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ESTADO DA PARAÍBA POLÍCIA MILITAR
CENTRO DE EDUCAÇÃO ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DO CABO BRANCO
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS
VALDENNY DE SOUSA ANDRADE
A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA OS ALUNOS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA PARAÍBA
JOÃO PESSOA 2012
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VALDENNY DE SOUSA ANDRADE
A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA OS ALUNOS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA PARAÍBA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Academia de Polícia Militar do Cabo Branco como requisito parcial para a conclusão do Curso de Formação de Oficiais Bombeiros, sob orientação do Prof. José Alexandre Fragoso Correia.
JOÃO PESSOA 2012
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VALDENNY DE SOUSA ANDRADE
A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA OS ALUNOS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA PARAÍBA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Academia de Polícia Militar do Cabo Branco como requisito parcial para a conclusão do Curso de Formação de Oficiais Bombeiros, sob orientação do Prof. José Alexandre Fragoso Correia. Aprovado em: / /
Coordenação do Curso de Formação de Oficiais Bombeiros
Considerações
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Dedico esta obra a Deus pelo seu amor incondicional, suas misericórdias e sua força sempre presente em minha caminhada. Ao meu esposo, sempre companheiro, conselheiro e paciente. Aos meus pais, os quais amo muito. Aos meus queridos irmãos.
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AGRADECIMENTOS
Ao Senhor meu Deus pelo dom da vida. Por ter me proporcionado saúde,
perseverança, fé e esperança necessária para a concretização de mais este projeto.
Ao meu esposo, por sempre apoiar as minhas escolhas, permanecendo ao
meu lado como um verdadeiro companheiro.
Aos meus pais, em particular Fátima por ser um exemplo de mulher e por
todas as lutas enfrentadas com o objetivo de dar o melhor aos seus filhos.
Obrigada a toda minha família, e em especial a minha tia Mara por estar
sempre presente nos meus sonhos, desafios e conquistas.
Agradeço ao meu professor orientador, Alexandre Fragoso, pelos
ensinamentos, paciência, e comprometimento demonstrado durante o
desenvolvimento deste trabalho.
Aos meus amigos Joás, Ten Cecília, Cel Gledson pelo exemplo de vida, pela
amizade e carinho sempre demonstrado.
Sou grata as minhas amigas de alojamento, Lorena, Cássia, Kellen, Bruna,
Thalita Nazário, Viviane, Thais, Mônica, Luisa, Nayara e Andressa, pelos momentos
que vivemos juntas. Foram todos inesquecíveis!
E finalmente, agradeço a todos que me ajudaram direta ou indiretamente para
o desenvolvimento deste projeto. Um MUITO OBRIGADA a todos vocês!
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“A saúde não está na forma física, mas na forma de se alimentar".
Fábio Ibrahim El Khoury
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RESUMO
Historicamente, a alimentação sempre esteve presente no desenvolvimento humano. Fato compreendido, pois, o homem necessita de fontes externas que lhe ofereçam nutrientes necessários para a manutenção da vida. Ao saber que a condição de saúde do indivíduo está intimamente relacionada com a qualidade dos alimentos ingeridos, o presente trabalho tem como objetivo mostrar a importância de hábitos alimentares saudáveis na qualidade de vida dos profissionais de Segurança Pública, em particular os cadetes BM da APMCB. Os dados para este estudo foram obtidos por meio de pesquisa documental junto ao Aprovisionamento do CE e aplicação de questionário aos alunos oficiais bombeiros. Sobre as refeições disponibilizadas pelo CE percebe-se que existe um cardápio semanal elaborado por uma nutricionista. O questionário, que contém perguntas abertas e fechadas, foi respondido pelos 87 cadetes bombeiros, do sexo masculino e feminino, com idade entre 18 e 32 anos. Com a aplicação deste documento, foi possível identificar o número de alunos bombeiros que se alimentam nesta unidade militar; a faixa etária destes; saber sobre a aceitação e satisfação quanto aos alimentos ofertados; saber sobre os hábitos alimentares abordando os entrevistados quanto ao consumo de frutas, verduras, laticínios, frituras, guloseimas; quantas vezes praticam atividades físicas por semana, além de receber sugestões para possíveis adequações nas refeições.
Palavras-chave: Alimentação Saudável. Cadetes Bombeiros. Nutrientes.
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ABSTRACT
Historically, feeding has always been present in human development. Fact understood, because man needs external sources which provide nutrients necessary for maintenance of his life. Upon learning that the individual’s health condition is closely related to the quality of the diet, this work aims to show the importance of healthy eating habits in the public safety professionals’ quality of life, in particular cadets BM of APMCB. The data for this study were obtained through documentary research by the APROVISIONAMENTO of CE and application of questionnaire to students official firefighters. About the meals provided by the EC realizes that there is a weekly menu prepared by a nutritionist. The questionnaire, containing open and closed questions was answered by 87 firefighters cadets, male and female, aged between 18 and 32 years. With the application of this document, it was possible to identify the number of students firefighters that feed in this military unit; the age range of these; learn about acceptance and satisfaction regarding the foods offered; know about the eating habits by addressing the interviewed regarding the consumption of fruits, vegetables, dairy products, fried food, sweets; how often perform physical activities per week, in addition to receiving suggestions for possible adaptation in the meals. Keywords: Healthy Eating. Fire Cadets. Nutrients.
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LISTA DE TABELAS
Tabela 01 - Cardápio proposto pela nutricionista e organizado em tabela para melhor
entendimento do leitor 23
Tabela 02 – Faixa etária dos Alunos Oficiais Bombeiros da Paraíba 25
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Cadetes BM que fazem as refeições no restaurante do CE 25
Gráfico 2 – Principais motivos do não arranchamento no restaurante do CE 26
Gráfico 3 – Grau de satisfação dos cadetes BM que se alimentam no CE 27
Gráfico 4 – Frequência do consumo diário de frutas 27
Gráfico 5 – Frequência do consumo diário de verduras 28
Gráfico 6– Ingestão de doce/guloseimas; gorduras/frituras/enlatados/
embutidos 29
Gráfico 7 – Ingestão de leite e seus derivados 30
Gráfico 8 – Percepção dos cadetes bombeiros sobre a sua imunidade 31
Gráfico 9 – Quantidade de atividade física realizada por semana 31
Gráfico 10 – Percentual de cadetes que sentiram algum desconforto durante ou após
atividade física 32
Gráfico 11 – Principais desconfortos elencados pelos cadetes 33
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LISTA DE ABREVIATURAS
APMCB – Academia de Polícia Militar do Cabo Branco.
CE – Centro de Educação.
CAD – Cadete.
COPERVE - Comissão Permanente do Concurso de Vestibular.
CFO PM/BM - Curso de Formação de Oficiais Policiais Militar e Bombeiros Militar.
