ESTADO DA ARTE: DOUTRINA DA PROTEÇÃO … · 02 2009 01 RS 01 SP 03 Adolescentes 02 Criança e...
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ESTADO DA ARTE: DOUTRINA DA PROTEO INTEGRAL
Marcia Regina Mocelin Universidade Tuiuti do Paran
Sarita A. de Oliveira Fortunato Universidade Tuiuti do Paran
EIXO TEMTICO: Gesto pedaggica e prticas de ensino e aprendizagem na dimenso da
diversidade e da incluso social e cultural
Resumo
Este trabalho visa analisar a produo cientfica sobre a temtica Doutrina da Proteo
Integral, direcionada aos direitos humanos de jovens e adolescentes no Brasil. Tem por
finalidade subsidiar, terica e metodologicamente, a investigao da temtica na rea
educacional. A pesquisa est dividida em 4 (quatro) categorias complementares: a Doutrina
da proteo Integral, o Estatuto da Criana e do Adolescente, o Adolescente em Conflito
com a Lei e a Socioeducao. Foram analisados quatro bancos de dados considerados da
maior relevncia em educao brasileira, o Banco de Dissertaes e Teses da Capes no
perodo de 1987 a 2011, uns dos mais importantes peridicos editados na rea da educao
no pas, a Revista Educao & Sociedade, o Caderno CEDES e a Revista Brasileira de
Educao.
Palavras-chave: Pesquisa Educacional, Doutrina da Proteo Integral, Gesto da Educao.
1. Introduo
O objeto de estudo dessa investigao exige compreender o que tem se realizado
enquanto produo do conhecimento para as polticas pblicas, que oferea alternativas de
soluo sobre a Doutrina da Proteo Integral e as subcategorias em anlise nela inseridas,
como a Adolescncia em Conflito com a Lei, o Estatuto da Criana e do Adolescente e a
Socioeducao.
Sua importncia situa-se na questo que diz respeito aos adolescentes infratores, em
conflito com a lei e a responsabilidade das polticas pblicas no que concerne educao
desses adolescentes, no sentido de fornecer s polticas pblicas elementos para superar a
situao existente o que concerne esse segmento to importante da sociedade.
Foram analisados elementos de bancos de dados considerados da maior relevncia em
educao brasileira, o Banco de Dissertaes e Teses da Capes ( 1987 a 2011), que rene
produes defendidas no stricto sensu do pas e que at o perodo investigado totalizava
-
2
458.657. As informaes deste banco so fornecidas diretamente a Capes pelos programas
que so responsveis pela veracidade dos dados.
A Revista Educao & Sociedade que teve seu primeiro nmero publicado em 1978, e
que at 2011 disponibiliza 117 exemplares um dos mais importantes peridicos editados na
rea da educao no pas. Publicada quadrimestralmente, como um instrumento de excelncia
no que diz respeito ao incentivo a pesquisa acadmica, possui um acervo de informaes, de
grande interesse aos que atuam nas cincias humanas. I indexada internacionalmente, recebe a
contribuio no s do nosso pas, mas tambm de autores de diversos pases.
Os Cadernos Cedes so outra fonte primordial de pesquisa como publicaes
especficas, de carter temtico direcionadas a pesquisadores da rea educacional.
Totalizando, de 1980, at 2011, 85 volumes, com inmeros artigos e resenhas que contm
excelente subsdio para as pesquisas.
As publicaes quadrimestrais da Revista Brasileira de Educao da ANPED
Associao Nacional de Ps Graduao e pesquisa em Educao em coedio com a Editora
Autores Associados, desde 1995 e at 2011 conta com 48 nmeros com artigos cientficos
que visam o fomento a pesquisa. A anlise desses documentos nos auxiliar na compreenso
da relevncia do estudo proposto, bem como o mapeamento da produo cientifica acadmica
educacional.
Ao fazermos o levantamento deste acervo cientfico pudemos observar o significativo
aumento da preocupao com a formao humana embasada nos direitos em relao a se fazer
cumprir a doutrina da proteo integral para nossas crianas e adolescentes, nos mbitos
municipais, estaduais e federais.
Foram elencadas 4 categorias diferentes que se interligam e interagem. A Doutrina da
proteo Integral, o Estatuto da Criana e do Adolescente, o Adolescente em conflito com
a Lei e a Socioeducao.
Assim, apresentam-se os dados para anlises ainda iniciais sobre a categoria Doutrina
da Proteo integral nas dissertaes de mestrado.
2. Primeira categoria analisada: Doutrina de proteo integral
2.1. Doutrina de proteo integral nas dissertaes de mestrado
Foram analisadas 38 (trinta e oito) dissertaes, conforme tabelas abaixo:
Tabela 1. Dissertaes por ano de 1987 a 2011
-
3
Tabela 2. Incidncia por Estados
RS
02
SC
08
PR
01
SP
14
RJ
03
MG
01
ES
01
MA
01
PB
01
AM
03
GO
01
AP
01
CE
01
possvel perceber que o tema s comea a ser debatido a partir de 1995, e ainda
assim com muita timidez. Somente em 2003 que as pesquisas comeam a tornarem-se mais
intensas culminando em 2010 com sete dissertaes. Todavia o contedo dessas dissertaes ,
assim como o das teses, est em anlise dentro dos campos de conhecimento aqui detectados.
