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volume 8 número 3julho / agosto / setembro 2011
Publicação oficial da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética
Dental Press International
Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):1-136 ISSN 1807-2488
Revista Denta l Press de
Estética
Revista Denta l Press de
volume 8 - número 3julho / agosto / setembro 2011
Estética
Protocolo de fotografias odontológicas na comunicação entre CD e TPD em restaurações indiretasLuiz Rafael Calixto, Ivan Yoshio,
Jorge Eustáquio,
Matheus Coelho Bandéca,
Marcelo Ferrarezi de Andrade
38 Fotografia
Hipoplasia do esmalte: fundamentos para nomenclatura e identificação dos tipos e causasAlberto Consolaro, Leda A. Francischone,
Renata Bianco Consolaro
126 Biologia da Estética
Sumário
5 Editorial
26 Excelência em Laboratório
Provisórios anteriores maquiados e estratificadosRubem Ângelo Righesso Neto,
Ricardo Righesso,
Leonardo Augusto Rachele Righesso
24 Gestão em Odontologia
Transição profissional...de um consultório para uma clínicaCelso Orth
Ivo Pitanguy
12 Entrevista
Em restaurações diretas de resina composta, classes I e II, prefere utilizar sistema adesivo autocondicionante ou convencional (de duas ou três etapas clínicas)? André Mallmann, Patrícia N. R. Pereira
18 Ponto de Vista
Avaliação clínica da nova técnica de clareamento no consultório sem remocão do gel clareadorClinical evaluation of a new technique for in-office whitening whithout removing the gel
Fabiano Carlos Marson,
Ewertow Nocchi Conceição,
André Luiz Fraga Briso
Procedimentos conservadores para restabelecimento da estética anteriorConservative procedures to reestablishment of the anterior aesthetic
Matheus Coelho Bandéca,
Mateus Rodrigues Tonetto,
Shelon Cristina Souza Pinto,
Luiz Rafael Calixto, José Roberto Cury Saad
108 116
48
Resina composta com baixa contração de polimerização: relato de caso clínicoLow-shrinkage resin composite: clinical case report
Vânia Lúcia Brito Sena Costa,
Carolina Baptista Miranda,
Safira Marques de Andrade e Silva
Restaurações estéticas em cerâmica — em busca do natural Esthetic restorations in ceramics — the search for natural
Chrys Morett Carvalho de Freitas,
Wilker Morett Carvalho de Freitas,
Rivanda Martins Costa de Freitas
56
66
Permeabilidade dos sistemas adesivos simplificados e incompatibilidade com cimentos resinososSimplified adhesive systems permeability and incompatibility with resin cements
Paula Midori Naka Ido,
Flavia Lucisano Botelho do Amaral,
Vanessa Gallego Arias Pecorari,
Roberta Tarkany Basting,
Fabiana Mantovani Gomes França
Restabelecimento estético e funcional de incisivo central superior traumatizado por meio de clareamento dentário e cimentação de pino intracanal. Controle de 2 anosEsthetic and functional reestablishment of traumatized upper incisive using dental bleaching and glass-fiber post. Two years control
Marcela Pagani Calabria,
Juan Rommel Medina-Valdivia,
Maria Teresa Atta, José Carlos Pereira,
Rafael Francisco Lia Mondelli
74
90
Coroas de cerâmica pura com infra-estrutura à base de zircônia em dentes anteriores: relato de caso clínicoAll ceramic crowns with zirconia substructure on anterior teeth: clinical case report
Rodrigo Prada Sant`Anna Guimarães,
Cláudia de Souza Rocha,
Rodrigo Sant`Anna Aguiar dos Reis,
Rodrigo Carvas Farias de Castro
Seleção de cor e estratificação natural para reabilitação estética de dente anterior Color selection and natural layering for aesthetic reproduction of anterior teeth
Flavia Pardo Salata Nahsan,
Wagner Baseggio, Vera Lucia Schmitt,
Carolina Schmitt Walker,
Rafael Francisco Lia Mondelli,
Eduardo Batista Franco
100
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Revista Dental Press de Estética / Dental Press International. -- v. 1, n. 1 (out./nov./dez.)(2004) – . -- Maringá : Dental Press International, 2004-
Trimestral. ISSN 1807-2488. 1. Estética (Odontologia) – Periódicos I. Dental Press International. II. Título.
CDD. 617.643005
DIRETORA: Teresa Rodrigues D’Aurea Furquim - DIRETOR EDITORIAL: Bruno D’Aurea Furquim - DIRETOR DE MARKETING: Fernando Marson - ANALISTA DA INFORMAÇÃO: Carlos Alexandre Venancio - PRODUTOR EDITORIAL: Júnior Bianco - PRODUÇÃO GRÁFICA E ELETRÔNICA (SBOE): Elizabeth Salgado - DIAGRAMAÇÃO: Gildásio Oliveira Reis Júnior - Tatiane Comochena - TRATAMENTO DE IMAGENS: Andrés Sebastián Pereira de Jesus - SUBMISSÃO DE ARTIGOS: Roberta Baltazar de Oliveira - REVISÃO/COPYDESK: Ronis Furquim Siqueira - JORNALISMO: Beatriz Lemes Ribeiro - BANCO DE DADOS: Cleber Augusto Rafael - WEBMASTER: Fernando Truculo Evangelista - CURSOS E EVENTOS: Ana Claudia da Silva - Rachel Furquim Scattolin - COMERCIAL: Roseneide Martins Garcia - BIBLIOTECA/NORMALIZAÇÃO: Simone Lima Lopes Rafael - EXPEDIÇÃO: Diego Moraes - FINANCEIRO: Roseli Martins - SECRETARIA: Rosane A. Albino. A Revista Dental Press de Estética (ISSN 1807-2488) é uma publicação trimestral (quatro edições por ano) da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. - Av. Euclides da Cunha, 1718 - Zona 5 - CEP 87.015-180 - Maringá/PR - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes. Assinaturas: www.dentalcompras.com.br ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.
EDITOR EXECUTIVOEwerton Nocchi Conceição - UFRGS - RS
EDITORA CIENTÍFICARenata Corrêa Pascotto - UEM - PR
PUBLISHERLaurindo Zanco Furquim - UEM - PR
CONSULTORES CIENTÍFICOSAdair Luiz Stefanello Busato - ULBRA - RSAlbert Heller - Clínica particular - Montevideo - UruguaiAlberto Consolaro - FOB-USP - SPAlberto Magno Gonçalves - UFGO - GOAndréa Brito Conceição - UFRGS - RSAntônio Salazar Fonseca - APCD - SPAnuar Antônio Xible - Clínica particular - Vitória - ESAugust Bruguera - Laboratório Disseny Dental Bcn - Barcelona - EspanhaCarlos Alexandre L. Peersen da Câmara - Clínica particular - Natal - RNCarlos Eduardo Francci - USP - SPCarlos Eduardo Francischone - FOB-USP - SPCesar Augusto Arita - AORP - SPClaudia Cia Worschech - Clínica particular - Americana - SPClaudio Pinho - Clínica particular - Brasília - DFDaniel Edelhoff - Universidade de Munique - AlemanhaDavid A. Garber - Medical College of Georgia School of Dentistry - GeorgiaDickson Martins da Fonseca - Clínica particular - Natal - RNDidier Dietschi - Universidade de Geneva - SuíçaDulce Simões - UFAL - ALEduardo Batista Franco - USP - SP Eduardo Galia Reston - ULBRA - RSEduardo Passos Rocha - FOA/UNESP - SPEuripedes Vedovato - APCD - SPFabiano Marson - Faculdade Ingá - PRFernando Borba de Araújo - UFRGS - RSFernando Cauduro - PUC - RSGerald Ubassy - International Dental Training Center - FrançaGlauco Fioranelli Vieira - USP - SPGuilherme Senna - PUC/MG - MGIsabel Tumenas - APCD - SPJairo Pires de Oliveira - Clínica particular - Ribeirão Preto - SPJoão Carlos Gomes - UEPG - PRJoão Pimenta - Clínica particular - Barcelos - PortugalJosé Arbex Filho - Clínica particular - Belo Horizonte - MGJosé Carlos Garófalo - Clínica particular - São Paulo - SP
José Roberto Moura Jr. - Clínica particular - Taubaté - SPKatia Regina Hostilio Cervantes Dias - UERJ / UFRJ - RJLeonardo Muniz - EBMSP - BALuiz Antônio Gaieski Pires - Clínica particular - Porto Alegre - RSLuiz Fernando Pegoraro - FOB-USP - SPLuiz Narciso Baratieri - UFSC - SCMarcelo Balsamo - APCD - SPMarcelo Fonseca Pereira - Clínica particular - Rio de Janeiro - RJMárcio Grama Hoeppner - UEL - PRMarco Antonio Bottino - FOSJC/UNESP - SPMaria Fidela de Lima Navarro - USP - SPMário Fernando de Góes - FOP/UNICAMP - SPMario Honorato da Silva e Souza Júnior - UFPA - PAMarkus Lenhard - Clínica particular - SuíçaMilko Vilarroel Cortez - Universidade de Valparaíso - ChileNeimar Sartori - UFSC - SCOliver Brix - Clínica particular - Kelkheim - AlemanhaOsmir Batista de Oliveira Júnior - UNESP - SPOswaldo Scopin de Andrade - CES/SENAC - SPPablo Abate - Universidade de Buenos Aires - ArgentinaPatrícia Nobrega Rodrigues Pereira - Univ. of North Carolina at Chapel Hill Paulo Kano - APCD - SPRaquel Sano Suga Terada - UEM - PRRicardo Mitrani - Clínica particular - MéxicoRodolfo Candia Alba Júnior - Clínica particular - São Paulo - SPRonaldo Hirata - UFPR - PR Sérgio Moraes de Souza - Clínica particular - Belém - PASérgio Roberto Vieira - PUC - PRShigeo Kataoka - Osaka Ceramic Training Center - Osaka - JapãoSidney Kina - Clínica particular - Maringá - PRSillas Luiz Lordelo Duarte Júnior - FOAr/UNESP - SPSylvio Monteiro Junior - UFSC - SCVictor Hugo do Carmo - Hot Spot Design - Cugy – SuíçaWaldemar Daudt Polido - Clínica particular - Porto Alegre - RSWalter Gomes Miranda Jr. - USP - SPWanderley de Almeida Cesar Jr. - Clínica particular - Maringá - PR
CONSULTORES EM PRÓTESE DENTÁRIAJosé Carlos Romanini - Laboratório Romanini - Londrina - PRLuiz Alves Ferreira - APDESP - São Paulo - SPMarcos Celestrino - Laboratório Aliança - São Paulo - SPMurilo Calgaro - Studio Dental - Curitiba - PRRolf Ankli - Dental Atelier - Belo Horizonte - MG
CONSULTORES DE FOTOGRAFIADudu Medeiros - Fotógrafo - SP
Indexada nas Bases de Dados:
desde 2005BBO
desde 2005
5Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):5
Editorial
Vivemos um momento de intensa valorização da tecnologia, nos mais diferentes campos
profissionais, que também tem reflexo sobre as relações humanas. Atualmente, estamos co-
nectados com quase tudo e todos ao alcance de um toque no celular, no iPad, no notebook
ou nas redes sociais e outras ferramentas digitais. Apesar de todo esse mágico momento —
de altíssima velocidade e oportunidade de romper barreiras de tempo e distância na comuni-
cação com as pessoas e no acesso ao conhecimento —, sempre vale a parada para refletir e
lembrar o quão importante são as pessoas e o “velho” contato olho no olho. É essa troca de
energia e essa sinergia que realmente impulsionam a criação de novas ideias e projetos, que
geram o comprometimento em fazer acontecer os sonhos de cada um, além de propiciarem a
evolução da qualidade na execução de produtos e serviços para todos. Somente entendendo
a força dessa aproximação das pessoas em torno de um mesmo objetivo, é que podemos
compreender e, principalmente, “sentir” a presença da energia e qualificação de muitas pes-
soas, durante os mais diferentes momentos do cotidiano, quer seja no trabalho ou no lazer.