CFO/CBMPB - Curso de Formação de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado da Paraíba.
QOC – Quadro de Oficiais Combatentes.
QOBM – Quadro de Oficiais Bombeiros Militar.
VET – Valor Energético Total.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 12
1.1 OBJETIVO GERAL 13
1.1.1 Objetivos Específicos 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO 14
2.1 CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS 14
2.2 NECESSIDADES NUTRICIONAIS E RECOMENDAÇÕES DE ENERGIA 15
2.3 ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA 17
2.4 PIRÂMIDE ALIMENTAR 18
3 METODOLOGIA 21
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 23
5 CONCLUSÃO 34
REFERÊNCIAS 36
APÊNDICES 37
ANEXO 48
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1 INTRODUÇÃO
A história mostra que a alimentação sempre esteve presente no curso da
evolução humana. Inicialmente, o homem estava preocupado em obter seus
alimentos por meio da caça, pesca, coleta de frutas e legumes. Em seguida
desenvolveram técnicas promovendo uma revolução na agropecuária, com isso, o
homem passa a planejar a produção de alimentos com o objetivo de satisfazer as
suas necessidades, bem como, produzir excedentes comercializáveis. Após muitas
pesquisas científicas e descobertas no campo da saúde pública, percebe-se
mudanças significativas na qualidade de vida e hábitos alimentares da população.
(CUPPARI, 2002)
Estudos mostram que as sociedades modernas e industrializadas consomem
alimentos hipercalóricos, ricos em gordura saturada, colesterol, carboidratos
refinados, pobres em gorduras insaturadas e fibras. Estes hábitos alimentares junto
com o sedentarismo são responsáveis pelo aumento da incidência da obesidade e
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).
Profissionais de Segurança Pública necessitam de uma alimentação
equilibrada para a realização de suas atividades, pois condicionamento físico, bom
estado de saúde e qualificação são características exigidas diariamente.
Dentro desta realidade estão os alunos oficiais que estudam na Academia de
Polícia Militar do Cabo Branco (APMCB), uma vez que o curso de formação estende-
se por três anos, onde são realizadas atividades físicas semanalmente. Atividades
estas que requerem dos alunos condicionamento físico e bom estado nutricional.
Durante a escolha do tema deste trabalho, alguns questionamentos foram
levantados, por exemplo, quais são os benefícios de hábitos alimentares saudáveis
para profissionais de Segurança Pública, as refeições fornecidas aos cadetes
bombeiros da Paraíba satisfazem suas necessidades nutricionais diárias e existe
variedade nos alimentos ofertados. Estas perguntas servirão para nortear as
pesquisas, pois o que se pretende é respondê-las e desta forma propor algumas
mudanças caso seja necessário.
Percebendo esta necessidade o Centro de Educação (CE) disponibiliza três
refeições diárias aos cadetes que desejam alimentar-se na unidade.
Ao saber que a condição de saúde do indivíduo está intimamente relacionada
com a qualidade dos alimentos que são ingeridos diariamente, percebe-se a
13
importância de verificar qualidade das refeições fornecidas aos cadetes da APMCB,
propor adequações aos cardápios ofertados contribuindo, desta forma, para uma
melhor qualidade de vida, melhores serviços prestados a comunidade, maior
motivação, bem como, atuar na prevenção de doenças.
1.1 OBJETIVO GERAL
Mostrar a importância de hábitos alimentares saudáveis na qualidade de vida
dos profissionais de Segurança Pública, em particular os cadetes bombeiros que
estudam na Academia de Polícia Militar do Cabo Branco.
1.1.1 Objetivos Específicos
Realizar pesquisas bibliográficas sobre as recomendações diárias de
nutrientes para promoção da saúde dos profissionais de Segurança Pública, em
especial os alunos bombeiros do Centro de Educação.
Verificar se a dieta fornecida aos discentes da Academia de Policia Militar do
Cabo Branco é satisfatória para suprir as necessidades nutricionais.
Analisar a variedade dos alimentos que compõem as refeições.
Propor um novo cardápio ao setor de alimentação do Centro de Educação.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS
O processo de seleção para o Curso de Formação de Oficiais da Polícia
Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado da Paraíba tem início com a
publicação em Edital, informando estarem abertas as inscrições para o referido
curso.
Estão dispostos alguns requisitos que devem ser preenchidos pelos candidatos. Para os candidatos civis, militares das Forças Armadas e de outras Corporações Militares os requisitos são: ser brasileiro nato; estar em dia com as obrigações militares e eleitorais; não ter antecedentes criminais ou policiais; achar-se em pleno gozo de seus direitos civis e políticos; ter idoneidade moral e conduta pregressa compatível com o cargo de Oficial; ter aptidão para a carreira de militar estadual, aferida através dos Exames Intelectual, de Saúde, de Aptidão Física, Psicológica e da Avaliação Social; ter, descalço e descoberto, altura mínima de 1,65 m (um metro e sessenta e cinco centímetros), se do sexo masculino, e de 1,60 m (um metro e sessenta centímetros), se do sexo feminino; completar, no ano da matrícula do curso, 18 (dezoito) anos, no mínimo, e 30 (trinta) anos, no máximo e ter concluído o ensino médio ou correspondente. Já os candidatos pertencentes à Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro Militar da Paraíba são acrescidos outros requisitos: estar, no mínimo, no comportamento disciplinar “BOM”; não estar submetido a Conselho de Disciplina, Processo Administrativo Disciplinar ou em cumprimento de sentença criminal; não ter sido julgado “incapaz definitivamente” para o serviço militar estadual, através de laudo médico competente; não estar registrado em partido
político e nem exercer atividade de cunho eletivo. (EDITAL n.º 001 CFO PM/BM, 2009)
As vagas disponíveis são distribuídas para o Quadro de Oficiais Combatentes
da Polícia Militar (QOC) e para o Quadro de Oficiais Bombeiros Militar (QOBM), bem
como, são estipuladas as vagas para o sexo masculino e feminino.
O aluno oficial passa por três fases durante o processo de seleção. A primeira
está relacionada com as provas escritas, onde os candidatos que tiverem suas
inscrições deferidas e homologadas serão submetidos às provas escritas, promovido
pela Universidade Federal da Paraíba, através da Comissão Permanente do
Concurso de Vestibular – COPERVE/UFPB. A segunda está relacionada com os
exames complementares, que compreendem os Exames de Saúde, de Aptidão
Física e Psicológicos. O Exame de Saúde tem como objetivo avaliar o estado geral
de saúde, física e mental, do candidato, por isso, dispõe de exames e testes clínicos
e exames laboratoriais. O exame de Aptidão Física avalia a força, resistência,
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potência e flexibilidade muscular, aptidão cardiorespiratória e coordenação
neuromuscular. Por último, tem a avaliação social, que visa averiguar a idoneidade
moral e conduta pessoal anterior ao concurso, observando se são compatíveis com
o cargo de oficial. (grifo do autor)
Estando os candidatos aprovados e classificados, ao término das três fases,
serão matriculados como alunos do 1º ano do Curso de Formação de Oficiais
Policiais Militares e Bombeiros Militares (CFO PM/BM) do estado da Paraíba, após
apresentarem documentação especificada no edital. Mediante aprovação, os
mesmos ascendem aos 2º e 3º Anos.
