Aula 01 - Prova 02

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Prova comentada ESAF - Décio Terror

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  • BANCA ESAF S PROVAS COMENTADAS PROFESSOR TERROR

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    Aula 1 Prova 2 Ol! Primeiramente, gostaria de agradecer a sua presena em nosso curso: isso sinal de que voc confiou neste projeto, que diferente dos cursos que temos proposto no Ponto, e no vai se arrepender, viu!!!!! Bom, naturalmente, voc deve ter notado que a formatao da aula teve de mudar, porque, para juntar trs provas e seus comentrios em apenas uma aula, ficou mais didtico dividi-la em trs provas. Mudamos a estrutura, porque o pblico-alvo, o objetivo e a didtica mudaram. Agora, no seria interessante voc acompanhar cada questo seguida do comentrio, como fazemos nos cursos bsicos. Neste curso, nossa proposta o aluno acessar a parte I, testando a abordagem da prova, cronometrando a sua execuo. Sugere-se s depois verificar o comentrio na parte II. J vimos a prova 1 na aula demonstrativa, veja as provas que iremos trabalhar nesta: Prova 2: AFT 2003 (20 questes), Prova 3: AFT 2006 (20 questes), Prova 4: AFT 2010 (20 questes).

    Levando em considerao os concursos anteriores de Auditor-Fiscal da Receita Federal, Auditor-Fiscal do Trabalho e Analista da Receita Federal, alm da observao das matrias da prova 1 (conhecimentos gerais) dos editais abertos em 2012, percebemos a necessidade da realizao da prova de Lngua Portuguesa no tempo mximo de 1 hora e 15 minutos, incluindo a marcao do carto de resposta (5 minutos). Assim, para que realmente cada simulado surta efeito, interessante voc observar os seguintes tpicos:

    a) A mdia de resoluo de cada questo de 3 minutos e 30 segundos, ento, se voc percebeu que a questo vai tomar muito tempo, pule para a prxima e procure ir controlando o tempo gasto.

    b) Voc ter 70 minutos para a realizao de cada prova + 5 minutos para a marcao do carto de resposta. Mesmo que no tenha terminado todas as questes, pare de realiz-la nesse tempo limite, inclusive com a marcao do carto de resposta. Isso vai lhe dar a noo de sua agilidade. para isso que estamos treinando. Lembre-se de que no basta saber bastante, deve-se ter presteza na resoluo da prova.

    c) Aps realizar a prova, anote o tempo gasto (se tiver acabado antes do tempo) e o percentual de acerto.

    d) Em seguida, veja os comentrios da prova. Agora, sim, o momento de verificar os detalhes das questes, com calma.

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    Parte I Carto de resposta

    Tempo gasto: ________ Minha pontuao: _______

    1 5 9 13 17 2 6 10 14 18 3 7 11 15 19 4 8 12 16 20

    Prova 2

    Auditor-Fiscal do Trabalho-2003

    Leia o texto abaixo para responder s questes 01 e 02.

    ndio quer voltar a ser ndio

    1 5

    10

    Depois da gripe, tribos indgenas costumam assimilar da cultura urbana as roupas, o apego ao dinheiro e hbitos alimentares no exatamente saudveis. Com o tempo, submergem outros elementos caractersticos, como crenas, idioma e at formas de organizao social. Em boa parte dos casos, resta, passados alguns anos, uma comunidade pobre, mal assistida, marginalizada, sem identidade e por vezes dispersa. Muitos desses grupos esto descobrindo agora que mais negcio retomar o comportamento de ndios. Desde o fim dos anos 80, alm de uma constituio que deu a comunidades indgenas at participao na explorao de recursos naturais, surgiram centenas de ONGs para dar assistncia material s tribos, a Funai passou a ter uma ao mais evidente na defesa dos grupos culturalmente preservados e o governo avanou muito na demarcao das terras. Mas esses benefcios s existem para ndios que sejam reconhecidos como ndios.

    (VEJA, 17/09/2003, com adaptaes)

    01- Analise as seguintes possibilidades de continuidade para o texto. I. Por isso, existem grupos que esto mesmo fazendo cursos para recuperar

    tradies e hbitos silvcolas e, s no Nordeste, o nmero de grupos que se declararam indgenas passou de dezesseis para 47.

    II. Com isso, entre os potiguaras, que deixaram de falar o tupi h mais de 300 anos, 1500 crianas esto agora estudando a lngua dos antepassados e uma poro de adultos tambm.

    III. Assim, comprova-se que, para certas etnias, o caso de mera encenao para fins de sobrevivncia. De dia, eles se vestem de ndio para vender artesanato; de noite vo tomar cerveja e acompanhar a novela. Vestidos.

    IV. No entanto, h quem veja alguns exageros nessa volta s etnias; principalmente quando o caso de uma busca do retorno forma mais pura do ndio brasileiro.

    Constituem uma continuidade coerente e gramaticalmente correta para o texto:

    A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E

    E D C B A A B C D E A B C D E A B C D E

    E D C B A A B C D E A B C D E A B C D E

    E D C B A A B C D E A B C D E A B C D E

    A B C D E

    A B C D E

    A B C D E

    A B C D E

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    a) apenas I, II e IV b) apenas I, III e IV c) apenas II e III d) apenas II, III e IV e) todos os itens 02- Assinale a opo incorreta a respeito da organizao das idias do texto.

    a) Ao longo do texto, a expresso tribos indgenas(.1) retomada, com variaes na amplitude de sentido, como grupos(.7), comunidades indgenas(.9), tribos(.11) "grupos culturalmente preservados(.12) e ndios(.14).

    b) O deslocamento da expresso adverbial da cultura urbana(.1) para antes de tribos(.1) mantm a coerncia e a correo gramatical do texto.

    c) De acordo com os sentidos do texto, os elementos caractersticos(.3) restringem-se a crenas, idiomas e formas de organizao social.

    d) A simples retirada da expresso indgenas(.9), sem qualquer outra alterao gramatical, mantm a estrutura gramaticalmente correta e o texto coerente.

    e) O emprego da preposio at(.9) indica que participao na explorao de recursos naturais(.9 e 10) no foi a nica, mas foi uma das mais difceis e importantes conquistas dos ndios na Constituio de 88.

    Leia o texto a seguir para responder s questes de 03 a 05.

    1 5 10 15 20

    A sociedade baseada na liberdade contratual ser sempre, em grande parte, uma sociedade de classes, cuja estrutura defendida em vantagem dos ricos. Cumpre associar o indivduo no processo de autoridade, isto , o trabalhador no poder industrial. A excluso de algum de uma parcela do poder , forosamente, a excluso daquele dos benefcios deste. Todos deviam e devem, portanto, ter direito a uma parte dos resultados da vida social. E as diferenas devem existir somente quando necessrias ao bem comum. Impe-se, pois, uma igualdade econmica maior, porque os benefcios que um homem pode obter do processo social esto aproximadamente em funo de seu poder de consumo, o que resulta do seu poder de propriedade. Assim os privilgios econmicos so contrrios verdadeira sociedade democrtica. O prprio conceito de liberdade redefine-se atravs dos sculos, de acordo com as circunstncias histricas e o desenvolvimento das foras econmicas. E a liberdade, no mundo atual, s existir de fato quando assentada na segurana e em funo da igualdade. que a verdadeira democracia, j o disse Turner, o direito do indivduo de compartilhar as decises que respeitam a sua vida e da ao necessria execuo de tais decises. Para que a liberdade realmente exista, preciso que a sociedade se estruture sobre cooperao e no sobre a explorao. E assim os homens sero livres.

    (Joo Mangabeira, Orao do Paraninfo, proferida em Salvador, BA, em 8/12/1944, com adaptaes)

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    03-Assinale a opo que representa uma parfrase textual e gramaticalmente correta de trecho do texto.

    a) Linhas 3 a 5: Cumpre associar o indivduo ao poder industrial, ou seja o trabalhador ao

    processo de autoridade, inobstante excluir algum de uma parcela do poder forosamente exclui-lo dos benefcios deste poder.

    b) Linhas 5 a 8: Portanto, todos deviam e devem ter direito a uma parte dos resultados da

    vida social por que, somente quando necessrio, deve haver diferenas no bem comum.

    c) Linhas 8 a 12: Os privilgios econmicos so contrrios verdadeira sociedade

    democrtica conquanto os benefcios que um homem pode obter do processo social, em funo de seu poder de consumo o que resultado de seu poder de propriedade.

    d) Linhas 13 a 16: De acordo com as circunstncias histricas, o prprio conceito de liberdade

    redefine-se atravs dos sculos, segundo o desenvolvimento das foras econmicas, e aquela, s existir quando baseada na segurana e na igualdade.

    e) Linhas 20 a 22: necessrio que a sociedade se estruture no sobre a explorao, mas

    sobre a cooperao, a fim de que a liberdade exista realmente e os homens sejam, de fato, livres.

    04- Analise as seguintes afirmaes a respeito do uso dos sinais de pontuao

    no texto.

    I. O emprego da vrgula depois de classes(.2) opcional e, por isso, sua retirada no causa prejuzo gramatical ao texto.

    II. Devido ao valor explicativo do perodo iniciado por A excluso(.4), as regras gramaticais permitem trocar o ponto final que o antecede pelo sinal de dois pontos, desde que se empregue o artigo com letra minscula.

    III. Apesar de no ser obrigatrio o emprego da vrgula depois de Assim(.11), o valor conclusivo do advrbio recomenda que a seja inserida.

    IV. Por se tratar de uma citao, as regras gramaticais admitem que o perodo entre aspas (.17-19) seja precedido do sinal de dois pontos, em lugar de vrgula; e, nesse caso, as aspas podem ser retiradas.

    a) todos os itens esto corretos. b) nenhum item est correto. c) apenas o item II est correto. d) apenas os itens II e III esto corretos. e) apenas os itens II, III e IV esto corretos.

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    05- Assinale a opo correta a respeito do emprego das estruturas lingsticas no texto.

    a) A repetio da preposio de"(.4), precedendo algum e uma parcela do poder, indica que os termos a que elas se referem admitem ser trocados sem prejuzo da correo gramatical ou das relaes semnticas do texto.

    b) A repetio do verbo dever, em "deviam e devem"(.6), tem o efeito de reforar sua durao no tempo, mas o emprego de apenas "devem" seria suficiente para indicar o estado permanente e atual de "ter direito"(.6).

    c) O valor demonstrativo do pronome o em o que resulta(.10) indica que pode haver a a substituio pelo pronome isso, sem prejuzo da correo gramatical ou da coerncia textual.

    d) Por se tratar de emprego reflexivo, "redefine-se" (.13) no admite substituio por redefinido.

    e) A funo condicional da conjuno quando (.15) ser preservada se substituda por se, mas a correo gramatical do perodo s ser preservada se o verbo que a precede for empregado no presente: existe.