Vejam, por exemplo, se não é uma experiência interessante observar um ator em cena
e perceber a colaboração “invisível” de tantas pessoas na construção e posicionamento do
cenário, da iluminação, do som, do figurino etc.; ou, quando acionamos um aplicativo no
celular, lembrarmos do programador e da equipe de design e marketing que estão por trás do
produto. Isso só para citar dois pequenos exemplos do dia a dia, pois, provavelmente, nem
“sentiremos” a presença dessas pessoas se deixarmos a automação atingir, também, a nossa
capacidade de se sensibilizar com detalhes aparentemente, e enganosamente, simples.
Na Odontologia isso não é diferente. Quando assistimos a um belo curso, lemos um
ótimo livro ou artigo (aliás, no Brasil isso é bastante comum, pela alta qualidade dos profis-
sionais), também podemos sentir a força e a participação do paciente que colaborou, do
ceramista que atuou, do aluno ou colega que auxiliou, da equipe editorial e, logicamente, do
próprio professor — que sonhou, idealizou e executou aquele trabalho ou curso.
Em função de, na última semana, ter vivido duas experiências maravilhosas de convívio
e atuação — “olho no olho” — em conjunto com outras pessoas, provavelmente eu esteja
ainda mais deslumbrado com o valor das pessoas. Uma delas foi realizar um curso prático,
em minha clínica, com colegas de vários estados e conseguir, com a força e colaboração de
uma equipe de apoio e ceramista, trabalhar doze horas por dia, durante três dias, e transfor-
mar o sorriso de pacientes por meio de restaurações cerâmicas e de compósito, percebendo
a alegria estampada nos olhos de todos. Como é bom trabalhar sem sentir o tempo passar,
simplesmente movido pela paixão de fazer o nosso melhor. A segunda experiência foi visi-
tar a editora Dental Press, para preparar novidades para a Revista de Estética — a partir
do ano que vem — e decidir o formato de um novo livro, que pretendemos que seja algo
diferente e inovador na área editorial na Odontologia. Nessa visita também pude conhecer
a construção da nova sede da editora que, certamente, será um espaço de destaque na
área do conhecimento, a partir de 2012; e, em especial, pude sentir a energia e a força que
movimentam essa equipe. Assim os sonhos são mais facilmente realizados. Que VIVAM AS
PESSOAS porque elas são, realmente, o MELHOR INVESTIMENTO!
Por falar em pessoas especiais, temos a entrevista com o Dr. Ivo Pitanguy — que repre-
senta muito bem o que é ser uma pessoa especial —, além das excelentes seções e ótimos
artigos que compõem essa edição. Boa leitura.
Ewerton Nocchi
As pessoas: o melhor investimento
Ewerton Nocchi Conceição* Renata Corrêa Pascotto**
* Professor de Dentística da FO/UFRGS. Mestre e Doutor em Ma-
teriais Dentários pela FOP/UNICAMP. Especialista em Dentística
Restauradora pela FO/UFSC. Coordenador do Curso de Espe-
cialização em Dentística da FO/UFRGS. Membro Credenciado
da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética. Clínica particu-
lar com ênfase em Odontologia Estética em Porto Alegre/RS.
E-mail: [email protected].
** Professora Associada do Curso de Odontologia da Universida-
de Estadual de Maringá (UEM). Mestre e Doutora em Dentística
pela Faculdade de Odontologia de Bauru - USP. Coordenadora
Adjunta do Programa de Pós-graduação em Odontologia Inte-
grada (mestrado) da UEM.
E-mail: [email protected].
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do esmalte.
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Entrevista
12 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):12-5
Ivo Pitanguy
Personalidade, Doutor e Professor, Ivo Pitanguy é o maior ícone da Cirurgia Plástica mundial,
tendo em seu currículo mais de 60.000 cirurgias realizadas e mais de 600 alunos pelo mundo
inteiro. Ele fará a abertura do 7th World Congress–IFED / 17º Congresso Internacional–SBOE,
que será o maior evento de Odontologia Estética já realizado em nosso país, e que terá como
palco a “Cidade Maravilhosa”, o Rio de Janeiro.
Atualmente, é Professor Titular do Departamento de Cirurgia Plástica da Pontifícia Universi-
dade Católica do Rio de Janeiro e do Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas. O Dr.
Pitanguy formou-se, da década de 40, em Medicina pela Faculdade de Medicina do Brasil, atual
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi contemplado com uma bolsa de estudos do Institute
of International Education e atuou como cirurgião-residente no Bethesda Hospital (1948-1949);
além de ter sido chefe do Serviço de Cirurgia da Santa Casa, o primeiro de cirurgia de mão em
toda a América do Sul (1949). Como bolsista do British Council, atuou na Inglaterra junto de
mestres da Cirurgia Plástica. Foi chefe do Serviço de Queimaduras e de Cirurgia Reparadora do
Hospital Souza Aguiar (1952–1955) e, em 1954, passou a chefiar o Serviço de Cirurgia Plástica
e Reparadora da Santa Casa. Por defender o acesso da população menos favorecida aos bene-
fícios da Cirurgia Plástica, foi agraciado pelo Papa João Paulo II com o Prêmio Cultura pela Paz.
A Unesco, através do Instituto Internacional de Promoção e Prestígio, lhe concedeu também o
Prêmio pela Divulgação Internacional da Pesquisa Médica. É autor de cerca de 800 trabalhos
científicos em revistas brasileiras e internacionais, e publicou uma série de livros. A obra Plastic
Surgery of the Head and Body foi premiada na Feira do Livro de Frankfurt.
13Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):12-5
Pitanguy I
15Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):12-5
Pitanguy I
Então, talvez uma das coisas mais importantes, nesse
sentido de progresso da cirurgia, não é a instrumentali-
zação ou as técnicas... Toda a simulação é indiscutível,
mas fazer com que a Cirurgia Plástica seja compreendida
em todos os níveis e acessível a todas as classes sociais,
isso, sim, é a maior evolução. Temos que mostrar que o
bem-estar não é medido pelo tamanho da deformidade.
A cirurgia, tanto a estética quanto a reparadora, represen-
ta para o indivíduo uma necessidade: quando existe uma
deformidade, ela se torna fundamental.
Quais são os procedimentos que o Sr. mais realiza, hoje, aqui em sua clínica?
Nossa clínica é como a Cirurgia Plástica, deve ter gran-
de amplitude, tanto na parte estética quanto na reparadora.
Dependendo da idade do paciente, o procedimento mais
frequente é a cirurgia rejuvenescedora da face; depois, a
rejuvenescedora do terço médio do rosto. São setores.
