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ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE CURITIBA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COLÉGIO ESTADUAL PAULA GOMES ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO CURITIBA 2010

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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE CURITIBA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

COLÉGIO ESTADUAL PAULA GOMES

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

CURITIBA2010

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COLÉGIO ESTADUAL PAULA GOMES – EFM

RUA CURUPIS, 903 – BAIRRO SANTA QUITÉRIA

MUNICÍPIO DE CURITIBA

N.R.E – Curitiba

DDD – 41 TELEFONE - 3269-1992

FAX – 41 – 3269-1992

E- mail - [email protected]

CEP – 80310- 200

C.G.C/MF 076.592.469/0001-84

ENTIDADE MANTENEDORA - GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

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COLÉGIO ESTADUAL PAULA GOMES

RELAÇÃO DOS CINCO ÚLTIMOS DIRETORES

Maria Lenira Garcia de Toledo Pizza – 08 anos

Waldir Flemming – 05 anos

Angélica G. Ziack – 02 anos

Fátima Viudes Schumbauer – 02 anos

Waldir Flemming – desde 2006 até os dias de hoje

Curitiba, 25 de novembro 2010

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I

1. IDENTIDADE DO COLÉGIO PAULA GOMES …...............................6 1.1 JUSTIFICATIVA........................................................................6 1.2 OBJETIVO GERAL....................................................................8 1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................9 1.4 HINO DO COLÉGIO...............................................................11 1.5 HISTÓRICO DO PATRONO DO COLÉGIO.............…................12 1.6 BIOGRAFIA DO PATRÔNO ….................................................14

CAPÍTULO II

2. CARACTERIZAÇÃO ESCOLAR 19 2.1 Organização de turmas e horários – 2010............................19 2.2 Índice de aprovação, reprovação, transferências, desistências de alunos do Colégio Estadual Paula Gomes no ano de2009...21 2.3 Relação de Funcionários:....................................................….21 2.3.1 Equipe Gestora/Pedagógica/Administrativa:......................... 21 2.3.2 Corpo Docente / Agente Educacional I e II.............................21 2.4 Organização do Espaço Físico.................................................24

CAPÍTULO III

3. MARCO SITUACIONAL.................................................................26 3.1 Perfil dos Alunos......................................................................29 3.1.1 Análise da Pesquisa dos Alunos............................................29 3.2 Perfil dos Pais.......................................................................... 31 3.2.1 Análise da Pesquisa da Comunidade.....................................32 3.3 Pesquisa Realizada com Professores e Funcionários................33 3.3.1 Análise da Pesquisa de Professores e Funcionários...............34

CAPÍTULO IV 4. MARCO CONCEITUAL..................................................................35 4.1 Gestão Democrática...............................................................35 4.2 Função da Escola....................................................................36

CAPÍTULO V

5. MARCO OPERACIONAL..................................................................38 5.1 Gestão Administrativa Operacional..........................................38 5.2 Regimento Escolar....................................................................39 5.3 Associação de Pais e Mestres e Funcionários .........................39 5.4 Conselho Escolar.......................................................................40

5.5 Classe Especial...........................................................................42 5.6 Sala de Recursos........................................................................ 43

5.7 Sala de Apoio............................................................................44 5.8 Grade Curricular......................................................................45

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6. CAPÍTULO VI 6.1 Plano de ação.......................................................................48 6.1.2 A escola que queremos...................................................... .48 6.1.3 Diretrizes Curriculare............................................................53 6.1.4 Currículos............................................................................. 54 6.1.5 Metodologia..........................................................................57 6.1.6 Avaliação..............................................................................59 6.1.7 Conselho de Classe................................................................61 6.1.8 Compete a Equipe Pedagógica.............................................62

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.........................................................64

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CAPÍTULO I

1 - A IDENTIDADE DO COLÉGIO ESTADUAL PAULA GOMES

1.1 JUSTIFICATIVA

O tema desta pesquisa está vinculada ao estudo do Projeto Político

Pedagógico no Colégio Estadual Paula Gomes. O mundo vem passando por

intensas mudanças tecnológicas, no campo da comunicação e no processo

de democratização do poder. Constantemente temos a impressão de que

varias instituições não conseguem acompanhar tão retumbante

transformação, principalmente as escolas. É difícil mudar... será que estamos

preparados para cumprir a tarefa de criar a ponte para o futuro?

É, pois imprescindível a reelaboração o Projeto Político Pedagógico o

qual deverá ser destinado aos alunos do Ciclo Básico de Alfabetização (CBA),

Ensino Fundamental e Ensino Médio, proporcionando-lhes melhores

oportunidades em face aos múltiplos desafios do futuro, com qualidade e

principalmente tornando a escola atraente para nossos alunos.

A gestão participativa não deve ser fracionada e sim conjunta

contemplando todos os segmentos do Colégio que deverão se inserir neste

processo para que as mudanças realmente aconteçam. Para isso, contempla-

se nesse trabalho o comprometimento de toda a comunidade escolar, com a

ação, utilização e integração da prática pedagógica. Escola e família sendo

parceiros no processo educacional, pois a educação é a melhor forma de

romper o ciclo de pobreza e exclusão.

Os problemas da sociedade, não podem ser deixados na porta da

escola, as diferenças sociais entram com os alunos nos Estabelecimentos de

Ensino, portanto, cabe aos gestores escolares coordenar e liderar as

transformações das práticas pedagógicas. O conhecimento historicamente

produzido e que é objeto do trabalho dos professores está perdendo um

pouco do seu significado. De fato, isso se concretiza pela própria dinâmica da

mídia ao associar o sucesso de determinados indivíduos à performance de

grandes jogadores de futebol, à beleza de determinados modelos, a

corrupção mostrada diariamente pela mídia. Assim, destituída de sua

principal função, que é ensinar, a escola assume cada vez mais papéis sendo

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alguns deles controversos.

Os alunos, por sua vez, não vislumbram um mundo melhor, ao se depararem

com uma estrutura que estimula de forma desmedida a autonomia, a

iniciativa individual e a desregulamentação de normas. Marcelo Neri, da

Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela que boa parte dos jovens brasileiros

abandonam os estudos principalmente porque o atual ambiente escolar não

lhes interessam. Há também a falta de qualificação do ensino público, mas o

maior fator de repulsão é o desinteresse de continuar frequentando a escola.

Esse resultado é preocupante porque a evasão escolar se concentra nos mais

pobres. A comunidade em geral exonera-se da responsabilidade de dar

limites aos filhos e estimular o interesse dos alunos, não conseguem

enxergar a relação entre qualidade do ensino e a mudança na vida de seus

filhos para melhor.

Por isso se fazem necessários debates que envolvam a escola e a

comunidade, objetivando uma discussão mais profunda apontando as causas

e buscando soluções, para que realmente a escola possa cumprir sua função:

“Transmitir os conhecimentos historicamente produzidos”.

“A construção do Projeto Político Pedagógico, para gestar uma nova

organização do trabalho pedagógico, passa pela reflexão anteriormente

feita sobre os princípios. Acreditamos que a análise dos elementos

constitutivos da organização trará contribuições para a construção do

Projeto Político Pedagógico”. Veiga (1998)

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1.2 OBJETIVO GERAL

Reavaliar e atualizar o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual

Paula Gomes, através de estudos e pesquisas elaboradas pela Direção,

Equipe Pedagógica, Professores, Funcionários, Alunos e Pais, com a intenção

de propiciar uma gestão participativa no processo, possibilitando ao nosso

educando o acesso ao conhecimento como via de emancipação humana e

social, valorizando o conhecimento historicamente produzido valorizando os

conhecimentos nas diferentes disciplinas, ensinando o aluno a ler, escrever,

entender o que foi lido, fazendo com que a comunidade e membros da

escola participem do processo educativo.

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1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Valorizar o conhecimento historicamente produzido, currículo produto

de ampla discussão fundamentado nas teorias críticas.

- Utilizar instrumentos de avaliação diversificados de acordo com as

possibilidades teórico-metodológicas necessários em cada disciplina.

Mecanismos bem elaborados e critérios claros de verificação.

- Incentivar a comunidade, para que seja parceira no processo

educacional, acompanhando seu filho, verificando as tarefas

assiduidades seu desempenho escolar, comparecendo na escola

quando solicitado, nas reuniões, entrega de boletins, tarefas básicas

e imprescindíveis da família.

- Diminuir o índice de reprovação e evasão escolar.

- Ensinar a ler, a entender o que foi lido, a escrever e a usar números

para lidar com problemas do mundo real. Não há “consciência crítica”

sem entender o texto escrito.

- Incentivar a Gestão compartilhada, pois a democracia é uma

comunidade inclusiva; procurar fazer as pessoas tomarem parte no

processo, reconhecendo a diversidade de seus membros, abrindo

espaço para a participação de pais e alunos no debate das questões

básicas da escola.

- Compartilhar a Gestão democrática, o gestor delegando tarefas,

cumprindo o plano de metas, gerenciando juntamente com as

associações de apoio os recursos do governo, prestando contas com

transparência e competência.

- Resgatar a conceituação do Colégio Estadual Paula Gomes com um

trabalho coletivo entre escola e comunidade.

- Respeitar o diferente, aceitando e valorizando-o.

- Facilitar e estimular a participação ativa e crítica dos alunos nas

diferentes tarefas que se desenvovem na sala de aula.

- Estabelecer um perfil da realidade atual da Escola através do estudo

das seguintes questões: Marco Situacional, Marco Conceitual, Marco

Operacional e Plano de Ação;

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- Traçar o perfil dos professores da Escola.

- Pesquisar e apresentar a história da Escola.

- Refletir o interior da Escola na sua estrutura física.

- Apresentar o sistema de avaliação adotado no estabelecimento, de

acordo com a legislação vigente (Regimento Escolar).

- Estimular a leitura. Todos os professores lendo com seus alunos,

Projeto de Leitura Semanal.

- Estudo da cultura Afro-brasileira em todas as disciplinas: sua história,

suas lutas, contribuições do povo negro nas áreas sociais, econômica

e política pertinentes à história do Brasil. O dia 20 de Novembro será

incluído no calendário da escola como “Dia Nacional da Consciência

Negra”.

– Prevenção ao uso indevido de drogas Lei 11.343/2006 – cap.I, art 19,

inciso X.

– Educação ambiental – Lei 9799/95

– Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente – Plano

Estadual de enfrentamento à violência sexual infanto – juvenil.

– Programa de Educação Fiscal do Paraná.

– Lei 07/06 – História do Paraná (obrigatoriedade de contemplar na

disciplina de História – Ensino Fundamental e Médio).

– Gênero e diversidade sexual.

• Impedir a interrupção do processo de alfabetização, respeitando o ritmo e as características de cada criança, visando a apropriação da leitura e da escrita para desenvolver as habilidades fundamentais à continuidade de seus estudos. (Ciclo Básico de Alfabetização - CBA)

• Inserir o aluno ao acesso do currículo da base nacional comum, promovendo avaliação pedagógicas contínua para a tomada de decisão quanto ao seu ingresso ou reingresso no Ensino Regular. (Classe Especial)

• Superar as dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na Classe Comum (Sala de Recursos).

• Auxiliar alunos da 5ª série a superar defasagens de aprendizagem em

conteúdos referentes aos anos iniciais do Ensino Fundamental. (Sala de

Apoio.)

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1.4 HINO DO COLÉGIO

Letra: Heitor Stockter de França

Música: Bento Mossurunga

IUm símbolo Paula Gomes

Fulgura por tradição REFRÃO

Na galeria dos nomes

Que temos no coração

IIPor seu ardor e civismo

De o Paraná emancipar

A gratidão deu batismo

Ao nosso Grupo Escolar

IIISeguimos pois seu exemplo

No entusiasmo de vencer

Na escola que é nosso templo

Onde aprendemos a ler

IVNa voz da mestra eficiente

Lições valiosas ouvir

Veremos raiar de repente

A luz do sol, do porvir.

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1.5 HISTÓRICO DO PATRONO DO COLÉGIO

O Colégio Estadual Paula Gomes – Ensino Fundamental e Médio foi

criado pelo decreto 15.216 de 01/11/1954, para suprir as necessidades da

região sudoeste da cidade de Curitiba, de um centro educativo. Sua

inauguração se deu em 19 de Dezembro de 1954, com o nome de “Grupo

Escolar Paula Gomes”, pelo então presidente da República João Café Filho. A

obra foi projetada e construída durante a gestão do Governo Bento Munhoz

da Rocha Netto e financiada pela Caixa de Habilitação Popular do Estado do

Paraná. Começou a funcionar no dia 14/02/1955.

A princípio o Colégio atendia a clientela de 1ª a 4ª série, no período

matutino e vespertino. A primeira Diretora do Colégio foi a Professora Lilian

Silveira Vieira. No ano de 1955 passou a funcionar o ginásio “Manoel Pedro

dos Santos Lima” no período noturno, sob a coordenação da Professora Zeni

Carraro Almeida, paraninfa da 1ª turma de formandos em 1959.

Em Agosto de 1972, teve início Ensino Supletivo, no período Noturno,

pelo Ato 1.842/72 do Conselho Estadual de Educação (CEE) conveniada

Fundação Movimento de Alfabetização – Mobral, dirigido, coordenado,

supervisionado e avaliado pelo departamento de Educação Complementar e

foi extinto em 07/98, pela Resolução 2.287/98, Parecer n.º 1.546/98. Também

em 1972, houve a implantação do Ensino de 1º Grau preconizado pela Lei

5.692/71, apoiado pelo Parecer 112/72 do Conselho Estadual de Educação do

Paraná.