    Leia o texto abaixo para responder s questes de 06 a 08.

    1 5

    10

    15

    O processo de globalizao foi muito mais rpido no mbito das finanas e do comrcio do que no plano poltico e institucional. O nico caminho possvel avanar no processo de transformao da ordem mundial e institucionaliz-lo. claro que no passado bipolar havia problemas graves, tanto no bloco sob o controle hegemnico dos Estados Unidos quanto no dominado pela URSS. A ordem global em formao tem algumas vantagens e muitos riscos, parte deles criada pelo desmoronamento das instituies multilaterais. A principal vantagem a integrao pelas comunicaes. Hoje atrocidades como as que aconteciam sob a censura e o vu da impunidade hegemnica no sculo passado se tornam conhecidas em tempo real, pela opinio pblica mundial. o primeiro passo para o estabelecimento de limites e sanes violao em larga escala dos direitos da humanidade. O horror instantneo j no nos pode ser sonegado. A rede global de comunicaes d novos recursos aos movimentos coletivos de defesa dos direitos da paz e compromete governantes.

    (Srgio Abranches, VEJA, 24 de setembro de 2003, com adaptaes)

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    06- Assinale a opo em que ficam preservadas as relaes semnticas e a correo gramatical do texto ao se acrescentar a complementao respectiva para as duas expresses abaixo.

    O nico caminho possvel(.2 e 3) A principal vantagem(.8) a) no plano poltico e institucional das instituies multilaterais b) para o mbito das finanas e do

    comrcio da ordem global em formao

    c) para o processo de globalizao dessa ordem global em formao d) em mbito das finanas e do

    comrcio com instituies multilaterais

    e) no processo de globalizao do desmoronamento das

    instituies multilaterais 07- Assinale a proposta de reescritura do trecho do texto que respeita as

    relaes de sentido originais e a correo gramatical.

    a) avanar no processo de transformao da ordem mundial e institucionaliz-lo(.3 e 4) / avanar e institucionalizar-lhe o processo de transformao da ordem mundial

    b) tanto no bloco sob controle hegemnico dos Estados Unidos quanto no dominado pela URSS(.5 e 6) / seja no bloco dominado pela URSS seja naquele sob controle hegemnico dos Estados Unidos

    c) sob a censura e o vu da impunidade hegemnica do sculo passado(.10) / sob o vu da impunidade e censura hegemnica do sculo anterior

    d) o estabelecimento de limites e sanes violao em larga escala dos direitos da humanidade(.12 e 13) / estabelece sanes em larga escala e limites violao dos direitos da humanidade

    e) d novos recursos aos movimentos coletivos de defesa dos direitos da paz e compromete governantes(.14-16) / compromete os governantes e d novos recursos de defesa dos direitos da paz aos movimentos coletivos

    08- Assinale a estrutura lingstica do texto que no apresenta idia de passividade ligada ao termo sublinhado.

    a) claro que no passado bipolar havia problemas graves(.4 e 5) b) ... muitos riscos, parte deles criados pelo desmoronamento das

    instituies multilaterais.(.7 e 8) c) Hoje atrocidades ... se tornam conhecidas em tempo real(.9-11) d) o primeiro passo para o estabelecimento de limites e sanes(.11 e 12) e) O horror instantneo j no nos pode ser sonegado(.13 e 14)

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    Para responder s questes de 09 a 12, leia o texto abaixo.

    1 5

    10

    15

    20

    Dinheiro a maior inveno dos ltimos 700 anos. Com ele, voc pode comprar qualquer coisa, ir para qualquer lugar, consolar o aleijado que bate no vidro do carro no sinal fechado, mostrar quanto voc ama a mulher amada ou comprar uma hora de amor. o passaporte da liberdade. Com dinheiro, voc pode xingar o ditador da poca e sair correndo para o exlio, ou financiar todos os candidatos a presidente e comparecer aos jantares de campanha de todos. Nos tempos que estamos vivendo, dinheiro como Deus na Idade Mdia o sentido nico e todos os sentidos de todas as coisas. A remisso de todas as coisas. O que no produz nem dinheiro, no existe. falso, postio. Os sbios da igreja de antigamente so os economistas de hoje em dia. Dividem-se em dois grupos os idlatras, para quem dinheiro o pedacinho de papel, a imagem do sagrado, o santinho. Para eles, o valor do dinheiro depende da quantidade de papis em circulao. Para os iconoclastas, dinheiro a base das relaes sociais do mundo capitalista, a rede que organiza a sociedade. um conceito, um crdito, um dbito. Como os sacerdotes de antigamente, economistas tm a misso de explicar o inexplicvel como o dinheiro tudo e nada ao mesmo tempo, por que falta dinheiro se dinheiro papel impresso, ou se a quantidade de santinhos muda o tamanho do milagre.

    (Joo Sayad, Cidade de Deus. Classe Revista de Bordo da TAM, n 95, com adaptaes)

    09- Assinale como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes inferncias para

    o texto. A seguir, assinale a opo correta.

    ( ) Os sbios da igreja de antigamente so identificados aos idlatras; os economistas de hoje em dia, aos iconoclastas.

    ( ) Hoje em dia, o dinheiro representa um deus, porque remete ao sentido de todas as coisas.

    ( ) Considerar dinheiro como um pedacinho de papel retira dele o valor sagrado com que reverenciado nos dias de hoje.

    ( ) O valor do dinheiro para os iconoclastas est ligado ao simblico, ao conceito, como crdito ou dbito.

    ( ) "inexplicvel" dizer que dinheiro tudo e nada ao mesmo tempo porque se trata de uma realidade paradoxal.

    a) V , V, F, V, F

    b) V , F, V, F, F

    c) F, V, F, V, V

    d) F, V, V, V, F

    e) F, F, V, F, V

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    10- Assinale a relao lgica em desacordo com a argumentao do segundo pargrafo do texto.

    a) O que no dinheiro falso.

    b) No existe o que no produz dinheiro.

    c) No existe o que postio.

    d) O que no falso produz dinheiro.

    e) postio o que no produz dinheiro. 11- Assinale qual a alterao proposta para o texto que desrespeita sua coerncia ou correo gramatical.

    a) Trocar a conjuno e(.5) por ou. b) Inserir o pronome eles depois de todos (.7). c) Inserir a preposio em aps tempos(.8). d) Trocar a segunda vrgula da linha 16 pela conjuno e. e) Trocar a conjuno Como(.18) por Qual. 12- Algumas conjunes e pronomes do texto, apesar de iniciarem oraes

    afirmativas, tm tambm valor interrogativo. Assinale, nas opes abaixo, aquela a que, textualmente, impossvel associar esse valor interrogativo.

    a) quanto voc ama a mulher amada(.3,4) b) para quem dinheiro o pedacinho de papel (.13,14) c) como o dinheiro tudo(.19) d) por que falta dinheiro"(.20) e) se a quantidade de santinhos muda o tamanho do milagre(.20,21) 13- Assinale a opo na qual a expresso sublinhada est erradamente

    empregada.

    a) O governo quer mudar o imposto sobre a renda da pessoa fsica para reduzir as dedues de gastos com educao e sade, mas se esquece de que o poder do governante no absoluto.

    b) o Congresso, quem cabe transformar a vontade governamental em lei, que tem a obrigao de proteger os contribuintes.

    c) A nova mordida do Leo parece decorrer de documento fazendrio, em que se avalia que as dedues das despesas com educao e sade s beneficiam as "pessoas abastadas".

    d) A Constituio exige a observncia do critrio da "universalidade", cujo significado o de que todo tipo de rendimento ser tributvel.

    e) Economia fiscal verdadeira seria a eliminao ou a reduo do bueiro em que se esvai o volume incalculvel de recursos pblicos chamada renncia fiscal da Unio.

    (Baseado em Edgard de Proena Rosa, "O Congresso a casa do contribuinte", Correio Braziliense, 02/12/2003)

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    14- Foi publicado na seo Painel do Leitor, da Folha de S. Paulo (15/11/2003), o seguinte trecho de correspondncia enviada ao jornal por um leitor:

    "Revoltante o editorial Maioridade penal. Quer dizer que este jornal, que tanto apregoa a democracia, ignora a opinio de 89% da populao a favor da reduo da maioridade penal e quer impor-nos a viso de meia dzia de intelectuais? essa a idia de democracia que o jornal que tanto admiro apregoa?"

    Aponte a nica deduo correta extrada do trecho lido.

    a) O editorial a que se refere o missivista deve ter refutado a tese da imputabilidade penal para menores de 18 anos.

    b) O corpo editorial da Folha de S. Paulo composto por um grupo reduzido de representantes da elite nacional que se acha no direito de impor sua opinio.

    c) O missivista est revoltado com a Folha de S. Paulo por ela ter descumprido o compromisso pblico com seus leitores de veicular apenas a verdade dos fatos.

    d) Discordando da viso exposta no referido editorial, o missivista se alia aos 89% da populao que manifestou adeso tese da reduo da maioridade penal.

    e) O missivista questiona a democracia da informao apregoada pela Folha de S. Paulo, pois s um dos lados da questo o da manuteno da maioridade penal foi combatido no editorial.

    15- Assinale o ttulo sugerido para o texto que corresponde sua idia principal.

    Vale lembrar que nos governos Vargas e JK e nos governos do ciclo militar, apesar da preponderncia do estatismo, as empresas ocuparam posio central. Vargas governou com os empresrios ao seu lado. Dificilmente dava um passo importante sem antes ouvir a Confederao Nacional da Indstria. Juscelino fez do capital privado um trunfo. Basta citar o caso emblemtico da produo automobilstica que fez a imprensa mundial comparar So Paulo a uma nova Detroit. Os militares criaram sistemas hbridos, a exemplo da petroqumica, associando o Estado e iniciativa privada. A iniciativa privada foi o pulmo do desenvolvimento na poca do estatismo e ter ainda maior relevncia na economia contempornea. Um modelo de desenvolvimento que no leve esta evidente nuana em considerao como se fosse um dinossauro, muito bom para as primeiras eras geolgicas e muito distante da era atual.

