Espelho e Alma

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Espelho e Alma Fonte: http://uthoi.com.br/canalizacoes/28-espelho-e-alma Por vezes as palavras escritas não transcrevem as transparências das energias quando faladas pela boca e encaradas com os olhos. Como posso mostrar defeitos nas coisas imperfeitas, se o perfeito todos procuram? Como posso apontar para algum lugar no firmamento, se o infinito começa com as emoções que sentimos e não entendemos? Como posso dar atenção para as coisas em volta, se existem distâncias e diferenças? Como posso ser o Eu Sou EU Sou do meu ser, se meu ser não é Sergio, ou muito menos um Ajabiim? Sou Eu sou do Sou do que muitos dizem: Sou eu Sou eu Sou... Já não sou, então como posso te explicar ou te ensinar ou lhe mostrar, se não sou aluno e jamais professor? Nem professor quero ser. Qual o momento em que a intimidade se tonar íntima?!? Onde estão os preconceitos, as falhas, as vivências que derramamos quando as decepções se apresentam sem mostrar a ilusão do belo? Como posso caminhar lado a lado das pessoas, se os rios correm para o mar e, nem mesmo assim, as coisas acompanham o rio de cada vida? Como posso dizer "isso é bom para ti" ou se é excelente a muitos, se não sou um só, nem um pedaço de um só? Como posso dizer as coisas que sinto, se sinto muito por não sentir os mesmo sentidos de muitos? Como posso mostrar a luz que corre nas paredes das almas das pessoas, se estão escoradas como rochas? Como posso lhe dizer se algo é certo, errado ou se há talvez, quando muitos acham que a prateleira da sabedoria está debaixo de uma nuvem, diferente das cabeças, que julgam, que pensam e se consideram espertas e inteligentes? Como posso comprar um quilo de sabedoria, se não existe nas farmácias, nem nas bibliotecas dos pensamentos, nem nos hospitais dos lamentados da sorte ou da má sorte? Como posso ficar lado a lado de alguém, se todos me perguntam o porquê dos porquês? Como posso calar minha mente, se minha voz não acompanha as imagens da outra visão, além do oculto das sombras? Como posso gritar, se nem a voz de quem falo, ou para quem iram falar, chega no teto da consciencia, dos simplistas, dos sem regras? Como posso colecionar as pessoas que passam na minha vida, já que todos são pastagens, uns boiadas, outros janelas entreabertas, outros estacas nas estradas? Como posso explicar o que não há explicação? Então depois você me encontrar por ai e dizer "compreendo". E saimos de cabeça baixa para nada... Sim, para nada! Porque um orgasmo não vem da carne, muito menos da ideia que se cria. Qual o orgasmo que sai das entranhas do espírito e não se mistura com a alma? A alma não sente, o corpo padece, o espirito emudece. Como posso o que não posso dos que acham que posso? Sim, as crianças são crianças simplesmente... Mas nem sempre as inocências as acompanham... Então, como posso?! Como posso alimentar a vontade do prazer vivido tão simplesmente por viver em estado, ora em holograma, ora no mental? Como posso ser a flecha que corre para o acerto das contas, se o vazio mora ao lado? Como tirar a dor do outro, se o que me espeta é a mesma dor que muitos escondem na alma? Como posso dizer que a felicidade está dentro, se, acima, não encontramos o degrau que acompanha a sorte? Como posso limpar o espelho de minha vidraça, se os estilhaços estão no outro lado? Como posso acompanhar o vôo dos passaros, se minha asa está presa na minha mente? Como posso olhar o lírio dos campos, se meus campos estão em outra dimensionalidade? Como posso atravessar a avenida da vida, se nas esquinas existem alertas de perigos, alguns sem semáfaro, que poderão ser o berço da morte? Como posso me separar de algo, se desde o dia em que tenho consciência que estou aqui, ela, a morte, não se separa de mim? Como posso virar o corpo da vitalidade, se o espirito é bem mas antigo do que o próprio tempo? Como posso envelhecer buscando, se a busca não pára de buscar? Como posso encontar o reencontro, se as esquinas me levam para outras encruzas? Como posso cruzar o meu espelho, se o sol está além do reflexo? Como posso mergulhar na água da consciência inconsciente, se meu inconsciente não me deixa consciente? Como posso culpar tudo isso, se os culpados estão escondidos até mesmo dentro de mim? Como posso abrir a águia do amor que habita na minha alma, se na outra ponta existe o maravilhoso caçador de mim? Como posso não perguntar, porque, se perguntar, há respostas sem perguntas? Como posso ter a direção dos caminhos que não me foram apontados, se existe o silêncio oculto me

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Espelho e AlmaFonte: http://uthoi.com.br/canalizacoes/28-espelho-e-alma

Por vezes as palavras escritas não transcrevem as transparências das energias quando faladas pela boca e encaradas com os olhos.

