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7 o Murão de Comunicação 2011 PUC-RIO Estratégias Comunicatvas dos Profetas do Antgo Testamento Prof. Leonardo Agosni www.estudosbiblicos.teo.br

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Profetismo Bíblico

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  • 7o Mutiro de Comunicao 2011PUC-RIO

    Estratgias Comunicatvas dos Profetas do Antgo Testamento

    Prof. Leonardo Agostiniwww.estudosbiblicos.teo.br

  • Bibliografia

    D. MARGUERAT Y. BOURQUIN, Para ler as narratvas bblicas. Iniciao anlise narratva. Loyola, So Paulo, 2009.E. ZENGER (org.), Introduo ao Antgo Testamento. Loyola, So Paulo, 2003.F. MIES (org.), Bblia e teologia: a inteligncia da f. Loyola, So Paulo, 2011.G. D. VIEIRA, A Grande runa. Teologia e Pedagogia do Castgo Divino em Jr 1,11 6,30. Juiz de Fora, 2008.J. L. SICRE, Profetsmo em Israel. Vozes, Petrpolis, 1996.J. M. ABREGO DE LACY, Os Livros Proftcos. Vol 4. Ave-Maria, So Paulo, 1998.

  • Estrutura desta oficina pastoral

    Introduo ao tema Definies sobre os termos do tema Objetivos das estratgias comunicativas Elementos constitutivos do evento comunicativo A transmisso da mensagem Objetivos das estratgias comunicativas dos profetas Deus, o profeta e o seu povo Anlise de exemplos bblicos Concluso: Pragmtica da comunicao

  • Definio de Estratgia (Houaiss)

    Arte de coordenar a ao das foras militares, polticas, econmicas [religiosas] e morais implicadas na conduo de um confito ou na preparao da defesa de uma nao ou comunidade de naes.Parte da arte militar que trata das operaes e movimentos de um exrcito, at chegar, em condies vantajosas, presena do inimigo.Extenso de sentido: Arte de aplicar com eficcia os recursos de que se dispe ou de explorar as condies favorveis de que porventura se desfrute, visando ao alcance de determinados objetivos.

  • Definio de Comunicao (Houaiss)

    Ao de transmitir uma mensagem e, eventualmente, receber outra mensagem como resposta.Processo que envolve a transmisso e a recepo de mensagens entre uma fonte emissora e um destinatrio receptor, no qual as informaes, transmitidas por intermdio de recursos fsicos (fala, audio, viso etc.) ou de aparelhos e dispositivos tcnicos, so codificadas na fonte e decodificadas no destno com o uso de sistemas convencionados de signos ou smbolos sonoros, escritos, iconogrficos, gestuais etc.

  • Definio de ProfetaO termo profeta chega-nos atravs do latim, propheta, que a traduo do grego profh,thj que, por sua vez, traduz o hebraico @IAP.O termo grego significa aquele que fala em nome de um outro; e o termo hebraico implica na dimenso de quem chamado para representar algum, falando em seu nome, nesse caso especfico, uma divindade, para comunicar a sua palavra ou a sua vontade.A ideia geral que se tem do profeta equivale ao homem ou mulher que prev o futuro. Todavia, essa concepo no corresponde identidade e ao dos que foram chamados e comissionados por Deus para serem mediadores da sua Palavra ao longo do Antigo e do Novo Testamento.

  • Definio de ProfetaIsrael, enquanto povo de Deus, no foi o nico a ter experincia desse tipo de mediao. H relatos desse tipo de atuao na Mesopotmia e no Egito.No caso especfico de Israel, os profetas chamavam o povo converso, fidelidade ao Deus nico, observncia da aliana e dos mandamentos de Deus. Para realizar a sua misso, anunciavam castigos e faziam promessas em nome de Deus. A dimenso de futuro em seus orculos derivava da mensagem encarnada e lcida diante da situao religiosa e social que presenciavam.O futuro, quando previsto pelos profetas, derivava da slida compreenso do que estava acontecendo no presente luz de um passado nunca esquecido, mas sempre valorizado.