    (Emerson Kapaz, Dedos cruzados in Revista Poltica Democrtica, n 6, p. 41)

    a) Os governos Vargas e JK & os governos militares b) A iniciativa privada no desenvolvimento econmico c) O papel da Confederao Nacional da Indstria no governo JK d) Os sistemas hbridos dos governos militares e) O estatismo de Vargas a JK

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    16- No texto abaixo, assinale o trecho transcrito corretamente.

    a) Pesquisadores do Banco Mundial revelam que, a globalizao reduz a pobreza, mas no em todos os lugares.

    b) Embora muitas naes globalizadas procurem acompanhar o ritmo das mais opulentas, grande parte do mundo em desenvolvimento esto se tornando marginalizados.

    c) Na Amrica Latina, por exemplo, a integrao global aumentou ainda mais as desigualdades salariais, e h uma preocupao generalizada que o processo esteja levando uma maior desigualdade no prprio interior dos pases. Essa desigualdade j alcanou os Estados em suas relaes assimtricas.

    d) Embora Marx no estava pensando em escala global quando falou da distncia, que separa os ricos dos pobres de forma crescente, essas previses nunca pareceram to verdadeiras quanto hoje.

    e) A inverso apenas metodolgica: trata-se do relacionamento entre o primeiro e o terceiro mundo, com os ricos ficando cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.

    (Adaptado de Fernando Magalhes, A globalizao e as lies da histria)

    17- No texto abaixo, assinale o trecho transcrito de forma gramaticalmente correta.

    a) Na perspectiva da poltica econmica, cabe considerarem interao de dois conjuntos distintos: as polticas estruturais e as macroeconmicas.

    b) No contexto da crescente liberalizao ou desregulao, as primeiras possuem trs dimenses essenciais: a abertura financeira, a abertura comercial e a reformulao do papel do Estado na economia, de cujas as privatizaes constituem o aspecto dominante.

    c) O segundo conjunto diz respeito s combinaes particulares entre polticas macroeconmicas, vale dizer, monetria, cambial e fiscal.

    d) A interao entre as polticas estruturais e macroeconmicas constitue elemento de grande fora explicativa para a trajetria da economia brasileira na ltima dcada.

    e) Com a abertura financeira, no h registro, na histria econmica contempornea do pas de uma modificao to significativa no marco regulatrio das relaes financeiras com o exterior.

    (Adaptado de Luiz Gonzaga Belluzzo e Ricardo Carneiro. Globalizao e Insero Passiva, in Revista Poltica

    Democrtica, n 6, p. 21)

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    18- Assinale a opo correspondente substituio que provoca erro gramatical.

    O exemplo clssico e seminal que deve servir de advertncia aos navegadores que procuram seguir o curso fcil da corrente pode ser extrado do terreno poltico europeu do sculo XVI, e encontra-se(1) no projeto de unificao da Itlia proposto por Maquiavel. Os textos do secretrio da Repblica de Florena demonstram, nitidamente, as dificuldades de se promoverem(2) as transformaes desejadas quando se procura(3) alcanar uma determinada finalidade s custas da nfase em modelos inteiramente opostos ao que se quer(4), mesmo que de carter transitrio. Certamente, apostar no arbtrio no uma boa escola quando se trata de(5) fazer histria nas condies em que a escolha no depende completamente de ns.

    Fernando Magalhes, A globalizao e as lies da histria.

    a) 1 encontrada b) 2 serem promovidas c) 3 procuramos d) 4 queremos e) 5 o objetivo 19- O texto A riqueza ensurdece (VEJA, 23 de setembro de 2003) foi

    adaptado para compor as opes abaixo. Assinale aquela em que a transcrio respeitou as regras gramaticais da norma culta.

    a) Os pases ricos sairam da reunio da Organizao Mundial do Comrcio (OMC), no Mxico, sem ouvir os pleitos dos pases emergentes. A surdez dos ricos redundou no fracasso do encontro em que havia esperana de, pela primeira vez se produzir, um acordo global de comrcio com benefcios para todos.

    b) A reunio foi encerrada sem que os pases em desenvolvimento conseguirem a mais vaga promessa de diminuio do subsdio anual de cerca de 350 bilhes de dlares com o qu os pases europeus e os Estados Unidos adubam sua agricultura.

    c) Por no conseguirem enxergar alm dos interesses, de seus prprios agricultores os pases desenvolvidos tambm no avanaram o que queriam: regras claras e transparncia para investimentos, concorrncias e compras governamentais. Os dois lados sairam perdendo.

    d) Como sempre, a banda pobre do mundo perdeu mais, pois est provado que a acelerao do comrcio internacional a mais eficiente ferramenta de produo de riqueza. Desse ponto de vista, um equvoco comemorar como vitria o impasse do encontro.

    e) O Brasil saiu como lder do chamado G22, grupo de pases que aps resistncia s propostas dos pases ricos. uma posio de destaque. No , porm uma posio confortvel, pois aos lderes no bastam levantar obstculos maus acordos. Lderes tm que produzir condies para que as negociaes cheguem bom termo.

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    20- No texto abaixo, assinale o trecho transcrito com erro de pontuao.

    a) margem do circuito virtuoso esto os pases que cederam s presses para empreender, de forma imprudente, a abertura da conta de capital.

    b) Nos dias de hoje tal como nas trs ltimas dcadas do sculo XIX a abertura e a descompresso financeiras nos pases da periferia inverteram as determinaes do balano de pagamentos.

    c) Diante dos movimentos especulativos e de arbitragem das massas de capital monetrio, os pases da periferia dotados de moedas frgeis, com desprezvel participao nas transaes internacionais encontram-se diante dos riscos da valorizao indesejada da moeda local, de operaes de esterilizao dos efeitos monetrios da expanso das reservas (exploso da dvida pblica), dos dficits insustentveis em conta corrente e, finalmente, das crises cambiais e financeiras.

    d) A instabilidade dessas polticas macroeconmicas permanentemente submetidas s tenses que derivam das avaliaes dos agentes nos mercados financeiros e de capitais no permite a execuo de polticas de crescimento.

    e) Evidentemente, a estrita dependncia dos humores, e dos julgamentos dos mercados financeiros internacionais impede qualquer poltica verdadeiramente ativa de produo e de investimento, porquanto, so precrias as informaes adequadas para a tomada de decises empresariais na esfera do investimento.

    (Adaptado de Luiz Gonzaga Belluzzo e Ricardo Carneiro. Globalizao e Insero Passiva, in Revista Poltica

    Democrtica, n 6, p. 20) Agora, hora de voc marcar o carto de resposta (que se encontra no incio da prova), depois conferir suas repostas com o gabarito abaixo e, em seguida, verificar o comentrio da prova!!!!!

    Gabarito

    1. A 2. C 3. E 4. E 5.B 6. C 7.B 8. A 9. C 10. D 11. A 12. B 13. B 14.X 15. B 16. E 17. C 18. A 19. D 20. E

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    Parte II

    Prova 2

    Auditor-Fiscal do Trabalho-2003

    Leia o texto abaixo para responder s questes 01 e 02.

    ndio quer voltar a ser ndio

    1 5

    10

    Depois da gripe, tribos indgenas costumam assimilar da cultura urbana as roupas, o apego ao dinheiro e hbitos alimentares no exatamente saudveis. Com o tempo, submergem outros elementos caractersticos, como crenas, idioma e at formas de organizao social. Em boa parte dos casos, resta, passados alguns anos, uma comunidade pobre, mal assistida, marginalizada, sem identidade e por vezes dispersa. Muitos desses grupos esto descobrindo agora que mais negcio retomar o comportamento de ndios. Desde o fim dos anos 80, alm de uma constituio que deu a comunidades indgenas at participao na explorao de recursos naturais, surgiram centenas de ONGs para dar assistncia material s tribos, a Funai passou a ter uma ao mais evidente na defesa dos grupos culturalmente preservados e o governo avanou muito na demarcao das terras. Mas esses benefcios s existem para ndios que sejam reconhecidos como ndios.

    (VEJA, 17/09/2003, com adaptaes) 01- Analise as seguintes possibilidades de continuidade para o texto.

    I. Por isso, existem grupos que esto mesmo fazendo cursos para recuperar tradies e hbitos silvcolas e, s no Nordeste, o nmero de grupos que se declararam indgenas passou de dezesseis para 47.

    II. Com isso, entre os potiguaras, que deixaram de falar o tupi h mais de 300 anos, 1500 crianas esto agora estudando a lngua dos antepassados e uma poro de adultos tambm.

    III. Assim, comprova-se que, para certas etnias, o caso de mera encenao para fins de sobrevivncia. De dia, eles se vestem de ndio para vender artesanato; de noite vo tomar cerveja e acompanhar a novela. Vestidos.

    IV. No entanto, h quem veja alguns exageros nessa volta s etnias; principalmente quando o caso de uma busca do retorno forma mais pura do ndio brasileiro.

    Constituem uma continuidade coerente e gramaticalmente correta para o texto:

    a) apenas I, II e IV b) apenas I, III e IV c) apenas II e III d) apenas II, III e IV e) todos os itens

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    Comentrio: Na realidade, esta questo explora um possvel pargrafo de concluso para o texto. Veja sua estrutura: A primeira parte do texto encontra-se entre as linhas 1 e 6, com o argumento de que a assimilao da cultura urbana pelos ndios leva-os pobreza, marginalizao e perda de identidade cultural. A segunda parte do texto argumenta que, como forma de combate a essa perda da identidade, muitos desses grupos esto procurando retomar suas razes. Esses grupos esto recebendo alguns benefcios do Estado e h muitas ONGs dando assistncia material s tribos. O texto termina com a ideia de que esses benefcios s existem para pessoas que sejam reconhecidamente ndios. neste contexto que devemos observar o pargrafo de concluso.

    O item I est correto, pois se inicia com a conjuno conclusiva Por isso, mostrando que aquele incentivo, visto anteriormente, est levando consequncia de muitos grupos estarem procurando retornar s tradies e hbitos silvcolas. Veja:

    Por isso, existem grupos que esto mesmo fazendo cursos para recuperar tradies e hbitos silvcolas e, s no Nordeste, o nmero de grupos que se declararam indgenas passou de dezesseis para 47.

    Assim, j podemos eliminar as alternativas (C) e (D).