No ano de 1975 o Grupo Escolar Paula Gomes e o Ginásio Estadual

Manoel Pedro dos Santos Lima foram reorganizados com o Decreto n.º

1.380/75, tornando a entidade num só nome “Colégio Estadual Paula

Gomes”, (o curso de ginasial com o antigo nome foi extinto gradativamente),

compreendendo o Ensino de 1º e 2º Graus Regular, sendo que os cursos de

Assistente de Administração e Técnico em Secretariado começaram a

funcionar neste ano sob o Decreto 1.380/75. A Classe Especial DM (deficiente

mental), começou a funcionar pela Resolução n.º 2.165/80, deste mesmo

ano.

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No ano de 1987 foi implantado o Ciclo Básico de Alfabetização(C.B.A)

num contínuo de dois anos (1ª e 2ª série do primário), alterado em 1997

quando passou a funcionar como C.B.A. quatro anos (sem reprovação por

nota até a 4ª Série).

No início do ano de 1998 começou a funcionar o Programa de

Adequação Idade-Série (correção de Fluxo), onde os alunos reprovados, com

faixa etária avançada cursaram de 5ª a 8ª série em um ano, corrigindo esta

defasagem.

No início do ano de 1999, começa a funcionar uma sala de recursos,

área de deficiência mental e distúrbios de aprendizagem pela resolução n.º

900/90 considerando a Lei n.º 9394/96, a deliberação n.º 020/86 do CEE e o

Parecer n.º 1447/99 da coordenação secretarial n.º 3120/98, passando

então a denominar-se: Colégio Estadual Paula Gomes - Ensino Fundamental e

Médio.

O estabelecimento teve por objetivo o atendimento aos dispositivos do

Artigo 1º da Lei 4024 de 20 de Dezembro de 1961 e dos Artigos 1º, 17º e 21º

da Lei 5692 de 11 de Agosto de 1971, ministrar ensino de 1º Grau e Ensino

Médio, observada a Legislação e as normas especificamente aplicáveis.

Presentemente a filosofia e objetivos das Diretrizes e Bases da

Educação (Lei 9394/96) norteiam as ações didático-pedagógicas do Colégio

Estadual Paula Gomes – Ensino Fundamental e Médio, denominação esta

adotada a partir de resolução 003/98.

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1.6 BIOGRAFIA DO PATRÔNO

FRANCISCO DE PAULA E SILVA GOMES

ORIGEM

Filho de capitão de ordenanças, e depois capitão de milícias do

regimento de Curitiba, Luiz Gomes da Silva, e de sua primeira esposa Dona

Maria Joaquina de Jesus, descendente de antigos troncos curitibanos

Francisco de Paula e Silva Gomes viveu embalado nas tradições

bandeirantes, sendo-lhe familiares os nomes de Afonso Botelho de Sampaio,

Bruno Filgueira, Estevão Baião, Carneiro Lobo, e podendo assistir, muito

pequeno ainda, a despedida da expedição comandada por Diogo P. de A.

Portugal, a conquista memorável dos Campos de Guarapuava.

MÚSICA

Depois de dominar um velho instrumento que pertencera a seus

antepassados, conseguiu uma flauta que chegou a tocar com desenvoltura.

Mais tarde possuiu um violino e o fez vibrar com alma (é tradição que peça

de tal valor ainda exista, se é verdade será a única recordação concreta do

“paladino”).

Porém a sociedade da época não era suficiente para fazer brilhar seus

dons naturais e suas inclinações artísticas. PAULA GOMES, chegou a ser

conhecido quando o buço lhe sombreou o lábio superior, por sua música e

por sua boêmia.

OS ESTUDOS

Enquanto estudava em Curitiba, os primeiros rudimentos de

leitura, escrita, contas, catecismo e latim, levava uma vida solta pelos

campos, caçando, pescando e nadando nesses mesmos rios que hoje são

apenas míseros filetes d’água, como o Água Verde, o Ivai e o Belém.

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CURITIBA

O município todo contava, talvez, 10.000 habitantes, localizados além

da sede em São José dos Pinhais, Ferraria, Campina Grande, Votuverava,

Iguassú, Príncipe. Nessa época Curitiba teria 200 casas, provavelmente

distribuídas pelo pátio da Matriz, rua do Fogo (São Francisco), beco do

inferno, e as ruas do Louro do Chafariz (ou da Carioca), alegre fachada

batizada da Entrada das Flores e do Comércio. Esse era o campo de ação de

PAULA GOMES, nas serenatas, nas aventuras e nos negócios, em que se

iniciava.

TROPEIRO

Seu feitio boêmio o arrastou a vida aventureira e nômade, pois fez-se

tropeiro (uma das profissões mais rentosas do século passado no Paraná).

Esse árduo ofício o obrigou a viajar constantemente ao Rio Grande e ao

Uruguai (que conheceu muito bem após a guerra Cisplatina) e a São Paulo,

onde vendia o seu gado, em feiras de renome.

SERVIÇOS LOCAIS A COMARCA

Foi um dos descobridores dos campos de Palmas. Trilhou

constantemente os caminhos da Sorocaba, Guarapuava, a estrada da Mata, e

a vereda do Itupava, para ver o mar de perto. Com isso conseguiu ser um

perfeito conhecedor de todas as condições naturais e sociais da sua querida

5ª Comarca. Assim percebeu que para sua plena prosperidade, a

emancipação providencial era indispensável.

Por seu esforço descobriu um caminho direto de Palmas a Palmeira, o

qual facilitou o acesso de mercadorias indispensáveis ao desenvolvimento da

zona daqueles campos, como por exemplo o sal.

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SONHO DE EMANCIPAÇÃO

As suas constantes viagens pelo interior do Paraná determinaram nele

um desejo irreprimível de ir a Corte e ali mostrar aos membros do Senado e

da Câmara, o que sua terra valia, e como era justa a emancipação que

desejava. Não sendo casado e não possuindo descendentes legítimos pensou

que cabia a si o dever indeclinável de ir à Corte a fim de possibilitar a

emancipação da Comarca.

Homem de fibra, ligou imediatamente o pensamento a ação, e foi para

onde estava o rei, com à Corte, e os fazedores de leis.

BUSCA PELA EMANCIPAÇÃO

Tentou primeiro algumas demonstrações no Anuário Sigaud, que foram

bem aceitas e até aplaudidas pelos platônicos inertes. Depois compôs folhas

avulsas, em que contou apenas com o apoio da sua inteligência e do seu

braço.

Compreendeu então, que a sua missão era árdua. Era um advogado

sem procuração da sua gente, e como tal se propunha a defender o Brasil

todo, a sua causa de estremecida 5ª Comarca. O manejo do espanhol, do

francês e do latim, além de sua fluência verbal e eloqüência provinda do

coração, facilitaram a realização do seu desideratum.

Estando no Rio de Janeiro, começou a responder, através do “Jornal do

Comércio” e outras folhas, a todas as dúvidas, questões e perguntas que

fossem levantadas na Câmara e no Senado, pró ou contra a emancipação.

Assinava com seu nome, algumas vezes com seu pseudônimo, ou fazia

passar suas elucidações como matéria de redação, conforme as

necessidades de cada assunto e os interesses especiais da Comarca.

Algumas vezes se viu envolvido em polêmicas, e combateu com valor

incrível para quem na verdade devia manejar melhor o laço e as rédeas, do

que a pena. De outras vezes, quando desejava dar impressão de contradição

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a si próprio, com seus artigos, usava pseudônimos para contrariar-se e

discutia em diálogo excepcional, em favor de Curitiba.

Esse trabalho do “Paladino da Emancipação” durou alguns anos,

durante os quais além do esfalfamento próprio, em prélio interminável, com

labor unipessoal desbaratou o considerável patrimônio que amoedara como

tropeiro.

Assim que viu porém, realizado o seu grande ideal político, na Lei n.º

704, de 29 de Agosto de 1853, “arrumou as malas” e voltou para a província

natal.

VOLTA AO TRABALHO E A MÚSICA

Na organização da província, o seu nome ficou de lado. Nem nas

secretarias, províncias, nem nos postos altos, nem na Câmara local, nem nos

Comandos Superiores da Guarda Nacional, houve lugar para ele. Com a

extrema alegria da vitória, haviam esquecido o labor decisivo para a

conquista dela, só seus conterrâneos mal agradecidos.

Como da sua fortuna, pouca coisa ficara, considerou necessário

reconstruí-la, e voltou ao primitivo trabalho. Passava dos 50 anos quando

recomeçou suas viagens, transportando pontas de gado para a feira de

Sorocaba, no anseio de materialmente reconstruir seu patrimônio.

Voltou aos seus instrumentos musicais (especialmente à flauta)

distração predileta das monótonas e longas travessias pelos campos e

agrestes sertões. Durante o seu período de luta nas cidades, não tivera

tempo de lidar com a música, senão com a prosa concreta de sua

argumentação cerrada.

MORRE ASSASSINADO

Foi numa viagem ao Sul, e quando distraído tocava músicas evocativas

da sua cidadezinha (agora feita capital de província, graças a ele também)

que se viu traído covardemente e assassinado por um peão seu, em nove de

Abril de 1857. Visara o peão vil, apenas o roubo, que levou a termo

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apunhalando o nosso conterrâneo pelas costas, e fugindo em seguida (com a

guaiaca de couro cheia de onças) para nunca mais ser encontrado.

PECÚLIO DEIXADO

Apesar de considerar-se então, um homem pobre, em vista do muito

que dispendera, em estradas, deixou para seus irmãos, a apreciável quantia

de 36 contos ouro. Gastou-se o ouro herdado, gastaram seus parentes.

Dispersaram-se assim as poucas lembranças que dele deviam existir.

Mas Paula Gomes deixou alguma coisa menos perecível do que o ouro.

Foi o exemplo de extremado amor à terra, de extremada dedicação aos seus

nobres ideais. E isso é digno de ser eternizado em granitos e bronzes, a fim

de que através deles o altruísmo frutifique em condições semelhantes.

FRANCISCO DE PAULA E SILVA GOMES, máxima trabalhador para a

liberdade e a emancipação política da sua terra, esteve sempre pronto a dar-

lhe a vida, como deu sem nenhuma espécie de compensação (o que é sem

dúvida muito mais difícil) grande parte dos seus bens materiais.

SEUS OSSOS

Os ossos do nosso ilustre conterrâneo ficaram nos arredores de Cruz

Alta, perdidos de vez na imensa extensão das cochilhas gaúchas.

Pensando que ele não seria como Sopião o Africano que condenou

Roma como indigna de guardar os seus ossos por ingrata, fui em 1938, ao

cemitério de Cruz Alta e folheei os arquivos locais em busca de um traço do

seu nome. Se alguma probabilidade houvesse trataria de fazer o transporte.

Desgraçadamente porém, Curitiba ficou pelo destino, em face de seu

filho ilustre, como Roma, condenada a não possuir de PAULA GOMES senão o

nome glorioso, embora vejo o rosto numa placa de rua.

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CAPÍTULO II

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

 2.   CARACTERIZAÇÃO ESCOLAR

O Colégio  Estadual  Paula  Gomes  organiza   suas   turmas  na  medida  em que  os 

alunos efetuam suas matrículas. Como a grande maioria dos nossos alunos são do Ensino 

Fundamental   é   quase   sempre   necessária   a   presença   dos   responsáveis   para   renovar   a 

matrícula. O critério usado é a ordem alfabética. Em 2010 as turmas foram organizadas, 

na medida do possível, por idade. Fica difícil trabalhar com turmas muito heterogêneas. 

Os menores têm dificuldades de conviver com alunos mais velhos que têm outras falas, 

objetivos, interesses, etc.

2.1   Organização de Turmas e Horários no ano de 2010:

O período da manhã com 585 (quinhentos e oitenta e cinco) alunos, tem início às 

7:30h e término às 11:50h. Nesse período o Colégio conta com 19 (dezenove) turmas 

distribuídas nas seguintes séries:

TURNO SÉRIES TURMA N.º DE ALUNOS5ª E.F. A 265ª E.F. B 26

MANHÃ 6ª E.F. A 356ª E.F. B 297ª E.F. A 347ª E.F. B 308ª E.F. A 368ª E.F. B 328ª E.F. C 331ª E.M. A 351ª E.M. B 331ª E.M. C 34

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1ª E.M. D 311ª E.M. E 312ª E.M. A 262ª E.M. B 272ª E.M. C 263ª E.M. A 323ª E.M. B 29

O período da  tarde,   funciona com 373 (trezentos e setenta e  três) alunos;  tem 

início às 13:15h e término às 17:35h. Nesse período o Colégio conta com 14 (quatorze) 

turmas distribuídas nas seguintes séries: 

TURNO SÉRIES TURMAS N.º ALUNOS3ª E.F. A 274ª E.F. A 23

TARDE 4ª E.F. B 205ª E.F. C 245ª E.F. D 265ª E.F. E 285ª E.F. F 306ª E.F. C 336ª E.F. D 336ª E.F. E 347ª E.F. C 267ª E.F. D 288ª E. F.  D 35

Classe Especial ­­­­­ 06

O período da noite, com 71 (setenta e um) alunos com início às 18:50h e término 

às 22:45h. Nesse período o Colégio conta com 3 (três) turmas distribuídas nas seguintes 

séries: 

TURNO SERIES TURMA N.º ALUNOS1ª E.M. F 21

NOITE 2ª E.M. D 323ª E.M. C 20

22

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2.2   Índice de aprovação, reprovação, transferências, desistências de alunos do 

Colégio Estadual Paula Gomes no ano de 2009.

