Estética

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ESTÉTICA: O PAPEL DA MÚSICA NA FILOSOFIA

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ESTÉTICA: O PAPEL DA MÚSICA NA FILOSOFIA

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O QUE É ESTÉTICA?

Trata-se de uma área da Filosofia que procura os

elementos do conhecimento que permitem

entender como funciona nosso julgamento de

gosto e nosso sentimento acerca da beleza, mas

numa perspectiva geral, universal, isto é, válida e

comum a todos.

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O QUE É ESTÉTICA?

Tem sua como base etimológica a palavra grega “aisthetiké”, que significa “perceptível pelos sentidos”.

O termo foi empregado pela primeira vez, como uma disciplina filosófica, pelo alemão Alexander Baumgarten, para designar um campo que investiga o conhecimento sobre a representação do sensível.

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ESTÉTICA COMO REFLEXÃO DA MÚSICA

•O que é a beleza na música?

•Quais os efeitos da música?

• Qual é a natureza do som?

• Será que a música é uma linguagem, e se for, de que tipo são suas mensagens e quem é a sua fonte?

• Será que algumas tradições musicais são superiores a outras?

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UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA

• Nossos antepassados utilizavam os sons do cotidiano antes de saber falar.

• Acredita-se que os primeiros vocábulos com significados surgiram por meio da imitação de sons da natureza.

• Os primeiros músicos: a figura do feiticeiro.

• Os sons passaram a ser uma forma potencializada do trabalho coletivo.

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UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA

O termo música (musiké) para os gregos conotava

um conceito duplo. No primeiro é incluída numa das

Partes do currículo educacional, tais como a escrita

Matemática, desenho e poesia. Na segunda, era

empregada da maneira que usamos hoje em dia, ou

Seja, no sentido da palavra

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UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA

• Acredita-se que o primeiro instrumento musical criado pelo homem foi de percussão.

• O uso da flauta teve seus primórdios na China.

• No Egito, a música instrumental destacava-se pelo papel político, religioso e mítico.

• Registros de liras, na Mesopotâmia, há 3000 a.C.

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UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA

• Idade Média – século VI – surge o canto gregoriano, ou cantochão (única melodia, repetida em uníssono por todas as vozes).

• Entre os nobres e o povo, em oposição à música monódica, esboça-se o princípio da polifonia. (melodias diferentes tocadas simultaneamente).

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UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA

• Nos séculos seguintes, a música da igreja passa a sofrer influência da música profana, realizando corais polifônicos, utilizando instrumentos como orgãos.

• Instrumentos de percussão continuaram banidos pela igreja por longo tempo, por lembrarem instrumentos pagãos.

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UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA

• As primeiras anotações musicais foram encontradas entre os gregos e os chineses – sem fixações ou universalização.

• As primeiras partituras musicais foram produzidas em mosteiros, na Idade Média.

• As partituras musicais só tomaram forma como a conhecemos no século XI d.C., através do monge católico Guido d’Arezzo (nascimento das notas musicais)

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UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA

• Renascimento (1500-1600) – os compositores

começam a escrever músicas apenas para

instrumentos, que até então, serviam somente

para acompanhar as vozes.

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UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA

• Barroco – (1600-1750) – ruptura do dominío que irá influenciar o período conhecido como Classicismo.

• Luthier – o mais célebre chamava-se Antônio Stradivari. Fabricou cerca de 1100 instrumentos.

• Principal representante: Bach

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UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA

Classicismo: Mozart e Haydn –

valorização da música instrumental

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UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA

• Romantismo: liberdade de criação, nacionalismo e sublimação dos sentimentos

• Giuseppe Verdi – vida nova às óperas (influenciou Carlos Gomes em seu Guarani.

• Nomes importantes: Beethoven,Tchaikovsky, Brahms , Liszt, Wagner e Chopin.

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UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA

• Século XX

• Debussy – influenciado pela pintura impressionista. Desenvolveu sua música de modo que possa transmitir imagens ao ouvinte.

• Igor Stravinsky – forma inusitada de explorar os instrumentos e a harmonia

• Heitor Villa-Lobos – uniu chorinho com Bach

• Arnold Shoemberg – sistema dodecafônico

• John Cage – ruídos, silêncios e sons aleatórios

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UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA

1950 – Stockhausen - eletrônica e sintetizadores,

criando uma música mecânica, sem intervenção de

músicos.