O curso é ministrado na Academia de Polícia Militar do Cabo Branco
(APMCB), em regime de tempo integral. Os alunos oficiais recebem uma bolsa
correspondente ao soldo da graduação de 3º, 2º e 1º Sargento, nos 1º, 2º, 3º anos,
respectivamente. A antiguidade do militar, no Quadro de Oficiais Subalternos, será
de acordo com classificação obtida durante a realização do curso. (Id. Ibid)
O Curso de Formação de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Estado da
Paraíba (CFO/CBMPB) é normatizado pelo DECRETO Nº 32.140, de 11 de maio de
2011.
Em seu Art. 1º afirma que o referido curso é de nível superior, sendo
denominado de Engenharia de Segurança Contra Incêndio e Pânico.
No Art. 7º afirma que o curso tem duração de três anos, distribuídos em seis
períodos letivos, obedecendo à carga horária e currículo aprovado pelo Conselho
Estadual de Ensino Superior.
De acordo do Art. 8º, os cadetes concluintes, com aproveitamento, são
declarados Aspirante-a-Oficial, que passará por um Estágio Probatório de seis
meses. O cadete, cuja classificação seja o primeiro colocado, é promovido ao posto
de 2º Tenente BM, ingressando no Quadro de Oficiais Bombeiros Militares.
2.2 NECESSIDADES NUTRICIONAIS E RECOMENDAÇÕES DE ENERGIA
A todo o instante, no corpo humano ocorrem inúmeras reações químicas
necessárias para a conservação dos processos fisiológicos. Dentre estes estão
síntese e manutenção dos tecidos corporais, condução elétrica da atividade nervosa,
contração muscular, produção de calor para manter a temperatura corporal.
(MAHAN, 2005) Portanto, para a manutenção de suas atividades normais, o
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organismo consome energia continuamente por meio do metabolismo energético,
envolvendo reações anabólicas, as que consomem energia, e catabólicas as que
liberam energia. (CUPPARI, 2002)
Metabolismo consiste no somatório de todas as transformações químicas que
ocorrem no interior das células nos indivíduos vivos. A energia consiste da
capacidade de realizar trabalho ou produzir mudanças na matéria. (Id. Ibid.)
A fonte inicial de toda energia nos seres vivos é o sol. Logo, os organismos
autotróficos captam energia solar e as transformam em energia química por meio da
fotossíntese. Os organismos heterotróficos obtêm nutrientes e energia ao consumir
vegetais e carne de outros animais. A energia fornecida pelos macronutrientes
(carboidratos, lipídeos, proteínas) está nas ligações químicas dentro dos alimentos,
sendo liberado após o mesmo ser metabolizado. (MAHAN, 2005)
A dieta deve oferecer as necessidades nutricionais ideais a um indivíduo,
considerando o peso, altura, idade, atividade física e estado nutricional. Sabe-se que
uma dieta adequada auxilia o desempenho durante realização das atividades físicas
já que fornece os substratos energéticos e a prática de exercícios regulares melhora
a habilidade do organismo em utilizar os nutrientes. (SOARES, 2001)
Neste contexto, Cuppari (2002, p.3) define necessidades nutricionais como
sendo “a quantidades de nutrientes e de energia disponíveis nos alimentos que um
indivíduo sadio deve ingerir para satisfazer suas necessidades fisiológicas normais e
prevenir sintomas de deficiência.” Enquanto recomendações nutricionais envolvem
as quantidades de energia e nutrientes que devem estar presentes nos alimentos
consumidos para satisfazer as necessidades de quase todos os indivíduos de uma
população sadia.
O valor energético total (VET) consiste na energia diária total consumida em
forma de alimentos ou bebidas que estão disponíveis para serem metabolizadas.
Pode ser expresso em KJ ou Kcal. O metabolismo das gorduras liberam mais
energia por grama de peso (9 Kcal/g) do que os carboidratos (4Kcal/g), proteínas
(4Kcal/g) e o álcool (7 kcal/g). (BARRETO, 2005)
Os carboidratos são a principal fonte de energia do organismo humano, sendo
considerados como a fonte de energia mais eficiente já que requerem menos
oxigênio para sua oxidação quando comparados aos lipídeos e a proteínas. Eles
exercem importantes funções, dentre elas a preservação da proteína, pois quando a
quantidade de carboidrato ingerida é insuficiente, os aminoácidos servirão de
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substrato energético. Numa dieta equilibrada a quantidade de carboidratos ofertados
deve estar entre 60-70% do valor energético total da dieta. Priorizando-se as fontes
de carboidratos complexos, como os cereais, as leguminosas e alguns vegetais por
apresentarem outros nutrientes associados. (SOARES, 2001)
Conforme a revisão realizada pela Food and Agriculture Organization
FAO/OMS (1985, apud Cuppari, 2002, p. 7) a necessidade de proteína é “o menor
nível de ingestão de proteína da dieta que irá equilibrar as perdas de nitrogênio pelo
organismo em pessoas que mantêm o balanço energético com níveis moderados de
atividade física.” Bem como, considera nível seguro de ingestão ou dose inócua de
proteína “a quantidade que irá atingir ou exceder as necessidades de praticamente
todos os indivíduos do grupo, levando-se em conta as variações individuais.”
Portanto, a recomendação de proteína estabelecida, segundo a Sociedade
Brasileira de Alimentação e Nutrição (1990, apud Id. Ibid.), para homens e mulheres
com idade igual ou superior a 18 anos é de 1,0g/kg/dia.
Os lipídeos apresentam função energética, são utilizados na síntese de
hormônios, participam da estrutura das membranas celulares e são veiculadores de
vitaminas lipossolúveis. Segundo Soares (2001) para praticantes de atividade física
recomenda-se de 20-25% do consumo calórico total sob a forma de lipídeos.
2.3 ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA
O presente trabalho aborda a importância da alimentação saudável para os
alunos do CFO, por isso algumas definições são necessárias para um melhor
entendimento dos leitores.
Nutrição é a ciência que estuda os alimentos, seus nutrientes, bem como sua ação, interação e balanço em relação a saúde e doença, além dos processos pelos quais o organismo ingere, absorve, transporta, utiliza e excreta os nutrientes. (CUPPARI, 2002, p. 49)
Ele ainda diz que, nutrientes são substâncias que estão inseridas nos
alimentos e possuem funções variadas no organismo, podendo ser macronutrientes:
carboidratos, lipídios, proteínas; ou micronutrientes: vitaminas e minerais.