Para   possibilitar   que   o   Colégio   Estadual   Paula   Gomes   possa   traçar   metas   e 

objetivos para o ano de 2011 é necessário conhecer e analisar o desempenho do ano de 

2009 que foi o seguinte:

    ­ Aprovados       70,2 %

­ Reprovados     18 %

­ Transferidos    9,8 %

­ Abandono        2,0 %

2.3   RELAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS

2.3.1.  Equipe Gestora/Pedagógica/Administrativa:

NOME DN TURNO FUNÇÃOWaldir Flemming 30/09 ­ DiretorDulcemar Amaro Vieira 20/04 Vice diretorCristina  Maria Felisbino 15/11 T e N Vice diretoraElizabete Cristina Gaska Costa 18/10 M e T SecretariaAnna Luiza Penteado de Carvalho 20/04 M  OrientadoraDalva Inez Dambros 19/09 T  OrientadoraElci Rosani Struzib 26/12 M  OrientadoraHelena F. C. de Medeiros 03/09 M  OrientadoraSheila Mara K. de Araujo Barbosa 21/07 N OrientadoraSonia Candido Rodrigues 27/05 T  Orientadora.

2.3.2.  Corpo Docente 

Nº NOME FUNÇÃO CARGO

1. Adriana Titericz Espanhol QPM

2. Adriana Zaguurski Educação Física QPM

3. Adriana Iaroczinski Geografia QPM

4. Àlari Inês Slongo Lei 15308 QPM

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5. Altevir Dobjanski Matemática QPM

6. Anna Luiza Penteado Técnico Pedagógico QPM

7. Antonia Mardegan Língua Portuguesa / Inglês QPM

8. Antonia Santos Língua Portuguesa / Inglês PSS

9. Cassiane Mara Markir Ed. Física PSS

10. Cláudia Regina M. Chaves Ciências SCO2

11. Clemente Pokczyva Sociologia/Filosofia PSS

12. Cristina Maria da C. Felisbino Direção / Matemática QPM

13. Dalva Inês Dambros Técnico Pedagógico QPM

14. Daniel de Azevedo Costa Artes SCO2

15. Déborah Regina K F dos Santos História QPM

16. Denise Augusta Surminsk Vier Geografia PSS

17. Dulcemar Amaro Vieira Direção Aux./ Geo./Hist. QPM

18. Edimara Osachuki Lingua Portuguesa QPM

19. Edson José Neves História PSS

20. Elci Rosani Struzik Técnico Pedagógico QPM

21. Eloisa do Rocio Maia Língua Portuguesa PSS

22. Emerson Luiz Santos Kucharski Educação Física QPM

23. Ernani Gerson Bender Física QPM

24. Fernando Vieira Borges Ciências QPM

25. Flávia Gobbo Educação Física QPM

26. Gisele Rodrigues Ribas Educação Física PSS

27. Jane Denise Foggiatto Artes QPM

28. Jucélia Aparecida R. Gonçalves Artes QPM

29. Kátia Cristina Manfre Educação Especial QPM

30. Lauro Czarnecki Matemática QPM

31. Leila Ramos Santana Língua Portuguesa / Inglês QPM

32. Leocádio Milcznikowski LEI 15308 QPM

33. Leontina Braga Tomal C. B. A. SCO2

34. Luce Yara Saheb Matemática QPM

35. Luciacyr L. Almeida Biologia QPM

36. Maria Neide Freiria Matemática QPM

37. Maria Sireide de Araújo História QPM

38. Miguel Kryminice Lei 15308 QPM

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39. Nilce Proença Gonçalves Língua Portuguesa QPM

40. Orley Conrado Villa Química QPM

41. Regiane Reis Língua Portuguesa / Inglês SCO2

42. Rosicler Ranieiro Pandini Ciências / Biologia QPM

43. Samira Salomão História / Ens. Rel./Artes QPM

44. Scheila Mara K. Araujo Barbosa Técnico Pedagógico QPM

45. Solange Cid Bastos Língua Portuguesa / Inglês SCO2

46. Sônia C. Rodrigues Sociol. / Ens. Rel./ Téc. Ped. SCO2

47. Vanderley Germano Liotto Português PSS

48. Vera Lúcia Reikdal Vivan Geografia QPM

49. Waldir Flemming Diretor QPM

50. Wilcléia Maria Godinho Educação Especial QPM

  Agente Educacional I e II 

Nº NOME OBS.

1. Adriana dos Santos Xavier de Souza AGENTE EDUCACIONAL II

2. Aparecida de Fátima de Oliveira AGENTE EDUCACIONAL I

3. Atérlia Maria Antero AGENTE EDUCACIONAL

Dalila Maria Leskowicz AGENTE EDUCACIONAL I

4. Doramilda Cardoso Rodrigues AGENTE EDUCACIONAL I

5. Eliana Ribas Buffara de Castro AGENTE EDUCACIONAL II

6. Eliane Peixa AGENTE EDUCACIONAL II

7. Elizabete Cristina Gaska Costa AGENTE EDUCACIONAL II / SECRETÁRIA

8. Fátima Aparecida Goes Dias AGENTE EDUCACIONAL I

9. Iara B. Ferreira AGENTE EDUCACIONAL I

10. Janaína Stelmastchuck AGENTE EDUCACIONAL II

11. João Aguinaldo Coelho AGENTE EDUCACIONAL II

12. Lucimara Seidler Rodrigues AGENTE EDUCACIONAL II

13. Vilma Pereira de Goes AGENTE EDUCACIONAL I

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2.4   Organização do Espaço Físico

Agora, mais bonito e acolhedor, no final do ano de 2005 foi disponibilizado para 

nosso Colégio uma verba de R$ 355.579,25 destinada a reparos e pintura. Com a reforma 

foi possível mudar os espaços e aumentar o número de vagas

A parte do Colégio é composta de:

- 25 salas;

- 01 sala de Direção;

- 01 secretaria geral;

- 01 sala de vice direção;

- 01 laboratório de ciências biológicas (completo);

- 01 laboratório de informática com 20 computadores;

- 01 sala de supervisão escolar;

- 01 sala de orientação educacional;

- 01 sala de mecanografia;

- 01 sala de almoxarife;

- 01 sala de material passivo;

- 01 sala de arte;

- 01 sala de vídeo;

- 01 cantina comercial (A.P.M.);

- 01 cantina que serve merenda escolar;

- 01 salão de festas;

- 02 pátios abertos (com cancha de esportes);

- 02 pátios fechados;

- 04 banheiros masculinos e femininos (alunos);

- 01 banheiro masculino (professor);

- 01 banheiro feminino (professora);

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- 01 sala de professores;

- 01 casa do vigia;

- 01 biblioteca, inaugurada em 1964 com o nome de “Annete Macelo” e hoje 

com o nome de “Adriano Robine”.

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CAPÍTULO III

3.   MARCO SITUACIONAL

Pesquisas têm identificado problemas nos processos e resultados da alfabetização 

de   crianças   no   contexto   escolar;   insatisfações   e   inseguranças   entre   alfabetizadores 

perplexidade do poder público e da população diante da persistência do fracasso da escola 

em alfabetizar, evidenciada por avaliações nacionais e estaduais, vêm provocando críticas 

e motivando propostas de reexame das teorias e práticas atuais de alfabetização.

Um momento como este é sem dúvida, desafiador, porque estimula a revisão dos 

caminhos já trilhados e a busca de novos caminhos; porém é também ameaçador, porque 

pode conduzir a uma rejeição simplista dos caminhos trilhados e a propostas de soluções 

que representem desvios para indesejáveis caminhos.

O Brasil, quando olhado em termos de PIB (Produto Interno Bruto) fica entre a 

sexta e a décima economia do mundo, mas quando o desenvolvimento é  medido pelo 

IDHC (Índice de Desenvolvimento Humano) brasileiro a posição do país cai para o 70º 

lugar.   Essa   diferença   entre   o   número   6,   em   parte   da   economia   e   o   número   70   em 

condições  de  bem estar  e  dignidade  do nosso  povo,  mostra  as  distorções  do  modelo 

brasileiro de desenvolvimento.

Com o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados que amplia para nove anos o 

Ensino Fundamental pode ocorrer uma melhora neste ensino,  mas  isto não resolve as 

deficiências educacionais atuais. 

Especialistas apontam os efeitos positivos no aumento do tempo obrigatório de 

estudo. Pesquisas mostram que cada ano a mais na escola resultará em um aumento de 

renda de 10% no futuro. 

Outro efeito positivo foi descrito em um trabalho com base em dados do MEC. 

Estudantes que cursaram a pré­escola colhem resultados no decorrer da vida acadêmica 

até 15% superior àqueles obtidos por alunos que ingressam no Ensino Fundamental com 

7 anos.

Na última década, os avanços em sala de aula foram bem mais lentos do que o 

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esperado e o necessário.

Os   números   reunidos   na   versão   preliminar   de   um   relatório   do   Ministério   da 

Educação (MEC) revelam que o Brasil deixou de atingir as metas mais básicas rumo a 

excelência academica. Elas compõe o Plano Nacional de Educação, documento formulado 

dez anos atrás,  durante o governo Fernando Henrique,  que pela primeira vez,  definiu 

objetivos concretos  para a educação pública do país, justamente até 2010. Fica bem claro 

que o Brasil patinou no enfrentamento de questões cruciais, tais como os elevadíssimos 

índices de repetência, indicador­mor da incompetência própria da escola.

A meta para esse ano era chegar até 10%, índice ainda alto, mas  a repetência estacionou 

em   13%,   como   em   alguns   dos   países   africanos.   Outro   dado   que   ajuda   a   traduzir   a 

ineficácia do ensino é a evasão escolar. Nesse caso o Brasil até piorou. De 2006 a 2008, o 

percentual de estudantes que abandoram a sala de aula pulou de 10% para 11% ­ quando o 

objetivo era baixar   a taxa nesse mesmo período para 9%. Alerta a espeicialista Maria 

Helena Guimarães: “Essas são questões   que os países mais ricos já equacionaram com 

eficácia há mais de um século atrás”.

Ainda  que  a   tendência  geral   seja  de  melhora  do  ensino,  a  persistência  da  má 

qualidade nas  escolas  brasileiras   faz   refletir   sobre  a  necessidade de acelerar  o  passo. 

Sabe­se que as deficiências no nível básico repercutem de forma decisiva nos indicadores 

de acesso à universidade – um dado que merece a atenção por sinalizar as chances de um 

país competir globalmente.

O Brasil conta hoje com apenas 14% dos jovens com idade considerada ideal (entre 

18 e 24 anos) na universidade. É um número mínimo na comparação até com os países da 

América Latina, como Chile, onde a taxa já está em 21% ­ e também frustrante diante da 

meta do presente plano de educação, que previa a esta altura, pelo menos 30% dos jovens 

brasileiros   no   ensino   superior.   O   atraso   do   país   ainda   se   reflete     no   medidor   do 

anafalbetismo; a taxa é de 10%, quando deveria ter caído para4%. Ao escancarar esse e 

outros “nós”, o atual documento do MEC tem o mérito de traçar um diagnóstico preciso, 

iluminar as várias lacunas e reforçar a idéia de que, com acesso já garantido à sala de 

aula,   é   preciso   investir   com   mais   vigor   na   tão   almejada   execelência   acadêmica. 

(Veja,10/03/2010, pag.101).

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O último Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) mostra que a maioria das 

escolas brasileiras não consegue passar de ano: 49,4 em 100 foi a média das escolas 

nacionais, 47 foi a média obtida pelas escolas públicas (VEJA, maio,2009).

A escola atualmente se tornou um lugar de conflitos. Os embates entre professores 

e alunos são constantes nos colégios públicos e particulares do país: 46% dos professores 

dizem que sua maior dificuldade é conter a indiciplina e despertar o interesse dos alunos; 

52% admitem atitudes agressivas com os estudantes, tendo sido irônicos ou rudes, 47% 

já sofreram agressões verbais na sala de aula; 11% chegaram a ser agredidos fisicamente. 

(VEJA,   17/06/2009).   Alunos   desmotivados,   indisciplina,   infraestrutura   precária   e 

violência são as muitas adversidades enfrentadas pelos professores e o maior prejudicado 

é mais uma vez o “bom ensino”. 

A   crise  na   educação   brasileira   é   antiga   e   seus   principais   motivos,   tristemente 

conhecidos.  Os  equívocos  das  políticas  governamentais,   a  negligência   em  relação  ao 

ensino, o descuido quanto a qualidade e o vergonhoso atraso do Brasil, muitas vezes, são 

temas   de   trabalhos  de   especialistas   respeitados.  As  consequências  desse   conjunto   de 

problemas são patentes em  dados assustadores, de que os estudantes brasileiros concluem 

os oito anos do ensino fundamental e os três do ensino médio lendo sofrivelmente e sem 

domínio da  linguagem e matemática básica.  Na avaliação feita em 41 países o Brasil 

ocupa   a   última   e   a   penúltima   colocação   em   matemática   e   ciências.   Pisa   (Programa 

Internacional de Avaliação de Alunos).

A escola na sua grande maioria não conta com o apoio dos pais que, se não estão 

ausentes, aparecem para defender os filhos, “eles costumam ficar incondicionalmente ao 

lado dos filhos”, afirma a psicologa Marina Lipp, da PUC de Campinas. É como se os 

pais considerassem que a sua tarefa principal é garantir o acesso à escola – a partir daí a 

responsabilidade seria dos professores , da Instituição. Todos esses questionamentos, a 

sobrecarga das escolas, dos professores, o conjunto de atividades que retira da  Escola a 

sua função principal “a de transmitir os conteúdos culturais e universais historicamente 

produzidos,   o   desenvolvimento   intelectual   dos   alunos”   serão   analisados   e   debatidos 

procurando meios para que realmente aconteça a aprendizagem. Que a permanência da 

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criança   na   escola   seja   organizada   de   modo   a   possibilitar   que   o   objetivo   de 

desenvolvimento intelectual dessas crianças, venha a ser atingido.