    O item II tambm est correto, pois potiguara o povo que fala a lngua tupi, qual o texto se refere. A expresso inicial Com isso mostra que esta frase refora a ltima parte do texto. O argumento desta frase tambm mostra a volta aos costumes dos antepassados. Veja:

    Com isso, entre os potiguaras, que deixaram de falar o tupi h mais de 300 anos, 1500 crianas esto agora estudando a lngua dos antepassados e uma poro de adultos tambm.

    Assim, j podemos eliminar a alternativa (B).

    O item III est errado. A conjuno conclusiva Assim deve iniciar frase que refora argumento anterior: volta aos costumes indgenas. Porm, veja que isso no ocorre neste fragmento, pois percebemos que h um contraste, mostrando que h mera encenao para fins de sobrevivncia. Portanto, esta conjuno no est de acordo com o desenvolvimento desta frase, pois no h relao de concluso, de reforo ao argumento anterior.

    Assim, comprova-se que, para certas etnias, o caso de mera encenao para fins de sobrevivncia. De dia, eles se vestem de ndio para vender artesanato; de noite vo tomar cerveja e acompanhar a novela. Vestidos.

    Dessa forma, j sabemos que a alternativa correta a (A). Mas vamos continuar para termos certeza.

    O item IV est correto, pois se inicia com a conjuno coordenativa adversativa No entanto, ento esta frase deve contrastar com os argumentos anteriores do texto. Veja que realmente isso ocorre, pois a expresso alguns exageros nessa volta s etnias mostra uma oposio ao que vinha sendo dito. Assim, o fechamento do texto no realizado por meio da sustentao dos

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    argumentos anteriores (conjuno conclusiva), mas por um contraste (conjuno adversativa), criticando as aes de alguns indgenas nessa volta forma mais pura do ndio brasileiro.

    No entanto, h quem veja alguns exageros nessa volta s etnias; principalmente quando o caso de uma busca do retorno forma mais pura do ndio brasileiro. Gabarito: A 02- Assinale a opo incorreta a respeito da organizao das idias do texto.

    a) Ao longo do texto, a expresso tribos indgenas(.1) retomada, com variaes na amplitude de sentido, como grupos(.7), comunidades indgenas(.9), tribos(.11) "grupos culturalmente preservados(.12) e ndios(.14).

    b) O deslocamento da expresso adverbial da cultura urbana(.1) para antes de tribos(.1) mantm a coerncia e a correo gramatical do texto.

    c) De acordo com os sentidos do texto, os elementos caractersticos(.3) restringem-se a crenas, idiomas e formas de organizao social.

    d) A simples retirada da expresso indgenas(.9), sem qualquer outra alterao gramatical, mantm a estrutura gramaticalmente correta e o texto coerente.

    e) O emprego da preposio at(.9) indica que participao na explorao de recursos naturais(.9 e 10) no foi a nica, mas foi uma das mais difceis e importantes conquistas dos ndios na Constituio de 88.

    Comentrio: A alternativa (A) est correta, porque, de certa forma, as expresses recuperam a ideia de tribos indgenas, pois todas fazem parte de um mesmo campo semntico. Logicamente, devemos notar que na alternativa foi afirmado que essas expresses apresentam variaes na amplitude de sentido. A alternativa (B) est correta, pois basta realizar a substituio pedida para ver que se preservam a correo e a coerncia. Veja:

    tribos indgenas costumam assimilar da cultura urbana as roupas da cultura urbana tribos indgenas costumam assimilar as roupas

    Voc poderia ter ficado na dvida, quanto afirmao de que tal expresso seria um adjunto adverbial. Voc poderia t-la entendido como um objeto indireto, consequentemente, o verbo assimilar seria visto como transitivo direto e indireto, restando ao termo as roupas o objeto direto (assimilar algo de alguma coisa). Essa interpretao at possvel, mas no a nica. Na realidade, para entendermos apenas como objeto indireto, tal termo deveria ser constitudo de pessoa (assimilar algo de algum). Neste caso, no haveria dvida, no poderia ter valor adverbial, somente objeto indireto. Porm, no contexto em que se encontra a orao, a banca visualizou da cultura urbana com valor de lugar de origem (assimilar algo de onde?). Assim, est correta tal interpretao.

    A alternativa (C) a errada, pois a palavra denotativa de exemplificao

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    como nos assegura que crenas, idioma e formas de organizao social so apenas alguns exemplos de elementos caractersticos, podendo haver outros. Assim, no houve restrio somente a essas palavras.

    A alternativa (D) est correta. Veja que a alternativa no mencionou mudana semntica (sentido original da expresso), apenas se falou de correo gramatical e coerncia. Assim, a retirada do adjetivo indgenas mantm a lgica no texto, porque expresses anteriores e posteriores a este trecho, como desses grupos, comportamento de ndios, explorao de recursos naturais, assistncia material s tribos, indicam que o substantivo comunidades se refere a indgenas. A alternativa (E) est correta e a banca est explorando seu conhecimento a respeito das inferncias e subentendidos do texto. Veja que a preposio at nos faz subentender contextualmente a expresso dentre outras coisas, isto , se at isso foi dado, ento h outras coisas...

    Desde o fim dos anos 80, alm de uma constituio que deu a comunidades indgenas (dentre outras coisas) at participao na explorao de recursos naturais...

    Gabarito: C Leia o texto a seguir para responder s questes de 03 a 05.

    1 5 10 15 20

    A sociedade baseada na liberdade contratual ser sempre, em grande parte, uma sociedade de classes, cuja estrutura defendida em vantagem dos ricos. Cumpre associar o indivduo no processo de autoridade, isto , o trabalhador no poder industrial. A excluso de algum de uma parcela do poder , forosamente, a excluso daquele dos benefcios deste. Todos deviam e devem, portanto, ter direito a uma parte dos resultados da vida social. E as diferenas devem existir somente quando necessrias ao bem comum. Impe-se, pois, uma igualdade econmica maior, porque os benefcios que um homem pode obter do processo social esto aproximadamente em funo de seu poder de consumo, o que resulta do seu poder de propriedade. Assim os privilgios econmicos so contrrios verdadeira sociedade democrtica. O prprio conceito de liberdade redefine-se atravs dos sculos, de acordo com as circunstncias histricas e o desenvolvimento das foras econmicas. E a liberdade, no mundo atual, s existir de fato quando assentada na segurana e em funo da igualdade. que a verdadeira democracia, j o disse Turner, o direito do indivduo de compartilhar as decises que respeitam a sua vida e da ao necessria execuo de tais decises. Para que a liberdade realmente exista, preciso que a sociedade se estruture sobre cooperao e no sobre a explorao. E assim os homens sero livres.

    (Joo Mangabeira, Orao do Paraninfo, proferida em Salvador, BA, em 8/12/1944, com adaptaes)

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    03-Assinale a opo que representa uma parfrase textual e gramaticalmente correta de trecho do texto.

    a) Linhas 3 a 5: Cumpre associar o indivduo ao poder industrial, ou seja o trabalhador ao

    processo de autoridade, inobstante excluir algum de uma parcela do poder forosamente exclui-lo dos benefcios deste poder.

    b) Linhas 5 a 8: Portanto, todos deviam e devem ter direito a uma parte dos resultados da

    vida social por que, somente quando necessrio, deve haver diferenas no bem comum.

    c) Linhas 8 a 12: Os privilgios econmicos so contrrios verdadeira sociedade

    democrtica conquanto os benefcios que um homem pode obter do processo social, em funo de seu poder de consumo o que resultado de seu poder de propriedade.

    d) Linhas 13 a 16: De acordo com as circunstncias histricas, o prprio conceito de liberdade

    redefine-se atravs dos sculos, segundo o desenvolvimento das foras econmicas, e aquela, s existir quando baseada na segurana e na igualdade.

    e) Linhas 20 a 22: necessrio que a sociedade se estruture no sobre a explorao, mas

    sobre a cooperao, a fim de que a liberdade exista realmente e os homens sejam, de fato, livres.

    Comentrio: Bom, esta a tpica questo em que muita gente perde tempo, mas d para ser gil e bem objetivo. A questo pede uma parfrase, isto , uma reescrita do trecho selecionado, preservando as mesmas ideias. Alm disso, deve permanecer a correo gramatical. mais gil e fcil voc trabalhar a eliminao das alternativas por problemas gramaticais e, se sobrar mais de uma alternativa, a, sim, deve-se trabalhar a preservao de sentido original, pois isso demanda mais tempo, por haver confrontao linha a linha do texto e de cada alternativa. A alternativa (A) est errada, pois a expresso denotativa ou seja deve ficar entre vrgulas, e no apenas com uma. Alm disso, o verbo exclu-lo deve ter acento por haver hiato com i tnico sozinho na slaba. Vale observar que o vocbulo inobstante um neologismo, pois tal palavra ainda no est dicionarizada, mas largamente utilizada nos meios jurdicos e tem o sentido de no obstante, apesar de. Assim, no se pode condenar tal uso no trecho.

    Cumpre associar o indivduo ao poder industrial, ou seja, o trabalhador ao processo de autoridade, inobstante excluir algum de uma parcela do poder forosamente exclu-lo dos benefcios deste poder.

    A alternativa (B) est errada, pois deve haver a conjuno causal porque, e no a expresso por que.

    Portanto, todos deviam e devem ter direito a uma parte dos resultados da vida social porque, somente quando necessrio, deve haver diferenas no

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    bem comum.

    A alternativa (C) est errada, pois a conjuno conquanto sintaticamente deve iniciar orao subordinada adverbial concessiva, porm, h apenas o adjunto adverbial concessivo ...os benefcios, o qual est sendo seguido de oraes explicativas e deve ser precedido de preposio ou locuo prepositiva. Assim, a conjuno conquanto deve ser substituda pela locuo prepositiva mesmo com.

    Os privilgios econmicos so contrrios verdadeira sociedade democrtica mesmo com os benefcios que um homem pode obter do processo social, em funo de seu poder de consumo o que resultado de seu poder de propriedade.

    A alternativa (D) est errada, pois no pode haver vrgula entre o sujeito (aquela) e o predicado (s existir).