Como posso mostrar defeitos nas coisas imperfeitas, se o perfeito todos procuram?Como posso apontar para algum lugar no firmamento, se o infinito começa com as emoções que sentimos e não entendemos?Como posso dar atenção para as coisas em volta, se existem distâncias e diferenças?Como posso ser o Eu Sou EU Sou do meu ser, se meu ser não é Sergio, ou muito menos um Ajabiim? Sou Eu sou do Sou do que muitos dizem: Sou eu Sou eu Sou... Já não sou, então como posso te explicar ou te ensinar ou lhe mostrar, se não sou aluno e jamais professor? Nem professor quero ser.

Qual o momento em que a intimidade se tonar íntima?!?Onde estão os preconceitos, as falhas, as vivências que derramamos quando as decepções se apresentam sem mostrar a ilusão do belo?

Como posso caminhar lado a lado das pessoas, se os rios correm para o mar e, nem mesmo assim, as coisas acompanham o rio de cada vida?Como posso dizer "isso é bom para ti" ou se é excelente a muitos, se não sou um só, nem um pedaço de um só?Como posso dizer as coisas que sinto, se sinto muito por não sentir os mesmo sentidos de muitos?Como posso mostrar a luz que corre nas paredes das almas das pessoas, se estão escoradas como rochas?Como posso lhe dizer se algo é certo, errado ou se há talvez, quando muitos acham que a prateleira da sabedoria está debaixo de uma nuvem, diferente das cabeças, que julgam, que pensam e se consideram espertas e inteligentes?Como posso comprar um quilo de sabedoria, se não existe nas farmácias, nem nas bibliotecas dos pensamentos, nem nos hospitais dos lamentados da sorte ou da má sorte?Como posso ficar lado a lado de alguém, se todos me perguntam o porquê dos porquês?Como posso calar minha mente, se minha voz não acompanha as imagens da outra visão, além do oculto das sombras?Como posso gritar, se nem a voz de quem falo, ou para quem iram falar, chega no teto da consciencia, dos simplistas, dos sem regras?Como posso colecionar as pessoas que passam na minha vida, já que todos são pastagens, uns boiadas, outros janelas entreabertas, outros estacas nas estradas?Como posso explicar o que não há explicação?

Então depois você me encontrar por ai e dizer "compreendo". E saimos de cabeça baixa para nada... Sim, para nada! Porque um orgasmo não vem da carne, muito menos da ideia que se cria. Qual o orgasmo que sai das entranhas do espírito e não se mistura com a alma? A alma não sente, o corpo padece, o espirito emudece.

Como posso o que não posso dos que acham que posso? Sim, as crianças são crianças simplesmente... Mas nem sempre as inocências as acompanham... Então, como posso?!Como posso alimentar a vontade do prazer vivido tão simplesmente por viver em estado, ora em holograma, ora no mental?Como posso ser a flecha que corre para o acerto das contas, se o vazio mora ao lado?Como tirar a dor do outro, se o que me espeta é a mesma dor que muitos escondem na alma?Como posso dizer que a felicidade está dentro, se, acima, não encontramos o degrau que acompanha a sorte?Como posso limpar o espelho de minha vidraça, se os estilhaços estão no outro lado?Como posso acompanhar o vôo dos passaros, se minha asa está presa na minha mente?Como posso olhar o lírio dos campos, se meus campos estão em outra dimensionalidade?Como posso atravessar a avenida da vida, se nas esquinas existem alertas de perigos, alguns sem semáfaro, que poderão ser o berço da morte?Como posso me separar de algo, se desde o dia em que tenho consciência que estou aqui, ela, a morte, não se separa de mim?Como posso virar o corpo da vitalidade, se o espirito é bem mas antigo do que o próprio tempo?Como posso envelhecer buscando, se a busca não pára de buscar?Como posso encontar o reencontro, se as esquinas me levam para outras encruzas?Como posso cruzar o meu espelho, se o sol está além do reflexo?Como posso mergulhar na água da consciência inconsciente, se meu inconsciente não me deixa consciente?Como posso culpar tudo isso, se os culpados estão escondidos até mesmo dentro de mim?Como posso abrir a águia do amor que habita na minha alma, se na outra ponta existe o maravilhoso caçador de mim?Como posso não perguntar, porque, se perguntar, há respostas sem perguntas?Como posso ter a direção dos caminhos que não me foram apontados, se existe o silêncio oculto me apontando com outras setas?Como posso o que não posso como eu posso?Como posso do que eu posso para o que os outros que não podem?Como posso entre os outros que não podem, se há ponte para o que posso diante das coisas que não se podem?Como posso diante das coisas que não se podem quebrar para que se possa?Como posso trilhar entre os postes, as estradas, o infinito diante do abismo de cada alma?

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Como posso diante de cada alma ser o necessário quando for, se o fim é virado para o começo?Como posso, enfim, não ser o fim de muitas coisas? Só posso no necessário quando for.