Por isso, o objetivo principal do Colégio Estadual Paula Gomes é  ensinar ,  é  a 

difusão de conteúdos vivos,  concretos tornando nosso aluno consciente e crítico, com 

capacidade para selecionar informações significativas e gerenciá­las com competência.

3.1   Perfil dos Alunos  

Foi feito com os alunos do Colégio, uma pesquisa com o objetivo de traçar o perfil 

dos nossos educandos, para que a escola possa traçar metas para o ano de 2011:

MASCULINO FEMININO MASCULINO (%) FEMININO (%)7 a 9 7 a 9 16 17

FAIXA  10 a 12 10 a 12 25 25ETÁRIA 13 a 15 13 a 15 37 35

16 a 18 16 a 18 20 22

NORMASSATISFATÓRIA 328 62

INSATISFATÓRIA 200 38CONTEÚDO BOM 357 69PROGRAMÁTICO REGULAR 156 31

TRABALHA  VALORESSIM 355 68NÃO 168 32

PROBLEMA DE CONDUTA(FALTA DE RESPEITO)

SIM 355 69NÃO 160 31

SABE DE AGRESSAO FÍSICA NA ESCOLA

SIM 315 60NÃO 205 40

OS ALUNOS DEPREDAM A ESCOLA

SIM 377 73NÃO 139 27

O QUE INFLUENCIA NAFORMAÇÃO DOS JOVENS

ESCOLA 201 33FAMÍLIA 181 30

RELIGIÃO 64 10TV 163 27

3.1.1.  Análise da Pesquisa dos Alunos

  A pesquisa mostrou uma realidade muito triste. O desrespeito para com nossos 

professores   alcançou   um   índice   muito   elevado:   69%   dos   alunos   não   respeitam   os 

professores; para 62% dos alunos as normas são satisfatórias. Onde está o erro? O que 

trabalhar? Quais são os culpados? Que fazer com a indisciplina presente na escola?

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Parece   que   o   conhecimento   historicamente   produzido,   objeto   de   trabalho   dos 

nossos professores perdeu seu significado. Será que o sucesso é alcançado sem precisar 

de educação? É o que nos apresenta a mídia: jogadores de futebol, modelos, etc. Será que 

paramos no  tempo,   tentando resgatar  de  forma saudosista  a  antiga  função da escola? 

Como dar limites na escola, se pais não conseguem estabelecer regras em sua própria 

casa? Que esperar dessa nova geração?

A depredação da escola é real para 73% dos nossos alunos. “Quem ama cuida” nos 

perguntamos, será que nossos alunos não gostam da escola? Será que ficou claro para eles 

seus direitos e deveres? Será que sabem o que realmente vieram fazer na escola? A taxa 

de agressividade também é alta, 60% dos nossos alunos já presenciaram agressões físicas 

na escola.   Será que estamos ouvindo nosso aluno? Será que um gesto de carinho não 

resolve mais que o grito? Por que criticamos, e não lembramos de elogiar? Será que o 

professor   está   presente   na   sala   de   aula?   Presença   não  é   sinônimo   de  estar   perto.   A 

presença educativa é  uma presença intencional,  deliberada. Tem a intenção de exercer 

sobre o outro uma influência construtiva, é fazer­se presença na vida do educando.

As respostas, a definição de caminhos é o grande desafio para o ano de 2011. Por 

isso,   a   necessidade   de   debates,   envolvendo   elementos   da   Escola   e   da   Comunidade, 

objetivando uma discussão mais profunda, apontando as causas e os caminhos, um fio 

condutor   de   transformações   fundamentais,   individuais   e   sociais.   A   crença   na 

possibilidade   de   uma   sociedade   mais   justa   e   humana.   É   necessário   que   o   Colégio 

promova a   articulação  comunidade   ­   alunos   ­   escola,  pois   a   escola  não  é   um órgão 

isolado, e as ações desenvolvidas devem sempre estar voltadas para as necessidades de 

seus   alunos   e   da   comunidade.   Os   pais   precisam   opinar,   participar,   acompanhar   a 

formação do caráter, estimular suas metas e conquistas, acompanhar o rendimento e o 

comportamento do filho na escola. A escola para ter sucesso precisa da real parceria dos 

pais. E o que fazer para que esses pais, tão ausentes, participem de reuniões, acompanhem 

o rendimento escolar dos filhos?

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3.2 Perfil  dos Pais :  Realizamos uma pesquisa,  um levantamento em forma de 

questionário para que os pais respondessem, e com esses subsídios e análise dos dados o 

Colégio pudesse direcionar caminhos para o Projeto Político Pedagógico. 

Este é o resultado :

ESCOLARIDADE

1º  Grau Incompleto 26 13%1º Grau 92 47%2º Grau 55 28%Superior 22 12%

RELIGIÃO

Católica 138 72%Evangélica 46 24%Quadrangular 02 01%Kardecista Espírita 05 03%

RESPONSÁVEL PELO ALUNO

Mãe 178 60%Pai 103 34%Tio 12 04%Avós/Madrinha 05 02%

MORADIA PRÓPRIASim 149 71%Não 61 29%

TRABALHO

Empregado 85 40%Desempregado 28 13%Aposentado 12 06%Serviço Temporário 13 06%Serviço Público 09 04%Comerciante 09 04%Trabalho Domestico 56 27%

RENDA FAMILIAR

Menos de Um Salário 05 02%1 Á 3 Salários 97 46%3 A 5 Salários 90 43%Mais De 5 Salários 19 09%

MEIO DE TRANSPORTE PARA A ESCOLA

Sistema Pública 61 26%Particular 13 06%A pé 139 65%

CONCEITO DA ESCOLAÓtimo 20 11%Bom 111 60%Regular 53 29%

PORQUE ESCOLHI ESTA ESCOLA

Mais Próximo 115 63%Indicação 07 04%Estudei nesta Escola 22 12%Gosto 33 18%Bons Professores 05 03%

NORMASSatisfatória 121 65%Insatisfatória 65 35%

33

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O QUE ESTÁ BOMNA ESCOLA

Ensino Aprendizagem 64 31%Professores 47 22%Segurança 24 11%Lache 09 04%Horário 09 04%Direção 16 08%Disciplina 15 08%Atendimento aos pais 15 08%Funcionários 07 03%Reforço 02 01%

O QUE PRECISA MELHORAR

Direção 05 2%Funcionários 06 02%Organização 07 03%Ensino 37 14%Professores 32 12%Disciplina 28 10%Segurança 26 10%Alunos 03 01%Biblioteca 02 01%Saída dos Alunos 16 06%Entrega Boletim 12 04%Aparência do Colégio 52 19%Normas 04 01%Atendimento Aos Pais 06 02%Falta De Professores 15 06%Tudo 18 07%

3.2.1 Análise da Pesquisa da Comunidade

Através  da pesquisa  percebemos que a grande maioria  dos  pais  dos  alunos do 

Colégio   Estadual   Paula   Gomes   possuem   somente   o   Ensino   Fundamental   e   muitos 

incompleto. Sabemos que vários pais são analfabetos, o que não apareceu na pesquisa.

Muitos desempregados, um grande número faz trabalhos domésticos, ficando claro 

que a maioria dos nossos alunos vêm de famílias que vivem com uma renda baixa.

Com   isso   a   responsabilidade   em   oferecer   aos   nossos   alunos   um   “ensino   de 

qualidade” deve  ser  o  objetivo mais  buscado no ano de  2011.   É  preciso  trabalhar  os 

conteúdos historicamente produzidos, a auto­estima, valorização do ser humano, respeito, 

uma   tomada   de  consciência  dos   Professores,  Direção  e  Equipe   Pedagógica  para  que 

realmente aconteça o “ensino e a aprendizagem”.

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A avaliação dos professores deixou a desejar pois somente 22% dos professores 

mereceu “conceito bom”. Por isso, o Colégio deve estar observando e avaliando sempre 

seu   quadro   de   professores.   A   Equipe   Pedagógica   deverá   buscar   novas   metodologias, 

novos jeitos de dar aula, pois o que se vê sempre: “aluno um atrás do outro e professor 

usando quadro de giz”.

Percebe­se também que a disciplina deve ser melhorada. O desafio é trazer os pais 

para a escola, pois nossos alunos não observam regras de conduta e são muito agressivos.

Alguns pais nem sabem o que deve melhorar, acham tudo tão ruim que nem se 

deram ao trabalho de responder: escreveram “tudo”. 

É necessário um trabalho conjunto, direção, professores, funcionários, para que por 

meio  do  conhecimento  histórico,  científico,  artístico  e   filosófico,  dar  ao  nosso  aluno 

condições de análise da sociedade atual em suas contradições, instrumentalizando­o para 

transformar   sua   prática   social   e   não   adaptar­se   a   este   mundo   tão   excludente, 

preconceituoso e meritocrático.

3. 3  Pesquisa Realizada com Professores e Funcionários

Somente com conhecimento claro do que pensam professores e funcionários é que 

seremos capazes de descobrir caminhos, alternativas para um resgate necessário e urgente 

da educação, uma escola que trabalha o cognitivo, o afetivo e o pragmático, uma escola de 

razão, emoção e ação. 

ENSINOAPRENDIZAGEMBOM 35

REGULAR 25FALTA DE RESPEITO COM O 

PROFESSORSIM 48NÃO 12

EXISTE AGRESSÕES FÍSICAS NA ESCOLA

SIM 40NÃO 20

PAIS PARTICIPAM NA ESCOLASIM 25NÃO 35

O QUE PRECISA MELHORAR

DISCIPLINA 52%COOPERAÇÃO 30%

COMPROMETIMENTO 48%RELACIONAMENTOS 37%

FALTA AO TRABALHO 40%COMPORTAMENTO DOS PAIS 63%

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3.3.1  Análise da Pesquisa de Professores e Funcionários

De  acordo  com o  resultado da  pesquisa  ficou claro que  em  2011  temos

muito a mudar, a melhorar. A falta de limites, o desrespeito para com os professores e 

funcionários é uma prática constante por parte dos alunos. 

O   rápido  aumento  da  população  escolar   trouxe  consigo  um recrutamento  em 

massa de professores. Esse recrutamento foi feito muitas vezes com recursos limitados e 

nem sempre foi possível encontrar candidatos qualificados.

A falta de financiamento e de metas pedagógicas, assim como a superlotação das 

turmas   traduziram­se   frequentemente   numa   profunda   degradação   das   condições   de 

trabalho dos professores.  A entrada na escola  de alunos com grandes dificuldades de 

aprendizagem, impõe novas tarefas aos professores, para as quais estão muitas vezes mal 

preparados.

Nunca é demasiado insistir na importância da qualidade de ensino e, portanto dos 

professores.

A escola precisa ser um lugar criativo, rico de novas linguagens, um lugar onde se 

retome   novamente   o   currículo,   conteúdos   historicamente   produzidos,   onde   o   aluno 

aprenda a  ler,  a  entender  o que foi   lido,  a  escrever  e a usar  números para   lidar com 

problemas do mundo real.

Escola e família sendo parceiras no processo educacional.  É  necessário que o 

professor se atualize sempre na sua disciplina de formação.

“Todo espaço em educação significa, antes de mais nada, mudança de atitude”. 

João Fitzgerald Kened.

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CAPÍTULO IV

4. MARCO CONCEITUAL

4.1 – Gestão Democrática

Queremos   para   o   Colégio   Estadual   Paula   Gomes   uma   ação   administrativa   na 

perspectiva de uma construção coletiva, com a participação de toda a comunidade escolar 

nas   decisões   do   processo   educativo,   com   divisão   de   trabalho,   em   que   todos   devem 

coexistir em colaboração mútua.

É preciso um Gestor que confira identidade ao Projeto Político Pedagógico e ao 

Estabelecimento de Ensino.   A identidade e o projeto adotado, não pertencem apenas a 

escola, mas a coletividade, sendo o Diretor/Gestor o porta voz da escola, no sentido de 

conscientizar a comunidade desta sua responsabilidade; cabe ainda ao Gestor o papel de 

motivar e estimular o Corpo Docente, pois lida com pessoal preparado, qualificado e de 

formação universitária.

O   Diretor/Gestor   não   vai   limitar­se   a   fazer   com   que   cada   um   cumpra   suas 

obrigações e com as decisões que lhe dizem respeito, mas estimular e valorizar aquilo que 

for feito, com responsabilidade e dedicação. 

O Diretor/Gestor precisa demonstrar uma postura de coerência, competência e de 

segurança que:

• Tranquilize os inquietos.

• Crie consenso.

• Acalme os extremistas e dê sentido a coexistência.

Será necessário solidez nas ações, e uma certa correspondência entre a pessoa que 

é, e o papel que exerce. Portanto será papel do Gestor/Diretor:

•  ser dedicado para ter dedicação;

•  valorizar para ser valorizado;

•  ouvir para ser ouvido;

•  respeitar para ser respeitado;

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•  amar para ser amado.

4.2   Função da Escola

Possibilitar  a  promoção  humana  por   intermédio  da  produção  e   transmissão  de 

conhecimentos historicamente produzidos, tendo como suporte a legislação que no artigo 

12,   inciso 1,  LDBN, CEI de Diretrizes  e  Bases  da Educação Nacional,  prevê  que os 

Estabelecimentos de Ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu Sistema de Ensino 

terão a incumbência de elaborar, executar seu Projeto Político Pedagógico, em sintonia 

com a lei maior LDB 9394/96.