  • Definio de Antgo TestamentoPara os que acreditam ou so simpatizantes com os textos contidos na Bblia, essa nomenclatura j conhecida e pacfica: indica os livros que surgiram antes do advento e da misso de Jesus Cristo.Todavia, outras nomenclaturas so tambm utilizadas: Velho Testamento; Antga Aliana; Primeiro Testamento.Os primeiros testemunhos com relao ao uso de Antgo Testamento surgiram nos escritos de Melito de Sardes e Tertuliano, que viveram no II sculo da era crist. A citao de Antga Aliana em 2Cor 3,14 ainda no designa a coleo de livros que faro parte do Antigo Testamento, mas refere-se novidade da Aliana de Deus em Jesus.

  • Objetvos das Estratgias Comunicatvas

    Uma estratgia comunicativa, mais que informar sobre algo, um ato inteligente de quem visa fazer acontecer alguma coisa na vida do ouvinte-leitor; preparar uma rede de comunicao para interferir e modificar a vida e o ambiente do ouvinte-leitor.As estratgias comunicativas de um autor visam gerar, no ouvinte-leitor, uma identificao dele com a mensagem atravs de: imagens atvadas, signos, smbolos, ritmos potcos, estlos, gneros, modo de pensar etc.Identificar-se com o texto representa o processo dinmico em que o modelo de ao previsto pelo autor passa a fazer sentido para o ouvinte-leitor (= dinmica interao).

  • Objetvos das Estratgias Comunicatvas

    O autor, pelas estratgias comunicativas, quer atrair a ateno do ouvinte-leitor, a fim de lev-lo ao ou re-ao por ele desejadas. Esta finalidade pode ser vista como pragmtca. possvel perceber as estratgias:1.Na maneira de narrar ou discursar;2.Nos recursos literrios utilizados;3.Nas locues e figuras literrias usadas.

  • Elementos consttutvos do evento comunicatvo

    Contexto

    Emissor Mensagem Receptor

    Cdigo

    Canal/mediao: meio escolhido pelo emissor, usando os sentidos, para fazer passar a mensagem desejada, pois nada h no intelecto do ser humano que, antes, no tenha passado pelos seus sentidos (Aristteles).

  • A transmisso da mensagem

    A mensagem contida nos livros profticos est encarnada na realidade do seu tempo, isto , na sua base encontram-se diversas circunstncias histricas, culturais, polticas, econmicas e religiosas, sem as quais no se pode ser devidamente acessada nem compreendida.Os principais meios comunicativos utilizados foram:A palavra oralAs aes simblicasA palavra escrita

  • Objetvos das estratgias comunicatvas dos profetas

    Provocar o conhecimento de Deus; Provocar o conhecimento de si mesmo; Provocar o conhecimento do prximo; Provocar o conhecimento da criao; Provocar a mudana de conduta em relao a

    Deus, a si mesmo, ao prximo e criao; Provocar a prtica da justia em todos os

    mbitos sociais: poltico, econmico e cultual;O conhecimento determina o comportamento

  • Deus, o profeta e o seu povoA dinmica da comunicao nos profetas do Antigo Testamento est caracterizada pela mediao, mas possui um problema de fundo: como discernir entre a palavra verdadeira e a palavra falsa?Diante dessa questo, pode-se dizer que os orculos dos profetas foram conservados para que se continuasse esse discernimento. Os textos testemunham as discusses e os fortes embates pelos quais os profetas autnticos passaram. Por isso, podemos dizer que eles se colocaram na linha da denncia do falso e do anncio do verdadeiro. Deus vocaciona e comissiona o profeta para que fale, em seu nome, ao seu povo, em particular aos lderes: Reis, Juzes, Sacerdotes e Profetas.

  • Exemplos de comunicao proftca Am 3,3-8: a vocao proftica irresistvel; Ez 24,15-27: provaes do profeta; Jr 16,1-13: a vida do profeta como sinal; Os 1,2-9: a vida do profeta como sinal; Is 5,1-7: o cntico da vinha; Am 8,4-8: contra os corruptos; Jr 18,1-12: o profeta junto ao oleiro; Os 6,1-6: a falsa converso; Jn 3,1-10: o profeta em terra estrangeira; Jr 7,1-15: o culto verdadeiro; Ml 1,6-14: contra os sacerdotes; Sf 1,14-18: o dia do Senhor; Zc 9,9-10: existe uma esperana;

  • Am 3,3-8 3 Porventura andaro dois juntos, se no estiverem

    de acordo? 4 Rugir o leo no bosque, sem que tenha presa? Levantar o leozinho no seu covil a sua voz, se nada tiver apanhado? 5 Cair a ave no lao em terra, se no houver armadilha para ela? Levantar-se- da terra o lao, sem que tenha apanhado alguma coisa?

