação
leva em conta o formato
dos cursos, a metodologia
empregada, materiais de
ensino, infraestrutura,
parcerias internacionais e a
possibilidade de o aluno
participar de módulos no
ex t e r i o r.
Segundo Silvio Laban,
coordenador dos
programas de MBA do
Insper, a escola oferece três
cursos de educação
executiva: MBA Executivo
em Finanças, MBA
Executivo e MBA Executivo
em Gestão em Saúde. Por
ano, cerca de 480 alunos
participam dos cursos de
MBAs. Entre os diferenciais,
Laban afirma que o Insper é
uma instituição
reconhecida no mercado
por seus rígidos padrões de
qualidade. “Há um
equilíbrio entre teoria e
prática por meio de
discussão de casos e
simulações, o corpo
docente é altamente
qualificado, sendo 68%
doutores/Ph.D e 32%
mestres. Oferecemos
formação integralmente
voltada para o
desenvolvimento da
carreira profissional, do
conhecimento funcional e
de competências voltadas à
gestão de à liderança”, diz.
Além disso, o Insper possui
certificação AACSB -
International,Association of
MBAs e Anamba -
Associação Nacional de
MBA. “ Há a opção de o
aluno vivenciar uma rica
experiência acadêmica em
renomadas instituições dos
Estados Unidos, Europa e
América do Sul, como a
Darden, Universidade Nova
de Lisboa e o
Massachussetts Institute of
Technology (MIT)”, observa.
Laban se diz favorável a
um controle por parte do
MEC dos cursos lato sensu.
“Particularmente, no caso
dos programas de pós-
graduação em
Administração, a existência
de inúmeros programas,
muitos dos quais se
intitulando como MBA, cria
uma situação no mercado
que confunde os candidatos
ao dificultar o
entendimento de cada
proposta de programa e
definir sua escolha. Um
sistema de cadastramento
como o proposto pelo MEC
pode significar um passo na
direção de termos um censo
destes programas, bem
como trabalhar para a
evolução da qualidade dos
programas, ora
o f e re c i d o s ”, diz.
Já no stricto sensu, o
Insper oferece o Mestrado
Profissional em
Administração e Mestrado
Profissional em Economia.
Os cursos possuem duração
de dois anos e acontecem
duas vezes por semana. O
primeiro tem foco em
estratégia, abordando
ferramentas aplicadas, que
possibilitam às organizações
desenvolver vantagem
competitiva sustentável, e
ênfase analítica, com
treinamento em como tratar
dados para tomar decisões
gerenciais informadas
visando alto desempenho. Já
o Mestrado Profissional em
Economia foi reconhecido
com nota máxima na Capes
em três avaliações
consecutivas. O curso
aborda o uso de ferramentas
modernas e aplicadas em
Finanças e Macroeconomia.
L e a n d roMorilhas: a FIA
oferece 13cursos deMBAs em
várias áreas.
O Insper é uma instituição reconhecida nomercado por seus rígidos padrões de qualidade
Divulgação
Entre as melhores do mundo
AFIA - Fundação Insti-
tuto de Administra-
ção está na lista dos
70 melhores cursos
abertos de educação executi-
va do jornal britânico Financial
Times, ocupando a posição
69. Trata-se de uma das mais
renomadas escolas de negó-
cio do País, criada em 1980 e
desde 1993 oferecendo cur-
sos de MBA (Master Business
Administration), que em ou-
tros países tem título de mes-
trado, mas que no Brasil é uma
especialização. A FIA tem par-
cerias com cerca de 30 escolas
espalhadas pelo mundo, entre
elas a Columbia University de
Nova York, a IIT (Illinois Institu-
te of Techology), Simon Fraser
University de Vancouver (Ca-
nadá), Lyon e Grenoble na
França, Cambridge na Ingla-
terra, entre outras.