Para isso, o Colégio propiciará situações que permitam aos professores, a equipe 

escolar   e   os   funcionários   aprender,   pensar   e   realizar   o   fazer   pedagógico     de   forma 

coerente. O Projeto Político Pedagógico como organização do trabalho da escola como 

um todo fundamentar­se­á nos seguintes princípios:

a) Igualdade de condições para acesso e permanência na escola.

b) Qualidade   que   não   pode   ser   privilégio   de   minorias   econômicas   e   sociais, 

propiciando   uma   qualidade   para   todos.   Está   voltada   para   os   conteúdos 

historicamente   produzidos.   Por   isso   a   preocupação   em   evitar   de   todas   as 

maneiras possíveis a repetência e a evasão.

“A competência humana do sujeito em termos de se fazer história, diante dos 

fins históricos da sociedade humana”. (DEMO, 1994, pg. 14).

c) Gestão democrática com a compreensão em profundidade dos problemas postos 

pela  prática  pedagógica.  Buscar   resgatar  o  controle  do  produto  do   trabalho 

pelos educadores, tendo em vista sua socialização e a participação coletiva dos 

diferentes segmentos da escola nas decisões/ações administrativas pedagógicas 

desenvolvidas.

O Colégio Estadual Paula Gomes propõe seu Projeto Político Pedagógico, numa 

visão crítica, não perdendo de vista a realidade escolar, buscando explicar e compreender 

as causas da existência de problemas, e se esforça para propor ações, alternativas (criação 

coletiva). Nosso Projeto Político Pedagógico não é algo estanque, dissociado dos aspectos 

políticos   e   sociais.  Tem continuidade  nas   ações,  descentralização,  democratização  do 

processo de tomada de decisões e instalação de um processo coletivo de avaliação de 

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cunho emancipatório. 

“O sujeito  é   social,  portanto  constitui  e  se  constitui  na  História  e  na Cultura” 

(Vygostki).

Exemplificamos   com  o   símbolo   de   uma   estrela   que   significa   o   caminho   para 

direcionar nossas ações pedagógicas.

CONTEÚDOS

“Não podemos fazer tudo ao mesmo tempo, mas podemos fazer alguma coisa 

imediatamente” (Colcin Coolidge).

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Formação Humana Conhecimentos Historicamente Constituidos.

Formação pluridimensional cidadania valores e ética.

Reflexão Critica

Participação organizada e ativa na democratização inserindo e intervindo no mundo do trabalho.

DireçãoEquipe 

PedagógicaProfessores

FuncionáriosAlunos Família

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CAPÍTULO V

5.  MARCO OPERACIONAL

5.1   Gestão Administrativa Operacional

A   administração   democrática   e   participativa   da   comunidade   é   sempre   um 

horizonte   a   ser   buscado   nunca   um   fato   consumado.   Será   sempre   um   “aprendizado 

coletivo”!   Para   isso   faz­se   necessário   o   envolvimento   dos   diretores,   professores, 

funcionários, alunos e a comunidade.

Para   que   isso   possa   ocorrer   é   necessário   fazer   sempre   pesquisas   com   dados 

concretos e reais, tentando sempre analisar esses dados com muita clareza, nunca fugindo 

da   realidade,  mas   também não a  considerando   imutável.  Acreditamos  sempre  que  as 

mudanças são possíveis e podem ocorrer mediante uma ação coletiva e democrática. Esse 

é o grande desafio do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Paula Gomes.

Para   tanto   foram   feitos   roteiros,   pesquisas,   entrevistas   sobre   o   processo 

administrativo e pedagógico que se dá  neste espaço escolar, como ele é percebido por 

alunos,   professores,   pais,   funcionários,   para   a   busca   de   uma   construção   coletiva   do 

processo educacional em toda sua amplitude.

É  preciso uma escola com possibilidades de manifestações democráticas,  com 

conjunto   de   decisões   coletivas   que   interessam   a   vida   escolar,   sem   processos 

centralizadores, fragmentados, burocráticos que dificultam o trabalho.

Entendemos   que   a   consolidação   de   uma   gestão   operacional,   democrática   no 

interior   da   escola,   não   é   um   processo   espontâneo   e   fácil.   São   necessários   esforços 

coletivos, encaminhamentos, em função de decisões de grupos e não de indivíduos.

“Democratização   da   administração   da   educação   não   significa   eliminar,   a 

presença   do   Estado   nos   serviços   públicos,   mas   buscar   mecanismos   para 

submeter às decisões de estado ao debater e ao controle pela opinião pública, 

pais, grupos e partidos” (Miguel Gonzalez Arroyo, 1979, p.4).

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5.2   Regimento Escolar

Conforme a Legislação vigente, Deliberação CEE 016/99.

O Regimento Escolar foi revisto e aprovado pelo Núcleo Regional de Educação e é 

um  documento   construído  com a  participação   de   todo   o   seguimento  da   escola   e   da 

coletividade, contém uma visão ampla e global do que consideramos indispensável para o 

desempenho numa Escola Pública de boa qualidade.

Consta de histórico, finalidades, atribuições, Conselho Escolar, objetivos, Gestão 

Escolar,   de   funcionamento,   da   Equipe   Pedagógica,   do   Corpo   Docente,   Biblioteca, 

Secretaria,   Conselho   de   Classe,   Equipe   Administrativa,   dos   Serviços   Gerais,   do 

Laboratório de Informática da APMF, da organização do regime didático, organização de 

cursos,  currículos,  programas,  da avaliação,  recuperação de estudos,  da promoção,  da 

matrícula, das adaptações, da reavaliação e equivalência de estudos feitos no exterior, da 

regularidade da vida escolar, da freqüência, do calendário escolar, arquivos escolares, da 

incineração, dos direitos e deveres, das proibições, das sanções, fundamentados na Lei n.º 

9394/96 e no ECA.

O Regimento Escolar não é um documento pronto, acabado mas que deverá  ser 

realimentado no nosso dia a dia. 

O Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar serão sempre uma busca 

permanente, na preparação do aluno para o mundo, suas contradições, fornecendo­lhe um 

instrumental por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação 

organizada e ativa na democratização da sociedade. 

Escola  como espaço de conhecimentos.  Alunos de diferentes  pontos  de partida 

terem direito ao mesmo ponto de chegada. 

5.3   Associação de Pais e Mestres e Funcionários   

Tem   como   objetivo   auxiliar   a   direção   escolar   na   promoção   das   atividades 

administrativas,   pedagógicas   e   sociais   da   escola,   bem   como   arrecadar   recursos   para 

complementar os gastos com o ensino, a educação e a cultura.

A Lei do Serviço Voluntário (Lei n.º 6908 de 18/02/98) dispõe sobre o serviço 

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voluntário e de outras providências (regimento escolar).

A cada dois anos é feita uma convocação para a Comunidade Escolar para fazer 

escolha da nova diretoria e componentes da APMF através de voto. Ela é um órgão de 

representação de pais, mestres e funcionários, não podendo ter caráter partidário, racial e 

nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros.

A última eleição da APMF foi feita no dia 11/03/2009 e deverá  acontecer nova 

eleição em 11/03/2011.

Fazem parte da APMF “Dignidade e Trabalho” os seguintes membros:

­ Presidente: Reinaldo da Rosa – RG 5.7320842

­Vice­Presidente: Atélia Maria Antero  RG 1.451588­7

­ 1º Secretário: Maria Aparecida Lopes RG 1.316.371

­ 2º Secretário:Silvania de OLiveira  RG 6.453.721 ­ 0

­ 1º Tesoureiro: Eliana Ribas Buffara  RG 2..100.528­2

­ 2º Tesoureiro: Izabel Batista Ferreira  RG 5.151.508­0

­ Dir. Esportivo: Leocádio Miecznikowski RG 684.835

­ Diretor Cultural: Miguel Kryminice  RG 784.259 7

Conselho Fiscal

– Orley C. Villa  RG – 4465936 – 0

– Dulcemar ª Vieira RG – 5.169.032 – 0

– Noeli  Ribeiro RG – 5.310.101­1

– Dalila M Leakoviscz RG – 9.135­5

5.4   Conselho Escolar

É   um   órgão   colegiado   que   tem   como   objetivo   promover   a   participação   da 

comunidade escolar nos processos de administração e gestão da escola, visando assegurar 

a qualidade do trabalho escolar em termos administrativos, financeiros e pedagógicos. 

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O   Conselho   Escolar   do   Colégio   Estadual   Paula   Gomes   é   constituído   por 

representante de todos os segmentos da comunidade escolar.

O  Presidente   do  Conselho   Escolar   é   o   atual  Diretor  Waldir   Flemming   com a 

finalidade de efetivar a Gestão Escolar, na forma de colegiado, promovendo a articulação 

entre os segmentos da comunidade escolar e os setores do Colégio, constituindo­se como 

órgão auxiliar da direção do Estabelecimento de Ensino.

O   Conselho   Escolar   é   responsável   pela   tomada   de   decisão,   planejamento, 

execução,   acompanhamento   e   avaliação   das   questões   administrativas   e   pedagógicas, 

baseada na Legislação em vigor, nas Diretrizes Pedagógicas Administrativas fixadas pela 

Secretaria do Estado da Educação, artigo 1º da Resolução n.º 46/49/08 e Deliberação n.º 

16/99 do Conselho de Educação.

Fazem parte do Conselho Escolar os seguintes membros:

FUNÇÃO Tit/Supl NOME RG

Direção Presidente Waldir Flemming 1.105.848­5

Equipe  Pedagógica Titular Elci Rosani Struzik 3.489.412­4Equipe  Pedagógica Suplente Sonia C. Rodrigues 106.0593­8 Corpo Docente . Ens. Fund. Titular Samira Salomão 3.669.806­3Corpo Docente Ens. Fund. Suplente Maria S. A. Cesconetto 8.332.269­1Corpo Docente Ensino Médio Titular Orley C.Villa 44.659­36­0

Corpo Docente Ensino Médio Suplente Vera   Lucia   Reikdal  Vivan

1.697.689­0

Corpo. Discente Ens. Fund. Titular Carlos Alberto D. Rosa10.998.029­3

Corpo. Discente. Ens. Fund. Suplente Jessica C. Cavalheiro10.442.818­5

Corpo Discente Ensino Médio Titular Francielle C.R. De Lima 101842975Corpo. Discente Ensino Médio Suplente Ana Letícia C. Martinez 8.167.593­7Representante. Pais Ens. Fund. Titular Reinaldo Rosa 5.732.084­2Representante. Pais. Ens. Fund. Suplente Erci Correa Buligon 906.472­1Representante. Pais. Ens. Médio Titular Joana Dark Rodrigues 1147668­9Representante. Pais. Ens. Médio Suplente Soeli Margaret Castelli 145.158­8Representante. A.P.M. Titular Leocádio Miecznikoski 874.358­4Representante. A.P.M. Suplente Atélia Maria Antero 1.105.848­5

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Representante da. Comunidade Titular Maria   Apª.   Cordeiro  Rosa

3.927.996­7

Representante da. Comunidade Suplente Claudete Diniz 130.303­3

Representante de Ent. Religiosa Titular Pastor   Luiz   Carlos  Foltran

1.947.328

Representante Comercial Titular Josia   Lago   Junior  (mouse)

10.439.760­4

Representante Comercial Suplente Jonas Vieira12.330.288­2

Representante   de   Ent. Filantrópica Titular Jurandir Reis Silva 8.010.176­4

Representante Administrativo  Titular Eliana Ribas Bufara 2.100.528­2

5.5  Classe Especial

O currículo a ser desenvolvido na educação inclusiva será o mesmo para qualquer 

etapa   escolar estabelecida para os aluno da Classe comum, e deverá ser constituído a 

partir do Projeto Político Pedagógico da Escola de acordo com o artigo 59,,Inciso I da 

LDB 9394/96.

Os objetivos propostos para a Classe Especial prevê o encaminhamento do aluno 

para   novas   exigências     futuras,   seja   em   Classe   Comum   ou   em   outras   formas   de 

escolarização, bem como a sua inserção no mercado  de trabalho.

A escola proverá materiais pedagógicos específicos, adequados as peculiaridades 

dos alunos, para permitir­lhes o acesso ao currículo.

Os   conteúdos   oferecidos   deverão   ser   trabalhados   de   forma   interdisciplinar   e 

contextualizada;   deverão   envolver   tanto   as   áreas   do   conhecimento   (linguagem   oral   e 

escrita   e cálculos matemáticos) com as do desenvolvimento (cognição, socioafetivo ­ 

emocional e motora)

O   aluno   da   classe   especial,   deverá   participar   das   aulas   de   Educação   Física, 

Educação Artística e de todas as atividades extra­classe, junto com os alunos de Classe 

Comum, potencializando a capacidade de aprender  e sua socialização.

A   Avaliação   será   processual   e   contínua.   Os   resultados   de   análise   qualitativa 

obtidos deverão oferecer indicações sobre as possibilidades de novos encaminhamentos 

pedagógicos para o aluno. O desempenho do aluno deverá  ser registrado em relatório 

44

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pedagógico   semestral,   descrevendo   os   avanços   nas   áreas   do   conhecimento   e   do 

desenvolvimento, bem como, metodológicas, estratégias, tipos de avaliações empregadas, 

adaptações   curriculares   realizadas   e   ajustes   que   ainda   precisam   ser   efetuados.   Este 

relatório deverá ser elaborado pelo professor da Classe Especial, analisado e vistado pela 

equipe técnico ­pedagógica da Escola.