    6 Tocar-se- a trombeta na cidade, e o povo no estremecer? Suceder algum mal na cidade, sem que o SENHOR o tenha feito? 7 Certamente o Senhor DEUS no far coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas. 8 Rugiu o leo, quem no temer? Falou o Senhor DEUS, quem no profetizar?

  • Am 3,3-8: a vocao irresistvel

    Instaura-se a comunicao atravs da observao da realidade proposta em nove perguntas que apontam para as calamidades:v. 3: duas pessoas juntas;vv. 4-5: reino animal;v. 6: cidade;vv. 7-8: duas pessoas juntas;No h efeito sem causa nem causa sem efeito.

  • Ez 24,15-27 15 E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 16 Filho do homem, eis que, de um golpe tirarei de ti o desejo dos teus olhos, mas no lamentars, nem chorars, nem te correro as lgrimas. 17 Geme em silncio, no faas luto por mortos; ata o teu turbante, e pe nos ps os teus sapatos, e no cubras os teus lbios, e no comas o po dos homens. 18 E falei ao povo pela manh, e tarde morreu minha mulher; e fiz pela manh como me foi mandado. 19 E o povo me disse: Porventura no nos fars saber o que significam para ns estas coisas que ests fazendo? 20 E eu lhes disse: Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 21 Dize casa de Israel: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu profanarei o meu santurio, a glria da vossa fora, o desejo dos vossos olhos, e o anelo das vossas almas; e vossos filhos e vossas filhas, que deixastes, cairo espada. 22 E fareis como eu fiz; no vos cobrireis os lbios, e no comereis o po dos homens. 23 E tereis nas cabeas os vossos turbantes, e os vossos sapatos nos ps; no lamentareis, nem chorareis, mas definhar-vos-eis nas vossas maldades, e gemereis uns com os outros. 24 Assim vos servir Ezequiel de sinal; conforme tudo quanto ele fez, fareis; quando isso suceder, sabereis que eu sou o Senhor DEUS. 25 E quanto a ti, filho do homem, no suceder que no dia que eu lhes tirar a sua fora, a alegria da sua glria, o desejo dos seus olhos, e o anelo de suas almas, com seus filhos e suas filhas, 26 Nesse dia vir ter contigo aquele que escapar, para te dar notcias pessoalmente? 27 Naquele dia abrir-se- a tua boca para com aquele que escapar, e falars, e no mais ficars mudo; assim virs a ser para eles um sinal, e sabero que eu sou o SENHOR.

  • Ez 24,15-27: provaes do profetaEzequiel estava impedido de falar (cf. Ez 3,22-27; 33,21-22).O que acontece na vida do profeta, que ama a sua esposa, torna-se imagem do Senhor que ama o Templo.O Senhor fala ao profeta o profeta comunica uma mensagem atravs de aes simblicas para os exilados.v. 18: a Palavra do Senhor aconteceu e Ezequiel fez conforme a ordem recebida.A ao do profeta tornou-se um questionamento, chamou a ateno e deu ocasio para proferir o orculo (v. 24).O povo agir como agiu o profeta.Objetivo: conhecer o Senhor.