Depois, têm as deformidades que são um pouco congê-
nitas: uma orelha ou nariz muito grande, ou pessoas que
nascem com a mama um pouco pesada e, até mesmo, o
aumento de mamas. É preciso levar em conta que essas
mulheres estão procurando, em sua feminilidade, a sua
afirmação. A mulher que nasce quase sem mama quer ter,
naquele momento, sua feminilidade reconquistada.
Do alto de suas experiências, de tantos prêmios, de tantas homenagens, existe ainda alguma coisa em sua carreira que o Sr. gostaria de realizar?
Acho que existe o dia a dia de continuar a entusias-
mar aqueles que gostam da especialidade. A difundir aos
outros seu conhecimento, e aprender com eles. Eu acho
que o verdadeiro mestre se define pela seguinte frase:
“Mestre não é quem ensina, é quem aprende”. Então,
estou sempre aprendendo.
Em viagens que fiz para o exterior, principalmente pela Europa, nos tempos em que o Brasil era co-nhecido somente pelo futebol e pelo samba, tive a
oportunidade de conhecer pessoas que pergunta-vam sobre um famoso cirurgião plástico brasileiro, e que sabiam o seu nome. Confesso que isso me dei-xava bastante orgulhoso. Sendo uma personalidade internacional, existiria alguma personalidade que o Sr. gostaria de operar? Quem seria essa pessoa?
Acho que as grandes personalidades que conheci, eu
gostaria de livrá-las do bisturi, porque eu mesmo tenho
muito medo dele (risadas...).
Para finalizar, gostaria de dizer que sou natural de Angra do Reis/RJ — onde o senhor tem uma belís-sima ilha —, e que nós, angrenses, nos orgulharmos de tê-lo como grande divulgador mundial de nossa cidade. Eu sei que alguns de seus hobbies são mer-gulhar, criar animais silvestres, dentre outros. O que o senhor faz, no seu dia a dia, para relaxar?
O que faço é muito parecido com o que fazia antes...
apenas em proporções diferentes. O entusiasmo existe,
mas a força não é a mesma. No karatê, não faço mais
grandes movimentos, são movimentos mais suaves; na
natação, não tem grandes braçadas, mas braçadas me-
nores; no mergulho, não vou mais a 10, 15 ou 20 metros,
mas vou a 5 e 6 metros — mas continuo tendo o prazer
da natureza do mar, e Angra dos Reis é um dos locais
mais bonitos do mundo. Quando eu fui para Angra, a
cidade praticamente não era conhecida, não havia es-
tradas... o acesso era complicado. De modo que todo
esse contato com Angra foi um contato muito virgem e
que, para mim, continua dentro da beleza e da natureza,
a qual espero que continuemos a guardar e preservar.
Marcelo Fonseca- Presidente da Sociedade Brasileira de
Odontologia Estética (SBOE).
Entrevistador
16 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):12-5
Entrevista
Carlos Eduardo Francci
Dudu Medeiros
Edson Araújo
Ewerton Nocchi
Marcelo Augusto Moreira
Marcelo Kyrillos
Marco Antonio Bottino
Mario Fernando de Goes
Paulo Kano
Renata Pascotto
Ricardo Mitrani
Ronaldo Hirata
Sidney Kina
O Programa Excelência na Estética é
composto de seis módulos, a cada dois
meses, de quarta a sexta-feira, no Hotel
Bristol em Maringá, Paraná.
O objetivo principal é permitir aos partici-
pantes explorar temas de relevância, com
conteúdos teóricos seguidos de exercícios
práticos em laboratório.
Informações: Dental Press
Telefone: (44) 3031-9818
Início 29 de fevereiro de 2012
Excelência na Estética
1818 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):18-21
Ponto de Vista
André MAllMAnn, Patrícia n. R. PEREIRA
Em restaurações diretas de resina composta, classes I e II,
prefere utilizar sistema adesivo autocondicionante
ou convencional (de duas ou três etapas clínicas)?
20 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):18-21
Ponto de Vista
André Mallmann» Doutorado em Materiais Dentários na FOUSP. » Professor Adjunto do Departamento de Odon-
tologia Restauradora da UFSM. » Coordenador do Curso de Estética
Odontológica da ABORS - Centro.» E-mail: [email protected]
A nossa recomendação na escolha dos sistemas
adesivos é baseada observando-se a relação de CLAS-
SIFICAÇÃO - MARCA COMERCIAL, e não apenas a
sua classificação teórica. Dessa forma, é importante
um acompanhamento atualizado (literatura científica)
Sistemas Adesivos com Condi-cionamento Ácido Total: utiliza-se
ácido fosfórico (30% a 40%)
Três frascos (ácido + primer + bond): Adper Scotchbond Multi Uso (3M-Espe),
Optibond FL (Kerr), All Bond 2* (Bisco), Fusion Duralink (Angelus)
Dois frascos (ácido + primer/bond): Adper Single Bond 2 (3M-Espe), Excite F e Tetric N Bond (Ivoclar-Vivadent); Optibond Solo Plus (Kerr Dental), Âmbar (FGM); One Coat Bond SL (Coltene), Prime & Bond 2.1, Prime & Bond XT e XP Bond (Dentsply), One Step Plus (Bisco), Stae (SDI), Acqua Bond e Natural Bond DE (Nova DFL)
Sistemas Adesivos Autocondi-cionantes: não requerem ácido
fosfórico prévio
Dois frascos (primer + bond com usos separados): Clearfil SE Bond (Kuraray Co.), Adper SE Plus (3M-Espe), All Bond SE (Bisco), AdheSe (Ivoclar-Vivadent), Frog (SDI)
Frasco único (primer/bond) ou dois frascos com aplicação conjunta: Adper Easy One (3M--Espe), One Coat 7 (Coltene), Go (SDI), One-Up Bond F Plus (Tokuyama)
dos resultados verificados com cada marca de sistema
adesivo que é lançado no mercado.
Abaixo, citamos algumas marcas comerciais de sis-
temas adesivos disponíveis no Brasil, dentro da classi-
ficação que utilizamos no texto.
1. Cardoso MV, Almeida AN, Mine A, Coutinho E, Van Landuyt K, Munck J et al. Current aspects on bonding effectiveness and stability in adhesive dentistry. Aust Dent J. 2011 June;56 Suppl 1:31-44.
2. Rosa PAR, Censi MS, Donassollo TA, Loguércio AD, Demarco FF. A clinical evaluation of posterior composite restorations: 17-year findings. J Dent. 2006 Aug;34(7):427-35.
3. Heintze SD, Ruffieux C, Rousson V. Clinical performance of cervical restorations: a meta-analysis. Dent Mater. 2010;26(10):993-1000.
4. Loguercio AD, Mânica D, Ferneda F, Zander-Grande C, Amaral R, Stanislawczuk R, et al. A randomized clinical evaluation of a one- and two-step self-etch adhesive over 24 months. Oper Dent. 2010;35(3):265-72.
5. Perdigão J, Dutra-Corrêa M, Anauate-Netto C, Castilhos N, Carmo AR, Lewgoy HR, et al. Two-year clinical evaluation of self-etching adhesives in posterior restorations. J Adhes Dent. 2009 Apr;11(2):149-59.
6. Peumans M, Munck J, van Landuyt KL, Poitevin A, Lambrechts P, van Meerbeek B. A 13-year clinical evaluation of two three-step etch-and-rinse adhesives in non-carious class-V lesions. Clin Oral Investig. 2010;8. [Epub ahead of print].
7. Peumans M, Kanumilli P, De Munck J, Van Landuyt K, Lambrechts P, Van Meerbeek B. Clinical effectiveness of contemporary adhesives: a systematic review of current clinical trials. Dent Mater. 2005 Sept;21(9):864-81.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
8. Peumans M, Kanumilli P, Munck J, Van Landuyt K, Lambrechts P, Van Meerbeek B. Clinical effectiveness of contemporary adhesives: a systematic review of current clinical trials. Dent Mater. 2005 Sept;21(9):864-81.
9. Souza MHS Jr, Carneiro KG, Lobato MF, Souza OSA, Góes MF. Adhesive systems: important aspects related to their composition and clinical use. J Appl Oral Sci. 2010 June;18(3):207-14.
10. van Dijken JWV. A prospective 8-year evaluation of a mild two-step self-etching adhesive and a heavily filled two-step etch-and-rinse system in non-carious cervical lesions. Dent Mater. 2010;26(9):940-6.
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S
Gestão em Odontologia
24 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):24-5
Num determinado momento da vida profissional,
começamos a nos dar conta de que o crescimento é
possível e, talvez, inevitável. Um sonho, um desejo ou
a necessidade nos fazem pensar seriamente sobre a
possibilidade de trazermos,
para junto de nós, profissio-
nais de outras especialida-
des e, assim, constituirmos
uma clínica interdisciplinar.
Primeiro vem um, de-
pois outro e começamos
a acreditar que é possível
fazer mais. Consequente-
mente, o lugar começa a
ficar pequeno e o nosso so-
nho, maior. Já começamos
a pensar num outro lugar
ou num aumento do nosso
espaço. Essa agitação causada pelas mudanças que
começam a ser processadas é digerida com euforia,
afinal estamos crescendo.
Vamos, então, selecionar os profissionais que irão
trabalhar conosco. Incertezas e dúvidas começam a
pairar sobre nossas cabeças. Será que vamos contra-
tar alguém muito experiente, mais ou menos ou, então,
alguém recém-formado. Talvez os dois primeiros sejam
mais difíceis de compor com a filosofia da clínica, com
a cultura que temos implan-
tada na forma de operacio-
nalizar e atender o cliente.