5.6   Sala de Recursos

LDB nº 9394/96 ­ Parecer nº 17/01 ­ CNE, Resolução 02/01 ­ CNE, Deliberação 

02/03 – CEE.

É   destinada   aos   alunos   matriculados   no   Ensino   Fundamental   de   1ª   a   4ª   série,   que 

apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de 

aprendizagem   e/ou   deficiência   mental,   e   que   necessitam   de   apoio   especializado 

complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem na Classe Comum.

Para o ingresso na Sala de Recursos o aluno deverá ser avaliado pelo professor da Classe 

Comum,   professor   especializaqdo     e   equipe   técnico­pedagógica   da   Escola,   com 

assessoramento   de   uma   equipe   multiprofissional   (externa),   equipe   do   NRE   e   SME, 

quando necessário.

A   avaliação   pedagógica   deverá   ser   registrada     em   relatório,   com   indicação   dos 

procedimentos de intervenção e encaminhamento(s).

O   horário   de   atendimento   deverá   ser   em   período   contrário   ao   que   o   aluno   está 

matriculado e frequentando a Classe Comum.

O aluno da Sala de Recursos deverá ser atendido individualmente ou em grupos de até 10 

(dez alunos), com atendimento por meio de cronograma preestabelecido.

O cronograma de atendimento deverá ser elaborado pelo professor da Sala de Recursos 

junto com o professor  da Classe  Comum e equipe  técnico­pedagógica da Escola,  em 

consonância com a indicação dos procedimentos de intervenção pedagógica que constam 

no relatório da avaliação no contexto escolar.

O aluno receberá  atendimento de acordo com as suas necessidades, podendo ser de 2 

(duas) a 4 (quatro) vezes por semana, não ultrapassando 2 (duas horas diárias.

O   trabalho   desenvolvido   na   Sala   de   Recursos   não   deve   ser   confundido   com  reforço 

escolar (repetição dos conteúdos da prática educativa da sala de aula).

45

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O aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as dificuldades e 

obter êxito no processo de aprendizagem na Classe Comum.

5.7   Sala de Apoio 

LDBEN   nº   9394/96,   Parecer   CNE   nº   04/98;   Deliberação   nº   007/99   ­   CEE; 

Resolução Secretarial nº 371/2008

A cada 3  (três) turmas  da 5ª série do Ensino Fundamental, os estabelecimentos de 

ensino terão abertura automática de 01 (uma) Sala de Apoio à aprendizagem da Língua 

Portuguesa e 01 (uma de Matemática As Salas de Apoio sempre serão abertas  no turno 

contrário e a carga horária disponível para cada uma das disciplinas ­ Língua Portuguesa e 

Matemática ­ será de 4 horas ­ aula semanais. 

O número de alunos por sala deverá ser no máximo de 15.

A sala de apoio é destinada ao aluno de 5ª série  com defasagens de aprendizagem 

em conteúdos referentes aos anos iniciais do Ensino Fundamental..

As   famílias  devem comparecer  na  Escola  e   receber    orientações  a   respeito  do 

"Programa   Salas   de   Apoio   à   aprendizagem",   informando   sobre   a   necessidade   e 

importância dos alunos estenderem seu tempo escolar,  mantendo pais ou responsáveis 

informados quanto à frequência e aproveitamento.

A metodologia deve ser adequada às necessidades dos alunos, diferenciando­as das 

atividades do ensino regular.

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5.8 Grade Curricular - Ensino Fundamental SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 09 – CURITIBA MUNICÍPIO: 0690 CURITIBA

ESTABELECIMENTO: 04482 – PAULA GOMES, C E – ENS. FUND. E MEDIO

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4000 – ENS. 1 GR. 5/8 SER.

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTANEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINA / SÉRIE 5 6 7 8

BA

SE N

AC

ION

AL

CO

MU

M

ARTE

CIENCIAS

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO RELIGIOSO*

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

2

3

2

1

3

3

4

4

2

3

2

1

3

3

4

4

2

3

2

0

4

3

4

4

2

3

2

0

3

4

4

4

SUB-TOTAL 21 21 22 22

PAR

TE

D

IVE

RSI

FIC

AD L.E.M. – INGLÊS** 3 3 3 3

SUB-TOTAL 3 3 3 3

TOTAL GERAL 24 24 25 25

NOTA: MATRIZ CURITICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96.* NÃO COMPUTADO NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER FACULTATIVA PARA O ALUNO.** O IDIOMA SERÁ ESTABELECIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO.

• DATA DE EMISSÃO: 28 DE MAIO DE 2010.

WALDIR FLEMMING- Diretor

47

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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 09 – CURITIBA MUNICÍPIO: 0690 – CURITIBA

ESTABELECIMENTO: 04482 – PAULA GOMES, C E – ENS. FUND. E MEDIO

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010– SIMULTANEA MÓDULO: 40 SEMANASMATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA / SÉRIE 1 2 3

BA

SE

NA

CIO

NA

L C

OM

UM

ARTE

BIOLOGIA

EDUCAÇÃO FÍSICA

FILOSOFIA

FÍSICA

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

QUÍMICA

SOCIOLOGIA

2

2

2

0

2

2

2

4

3

2

2

2

2

2

2

2

2

2

4

3

2

0

0

2

2

2

2

2

2

4

3

2

2

SUB-TOTAL 23 23 23

PA

RT

E D

IVE

RS

IFIC

AD

A

L.E.M. – INGLÊS 0 2 2

L.E.M. - ESPANHOL 2 0 0

SUB-TOTAL 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURITICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96.• O IDIOMA SERÁ ESTABELECIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO..WALDIR FLEMMINGDIRETOR

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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 09 – CURITIBA MUNICÍPIO: 0690 – CURITIBA

ESTABELECIMENTO: 04482 – PAULA GOMES, C E – ENS. FUND. E MEDIO

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 – SIMULTANEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINA / SÉRIE 1 2 3

BA

SE N

AC

ION

AL

CO

MU

M

ARTE

BIOLOGIA

EDUCAÇÃO FÍSICA

FILOSOFIA

FÍSICA

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

QUÍMICA

SOCIOLOGIA

2

2

2

0

2

2

2

4

3

2

2

2

2

2

2

2

2

2

4

3

2

0

0

2

2

2

2

2

2

4

3

2

2

SUB-TOTAL23 23 23

PAR

TE

D

IVE

RSI

FIC

AD

A L.E.M. – INGLÊS0 2 2

L.E.M - ESPANHOL 2 0 0

SUB-TOTAL2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURITICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96.O IDIOMA SERÁ ESTABELECIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO.

OBS.: SERÃO MINISTRADAS 03 AULAS DE 50 MIN. E 02 AULAS DE 45 MINUTOS.DATA DE EMISSÃO: 20 DE MAIODE 2010.WALDIR FLEMMING- Diretor

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CAPÍTULO VI

6.1   Plano de Ação

6.1.2   A escola que queremos

O objetivo primordial do Projeto Político Pedagógico – P.P.P. do Colégio Estadual 

Paula   Gomes   é   a   transmissão   e   assimilação   dos   conhecimentos   historicamente 

produzidos,   com   metodologia   da   pedagogia   histórico­crítica   para   que   o   aluno   tenha 

acesso   aos   conhecimentos   produzidos   pelo   conjunto   da   humanidade   de   forma 

sistematizada e democrática.

A escola deve ser um  espaço de socialização de conhecimentos e que possibilite a 

todos os envolvidos compreender as contradições mundo real para modificá­lo.É nessa 

compreensão que se situa a intencionalidade do papel da escola, que não  é trabalhar no 

acaso,  na espontaneidade,  no experimentalismo e no vazio do pragmatismo cotidiano. 

Pessoas, sujeitos e comunidade, diversos e diferentes tem igualmente a necessidade de 

aprender – nem mais e nem menos. 

Estamos indiscutivelmente,  na era da comunicação. As informações fluem com 

rapidez em todos os canais da comunicação: jornais, revistas, televisão, principalmente 

informática.   O desafio desta escola, é a preparação de um cidadão consciente e crítico, 

com   capacidade   para   selecionar   informações   significativas   e   gerenciá­las   com 

competência.

Se faz necessário a renovaçao dos conteúdos, a renovação de métodos e relações, 

pois,  quando  a  escola  propõe   temas  de  estudo que  ajudam os  alunos   a   superar   suas 

incertezas e angústias, o autoritarismo pode dar lugar a atitude de cooperação.

“Se os conteúdos  a alcançar se inscrevem no prolongamento daquilo que os alunos 

esperam, então o mestre deixa de ser o inimigo e já nem é um ser exterior” (Snyders, 

1978, p.313.)

É necessário que vivamos em harmonia com todos os segmentos da escola, todos 

engajados   em   um   único   objetivo.   com   os   aluno   passando   de   uma     experiência 

inicialmente   confusa   e   fragmentada   (sincrética)   para     uma   visão   sintética,   mais 

organizada e unificada. 

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O que o Colégio Estadual   Paula Gomes propõe é  discutir no plano de ação, o 

papel da escola, é ir além das necessidades pragmáticas e utilitárias do mercado, não é 

adaptar o sujeito às novas demandas da sociedade atual e sim por meio do conhecimento 

histórico, científico, artístico e filosófico, possaibilitar que o aluno tenha condições de 

analisar a sociedade atual, suas contradições, instrumentalizando­o para transformar sua 

prática   social   e   não   adaptar­se   a   este   mundo   tão   excludente,   preconceituoso   e 

meritocrático. A tarefa do professor deve centrar­se em ensinar o aluno a estabelecer uma 

relação consciente com o conhecimento científico. Segundo Saviani, passa­se do senso 

comum à  consciência filosófica e cabe ao professor partir  da prática social,  buscando 

alterar   qualitativamente   a   prática   de   seus   alunos,   para   que   possam   ser   agentes   de 

transformação social.

“Uma mudança implica a dialetização entre a denúncia da situação ao anúncio 

de sua superação no fundo, o nosso sonho” (Freire, 1998, pg. 88)

A   participação   da   Direção,   Equipe  Pedagógica,   Funcionários   e   a   Comunidade 

Escolar   é   condição   básica   para   que   na   escola   aconteça   a   apropriação   do   saber, 

contribuindo   assim   para   eliminar   a   seletividade   social   e   torná­la   democrática.   É 

necessário uma Gestão compartilhada, pois, a democracia é uma comunidade inclusiva; 

pessoas   tomando   parte   no   processo,   reconhecendo   a   diversidade   de   seus   membros, 

abrindo espaço para a participação de pais, alunos, membros do colégio no debate das 

questões básicas da escola.

Ensinar a ler, a entender o que foi lido, a escrever e a usar números para lidar com 

problemas do mundo real. Não se pode exigir do nosso aluno “consciência critica”, se ele 

não consegue entender o texto escrito.

  A   formação   de   um   educador   comprometido   com   a   educação   exige   reflexão 

contínua   sobre   o   “fazer”­   como   fazer   ­   sua   prática.   Para   que   isso   ocorra   a   Equipe 

Pedagógica fará com os professores, leituras, reflexões, análises nos encontros e nas horas 

atividades  buscando  caminhos  para  mudar   a   atual   realidade:   “alunos   aprendendo   tão 

pouco”. O grande desafio do Colégio Estadual Paula Gomes é que todos alcancem um 

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maior desenvolvimento cultural e consequentemente profissional.

Sabemos   que   não   é   tarefa   fácil,   mas   são   objetivos   buscados:   melhorar   a 

metodologia,  aulas diversificadas, planejamentos participativos,   trocas de experiências, 

reflexão e investigação, um trabalho integrado, organizado, coletivo em função do aluno, 

do jovem que queremos.

“A educação vive a dialética instigadora entre seu cotidiano, a escola vivida e 

instituída, e a escola dos seus sonhos, a escola projetada que procura instituir, 

na escola instituída” Gadotti.

Cada   escola   efetiva   o   princípio   curricular   ao   orientar   e   pautar   suas   ações   de 

seleção e de transposição de saberes na integração das múltiplas e complexas relações que 

envolvem   a   comunidade,   a   cidade,   o   país,   buscando   democratizar   o   conhecimento 

científico e as tecnologias de forma a utilizá­las numa interação aprendente – aprendiz na 

busca da construção de conhecimentos, práticas e atitudes situados culturalmente.    

A Escola deve preconizar a vivência de práticas e de valores que se configurem 

pelo respeito a diversidade, que se estruturem na cooperação e na participação consciente 

de todos os componentes da escola, da comunidade escolar, para que seja garantido o 

acesso irrestrito da população e uma formação integral do aluno.

É preciso fazer encontros, estudos e debates com os professores, pois o ser humano 

precisa interagir, estudar, julgar, analisar, sintetizar fatos buscando desenvolver conceitos, 

elaborar   hipóteses   e   verificar   a   realidade   dos   processos   educacionais   numa   prática 

didática,   na   promoção   de   desafios   cognitivos   e   emocionais,   desencadeadores   do 

desenvolvimento do pensamento crítico dos estudantes. O exercício do diálogo e da auto­

reflexão na articulação e na reconstrução de significados, proporcionando aos estudantes 

a   análise   da   coerência   dos   argumentos,   dos   conhecimentos   implícitos   e   das   ações 

conscientes e inconscientes. É preciso dialogar com os professores, refletindo sobre 

que   rumo   tomar,   que   sociedade   se   quer,   que   escola   se   deve   buscar,   respeitando   as 

diferenças entre os cidadãos atendendo os alunos nas suas necessidades e potencialidades.