  • Jr 16,1-13 1 E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 2 No tomars para ti mulher, nem ters filhos nem filhas neste lugar. 3 Porque assim diz o SENHOR, acerca dos filhos e das filhas que nascerem neste lugar, acerca de suas mes, que os tiverem, e de seus pais que os gerarem nesta terra: 4 Morrero de enfermidades dolorosas, e no sero pranteados nem sepultados; serviro de esterco sobre a face da terra; e pela espada e pela fome sero consumidos, e os seus cadveres serviro de mantimento para as aves do cu e para os animais da terra. 5 Porque assim diz o SENHOR: No entres na casa do luto, nem vs a lamentar, nem te compadeas deles; porque deste povo, diz o SENHOR, retirei a minha paz, benignidade e misericrdia. 6 E morrero grandes e pequenos nesta terra, e no sero sepultados, e no os prantearo, nem se faro por eles incises, nem por eles se raparo os cabelos. 7 E no se partir po para consol-los por causa de seus mortos; nem lhes daro a beber do copo de consolao, pelo pai ou pela me de algum. 8 Nem entres na casa do banquete, para te assentares com eles a comer e a beber. 9 Porque assim diz o SENHOR dos Exrcitos, o Deus de Israel: Eis que farei cessar, neste lugar, perante os vossos olhos, e em vossos dias, a voz de gozo e a voz de alegria, a voz do esposo e a voz da esposa. 10 E ser que, quando anunciares a este povo todas estas palavras, e eles te disserem: Por que pronuncia o SENHOR sobre ns todo este grande mal? E qual a nossa iniqidade, e qual o nosso pecado, que cometemos contra o SENHOR nosso Deus? 11 Ento lhes dirs: Porquanto vossos pais me deixaram, diz o SENHOR, e se foram aps outros deuses, e os serviram, e se inclinaram diante deles, e a mim me deixaram, e a minha lei no a guardaram. 12 E vs fizestes pior do que vossos pais; porque, eis que cada um de vs anda segundo o propsito do seu mau corao, para no me dar ouvidos a mim. 13 Portanto lanar-vos-ei fora desta terra, para uma terra que no conhecestes, nem vs nem vossos pais; e ali servireis a deuses alheios de dia e de noite, porque no usarei de misericrdia convosco.

  • Jr 16,1-13: a vida do profeta como sinal

    Jeremias foi privado, pelo Senhor, de ter uma esposa, a fim de ser preservado de uma cruel maldio: privao de fazer luto e dar sepultura, inclusive ao pai e me.Provocao ao povo para que haja uma ocasio para o Senhor fazer a acusao das faltas cometidas pelo povo.

  • Os 1,2-9 2 O princpio da palavra do SENHOR por meio de Osias. Disse, pois, o SENHOR a Osias: Vai, toma uma mulher de prostituies, e filhos de prostituio; porque a terra certamente se prostitui, desviando-se do SENHOR. 3 Foi, pois, e tomou a Gmer, filha de Diblaim, e ela concebeu, e lhe deu um filho. 4 E disse-lhe o SENHOR: Pe-lhe o nome de Jizreel; porque daqui a pouco visitarei o sangue de Jizreel sobre a casa de Je, e farei cessar o reino da casa de Israel. 5 E naquele dia quebrarei o arco de Israel no vale de Jizreel. 6 E tornou ela a conceber, e deu luz uma filha. E Deus disse: Pe-lhe o nome de Lo-Ruama; porque eu no tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei. 7 Mas da casa de Jud me compadecerei, e os salvarei pelo SENHOR seu Deus, pois no os salvarei pelo arco, nem pela espada, nem pela guerra, nem pelos cavalos, nem pelos cavaleiros. 8 E, depois de haver desmamado a Lo-Ruama, concebeu e deu luz um filho. 9 E Deus disse: Pe-lhe o nome de Lo-Ami; porque vs no sois meu povo, nem eu serei vosso Deus.

  • Os 1,2-9: a vida do profeta como sinal

    O profeta deve se casar com uma prostituta e os filhos, com ela gerados, tornam-se imagem do Senhor e da sua unio com o seu povo.Gomer = medida Omer 450 litrosJezrael = Deus semeiaLo-Ruhamah = no amada; aquela que no recebe piedadeLo-Ammi = no povo meu

  • Is 5,1-7 1 Agora cantarei ao meu amado o cntico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu amado tem uma vinha num outeiro frtil. 2 E cercou-a, e limpando-a das pedras, plantou-a de excelentes vides; e edificou no meio dela uma torre, e tambm construiu nela um lagar; e esperava que desse uvas boas, porm deu uvas bravas. 3 Agora, pois, moradores de Jerusalm, e homens de Jud, julgai, vos peo, entre mim e a minha vinha. 4 Que mais se podia fazer minha vinha, que eu lhe no tenha feito? Por que, esperando eu que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas? 5 Agora, pois, vos farei saber o que eu hei de fazer minha vinha: tirarei a sua sebe, para que sirva de pasto; derrubarei a sua parede, para que seja pisada; 6 E a tornarei em deserto; no ser podada nem cavada; porm crescero nela saras e espinheiros; e s nuvens darei ordem que no derramem chuva sobre ela. 7 Porque a vinha do SENHOR dos Exrcitos a casa de Israel, e os homens de Jud so a planta das suas delcias; e esperou que exercesse juzo, e eis aqui opresso; justia, e eis aqui clamor.