Dieta é o conjunto de alimentos que o indivíduo consome diariamente com as substâncias nutritivas denominadas nutrientes. E alimentação é o processo pelo qual os seres vivos adquirem do mundo exterior os alimentos que compõem a dieta. (Id. Ibid.)
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O homem necessita alimentar-se constantemente, pois os alimentos
desempenham um importante papel no crescimento, no desenvolvimento, na saúde,
bem como, no condicionamento físico de cada indivíduo. (MAHAN, 2005)
A digestão dos alimentos permite aos seres vivos transformar alimentos e
nutrientes do ambiente em constituintes do seu próprio corpo. Para isso, o homem
deve dispor de alimentos específicos e variados em quantidades suficientes e
adequadas. Cuppari (2002, p. 47) afirma que, “do ponto de vista nutricional, o ser
humano é biologicamente frágil e ao mesmo tempo exigente, pois tem saúde apenas
se as condições do meio forem adequadas.”
Logo, o consumo dos alimentos depende de vários fatores como a textura,
forma, sabor, cor, cheiro, bem como, fatores psicológicos e sociais dos próprios
indivíduos. Porém, uma vez ingeridos são encaminhados para o trato digestivo, onde
passam por processos físicos e químicos, os quais originam nutrientes que possuem
forma e tamanho capazes de serem absorvidos e transportados pelo sangue para as
células onde serão metabolizados. (MAHAN, 2005)
Dos alimentos disponíveis ao homem, apenas o leite materno é completo
(para crianças de até seis meses), ou seja, nenhum outro possui todos os nutrientes
em quantidade suficiente para atender as necessidades individuais. Portanto, por
meio da variedade dos alimentos e em quantidades adequadas, pode-se obter uma
dieta equilibrada, com nutrientes suficientes para atender as necessidades do
organismo. (CUPPARI, 2002)
A ciência mostra que a manutenção de uma nutrição adequada durante toda
a vida pode prevenir, ou retardar, o aparecimento de doenças. Logo, a maioria das
doenças relacionadas à nutrição pode ser evitada por meio de mudanças nas
práticas dietéticas. Por exemplo: problemas intestinais (constipação, diarréia);
gastrites, úlceras, diabetes, anemias, doenças cardiovasculares, hipertensão, entre
outros. Porém, conforme o conhecimento de expande aumenta o número de
doenças tratáveis pela intervenção nutricional. (MAHAN, 2005)
2.4 PIRÂMIDE ALIMENTAR
O Guia da Pirâmide Alimentar foi estabelecido para auxiliar a Nutrição no
sentido de promover uma melhor orientação, adequação e escolhas dos alimentos
ingeridos, visando promover a saúde e hábitos alimentares saudáveis à população
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em geral. A forma gráfica de pirâmide foi adotada para facilitar o entendimento do
leitor, uma vez que, padroniza os alimentos em categorias, auxiliando as pessoas a
planejar suas refeições. (CUPPARI, 2002)
A Pirâmide está dividida em quatro níveis e está distribuída em oito grupos.
Na base, primeiro nível, está o grupo dos cereais, pães, tubérculos e raízes, sendo
estes fontes principais de carboidratos. No segundo nível estão os grupos das
hortaliças e frutas. Estes dois níveis devem ser a base de uma dieta equilibrada, pois
fornecem fibras, vitaminas e minerais, energia adequada para o bom funcionamento
do corpo. (SALERNO, 2005) No terceiro nível estão os grupos dos leites e produtos
lácteos; carnes e ovos; leguminosas. Estes são fontes de proteínas, vitaminas,
cálcio, e ferro. No topo da pirâmide, quarto nível, encontra-se os grupos dos óleos e
gorduras (fonte de gorduras), bem como, o grupo dos açúcares e doces (fonte de
carboidratos). Estes também devem fazer parte das refeições, porém em menor
quantidade, por isso, encontram-se no topo.
Os alimentos estão representados em porções, que segundo Cuppari (2002,
p. 51) “porção é a quantidade de alimento em sua forma de consumo (unidade,
xícara, fatia,...) ou em gramas.” As quantidades foram estabelecidas a partir das
necessidades nutricionais, dietas específicas e grupos alimentares, logo, em cada
nível da pirâmide existem porções que são equivalentes em energia (kcal). (Id. Ibid.)
A figura 1 mostra um modelo de Pirâmide Alimentar, dividida em níveis, subdividida
em grupos com as respectivas porções recomendadas.
Ao observar a Pirâmide Alimentar é possível perceber que se trata de um guia
flexível, com informações que auxiliam na escolha dos alimentos saudáveis, sendo
estes na quantidade certa de calorias e nutrientes necessários para a saúde.
Cuppari (2002) calculou dietas com número mínimo, médio e máximo de
kcal/dia (quilocaloria por dia), tomando por base a idade, o sexo, o peso, a altura e o
nível de atividade física. Dieta de 1600 kcal – para mulheres com atividade física
sedentária e adultos idosos; 2200 kcal – para crianças, adolescentes do sexo
feminino, mulheres de atividade física intensa, homens de atividade física
sedentária; 2800 kcal – para adolescentes do sexo masculino, homens com
atividade física intensa e mulheres com atividade física muito intensa. As
necessidades no grupo do leite podem ser maiores para adolescentes, adultos e
idosos.
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Figura 1 – Pirâmide Alimentar
Fonte: PHILIPPI, S.T. e col, 1999, apud CUPPARI, 2002, p.53.
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3 METODOLOGIA
O presente estudo caracteriza-se por ser uma pesquisa de campo, construída
de forma sistemática, de natureza qualitativa. Segundo Richardson (1989,
apud Correia, 2010, p. 23), a pesquisa de modo qualitativo “além de ser uma opção
do investigador, justifica-se, sobretudo, por ser uma forma adequada para entender
a natureza de um fenômeno social”.
O material utilizado é resultado de levantamento sobre as refeições ofertadas
aos cadetes, junto ao Setor de Alimentação do Centro de Educação -
Aprovisionamento, por meio de pesquisa documental, bem como aplicação de um
questionário aos alunos oficiais bombeiros da APMCB.
Este documento foi elaborado, pela CAD VALDENNY juntamente com o
professor orientador, especificamente para o presente estudo, contendo perguntas
abertas e fechadas, conforme modelo contido no Apêndice A – QUESTIONÁRIO
PARA TRABALHO MONOGRÁFICO. TEMA: “A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL PARA OS ALUNOS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA
PARAÍBA”.
A aplicação deste ocorreu nos dias 15 e 16 de outubro de 2012, nos turnos
manhã e tarde, no âmbito da Academia de Polícia Militar do Cabo Branco, pela CAD
Valdenny, sendo respondido no mesmo momento da aplicação.