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PENSADORES DA MÚSICA

• Pitágoras

• Platão

• Aristóteles

• Rosseau

• Hume

• Schopenhauer

• Escola de Frankfurt

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PENSADORES DA MÚSICA

• Filósofos materialista-empiristas : a beleza não está propriamente nos objetos, mas depende do gosto individual, da maneira cmocada pessoa vê e valoriza o objeto

• Filósofos idealistas: a beleza é algo que existe em si.

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PITÁGORAS E A HARMONIA DOS NÚMEROS

• Diferentemente dos modernos com o termo número, ele não indicava um ente abstrato, puro conteúdo da mente, mas um elemento essencial da realidade.

• A harmonia musical rege a ordem dos números.

• Música cósmica: os astros produzem no seu movimento, uma música perfeita e divina, literalmente celestial.

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O BELO PLATÔNICO

O Belo só pode ser perceptível quando

atingimos a ideia de beleza, que trazemos

guardada na nossa alma.

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PLATÃO E A MÚSICA

• A música (junto com a ginástica) é o pilar da

educação.

• A música serve para abrandar a parte irascível da alma

e afastar os vícios.

• Atrai boas virtudes, ordem à alma.

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PLATÃO E A MÚSICA

Tipos de Harmonia:

• Dório – masculinidade, magnificência

•Frígio – entusiasmo, emoções

•Eólio – egocentrismo, exibição

•Lídio – relacionamento, preguiça, educação

• Hipolídio – intoxicação, bebedeira

•Mixolídio – paixão, pessoa retraída ou contida.

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ARISTÓTELES E A CATARSE

•Para Aristóteles, o Belo encontra-se no

mundo empírico, ao contrário de Platão.

•A tragédia como provocadora de catarse,

purificação dos sentimentos ruins

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HUME E O PADRÃO DE GOSTO

• Questionou a possibilidade da universalidade do gosto.

• Apenas uma concordância entre os cidadãos sobre as qualidades morais, baseadas na utilidade, no prazer, que proporcionam e garantem a validade das regras para o gosto.

• Algumas obras de arte são reconhecidas como belas apenas por uma questão de costume, de valor culturalmente atribuídos, mas não garantem a sua real beleza, e por isso, uma unanimidade estética.

• O sentimento que temos de uma obra é diferente do julgamento que proferimos dela.

• Não é uma qualidade das coisas, existe apenas no espírito que as contempla, e cada espírito percebe uma beleza diferente.

• Não há como padronizar gostos e essa tarefa é fadada ao insucesso.

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ROSSEAU E A MÚSICA DA NATUREZA

• O ingresso do homem na vida social concebem um processo de afastamento que o conduzirá à perda de sua identidade.

• A limitação da linguagem enfraquece o vínculo social e a unidade do ser social, além de comprometer o corpo político.

• A música é a voz da Natureza, um potente meio de comunicação despojado de artifícios.

• A música surge como condição essencial para restauração da plena comunicação. Ela não se restringe a proporcionar prazer. Tem o poder de nos afastar da perversão representativa.

• Quanto mais sofisticação ou riqueza de artificios técnicos, mais a música se afasta do princípio natural, perdendo seu valor estético.

• Defesa da melodia em detrimento da harmonia.

• Não é a linguagem que cria o pensamento, mas o pensamento que serve de princípio à linguagem.

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ROSSEAU E A MÚSICA DA NATUREZA

• Distinção entre linguagem convencional e linguagem natural.

• Linguagem de gestos: exprimem necessidades.

• Linguagem de voz: exprimem paixões e sentimentos.

• As linguagens articuladas derivam de uma música originaria e primitiva.

• A língua primitiva é musical, age em nós como sinal de nossas afeições, de nossos sentimentos.

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SCHOPENHAUER E A MÚSICA COMO SUPERAÇÃO DO SOFRIMENTO

• O prazer é apenas um momento rápido de ausência de dor, e não existe satisfação durável, pois o homem nunca se sente plenamente satisfeito.

• Contemplação artística: uma forma de suprimir temporariamente o estado de sofrimento na qual se encontra a vida.

• Diferente de outras artes que reproduzem a ideia de vontade, a música reproduz a própria vontade.

• Esquecendo de si mesmo através da música, o homem se liberta do sofrimento a serviço da vontade.

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INDÚSTRIA CULTURAL

• Arte e bens culturais submetidos aos interesses do capitalismo contemporâneo. Não passam de negócios, como qualquer outro produto do mercado.

• Não está preocupada com a educação estética: criação de condições para que a maioria das pessoas possa receber manifestações artísticas de maior qualidade.