Nesta entrevista, Leandro
Morilhas, diretor-geral e coor-
denador de graduação da FIA,
fala sobre os cursos oferecidos
pela instituição, o mercado de
MBA, a mudança no perfil dos
alunos que buscam este tipo
de curso e a necessidade de
uma fiscalização por parte do
Ministério da Educação (MEC)
dos cursos lato sensu.
Diário do Comércio - O que aFIA oferece em pós-graduação?
Leandro Morilhas - A FIA pos-
sui graduação e pós-gradua-
ção. Esta última está dividida
em quatro categorias: os cur-
sos de especialização, volta-
dos para um público mais jo-
vem e recém-formado; os
MBAs, com carga horár ia
maior e voltados para um pú-
blico mais experiente em ter-
mos de prática empresarial; o
mestrado profissional, um
curso stricto sensu; e o pós-
MBA, para quem já tem um
MBA. Começamos a desenvol-
ver agora algumas soluções
em ensino a distância (EAD),
mas inicialmente com cursos
l i v re s .
A FIA é mais conhecida peloscursos de MBA. Como sãoestes cursos?
Este é o nosso produto mais
forte e que deu origem à FIA. O
nosso MBA foi o primeiro do
Brasil, em 1993, que foi o MBA
Executivo Internacional. Te-
mos hoje 13 cursos de MBAs,
que vão desde Tecnologia da
Informação, passando pelas
áreas de gestão, finanças,
marketing e recursos huma-
nos, até MBAs para executivos
que têm uma carreira interna-
cional e que estão se prepa-
rando para assumir o cargo de
presidente, atuando no nível
estratégico das empresas –éo
MBA Executivo Internacional.
Estes são os MBAs abertos, ou
seja, em que o aluno tem uma
relação direta com a FIA. Te-
mos também cursos para as
empresas, os chamados in
company. Por exemplo, uma
sexta-feira, 30 de maio de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 5
soal de Nível Superior (Capes), mantém um
corpo docente composto em quase sua totali-
dade (97%) por professores doutores e objeti-
vam proporcionar a docentes e pesquisadores
formação de alto nível, em diversas áreas de
a t u a ç ã o.
O curso a distância (EAD) é uma modalidade
que vem crescendo. O aluno pode assistir às
aulas quantas vezes quiser para estudar e re-
visar os conteúdos, ou realizar as tarefas. O
acesso aos materiais é feito a
partir de qualquer
computador com
acesso à internet e to-
dos os materiais didá-
ticos e conteúdos são
disponibilizados para
download.
A instituição
A Anhanguera Educa-
cional organizou-se como
uma companhia de capital
aberto em 2003, sendo a sucessora da então
existente Associação Lemense de Educação e
Cultura, entidade mantenedora do Centro Uni-
versitário Anhanguera (Leme e Pirassununga);
da Faculdade Comunitária de Campinas e das Fa-
culdades Integradas de Valinhos. O mesmo ocor-
reu com o Instituto Jundiaiense de Educação e
Cultura, entidade mantenedora da Faculdade
Politécnica de Jundiaí e com o Instituto de Ensino
Superior Anhanguera, entidade mantenedora
da Faculdade Politécnica de Matão.
Essas associações, todas de natureza não lu-
crativa, foram a base legal para a transforma-
ção de cada uma delas em sociedades educa-
cionais (nos moldes de sociedades anônimas):
Sociedade Educacional de Leme S.A.,Socieda-
de Educacional de Jundiaí e Sociedade Educa-
cional de Matão, forma organizacional então
pensada e preparada para a futura abertura de
seu capital na Bolsa de Valores.
Dessas três sociedades anônimas surgiu a
Anhanguera Educacional, hoje definida como a
sociedade mantenedora de todas as demais uni-
dades educacionais existentes, sejam faculda-
des, centros universitários ou universidades. As-
sim, desde 2004, os novos cursos e unidades es-
tão sob a tutela da instituição.
A Anhanguera é uma das maiores institui-
ções de ensino do mundo em número de alu-
nos, bem como uma das maiores empresas de
capital aberto do setor de educação no Brasil.