Já o terceiro será mais fácil
para se adequar, mas mais
difícil na forma de se relacio-
nar com nossos pacientes.
O percurso da cami-
nhada para chegarmos até
aqui nos atesta o presen-
te. Para o jovem, que não
possui esse atestado de
experiência, é mais difícil
conseguir a confiança do
cliente. Temos que, com a nossa presença em uma
parte do atendimento, participar ativamente da sua
apresentação e do encaminhamento do paciente
para esse novo profissional.
Enfim, é uma decisão que precisa de bom senso e
Transição profissional...de um consultório para uma clínicaCelso ORTH
Gestão em Odontologia
Excelência em Laboratório
26 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):26-37
* Mestrando em Dentística Restauradora na São Leopoldo Mandic – Campinas / SP. Graduando do Curso Técnico de Prótese Dentária - Escola Bernardino.
** Especialista em Periodontia pela UFRGS.
*** Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial na UFSC. Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial - UFSC. Mestrando em Cirurgia
e Traumatologia Bucomaxilofacial - PUC-RS.
27Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):26-37
Rubem Ângelo RIgHEssO nETO*, Ricardo RIgHEssO**, leonardo Augusto Rachele RIgHEssO***
Provisórios anteriores maquiados e estratificados
Resumo
Para corresponder tecnicamente ao crescente apelo estéti-
co de nossos pacientes, obtendo resultados consistentes, é
fundamental que sejamos previsíveis. A maneira de atingirmos
essa previsibilidade passa pela padronização dos procedi-
mentos. Através do enceramento diagnóstico e subsequente
preparação de provisórios, conseguimos testar nossa propos-
ta de tratamento e perceber seus acertos e falhas, permitindo
a participação ativa de nosso paciente. Com essas informa-
ções, a posterior aplicação cerâmica fica grandemente simpli-
ficada, bastando ao técnico reproduzir o que já foi acordado
entre o cirurgião-dentista e o paciente.
Abstract
To technically meet the growing aesthetic appeal of our
patients, and to obtain consistent results, it is essential
for us to be predictable. The way to achieve this predict-
ability is the standardization of procedures. Through the
diagnostic waxing and subsequent preparation of tem-
poraries, we test the proposed treatment and realize its
successes and failures, allowing the active participation
of our patient. With this information, the subsequent
application of the ceramic is greatly simplified, and the
technician simply reproduces what has already been
agreed between dentist and patient.
Keywords: Aesthetic dentistry. Crowns. Acrylic resins. Dental laboratories.
Palavras-chave: Estética dentária. Coroas. Resinas acrílicas. Laboratórios odontológicos.
37Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):26-37
Righesso Neto RA, Righesso R, Righesso LAR
Figura 40 - Harmonização do sorriso na composição facial.
1. Righesso Neto RA, Righesso LAR, Righesso R. Técnica de enceramento incremental: anteriores superiores. Rev Dental Press Estét. 2011 abr-jun;8(2):26-41.
REFERêNCIAS
Rubem A. Righesso NetoE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
Enviado em: 06/06/2011Revisado e aceito: 01/07/2011
Fotografia
38 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):38-46
39Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):38-46
luiz Rafael CAlIXTO, Ivan YOsHIO, Jorge EusTáquIO, Matheus Coelho BAnDÉCA, Marcelo Ferrarezi de AnDRADE
Protocolo de fotografias odontológicas na comunicação entre CD e TPD em restaurações indiretas
Protocol of dental photograph for communication between dentist and dental laboratory technician in indirect restorations
Resumo
O planejamento estético em dentes anteriores está intima-
mente ligado a uma cuidadosa análise das desarmonias
do sorriso do paciente. Dentro desse conceito, a fotografia
odontológica, feita através de um protocolo padronizado,
parece ser um auxílio-diagnóstico para uma correta verifica-
ção desses problemas. Através dessa ferramenta, é possível
realizar tratamentos personalizados, obtendo, assim, uma
estética natural e harmoniosa.
Abstract
The aesthetic planning in anterior teeth is closely related
to a careful analysis of the disharmonies of the patient’s
smile. Within this concept, dental photography, made us-
ing a standardized protocol, seems to help in the correct
diagnosis of these problems. Through this tool, you can
conduct personalized treatments, thus getting a natural
and harmonious aesthetic.
Keywords: Photography. Esthetic planning.Palavras-chave: Fotografia. Planejamento estético.
Protocolo de fotografias odontológicas na comunicação entre CD e TPD em restaurações indiretas
46 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):38-46
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REFERêNCIAS
Luiz Rafael Calixto•EspecialistaeMestreemDentísticapelaUNESP-Araraquara/SP.•DoutorandoemCiênciasOdontológicasnaUNESP-Araraquara/SP.•ProfessordoCursodeEspecializaçãoeAperfeiçoamentoem
Dentística da AORP, Ribeirão Preto/SP.•E-mail:[email protected]
Ivan Yoshio•ProfessordaEspecializaçãodaFORP-USP(FUNORP).•ProfessordeFotografiadoCETAO,cursosdeEspecialização,
Mestrado e Doutorado.•Pós-graduadoemDentísticaRestauradorapelaACDC(APCD-
Campinas).•E-mail:[email protected]
Jorge Eustáquio•MestrandoemDentísticaRestauradora–SãoLeopoldoMandic/SP.•E-mail:jorgeeustá[email protected]
Matheus Coelho Bandéca•ProfessordaGraduaçãoemOdontologiapeloCentroUniversitário
do Maranhão – UNICEUMA.
•E-mail:[email protected]
Marcelo Ferrarezi de Andrade•ProfessorAdjuntodoDepartamentodeOdontologiaRestauradora,
Faculdade de Odontologia de Araraquara – FOAr – UNESP.•E-mail:[email protected]
aplicadas no trabalho definitivo. Com isso, a fotografia
desses provisórios torna-se uma opção rápida e efeti-
va para transmitir essas mudanças.
Para se obter naturalidade nas restaurações indire-
tas, é necessário também um conhecimento apurado
dos princípios estéticos dentogengivais, tais como pro-
porção altura-largura dos dentes, dominância dos inci-
sivos centrais, posicionamento correto dos pontos de
contato, presença de papilas gengivais e abertura de
ameias incisais13,14,15, sendo, assim, essenciais as toma-
das fotográficas aproximadas dos dentes anteriores.
CONCLUSÃO
A fotografia digital é uma ferramenta imprescindível
dentro do planejamento estético anterior para restaura-
ções indiretas, não só como auxílio no diagnóstico dos
problemas estéticos, mas também no planejamento
e execução do trabalho clínico, no intuito de devolver,
com naturalidade e eficiência, o sorriso ao paciente.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao técnico em prótese dentária José
Carlos Romanini, pela colaboração no artigo.
Enviado em: 20/06/2011Revisado e aceito: 07/07/2011
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�• Sócios da APCD e ABO tem inscrições gratuitas até 31/07. Após esta data, valor da inscrição será de R$100,00.
�• O valor do 1º Ciclo de Conferências Integradas Clínico-laboratorial será de R$180,00 válido para os três dias do Congresso.
I CICLO DE CONFERÊNCIAS INTEGRADAS CLÍNICA/LABORATÓRIO
Casos clínicos e fases laboratoriais do mesmo tratamento numa proposta inusitada.
Dr. Luiz Narciso Baratieri (CD)
Dr. Milton Edson Miranda (CD) e Cristiano Soares (TPD)
Dr. Sidney Kina (CD) e August Bruguera (TPD)
Dr. Francis Lima (CD)
Dr. Mário Seto (CD) e Ivan Ronald Huanca (CD/TPD)
Dr. Braulio Paolucci (CD) e Philip Hallawell (Artista Plástico)
Dr. Gustavo Petrilli (CD) e Daniel Morita (TPD)
Dr. Daniel Telles (CD) e Luis Fernando Buratto (TPD e Eng.)
Dr. Victor Clavijo (CD) e Rodrigo Monsano (TPD)
Dr. Marc Lindner (CD) e Gustavo Ferreira (TPD)
Dr. Roberto Yoshida (CD) e José Carlos Romanini (TPD)
Dr. Mario Groismam (CD) e Rodrigo Monsano (TPD)
Cirurgião dentista, convide o seu técnico de prótese para estas apresentações especiais.Para nós você tem destaque especial.
Caso Clínico
48 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):48-54
* Especialista em Dentística pela UNIME - Lauro de Freitas.
** Especialista em Dentística pelo CEBEO - Salvador/BA. Mestre e Doutora em Dentística - UNESP - São José/SP.
*** Especialista e Mestre em Dentística - USP - Bauru-SP. Doutora em Materiais Dentários - UNICAMP - Piracicaba/SP.
49Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):48-54
Vânia lúcia Brito sena COsTA*, Carolina Baptista MIRAnDA**, safira Marques de AnDRADE E sIlVA***
Resina composta com baixa contração de polimerização: relato de caso clínico
Low-shrinkage resin composite: clinical case report
Resumo
Na Odontologia atual, a realização de restaurações em resina
composta para dentes posteriores vem sendo amplamente
utilizada, devido ao aperfeiçoamento de suas propriedades
físico-mecânicas e o apelo estético imposto pela sociedade
moderna. No entanto, as resinas compostas convencionais
à base de metacrilatos apresentam um problema intrínseco:
a contração de polimerização. Essa contração, em torno de
3%, caracteriza-se pela alteração volumétrica proporcionada
pela formação das cadeias poliméricas. Esse problema im-
pulsionou pesquisadores e fabricantes na busca de resinas
com novas formulações que pudessem reduzir essa con-
tração. O presente artigo tem como objetivo apresentar um
caso clínico com a resina composta Filtek P 90 (3M ESPE),
cuja matriz resinosa é à base de silorano.