A escola deve proporcionar aos estudantes uma educação que conduza a cidadania, 

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desenvolver relações horizontais de cooperação e solidariedade entre todos os envolvidos 

no processo pedagógico.

Educar   na   diversidade   significa   formar   indivíduos   capazes   de   conviver   em 

sociedades   cada   vez   mais   plurais,   propiciando   a   superação   das   diferentes   formas   de 

exclusão.

“A Escola precisa ser séria, mas não precisa ser sisuda”  Paulo Freire

Na medida em que se  concebe o planejamento como um meio para  facilitar  e 

viabilizar a democratização do ensino, o seu conceito necessita ser revisto, reconsiderado 

e redirecionado.

Na prática docente o planejamento na grande maioria das vezes tem­se reduzido a 

atividade   em   que   o   professor   preenche   e   entrega   um   formulário,   padronizado   e 

diagramado em colunas,  onde o docente   redige os  seus  “objetivos  gerais”,  “objetivos 

específicos”, “conteúdos”, “estratégias” e “avaliação”.

Planejamento   não   é   isto.   Ele   deve   ser   concebido,   assumido   e   vivenciado   no 

cotidiano   da   prática   social   docente,   como   um   processo   de   reflexão   (reflectire,   que 

significa  voltar  atrás).  Refletir  é  o  ato de  retomar,   reconsiderar  os  dados disponíveis, 

revisar, vasculhar uma busca constante de significado. É examinar detidamente, prestar 

atenção, analisar com cuidado. E é isto o filosofar. 

Elaborar, executar e avaliar planos de ensino exige que o professor tenha clareza 

(crítica)   da   função   da   educação   escolar   na   sociedade   brasileira,  da   função   político 

pedagógica, do valor dos conteúdos como meios para a formação do cidadão consciente, 

competente  e  crítico;  das  articulações  entre  conteúdos,  métodos,   técnicas  e  meios  de 

comunicação; e da avaliação no ensino –aprendizagem.

A   elaboração   (coletiva/individual)   dos   planos   de   ensino   depende   da   visão   do 

mundo que temos e do mundo que queremos, da sociedade brasileira que temos e aquela 

que queremos, da escola que temos e daquela que queremos.  

O   trabalho   de   planejamento   a   tarefa   de   preparar   (pensar   e   redigir)   vivenciar, 

acompanhar e avaliar planos de ensino, são ações e reflexões que devem ser vivenciadas 

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pelo grupo de professores e não por apenas alguns deles.  Ter uma clara reflexão dos 

problemas básicos da escola, curso, disciplina e, principalmente de suas aulas.

Problemas de evasão, retenção, indisciplina, desinteresse, faltas, atrasos e tantos 

outros,   a   escola   necessita   identificar   suas   causas   tendo   em   vista   a   sua   superação; 

analisando a realidade e questionando a própria teoria.

O plano de ação do Colégio Estadual Paula Gomes deverá  sempre ser avaliado, 

para o acompanhamento e o desenvolvimento do Plano de Gestão e do Projeto Político 

Pedagógico   (PPP),   com   momentos   de   reflexão   coletiva,   de   modo   a   permitir   as 

modificações necessárias para que se atinjam os objetivos desejados.

O   desafio   do   Colégio   Estadual   Paula   Gomes   é   formar   cidadãos   conscientes, 

capazes  de  compreender  e  criticar  a   realidade,  atuando na  busca  da   recuperação das 

desigualdades   e   do   respeito   ao   ser   humano,   um   trabalho   que   vai   exigir   o 

comprometimento   de   todos   os   envolvidos   no   Plano   de   Ação   do   Colégio:   diretor, 

Funcionários, professores, equipe pedagógica, alunos, pais, e   a comunidade como um 

todo.

É função de todos trabalharem no sentido de fazer com que a escola seja um lugar 

de   encontro   de   muitas   pessoas;   lugar   de   partilha   de   conhecimentos,   ideais,   crenças, 

sentimentos, lugar de conflitos,  uma vez que acolhe pessoas diferentes,  com valores e 

saberes diferentes. É nessa tensão viva e dinâmica   que é preciso organizar a principal 

função social da escola: “ensinar e aprender” – professores, alunos, funcionários, famílias 

e todas as demais pessoas que fazem parte da comunidade escolar, desenvolvendo práticas 

pedagógicas   democráticas,   respeitando   os   direitos   individuais   e   coletivos   de   todos, 

cooperando para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

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6.1.3   Diretrizes Curriculares

Um dos desafios para a recuperação da Escola Pública são as diretrizes curriculares. 

Elas propõem uma abertura no campo das práticas de ensino, convocam os professores a 

ação   contínua   de   escritura,   conduzem   a   reflexões   a   direções,   fazeres,   articulam 

conhecimentos propiciando uma composição com os    saberes,  para que através  dessas 

práticas se alcance o ensino que a Escola Pública almeja.

Segundo Antonio Vinão Frago (1998), o que ocorre na escola identifica os modos 

de pensar, conhecer e atuar que proporcionam estratégias e pautas para organizar a aula e 

a própria escola. A seleção destas estratégias e não de outras, as ações desta e não de 

outra forma, os tempos e os espaços que junto com a experiência e formação do professor, 

organizam a tarefa diária da escola.

As   Diretrizes   Curriculares   da   rede   pública   estadual   tem   como   referência   as 

orientações legais decorrentes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n.º 

9.394/96 que estabelece que a educação básica é formada pela educação infantil, ensino 

fundamental  e médio,   tendo por  finalidades  “desenvolver  o  educando,  assegurar­lhe a 

formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer­lhes meios para 

progredir no trabalho e em estudos posteriores” (Art. 21 LDBN/96.)

O   objetivo   das   Diretrizes   Curriculares   Nacionais   é   tratar   da   formação   básica 

comum assegurada a todos os estudantes. Segundo Cury, a federação é, calcada na noção 

de  colaboração,   supõe  um  trabalho  conjunto  no   interior  do  qual  os  agentes  públicos 

busquem,   por   consenso,   respeito   aos   campos   específicos   de   atribuições,   tanto   metas 

comuns   como   meios   mais   adequados   para   a   consecução   das   finalidades   maiores   da 

educação.   Essa   noção   implica,   então,   no   despojamento   de   respostas   e   caminhos 

previamente prontos e fechados.

“A educação verdadeira é mudança, é transformação da pessoa pelo que se da e 

pelo que se recebe. É interação, da mesma forma que a educação, na medida 

em que é uma transformação que muda o que se aprende. A aprendizagem, 

quer   dizer,   mudança,   é   uma   condicionante   e   uma   prova   tanto   do   bom 

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comunicador  como do bom educador.  Aquele  que  comunica  codificando  a 

realidade aprende tanto quanto aquele que decodifica ao aprender essa mesma 

realidade” (Gutierrez, 1988, p. 75).

Todos   aqueles   que   integram   a   comunidade   escolar   precisam   participar   da 

organização das “Diretrizes” do trabalho pedagógico. Todos agindo para que o trabalho 

pedagógico aconteça, todos se beneficiando e se comprometendo com ele. Dessa forma a 

partir dos conteúdos, da definição dos objetivos a serem alcançados na série, ou no ano 

escolar,   são   estabelecidas   as   atividades   a   serem   realizadas,   definidos   os   materiais 

necessários, as atitudes a serem desenvolvidas para o bom andamento dos processos de 

ensino – aprendizagem.

6.1.4  Currículos

Um currículo completo e elaborado coletivamente é indispensável para garantir o 

avanço dos alunos.

Currículo é uma construção sociocultural, é um modo de organizar uma série de 

práticas   educativas,   refletir   sobre   a   seleção   de   objetivos,   métodos   e   conteúdos,   é   a 

construção de uma identidade.

Na última década, o discurso educacional concentrou­se na reforma educacional 

que foi associada aos imperativos das grandes empresas. As escolas passaram a ser áreas 

de treinamento para diferentes setores da força de trabalho, passaram a ser vistas como 

promovedoras dos conhecimentos e das habilidades ocupacionais necessárias a expansão 

da produção.

É necessário a realização de uma análise criteriosa na intervenção política sobre o 

currículo, para estabelecer concretamente os mínimos para o sistema educativo, analisar 

as tendências criadoras e renovadoras do sistema social educativo, facilitar uma escola 

frequentada por todos os alunos, seja qual for sua condição social (Skilbeck, 1982).

Partindo   do   fato   de   que   em   nossa   sociedade   existem   diferenças   culturais   e 

desiguais   oportunidades   relacionadas   a   desigualdade   socio­econômica   e   cultural,   a 

definição  do  núcleo  curricular  mínimo,  não  é   uma  decisão  neutra  para   as  diferentes 

coletividades   sociais,  cujas  experiências  culturais  extra  escolares  e  as  expectativas  de 

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futuro conectam desigualmente com a cultura comum e com o que fica fora dela. 

Numa sociedade heterogênea e com desiguais oportunidades de acesso à diferentes 

setores inclusive a cultura, o currículo comum obrigatório tem que ser enfocado desde 

uma perspectiva social.

Na   atividade   pedagógica,   o   professor   é   o   elemento   de   primeira   ordem   desse 

processo. É nele que recai não apenas as determinações a serem respeitadas provenientes 

do  conhecimento,   ou  dos   componentes  do   currículo,  mas   também  as   obrigações   em 

relação aos seus próprios alunos, ao meio social concreto no qual vivem, e isso o chama 

inevitavelmente a intervir, devido à responsabilidade para com eles. O currículo tem a ver 

com a cultura à qual os alunos têm acesso; já o professor, melhor do que outros, pode 

analisar os significados substanciais da cultura que deve estimular para seus receptores.

O professor não decide sua ação no vazio, mas no contato da realidade, de um local 

de  trabalho,  numa instituição que tem suas normas de funcionamento   e marcadas às 

vezes   pela   administração,   pela   política   curricular,   pelos   órgãos   de   governo   ou   pela 

simples tradição que se aceita sem discutir.

“O   professor   é   quem,   em   última   instância,   decide   os   aspectos   a   serem 

desenvolvidos   na   classe,   especificando   quanto   tempo   dedicará   a   uma 

determinada  matéria,  que   tópicos  vai  ensinar,   a  quem os  ensina,  quando e 

quanto   tempo   conceder­lhes­á   e   com   que   qualidade   serão   aprendidos”. 

Schwille (1982 p. 12).

O planejamento do professor é o mais importante determinante do que se ensina na 

escola. O currículo, como produto da realidade, é transformado e adaptado no processo de 

planejamento por meio de acréscimos, subtrações e decisões do professor sobre o ritmo, a 

sequência e a ênfase em alguns de seus componentes. Esse é um dos desafios a serem 

enfrentados: elaborar um currículo o qual ofereça uma consistente formação humana – 

possibilitando que o aluno se aproprie dos conhecimentos historicamente constituídos, 

desenvolvendo um olhar  crítico  e   reflexivo sobre  essa  constituição e,  por  outro  lado, 

possibilite a compreensão da lógica e dos princípios técnico­científicos que marcam o 

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atual   período   histórico   e   afetam   as   relações   sociais   e   de   trabalho.   Uma   educação 

humanista   e   tecnológica   que   ofereça   uma   formação   pluridimensional   para   além   do 

humanismo   clássico   e   da   profissionalização   específica,   que   possibilite   ao   estudante 

condições   tanto de   inserir  e   intervir  no mundo do  trabalho quanto de continuar  seus 

estudos, ingressando no ensino superior.

Será   também   necessário   considerar   as   dimensões   formadoras   do   sujeito,   a 

complexidade histórica e social  e  a singularidade.  O estudante  é   também um ser que 

interpreta e dá um sentido ao mundo, a sua vida e à sua história. 

Por isso é muito importante estudos e debates com professores, equipe pedagógica, 

pensando em um currículo que contribua para a formação crítica do nosso aluno. Para 

isso o começo seria fazer uso dos saberes escolares de um ponto de vista questionador, 

contextualizados   numa   perspectiva   interdisciplinar,   quebrando   a   rigidez   que   a 

legitimidade social e o estatuto de verdade dão a eles.

É   necessário   que   o   professor   se   atualize   continuamente   na   sua   disciplina   de 

formação e faça uma análise crítica de como, por que, onde e a serviço do que, e de quem, 

esta disciplina é dada, ou seja, deve fazer uma análise de sua prática pedagógica e de sua 

concepção de conhecimento, de educação.

Os   professores   devem   organizar­se   para   estudar,   planejar,   avaliar   os   caminhos 

traçados e os resultados alcançados – avaliar a organização do trabalho como um todo, 

revendo   posições,   metodologias,   modos   de   enfrentar   surpresas   e   dificuldades,   pois 

selecionar conteúdos não é apenas fazer uma lista de conhecimentos que se transmitem 

num modelo escolhido a priori, mas o currículo deve emergir de condições reais em que 

se dá o trabalho com o conhecimento.

“As mudanças culturais chegam às escolas através dos currículos, mas apenas 

na medida em que se plasmam em práticas concretas” Gemeno Sacristám

Por isso o currículo deve conter:

a) Fundamentação teórica (preceitos gerais para o trabalho na área);

b) O histórico do ensino das disciplinas;

c) Os objetivos de aprendizagem de cada ciclo ou série (de preferência, com o que 

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se espera que os alunos saibam ao fim do período);

d) Os conteúdos que serão trabalhados no período para alcançar essas expectativas 

com a justificativa de cada um;

e) As orientações didáticas e bibliográficas;

6.1.5   Metodologia

O Colégio Estadual Paula Gomes adota a Tendência Progressista “Crítico Social 

dos Conteúdos” que tem como pressupostos básicos a construção de uma sociedade justa, 

igualitária, democrática e a utilização dos conteúdos como um instrumento privilegiado 

para a formação de tal sociedade, oferecendo aos nossos alunos, uma compreensão da 

lógica dos processos e a formação de raciocínio lógico, voltado para compreensão do 

mundo e das relações sociais nas quais as pessoas se inserem para formação de cidadãos 

que se preocupam na implementação de mudanças sociais.