Grfico 1
A regio Sul e a regio Sudeste concentram 30 das 38 dissertaes analisadas,
restando apenas 8 (oito) dissertaes para as outras 3 regies do Brasil.
Observando esses dados podemos inferir um primeiro momento que: o Brasil muito
mais desenvolvido cientificamente nas menores regies em extenso territorial; e seu
desenvolvimento causa uma relevante preocupao com a dignidade e formao humana
atravs da garantia de seus direitos.
Tabela 3: reas do Conhecimento
dissertaes por estado
RS
SC
PR
SP
RJ
MG
ES
MA
PB
1995
01
1996
01
1997
01
1998
02
2001
02
2003
05
2004
01
2005
03
2006
02
2007
02
2008
05
2009
03
2010
07
2011
03
-
4
Sociologia
03
Servio social
05
Direito
23
Educao
04
Polticas pblicas
01
Psicologia
02
Grfico 2
Novamente fica evidente a incidncia da rea de concentrao maior do Direito,
seguida pela Assistncia Social e depois Educao, no restando dvidas que o que se procura
no conhecer os seus direitos e educar-se para garanti-los, mas, simplesmente cumprir a Lei.
So reafirmadas nas palavras-chave o que acima dito, quando verificamos que, criana e
adolescente, medidas socioeducativas, proteo Integral, ECA e direitos aparecem
com maior incidncia
2.2.Metodologias utilizadas nas dissertaes analisadas
De uma maneira geral as dissertaes apresentadas nesse bloco sob a categoria maior
da Doutrina da Proteo Integral, tm um atendimento especfico sobre as legislaes que
regem a criana e o adolescente. Uma forma de comparao entre leis, pareceres, declaraes
e snteses histricas aparecem na grande maioria dos textos. Poucas trazem o estudo de caso
em evidncia e ainda em sua maioria apontam a quantificao de dados. Portanto, a maioria
pode ser apontada como descritiva documental.
Neste sentido, o aporte terico rene, enquanto apoio bibliogrfico, obras de junho
jurdico.
2.3. Doutrina da proteo integral nas teses de doutorado
Foram analisadas 4 (quatro) teses. Observou-se com muito interesse, que um assunto
de tamanha relevncia e destaque no cenrio nacional, s tenha o olhar atento dos
rea do conhecimento
sociologia
servio social
direito
educao
politicas
psicologia
-
5
pesquisadores dez anos depois de promulgado o Estatuto da Criana e do Adolescente e ainda
com uma pesquisa muito pequena.
Tabela 4. Quantidade de teses por ano de 1987 a 2011:
Tabela 5. Incidncia por Estados:
Importante analisar o fato de concentrarem-se em So Paulo trs das quatro teses. O
estado mais populoso e com maior ndice de violao de direitos humanos do Brasil traz
tambm a maior preocupao com as questes da proteo da criana e do adolescente. As
reas do conhecimento abordadas foram Ensino Profissionalizante teses e Direito, duas teses
por rea.
Tendo somente 4 teses para anlise fica complexo emitir um parecer concreto sobre a
incidncia da rea do conhecimento. No entanto dos dados que temos, aponta-se o equilbrio
entre a rea da educao e a rea jurdica.
Nas palavras chave ou nas subcategorias de anlise, mesmo tendo uma equidade entre
as reas de conhecimento percebe-se que a tendncia pela rea do Direito e no pela rea da
Educao, como apresenta a tabela a seguir:
Tabela 6. Palavras-Chave:
2000
01
2006
02
2009
01
RS
01
SP
03
Adolescentes
02
Criana e
adolescente
01
Direitos a imagem
01
Direito da
personalidade
01
Desigualdade social
01
tica
01
ECA
03
Gerao de renda
01
-
6
2.4. Metodologia utilizada
Os autores em suas teses determinam sua metodologia em apenas duas delas. Em uma
delas, diz ser sua metodologia os aportes etnogrficos da histria de vida. E na outra aponta
a metodologia utilizada como o Materialismo histrico dialtico. Assim como nas
dissertaes dessa categoria analisada as teses trazem uma forma de comparao entre Leis,
pareceres e declaraes, assim como snteses histricas. Em uma das teses tambm
apontado o estudo de caso de uma escola.
Quanto ao aporte terico, o apoio bibliogrfico rene obras, sobretudo de cunho
jurdico, como tambm so apontados Paulo Freire e Kant em uma das teses.
3. Segunda Categoria Analisada: O Estatuto da Criana e do Adolescente
Em nossa segunda categoria de anlise trataremos sobre o Estatuto da Criana e do
Adolescente nas dissertaes de mestrados, onde a quantidade de dissertaes analisadas
soma 82 (oitenta e duas) pesquisas.