Abstract
Currently in dentistry, resin composite restorations for
posterior teeth has been widely used because of the im-
provement of their physical-mechanical properties and
aesthetic appeal imposed by modern society. However,
the conventional resins composite based on methacrylates
have an intrinsic problem: the polymerization shrinkage.
This contraction of around 3%, is characterized by the
volumetric change afforded by the formation of polymer
chains. This problem spurred researchers and manufac-
turers in search of new formulations of resins, which
could reduce this contraction. This article aims to present
a case report with resin composite Filtek P 90 (3M ESPE),
whose resin matrix is based on silorane.
Keywords: Composite resins. Permanent dental restoration. Operative dentistry.
Palavras-chave: Resinas compostas. Restauração dentária per-manente. Dentística operatória.
54 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):48-54
Resina composta com baixa contração de polimerização: relato de caso clínico
ambiente de luz ainda permite maior tempo de trabalho
na última camada, facilitando a técnica restauradora15.
Com relação à estabilidade de cor e à manutenção
de polimento, um estudo realizado por Furuse et al.10
mostra que a resina composta à base de silorano é su-
perior às resinas compostas micro-híbridas convencio-
nais à base de metacrilatos, pois a sua composição quí-
mica permite uma boa estabilidade com baixa sorção e
solubilidade, o que contribui para esse resultado6,10,16.
Como a contração desse material é inferior a 1%,
o acabamento e o polimento final podem ser realiza-
dos na mesma consulta, uma vez que o leve aque-
cimento resultante dos instrumentos rotatórios para
polimento acarretará pouco ou nenhum efeito negati-
vo ao selamento marginal13,17.
Estudos confirmam que o compósito Filtek P90
tem resistência necessária para restaurações em den-
tes posteriores e essa se mantém com o passar do
tempo, devido à baixa sorção de água e solubilidade
do mesmo7,8,15,17.
CONCLUSÃO
A utilização da resina P90 em dentes posteriores re-
presenta, hoje, mais uma opção restauradora. Espera-
-se que o seu comportamento clínico seja superior ao
das resinas à base de metacrilato, devido à baixa con-
tração e, consequentemente, menor chance de infiltra-
ção marginal e recidiva de cárie. No entanto, estudos
clínicos ainda são necessários para avaliar o comporta-
mento desses materiais ao longo do tempo.
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Safira Marques de Andrade e Silva Guilhermino de Freitas Jatobá, 80/801- CandealCEP: 40.296-320 – Salvador / BA E-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
Enviado em: 29/09/2010Revisado e aceito: 17/12/2010
Caso Clínico
56 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):56-65
* Graduado em Odontologia pela Universidade Federal do Pará. Especialista em Prótese Dentária (ABO/MA). Mestrando em Prótese Dentária (São Leopoldo Mandic - Campinas/SP).
** Graduado em Odontologia pela Universidade Federal do Pará. Pós-graduado em Ortodontia (ABO/MA).
*** Aluna do Curso de Graduação em Odontologia do Uniceuma (São Luís/MA).
57Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):56-65
Chrys Morett Carvalho de FREITAs*, Wilker Morett Carvalho de FREITAs**, Rivanda Martins Costa de FREITAs***
Restaurações estéticas em cerâmica — em busca do natural
Esthetic restorations in ceramics — the search for natural
Resumo
O desenvolvimento da tecnologia da adesão tornou possível
restaurar dentes utilizando sistemas adesivos, resinas compos-
tas e cerâmicas adesivas. Casos clínicos onde os pacientes
necessitam de resoluções puramente estéticas estão cada vez
mais comuns na clínica diária. Conhecer todas as etapas do
planejamento e execução dessas modalidades de tratamento
é imprescindível. Em virtude disso, esse artigo relata um caso
clínico de uma paciente com agenesia de laterais, caninos na
posição dos incisivos laterais e diastemas múltiplos nos dentes
superiores e anteriores, onde a proposta de resolução estética
foi a utilização da técnica de laminados cerâmicos.
Abstract
The development of the technology of adhesion has made
possible to restore teeth using adhesive systems, composites
resins and adhesive ceramics. Clinical cases where patients
only require aesthetic resolutions are increasingly common
in everyday practice. Knowing all the stages of planning
and implementation of these treatment modalities is essen-
tial. In consequence, this article reports a case of a patient
with agenesis of the laterals, canines in the position of the
lateral incisors and multiple diastema in upper and anterior
teeth, where the proposal of esthetic resolution was the use
of the technique of ceramic laminates.
Keywords: Ceramics. Dental veneers. Esthetics.Palavras-chave: Cerâmica. Facetas dentárias. Estética.
65Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):56-65
Freitas CMC, Freitas WMC, Freitas RMC
resolvido com Ortodontia, ainda assim a modificação do
canino em lateral se faria necessária. Porém, um estudo
clínico demonstrou que pacientes com espaços inter-
dentários foram avaliados quanto à satisfação estética
e, ao final do estudo, aqueles que tiverem resolução dos
seus problemas estéticos com Ortodontia se mostraram
mais satisfeitos do que com a resolução restauradora12.
CONCLUSÃO
Planejamento previsível é um fator primordial para
que não haja frustração em um caso clínico onde a
transformação do sorriso é o desejo final do pacien-
te. Outro fator importantíssimo é o domínio da técnica
dos preparos dentários, onde o custo biológico deve
ser minimizado — como no caso descrito, em que a
cliente não apresentava dentes restaurados — e, mais
ainda, quanto maior a quantidade de esmalte preser-
vado, a tendência é que a longevidade e segurança no
tratamento aumentem.
A complexidade de um caso clínico de estética se
resume simplesmente no fato de que nenhuma eta-
pa — especificamente o mock-up e o enceramento
diagnóstico — deve ser negligenciada pelo profissio-
nal, tornando o curso do tratamento mais prazeroso e
previsível; e que a interação entre o cirurgião-dentista e
a equipe de laboratório exista, de fato, do início ao fim.
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REFERêNCIAS
Chrys Morett Carvalho de FreitasRua Barão de Capanema 201, sala 101 - Centro CEP: 65.700-000 – Bacabal / MA E-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
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Enviado em: 22/11/2010Revisado e aceito: 01/05/2011
Artigo Inédito
66 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):66-72
* Especialista em Dentística pelo Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
** Doutora em Clínica Odontológica pelo Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic. Professora Titular de Dentística no Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
*** Doutora em Clínica Odontológica pela Universidade Estadual de Campinas. Professora Titular de Dentística no Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
**** Doutora em Clínica Odontológica Integrada-Dentística pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP. Professora Titular de Dentística no Centro de Pesquisas Odontológicas São
Leopoldo Mandic.
***** Doutora em Clínica Odontológica pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP. Professora Titular de Dentística no Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
67Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):66-72
Paula Midori naka IDO*, Flavia lucisano Botelho do AMARAl**, Vanessa gallego Arias PECORARI***, Roberta Tarkany BAsTIng****, Fabiana Mantovani gomes FRAnçA*****
Permeabilidade dos sistemas adesivos simplificados e incompatibilidade com cimentos resinosos
Simplified adhesive systems permeability and incompatibility with resin cements
Resumo
O objetivo desta revisão de literatura foi estudar a permeabilida-
de dos sistemas adesivos simplificados e sua incompatibilida-
de com as resinas de polimerização química ou dual (cimentos
resinosos). O estudo discute artigos relacionados às reações
químicas adversas entre os monômeros ácidos dos adesivos
simplificados, principalmente os convencionais de dois passos
e os autocondicionantes de um passo, e as aminas terciárias
básicas das resinas de polimerização química ou dual (cimen-
tos resinosos); relaciona outros fatores que contribuem na in-
compatibilidade entre esses materiais, como: permeabilidade,
acidez desses sistemas adesivos e durabilidade da interface
dentina/adesivo. O uso de coiniciadores químicos e aplicações
de camadas extras de resina hidrofóbica foram sugeridos como
alternativas para reduzir a incompatibilidade entre esses mate-
riais. A maioria dos estudos compartilha com a conclusão de
que os adesivos convencionais de dois passos e os autocon-
dicionantes de um passo não devem ser utilizados juntamente
com cimentos resinosos de presa química ou dual e, especifi-
camente, os autocondicionantes de um passo ainda devem ser
utilizados com cautela, mesmo associados às resinas fotopoli-
merizadas, devido à alta permeabilidade desses adesivos, que
irá prejudicar a durabilidade da interface dentina/adesivo.