Primeiramente, foram lidas e explicadas todas as perguntas, para que as
questões formuladas fossem entendidas, sanando desta forma as possíveis dúvidas.
Então, foram aplicadas nas salas do 1º, 2º e 3º ano dos Cadetes Bombeiros, com o
consentimento da coordenação Pedagógica, Coordenação Disciplinar e do professor
(a), quando esteve presente.
Foram entrevistados 87 alunos oficiais, o que representa, aproximadamente,
37,83% do corpo de alunos da APMCB, sendo 26 alunos do 1º ano, 35 do 2º ano e
26 do 3º ano. Com a aplicação do questionário, foi possível identificar o número de
alunos bombeiros que se alimentam no Centro de Educação; a faixa etária destes;
quais refeições são feitas diariamente nesta unidade militar; saber sobre os hábitos
alimentares quanto ao consumo de frutas, verduras, laticínios, frituras, guloseimas;
quantas vezes praticam atividades físicas por semana, saber dos entrevistados sua
opinião quanto aos alimentos ofertados no cardápio do CE.
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Dando continuidade ao levantamento de dados, foi feito, também, uma
pesquisa junto ao setor de alimentação do Centro de Educação, sobre os cardápios
das refeições semanais. Durante as visitas, não foi possível conversar com a
nutricionista responsável pela elaboração do cardápio, pois a mesma encontra-se de
licença maternidade, conforme informações fornecidas pelo militar responsável pelo
setor.
Em seguida, realizou-se uma análise qualitativa destas refeições.
Posteriormente, foi proposto um novo cardápio baseado no que preconiza as fontes
bibliográficas para uma alimentação saudável, e quando possível, aceitando as
sugestões dos entrevistados.
A reunião dos dados e análise dos resultados foram feitas através de
interpretação baseadas nos livros, na Pirâmide Alimentar e através do programa
Microsoft Excel.
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4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Após pesquisa feita ao setor de alimentação do Centro de Educação,
denominado de aprovisionamento, pode-se perceber que existe um cardápio
semanal que serve de base para a confecção das refeições. Porém, este não é
seguido na íntegra devido alguns problemas de ordem administrativa.
Algumas dificuldades foram relatadas pelos militares deste setor, como por
exemplo, na aquisição dos ingredientes. Anteriormente as compras eram feitas
diretamente do setor aos fornecedores, agora os alimentos são comprados por meio
de licitação e encaminhados aos locais de produção das refeições da Polícia Militar
da Paraíba, sendo que na maioria das vezes não são mandados os alimentos
pedidos, desta forma, torna-se mais difícil seguir o que é proposto, sendo feitas
adaptações diárias, trabalhando-se com o que se tem no almoxarifado. Outra
dificuldade é a quantidade dos alimentos que chegam a este setor, sendo
necessárias mudanças nas porções individuais.
Em seguida, está o cardápio qualitativo que foi elaborado pela nutricionista ao
setor de aprovisionamento, lembrando-se que este sofre constantes modificações,
devido os motivos citados acima.
Tabela 01 - Cardápio proposto pela nutricionista e organizado em tabela para melhor
entendimento do leitor
CAFÉ ALMOÇO JANTAR
SEGUNDA
Mungunzá Pão c/manteiga
Café
Salada crua Carne / Frango
Feijão macassar Arroz
Laranja
Inhame Arroz
Carne ao molho Café
TERÇA Cuscuz
Pão c/ manteiga Café com leite
Salada de repolho Frango assado Feijão carioca
Arroz Macarrão Farinha Doce
Macaxeira Arroz
Frango ao molho Café
QUARTA
Frutas Pão c/ manteiga
Café Leite com
achocolatado Ovo cozido
Salada crua Carne ao molho Feijão carioca
Arroz Farofa Laranja
Sopa Pão c/ manteiga
Café
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QUINTA Mingau
Pão c/ manteiga Café
Salada de repolho Carne
Feijão carioca Arroz
Macarrão Doce
Farinha
Macaxeira Arroz
Carne ao molho Café
SEXTA Mungunzá
Pão c/ manteiga Café
Salada crua Feijoada
Arroz Farofa
Abacaxi
Arroz Batata doce
Frango ao molho Café
SÁBADO Cuscuz
Pão c/ manteiga Café com leite
Salada cozida Bife guisado
Feijão carioca Arroz cozido
Macarrão Doce
Farinha
Inhame Arroz
Carne ao molho Café
DOMINGO Pão c/ manteiga Cuscuz c/ ovo Café com leite
Salada cozida Frango assado Feijão carioca Arroz cozida
Macarrão Doce
Farinha
Batata doce Arroz
Frango ao molho Café
Fonte: Centro de Educação - Cardápio 2012.
Sabendo que nem todos os alimentos presentes neste cardápio estão
disponíveis, foi solicitado aos alunos que relatassem o que costumam comer nas
refeições do CE. Portanto, ao observar os resultados, qualitativamente, percebe-se
que, do ponto de vista nutricional, existe, no café da manhã, carência de laticínios e
alimentos fonte de fibras, as frutas não estão presentes todos os dias. No almoço,
mais de duas fontes de carboidratos, apenas um ou dois dias com frutas, o doce
aparece várias vezes como sobremesa, saladas com pouca variedade de legumes e
verduras. No jantar, diversas fontes de carboidratos, carência de leite/derivados,
alimentos fonte de fibras e ausência de frutas.
Ao analisar os dados disponibilizados pela aplicação do questionário, pode-se
constatar que a população em estudo é jovem, sendo 67 do sexo masculino (77%) e
20 do sexo feminino (23%). A maior parte (44,8%) encontra-se na faixa etária de 21
a 25 anos, conforme observado na tabela 02.
25
Quando questionados se as suas refeições são realizados no CE, 43 (49,4%)
responderam que sim e 44 pessoas (50,6%) que não (gráfico 1). Logo, percebe-se
um equilíbrio na distribuição dos alunos que se alimentam nesta unidade.
Gráfico 1 – Cadetes BM que fazem as refeições no restaurante do CE
Aos que responderam que não comem no CE, 44 alunos (50,6%), foi
solicitado que elencassem os principais motivos para que eles tivessem esta
postura. Portanto, foram citados que o sabor era desagradável, que existia pouca
diversidade nas refeições, que se alimentava em casa, que não satisfaz as
necessidades energéticas, que não gosta da comida ofertada, que acredita ser de
baixa qualidade, que recebe auxilio alimentação do Corpo de Bombeiros e que a
higiene do restaurante não é satisfatória. Os valores destas respostas foram
Sim 49,4%
Não 50,6%
Tabela 02 – Faixa etária dos Alunos Oficiais Bombeiros da Paraíba
Idade 1º ano 2º ano 3º ano Total Porcentagem
Até 20 anos 04 09 01 14 16,1%
21 – 25 anos 11 17 11 39 44,8%
26 – 30 anos 10 09 11 30 34,5%
Acima de 30 anos 01 0 03 04 4,6%
Total 26 35 26 87 100%
26
dispostos no gráfico 2. Com isso, a maioria respondeu que o sabor é desagradável
(36,4%), seguido pela baixa qualidade dos alimentos (20%) e pouca variedade no
cardápio (14,5%).