Tabela 7. Quantidade de dissertaes por ano de 1987 a 2011:
O tema Estatuto da Criana e do Adolescente a categoria mais debatida das
categorias de anlises propostas. H uma regularidade entre os anos de 1996 e 1998 em torno
de 7 (sete) e 8 (oito) dissertaes, e uma permanncia de preocupao em todos os anos em
abordar esse assunto to polmico e erroneamente interpretado.
Grfico 3
Infrao
01
Psiclogo escolar
01
Trabalho Educativo
01
Trabalho Infantil
01
1990
01
1993
04
1994
08
1995
03
1996
07
1997
07
1998
08
1999
02
2000
02
2001
05
2002
03
2003
03
2004
03
2005
02
2006
03
2007
05
2008
03
2009
05
2010
04
2011
03
-
7
Tabela 8. Incidncia por estado:
RS
04
SC
13
PR
08
SP
30
RJ
12
MG
01
DF
01
PE
02
PB
02
AM
02
GO
01
RN
01
CE
03
PA
02
A regio Sul e a regio Sudeste concentram 68 das 82 dissertaes analisadas,
restando apenas 14 dissertaes para as outras 3 (trs) regies do Brasil. Se ainda
subdividirmos as regies sul e sudeste percebemos que a regio sudeste fica com 43 das 68
dissertaes, ou seja, com o dobro da regio Sul. E ainda numa anlise micro podemos
perceber o estado de So Paulo quase trs vezes a frente do segundo colocado que o estado
de Santa Catarina.
A quantidade de dissertaes de mestrado reas do conhecimento abordadas esto
delineadas na tabela abaixo, para melhor compreenso.
Tabela 9: reas do conhecimento
Sociologia
05
Servio social
19
Direito
30
Educao
15
Polticas pblicas
01
Psicologia
02
Histria
01
Cincia Poltica
02
Filosofia
02
Cincias
sociais
05
Administrao
01
Enfermagem 01
Notamos que a rea de concentrao do Direito a maior em nossa pesquisa, no
entanto, se observarmos por outro ngulo, percebeu-se que as reas de Cincias Sociais
(sociologia, cincia poltica), Servio Social e Educao ultrapassam a rea supracitada, o que
0
5
10
15
20
25
30
1990 a 1995 (16)
1996 a 2000 (26)
2001 a2005 (16) 2006 a 2010 (20)
nmero de dissertaes a cada 5 anos
-
8
abre uma nova viso acerca dos estudos sobre o Estatuto da Criana e do Adolescente,
fazendo com que as leis no sejam mais o foco principal, mas um suporte para a anlise das
outras cincias.
Tabela 10. Palavras chave:
Adoo
02
Adolescente
11
Adolescncia
03
Abrigo
01
Ato infracional
01
Crianas
12
Criana e
adolescente
12
Conselho tutelar
07
Cidadania
01
Castigo
01
Direitos da criana
e do adolescente 05
Direito do menor
01
Direitos
04
Escola
01
tica
01
Estado
01
ECA
19
Educao
06
Evaso
01
Emancipao humana
01
Filiao adotiva
01
Famlia
03
Genocdio
01
Garantia de direitos
01
Governo
01
Justia
01
Legislao
03
Liberdade
01
Infncia
02
Infrao
03
Movimento
nacional 01
Meninos de rua
02
Menor
03
Movimentos
sociais 02
Medidas socioeducativas
05
Proteo
01
Polticas sociais
01
Regime fechado
01
Rua
01
Sinase
01
Trabalho infanto
juvenil
06
Tutela
04
Violncia
03
Sade
01
Dignidade
01
Comeam a aparecer aqui nas palavras chave relao com a modificao do objeto
de estudo destas dissertaes. O Estatuto aparece aqui como categoria maior de anlise,
seguida de palavras que modificam o olhar do leitor. Pois agora a Lei d vez observao da
Criana e do Adolescente em toda a sua simbologia, atravs das Polticas Sociais e da
Educao.
3.1. Metodologia utilizada
Nas dissertaes ora analisadas, quando se trata de metodologia utilizada, existem
grandes equvocos relacionados ao que realmente uma metodologia de pesquisa.
Confundem-se metodologia, com mtodo na maioria das anlises. Pudemos encontrar
algumas anotaes como anlise coletiva dos direitos, anlise documental, estudo
qualitativo de carter exploratrio, quadro comparativo pesquisa quali-quantitativa,
pesquisa de campo, mtodo dedutivo e ontologia marxiana, para definir a metodologia
utilizada.
No geral as dissertaes apresentadas nesse bloco sob a categoria maior do Estatuto da
Criana e do Adolescente tem uma grande preocupao em como esto sendo tratados os
-
9
direitos das crianas e dos adolescentes sob um enfoque bem mais sociolgico do que o
tratado na categoria Doutrina da proteo Integral. Tem um atendimento especfico sobre as
legislaes que regem a criana e o adolescente.
Raras so as dissertaes que identificam os seus aportes tericos. Em algumas das
dissertaes (mais especificamente 6 das 82) aparecem citados sob qual luz se escreve e se
direcionam os textos. Nestas encontramos: Aristteles, Oswaldo ferreira de melo, Marx,
Lukacs, Meszaros, Tonet, Lessa, Jimenez, Paniago, costa, Foucault, Deleuze, Guatari, Rolnik,
Pages, Bonetti, Gaulajac. No entanto a maioria ainda das citaes so referentes as duas leis
principais: a Constituio Federal e o Estatuto da Criana e do Adolescente.