    De acordo com as circunstncias histricas, o prprio conceito de liberdade redefine-se atravs dos sculos, segundo o desenvolvimento das foras econmicas, e aquela s existir quando baseada na segurana e na igualdade.

    importante notar que as alternativas anteriores j foram eliminadas por erros grosseiros gramaticais, por isso no houve necessidade de observarmos a manuteno do sentido original no texto. Assim, j sabemos que a alternativa (E) a correta, temos apenas que confirmar. Confronte os trechos de acordo com a numerao para perceber que realmente houve uma reescrita preservando o sentido original:

    Para que a liberdade realmente exista, preciso que a sociedade se estruture sobre cooperao e no sobre a explorao. E assim os homens sero livres.

    necessrio que a sociedade se estruture no sobre a explorao, mas sobre a cooperao, a fim de que a liberdade exista realmente e os homens sejam, de fato, livres. Gabarito: E 04- Analise as seguintes afirmaes a respeito do uso dos sinais de pontuao

    no texto.

    I. O emprego da vrgula depois de classes(.2) opcional e, por isso, sua retirada no causa prejuzo gramatical ao texto.

    II. Devido ao valor explicativo do perodo iniciado por A excluso(.4), as regras gramaticais permitem trocar o ponto final que o antecede pelo sinal de dois pontos, desde que se empregue o artigo com letra minscula.

    III. Apesar de no ser obrigatrio o emprego da vrgula depois de Assim(.11), o valor conclusivo do advrbio recomenda que a seja inserida.

    IV. Por se tratar de uma citao, as regras gramaticais admitem que o perodo entre aspas (.17-19) seja precedido do sinal de dois pontos, em lugar de vrgula; e, nesse caso, as aspas podem ser retiradas.

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    a) todos os itens esto corretos.

    b) nenhum item est correto.

    c) apenas o item II est correto.

    d) apenas os itens II e III esto corretos.

    e) apenas os itens II, III e IV esto corretos.

    Comentrio: A frase I est errada. A vrgula antes da orao subordinada adjetiva explicativa cuja estrutura defendida em vantagem dos ricos no opcional, ela obrigatria. Veja que se entende no contexto que uma sociedade de classes tem como princpio a estrutura defendida em vantagem dos ricos. Isso confirma que a orao explicativa e a vrgula obrigatria. Vrgula opcional aquela que, se omitida, no traz mudana de sentido. A frase II est correta, pois o perodo iniciado na linha 4 uma explicao, um esclarecimento da necessidade de associao do trabalhador no poder industrial, veiculado no perodo anterior. Por isso, podemos iniciar tal perodo pela conjuno pois ou simplesmente trocar o ponto final por dois-pontos. Compare:

    Cumpre associar o indivduo no processo de autoridade, isto , o trabalhador no poder industrial. A excluso de algum de uma parcela do poder , forosamente, a excluso daquele dos benefcios deste.

    Cumpre associar o indivduo no processo de autoridade, isto , o trabalhador no poder industrial, pois a excluso de algum de uma parcela do poder , forosamente, a excluso daquele dos benefcios deste.

    Cumpre associar o indivduo no processo de autoridade, isto , o trabalhador no poder industrial: a excluso de algum de uma parcela do poder , forosamente, a excluso daquele dos benefcios deste.

    A frase III est correta, pois o advrbio Assim, neste contexto, um conectivo conclusivo e pode ser seguido de vrgula. Quando inicia perodo ou pargrafo conclusivo, de bom tom que a vrgula permanea, mesmo no havendo obrigatoriedade. Essa vrgula estilstica. A frase IV est correta. Primeiramente, devemos perceber que a banca ESAF chamou de perodo a estrutura entre aspas. Sintaticamente, essa no seria a nomenclatura ideal, pois o perodo, assim como a frase, deve ser iniciado por letra maiscula. A inteno da banca, neste caso, que voc entenda que a expresso entre aspas d prosseguimento estrutura inicial que a verdadeira democracia. Assim, o que se encontra entre aspas faz subentender essa expresso inicial, por isso a banca a chamou de perodo. Ainda antes de respondermos a este tpico, devemos perceber que a expresso entre aspas d uma sequncia perfeita estrutura sinttica do perodo. Para provar isso, poderamos retirar o termo entre vrgulas e as aspas. Veja:

    que a verdadeira democracia o direito do indivduo de compartilhar as decises que respeitam a sua vida e da ao necessria execuo de tais decises.

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    Mas o autor preferiu usar as aspas e o nome de algum renomado na rea, para dar credibilidade ao seu argumento no assunto tratado. Isso chamado de argumento de autoridade. Compare:

    que a verdadeira democracia, j o disse Turner, o direito do indivduo de compartilhar as decises que respeitam a sua vida e da ao necessria execuo de tais decises.

    Agora, podemos responder ao tpico. A banca apenas queria que o candidato percebesse que poderia ser mantido o discurso direto, retirando-se as aspas aps ter trocado a vrgula por dois-pontos. Isso possvel porque a referncia ao autor (Turner) continua. Veja:

    que a verdadeira democracia, j o disse Turner: o direito do indivduo de compartilhar as decises que respeitam a sua vida e da ao necessria execuo de tais decises.

    Aps os dois-pontos, foi utilizada a letra inicial minscula, porque se encontra subentendida a expresso que a verdadeira democracia. como se as palavras de Turner fossem a sequncia do que o autor j vinha falando anteriormente. Gabarito: E 05- Assinale a opo correta a respeito do emprego das estruturas lingsticas

    no texto.

    a) A repetio da preposio de"(.4), precedendo algum e uma parcela do poder, indica que os termos a que elas se referem admitem ser trocados sem prejuzo da correo gramatical ou das relaes semnticas do texto.

    b) A repetio do verbo dever, em "deviam e devem"(.6), tem o efeito de reforar sua durao no tempo, mas o emprego de apenas "devem" seria suficiente para indicar o estado permanente e atual de "ter direito"(.6).

    c) O valor demonstrativo do pronome o em o que resulta(.10) indica que pode haver a a substituio pelo pronome isso, sem prejuzo da correo gramatical ou da coerncia textual.

    d) Por se tratar de emprego reflexivo, "redefine-se" (.13) no admite substituio por redefinido.

    e) A funo condicional da conjuno quando (.15) ser preservada se substituda por se, mas a correo gramatical do perodo s ser preservada se o verbo que a precede for empregado no presente: existe.

    Comentrio: A alternativa (A) est errada. Veja a substituio pedida confrontando com a numerao abaixo:

    A excluso de algum de uma parcela do poder , forosamente, a excluso daquele dos benefcios deste.

    Agora, veja com a troca pedida na questo:

    A excluso de uma parcela do poder de algum , forosamente, a excluso daquele dos benefcios deste.

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    Assim, j sabemos que a excluso de algum de um grupo no significa a excluso de um grupo de algum. Outra coisa, no trecho original, daquele faz referncia a algum e deste faz referncia a poder. Com a troca, daquele passa a fazer referncia a poder e deste passa a fazer referncia a algum. Isso confirma a mudana de sentido com a troca. A alternativa (B) est correta. O verbo deviam est flexionado no pretrito imperfeito do indicativo. Esse tempo est sendo empregado no lugar do futuro do pretrito do indicativo para indicar uma hiptese (uma possibilidade no passado). Compare:

    Todos deviam, portanto, ter direito a uma parte dos resultados da vida social. Todos deveriam, portanto, ter direito a uma parte dos resultados da vida social.

    Se no texto houvesse apenas um desses dois tempos (deviam ou deveriam), seria mantida apenas a ideia de suposio, hiptese; mas o autor inseriu o tempo presente do indicativo logo em seguida, para indicar que o direito a uma parte dos resultados da vida social no era apenas uma necessidade no passado, vigora ainda como atual, permanente na sociedade. Veja:

    Todos devem, portanto, ter direito a uma parte dos resultados da vida social.

    Assim, com o presente do indicativo, deixamos de ter apenas uma possibilidade, suposio no passado, e passamos a ter uma certeza, a real necessidade de algo atualmente. Veja que est correta a afirmao de que os dois tempos associados transmitem um reforo na durao (uma hiptese, marcando apenas uma possibilidade no passado, e o presente, marcando uma necessidade atual). Portanto, o uso apenas do verbo devem seria suficiente para indicar o estado permanente (pois esta necessidade permanente) e atual (pois usamos o tempo presente) de ter direito. A alternativa (C) est errada. Lembre-se de que o pronome o, quando antecipado de vrgula e seguido de orao subordinada adjetiva restritiva, o aposto recapitulativo, o qual retoma uma ao expressa na orao anterior. Note que, neste contexto, o pronome demonstrativo o retoma a expresso seu poder de consumo. Para que haja correo gramatical e coerncia textual, o correto a substituio da expresso o que pelo pronome isso, ou at mesmo pela expresso o qual. Compare:

    ...em funo de seu poder de consumo, o que resulta do seu poder de propriedade... ...em funo de seu poder de consumo, isso resulta do seu poder de propriedade... ...em funo de seu poder de consumo, o qual resulta do seu poder de propriedade...

    A alternativa (D) est errada, pois o verbo redefine transitivo direto e o pronome se apassivador (e no reflexivo como afirmou a alternativa). Assim, o termo O prprio conceito de liberdade o sujeito paciente. Para termos certeza de que h pronome apassivador, devemos transformar a voz passiva sinttica em analtica:

    O prprio conceito de liberdade redefinido atravs dos sculos...

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    A alternativa (E) est errada. A conjuno quando normalmente tem valor adverbial de tempo; mas tambm pode expressar condio em tempo futuro, como ocorreu neste contexto. Note que a orao quando assentada na segurana e em funo da igualdade possui o verbo estiver subentendido, tambm no futuro, para combinar com o verbo existir, que precede tal orao:

    E a liberdade, no mundo atual, s existir de fato quando (estiver) assentada na segurana e em funo da igualdade.

    A substituio da conjuno quando por se preserva o valor condicional.

    E a liberdade, no mundo atual, s existir de fato se (estiver) assentada na segurana e em funo da igualdade.

    O erro na alternativa foi afirmar a obrigatoriedade da substituio do verbo no futuro existir pelo presente existe. De acordo com o contexto, essa substituio possvel, mas no obrigatria. Veja:

    E a liberdade, no mundo atual, s existe de fato se assentada na segurana e em funo da igualdade.

    Gabarito: B Leia o texto abaixo para responder s questes de 06 a 08.