  • Is 5,1-7: o cntco da vinha

    O cntico da vinha uma parbola interessante, pois a videira e seus frutos so smbolos de Israel.O proprietrio imagem do Senhor e a vinha imagem do povo eleito.Fica em contraposio o que o Senhor fez pelo seu povo e o que dele recebeu em troca. A relao entre causa e efeito, neste caso, no foi obtida satisfatoriamente.No final, tem-se a explicao do cntico da vinha,

  • Am 8,4-8 4 Ouvi isto, vs que anelais o abatimento do necessitado; e destrus os miserveis da terra, 5 Dizendo: Quando passar a lua nova, para vendermos o gro, e o sbado, para abrirmos os celeiros de trigo, diminuindo o efa, e aumentando o siclo, e procedendo dolosamente com balanas enganosas, 6 Para comprarmos os pobres por dinheiro, e os necessitados por um par de sapatos, e para vendermos o refugo do trigo. 7 Jurou o SENHOR pela glria de Jac: Eu no me esquecerei de todas as suas obras para sempre. 8 Por causa disto no estremecer a terra, e no chorar todo aquele que nela habita? Certamente levantar-se- toda ela como o grande rio, e ser agitada, e baixar como o rio do Egito.

  • Am 8,4-8: contra os corruptos

    Olhar atento sobre os interesses dos que violam as obrigaes religiosas, porque querem defraudar para enriquecer, ganhando de forma desonesta.Que faz o homem injusto?Que faz (reage) o Senhor Justo?

  • Jr 18,1-12 1 A palavra do Senhor veio a Jeremias, dizendo: 2 Levanta-te, e desce casa do oleiro, e l te farei ouvir as minhas palavras. 3 E desci casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas, 4 Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mo do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. 5 Ento veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 6 No poderei eu fazer de vs como fez este oleiro, casa de Israel? diz o SENHOR. Eis que, como o barro na mo do oleiro, assim sois vs na minha mo, casa de Israel. 7 No momento em que falar contra uma nao, e contra um reino para arrancar, e para derrubar, e para destruir, 8 Se a tal nao, porm, contra a qual falar se converter da sua maldade, tambm eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe. 9 No momento em que falar de uma nao e de um reino, para edificar e para plantar, 10 Se fizer o mal diante dos meus olhos, no dando ouvidos minha voz, ento me arrependerei do bem que tinha falado que lhe faria. 11 Ora, pois, fala agora aos homens de Jud, e aos moradores de Jerusalm, dizendo: Assim diz o SENHOR: Eis que estou forjando mal contra vs; e projeto um plano contra vs; convertei-vos, pois, agora cada um do seu mau caminho, e melhorai os vossos caminhos e as vossas aes. 12 Mas eles dizem: No h esperana, porque andaremos segundo as nossas imaginaes; e cada um far segundo o propsito do seu mau corao.

  • Jr 18,1-12: o profeta junto ao oleiro

    Imagem de Deus como oleiro (cf. Gn 2,4b-25).A argila no torno imagem de como o povo deveria abandonar-se nas mos de Deus, deixando-se modelar.H um porm: no caso do oleiro h liberdade para refazer o vaso; no caso do Senhor, ele quer, mas o povo deve querer a converso.H uma oposio entre os planos do Senhor, que quer a converso, e os planos do povo, que no quer mudar de conduta.

  • Os 6,1-6 1Vinde e desejemos retornar para o Senhor,porque ele despedaou, mas nos curar, golpeou, mas nos enfaixar.2Ele nos far viver dentre [dois] dias,no terceiro dia nos far levantar e ns viveremos diante dele.3E desejemos conhecer...,desejemos perseguir para conhecer o Senhor,como a aurora estabelecida sai deleele voltar como a chuva para ns,como a chuva de primavera molhar a terra.4Que farei para t, Efraim? Que farei para t, Jud?pois a vossa lealdade [] como a nuvem da manhae como o orvalho que ao amanhecer se esvai.5Por isso, talhei com os profetas, matei-os com ditos da minha boca,mas teus juzos so como luz que saem.6Porque lealdade quero e no sacrifcioe conhecimento de Deus [mais do] que holocaustos.

