Esquadrinhando os quadrinhos dc nerdofobia 1

nerdofobia a revista do nerd que so teme outro nerd esquadrinhando Quadrinhos apresenta : 1

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Primeiro trabalho sobre quadrinhos da revista Nerdofobia e que visa desmistificar grandes classicos da nona arte. No primeiro número temos o Cavaleiro das Trevas. Frank Miller, Dark knight, Batman, Quadrinhos, Bruce Wayne, Comics, Dc

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nerdofobiaa revista do nerd que so teme outro nerd

esquadrinhando Quadrinhos

apresenta :

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ao LEItor Há quase 75 anos nascia nos Estados Unidos a New York Company, mas tarde tão conhecida por nós como DC Comics, a editora que criou o conceito de herois como Superman e Batman se tornou uma gi-gante do entretenimento e hoje é referência quando se fala em boas histórias e ótimos personagens.

Falar um pouco sobre as melhores aventuras de alguns dos grandes personagens da DC é mais um projeto da Revista Nerdofobia e tenta explicar de ma-neira rápida o que representa cada saga para a nona arte e como algumas delas modificaram a própria ma-neira de se ler quadrinhos, influenciando até mesmo a criação de novos selos voltados para o mercado adulto e desmistificando a lenda de que quadrinho é coisa de criança.

Para abrirmos essa compilação que tentará ser semanal, vamos começar com Batman e suas cinco grandes sagas, na nossa humilde opinião, não tinha-mos como começar com outro personagem, uma vez que a própria ideia dessa seção partiu de um quadri-nho lido por este que vos fala a muito tempo, mas que marcou a minha juventude e formou meu caráter.

Esperamos que essa rápida introdução a grandes histórias dos personagens DC possam ser a porta de abertura para que você possa ler esses materiais in-dispensáveis para quem se diz fâ de quadrinhos, ou pelo menos, quer se tornar um.

Jefferson Lobo

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Batman O heroi mais soturno e sombrio da história dos quadrinhos foi criado em 1939 por Bob Kane e Bill Finger estreando em Detetive Comics 27. De lá pra cá, já se reinventou inúmeras vezes e se tornou um dos maiores ícones da cultura pop mundial. Sendo um dos poucos heróis que não tem poderes além da inteligência e treinamento, o cruzado encapuzado é emblemático em si mesmo e na mão de bons escritores se torna uma arma de reflexão , aprofundando sua leitura em algo que pode ser realmente considerado a nona arte. Começando a sequência da série esquadrinhando quadrinhos da DC não podiamos deixar de falar de talvez a melhor revista já publicada do heroi.

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O CAVALEIRO DAS TREVAS

Considerada como a melhor histó-ria do Batman em todos os tem-pos, a hq escrita e desenhada

por Frank Miller redefiniu a forma de ver o cruzado de Gotham e a própria forma de se fazer quadrinhos.

Em um universo paralelo e não canone ( apesar de para alguns essa ser a história definitiva do persona-gem) os superheróis foram proibidos de lutar contra o crime pelo governo dos Estados Unidos. Nesse universo Batman se encontra aposentado, de-pois da provável morte do segundo robin, Jason Todd, e leva uma vida mais ou menos pacata para um bilio-nário anarquista e excêntrico. Como o mundo vive em plena guerra fria e com medo de uma guerra nuclear entre USA e URSS, ele começa a ter brechas para voltar a combater o cri-me em Gotham de maneira discreta, sem causar muito alarde. Mas como ele já é coroa (55 anos) liga um foda-se e parte para uma verdadeira revo-lução social e para o conceito de ser um vigilante encapuzado do crime.

Um dos pontos marcantes do

quadrinho é o temperamento e a vio-lência que o personagem emprega para resolver seus embates com os criminosos. O seu retorno violento e sangrento desperta velhos inimigos (Coringa) e amigos (Superman) para suas ações, além de colocar em che-que a autoridade de gente graúda como o próprio presidente dos Esta-dos Unidos,muito semelhante na sua aparência a Ronald Reagan, o que mais para frente se mostra o desen-cadeador de um dos maiores embates já visto nos quadrinhos.

Temos que falar que o contex-to em que Frank Miller reconstruiu o mito do Batman beira a anarquia. Seu morcego é sorrateiro, soturno, muito porradeiro e em alguns casos escolhe o jeito mais doloroso de imobilizar ou incapacitar seus oponentes, fora que seu discurso é revolucionário e contra a ordem vigente.

Um dos pontos mais legais da hq são a forma como Frank coloca os pensamentos do Batman (ranzinza, velho e ainda idealista) nas mais di-versas situações, fazendo com que

Anárquico e Brutal! Essas são as palavras para definir o retorno do morcego a ação. Cinquentão e sombrio, ele ressurge e marca a história dos quadrinhos como um divisor de águas para personagens psicologicamente abalados e profundos.

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seu raciocinio desenvolva a própria narrativa e mostre seu ponto de vista dos fatos. Também a maneira como ele faz os noticiários serem marca-dores de tempo e de desenrolar de ações pelo mundo.

A mitologia do heroi é aprofunda-da como se o tempo tivesse sido cruel com ele e de fato foi. Suas relações com antigos inimigos, em especial o Coringa são cheios de rancor e sofri-mento. Destaque para as aparições do Duas-Caras, da Mulher-Gato e o Arqueiro Verde que teve seu braço arrancado pelo superman.

Enfim, a própria amizade cordial com o azulão é muito bem explorada uma vez que o kryptoniano virou uma espécie de baba-ovo especial do go-verno americano, sendo o único su-perherói que age debaixo dos panos para defender o estilo americano de vida. Ou seja, o Batman é uma pedra no sapato do governo e do próprio super que em uma conversa revela que respeita o velho Bruce, mas não vai deixar ele destruir a pseudo paz alcançada a duras penas por ele.

Só isso já seria motivo suficiente para ler e reler várias vezes o qua-drinho, mas ainda temos a visão de Frank no desenvolvimento paternal de Bruce e sua nova robin, Carrie Kel-

ley, uma adolescente de 13 anos de idade que ajuda o quase sessentão a redescobrir suas forças e lutar contra o crime. Não esquecendo de antes do fim ter de derrotar o líder mutante das gangues de Gotham, ter um con-fronto animal e derradeiro com o Co-ringa, e literalmente chutar a cara do superman em uma das cenas mais icônicas de todos os quadrinhos até hoje.

Depois de seu enorme suces-so, O Cavaleiro das Trevas se tornou uma referência de boa história e pro-vou que os herois poderiam protago-nizar tematicas mais adultas e que fazem o leitor refletir. Se você não leu ainda esse marco dos quadrinhos mundiais você não tem vergonha e se já leu indique para sua namora-da(o), amigos, pai, mãe, tia, seu ca-chorro...

A única coisa para dizer e que resume o sentimento sobre O Cava-leiro das Trevas é a seguinte: Épica!

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