3.2 Estatuto da Criana e do Adolescente nas teses de doutorado
Em comparao ao nmero de dissertaes desenvolvidas sobre o assunto, as teses
analisadas (doze), tm uma quantidade no to expressiva, no entanto se comparada ao
nmero de teses em relao a categoria da Doutrina da Proteo Integral, de trs vezes
maior. Mantm uma linearidade de no mximo duas ou trs teses anuais, porm com um
espaamento de tempo maior.
Tabela 11. Quantidade de teses por ano de 1987 a 2011
Tabela 12. Incidncia por Estado
Todas as teses dessa categoria de estudo centram-se nas regies sul e sudeste.
Novamente So Paulo o estado que traz 50% das teses analisadas.
Tabela 13. rea do conhecimento
mais evidente o avano e o interesse no estudo dessa rea sob o enfoque da
Educao e das Cincias Sociais, fazendo agora com que a rea do direito no esteja mais em
primeiro lugar.
1995
01
1996
02
2000
01
2001
02
2006
03
2007
01
2008
01
2009
01
SP
06
RJ
03
PR
01
RS
02
Servio Social
03
Direito
04
Educao
03
Cincias Sociais
01
Psicologia
01
-
10
Tabela 14. Palavras-chave
Adoo
02
Adolescente
02
Abrigo
01
Constituio
01
Cidadania
01
Criana
03
Criana e
adolescente
01
Direitos da criana e
do adolescente
01
Desigualdade
social
01
Excluso social
01
ECA
02
Educao especial
01
Educao
01
Juventude
01
Legislao
01
Municpio
01
ONGs
01
Poltica social
01
Trabalho social 01 Trabalho
01
Nas palavras chave a categoria de anlise Estatuto da Criana e do Adolescente
acompanha a rea de concentrao maior que so as Cincias Sociais e a Educao, dando
maior sentido na busca de esclarecimentos e pesquisas no que diz respeito formao do ser
humano e da no violao dos seus direitos para o exerccio pleno da cidadania.
Diferentemente das dissertaes, e de fcil compreenso, nas teses, os autores definem
com mais clareza as suas metodologias. Nesse bloco de anlise identificou-se: Estudo de
caso, Analise documental, Entrevistas, Reconstruo histrica, Analogia,
Perspectiva qualitativa, Vis dialtico crtico, Materialismo histrico e dialtico. No
entanto, sobre a referncia bibliogrfica nesses 12 estudos apenas houve a referencia a
Pressupostos marxianos e Bardin.
4. Terceira categoria de anlise: Adolescente em conflito com a lei
Essa categoria de anlise uma categoria em evidencia a partir dos anos 2000,
pois entende-se que a sociedade passa por um perodo de evoluo e intensificao da
violncia e da criminalidade infanto juvenil, consequentemente seu campo de estudo tambm
fica em evidencia. Em 2010 apontado seu auge com 10 estudos significativos.
Assim colocado, neste contexto, foram analisadas 52 (cinquenta e duas) dissertaes
de mestrado, considerando o perodo de 1987 a 2011. Para melhor esclarecimento observe as
tabelas a seguir:
4.1. Adolescentes em conflito com a lei em dissertaes de mestrado
Tabela 15. Quantidade de dissertaes por ano de 1987 a 2011
1996
01
1997
01
1999
01
2000
01
2002
03
2003
05
2004
01
2005
03
2006
06
2007
05
2008
04
2009
04
2010
10
2011
07
-
11
Tabela 16. Incidncia por estados
RS
07
SC
01
PR
05
SP
11
RJ
04
MG
04
ES
01
DF
05
RO
01
BA
02
GO
01
PA
01
CE
02
PB
02
RN
02
PE
03
A regio Sul e a regio Sudeste concentram 33 das 52 dissertaes analisadas,
restando 19 dissertaes para as outras 3 (trs) regies do Brasil. Em comparao com as
outras categorias analisadas at aqui podemos observar um aumento significativo dos estudos
nessas regies. possvel interpretar que houve um incremento ou um fomento nos cursos de
ps graduao dessas regies.
Nessa 3 categoria analisada, surpreendentemente, o foco sai da rea jurdica e vai para
a rea da psicologia aliada a educao. Surpreendente pelo fato dessa categoria entre as 4
estudadas, ser a mais ligada as questes jurdicas. Percebe-se a preocupao na formao
desses indivduos em detrimento do simples cumprir da lei. Nas palavras - chave a
preocupao com a categoria adolescente fica em evidencia, at mesmo porque acompanha a
questo da mudana de foco da rea jurdica para a rea da psicologia.
As dissertaes apresentadas nesse bloco sob a categoria maior do Adolescente em
Conflito com a Lei apresentam como metodologias utilizadas: o estudo de caso; a pesquisa
documental; o estudo comparativo; entrevistas; carter exploratrio; pressupostos
tericos da psicologia scio histrica; abordagem sistmica, psicossociolgica e
psicanaltica; anlise fenomenolgica; observao participante,quantitativa, transversal,
descritiva e correlacional; mtodo indutivo e cartesiano.