Muitas opções parainvestir na carreira
A Universidade Anhangueraoferece mais de 80 cursos de
pós-graduação lato sensu, alémde doutorados e mestrados
AAnhanguera Educacional, uma das
maiores instituições de ensino do
mundo, subiu quatro posições no ran-
king BrandZ Top 50, divulgado anual-
mente pela empresa especializada em análise
de marcas Millward Brown. Este ano, a institui-
ção alcançou a 31ª posição, com valor de mar-
ca, mensurado em US$ 326 milhões, variação
de 7% em relação ao ano anterior. A consultoria
internacional Millward Brown classifica a insti-
tuição de ensino como uma das 50 mais valio-
sas do Brasil. A construção do ranking conside-
ra duas dimensões: financeira (valor do negó-
cio no mercado de capitais e valor dos intangí-
veis da empresa) e de mercado (contribuição
da marca para o resultado dos negócios).
A Universidade Anhanguera de São Paulo
oferece uma ampla gama de cursos de pós-gra-
duação, que objetivam contribuir efetivamen-
te para a atualização e aperfeiçoamento profis-
sional dos seus alunos, aumentando significa-
tivamente as chances de empregabilidade em
qualquer etapa da carreira.
A instituição dispõe de mais de 80 cursos lato
sensu –nas modalidades presencial e EAD (en-
sino a distância) – com foco técnico e profissio-
nal. “Nossa pós-graduação é dada em 14 me-
ses e conta com professores com uma vasta ex-
periência no mercado de trabalho, que trazem
a vivência prática para sala de aula”, destaca o
professor Vladimir Ferreira Júnior, coordena-
dor de pós-graduação na unidade Vila Mariana
da Anhanguera. “Além disso, oferecemos aos
nossos alunos tutores presencias e a distancia
que os auxiliam no desenvolvimento das ativi-
dades”, acrescenta.
A Anhanguera também mantém programas
de pós-graduação stricto sensu, que contem-
plam dois doutorados (Biotecnologia e Inova-
ção em Saúde e Educação Matemática) e seis
mestrados (Adolescente em Conflito com a Lei,
Biomateriais em Odontologia, Biotecnologia,
Educação Matemática, Farmácia, Reabilita-
ção).
Direcionados para a continuidade da forma-
ção científica e acadêmica de alunos com nível
superior, os programas são recomendados pe-
la Coordenação de Aperfeiçoamento de Pes-
SXC
Especialização e MBA no Mackenzie
AUniversidade
Pre s b i t e r i a n a
Mackenzie - UPM está
com inscrições abertas para
cursos de especialização e
MBA voltados ao mercado
empresarial em sua nova
Unidade WTC – World Trade
Center São Paulo, um dos
complexos mais importantes
da América Latina. Os cursos
oferecidos são:
Administração de Negócios,
Governança de TI, Marketing
Estratégico, além dos MBAs
em Gestão Estratégica
Empresarial e Marketing e
Estratégia Competitiva.
Mestrado profissional em Arquitetura e Urbanismo
Divulgação
As inscrições estarão abertas até 20 de julho.
meses é o tempode duração doscursos de pós-graduação daA n h a n g u e ra
14
Os programasde
especializaçãodo Mackenzie
visampreparar e
desenvolver oaluno para omercado de
trabalho.
Captura de tela
Com foco na formação e
atualização, os programas de
especialização do Mackenzie
visam preparar e desenvolver
o aluno para o mercado de
trabalho. Os cursos formam
p ro f i s s i o n a i s
empreendedores, que
tomem atitudes proativas,
exibindo uma visão
sistêmica, ou seja, junção de
análise e prática na
realização de ações de
gestão nas empresas.
Os cursos MBA do
Mackenzie possuem
conteúdo programático
inovador e atualizado com o
mercado, simuladores de
gestão e business games,
professores com expressiva
experiência de mercado e
também titulados, módulos
internacionais opcionais,
entre outros diferenciais.