Abstract
The aim of this review was to study the permeability of
simplified adhesive systems and their incompatibility
with the chemical or dual resin polymerization (resin ce-
ments). The study discusses articles related to adverse
chemical reactions between the acidic monomers of sim-
plified adhesives, especially the conventional two-step
and the self-etching all in one adhesives, and the basic
tertiary amine resins for chemical or dual polymeriza-
tion (resin cements). This study lists other factors that
contribute to the incompatibility between these materi-
als: permeability, acidity of these adhesives and durabil-
ity of the dentin/adhesive interface. The use of chemical
co-initiators and applications of extra layers of hydro-
phobic resin were suggested as alternatives to reduce the
incompatibility between these materials. Most studies
shares the conclusion that the conventional two-step and
self-etching all in one adhesives should not be used with
chemical or dual resin cements, and, specifically the all
in one adhesives should be used with caution even asso-
ciated to light cured resins due to the high permeability
of these adhesives, which will impair the durability of
the dentin/adhesive interface.
Keywords: Dental cements. Permeability. Dental bonding.Palavras-chave: Cimentos dentários. Permeabilidade. Adesivos dentinários.
72 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):66-72
Permeabilidade dos sistemas adesivos simplificados e incompatibilidade com cimentos resinosos
comportarem-se como membranas permeáveis após
sua polimerização, impedindo um selamento hermético
da dentina, comprometendo a união entre ambos.
Em substituição a esses tipos de adesivos, é reco-
mendável utilizar os adesivos convencionais de três pas-
sos ou os autocondicionantes de dois passos. Em re-
lação ao uso dos adesivos autocondicionantes de um
passo associados às resinas compostas fotopolimeriza-
das, apesar de não ocorrerem reações químicas adver-
sas entre os dois materiais, a durabilidade da união entre
eles será prejudicada pelo fator da permeabilidade alta do
adesivo, devendo ser empregado com cautela.
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Fabiana Mantovani Gomes FrançaRua José Rocha Junqueira, 13 – Ponte PretaCEP: 13.045-755 – Campinas / SPE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
Enviado em: 17/12/2010Revisado e aceito: 26/02/2011
LORENZO VANINI | IT
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Caso Clínico
74 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):74-88
* Doutorandos do Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários, da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo.
** Professores Associados do Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários, da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo.
*** Professor Titular do Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários, da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo.
75Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):74-88
Marcela Pagani CAlABRIA*, Juan Rommel MEDInA-VAlDIVIA*, Maria Teresa ATTA**, José Carlos PEREIRA***, Rafael Francisco lia MOnDEllI**
Restabelecimento estético e funcional de incisivo central superior traumatizado por meio de clareamento dentário e cimentação de pino intracanal. Controle de 2 anos
Esthetic and functional reestablishment of traumatized upper incisive using dental bleaching and glass-fiber post. Two years control
Resumo
Paciente do sexo feminino, 25 anos de idade, procurou tra-
tamento estético queixando-se do escurecimento do dente
21. Foram realizados exames clínico e radiográfico, compro-
vando a alteração de cor e o tratamento endodôntico satis-
fatório. O plano de tratamento foi proposto para restabelecer
a função e a estética do dente comprometido, por meio do
clareamento interno do dente 21 (técnica mediata), associa-
do ao clareamento externo, em consultório, dos dentes #15
a #25 e #35 a #45 com peróxido de hidrogênio a 35%, ati-
vado com luz híbrida, a fim de que fossem uniformizadas as
tonalidades de cor dos dentes. Posteriormente, um pino de
fibra de vidro foi fixado no canal radicular, com cimento de
ionômero de vidro convencional, seguido pela restauração
da abertura coronária com resina composta. As etapas do
tratamento revelaram que o planejamento correto combi-
nado com o conhecimento das técnicas disponíveis e das
propriedades dos materiais são essenciais para a obtenção
da excelência estética e funcional dos dentes em questão.
Abstract
A 25-year-old woman was seeking for aesthetic treatment
for her #21 tooth. Clinical and radiographic examinations
were done confirming color change and satisfactory end-
odontic treatment. Thus, a treatment was proposed to re-
establish function and aesthetics to the compromised teeth.
The #21 tooth received internal bleaching and #15 to #25
and #35 to #45 teeth received external bleaching with a 35%
hydrogen peroxide gel activated by hybrid light. This was
performed in order to standardize the tonalities of the color
of the teeth. Subsequently, a glass-fiber post was fixed in-
side the radicular conduct with conventional glass-ionomer
cement and the endodontic coronal aperture was restored
with composite resin. Treatment steps showed that the cor-
rect planning associated with the knowledge of available
techniques and material properties are essential for reach-
ing functional and aesthetic excellence.
Keywords: Tooth bleaching. Glass-fiber post. Composite resin.Palavras-chave: Clareamento dentário. Pino intracanal. Resina composta.
88 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):74-88
Restabelecimento estético e funcional de incisivo central superior traumatizado por meio de clareamento dentário e cimentação de pino intracanal. Controle de 2 anos
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Rafael Francisco Lia Mondelli Al. Dr. Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75 CEP: 17.012-901 – Bauru / SPE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
Enviado em: 01/06/2010Revisado e aceito: 01/09/2010
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Caso Clínico
90 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):90-9
* Professor adjunto coordenador das disciplinas de Dentística e Prótese Fixa da UNIG. Professor assistente das disciplinas de Dentística da UNIGRANRIO.
** Professora coordenadora das disciplinas de Prótese Removível e Oclusão da UNIG.
*** Professor adjunto coordenador das disciplinas de Dentística da UNIGRANRIO.
**** Estagiário das disciplinas de Dentística e Prótese Fixa da UNIG.
91Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):90-9
Rodrigo Prada sant`Anna guIMARãEs*, Cláudia de souza ROCHA**, Rodrigo sant`Anna Aguiar dos REIs***, Rodrigo Carvas Farias de CAsTRO****
Coroas de cerâmica pura com infraestrutura à base de zircônia em dentes anteriores: relato de caso clínico
All ceramic crowns with zirconia substructure on anterior teeth: clinical case report
Resumo
A exigência estética na Odontologia atual levou ao desen-
volvimento de cerâmicas reforçadas como substitutas ou
mesmo como alternativas às ligas metálicas na confecção
de infraestrutras protéticas. As cerâmicas reforçadas com
dióxido de zircônia e estabilizadas por ítrio apresentam-se
como mais uma opção dentro de um imenso arsenal te-
rapêutico na busca de construção de restaurações imper-
ceptíveis. Coroas totais e próteses parciais fixas anteriores
e posteriores são indicadas para esses novos sistemas. Al-
guns deles utilizam o sistema CAD/CAM, mais precisamen-
te o sistema DCM (Direct Ceramic Machining, ou fresagem
direta da cerâmica). Este trabalho tem como objetivo relatar
um caso clínico de confecção de duas coroas anteriores em
cerâmica pura utilizando o Sistema Cercon®.
Abstract
The current esthetic dentistry has led to the development
of reinforced ceramics as a substitute or as alternatives to
metal alloys in the manufacture of prosthetic substructures.
Ceramics reinforced with zirconium dioxide and stabilized
with yttrium presents as another option within an immense
therapeutic arsenal in the quest for building imperceptible
restorations. Total crowns and anterior and posterior fixed
partial dentures are indicated for these new systems. Some
of them use the CAD/CAM technology, more precisely the
DCM system (Direct Ceramic Machining). This paper aims
at reporting a case of manufacture of two all-ceramic ante-
rior crowns using the Cercon® system.
Keywords: Dental esthetics. Denture partial fixed. Ceramics.Palavras-chave: Estética dentária. Porcelana dentária. Zircônio.
99Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):90-9
Guimarães RPS, Rocha CS, Reis RSA, Castro RCF
de conectores, facilitando a estética, formato da mesa
oclusal e espaço adequado para higienização7,8. Próte-
ses em cantiléver e com sistema “macho-fêmea” tam-
bém podem ser indicadas nesse sistema8.
Os autores convergem para o fato de que as pa-
redes axiais do preparo devem apresentar conicida-
de expulsiva mínima de 3º e terminação cervical em
chanfro profundo ou ombro reto com ângulo interno
arredondado2-5,7-10.
Um dos grandes benefícios do uso de cerâmicas
avançadas de alta resistência, como o Cercon®, recai
na possibilidade de se fazer uma cimentação conven-
cional — que é mais rápida, de menor custo e menos
sensível à técnica para o clínico. O dióxido de zircônia
não sofre ação do ácido fluorídrico e silano, pela pouca
existência de matriz vítrea; para os profissionais que
desejarem optar pela cimentação adesiva, um trata-
mento de deposição de sílica (“sili-coater”), para pos-
terior silanização, deverá ser empregado1,8.
CONCLUSÃO
De acordo com o caso relatado, os autores con-
cluem que as coroas CAD/CAM de zircônia estabiliza-
da por ítrio do Sistema Cercon® mostraram-se extre-
mamente eficazes no restabelecimento da estética dos
dentes anteriores no caso relatado. Cabe ressaltar, ain-
da, a excelente adaptação, elevada resistência flexural
e facilidade de cimentação do sistema empregado.
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Rodrigo Prada Sant’Anna Guimarães Rua dos Ipês, 37 - ItacoatiaraCEP: 24.348-090 – Niterói / RJE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
Enviado em: 13/02/2011Revisado e aceito: 27/05/2011
Caso Clínico
100 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):100-6
* Doutoranda em Dentística, Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.