Em se tratando dos aportes tericos utilizados nas pesquisas, aparecem mais
especificamente os nomes dos tericos. Os mais citados nas dissertaes analisadas foram
Vygotsky e Freire e Arroyo. Tambm foram citados outros estudiosos como: Trindade,
Lauren, Azevedo, Bonetti, Bernardo, Bourdieu, Castel, Souza, Carvalho, Eyng, Raposo,
Winnicott, Lvinas, Piaget, Lawrence kohlberg, Bakhtin, Rosseti, Pinto e Cordi. Citaram
tambm a utilizao de aportes embasados na pedagogia histrico critica e a psicologia
histrico-cultural. E para finalizar acompanham em 100% as dissertaes as leis maiores:
ECA e Constituio Federal de 1988.
4.2. Adolescentes em conflito com a lei nas teses de doutorado
-
12
O tema adolescente em conflito com a lei nas teses de doutorado s entra em questo a
partir do ano de 2005. Portanto, 15 anos depois do Estatuto da Criana e do Adolescente
entrar em vigor. E se olharmos atentamente to recente e to pouco explorado que s consta
no cenrio nacional h menos de uma dcada. Das 6 (seis) teses analisadas, a incidncia por
estado, no Rio de Janeiro concentra 50% dos estudos em relao a essa categoria de anlise.
Quanto s reas do conhecimento, 2 (duas) teses se direcionam para a rea da Educao, 1
(uma) para rea da Sade, 1 (uma) para Economia, 1 (uma) para Psicologia e 1 (uma) para
Direito
Sendo assim, afirma-se que nas 6 (seis) teses analisadas o foco diverso,
demonstrando que a problemtica do adolescente em conflito com a lei passvel de
consideraes e aprofundamentos cientficos em todas as reas do conhecimento. No que se
refere ao levantamento das palavras chave, podemos observar na tabela a seguir:
Tabela 17 . Palavras chave
Criana em situao
de risco
01
Adolescente
01
Sade
01
Cidadania
01
Juventude
02
Criminalidade
01
Subjetividade
01
Representaes
sociais
01
Alienao parental
01
Conflitos conjugais
01
Me solteira
01
Polticas pblicas
01
Governo
01
Vida nua
01
Memria social
01
Fica evidente nas palavras chave a variedade da rea de conhecimento e suas
subcategorias de analise. Pois, apenas nas duas teses da rea da educao um termo se repete.
Metodologia utilizada est centrada no trabalho em grupo, na perspectiva crtica, na
anlise dialtica, na pesquisa qualitativa e nas tcnicas de microeconometria, apontadas pelos
autores das teses aqui analisadas. Nesse bloco de anlise chamou a ateno forma da
metodologia da tese com rea de conhecimento em economia, por ser de uma rea no
comum a educao. J o aporte terico observado nas teses pesquisadas, apresenta-se numa
perspectiva scio construtivista, na teoria das representaes sociais de Michel Foucault e
Giorgio Agamben, alm das Leis, aportes indicados pelos autores das pesquisas.
5. Quarta categoria de anlise: Socioeducao
5.1. Socioeducao nas dissertaes de mestrado
-
13
Nesta ltima categoria, foram 23 (vinte e trs) pesquisas cientficas analisadas.
Percebeu-se por meio desta investigao, o aumento dos estudos sobre a temtica
Socioeducao nos anos finais da dcada de 90 (noventa) e incio dessa dcada. Interpreta-se
que a evidncia de tal aumento se deu em vista da preocupao dos rgos pblicos
responsveis pelo bem estar social, pressionados pela opinio pblica, nos mbitos: federal,
estadual e municipal, em implantarem polticas pblicas que incluam, por definitivo, nos seus
debates e direcionamento poltico educacional, a questo da Socioeducao, bem como
incentivo pesquisa cientfica como parte dos estudos da diversidade cultural.
Tabela 18. Quantidade de dissertaes por ano de 1987 a 2011
2003
01
2004
01
2006
01
2007
05
2009
02
2010
06
2011
07
Das 23 (vinte e trs) dissertaes de mestrado analisadas, a incidncia por estados est
distribuda da seguinte forma: 3 (trs) dissertaes em So Paulo, 5 (cinco) no Rio Grande do
Sul, 11 (onze) no Paran, 2 (duas) no Rio de Janeiro, 1 (uma) em Santa Catarina e 1 (uma) no
Distrito Federal. De todas as dissertaes analisadas somente uma no faz parte da regio sul
ou sudeste. E a incidncia maior do tema nessa categoria se d no estado do Paran e em
diferentes cidades, como Curitiba, Maring, Ponta Grossa e Londrina.
Considerando as informaes investigadas, pergunta-se: Existiria um aumento
significativo de adolescentes em conflito com a Lei nesse estado (Paran) para tornar a
preocupao to evidente, a ponto de proporcionar a pesquisa cientifica?