Segundo o professor e
coordenador da Pós-
Graduação Lato Sensu da
UPM, Dr. Cláudio Alberto de
Moraes, com um cenário
empresarial cada vez mais
competitivo, as empresas
lutam para gerar mais valor
para os seus clientes e
também para os acionistas;
assim o funcionário não pode
esquecer de agregar
continuamente valor
também à sua formação,
sustentando e aumentando a
sua empregabilidade. “Ser
graduado é um pré-requisito,
mas não suficiente para
sobreviver e prosperar nesse
ambiente atual do mercado
de trabalho. Um curso de pós-
graduação lato sensu de
qualidade, bem balanceado
com relação à teoria e à
prática, alinhado às
necessidades do mercado,
com professores titulados,
mestres e doutores, mas
também com experiência
empresarial, de tradição e
nome no mercado,
aumentará substancialmente
a probabilidade de
progressão horizontal ou
salarial e também de
promoção, dependendo do
c a s o”, explica.
A Universidade
Presbiteriana Mackenzie
também possui 11 Programas
de pós-graduação stricto
sensu, com 8 cursos de
doutorado, 9 cursos de
mestrados acadêmicos e 2
cursos de mestrados
profissionais. No momento,
são mais de mil alunos
matriculados.
Destaque para os
mestrado e doutorado em
Administração de Empresas,
que busca formar docentes,
pesquisadores e profissionais
com capacidade crítica e de
reflexão que contribuam com
o desenvolvimento humano,
científico e tecnológico das
o rg a n i z a ç õ e s ,
proporcionando uma
compreensão profunda
destas e uma formação sólida
em métodos e técnicas de
investigação aplicada à
gestão de instituições
públicas e privadas. O
programa se propõe a
contribuir no aprimoramento
da docência e da pesquisa,
bem como na capacidade
competitiva das
organizações empresariais.
OFIAM-FAAM Centro
Universitário do
Complexo Educacional
FMU está com inscrições abertas
para o curso de mestrado
profissional na área de
Arquitetura e Urbanismo.
Aprovado pela Capes, este
programa de pós-graduação
stricto sensu é pioneiro no
Estado de São Paulo por possuir
seu foco nos estudos e aplicação
prática no setor produtivo. As
inscrições estarão abertas até 20
de julho, para início das aulas em
11 de agosto de 2014.
O programa é composto por
duas linhas de pesquisa:
Planejamento, Projeto e Gestão
da Cidade e Transformações do
Território – patrimônio, cultura e
sociedade. A primeira linha de
pesquisa possui o objetivo de
estudar e analisar as políticas,
suas diretrizes e ações, voltadas
ao desenvolvimento urbano,
com ênfase na infraestrutura
urbana. A segunda linha de
pesquisa estuda as cidades na
perspectiva histórica e das
dinâmicas socioeconômicas das
sociedades, os processos e
projetos de produção e
transformação do espaço
u r b a n o.
O mestrado tem como público-
alvo os profissionais da iniciativa
privada, funcionários de órgãos
públicos e autarquias com
interesse em aprofundar seus
conhecimentos em
planejamento, intervenção e
gestão dos problemas urbanos
contemporâneos à luz dos
instrumentos urbanísticos
recentes e de sua aplicabilidade
em situações concretas
realistas, exequíveis e eficazes.
O curso forma mestres
profissionais habilitados para
desenvolver atividades e
trabalhos técnico-científicos em
temas de interesse público e com
atuação local, regional, nacional
e internacional por órgãos
públicos e privados, empresas,
cooperativas e organizações
não-governamentais, individual
ou coletivamente organizadas.
Diferencia-se dos demais
mestrados acadêmicos na área
da Arquitetura e do Urbanismo
por atender áreas mais
diretamente vinculadas ao
mundo do trabalho e ao sistema
produtivo, com vistas ao
desenvolvimento
socioeconômico e cultural do
País. Oferece capacitação e
treinamento de pesquisadores e
profissionais destinados a
aumentar o potencial interno de
geração, difusão e utilização de
conhecimentos científicos no
processo produtivo de serviços e
estreita as relações entre a
instituição de ensino superior e o
setor produtivo.