Gráfico 2 – Principais motivos do não arranchamento no restaurante do CE
Houve uma relação entre os cadetes que fazem refeições no CE, 43 alunos
(49,4%), e a opinião destes quanto à variedade no cardápio e ao grau de satisfação.
Para tanto, foram feitas as perguntas de nº 7 “ Em sua opinião, existe uma variedade
nos cardápios?” e nº 8 “ Você está satisfeito com sua alimentação realizada no CE?”
Quanto ao primeiro questionamento, 08 cadetes (18,6%) responderam
positivamente, 19 cadetes (44,2%) responderam que não e 16 disseram que às
vezes (37,2%). Constatando que, a maioria afirma não haver variedade nos
ingredientes ofertados semanalmente. Quanto ao segundo questionamento, apenas
01 pessoa (2,3%) respondeu que estava satisfeito, 31 responderam negativamente
(72,1%) e 11 responderam às vezes (25,6%), gráfico 3. Portanto, apesar de
realizarem suas refeições na APMCB a maioria não está satisfeito com os alimentos
dispostos diariamente.
Higiene do restaurante (3,5%)
Não gosta da comida (5,5%)
Auxílio alimentação(5,5%)
Alimenta-se em casa (7,3%)
Não satisfaz as necessidades energéticas (7,3%)
Pouca variedade (14,5%)
Baixa qualidade (20%)
Sabor desagradável (36,4%)
27
Gráfico 3 – Grau de satisfação dos cadetes BM que se alimentam no CE
Algumas perguntas foram realizadas com o intuito de desenhar o perfil dos
hábitos alimentares dos entrevistados. Logo, a de nº 9 diz “Você come frutas
diariamente?” Concluindo que do total de 87 cadetes, 33 responderam que sim
(37,9%), 31 responderam não (35,6%) e 23 às vezes (26,5%), como pode ser visto
no gráfico 4.
Gráfico 4 – Frequência do consumo diário de frutas
Nestes dados observa-se uma proximidade nos resultados positivos e
negativos, tornando-se necessárias políticas de educação alimentar com o objetivo
de aumentar os valores dos que consomem frutas diariamente, uma vez que estes
alimentos são fonte de vitaminas e minerais. Com isso, Franco (2002, p.8) afirma
que “o homem e os animais dependem de fontes externas de vitaminas e,
consequentemente, qualquer interrupção do suprimento causa distúrbio no
metabolismo”.
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
Satisfeito Não está satisfeito Às vezes está satisfeito
Sim Não Às vezes
37,90% 35,60%
26,50%
28
A pergunta de nº 10 foi confeccionada da seguinte forma “Você come verdura
diariamente?” e 49 alunos responderam sim (56,3%), 28 responderam não (32,2%) e
10 responderam às vezes (11,5%).
Gráfico 5 – Frequência do consumo diário de verduras
Como as verduras são fontes de micronutrientes, torna-se indispensável o
incentivo ao aumento no consumo destes alimentos. Franco (2002, p.8) expõe que
“as vitaminas são agentes essenciais ativos para manutenção das funções
biológicas (...) O organismo humano pode promover a síntese de algumas vitaminas,
necessitando, no entanto, do suprimento alimentar”. Já os minerais são essenciais
em várias funções fisiológicas como a contração muscular, funções dos nervos,
coagulação do sangue, digestão, equilíbrio acidobásico, entre outros. (FRANCO,
2002)
Quando confrontados sobre o consumo de doces e guloseimas, 29 dos
entrevistados afirmaram ingerir estes tipos de alimentos diariamente (33,3%), 38
disseram que seu consumo era semanal (43,7%), 18 responderam raramente
(20,7%) e 2 pessoas não consomem (2,3%). Ao analisar o consumo de alimentos
gordurosos, frituras, enlatados e embutidos, 15 alunos consomem diariamente
(17,2%), 42 ingerem semanalmente (48,3%), 30 afirmaram consumir raramente
(34,5%). Com isso, nota-se nestes dois questionamentos que a prevalência da
ingestão destes tipos de alimentos é semanal, estando melhor perceptível no gráfico
abaixo.
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
Sim Não Às vezes
56,30%
32,20%
11,50%
29
Gráfico 6– Ingestão de doce/guloseimas; gorduras/frituras/enlatados/embutidos
Apesar da Pirâmide Alimentar apresentar em seu topo o grupo das gorduras,
óleos e doces, deve-se selecionar bem as fontes destes alimentos, priorizando-se as
gorduras poiinsaturadas, açúcares complexos e estes devem ser consumidos com
moderação. Portanto, alimentos fonte de gorduras saturadas, gorduras trans e
açúcares simples, como é o caso das frituras, enlatados, embutidos, doces e
guloseimas, devem ser evitados por serem grandes precursores de doenças
cardiovasculares e obesidade.
O quesito de nº 10 analisa a ingestão de leite e seus derivados. Com isso, 57
pessoas responderam consumir diariamente (65,5%), 25 semanalmente (28,7%), 4
raramente (4,6%), 1 não ingere leite (1,2%).
Diariamente Semanalmente Raramente Não consome
29
38
18
2
15
42
30
0
Doces e Guloseimas Gorduras, Frituras, Enlatados e Embutidos
30
Gráfico 7 – Ingestão de leite e seus derivados
A ingestão de leite é importantíssima para o funcionamento normal do
organismo uma vez que é fonte de cálcio e proteína de boa qualidade. O cálcio é um
mineral envolvido na formação dos ossos e dentes, coagulação do sangue,
contração e relaxamento muscular, ativador de enzimas e na ação do sistema
nervoso. (FRANCO, 2002)
Dando continuidade na pesquisa, foi analisada a percepção dos alunos
referente à sua imunidade, frequência de atividade física, e presença/ausência de
desconfortos durante ou após estas atividades. Portanto, para a pergunta nº 14,
“após entrar no CFO, você percebeu que sua imunidade melhorou, piorou, não
percebeu mudanças? surgiram as seguintes respostas: 04 afirmaram que
melhoraram (4,6%), 54 disseram ter piorado (62,1%), 29 não percebeu mudanças
(33,3%), gráfico 8. Este resultado é preocupante, pois demonstra que do ponto de
vista dos entrevistados, a maioria percebeu que sua imunidade piorou.