Martini (2010) [et.al] Kersting (2003) ao discutir sobre o Estado como garantia de
direitos e deveres, prope:
[...] o conceito de direito humano procurado numa esfera pr-cultural e enfatiza residir
o carter revolucionrio de direito humano no fato de erigir uma ordem normativa de
pura interpessoalidade, prioritrias sobre ordens jurdicas estatais, sobre todos os
crculos culturais histricos e todas as interpretaes morais religiosas ou metafsicas do ser humano e da conduta humana (MARTINI, 2010, p. 243).
Portanto, segundo a autora, baseada nos estudos de Kersting (2003), no que se refere
questo dos direitos humanos, afirma que o nico ser humano um ser finito, mortal,
vulnervel, capaz de sofrer, resultando por isso, num estado de ausncia de assassinato e
homicdio, dor, violncia, fome, misria, opresso, tortura e explorao. Assim, tal proteo
s pode ser concedida via Estado.
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O Estado e o Direito produzem um respeito fundamentado no poder, um respeito
liberdade dos outros que , sobretudo, um respeito privacidade dos outros; dentro
dessa zona de privacidade individual a ser respeitada, pode florescer a diferena. Tal
respeito mtuo que mantm a devida distncia torna-se suficiente e no requer que
haja necessidade de uma especial familiaridade coletivo-cultural para restabelecer a
ordem (MARTINI, 2010, p.243).
Nessa linha de raciocnio, a autora destaca que Kersting (2003) faz uma classificao
aos direitos humanos: condicionais e programticos. Coloca que os direitos humanos
condicionais abrangem o direito vida, incolumidade fsica e segurana bsica. Isto
significa condies de vida sem violncia, dentro de uma organizao poltica previsvel e
confivel. Tais direitos condicionais asseguram a melhoria da vida poltica, mas a extenso
deles depende da efetividade dos direitos programticos (direito liberdade, igualdade
poltica, democracia) do ponto de vista de uma tica cidad.
Certamente, a resposta para a questo formulada acima, nos remete a uma resposta
necessria em pesquisar o tema na sua profundidade e complexidade social e econmica.
No contexto das dissertaes analisadas 4 (quatro) so da rea da Psicologia, 5 (cinco)
da rea da educao, 6 no campo do Servio Social, 2 (duas) da rea do Direito, 1 (uma)
dissertao nas reas de Lingustica, Cincias Sociais, Teologia, Interdisciplinaridade e Sade
Coletiva, respectivamente.
O reordenamento institucional, e as modificaes nos programas educacionais e da
assistncia social por parte do governo transparecem no estudo das dissertaes sobre a
Socioeducao. Iniciamos as nossas anlises com uma total nfase nas cincias jurdicas que
lentamente vo dando lugar aos estudos de sociologia e educao. Nas palavras chaves a
ligao entre polticas pblicas e Socioeducao demonstra como o foco agora no aplicar a
sano, mas sim propor polticas que realmente possam sanar o problema da infrao juvenil.
Metodologia utilizada e aporte terico
As dissertaes de mestrado aqui analisadas apresentam metodologias similares s
apresentadas nas demais categorias de anlise, como por exemplo, o estudo de caso e a
pesquisa bibliogrfica, Os referenciais em destaque so principalmente Foucault, e Vygotsky
alm de outros como Saviani, Thompson, Piaget, Monteiro Lobato, Nelly Novaes, Bakhtin,
Volpi entre outros autores de cunho dialtico.
5.2. Socioeducao nas teses de doutorado
Foram analisadas duas teses apenas de doutorado, sendo uma do ano de 2006 e outra
do ano de 2011. Uma da Universidade de So Paulo e outra da Universidade do Estado do
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Rio de janeiro. A de So Paulo da rea da Educao e a do Rio de janeiro da rea
interdisciplinar. Nas palavras chave o que temos so: adolescente; direito a educao e
ambivalncias; contradies; controle e crime.
De forma clara uma das teses prope a reorganizao dos programas de socioeducao
atravs dos estudos de convenes, recomendaes, diretrizes e regras, enquanto a outra
prope a observao em relao a mudana do controle dos discursos dos atos infracionais.
Nenhuma delas traz um aporte especfico. Ambas pautam-se nas leis.
Resumindo e ao considerar as anlises at aqui delineadas, de forma geral, pudemos
constatar ao fazer esse estudo do que j temos publicado que:
Tabela 19 Conforme as quatro categorias de anlise: nmero de dissertaes de mestrado e
teses de doutorado
CATEGORIA DE ANLISE DISSERTAO DE
MESTRADO
TESE DE
DOUTORADO
DOUTRINA DE PROTEO INTEGRAL 38 04
ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE 82 12
ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI 52 06
SOCIOEDUCAO 23 02
TOTAL 195 24
6. Algumas consideraes
As 195 dissertaes de mestrado e 24 teses de doutorado analisadas para compor o
novo estudo intitulado DOUTRINA DA PROTEO INTEGRAL: UMA DOUTRINA
PARA FORMAO HUMANA?, somam 219 estudos de relevncia, sendo 42 na categoria
Doutrina da proteo Integral; 94 na categoria Estatuto da Criana e do Adolescente; 58 na
categoria Adolescente em Conflito com a Lei e 25 na categoria Socioeducao, ficando o
mapa da seguinte forma:
Grfico 5 Categorias de anlise
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Em relao distribuio das dissertaes e teses por ano:
Grfico 6 Incidncia de estudos por ano
Na Incidncia por estados os estudos revelam a regio sul e sudeste com o domnio da
produo cientfica do pas. Na rea de concentrao maior das pesquisas verificamos que a
rea jurdica com 67 estudos se destaca das demais. No entanto, seguida de muito perto pela
Educao (40), e Servio Social (35). Nas palavras chave as quatro categorias maiores de
anlise so as que se destacam, seguidas de categorias que esto diretamente ligadas a elas.