Mais informações sobre o
programa, edital e o processo de
seleção no site
h t t p : / / w w w. p o r t a l .
fiamfaam.br/mestrado/
a rq u i t e t u r a .
6 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 30 de maio de 2014
A USP é excelência empós-graduação
A Universidade deSão Paulo forma,em média, 2.350doutores por ano econta atualmentecom 255programas depós-graduaçãoem plenaatividade
AUniversidade de São
Paulo (USP) pode ter
caído de primeira pa-
ra segunda melhor
universidade da América Lati-
na no ranking da consultoria
britânica QS (a primeira posi-
ção ficou com a Pontifícia Uni-
versidade Católica do Chile),
fato noticiado com alarde esta
semana, mas na área de pós-
graduação stricto sensu ela
ainda é destaque internacio-
nal. Isso é o que mostra a últi-
ma avaliação trienal da Capes
(Coordenação de Aperfeiçoa-
mento de Pessoal de Nível Su-
perior), fundação do Ministé-
rio da Educação (MEC), refe-
rente ao período 2010-2012.
Segundo Bernadette Dora
Gombossy de Melo Franco,
pró-reitora de Pós-Graduação
da USP, dos 230 programas da
universidade avaliados pela
Capes, 157 (68%) receberam
conceitos 5 ou superiores, ou
seja, dois em cada três progra-
mas de pós-gra-
duação da USP
são de excelên-
cia. Em relação ao
total de progra-
mas do Bras i l , a
USP tem quase 60%
dos programas com
conceitos 5 ou supe-
riores, e quase meta-
de dos programas
com nível internacio-
nal (conceitos 6 e 7).
Os programas da USP corres-
pondem a 7% do total de pro-
gramas que foram avaliados
neste triênio.
“Ficamos orgulhosos do de-
sempenho de nossos progra-
mas, que é resultado da dedi-
cação de toda a comunidade
acadêmica – professores, alu-
nos e servidores – na busca da
excelência e da Pró-Reitoria de
Pós-Graduação no acompa-
nhamento quase diário das
atividades destes programas.
Por outro lado, esse resultado
aumenta a responsabilidade
da USP perante a sociedade,
pois nos transformamos em
modelo para as demais univer-
sidades. Temos que nos esfor-
çar muito para que essa quali-
dade seja mantida e, sempre
que possível, melhorada”, co-
menta a pró-reitora.
Bernadette revela alguns
planos. “Vamos implementar
um sistema institucional de
avaliação da pós-graduação
na USP como um todo, que se-
rá uma importante ferramen-
ta de gestão, permitindo atuar
diretamente nos programas
para que novos patamares de
excelência possam ser atingi-
dos, usando referências inter-
n ac i on a is ”, diz. A avaliação
será institucional e comple-
mentar à avaliação da Capes,
sem nenhum caráter punitivo
ou de comparação entre
os programas. “E s-
sa avaliação
institucional nos permitirá de-
tectar qualidades não mensu-
radas na avaliação da Capes,
usando indicadores comple-
mentares, avaliando, por
exemplo, a atuação e a contri-
buição dos egressos dos pro-
gramas para o desenvolvi-
mento do País, o impacto efe-
tivo das pesquisas realizadas
no âmbito da pós-graduação
no avanço do conhecimento
cientifico e tecnológico mun-
dial. Nossa meta é aumentar a
proporção de programas de
excelência internacional”,
a f i rm a .
Alguns números
Atualmente, a Pós-Gradua-
ção da USP conta com 255 pro-
gramas de pós-graduação
aprovados pela Capes e em
plena atividade. Em janeiro de
2010 eram 223 programas.