0 10 20 30 40 50 60
Não consome
Raramente
Semanalmente
Diariamente
31
Gráfico 8 – Percepção dos cadetes bombeiros sobre a sua imunidade
Shils (2003, p. 787) afirma que “Uma pesquisa da literatura mostra que a
maior parte dos déficits nutricionais leva a respostas imunológicas suprimidas”. Ele
afirma também que “o balanço entre a ingestão de energia e o gasto energético
determina parcialmente o peso e a composição corporal do indivíduo, o que, por sua
vez, influencia as características imunológicas”.
Sobre a realização de atividade física semanal, observou-se que 46
entrevistados praticam de uma a três vezes (52,9%), 36 fazem de quatro a seis
vezes (41,4%) e 05 realizam mais de seis vezes (5,7%), como pode ser observado
no gráfico 9. Com isso, comprova que a rotina dos alunos bombeiros na APMCB é
intensa, sendo necessário um suporte nutricional adequado para a realização destas
atividades diárias e que seja possível evitar lesões, queda na imunidade, perda de
peso, mal estar durante as atividades.
Gráfico 9 – Quantidade de atividade física realizada por semana
Melhorou 4,6%
Piorou 62,1%
Não percebeu mudanças 33,3%
De 1 a 3 vezes De 4 a 6 vezes Mais de 6 vezes Nenhuma
46
36
5 0
32
Quando questionado se já sentiu algum desconforto durante ou após
atividade física, 65 pessoas disseram que sim (74,7%), 22 disseram não (25,3%).
Em seguida foram feitas duas perguntas aos que responderam positivamente no
questionamento anterior. Se eles associam este desconforto a sua alimentação, 51
cadetes disseram que sim (78,5%) e 14 disseram não (21,5); e quais foram estes
desconfortos. Analisando estes dados, percebe-se que muitos cadetes relatam
desconfortos durante ou após práticas de atividades, aproximadamente 74,7% do
total de entrevistados, e destes 78,5% associam este fato a sua alimentação.
Gráfico 10 – Percentual de cadetes que sentiram algum desconforto durante ou após atividade física
Já em relação aos tipos de desconfortos elencados está dor de cabeça, ânsia
de vômito, vômitos, tontura, fraqueza, calafrios, fadiga, sonolência, hipotensão, azia,
dor estomacal, câimbras, dor muscular, dor nas costas e dor no joelho. Sendo a de
maior prevalência a tontura, seguido por ânsia de vômito e dor de cabeça, com 28,
14 e 10 indicações respectivamente. Como mostrado no gráfico 11.
Não sentiu desconforto; 25%
Sentiu desconforto e associa a
alimentação; 59% Sentiu desconforto e não associa a
alimentação; 16%
33
Gráfico 11 – Principais desconfortos elencados pelos cadetes
0
5
10
15
20
25
30
34
5 CONCLUSÃO
Por meio de pesquisas feitas ao longo da história, nota-se que a alimentação
sempre esteve presente no desenvolvimento humano, uma vez que, esta é essencial
para a manutenção da vida.
Após anos de estudos, constatou-se que o homem necessita de uma
alimentação saudável e práticas de atividades físicas periódicas com o intuito de
manter a saúde e a qualidade de vida. Portanto, os profissionais de Segurança
Pública, em particular os cadetes bombeiros, precisam de uma alimentação de
qualidade para o bom exercício de suas atribuições. O Curso de Formação de
Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Estado da Paraíba é normatizado pelo
DECRETO Nº 32.140/2011. Nele está disposto que o curso é de nível superior,
denominado de Engenharia de Segurança Contra Incêndio e Pânico, com duração
de três anos.
O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de divulgar a importância
de hábitos alimentares saudáveis, verificar a qualidade das refeições fornecidas aos
cadetes bombeiros da APMCB, propor adequações aos cardápios ofertados.
No interior do corpo humano ocorrem inúmeras e constantes reações
químicas necessárias para a conservação dos processos fisiológicos, logo, o
consumo de macro e micronutrientes são indispensáveis. Após vários estudos,
foram estipuladas as necessidades nutricionais ideais e as recomendações
nutricionais suficientes para suprir as necessidades fisiológicas normais e prevenir
sintomas de deficiência. Com isso, o homem obtém os nutrientes através da
alimentação, sendo que esta deve ser equilibrada. Por isso, a importância da
variedade e quantidade dos alimentos ingeridos na prevenção, retardo do
aparecimento de doenças, principalmente as relacionadas à nutrição.
Os dados, imprescindíveis para a realização do presente estudo, foram
obtidos por meio de pesquisa documental junto ao Setor de Alimentação do Centro
de Educação – Aprovisionamento e aplicação de questionário aos alunos oficiais
bombeiros da APMCB.
Sobre as refeições disponibilizadas pelo CE percebe que existe um cardápio
semanal elaborado por uma nutricionista, porém, este não é seguido devido algumas
dificuldades como a aquisição dos ingredientes e a quantidade dos alimentos
35
disponibilizados. Bem como, existe um déficit na oferta de leite, frutas e na variedade
das verduras.
Quanto à análise dos dados do questionário, percebe-se que a população em
estudo é jovem, com predomínio do sexo masculino, sendo que a maioria está na
faixa etária entre 21 a 25 anos. Aproximadamente metade dos entrevistados fazem
suas refeições no restaurante do CE. Porém, em torno de 44% destes, responderam
não existir variedade nos alimentos ofertados e 72% disseram não está satisfeito
com a alimentação.
Alguns motivos foram elencados pelos os que não se alimentam das refeições
disponibilizadas, sendo que o sabor desagradável foi o de maior incidência, seguido
pela baixa qualidade dos alimentos e pouca variedade no cardápio.
Quanto aos hábitos alimentares dos cadetes percebe-se a necessidade de
um programa de reeducação alimentar com o objetivo de aumentar o número de
alunos que comem frutas e verduras diariamente; de reduzir o consumo de doces,
guloseimas, alimentos gordurosos, frituras, enlatados e embutidos; de incentivar o
consumo de alimentos fontes de fibras; de substituir alimentos fonte de gorduras
saturadas e trans pelas fontes de gorduras piinsaturadas, ômega 3 e 6.
Sobre a imunidade dos entrevistados, mais da metade disseram que piorou
após entrar no CFO, afirmaram, também, que é rotineira a prática de atividade física
na academia e aproximadamente 75% relataram sentir algum desconforto durante
ou após a atividade, destes 78,5% associam este desconforto à sua alimentação.
Com isso, comprova que a rotina dos alunos bombeiros na APMCB é intensa,
sendo necessário um suporte nutricional adequado para a realização das atividades
diárias. Para que desta forma, sejam evitadas lesões, queda na imunidade, perda de
peso e mal estar durante as atividades.
Portanto, surgiu o interesse em propor novos cardápios qualitativos ao
Aprovisionamento do Centro de Educação, baseado no que preconiza as fontes
bibliográficas para uma alimentação saudável, e quando possível, aceitando as
sugestões dos entrevistados. Como pode ser observado no Apêndice C.