Por exemplo: Doutrina da Proteo Integral/Direitos; Adolescente em conflito com a
Lei/Criana e Adolescente; Socioeducao/Medidas Socioeducativas /Ato Infracional, e,
todas elas podem vir somadas a categoria ECA.
Por fim quando nos debruamos sobre a anlise da metodologia utilizada e do aporte
terico principal das dissertaes e teses conclumos a carncia em identificar com
propriedade a metodologia denominada corretamente, sem ser confundida com mtodo de
estudo. Os referenciais mais citados so sempre a legislao acompanhada de alguns
referenciais mais citados como Marx, Foucault e Vigotsky.
0
20
40
60
80
100
doutrina da proteo integral
estauto da criana e do adolescente
adolescente em conflito com a lei
socioeducao
categorias de anlise
0
10
20
30
incidncia de estudos por ano
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Ao fazermos a anlise da produo bibliogrfica da Revista Educao & Sociedade
que teve seu primeiro numero em 1978, somando at 2011 117 exemplares, o que significa
mais de uma milhar de artigos e resenhas, confirmamos uma ausncia muito significativa do
debate em torno das questes ligadas a Doutrina da Proteo Integral. Temos apenas 6
trabalhos de pesquisa abaixo listados:
Tabela 20 Artigos analisados: ttulo, autor, nmero do peridico e ano de publicao
Uma Pedagogia para o Menor
Marginalizado
Angel Pino Sirgado
N 04
1979
O reino do crime
Jos Manoel de Aguiar Barros
N 20
1985
A questo do menor e o significado da
infncia na sociedade burguesa
Angel Pino Sirgado
N 28
1987
Quando a violncia infanto-juvenil indaga
a pedagogia
Miguel Gonzlez Arroyo
N 100
2007
Trabalho pedaggico com adolescentes
em conflito com a lei: feies da
excluso/incluso.
Silvana Machado Cella
&
Dulce Maria Pompo de Camargo
N 106
2009
Cidadania, educao e responsabilidade
social: percursos biogrficos de jovens
grvidas em contextos de proteo social.
Laura Fonseca
Sofia Santos
&
Jos Manuel Peixoto
N 117
2011
Todos os estudos apontam para caminhos e perspectivas que levam a perceber a
ausncia ou quase estagnao de uma possvel transformao. O principal item entendido
como facilitador para a no transformao a falta de investimentos e polticas pblicas
especficas e adequadas a cada espao e suas condicionantes.
A urgncia em unir os polos famlia, escola e sociedade sugerido em todos os
estudos como um possvel indicador de transformao social. Abandonar em todas as
instncias o velho paradigma da punio e represso e dar lugar a prtica da aquisio dos
direitos e deveres, para uma cidadania plena.
Os Cadernos Cedes, outro instrumento de investigao, so publicaes de carter
temtico publicados desde 1980 e at 2011, somam 85 volumes. O Caderno temtico nmero
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81 de maio a agosto de 2010, intitulado Educao e Direitos Humanos: Contribuies para o
Debate se aproxima de nosso objeto de investigao e o referencial dessa anlise.
Nesse caderno temos 7 (sete) artigos com temas variados como podemos observar na
tabela a seguir:
Tabela 21 Artigos analisados por ttulo e autor
Derechos humanos y gnero
Rita Radl Philipp
Ressocializao: o desafio da educao no sistema prisional feminino
Elisangela Llis Cunha
O idoso na contemporaneidade:
a necessidade de se educar a sociedade para as exigncias desse novo
ator social, titular de direitos.
Dulce C. Andretta Whitaker
Convivencia familiar e comunitria direito da criana e do
adolescente e uma realidade a ser repensada pela escola.
Maria Aparecida Nery
A preveno s drogas como garantia do direito vida e sade: uma
interface com a educao
Luci Mara Bertoni e Dulcinia da Silva
Adorni
Preparao para o trabalho na fundao CASA: as oficinas
profissionalizantes
Camilla Marcondes Massaro
Educao e direitos Humanos: desafios para a escola contempornea
Angela Viana Machado Fernandes e
Melina Casari Paludeto
Os estudos trazem variadas anlises sobre direitos e discutem sobre sexo-gnero com
nfase na dignidade humana; o idoso e as mudanas sociais que implicam em sua perda de
poder; o direito a convivncia familiar e comunitria da criana; preveno de drogas como
direito a vida; oficinas de trabalho em centro de Socioeducao; educao voltada aos direitos
humanos e a excluso de mulheres reeducandas em processo de ressocializao.