** Professor Adjunto em Dentística da Universidade Paranaense, Cascavel / PR.
*** Professora Adjunta em Dentística, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel / PR.
**** Cirurgiã-dentista, graduada pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel / PR.
***** Professor Associado, Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.
****** Professor Titular, Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.
101Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):100-6
Flavia Pardo salata nAHsAn*, Wagner BAsEggIO**, Vera lucia sCHMITT***, Carolina schmitt WAlkER****, Rafael Francisco lia MOnDEllI*****, Eduardo Batista FRAnCO******
Seleção de cor e estratificação natural para reabilitação estética de dente anterior
Color selection and natural layering for aesthetic reproduction of anterior teeth
Resumo
Em função da excelência em estética e desgaste mínimo da
estrutura dentária, as resinas compostas ocupam uma po-
sição de destaque entre os materiais restauradores atuais.
As novas resinas compostas associadas ao melhor enten-
dimento do comportamento dos tecidos dentários frente à
incidência da luz permitem a estratificação natural dos den-
tes. A estratificação natural consiste em uma abordagem
simples e efetiva para o emprego das resinas compostas nas
restaurações, de modo a torná-las miméticas com a apa-
rência natural do substrato dentário. Compreender e imple-
mentar princípios artísticos e científicos na escolha da cor
dos materiais restauradores e a adequada inserção da resina
composta, contudo, é imprescindível. Os passos operatórios
para obter o sucesso restaurador com esse material serão
descritos no relato do caso clínico.
Abstract
Because of the excellence in aesthetics and minimal wear
of the tooth structure, composite resins hold a prominent
position among the current restorative materials. The
new composite resins associated with better understand-
ing of the behavior of dental tissues facing the incidence
of light allows the natural stratification of teeth. This
natural stratification consists of a simple and effective
approach to the use of composite resins in restoration in
order to make them mimetic with the natural appearance
of the tooth substrate. Understanding and to implement-
ing scientific and artistic principles in choosing the color
of restorative materials and the proper insertion of the
composite, however, is essential. The operative steps for
success with this restorative material will be described in
a clinical case report.
Keywords: Esthetics. Color. Composite resins.Palavras-chave: Estética. Cor. Resinas compostas.
106 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):100-6
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15. Vanini L. Light and color in anterior composite restorations. Pract Periodontics Aesthet Dent. 1996;8(7):673-82; quiz 684.
REFERêNCIAS
Flavia Pardo Salata Nahsan Alameda Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75CEP: 17.012-901 – Bauru / SPE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
CONCLUSÃO
A realização de uma técnica padronizada que per-
mita a reprodução do esmalte e dentina separadamen-
te, associada ao conhecimento das características
ópticas da resina empregada, proporciona resultados
clínicos estéticos previsíveis.
Enviado em: 15/03/2011Revisado e aceito: 19/03/2011
108 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):108-15
Caso Clínico
* Professor Doutor de Dentística e Clínica Integrada da Faculdade Ingá. Mestre e Doutor em Dentística pela UFSC. Coordenador do mestrado em Prótese na Faculdade Ingá-PR.
** Professor de Dentística na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestre e Doutor em Materiais Dentários pela FOP/UNICAMP. Especialista em Dentística pela FO/UFSC.
Coordenador do curso de Especialização em Dentística da FO/UFRGS.
*** Professor Livre Docente das disciplinas de Dentística I e II da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.
109Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):108-15
Fabiano Carlos MARsOn*, Ewertow nocchi COnCEIçãO**, André luiz Fraga BRIsO***
Avaliação clínica da nova técnica de clareamento no consultório sem remocão do gel clareador
Clinical evaluation of a new technique for in-office whitening whithout removing the gel
Resumo
Este trabalho teve como objetivo avaliar longitudinalmente
um novo protocolo para técnica de clareamento de dentes
vitais em consultório. Foram selecionados 20 pacientes, com
critérios preestabelecidos, e divididos aleatoriamente, de
acordo com o produto utilizado, em 2 grupos (n=10): Grupo
1 — Opalescence Xtra Boost (Ultradent); e Grupo 2 — White
Gold Office (Dentsply). Os agentes clareadores foram aplica-
dos apenas uma vez, durante 45min, e cada paciente sub-
metido a duas sessões clareadoras. Para avaliação da cor
inicial dos dentes, após 1 mês e após 3 meses do tratamento
clareador, foi utilizada a escala de cor Vita Clássica, ordenada
pela luminosidade. Concluiu-se que não há diferença no cla-
reamento ou sensibilidade dentária entre os grupos, sendo
desnecessária a troca do gel clareador e/ou a utilização de
fonte de luz para os agentes clareadores avaliados.
Abstract
This study aimed at longitudinally evaluating a new
protocol for in-office bleaching technique of vital teeth.
Twenty patients were selected with pre-established cri-
teria, and randomly assigned in two groups, accord-
ing to the product used (n = 10): Group 1 - Opalescence
Xtra Boost (Ultradent) and Group 2 - White Gold Office
(Dentsply). The bleaching agents were applied only once,
for 45 min, and each patient underwent two bleaching
sessions. To evaluate the initial color of the teeth, 1 month
and 3 months after bleaching, the Vita Classical color
scale was used, sorted by luminosity. It was concluded
that, regarding the bleaching and tooth sensitivity, there
is no difference between the groups, being unnecessary
to change the whitening gel and/or to use light sources
for the bleaching agents evaluated.
Keywords: Tooth bleaching. Hydrogen peroxide. Dental aesthetic.Palavras-chave: Clareamento dentário. Peróxido de hidrogênio. Estética dentária.
115Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):108-15
Marson FC, Conceição EN, Briso ALF
Fabiano Carlos Marson Av. São Paulo, 172, sala 721, Edif. Aspen Park Trade CenterCEP: 87.013-040 – Maringá / PRE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
AGRADECIMENTO ESPECIAL
Este artigo é em “In Memoriam” do amigo e Prof.
Dr. Heraldo Riehl, que tanto contribuiu para a Odonto-
logia e na formação acadêmica de inúmeros colegas.
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Enviado em: 05/07/2010Revisado e aceito: 19/02/2011
Caso Clínico
116 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):116-25
* Professor do curso de Odontologia do Centro Universitário do Maranhão – UNICEUMA.
** Mestrando em Dentística Restauradora pela FOAr – UNESP.
*** Doutoranda em Periodontia pela FOAr – UNESP.
**** Doutorando em Dentística Restauradora pela FOAr – UNESP.
***** Professor do Departamento de Odontologia Restauradora na FOAr – UNESP.
117Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):116-25
Matheus Coelho BAnDÉCA*, Mateus Rodrigues TOnETTO**, shelon Cristina souza PInTO***, luiz Rafael CAlIXTO****, José Roberto Cury sAAD*****
Procedimentos conservadores para restabelecimento da estética anterior
Conservative procedures to reestablishment of the anterior aesthetic
Resumo
A Odontologia atual está direcionada em executar procedimen-
tos cada vez menos invasivos sem perder a objetividade, tais
como função e estética. Como tais procedimentos, podemos
citar o clareamento dentário e a utilização de resinas compos-
tas diretas, que nos fazem praticar o conceito de uma Odon-
tologia minimamente invasiva. Este artigo tem o objetivo de
demonstrar, através de alguns procedimentos conservadores,
a possibilidade de se obter resultados satisfatórios.
Abstract
Dentistry today is directed to perform less invasive pro-
cedures without losing objectivity, such as function and
aesthetics. As such procedures, we can cite the use of
tooth whitening and direct composite resins, which make
us practice the concept of a minimally invasive dentist-
ry. This article aims to demonstrate through a number
of conservative procedures, the possibility of obtaining
satisfactory results.
Keywords: Dental bleaching. Composite resin. Esthetics.Palavras-chave: Clareamento dentário. Resina composta. Estética.
125Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):116-25
Bandéca MC, Tonetto MR, Pinto SCS, Calixto LR, Saad JRC
DISCUSSÃO
Uma das ferramentas utilizadas na Odontologia
para o restabelecimento de cor é o clareamento
dentário, que pode ser realizado de duas maneiras:
técnica caseira, utilizando baixas concentrações; e
técnica de consultório, com altas concentrações de
peróxido. Para o sucesso do tratamento clareador, é
necessário identificar a condição bucal, através de
um exame clínico e anamnese, visando diagnosticar
a causa da alteração de cor3.
Com a melhoria das propriedades físicas e ópti-
cas das resinas compostas e avanços da tecnologia
adesiva torna-se possível realizar restaurações ex-
tremamente satisfatórias, que proporcionam função,
estética e longevidade8.
No presente artigo, a técnica restauradora foi reali-
zada com auxílio da matriz de silicone, que tem a van-
tagem de permitir a reconstrução estratificada mais
fiel e rápida das faces palatinas e bordos incisais.
Contudo, muitas vezes o resultado obtido numa res-
tauração direta com uma resina composta fica aquém
do desejado, frente à dificuldade que o profissional
enfrenta na correta estratificação das diferentes ca-
madas da resina5,11.
Devemos determinar a área de aplicação para
cada tipo de resina composta seguindo característi-
cas de comportamento mecânico e óptico do dente
natural, assim como a espessura dessas camadas,
a fim de potencializar o resultado estético12. Os no-
vos sistemas restauradores, para facilitar a etapa da
escolha da cor, utilizam cores de esmalte e dentina
separadamente, com escalas específicas, confeccio-
nadas com a própria resina1.
Durante o procedimento restaurador, o enceramen-
to e o ensaio são de fundamental importância, além
disso, o paciente deve estar consciente da importância
de tomar as medidas de promoção de saúde visando a
longevidade das restaurações3.