  • Os 6,1-6: a falsa converso

    A identidade do Senhor e a identidade do povo.vv. 1-3: Quem o Senhor e como age, diz o povo.O povo sabe quem o Senhor, mas no age de acordo com o que sabe; antes, se aproveita do que sabe.vv. 4-6: O povo e como age, diz o Senhor.O Senhor sabe que o povo no age com coerncia.vv. 5-6: objetivo desejado com a punio.

  • Jn 3,1-101E a palavra do Senhor foi dirigida a Jonas uma segunda vez, nestes termos: 2Levanta-te, vai a Nnive, a grande cidade e clama para ela a palavra que eu estou falando para ti. 3Jonas levantou-se e dirigiu-se para Nnive, conforme a palavra do Senhor. Nnive era uma grande cidade para Deus, de trs dias de caminho. 4E Jonas comeou a andar na cidade durante um dia de caminho. E ele clamou e disse: Em quarenta dias, Nnive ser destruda! 5E os homens de Nnive acreditaram em Deus; proclamaram um jejum e vestiram sacos, desde o maior deles at o menor deles. 6E a palavra afigiu o rei de Nnive. Ele levantou-se do seu trono, fez tirar o manto que endossava, cobriu-se de saco e sentou-se sobre as cinzas. 7E ele fez gritar e disse a Nnive, por meio de um decreto do rei e dos seus dignitrios: o homem e o animal, o boi e o cabrito no provem qualquer coisa, no pastem e no bebam gua. 8 O homem e o animal cubram-se de sacos e clamem a Deus com fora, e cada um se converta do seu mal caminho e da violncia que existe em suas mos. 9Quem sabe, Deus se arrepender e ter piedade e desistir do ardor da sua ira e no pereceremos? 10E Deus viu as suas obras, que eles tinham se convertido do seu mal caminho, Deus apiedou-se deles e desistiu do mal que entendia fazer recair sobre eles.

  • Jn 3,1-10: o profeta em Nnive

    O profeta, aps relutar diante da vontade de Deus, dirigiu-se a Nnive e apregoou uma dura palavra: ainda quarenta dias e Nnive ser destruda. Houve ateno a essa palavra e houve converso do maior ao menor, incluindo os animais. Resultado, Deus desistiu do castigo. Jonas, representante do seu povo, aprendeu que mais fcil para Deus converter os pagos do que convencer o seu profeta das suas intenes salvficas.

  • Jr 7,1-15 1 A palavra que da parte do SENHOR, veio a Jeremias, dizendo: 2 Pe-te porta da casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Jud, os que entrais por estas portas, para adorardes ao SENHOR. 3 Assim diz o SENHOR dos Exrcitos, o Deus de Israel: Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar. 4 No vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR este. 5 Mas, se deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras; se deveras praticardes o juzo entre um homem e o seu prximo; 6 Se no oprimirdes o estrangeiro, e o rfo, e a viva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes aps outros deuses para vosso prprio mal, 7 Eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre. 8 Eis que vs confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam. 9 Porventura furtareis, e matareis, e adulterareis, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis aps outros deuses que no conhecestes, 10 E ento vireis, e vos poreis diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e direis: Fomos libertados para fazermos todas estas abominaes? 11 pois esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o SENHOR. 12 Mas ide agora ao meu lugar, que estava em Sil, onde, ao princpio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo Israel. 13 Agora, pois, porquanto fazeis todas estas obras, diz o SENHOR, e eu vos falei, madrugando, e falando, e no ouvistes, e chamei-vos, e no respondestes, 14 Farei tambm a esta casa, que se chama pelo meu nome, na qual confiais, e a este lugar, que vos dei a vs e a vossos pais, como fiz a Sil. 15 E lanar-vos-ei de diante de minha face, como lancei a todos os vossos irmos, a toda a gerao de Efraim.

  • Jr 7,1-15: o culto verdadeiroJeremias, por causa da falsa religiosidade, pe-se diante da porta do Templo, local estratgico, pois a entrada e a sada das pessoas.Mensagem dirigida: contra uma falsa confiana no Templo do Senhor.Contedo do orculo: apelo para a justia social, olhando para os mais necessitados.Enumeram-se as faltas contra o Declogo.Consequncia: o Senhor pode abandonar o seu Templo. Como exemplo da possibilidade disso acontecer cita-se o fim do Templo de Sil. O Senhor mostra o seu desgosto no pelo Templo, mas pelos que o frequentam.