O ltimo referencial analisado neste Estado da Arte so as publicaes quadrimestrais
da Revista Brasileira de Educao da ANPED Associao Nacional de Ps Graduao e
pesquisa em Educao em coedio com a Editora Autores Associados. So 48 (quarenta e
oito) nmeros publicados de 1995 a 2011. Nestes nmeros publicados encontramos 5 (cinco)
artigos e duas resenhas (citando o primeiro nmero do ano de 2012) que esto ligados ao
nosso objeto de investigao, a saber:
Tabela 22 Artigos e resenhas analisadas: ttulo, autor, nmero do peridico e ano
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A normatizao da pobreza: crianas
abandonadas e crianas infratoras
Carmen Sylvia Vidigal Moraes
N 15 2000
Priso especial e diploma de ensino
superior: uma aproximao crtica
Carlos Roberto Jamil Cury
Maria Alice Nogueira
N 16 2001
Estratgias sociais e educao prisional na
Europa: viso de conjunto e reflexes
Hugo Rangel
N 34 2007
A pedagogia social e as racionalidades do
campo socioeducativo (resenha)
Zucchetti, Dinora Tereza
N 38 2008
Adolescncia - violncia: desperdcios de vidas (resenha)
Guralh, Soeli Andrea;
Migliorini, Silvia R. Martins L.
N 38 2008
O impacto da educao e do trabalho como
programas de reinsero social na poltica
de execuo penal do Rio de Janeiro
Julio, Elionaldo Fernandes.
N 45 2010
As escritas de si na privao de liberdade:
jovens em conflito com a lei arquivando a prpria vida
Nilda Stecanela e Evaldo
Antonio Kuiava
N 39 2012
O resgate da trajetria de meninos e meninas que no tiveram infncia; a liberdade de
ir e vir, o mais sagrado dos direitos civis; o aspecto cada vez maior de segregao da escola
numa comparao explanada a partir do fator de que cada um deve ocupar na sociedade o
lugar que lhe cabe; comparaes sobre estado de priso fora do Brasil; a punio ainda como
meio de ressocializar os detentos; a anlise pelo prprio jovem em privao de liberdade de
sua condio de existncia, entre tantos outros subtemas que os artigos apresentam, compe a
mescla de informaes e a complexidade do objeto abordado nessa tese.
Finalmente, a partir dos dados levantados at o momento e pensando nas novas formas
de produo da existncia, assim como a prtica dos direitos e deveres do ser humano para a
emancipao humana, damos incio a esta nova tese de doutorado, investigando que respaldo
terico a secretaria responsvel pelas polticas pblicas de proteo integral da criana e do
adolescente d a esse segmento e como est acontecendo essa poltica de proteo.
E conclumos socializando com Ferreira (2008), sobre a temtica em estudo:
Perdido e encantado, atemorizado e iludido, homem e mulher buscam sua condio de
cidado e de cidad num mundo que no se circunscreve mais sua ptria
desterritorializada, mas ao conjunto das condies materiais e espirituais do mundo
global. Quer, deseja, necessita firmar-se como cidado/cidad, e v-se na condio de cidado/cidad do mundo, quando sequer tornou-se cidado/cidad de seu pas
(FERREIRA, 2008, p. 7).
A apropriao da vida humana inclui comunicao e dilogo. Este um aspecto
essencial, porque, muitas vezes, os impedimentos esto presentes nos processos sociais
referentes aos direitos humanos e s polticas pblicas implantadas no seu prprio pas. A que
ser pensar nisso.
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7. Referncias
BANCO DE DISSERTAES E TESES DA CAPES. (Acesso em 25/04/2011) Disponvel
em www.capes.gov.br/servicos/banco-de-teses:
CADERNOS CEDES. (Acesso em 20/05/2011) Disponvel em
http://www.cedes.unicamp.br/cad_exemplares.htm:
FERREIRA, N. S. C. (Org). Gesto democrtica da educao: atuais tendncias, novos
desafios. 6 ed. So Paulo: Cortez, 2008.
KERSTING, W. Universalismo e direitos humanos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003
MARTINI, R. M. F. Direito educao: em busca de uma justificao no horizonte dos
direitos humanos. In: OLIVEIRA, A. da R.; GHIGGI, G.; OLIVEIRA, N. A. (Orgs).
Caleidoscpio: temas de educao e filosofia. Pelotas: UFPEL, ( p. 237-258), 2010.
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAO. (Acesso em 10/06/2011) Disponvel em
http://www.anped.org.br/rbe/rbe/rbe.htm:
REVISTA EDUCAO E SOCIEDADE. (Acesso em 23/06/2011) Disponvel em
http://www.cedes.unicamp.br/rev_exemplares.htm:
http://www.capes.gov.br/servicos/banco-de-teseshttp://www.cedes.unicamp.br/cad_exemplares.htmhttp://www.anped.org.br/rbe/rbe/rbe.htmhttp://www.cedes.unicamp.br/rev_exemplares.htm