    1 5

    10

    15

    O processo de globalizao foi muito mais rpido no mbito das finanas e do comrcio do que no plano poltico e institucional. O nico caminho possvel avanar no processo de transformao da ordem mundial e institucionaliz-lo. claro que no passado bipolar havia problemas graves, tanto no bloco sob o controle hegemnico dos Estados Unidos quanto no dominado pela URSS. A ordem global em formao tem algumas vantagens e muitos riscos, parte deles criada pelo desmoronamento das instituies multilaterais. A principal vantagem a integrao pelas comunicaes. Hoje atrocidades como as que aconteciam sob a censura e o vu da impunidade hegemnica no sculo passado se tornam conhecidas em tempo real, pela opinio pblica mundial. o primeiro passo para o estabelecimento de limites e sanes violao em larga escala dos direitos da humanidade. O horror instantneo j no nos pode ser sonegado. A rede global de comunicaes d novos recursos aos movimentos coletivos de defesa dos direitos da paz e compromete governantes.

    (Srgio Abranches, VEJA, 24 de setembro de 2003, com adaptaes)

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    06- Assinale a opo em que ficam preservadas as relaes semnticas e a correo gramatical do texto ao se acrescentar a complementao respectiva para as duas expresses abaixo.

    O nico caminho possvel(.2 e 3) A principal vantagem(.8) a) no plano poltico e institucional das instituies multilaterais b) para o mbito das finanas e do

    comrcio da ordem global em formao

    c) para o processo de globalizao dessa ordem global em formao d) em mbito das finanas e do

    comrcio com instituies multilaterais

    e) no processo de globalizao do desmoronamento das

    instituies multilaterais Comentrio: A questo queria sua ateno apenas ao contexto, isto , voc deveria observar a que expresso o trecho se refere, com base nas informaes anteriores. Veja a primeira estrutura com base no texto: O processo de globalizao foi muito mais rpido no mbito das finanas e do comrcio do que no plano poltico e institucional. O nico caminho possvel avanar no processo de transformao da ordem mundial e institucionaliz-lo. Veja que o contexto impe subentendermos a expresso para o processo de globalizao, algo j expresso anteriormente e que lhe d sequncia no trecho. O mesmo ocorre com a segunda expresso. Ela deve ser complementada por algo dito anteriormente (ordem global em formao), que lhe d sequncia e coerncia no texto. Veja:

    A ordem global em formao tem algumas vantagens e muitos riscos, parte deles criada pelo desmoronamento das instituies multilaterais. A principal vantagem a integrao pelas comunicaes.

    Assim, a alternativa correta a (C). Procure fazer o mesmo com as demais alternativas, voc ir notar que no h perfeita retomada, nem sequncia coerente ao texto. Gabarito: C 07- Assinale a proposta de reescritura do trecho do texto que respeita as

    relaes de sentido originais e a correo gramatical.

    a) avanar no processo de transformao da ordem mundial e institucionaliz-lo(.3 e 4) / avanar e institucionalizar-lhe o processo de transformao da ordem mundial

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    b) tanto no bloco sob controle hegemnico dos Estados Unidos quanto no dominado pela URSS(.5 e 6) / seja no bloco dominado pela URSS seja naquele sob controle hegemnico dos Estados Unidos

    c) sob a censura e o vu da impunidade hegemnica do sculo passado(.10) / sob o vu da impunidade e censura hegemnica do sculo anterior

    d) o estabelecimento de limites e sanes violao em larga escala dos direitos da humanidade(.12 e 13) / estabelece sanes em larga escala e limites violao dos direitos da humanidade

    e) d novos recursos aos movimentos coletivos de defesa dos direitos da paz e compromete governantes(.14-16) / compromete os governantes e d novos recursos de defesa dos direitos da paz aos movimentos coletivos

    Comentrio: Veja que devemos substituir literalmente cada trecho no texto e perceber a alternativa que est correta gramaticalmente e que preserva o sentido original. Abaixo reescrevi os trechos para visualizarmos melhor. A alternativa (A) est errada, pois, na estrutura original, o pronome -lo o objeto direto do verbo institucionalizar e retoma a expresso processo de transformao da ordem mundial. Veja:

    O nico caminho possvel avanar no processo de transformao da ordem mundial e institucionaliz-lo. (original)

    Na reescrita, o uso do pronome lhe est errado, pois seria o objeto indireto ou transmitiria valor de posse, com retomada de expresso diferente: O nico caminho possvel. Em ambos os casos, haveria mudana de sentido e incoerncia nos argumentos. Confirme: O nico caminho possvel avanar e institucionalizar-lhe o processo de transformao da ordem mundial. (reescrita) O nico caminho possvel avanar e institucionalizar (ao nico caminho possvel) o processo de transformao da ordem mundial. (objeto indireto) O nico caminho possvel avanar e institucionalizar o (seu) processo de transformao da ordem mundial. (valor de posse) O nico caminho possvel avanar e institucionalizar o processo (do nico caminho possvel) de transformao da ordem mundial. (valor de posse)

    A alternativa (B) a correta, pois houve apenas a troca da expresso correlativa de adio tanto...quanto... pela de alternncia de incluso seja...seja..., com inverso de alguns termos. Compare:

    claro que no passado bipolar havia problemas graves, tanto no bloco sob o controle hegemnico dos Estados Unidos quanto no dominado pela URSS. (original)

    claro que no passado bipolar havia problemas graves, seja no bloco dominado pela URSS seja naquele sob controle hegemnico dos Estados Unidos. (reescrita)

    A alternativa (C) est errada semanticamente, pois no texto original h censura e vu da impunidade hegemnica, j na reescrita h uma separao: vu da impunidade e censura hegemnica. Dessa forma,

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    hegemnica no mais a caracterstica de impunidade, mas de censura. Confronte:

    Hoje atrocidades como as que aconteciam sob a censura e o vu da impunidade hegemnica no sculo passado se tornam conhecidas em tempo real, pela opinio pblica mundial. (original)

    Hoje atrocidades como as que aconteciam sob o vu da impunidade e censura hegemnica do sculo anterior se tornam conhecidas em tempo real, pela opinio pblica mundial. (reescrita)

    A alternativa (D) est errada, pois a preposio para exige o infinitivo estabelecer, e no o presente do indicativo estabelece. Confronte:

    o primeiro passo para o estabelecimento de limites e sanes violao em larga escala dos direitos da humanidade. (original)

    o primeiro passo para estabelece sanes em larga escala e limites violao dos direitos da humanidade. (reescrita)

    A alternativa (E) est errada semanticamente, pois dar novos recursos aos movimentos coletivos de defesa no o mesmo que dar novos recursos de defesa aos movimentos coletivos, concorda? No primeiro, o termo de defesa o adjunto adnominal e caracteriza movimentos, no segundo, caracteriza recursos. Confronte:

    A rede global de comunicaes d novos recursos aos movimentos coletivos de defesa dos direitos da paz e compromete governantes. (original)

    A rede global de comunicaes compromete os governantes e d novos recursos de defesa dos direitos da paz aos movimentos coletivos. (reescrita) Gabarito: B

    08- Assinale a estrutura lingstica do texto que no apresenta idia de passividade ligada ao termo sublinhado.

    a) claro que no passado bipolar havia problemas graves(.4 e 5)

    b) ... muitos riscos, parte deles criados pelo desmoronamento das instituies multilaterais.(.7 e 8)

    c) Hoje atrocidades ... se tornam conhecidas em tempo real(.9-11)

    d) o primeiro passo para o estabelecimento de limites e sanes(.11 e 12)

    e) O horror instantneo j no nos pode ser sonegado(.13 e 14)

    Comentrio: A ideia de passividade nos remete aos temas sintaxe da orao e vozes verbais. O termo paciente pode ser encontrado no sujeito da voz passiva, e, na voz ativa, no objeto direto (quando puder ser transposto para sujeito paciente numa voz passiva) e complemento nominal (inclusive esta sua diferena bsica do adjunto adnominal). Didaticamente, vamos conferir as alternativas cujos termos sublinhados so pacientes, isto , transmitem passividade. A alternativa (B) est correta, pois o termo riscos o segundo elemento do objeto direto composto (algumas vantagens e muitos riscos).

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    Veja que podemos transformar esse objeto direto composto em sujeito paciente da voz passiva. Confronte: Voz ativa: A ordem global em formao tem algumas vantagens e muitos riscos... sujeito agente + VTD + objeto direto (paciente)

    Voz passiva: Algumas vantagens e muitos riscos so tidos pela ordem global em formao... sujeito paciente + loc verbal + agente da passiva

    A alternativa (C) est correta, pois podemos transformar o trecho original numa estrutura passiva mais clara, da seguinte forma:

    Atrocidades so conhecidas pela opinio pblica mundial.

    Assim, o termo atrocidades o sujeito paciente, so conhecidas uma locuo verbal e pela opinio pblica o agente da passiva.

    A alternativa (D) est correta, pois a expresso de limites e sanes o complemento nominal, termo paciente do substantivo estabelecimento. Compare o complemento verbal e o nominal:

    estabelecer limites e sanes estabelecimento de limites e sanes VTD + objeto direto (paciente) substantivo + compl nominal (paciente)

    A alternativa (E) est correta, pois apresenta voz passiva e o sujeito paciente O horror instantneo. Veja:

    O horror instantneo j no nos pode ser sonegado sujeito paciente + OI + loc verbal transitiva direta e indireta Neste caso, o agente da passiva est indeterminado, isto , no est explcito no trecho. Agora, veja que sobra como errada a alternativa (A). O verbo havia transitivo direto e o termo problemas graves o objeto direto. Este um caso peculiar em que o objeto direto no tem valor paciente, porque esse verbo est sendo empregado com o sentido de existir, ocorrer. Assim, o verbo havia no possui sujeito agente. Bom, se no h um termo que execute a ao (o sujeito agente), no h termo que sofra a ao (paciente), concorda? Assim, no se consegue transformar esta estrutura ativa em passiva, nem este objeto direto em sujeito paciente. Gabarito: A Para responder s questes de 09 a 12, leia o texto abaixo.

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    Dinheiro a maior inveno dos ltimos 700 anos. Com ele, voc pode comprar qualquer coisa, ir para qualquer lugar, consolar o aleijado que bate no vidro do carro no sinal fechado, mostrar quanto voc ama a mulher amada ou comprar uma hora de amor. o passaporte da liberdade. Com dinheiro, voc pode xingar o ditador da poca e sair correndo para o exlio, ou financiar todos os candidatos a presidente e comparecer aos jantares de campanha de todos. Nos tempos que estamos vivendo, dinheiro como Deus na Idade Mdia o sentido nico e todos os sentidos de todas as coisas. A remisso de todas as coisas. O que no produz nem dinheiro, no existe. falso,

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    postio. Os sbios da igreja de antigamente so os economistas de hoje em dia. Dividem-se em dois grupos os idlatras, para quem dinheiro o pedacinho de papel, a imagem do sagrado, o santinho. Para eles, o valor do dinheiro depende da quantidade de papis em circulao. Para os iconoclastas, dinheiro a base das relaes sociais do mundo capitalista, a rede que organiza a sociedade. um conceito, um crdito, um dbito. Como os sacerdotes de antigamente, economistas tm a misso de explicar o inexplicvel como o dinheiro tudo e nada ao mesmo tempo, por que falta dinheiro se dinheiro papel impresso, ou se a quantidade de santinhos muda o tamanho do milagre.