36
REFERÊNCIAS BARRETO, S. M. Análise da Estratégia Global para Alimentação, Atividade Física e Saúde, da Organização Mundial de Saúde. Epidemiologia e Serviços de Saúde. Vol.14, jan/mar 2005, pag. 47. CORREIA, J. A. F. Motivação dos Professores de Educação Física nas Escolas: Estudo de sua Ausência. Monografia, Departamento de Educação Física da UFPB. João Pessoa, 2010. CUPPARI, L. Guia de Nutrição: Nutrição Clínica no Adulto. 1ª ed. Barueri: Manole, 2002. Edital n.º 001/2009 CFO PM/BM; Concurso para o Curso de Formação de Oficiais – 2010 da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado da Paraíba. Disponível em: http://www.pm.pb.gov.br/arquivos/Edital_CFO_PM-BM_2010.pdf. Acesso em: 20 set. 2011. FRANCO, G. Tabela de Composição Química dos Alimentos. 9ª ed. São Paulo: Atheneu, 2002. MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 11ª ed. São Paulo: Roca, 2005. PARAÍBA (estado). DECRETO Nº 32.140, DE 11 DE MAIO DE 2011. Lex. Regulamentação de Curso de Formação de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba. João Pessoa, 2011. SALERNO, S. Dieta da Pirâmide. 6543ª ed. São Paulo: SP, 2005. SHILS, M. E.; OLSON, J. A.; SHIKE, M.; ROSS, A. C. Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 9ª ed. Barueri: Manole, 2003. SOARES, E. A. Manejo Nutricional no Exercício Físico. Nutrição em Pauta. Campinas, SP. Mai/jun 2001.
37
APÊNDICES
38
APÊNDICE A Questionário
39
QUESTIONÁRIO PARA TRABALHO MONOGRÁFICO.
TEMA: “A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA OS
ALUNOS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA PARAÍBA”.
CAD BM 3º VALDENNY DE SOUSA ANDRADE
1. ANO DO CURSO: ( ) 1º ( ) 2º ( ) 3º
2. SEXO: ( ) F ( ) M
3. IDADE: anos.
4. Você se alimenta das refeições disponibilizadas pelo Centro de Educação (CE)?
( ) SIM ( )NÃO
5. Se SIM, quais são as refeições e qual a frequência semanal?
CAFÉ DA MANHÃ:
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7
ALMOÇO:
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7
JANTAR:
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7
6. Relate, brevemente, o que você costuma comer (alimento e quantidade) nas
refeições do CE? Ex.: 1 xícara de café, 1 pão, 1 concha de feijão...
CAFÉ DA MANHÃ:
ALMOÇO:
JANTAR:
7. Em sua opinião, existe uma variedade nos cardápios?
( )SIM ( )NÃO ( ) ÀS VEZES
8. Você está satisfeito com sua alimentação realizada no CE?
( )SIM ( )NÃO ( ) ÀS VEZES
40
9. Você come frutas diariamente?
( )SIM ( )NÃO ( ) ÀS VEZES
10. Você come verdura diariamente?
( )SIM ( )NÃO ( ) ÀS VEZES
11. Você costuma comer doces e guloseimas?
( ) Diariamente ( ) Semanalmente ( )Raramente ( ) Não consome
12. Você costuma comer alimentos gordurosos, frituras, enlatados, embutidos?
( ) Diariamente ( ) Semanalmente ( )Raramente ( ) Não consome
13. Com que frequência você consome leite e seus derivados (queijo, iogurte...)?
( ) Diariamente ( ) Semanalmente ( )Raramente ( ) Não consome
14. Após entrar no CFO, você percebeu que sua imunidade?
( ) melhorou ( ) piorou ( ) não percebeu mudança
15. Quantas vezes você pratica atividade física por semana?
( ) 1 – 3 vezes ( ) 4 – 6 vezes ( ) mais de 6 vezes ( ) nenhuma
16. Em sua opinião, os alimentos ofertados pelo CE são suficientes para satisfazer
sua necessidade energética, necessárias para a realização das atividades diárias?
( ) SIM ( ) NÃO ( ) ÀS VEZES
17. Você já sentiu algum desconforto durante ou após atividades físicas?
( ) SIM ( ) NÃO
Se SIM, qual foi?
Você associa este desconforto à sua alimentação? ( )Sim ( ) Não
18. Sugira três alimentos que você gostaria que fosse incluído no cardápio do CE.
CAFÉ DA MANHÃ:
ALMOÇO:
JANTAR:
41
APÊNDICE B
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
42
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) Senhor (a)
Esta pesquisa é sobre A Importância da Alimentação Saudável para os Alunos do
Curso de Formação de Oficiais da Paraíba e está sendo desenvolvida por Valdenny de
Sousa Andrade, aluna do Curso de Formação de Oficial Bombeiro Militar da Paraíba, sob
a orientação do Professor José Alexandre Fragoso Correia.
Os objetivos do estudo são verificar se a dieta fornecida aos alunos bombeiros da
Academia de Policia Militar do Cabo Branco (APMCB) é satisfatória para suprir as
necessidades nutricionais; analisar a variedade dos alimentos que compõem as refeições;
propor um novo cardápio ao setor de alimentação do Centro de Educação.
A finalidade deste trabalho é contribuir para que os cadetes da APMCB tenham
uma melhor qualidade de vida, através da alimentação balanceada.
Solicitamos a sua colaboração para responder ao questionário, como também sua
autorização para apresentar os resultados deste estudo em eventos da área de
segurança pública e publicar em revista científica. Por ocasião da publicação dos
resultados, seu nome será mantido em sigilo, visto que não se identificará no
preenchimento do questionário. Informamos que essa pesquisa não oferece riscos,
previsíveis.
Esclarecemos que sua participação no estudo é voluntária e, portanto, o(a)
senhor(a) não é obrigado(a) a fornecer as informações e/ou colaborar com as perguntas
feitas pelo pesquisador.
O pesquisador estará a sua disposição para qualquer esclarecimento e a qualquer
tempo, mesmo após a pesquisa.
Diante do exposto, declaro que fui devidamente esclarecido(a) e dou o meu
consentimento para participar da pesquisa e para publicação dos resultados. Estou ciente
que receberei uma cópia desse documento.
_______________________________________________________________
Assinatura do Participante da Pesquisa
43
Contato com o Pesquisador Responsável:
Caso necessite de maiores informações sobre o presente estudo, favor ligar para o
pesquisador Valdenny de Sousa Andrade. Tel.: (83) 8873-7032
Atenciosamente,
____________________________________________________
VALDENNY de Sousa Andrade
44
APÊNDICE C
Cardápios Qualitativos
45
46
47
48
ANEXO
Centro de Educação - Cardápio 2012
49
50