Dos programas existentes ho-
je, 208 oferecem cursos de
Mestrado e Doutorado, 33
apenas Mestrado, 14 apenas
Doutorado e 18 Mestrado Pro-
fissional. Há também dois Pro-
gramas de Mestrado Profissio-
nal do qual a USP é copartícipe
– Matemática em Rede Nacio-
nal (PROFMAT) e Mestrado
Profissional em Letras (PRO-
FLETRAS) – juntamente com
outras instituições de ensino
superior federais e estaduais
do País. Ressalta-se que essas
duas modalidades de curso
são as primeiras a serem cria-
das no Brasil, nas quais a USP
participa ativamente, com ca-
racterísticas multi-institucio-
nais, oferecendo programas
de pós-graduação em rede vi-
sando formação, em maior es-
cala, de professores para a
educação básica.
Atualmente estão cadastra-
dos no sistema 6.419 orienta-
dores, sendo 1.360 orientado-
res específicos, geralmente
para um único aluno, que são,
na maioria das vezes, docen-
tes convidados, técnicos de
nível superior com doutorado,
pós-doutorando ou docentes
de outras áreas do conheci-
mento. Por esses dados, pode-
se inferir que os docentes en-
volvidos na pós-graduação
estão orientando, em média, 4
alunos, valor acima da média
nacional (2,9 alunos por orien-
tador) e das instituições inter-
nacionais de destaque. Mais
ainda, esses orientadores es-
tão graduando em média 1,2
alunos por ano, novamente
acima da média nacional
(0,84 titulados por docente),
de acordo com os dados nacio-
nais disponíveis pela Capes
para o ano de 2012.
O número de alunos de pós-
graduação da USP, em 31 de
dezembro de 2013, era de
25.109, sendo 11.395 de Mes-
trado Acadêmico, 133 de Mes-
trado Profissional, 11.240 de
Doutorado e 2.341 de Douto-
rado Direto.
Em relação ao corpo discen-
te, levantamento realizado pe-
la universidade em 31 de de-
zembro aponta que os alunos
estão distribuídos nas áreas de
Divulgação/José Alberto Pereira
Ciências da Saúde (23%),
Ciências Humanas (14%) e En-
genharias (13%), com distri-
buição bem mais homogênea
que a média nacional, onde a
área da Saúde conta com me-
nos de 15% dos alunos.
Pelos dados apresentados
confirma-se o gigantismo da
USP na pós-graduação stricto
sensu, sendo considerada em
alguns levantamentos como o
maior centro de pós-gradua-
ção do mundo para formação
embasada em pesquisa. Pelo
menos em número de títulos
de Doutor outorgados, a USP é
a maior, segundo o levanta-
mento da Shanghai Jiao Tong
University ranking do ano pas-
sado. No último triênio titula-
ram-se na USP, em média,
2.350 doutores por ano. Ape-
sar de sua grande dimensão, a
USP consegue manter um pa-
drão de qualidade internacio-
nal, diferentemente de outras
grandes instituições, geral-
mente asiáticas, que não apa-
recem nas classificações.
Padrão internacional
Na avaliação da universida-
de, o desempenho destacado
no cenário internacional é fru-
to da decisão institucional de
longo prazo, que prioriza sem-
pre a qualidade em todas as
atividades. Essa abordagem
mostrou-se eficiente, pois es-
tá conseguindo manter o alto
padrão de qualidade da insti-
tuição, mesmo com o seu cres-
cimento significativo na últi-
ma década, notadamente na
g r a d u a ç ã o.
Na última reunião estratégi-
ca do Conselho de Ensino de
Doutorado da Associação Euro-
peia de Universidades, realiza-
da em Dublin em março de
2013, a USP foi convidada para
explicar como consegue outor-
gar títulos de pós-graduação
em larga escala com padrão de
qualidade internacional. No
evento foi realçado que a USP
adota as três ferramentas es-
senciais para a busca da exce-
lência: a internacionalização, a
avaliação e o apoio institucio-
nal aos programas. A estratégia
da USP foi considerada exem-
plar, com resultados muito po-
sitivos, e recomendada como
exemplo a ser seguido.