  • Ml 1,6-14 6 O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai, onde est a minha honra? E, se eu sou senhor, onde est o meu temor? diz o SENHOR dos Exrcitos a vs, sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vs dizeis: Em que ns temos desprezado o teu nome? 7 Ofereceis sobre o meu altar po imundo, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do SENHOR desprezvel. 8 Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifcio, isso no mau? E quando ofereceis o coxo ou enfermo, isso no mau? Ora apresenta-o ao teu governador; porventura ter ele agrado em ti? ou aceitar ele a tua pessoa? diz o SENHOR dos Exrcitos. 9 Agora, pois, eu suplico, pea a Deus, que ele seja misericordioso conosco; isto veio das vossas mos; aceitar ele a vossa pessoa? diz o SENHOR dos Exrcitos. 10 Quem h tambm entre vs que feche as portas por nada, e no acenda debalde o fogo do meu altar? Eu no tenho prazer em vs, diz o SENHOR dos Exrcitos, nem aceitarei oferta da vossa mo. 11 Mas desde o nascente do sol at ao poente grande entre os gentios o meu nome; e em todo o lugar se oferecer ao meu nome incenso, e uma oferta pura; porque o meu nome grande entre os gentios, diz o SENHOR dos Exrcitos. 12 Mas vs o profanais, quando dizeis: A mesa do SENHOR impura, e o seu produto, isto , a sua comida desprezvel. 13 E dizeis ainda: Eis aqui, que canseira! E o lanastes ao desprezo, diz o SENHOR dos Exrcitos; vs ofereceis o que foi roubado, e o coxo e o enfermo; assim trazeis a oferta. Aceitaria eu isso de vossa mo? diz o SENHOR. 14 Pois seja maldito o enganador que, tendo macho no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor o que tem mcula; porque eu sou grande Rei, diz o SENHOR dos Exrcitos, o meu nome temvel entre os gentios.

  • Ml 1,6-14: contra os sacerdotesImagem familiar e servil.Destnatrios: os sacerdotes que desprezam o nome do Senhor com as suas aes.Linguagem: ironia/diatribe em forma de questes que o Senhor prope aos destinatrios e d as respostas.Exemplo: valor dado ao governador e valor dado ao Senhor.Contraposio: os de for a apresentam um culto que agrada ao Senhor diferena do povo eleito.Retorno ironia: sacerdotes recebem os animais defeituosos e os oferecem.Sentena: maldio.Razo da sentena: grandeza do Senhor.

  • Sf 1,14-1814Est prximo o grande Dia do Senhor, est prximo e muito rpido! Ouve, um Dia do Senhor amargo, urra at mesmo o valente. 15 Dia de ira, aquele dia, dia de afio e de tribulao, dia de destruio e de extermnio, dia de trevas e de obscuridade, dia de nuvem e de escurido, 16 dia de trombeta e alarido de guerra, contra as cidades fortificadas e contra as ameias elevadas.17 E eu causarei afio aos homens, e caminharo como cegos, porque contra o Senhor pecaram, e ser derramado o seu sangue como p e sua carne como esterco. 18 Nem a sua prata nem o seu ouro no os poder salvar no dia da ira do Senhor; e pelo fogo do seu zelo ser devorada toda a terra, porque uma destruio, terrivelmente rpida, ele far a todos os habitantes da terra.

  • Sf 1,14-18: o dia do Senhor

    Um dia de ajustes de contas.Destnatrios: os que pecaram contra o Senhor.Linguagem: nfase na vinda de um dia particular, apresentado com caractersticas terrificantes, a fim de criar um forte impacto nos destinatrios, que no tero como fugir, pois os bens e recursos no sero capazes de comprar o direito de viver.Objetvo: punir os culpados.