Os conteúdos do Colégio Estadual Paula Gomes são vistos,  portanto como um 

instrumento de desalienação dos cidadãos. 

Por isso o professor deve conhecer os mais variados elementos que envolvem sua 

prática educativa, a necessidade de compreende­la da forma mais completa, filosófica e, 

cientificamente possível.

O método materialista,  histórico,  dialético   (Marx)  propicia  ao  aluno  passar  do 

senso   comum   educacional   (conhecimento   da   realidade   empírica),   reflexão   teórica 

(movimento   do   pensamento,   abstrações)   para   uma   consciência   filosófica­realidade 

concreta, pensada, realidade educacional plenamente compreendida.

A construção do pensamento se daria pois, da seguinte forma: parte do empírico, 

passa pelo abstrato e chega ao concreto. (Saviani, 1991, p 11). É a construção de ações 

mais filosóficas, mais pensadas, mais completas, mais cheias de movimento lógico que 

permite que o agir pedagógico torne­se mais relacionado a realidade concreta.

Todo ser humano nasce com potencial e tem o direito de desenvolvê­lo.

Por   isso   o   Colégio   Estadual   Paula   Gomes   tem   como   grande   desafio   que   os 

professores não repassem para seus alunos receitas prontas que não vão ser aceitas. Os 

alunos não devem aprender a resolver o problema no papel, mas saberem para que ele 

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serve na vida real. Conteúdo cumprido não é programa aprendido. Essa é a razão por que 

os   professores   devem   se   preparar,   pesquisar,   ler   muito,   criar   seu   espaço,   todos   se 

ajudando, sem competição e com muita cooperação. É preciso ouvir os alunos para saber 

o que eles sentem e pensam.   

O objetivo da escola é privilegiar a aquisição do saber, e de um saber vinculado as 

realidades sociais, por isso é preciso que os métodos favoreçam a correspondência dos 

conteúdos com os interesses dos alunos, e que estes possam reconhecer nos conteúdos o 

auxilio ao seu esforço de compreensão da realidade, prática social.

A   metodologia   de   uma   pedagogia   crítica   não   parte   de   um   saber   artificial, 

depositado a partir de fora, nem do saber espontâneo, mas de uma relação direta com a 

experiência   do   aluno,   confrontada   com   o   saber   trazido   de   fora.   O   trabalho   docente 

relaciona   a   prática   vivida   pelos   alunos   com   os   conteúdos   propostos   pelo   professor, 

momento em que se  dará  a  “ruptura” em relação à  experiência  pouco elaborada.  Tal 

ruptura  só  é  possível  com a   introdução explicita  pelos  professores,  dos  elementos  de 

análise   a   serem  aplicados   criticamente   à   prática   do   aluno.  Conteúdos  historicamente 

produzidos,   não   teóricos,   abstratos,   mas,   é   necessário   trazer   para   o   plano   do 

conhecimento a dialética real.

Uma aula deve começar pela constatação da prática real, havendo, em seguida, a 

consciência dessa prática no sentido de referi­la aos termos do conteúdo proposto, na 

forma de um confronto entre a experiência e a explicação do professor. Vai­se da ação à 

compreensão e da compreensão à ação, até a síntese, unidade entre a teoria e a prática. 

Assim dentro dos   limites  da organização escolar,  é  preciso buscar  maneiras  de 

ensinar   compatíveis   com   a   metodologia   específica   das   diferentes   disciplinas   e   que 

respeitem as características dos processos humanos de conhecimento e de aprendizagem. 

Articular o ensino e a aprendizagem implica articular conteúdo e forma, tornando 

cada vez mais o ensino favorável à ocorrência da aprendizagem. Isso exige riqueza de 

situações,   experiências   e   recursos   para   favorecer   o   processo   múltiplo,   complexo   e 

relacional de conhecer e incorporar dados novos ao repertório de significados, utilizando­

os na compreensão orgânica dos fenômenos no entendimento da prática social.   

A   linguagem   oral   com   a   qual   crianças   e   adolescentes   se   expressam   está 

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impregnada   de   marcas   que   representam   grupos   sociais   de   origem,   valores   e 

conhecimentos. É a partir desses modos de falar e de ser que o trabalho pedagógico deve 

ser organizado.  

6.1.6 Avaliação

Deliberação 007/99, do Conselho Estadual de Educação do Paraná, “os critérios de 

avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em consonância com o currículo do 

Estabelecimento de Ensino” e a LDB em seu   Artigo 24, Inciso V, alínea a, estabelece: 

“avaliação   contínua   e   comparativa   do   desempenho   do   aluno,   com   prevalência   dos 

aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os 

de eventuais provas finais”.

O professor deve elaborar o Plano de Trabalho Docente de acordo com o PPP da 

Escola.

A avaliação deve ser entendida como parte integrante do processo educacional, 

sendo  um dos  aspectos   essenciais  para   a  qualidade  do  ensino  devendo  centrar­se  na 

investigação, qualificação e, sobretudo, na intervenção como afirma Lukesi (1995).   

A avaliação da aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que se 

articula com o Projeto Político Pedagógico e com o Proposta Pedagogica Curricular. A 

avaliação,   tanto no geral  quanto no caso específico da aprendizagem não possui  uma 

finalidade   em   si,   ela   subsidia   um   curso   de   ação   que   visa   construir   um   resultado 

previamente definido: garantir a qualidade do resultado que estamos construindo, a partir 

de um processo de assimilação ativa dos conteúdos historicamente produzidos.

A prática da avaliação da aprendizagem, em seu sentido pleno, só será possível na 

medida em que se estiver efetivamente,  interessado na aprendizagem do educando, ou 

seja,  há  que   se   estar   interessado  em que  o   educando  aprenda  aquilo  que  está   sendo 

ensinado.

No caso da avaliação, vale bem lembrar o baixo investimento pedagógico. Para 

professores,   alunos,   pais   e   instituições,   interessa   mais   a   aprovação   dos   educandos, 

estamos   pouco   atentos   ao   seu   efetivo   desenvolvimento.   Os   professores   dizem: 

“Ensinamos,  mas  os  alunos  não aprendem;  o  que  é  que  vamos  fazer...?”  Se  estamos 

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interessados em que aprendam, há que se ensinar até que aprendam, deve­se investir na 

construção dos resultados desejados.

A avaliação implica na retomada do curso de ação se ele não tiver sido satisfatório, 

ou a sua reorientação, caso esteja se desviando. A avaliação da aprendizagem necessita, 

para cumprir seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a aprendizagem 

bem sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é que a avaliação deixe de 

ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e 

assuma o papel de avaliar uma aprendizagem significativa, momento da síntese, isso é, 

quando o  aluno supera  sua  visão parcial  e  confusa  e  adquire  um visão mais  clara  e 

unificadora . 

O   trabalho   escolar   precisa   ser   avaliado,   não   como   julgamento   definitivo   e 

dogmático do professor, mas como uma comprovação para o aluno de seu progresso em 

direção à noções mais sintetizadas.

A avaliação escolar deve ser crítica: analisando os resultados de toda a ordem do 

trabalho pedagógico,   ter  conhecimento dos  problemas  que  existem em todo ambiente 

escolar,   compreender   e   coletivamente   diagnosticar   tais   situações   enquanto   aluno, 

educador, sociedade, buscando sempre o desenvolvimento das capacidades dos alunos, ser 

consciente   das   mudanças   necessárias   propondo   conteúdos   voltados   para   a   interação 

“conteúdos X realidades sociais”. 

Ter   ciência  de  que,  por  meio  dos   instrumentos  de   avaliação da  aprendizagem, 

estamos solicitando ao educando que manifeste seu modo de aprender, sua capacidade de 

raciocinar, de poetizar, criar estórias, seu modo de aprender.

Não se  pode querer  que  o educando manifeste  uma aprendizagem que  não foi 

proposta nem realizada. Um instrumento de avaliação da aprendizagem não tem que ser 

nem mais fácil nem mais difícil do que aquilo que foi ensinado e aprendido. Os métodos 

avaliativos   não   podem   tomar   o   aluno   apenas   como   objeto,   pois   isto   compromete 

irremediavelmente o objetivo das avaliações. 

É preciso evitar métodos de avaliação relacionados com ameaças e punições que, 

alijando  o  aluno  de   sua  condição  de  parceiro  do  educador  na   realização do   trabalho 

pedagógico, comprometem a constituição do sujeito que é precisamente o objetivo que a 

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avaliação deveria favorecer. Para tanto não deve haver horas especiais de verificação.

“Todo momento é ocasião de apreciar o rendimento escolar”(Lusia, 1962, p. 

331).

A avaliação deve ser formativa, diagnóstica,  dialética.  Avalia­se para modificar, 

para promover uma ação, para ir além da constatação do fracasso. Desse modo a avaliação 

numa   concepção   progressista,   pressupõe   a   intervenção   do   professor   no   processo   de 

ensino/aprendizagem,  deve   servir   não  apenas  para   diagnosticar,   para  obter   resultados 

através da aplicação de instrumentos , mas principalmente para a orientação e revisão dos 

objetivos/critérios que não foram atingidos.  Desta forma,  a avaliação em tese,  só   tem 

sentido se servir para transformar a pratica, para promover uma ação, para melhorar os 

resultados da aprendizagem proporcionando o sucesso escolar.

A   utilidade   da   avaliação   é   fornecer   subsídios   imediatos   para   a   correção   do 

processo educativo em direção ao objetivo buscado. A razão de ser da avaliação não é a 

classificação ou a retenção de alunos, mas a identificação do estágio de compreensão e 

assimilação do saber pelo educando, junto com as dificuldades que este encontra, bem 

como os   fatores  que  determinam tais  dificuldades,  com vistas    a  adoção de  medidas 

corretivas da ação. Esse caráter diagnóstico da avaliação já está a determinar a própria 

frequência com que a mesma deve ser realizada.

6.1.7  Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um orgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa 

em   assuntos   didáticos­pedagógicos,   com   atuação   restrita   a   cada   classe   do 

Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo educacional e a relação 

professor­aluno, propondo os procedimentos adequados a cada caso e deliberando sobre 

resultados finais de avaliação individual, após analise em particular de cada caso.

Haverá tantos Conselhos de Classe ordinário ou extraordinário, quantas forem as 

turmas do Estabelecimento de Ensino, e sempre que houver necessidade.

O Conselho de Classe, é constituído pelo Diretor, Secretaria, equipe pedagógica, e 

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pelos professores que atuam numa mesma classe.

O   Conselho   de   Classe   reunir­se­á   em   cada   bimestre,   em   datas   previstas   no 

Calendário Escolar, e extraordinariamente sempre que um fato relevante assim o exigir.

O Conselho de Classe é um momento de reflexão, tomada de decisões, de criar 

metas,   levantar   objetivos,   planejar   novas   ações,   redirecionar   as   praticas   pedagógicas, 

rompendo com a fragmentação dos conhecimentos.

O   Conselho   de   Classe   deve   ser   um   espaço   democrático   e   de   construção   de 

alternativas, e não uma reunião que determina; deixando para a pedagoga uma lista de 

alunos e pais a serem chamados. No PPP do Colégio o Conselho de Classe é valorizado 

por   seu   caráter   coletivo,   um   processo   no   qual   por   meio   da   analise   de   diversos 

profissionais, busca a tomada de decisões numa perspectiva de auto desenvolvimento e 

desenvolvimento de estrategias pedagógicas para o atendimento ao estudante.

O aluno não pode ser avaliado sem que se leve em conta aspectos quantitativos e 

qualitativos   do   estudante:   como   ele   se   relaciona   com   o   conhecimento,   com   outros 

estudantes, com a equipe da escola, com o ambiente onde está inserido. 

O Conselho de Classe deve ser um momento de reflexão do trabalho que está 

sendo  realizado e  como  tomada de  decisão para  um novo  fazer  e  para  mudanças  de 

estrategias.

6.1.8  Compete a equipe pedagógica 

● Participar   da   elaboração,   avaliação,   realimentação   do   Projeto   Político 

Pedagógico, Regimento Escolar e Conselho de Classe.

● Acompanhamento  aos  professores  nas  permanências  e  na     aprendizagem dos 

alunos, bem como na adaptação no ambiente escolar. 

● Orientar   e   assessorar   o   professor   na   seleção   de   conteúdos,   elaboração   e 

atualização   de   recursos   didáticos   e   tecnológicos,   pesquisando   com   os 

professores,  novos   recursos,  numa  troca  de  experiências  propondo formas  de 

atuação que viabilizem o processo de ensino – aprendizagem.

● Identificar   as   necessidades   de   aprofundamento   teórico   dos   professores   e 

promover momentos de estudos coletivos e as reflexões decorrentes.

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● Detectar e acompanhar, junto ao Corpo Docente, casos de alunos que apresentem 

problemas específicos, tomando decisões que proporcionem encaminhamento e 

atendimento adequado pela escola, família e instituições.

● Envolver a comunidade escolar no processo ensino – aprendizagem, por meio da 

participação efetiva e conjunta dos pais.

● Acompanhar o processo e o registro das avaliações escolares. 

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