ESTATISTICAS DE ACIDENTES DA PARAÍBA

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INFOGENIUS – CAMPINA GRANDE/PB TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO Aluno: Guilherme da Silva Farias REVISTA PROTEÇÃO: CONSTRUÇÃO REGISTROU MAIOR ÍNDICE DE ACIDENTES NA PARAÍBA Data: 25/01/2011 / Fonte: Jornal O Norte Paraíba - Dos 25 acidentes de trabalho com causas graves analisados pela Delegacia Regional do Trabalho da Paraíba (DRT-PB) em 2010, 12 casos resultaram em vítimas fatais. O setor de Construção Civil foi a área com maior número de acidentes desta modalidade, respondendo por 48% dos casos, com seis mortes. Em segundo lugar, vem o comércio varejista de móveis e eletrodomésticos, com cinco ocorrências, sendo duas fatais. O chefe do Núcleo de Segurança e Saúde do Trabalhador da DRT, Clóvis Silveira Costa, afirma que a delegacia trabalha com um número muito reduzido de agentes, o que dificulta o acompanhamento dos casos. "São apenas 13 agentes para atuar em toda a Paraíba, só da área de segurança e saúde. Mesmo assim, conseguimos realizar 1.442 inspeções em diversos estabelecimentos pelo estado", ressaltou. Durante o ano, explica Clóvis Silveira, o Ministério do Trabalho realiza ações preventivas, para tentar corrigir os problemas antes que aconteca um acidente. "Nossos trabalhos foram focados nas áreas da Construção Civil, incluindo-se as marmoarias e a indústria do concreto, e também nas indústrias de transformação, nas áreas têxtil e de calçados, bebidas e alimentos. Estas são as áreas onde os trabalhadores exercem atividades onde existem maiores riscos", diz. CLICK PB ÍNDICE DE ACIDENTES DE TRABALHO É PREOCUPANTE NA PARAÍBA, DIZ MPT De acordo com estimativa do Ministério Público do Trabalho, o índice de acidentes de trabalho na Paraíba, é preocupante. A procuradora- chefe, Edlene Lins, informa que os casos vêm crescendo no estado e a falta de prevenção é o fator que mais contribui para os acidentes. Sendo o Brasil o campeão mundial no ranking de acidentes de trabalho, a Paraíba também ocupa lugar de destaque no quadro. “É uma realidade triste e absurda, mas constatamos que isso é crescente e atinge principalmente os trabalhadores da Construção Civil”, destaca. ‘Temos inclusive vários casos de acidentes fatais”, completa. A falta de medidas preventivas acelera os registros – o MPT não disponibilizou os números – e coloca a Paraíba em alerta. “Os

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INFOGENIUS – CAMPINA GRANDE/PB

TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

Aluno: Guilherme da Silva Farias

REVISTA PROTEÇÃO:CONSTRUÇÃO REGISTROU MAIOR ÍNDICE DE ACIDENTES NA PARAÍBAData: 25/01/2011 / Fonte: Jornal O Norte

Paraíba - Dos 25 acidentes de trabalho com causas graves analisados pela Delegacia Regional do Trabalho da Paraíba (DRT-PB) em 2010, 12 casos resultaram em vítimas fatais. O setor de Construção Civil foi a área com maior número de acidentes desta modalidade, respondendo por 48% dos casos, com seis mortes. Em segundo lugar, vem o comércio varejista de móveis e eletrodomésticos, com cinco ocorrências, sendo duas fatais.

O chefe do Núcleo de Segurança e Saúde do Trabalhador da DRT, Clóvis Silveira Costa, afirma que a delegacia trabalha com um número muito reduzido de agentes, o que dificulta o acompanhamento dos casos. "São apenas 13 agentes para atuar em toda a Paraíba, só da área de segurança e saúde. Mesmo assim, conseguimos realizar 1.442 inspeções em diversos estabelecimentos pelo estado", ressaltou.

Durante o ano, explica Clóvis Silveira, o Ministério do Trabalho realiza ações preventivas, para tentar corrigir os problemas antes que aconteca um acidente. "Nossos trabalhos foram focados nas áreas da Construção Civil, incluindo-se as marmoarias e a indústria do concreto, e também nas indústrias de transformação, nas áreas têxtil e de calçados, bebidas e alimentos. Estas são as áreas onde os trabalhadores exercem atividades onde existem maiores riscos", diz.

CLICK PBÍNDICE DE ACIDENTES DE TRABALHO É PREOCUPANTE NA PARAÍBA, DIZ MPT

De acordo com estimativa do Ministério Público do Trabalho, o índice de acidentes de trabalho na Paraíba, é preocupante. A procuradora-chefe, Edlene Lins, informa que os casos vêm crescendo no estado e a falta de prevenção é o fator que mais contribui para os acidentes. Sendo o Brasil o campeão mundial no ranking de acidentes de trabalho, a Paraíba também ocupa lugar de destaque no quadro. “É uma realidade triste e absurda, mas constatamos que isso é crescente e atinge principalmente os trabalhadores da Construção Civil”, destaca. ‘Temos inclusive vários casos de acidentes fatais”, completa.

A falta de medidas preventivas acelera os registros – o MPT não disponibilizou os números – e coloca a Paraíba em alerta. “Os trabalhadores precisam se conscientizar e denunciar as más-condições de trabalho ao MPT”, disse Edlene. A procuradora explica que é necessário o apoio dos empregados para que a fiscalização seja eficaz. O receio em denunciar a empresa, além de elevar a Paraíba no ranking de acidentes de trabalho, contribui ainda para que as empresas não ofereçam melhores condições aos seus empregados.

“A Justiça é muito receptiva e o trabalho realizado pela Cipa também é de fundamental importância para que os funcionários tenham seus direitos garantidos, sobretudo no tocante à Medicina do Trabalho”, conclui. O Brasil foi o primeiro país a ter um serviço obrigatório de segurança e medicina do trabalho em empresas com mais de 100 funcionários.

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A REGIONAL EM SAÚDE DO TRABALHADORQUINTA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2010

ESTATÍSTICAS SOBRE ACIDENTES DE TRABALHO NO BRASIL SÃO PREOCUPANTES

No Brasil, nos últimos anos o número de acidentes de trabalho vem crescendo. Enquanto em 2001 foram pouco mais de 340 mil acidentes de trabalho, em 2007 este número subiu para 653,090 mil ocorrências. Um aumento de 92% no número de acidentes de trabalho, dados do Data-Prev/INSS.

A realidade da Paraíba foi semelhante em 2003, quando foram notificados 1898 acidentes de trabalho, já em 2008 foram notificados 4.229 acidentes de trabalho, um acréscimo de 2.331 acidentes no período.

Em Campina Grande em 2005 foram notificados 428 acidentes de trabalho e em 2007 foram 1058 acidentes, quase que triplicou o número de acidentes. Vale ressaltar que estes dados referem-se apenas aos trabalhadores com carteira assinada, ou seja, os celetistas, os demais trabalhadores não constam nesta estatística. “Além disto sabemos que estes dados não refletem à realidade destes trabalhadores, há uma grande subnotificação”, afirma a coordenadora do Centro, Joaquina de Araújo Amorim.

TOTAL DE MORTES EM PACIENTES INTERNADOS POR ACIDENTE DE TRABALHO

1998 1999 2000

GASTOS COM INTERNAÇÕES POR ACIDENTES DE TRABALHO

1998 1999 2000