Bernadette DoraGombossy de Melo
Franco: ficamosorgulhosos do
desempenho de nossosp ro g r a m a s .
OSistema Nacional de
Pós- Graduação
(SNPG) passa a
contar com uma nova
ferramenta online para
coletar informações,
realizar análises, avaliações
e servir como base de
referência. Trata-se da
Plataforma Sucupira, que
disponibiliza em tempo real
e com transparência as
informações, processos e
procedimentos que a Capes
realiza no SNPG para toda a
comunidade acadêmica.
Igualmente, a ferramenta
propicia a parte gerencial-
operacional de todos os
processos e permite maior
participação das pró-
reitorias e coordenadores de
programas de pós-
graduação. O
preenchimento das
informações, como
Cadastro de Discentes, na
plataforma pode ser feito
desde início de abril.
De acordo com o ministro
da Educação, José Henrique
Paim, um dos destaques do
novo sistema é dar
visibilidade à expansão da
pós-graduação brasileira. "A
Plataforma Sucupira fará
com que todas as
informações da pós
sejam
publicamente
acessíveis e que os nossos
esforços se tornem visíveis.
É importante lembrar que
tivemos um crescimento de
50% de cursos nos últimos
seis anos, e somente a
região Norte teve um
aumento de 40% nos
últimos três anos", lembrou.
Para o presidente da
Capes, Jorge Almeida
Guimarães, o antigo sistema
de avaliação era pouco
capaz de acompanhar os
avanços da pós-graduação
nos últimos anos. "Temos
uma taxa de crescimento de
20% por triênio. Isso
significa que provavelmente
chegaremos a mais de 6 mil
cursos na próxima Trienal.
Permitir que todos esses
dados fiquem
p e rm a n e n t e m e n t e
disponíveis será muito
importante", afirmou
Segundo o diretor de
Avaliação da Capes, Livio
Amaral, a transparência e a
publicidade são dois dos
avanços significativos
oferecidos pela nova
plataforma. "A busca da
transparência sempre foi o
ponto fundamental sobre a
avaliação da pós-
graduação. Temos de
ter os dados
t r a n s p a re n t e s
e tudo que fazemos e
produzimos na pós-
graduação deve ser de
acesso à sociedade no seu
todo", ressaltou.
Além da transparência, a
Plataforma Sucupira
pretende reduzir o tempo,
esforços e imprecisões na
execução de avaliação do
SNPG, promover maior
facilidade no
acompanhamento da
avaliação, gerar maior
confiabilidade, precisão e
segurança das informações
além de permitir um
controle gerencial mais
eficiente.
Para os programas de pós
e as instituições de ensino,
haverá maior facilidade e
simplicidade no processo de
coleta e envio das
informações. Além de
imediata visibilidade das
informações da instituição,
maior agilidade no processo
de solicitações e
comunicação junto à Capes.
Tudo isso por meio do envio
de informações
continuamente em tempo
real ao longo do ano e com a
possibilidade de integração
com sistemas de registro
acadêmico -corporativos.
Desenvolvimento
A Plataforma Sucupira é
fruto da parceria da Capes
com a Universidade Federal
do Rio Grande do Norte
(UFRN). Em maio de 2012, as
duas instituições assinaram
termo de cooperação para o
desenvolvimento de um
sistema voltado a coletar
informações dos programas
de pós-graduação em tempo
real e estabelecer os
procedimentos de avaliação
com transparência para toda
a comunidade acadêmica.
A escolha do nome da
plataforma é uma
homenagem ao professor
Newton Sucupira, autor do
Parecer nº 977 de 1965. O
documento, hoje conhecido
como "Parecer Sucupira",
conceituou, formatou e
institucionalizou a pós-
graduação brasileira
nos moldes como
é até os dias
de hoje.
Divulgação/Ernani Coimbra
dos 230
p r o gra m a s
da
universidade avaliados
tiveram nota 5 ou superior68%
Nova tecnologia traztransparência e agilidade
SXC