  • Zc 9,9-14 9 Alegra-te muito, filha de Sio; exulta, filha de Jerusalm; eis que o teu rei vir a ti, justo e salvo, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta. 10 E de Efraim destruirei os carros, e de Jerusalm os cavalos; e o arco de guerra ser destrudo, e ele anunciar paz aos gentios; e o seu domnio se estender de mar a mar, e desde o rio at s extremidades da terra. 11 Ainda quanto a ti, por causa do sangue da tua aliana, libertei os teus presos da cova em que no havia gua. 12 Voltai fortaleza, presos de esperana; tambm hoje vos anuncio que vos restaurarei em dobro. 13 Porque curvei Jud para mim, enchi com Efraim o arco; suscitarei a teus filhos, Sio, contra os teus filhos, Grcia! E pr-te-ei, Sio, como a espada de um poderoso. 14 E o SENHOR ser visto sobre eles, e as suas fechas sairo como o relmpago; e o Senhor DEUS far soar a trombeta, e ir com os redemoinhos do sul.

  • Zc 9,9-14: existe uma esperana

    Destnatrios: filha de Sio / filha de Jerusalm.Anncio: chegada de um rei que vem de forma humilde, por sua ao eliminar o que forte e anunciar a paz universal.Esta esperana alimentou os piedosos e justos, que procuraram esperar na providncia divina, aguardando uma ao particular do Senhor em seu Messias, que encaminharia, de novo, o povo para a f verdadeira e eliminaria as injustias.

  • Concluso: Pragmtca da ComunicaoNs, quando nos colocamos diante de um texto bblico, devemos levar em considerao alguns pontos essenciais.1) Um texto possui um autor real e um ouvinte-leitor real, com uma mensagem real para o real momento dos dois;2) Um texto possui um autor implcito e um ouvinte-leitor implcito que so os envolvidos na obra e descobertos na medida em que se consegue reconstruir, pela ateno ao texto e crtica literria, a personalidade deles.Um autor encontra-se presente na sua obra pelas escolhas que faz ao falar ou ao escrever algo para algum. Desse modo, o autor se objetiva na sua obra no em virtude da vida que possui fora dela, mas pela orientao que d sua fala ou ao seu texto.

  • 3) No caso dos textos profticos, preciso lembrar que os profetas, aos quais foram atribudos livros, no so os seus autores; o livro serve para contextualizar e explicar os breves orculos dos profetas;4) Existe o tempo da ao dos profetas e o tempo da redao ou composio do livro que contem essa ao com as respectivas mensagens atribudas aos profetas.5) Noo de texto como evento comunicativo, no qual uma mensagem encontra-se cristalizada, isto , codificada, elaborada por um emissor (autor), com a inteno de interpelar um receptor (ouvinte-leitor), produzindo nele os efeitos desejados.

  • 6) Os elementos indiciais da linguagem, que figuram lado a lado com as suas designaes simblicas ou conceituais, referem-se:- situao em que o enunciado produzido, - ao momento da enunciao, - e aos atores do discurso ou narrao.Na medida em que se observam as distines acima, pode-se perceber traos da personalidade do autor e do ouvinte-leitor, bem como as estratgias que foram adotadas na transmisso da mensagem.Pode-se, tambm, dialogar e tomar parte, pois o texto revive no ouvinte-leitor.

    7o Mutiro de Comunicao 2011 PUC-RIO Estratgias Comunicativas dos Profetas do Antigo Testamento Prof. Leonardo Agostini www.estudosbiblicos.teo.br BibliografiaEstrutura desta oficina pastoralDefinio de Estratgia (Houaiss)Definio de Comunicao (Houaiss)Definio de ProfetaSlide 7Definio de Antigo TestamentoObjetivos das Estratgias ComunicativasSlide 10Elementos constitutivos do evento comunicativoA transmisso da mensagemObjetivos das estratgias comunicativas dos profetasDeus, o profeta e o seu povoExemplos de comunicao profticaPowerPoint PresentationAm 3,3-8: a vocao irresistvelSlide 18Ez 24,15-27: provaes do profetaSlide 20Jr 16,1-13: a vida do profeta como sinalSlide 22Os 1,2-9: a vida do profeta como sinalSlide 24Is 5,1-7: o cntico da vinhaSlide 26Am 8,4-8: contra os corruptosSlide 28Jr 18,1-12: o profeta junto ao oleiroSlide 30Os 6,1-6: a falsa conversoSlide 32Jn 3,1-10: o profeta em NniveSlide 34Jr 7,1-15: o culto verdadeiroSlide 36Ml 1,6-14: contra os sacerdotesSlide 38Sf 1,14-18: o dia do SenhorSlide 40Zc 9,9-14: existe uma esperanaConcluso: Pragmtica da ComunicaoSlide 43Slide 44