    (Joo Sayad, Cidade de Deus. Classe Revista de Bordo da TAM, n 95, com adaptaes)

    09- Assinale como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes inferncias para

    o texto. A seguir, assinale a opo correta.

    ( ) Os sbios da igreja de antigamente so identificados aos idlatras; os economistas de hoje em dia, aos iconoclastas.

    ( ) Hoje em dia, o dinheiro representa um deus, porque remete ao sentido de todas as coisas.

    ( ) Considerar dinheiro como um pedacinho de papel retira dele o valor sagrado com que reverenciado nos dias de hoje.

    ( ) O valor do dinheiro para os iconoclastas est ligado ao simblico, ao conceito, como crdito ou dbito.

    ( ) "inexplicvel" dizer que dinheiro tudo e nada ao mesmo tempo porque se trata de uma realidade paradoxal.

    a) V , V, F, V, F b) V , F, V, F, F c) F, V, F, V, V d) F, V, V, V, F e) F, F, V, F, V

    Comentrio: A primeira frase falsa, porque houve uma relao entre Os sbios da igreja de antigamente e os economistas de hoje em dia. So os economistas que se dividem em dois grupos: idlatras e iconoclastas. Assim, perdeu-se o vnculo com sbios da igreja de antigamente. A segunda frase verdadeira e corresponde literalmente s linhas 8, 9, 10 e 11, principalmente no segmento dinheiro como Deus ... o sentido nico e todos os sentidos de todas as coisas. A terceira frase falsa, porque o fato de o dinheiro ser considerado um pedacinho de papel no retira dele o valor sagrado, pois literalmente no texto acompanhamos trs caractersticas enumeradas do dinheiro (dinheiro o pedacinho de papel, a imagem do sagrado, o santinho). A quarta frase verdadeira e corresponde literalmente s linhas 16 e 17:

    Para os iconoclastas, dinheiro a base das relaes sociais do mundo capitalista, a rede que organiza a sociedade. um conceito, um crdito, um

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    dbito. (linhas 16 e 17)

    Veja que, para os iconoclastas, dinheiro representa a base das relaes sociais, isto , um smbolo. Alm disso, foi dito que um conceito, crdito, dbito. A quinta frase verdadeira e corresponde literalmente s linhas 18,19,20 e 21. Confronte:

    inexplicvel dizer que dinheiro tudo e nada ao mesmo tempo porque se trata de uma realidade paradoxal. (afirmativa)

    Como os sacerdotes de antigamente, economistas tm a misso de explicar o inexplicvel como o dinheiro tudo e nada ao mesmo tempo, por que falta dinheiro se dinheiro papel impresso, ou se a quantidade de santinhos muda o tamanho do milagre. (linhas 18 a 21)

    Perceba que paradoxal aquilo que tem base em contrrios, contrassensos, contraditrios. As expresses explicar o inexplicvel, dinheiro tudo e nada ao mesmo tempo, falta dinheiro se dinheiro papel impresso so expresses paradoxais. Isso confirma a afirmativa como verdadeira. Assim, a alternativa correta a (C). Gabarito: C 10- Assinale a relao lgica em desacordo com a argumentao do segundo pargrafo do texto.

    a) O que no dinheiro falso. b) No existe o que no produz dinheiro. c) No existe o que postio. d) O que no falso produz dinheiro. e) postio o que no produz dinheiro.

    Comentrio: A partir da informao do segundo pargrafo, devemos verificar qual alternativa est em desacordo. Veja:

    Nos tempos que estamos vivendo, dinheiro como Deus na Idade Mdia o sentido nico e todos os sentidos de todas as coisas. A remisso de todas as coisas. O que no produz nem dinheiro, no existe. falso, postio.

    Numa relao lgica, temos: 1. dinheiro sentido nico e todos os sentidos de todas as coisas.

    Em contrapartida, 2. o que no produz no dinheiro, no existe, falso, postio.

    Assim, a) O que no dinheiro falso. (2) b) No existe o que no produz dinheiro. (2) c) No existe o que postio. (2) e) postio o que no produz dinheiro. (2)

    A alternativa (D) a errada, pois, segundo a relao 2, no produzir falso. Isso no quer dizer que o oposto dos dois termos resultar em produo de dinheiro: O que no falso produz dinheiro.

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    Para ficar de acordo com a argumentao, bastaria deslocar a negao: O que falso no produz dinheiro. Gabarito: D 11- Assinale qual a alterao proposta para o texto que desrespeita sua coerncia ou correo gramatical.

    a) Trocar a conjuno e(.5) por ou. b) Inserir o pronome eles depois de todos (.7). c) Inserir a preposio em aps tempos(.8). d) Trocar a segunda vrgula da linha 16 pela conjuno e. e) Trocar a conjuno Como(.18) por Qual.

    Comentrio: Primeiro, observe que a questo no pede mudana de sentido, mas a mudana que traga prejuzo na coerncia, isto , traz prejuzo aos argumentos do texto, ou que leve a uma incorreo gramatical. Na alternativa (A), note que, no perodo final do primeiro pargrafo, h uma diviso principal com a conjuno ou, a qual separa as estruturas Com dinheiro, voc pode xingar o ditador da poca e sair correndo para o exlio e financiar todos os candidatos a presidente e comparecer aos jantares de campanha de todos. Dentro de cada estrutura menor h a conjuno aditiva e, a qual une as estruturas menores com uma ao e sua posterior consequncia: na primeira, h voc pode xingar o ditador da poca, depois (consequentemente) sair correndo para o exlio; na segunda, h financiar todos os candidatos a presidente e depois (consequentemente) comparecer aos jantares de campanha de todos. Assim, essas conjunes e, internas, no podem ser substitudas pela conjuno ou, muito menos s a primeira, a que se referia a alternativa, pois isso transformaria o sentido de aes em sequncia temporal em alternncia, o que causaria prejuzo coerncia da estrutura, por j existir a alternncia entre as estruturas maiores, com a conjuno ou (linha 6). Como a questo pede a alternativa cuja substituio desrespeita a coerncia ou a correo gramatical, esta a correta. Na alternativa (B), cuidado! No confunda as duas ocorrncias do pronome todos. Esta questo se refere ao pronome todos da linha 7. Muita gente j errou esta questo por no observar isso!!!!! O vocbulo todos um pronome indefinido adjetivo, isto , ele necessita de um substantivo ou um termo de valor substantivo para ter sentido, mesmo que esteja implcito. Na linha 6, o pronome todos no admite o pronome eles por j haver um substantivo (candidatos) ao qual ele se refere. Na linha 7, est subentendido o substantivo candidatos aps o pronome todos. Esse substantivo no foi inserido para se evitar a repetio viciosa, por isso ficou subentendido. Com a insero, o pronome pessoal eles ocupa o espao do substantivo subentendido candidatos. Por isso, preserva a coerncia e a correo gramatical. Como a questo pede a alternativa cuja substituio desrespeita a coerncia ou a correo gramatical, est errada.

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    Na alternativa (C), o verbo vivendo, no contexto em que est, pode ser transitivo direto ou intransitivo. Como verbo transitivo direto, queremos enfatizar a coisa vivida, o momento vivido: vivemos a adolescncia, vivemos a dcada de 80, vivemos um mundo de possibilidades. Como intransitivo, no se quer mais ressaltar a coisa vivida, mas o momento, o lugar: vivemos na adolescncia, vivemos na dcada de 80, vivemos num mundo de possibilidades. Assim, o trecho Nos tempos que estamos vivendo constitudo de um adjunto adverbial de tempo (Nos tempos) e da orao subordinada adjetiva restritiva (que estamos vivendo). O verbo vivendo transitivo direto e o pronome relativo que objeto direto e retoma o substantivo tempos. (estamos vivendo os tempos). Com a insero da preposio em, o verbo, que era transitivo direto, passa a intransitivo, e o objeto direto que passa a adjunto adverbial de tempo em que (estamos vivendo nos tempos). Como a questo pede a alternativa cuja substituio desrespeita a coerncia ou a correo gramatical, est errada. Na alternativa (D), note que h duas caractersticas da palavra dinheiro: a base das relaes sociais do mundo capitalista, a rede que organiza a sociedade. Essas duas caractersticas esto enumeradas. Como h somente dois termos paralelos, pode-se substituir a vrgula pela conjuno e. Como a questo pede a alternativa cuja substituio desrespeita a coerncia ou a correo gramatical, est errada. Na alternativa (E), o conectivo Qual tem o mesmo valor de Tal qual ou Como, por terem valor adverbial comparativo. Por isso, podemos realizar a substituio sem prejuzo da coerncia ou da correo gramatical. Como a questo pede a alternativa cuja substituio desrespeita a coerncia ou a correo gramatical, est errada. Gabarito: A 12- Algumas conjunes e pronomes do texto, apesar de iniciarem oraes

    afirmativas, tm tambm valor interrogativo. Assinale, nas opes abaixo, aquela a que, textualmente, impossvel associar esse valor interrogativo.

    a) quanto voc ama a mulher amada(.3,4) b) para quem dinheiro o pedacinho de papel (.13,14) c) como o dinheiro tudo(.19) d) por que falta dinheiro"(.20) e) se a quantidade de santinhos muda o tamanho do milagre(.20,21)

    Comentrio: Esta questo gerou muita dvida na poca da prova e em vrios simulados que aplico, por isso, vou me ater a uma explicao antes de resolver a questo. Quando se estuda orao subordinada substantiva objetiva direta, percebemos que nem sempre ela iniciada pela conjuno integrante que. Esta orao pode fazer parte de uma frase interrogativa indireta, isto , terminar com ponto final, mas expressar implicitamente valor interrogativo. Neste caso, a orao objetiva direta pode ser iniciada pela conjuno

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    integrante se, por advrbios interrogativos onde, quando, como e pronomes interrogativos quanto, qual, que, quem. Veja exemplos:

    Frase interrogativa indireta: Frase interrogativa indireta:

    Ningum sabe se ela est. Ela est? Ningum sabe onde ela est. Onde ela est? Ningum sabe quando ela se foi. Quando ela se foi? Ningum sabe como ela est. Como ela est? Ningum sabe quanto custa isso. Quanto custa isso? Ningum sabe qual a concluso. Qual a concluso? Ningum sabe por que ele veio. Por que ele veio? Ningum sabe quem ela. Quem ela? Orao principal + or sub subst objetiva direta

    Pela estrutura acima, voc percebe que podemos transformar a estrutura indireta em direta, e justamente isso que a questo cobra. Ela quer a alternativa que no apresenta esta estrutura acima.