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Matheus Coelho Bandéca Rua Miquerinos, 5, quadra 29, Renascença IICEP: 65.075-038 – São Luís / MAE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
Enviado em: 25/07/2010Revisado e aceito: 03/08/2010
Biologia da Estética
126 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):126-34
* Professor Titular de Patologia da FOB e da Pós-graduação da FORP – Universidade de São Paulo.
** Professora Doutora da Universidade Sagrado Coração – Bauru.
*** Professora Doutora substituta da FOA-UNESP e das Faculdades Adamantineses Integradas (FAI).
127Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):126-34
Alberto COnsOlARO*, leda A. FRAnCIsCHOnE**, Renata Bianco COnsOlARO***
Hipoplasia do esmalte: fundamentos para nomenclatura e identificação dos tipos e causas
INTRODUÇÃO
Quando as manchas e os defeitos no esmalte são
nominados incorretamente, significa que as verdadei-
ras causas e mecanismos foram ignorados e uma abor-
dagem terapêutica inadequada pode ser aplicada4.
A formação do esmalte, ou amelogênese, é execu-
tada exclusivamente pelos ameloblastos, células alta-
mente especializadas, que:
» produzem a matriz orgânica adamantina;
» mineralizam-o de uma forma muito específica,
para resultar nos prismas;
» proporcionam uma estrutura altamente cristali-
na, ao reabsorverem as proteínas anteriormente
incorporadas.
A atividade do ameloblasto exige um grande refina-
mento metabólico, estrutural e organizacional, a pon-
to de ser considerado uma das células mais sensíveis
frente aos agentes externos.
O padrão estético do esmalte depende da atividade
normal dos ameloblastos. Qualquer alteração na de-
posição da matriz do esmalte, na mineralização e/ou
na sua maturação final, pode resultar em alterações de
cor, translucidez, estrutura e grau de dureza. Entender
como ocorrem as hipoplasias do esmalte e nominá-las
corretamente revela um conhecimento adequado de
suas causas e resulta em diagnósticos precisos, para
que se planeje e execute uma ação terapêutica cons-
ciente e duradoura.
Este trabalho foi concebido com a finalidade de con-
tribuir no esclarecimento da terminologia/nomenclatura
e das causas relacionadas à hipoplasia do esmalte. No
próximo artigo, trataremos especificamente das causas,
formas e diagnóstico da Hipoplasia do Esmalte de causa
sistêmica, e seus significados clínicos e implicações tera-
pêuticas. As Hipoplasias do Esmalte induzidas por cau-
sas locais foram abordadas em trabalhos anteriores1,2.
A HIPOPLASIA REPRESENTA UMA
MALFORMAÇÃO: FUNDAMENTOS
A fecundação e o pré-embrião — Após a fecunda-
ção do óvulo inicia-se a proliferação, até que um aglo-
merado arredondado de células adere e implanta-se na
parede uterina, ao redor do sétimo ao décimo dia — um
processo conhecido como nidação. Até esse momento,
o ser em formação recebe o nome de pré-embrião e
dificilmente fatores externos atuam promovendo distúr-
bios do desenvolvimento. Nesse período prevalece a lei
do tudo ou nada: os fatores externos, se eficientes a
ponto de alterarem o desenvolvimento do pré-embrião,
promovem, em geral, o aborto espontâneo.
O embrião e as anomalias — Depois da nidação,
o aglomerado de células iguais passa a ter três popu-
lações celulares diferentes, organizadas em forma de
um disco semelhante a um pequeno botão de camisa.
Logo após essa estratificação em camadas, conheci-
da como gastrulação, teremos muitos tipos de células
migrando e se diferenciando, em diferentes locais, para
dar origem aos órgãos e tecidos do futuro organismo:
essa fase recebe o nome de organogênese. Nesse pe-
ríodo de intensa atividade migratória e diferenciação, o
ser em formação ainda não tem o aspecto externo da
espécie a que pertence, e recebe o nome de embrião.
O período embrionário se estende do 13º-18º dia após
a fecundação até o início do 3º mês.
134 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):126-34
Hipoplasia do esmalte: fundamentos para nomenclatura e identificação dos tipos e causas
irregularmente, em fases diferentes, a formação do
esmalte e, ainda, com dosagens não homogêneas,
as manchas e defeitos serão irregulares e de gravida-
de variável nas coroas dentárias.
Em algumas famílias, a Hipoplasia do Esmalte
ocorre por erros nos genes que comandam a produ-
ção do esmalte, sendo de natureza hereditária; nes-
ses casos, a Hipoplasia do Esmalte recebe o nome
específico de Amelogênese Imperfeita Hereditária.
Esses erros ou defeitos genéticos podem afetar: (a)
a formação e deposição da matriz adamantina; (b) os
mecanismos de deposição mineral; e, eventualmente,
(c) os mecanismos de maturação do esmalte pelos
quais ocorre a reabsorção final das proteínas do es-
malte para lhe dar o padrão altamente cristalino que
o caracteriza. A Amelogênese Imperfeita Hereditária
pode, assim, ser classificada como do tipo hipoplási-
co, hipocalcificado ou hipomaduro.
CONSIDERAÇõES FINAIS
A Hipoplasia do Esmalte representa um distúrbio du-
rante a amelogênese que pode ser induzido por causas
locais — comprometendo isoladamente um dos dentes
(Fig. 1, 2, 3) — ou sistêmicas, afetando bilateralmente vá-
rios dentes superiores e inferiores nas áreas que estavam
sendo formadas no seu momento de atuação (Fig. 4).
A Hipoplasia do Esmalte pode receber nomes es-
peciais em quatro situações muito específicas, como:
(1) Dente de Turner, quando em um dente permanente
associado a lesão inflamatória periapical ou na bifur-
cação do dente decíduo relacionado; (2) Opacidades
do Esmalte, quando muito focal e isolada, com causa
aparentemente desconhecida e não resgatada pelo
paciente e profissional; (3) Fluorose Dentária, quando
induzida por ingestão excessiva de flúor; e (4) Amelo-
gênese Imperfeita Hereditária, cuja causa são defeitos
genéticos transmitidos dos pais para os filhos.
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REFERêNCIAS
Alberto ConsolaroE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
Enviado em: 27/06/2010Revisado e aceito: 1/07/2011
135Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):135-6
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palavras ou menos são os preferidos. — os resumos estruturados devem conter as seções: IN-
TRODUÇÃO, com a proposição do estudo; MÉTODOS, descrevendo como o mesmo foi realizado; RESULTA-DOS, descrevendo os resultados primários; e CONCLU-SÕES, relatando o que os autores concluíram dos resul-tados, além das implicações clínicas.
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3. Texto— o texto deve ser organizado nas seguintes seções: In-
trodução, Material e Métodos, Resultados, Discussão, Conclusões, Referências, e Legendas das figuras.
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to, para orientar a montagem final do artigo.
4. Figuras— as imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF,
em CMYK ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 dpis de resolução.
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5. Gráficos e traçados cefalométricos— devem ser enviados os arquivos contendo as versões
originais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção.
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136 Rev Dental Press Estét. 2011 jul-set;8(3):135-6
Normas de apresentação de originais
— os desenhos enviados podem ser melhorados ou rede-senhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.
6. Tabelas— as tabelas devem ser autoexplicativas e devem comple-
mentar, e não duplicar o texto. — devem ser numeradas com algarismos arábicos, na or-
dem em que são mencionadas no texto. — forneça um breve título para cada uma. — se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua
uma nota de rodapé dando crédito à fonte original. — apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou
Excel, por exemplo), e não como elemento gráfico (ima-gem não editável).
7. Comitês de Ética— Os artigos devem, se aplicável, fazer referência a pare-
ceres de Comitês de Ética.
8. Declarações exigidas Todos os manuscritos devem ser acompanhados das
seguintes declarações, a serem preenchidas no mo-mento da submissão do artigo:
— Cessão de Direitos Autorais Transferindo todos os direitos autorais do manuscrito
para a Dental Press International, caso o trabalho seja publicado.
— Conflito de Interesse Caso exista qualquer tipo de interesse dos autores para
com o objeto de pesquisa do trabalho, esse deve ser explicitado.
— Proteção aos Direitos Humanos e de Animais Caso se aplique, informar o cumprimento das recomen-
dações dos organismos internacionais de proteção e da Declaração de Helsinki, acatando os padrões éticos do comitê responsável por experimentação humana/animal.
— Consentimento Informado Os pacientes têm direito à privacidade que não deve ser
violada sem um consentimento informado.
9. Referências— todos os artigos citados no texto devem constar na lista
de referências. — todas as referências listadas devem ser citadas no texto.— com o objetivo de facilitar a leitura, as referências serão
citadas no texto apenas indicando a sua numeração.— as referências devem ser identificadas no texto por nú-
meros arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas no texto.
— as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acordo com as publicações “Index Me-dicus” e “Index to Dental Literature”.
— a exatidão das referências é de responsabilidade dos autores; as mesmas devem conter todos os dados ne-cessários à sua identificação.
— as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html).
— utilize os exemplos a seguir:
Artigos com até seis autoresSterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7.
Artigos com mais de seis autoresDe Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32.
Capítulo de livroKina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Bruguera A. Invisível: restaurações estéticas cerâ-micas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301.
Capítulo de livro com editorBreedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001.
Dissertação, tese e trabalho de conclusão de cursoBeltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção. [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990.
Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 12 jun 2008]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.
* Para submeter novos trabalhos acesse o site: www.dentalpressjournals.com