    A alternativa (A) apresenta estrutura interrogativa indireta, pois o pronome interrogativo quanto inicia a orao objetiva direta:

    Interrogativa indireta: Com ele, voc pode mostrar...quanto voc ama a mulher amada... orao principal + orao subordinada substantiva objetiva direta

    Interrogativa direta: Quanto voc ama a mulher amada?

    A alternativa (B) a que no apresenta estrutura interrogativa, pois a orao para quem dinheiro o pedacinho de papel subordinada adjetiva explicativa, inclusive por isso est entre vrgulas. Assim, foge estrutura apresentada e no cabe interrogao, mas explicao. Alm disso, observe que quem apenas um pronome relativo.

    As alternativas (C), (D) e (E) apresentam-se oraes coordenadas entre si e podem ser entendidas como complementos do verbo transitivo direto explicar. Veja:

    ...economistas tm a misso de explicar...como o dinheiro tudo e nada ao mesmo tempo, por que falta dinheiro se dinheiro papel impresso, ou se a quantidade de santinhos muda o tamanho do milagre.

    Interrogativa indireta: ...economistas tm a misso de explicar como o dinheiro tudo... orao principal + orao subordinada substantiva objetiva direta

    Interrogativa direta: O dinheiro tudo?

    Interrogativa indireta: ...economistas tm a misso de explicar por que falta dinheiro... orao principal + orao subordinada substantiva objetiva direta

    Interrogativa direta: Por que falta dinheiro?

    Interrogativa indireta: ...economistas tm a misso de explicar se a quantidade de santinhos muda o tamanho do milagre... orao principal + orao subordinada substantiva objetiva direta

    Interrogativa direta: A quantidade de santinhos muda o tamanho do milagre?

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    Gabarito: B 13- Assinale a opo na qual a expresso sublinhada est erradamente

    empregada.

    a) O governo quer mudar o imposto sobre a renda da pessoa fsica para reduzir as dedues de gastos com educao e sade, mas se esquece de que o poder do governante no absoluto.

    b) o Congresso, quem cabe transformar a vontade governamental em lei, que tem a obrigao de proteger os contribuintes.

    c) A nova mordida do Leo parece decorrer de documento fazendrio, em que se avalia que as dedues das despesas com educao e sade s beneficiam as "pessoas abastadas".

    d) A Constituio exige a observncia do critrio da "universalidade", cujo significado o de que todo tipo de rendimento ser tributvel.

    e) Economia fiscal verdadeira seria a eliminao ou a reduo do bueiro em que se esvai o volume incalculvel de recursos pblicos chamada renncia fiscal da Unio.

    (Baseado em Edgard de Proena Rosa, "O Congresso a casa do contribuinte", Correio Braziliense, 02/12/2003)

    Comentrio: A alternativa (A) est correta, pois o verbo esquecer-se possui o pronome oblquo tono se. Esse pronome empregado como parte integrante do verbo, que o leva a transitivo indireto e exige a preposio de (mas se esquece de que o poder do governante no absoluto). Assim, a orao de que o poder do governante no absoluto subordinada substantiva objetiva indireta. A alternativa (B) a errada, pois o verbo cabe est sendo empregado como transitivo indireto, pois entendemos que algo cabe a algum. Assim, o sujeito a orao subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo transformar a vontade governamental em lei e o objeto indireto deve ser iniciado pela preposio a.

    (a quem cabe transformar a vontade governamental em lei isso cabe a quem).

    A alternativa (C) est correta. A estrutura em que se avalia que as dedues das despesas com educao e sade s beneficiam as pessoas abastadas iniciada pela orao subordinada adjetiva explicativa em que se avalia. Note que o verbo avalia transitivo direto, o pronome se apassivador, o sujeito paciente a orao subordinada substantiva subjetiva que as dedues das despesas com educao e sade s beneficiam as pessoas abastadas e o termo em que o adjunto adverbial de lugar. Note que o pronome apassivador indica voz passiva sinttica e devemos transformar em voz passiva analtica para termos certeza. Alm disso, a orao substantiva pode ser substituda pela palavra isso. Assim: Isso avaliado onde? No documento fazendrio. A alternativa (D) est correta, pois o artigo o em o de que faz subentender o substantivo significado. Este vocbulo exige a preposio de, a qual inicia a orao subordinada substantiva completiva nominal de

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    que todo tipo de rendimento ser tributvel. A omisso do substantivo ocorreu para se evitar a repetio desnecessria de palavra. Veja:

    ...cujo significado o (significado) de que todo tipo de rendimento ser tributvel.

    A alternativa (E) est correta, pois o verbo esvai transitivo direto, o pronome se apassivador, o sujeito paciente o volume incalculvel de recursos pblicos, sobrando o termo em que como adjunto adverbial de lugar. Note que este adjunto adverbial poderia tambm ser iniciado pela preposio por (o volume se esvai no bueiro ou o volume se esvai pelo bueiro). Gabarito: B 14- Foi publicado na seo Painel do Leitor, da Folha de S. Paulo (15/11/2003),

    o seguinte trecho de correspondncia enviada ao jornal por um leitor:

    "Revoltante o editorial Maioridade penal. Quer dizer que este jornal, que tanto apregoa a democracia, ignora a opinio de 89% da populao a favor da reduo da maioridade penal e quer impor-nos a viso de meia dzia de intelectuais? essa a idia de democracia que o jornal que tanto admiro apregoa?"

    Aponte a nica deduo correta extrada do trecho lido.

    a) O editorial a que se refere o missivista deve ter refutado a tese da imputabilidade penal para menores de 18 anos.

    b) O corpo editorial da Folha de S. Paulo composto por um grupo reduzido de representantes da elite nacional que se acha no direito de impor sua opinio.

    c) O missivista est revoltado com a Folha de S. Paulo por ela ter descumprido o compromisso pblico com seus leitores de veicular apenas a verdade dos fatos.

    d) Discordando da viso exposta no referido editorial, o missivista se alia aos 89% da populao que manifestou adeso tese da reduo da maioridade penal.

    e) O missivista questiona a democracia da informao apregoada pela Folha de S. Paulo, pois s um dos lados da questo o da manuteno da maioridade penal foi combatido no editorial.

    Comentrio: Editorial um espao em revista ou jornais em que o redator-chefe manifesta a opinio do peridico a respeito de tema de relevncia na sociedade. Em contrapartida, o leitor pode se manifestar a favor ou contra aquilo que foi veiculado. O trecho entre aspas um recorte de uma missiva, isto , uma carta de leitor. Assim, missivista quem as escreve. O texto no declara explicitamente, literalmente, que o editorial contra a reduo da maioridade penal; mas, pelos vestgios do texto (este jornal... ignora a opinio de 89% da populao a favor da reduo da maioridade penal), percebemos que isso fica subentendido. Isso fez com que um leitor criticasse a postura da revista. Esta questo foi anulada, porque tanto a alternativa (A) quanto a (D)

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    esto corretas. A alternativa (A) est correta, pois pode se entender que o editorial tenha refutado a tese da imputabilidade (responsabilidade) penal para menores de 18 anos, o que gerou a insatisfao do missivista. A alternativa (B) est errada. Ao informar que O corpo editorial da Folha de S. Paulo composto por um grupo reduzido de representantes da elite nacional que se acha no direito de impor sua opinio., esta alternativa tentou induzir o candidato ao erro fazendo referncia ao seguinte trecho do texto: quer impor-nos a viso de meia dzia de intelectuais. O fato de, na viso do missivista, o editorial querer impor a viso de alguns intelectuais no sugere que seja o jornal o possuidor de tais intelectuais. Na realidade, o texto faz referncia aos poucos, na viso do missivista, que defendem a inimputabilidade penal aos menores de 18 anos. A alternativa (C) est errada. A revolta do missivista se d por veicular uma opinio contrria dele e de 89% da populao. Isso, segundo ele, fere a ideia de democracia. O fato de o jornal no ter veiculado opinio semelhante ao do missivista no caracteriza que esteja deixando de veicular a verdade. A alternativa (D) tambm est correta, pois o missivista realmente discorda da viso do editorial a respeito da reduo da maioridade penal. Ele, assim como 89% da populao, acha que deve haver a reduo da maioridade penal. A alternativa (E) est errada, pois, no editorial, a manuteno da maioridade penal no foi combatida, ela foi defendida. Justamente por isso o missivista se revoltou; pois ele quem refuta a manuteno da maioridade penal. Gabarito: Anulada

    15- Assinale o ttulo sugerido para o texto que corresponde sua idia principal. Vale lembrar que nos governos Vargas e JK e nos governos do ciclo militar, apesar da preponderncia do estatismo, as empresas ocuparam posio central. Vargas governou com os empresrios ao seu lado. Dificilmente dava um passo importante sem antes ouvir a Confederao Nacional da Indstria. Juscelino fez do capital privado um trunfo. Basta citar o caso emblemtico da produo automobilstica que fez a imprensa mundial comparar So Paulo a uma nova Detroit. Os militares criaram sistemas hbridos, a exemplo da petroqumica, associando o Estado e iniciativa privada. A iniciativa privada foi o pulmo do desenvolvimento na poca do estatismo e ter ainda maior relevncia na economia contempornea. Um modelo de desenvolvimento que no leve esta evidente nuana em considerao como se fosse um dinossauro, muito bom para as primeiras eras geolgicas e muito distante da era atual.

    (Emerson Kapaz, Dedos cruzados in Revista Poltica Democrtica, n 6, p. 41)

    a) Os governos Vargas e JK & os governos militares b) A iniciativa privada no desenvolvimento econmico c) O papel da Confederao Nacional da Indstria no governo JK d) Os sistemas hbridos dos governos militares e) O estatismo de Vargas a JK

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    Comentrio: A tese a frase em que o autor resume a ideia central do texto. Muitas v